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Apostila Proc Trabalho 2020-1- Prof Margareth (1)

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1 
 
 
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
Disciplina: Direito Processual do Trabalho 
Profª Ma. Margareth Estrela Umbelino 
 
- Roteiro para auxiliar os estudos, devendo ser complementado com o conteúdo ministrado em sala de aula 
(vide caderno) e com a leitura das obras da bibliografia indicada no plano de ensino da disciplina. 
- Conteúdo/roteiro parcial da disciplina. O Conteúdo completo é o ministrado em sala de aula. 
 
 
 CONCEITOS E PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TR ABALHO 
 
Conceitos 
 
 “Direito Processual do Trabalho é o Conjunto de princípios, regras e 
instituições destinado a regular a atividade dos órgãos jurisdicionais na solução dos 
dissídios individuais ou coletivos entre trabalhadores e empregadores.” Sérgio Pinto 
Martins. 
 
 “Direito Processual do Trabalho Brasileiro é um ramo da ciência 
jurídica, constituído por um sistema de normas, princípios, regras e instituições 
próprias, que tem por objeto promover a pacificação justa dos conflitos individuais, 
coletivos e difusos decorrentes direta ou indiretamente das relações de emprego e de 
trabalho, bem como regular o funcionamento dos órgãos que compões a Justiça do 
Trabalho” Carlos Henrique Bezerra Leite. 
 
 
ALGUNS PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO PROCESSO DO TRABALHO: 
 
Protecionista 
 
Simplificação dos Procedimentos 
 
Iniciativa de Ofício 
 
Celeridade 
 
Concentração dos atos na Audiência 
 
Oralidade 
 
Inquisitoriedade 
 
 
2 
 
FONTES FORMAIS DO PROCESSO DO TRABALHO 
 
 É a própria origem do direito. Alguns consideram como o fundamento 
para que se possa considerar válida a norma jurídica. 
 
 As fontes materiais são o complexo de fatores que ocasionam o 
surgimento da norma jurídica de direito material. 
 
 As fontes formais do Direito Processual do Trabalho são as que lhe 
conferem o caráter de direito positivo. Podem ser: 
 
I- Heterônomas- impostas por agente externo: Constituição Federal, Leis Ordinárias( 
CLT e outras), Decreto, sentença normativa, regimento intero dos TRT’s e TST, 
etc.... 
II- Autônomas- elaboradas pelos próprios interessados: costume, CCT, Acordo 
Coletivo, etc... 
 
 
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA - CCP 
 
 Lei 9.958/2000 acrescentou os arts. 625-A a 625-H à CLT. 
 
 Qualquer demanda trabalhista poderá ser submetida antes à CCP. 
 
 A CCP pode ser instituída na empresa ou grupo, os membros deverão ser de 
2 a 10 , paritários representantes indicados pelo empregador(50%) e eleitos pelos 
empregados. Estabilidade. Suplentes em nº igual. 
 
 A CCP do Sindicato terá suas normas definidas em Convenção ou acordo 
Coletivo. 
 
 A demanda na CCP será formulada por escrito ou tomada a termo. A audiência 
de conciliação será marcada em 10 dias. A CCP deverá expedir um Termo e o acordo 
deverá valer com título executivo extrajudicial. 
 
(STF, em 2009, deu posicionamento no sentido de que a CCP é uma faculdade, uma 
opção do empregado e não condição da ação). 
 
 É necessário a releitura de todos os artigos (625-A a 625-H da CLT) 
referentes à Comissão de Conciliação Prévia. 
 
 
 
 
3 
 
 PRESCRIÇÃO TRABALHISTA 
 
 Art. 7º, XXIX da CF/88 – Ação quando aos créditos resultantes 
das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os 
trabalhadores urbanos e rurais até o limite de dois anos após a extinção do contrato de 
trabalho. 
 
 Assim, a prescrição é TOTAL, após completados dois anos da 
cessação do contrato de trabalho e de cinco anos em sua vigência. Ou PARCIAL, 
quando, dentro do prazo do prazo de dois anos, poderá ser postulado os últimos 
cinco anos a contar da propositura da ação. 
 
 A prescrição é a perda da pretensão ao direito, em razão da 
inércia de seu titular no decorrer de determinado período. Consuma-se a 
prescrição com o decurso do prazo previsto em lei. Consumada a prescrição 
ocorre a extinção do direito do autor. Assim, o art. 269, IV do CPC prevê a 
extinção do processo com julgamento de mérito. 
 
 A prescrição é matéria de defesa e só poderá ser alegada pela 
parte que a aproveita, que dela pode abrir mão. O Juiz não a declara de ofício, 
salvo para beneficiar o absolutamente incapaz. 
 
 Art. 440 CLT . Não corre prescrição contra menores. 
 Súmula 362 do TST -Prescrição do direito de reclamar FGTS 
 
 
 A Lei n. 1 3.467, de 13 de julho de 2017 introduziu preceito novo (art. 
11-A) no Título I da CLT, de maneira a inserir, expressamente, referência à 
prescrição intercorrente no processo de execução trabalhista (fase processual de 
execução). 
 
“ Art. 1 1 -A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos. 
§ 1- A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de 
cumprir determinação judicial no curso da execução. 
§ 2 - A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em 
qualquer grau de jurisdição. 
 
 Assim, a fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o 
exequente deixa de cumprir determinação judicial no curso da execução. Sendo 
necessário que se trate de determinação relativa a ato inerente ao exequente, sem cuja 
atuação o andamento do processo se torna inviável. 
 
 No que se refere à declaração da prescrição intercorrente, ressalta-se que 
a declaração de ofício é aplicável apenas à prescrição intercorrente e ao processo de 
4 
 
execução, devendo observar o amplo contraditório com a parte prejudicada; no caso, 
o exequente. 
 
 
OJ-SDI1-392 PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AJUIZAMENTO DE PROTESTO 
JUDICIAL. MARCO INICIAL (republicada em razão de erro material) - Res. 
209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016. 
O protesto judicial é medida aplicável no processo do trabalho, por força do art. 769 
da CLT e do art. 15 do CPC de 2015. O ajuizamento da ação, por si só, interrompe o 
prazo prescricional, em razão da inaplicabilidade do § 2º do art. 240 do CPC de 2015 
(§ 2º do art. 219 do CPC de 1973), incompatível com o disposto no art. 841 da CLT. 
 
 
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
Arts. 643 a 735 da CLT 
Arts. 111 a 116 da CF/88 
Emenda Constitucional 24/1999 e 45/2004 
 
VARAS DO TRABALHO : 
 
 Órgãos de 1º grau da Justiça do Trabalho, aos quais cabe o 
conhecimento inicial dos litígios trabalhistas. 
 
 Lei 6.947/81- estabeleceu 2 critérios para a criação de novas varas: o nº 
de empregados sob jurisdição ou a quantidade dos processos trabalhistas( no mínimo 
240 RT’s/ano). 
 
EC/45-2004, CF art. 93, XIII. 
 A vara é composta por Juiz do Trabalho. A CF, art. 96, I, C – Concurso 
Público de Títulos e provas, proposto pelos Tribunais. 
 
 A Lei 10.770/2003, art. 18, § 2º definiu as áreas de jurisdição das Varas 
do Trabalho da 18ª Região, no Estado de Goiás. 
 
 Os artigos. 650 a 653 da CLT tratam da Jurisdição e Competência das 
Varas do Trabalho. 
 
 Como novidade introduzida pela Reforma Trabalhista (Lei nº 
13.467/17), o Juiz do Trabalho passou a ser competente para “decidir quanto à 
homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do 
Trabalho” , segundo o art. 652, V, f da CLT. 
 
 
5 
 
 
 
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO: 
 CF art. 115, § 1º e 2º 
 
 Nº mínimo de membros 7 denominados de Desembargadores Federais 
do Trabalho. 
 
 Os magistrados dos tribunais são juízes escolhidos por promoção, 
alternadamente, por antiguidade e merecimento. São nomeados pelo Presidente da 
República de 30 a 65 anos(limite de idade). (Procedimento próprio de cada Tribunal). 
 
 Advogados e membros do MP – Quinto Constitucional. OAB e o MP 
apresentam lista com 6 nomes. O TRT seleciona 3 e o Presidente da República 
escolhe 1. Artigo 94, CF/88. 
 
 Competência- art. 678 da CLT e art. 115 CF/88: 
 
 Compete processar e julgar ações de sua competência originária: 
dissídios coletivos, Mandados de Segurança contra autoridade da JT, Ação 
Rescisória. E, em grau recursal, julgar recursos das decisões de Varas do Trabalho. 
 
 
TRIBUNAL SUPERIORDO TRABALHO: 
 
 É o órgão máximo da Justiça do Trabalho. CF/88: artigo 111-A. 
CLT: art. 690 da CLT. 
 
 Composto por 27 Juízes com título de Ministros, nomeados pelo 
Presidente da República, após aprovação do Senado. 
 
 21 escolhidos entre os desembargadores oriundos da Magistratura de 
Carreira. 
 3 Advogados e 3 Membros do Ministério Público . 
 
 Funciona como Pleno ou dividido em seções ou turmas. 
 
 - As determinações são contidas por meio de Regimento Interno e a 
competência na Resolução Administrativa 1.295/2008. 
 
São órgãos do TST: Tribunal Pleno, Órgão Especial, Seção Especializada em 
Dissídios Coletivos(SDC), Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI) 
(divididas em duas subseções: SDI-1 e SDI-2) e Turmas. 
 
6 
 
 Funcionarão junto ao TST a Escola Nacional de Formação e 
aperfeiçoamento de Magistrados e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho. 
 
 O TST pode ter competência recursal, objetivando unificar as 
jurisprudências dos TRT´s. E competência originária (iniciada diretamente nos 
tribunais, prevista em regimento interno do TST), processar e julgar: 
• dissídios coletivos que excedam a competência dos TRTs. 
• ações rescisórias contras suas próprias decisões; 
• conflitos de competência entre TRTs; 
• matéria de greve quando exceder a competência dos TRTs. 
 
 A Lei 13.467/2017 alterou os critérios para a criação e/ou alteração de 
súmulas e outros enunciados de jurisprudência uniforme no âmbito do Tribunal 
Superior do Trabalho. 
 
 Aumentou o quorum deliberativo do TST para 2/3 de seus membros, 
estabelecendo restrições e procedimentos formais para a realização de tal tipo de 
deliberação: 
 
 As mudanças efetivadas foram introduzidas no art. 702 da CLT, alínea 
"f", §§ 3º e 4º. 
 Art. 702. Ao Tribunal Pleno compete: 
I - em única instância: 
( ... ) 
f) estabelecer ou alterar súmulas e outros enunciados de jurisprudência uniforme, pelo voto de pelo menos 
dois terços de seus membros, caso a mesma matéria já tenha sido decidida de forma idêntica por 
unanimidade em, no mínimo, dois terços das 
turmas em pelo menos dez sessões diferentes em cada uma delas, podendo, ainda, por maioria de dois terços 
de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de 
sua publicação no Diário Oficial; 
§ 3° As sessões de julgamento sobre estabelecimento ou alteração de súmulas e outros enunciados de 
jurisprudência deverão ser públicas, divulgadas com, no mínimo, trinta dias de antecedência, e deverão 
possibilitar a sustentação oral pelo Procurador Geral do Trabalho, pelo Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil, pelo Advogado-Geral da União e por confederações sindicais ou entidades de classe 
de âmbito nacional. 
§ 4° O estabelecimento ou a alteração de súmulas e outros enunciados de jurisprudência pelos Tribunais 
Regionais do Trabalho deverão observar o disposto na alínea f do inciso I e no § 3° deste artigo, com rol 
equivalente de legitimados para sustentação oral, observada a abrangência de sua circunscrição judiciária. 
 
ORGÃO AUXILIARES: Secretarias, Oficiais de Justiça Avaliadores, 
Distribuidor e Contadoria. 
 
 
 
7 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO – MPT 
Artigo 127 da CF/88. Lei Complementar 75/1993 
 
 
 É instituição permanente, essencial à função jurisdicional. Tem o dever 
de defender a ordem jurídica e os interesses sociais e individuais indisponíveis. Seus 
membros são equiparados aos magistrados tendo vitaliciedade, inamovibilidade e 
irredutibilidade de vencimentos. Art. 128, § 5º, I da CF/88. 
 
 O Ministério Público do Trabalho é um dos ramos do MP da União e 
tem como chefe o Procurador Geral do Trabalho, nomeado pelo Procurador Geral da 
República entre os integrantes da Procuradoria com mais de 35 anos e 5 de carreira. 
O Procurador Geral do Trabalho nomeia o Procurador Chefe da regional. 
 
 O MPT atua de forma judicial ou extrajudicial. 
 
 São inúmeras as atribuições do Ministério Público do Trabalho, e as 
mesmas, não se encontram elencadas em um único dispositivo legal. 
 
 A Constituição Federal/88 da República estabelece em seus artigos 127 e 
129 as funções institucionais do Ministério Público da União e por sua abrangência, 
do Ministério Público do Trabalho. A Lei Complementar 75/93, nos artigos 83 e 
84, dispõe sobre a competência do Ministério Público do Trabalho. 
 
 Dentre as principais ações judiciais, destacam-se: - Ação Civil Pública 
para a defesa de interesses coletivos, quando desrespeitados direitos sociais 
constitucionalmente garantidos aos trabalhadores; - Ação anulatória de cláusulas de 
contrato individual, acordo coletivo ou convenção coletiva; - Ação Rescisória e 
Dissídio Coletivo em caso de greve em atividades essenciais ou que atentem contra o 
interesse público. 
 
 A atuação extrajudicial do MPT ocorre em sua esfera administrativa e 
esta prevista no art. 84 da Lei Complementa 75/93. 
 O inquérito civil público , instituído pela Lei 7.347/85 (Lei da Ação 
Civil Pública), é instrumento de investigação exclusivo do Ministério Público (artigo 
8º, § 1º), não obstante a legitimidade concorrente para ajuizamento de ação civil 
pública. 
 Em sede de inquérito civil, não há acusação, não se aplicam penalidades 
e não se decidem interesses. Tratar de mero procedimento administrativo, e não de 
processo. 
 Se o membro do MPT, ao final do inquérito civil, concluir pela 
materialidade e autoria da lesão denunciada, poderá propor ao Inquirido (geralmente 
8 
 
o empregador) a celebração de Termo de Ajustamento de Conduta- TAC, (§ 6° do 
artigo 5° da Lei 7.345/85), visando à reparação do dano, à adequação da conduta às 
exigências legais ou normativas e, ainda, à compensação ou à indenização pelos 
danos que não possam ser recuperados. 
 O descumprimento das obrigações consignadas no Termo de 
Compromisso de Ajustamento de Conduta importa o ajuizamento de ação de 
execução de título executivo extrajudicial, tendo por objeto não somente a multa 
cominatória fixada no referido instrumento, mas também, e principalmente, as 
próprias obrigações (de fazer, não fazer ou de pagar) ali constantes. 
 Se o inquirido não concordar com a celebração de Termo de 
Compromisso de Ajustamento de Conduta, o membro do Ministério Público 
promoverá o arquivamento do inquérito civil, para ajuizamento da ação civil pública. 
 
 - Em 1999 foram instituídas algumas metas para direcionar sua 
atuação do MTP: 
• Erradicar o trabalho infantil; 
• Regularizar o trabalho do adolescente; 
• Erradicar o trabalho forçado; 
• Preservar a saúde e segurança do trabalhador; 
• Combater todas as formas de discriminação no trabalho; 
• Formalizar os contratos de trabalho. 
 
 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
JURISDIÇÃO é o Poder que o Juiz tem de dizer o direito nos casos concretos a ele 
submetidos. 
COMPETÊNCIA é a delimitação do poder jurisdicional, ou seja, o limite da 
jurisdição. 
 
 A competência material e a em razão das pessoas são tidas como 
absolutas e a competência em razão do lugar ( territorial) é relativa e, por isso, 
prorrogável. 
 
 Competência em razão das pessoas: A Justiça do trabalho tem 
competência para resolver controvérsias entre as pessoas envolvidas diretamente nos 
pólos passivo e ativo da ação trabalhista (além da relação entre empregados e 
empregadores, temos o trabalhador avulso, o estagiário, o cooperado, autônomo, 
etc....) 
 
9 
 
 COMPETÊNCIA MATERIAL- Art. 114 da Constituição Federal 
 
 A Emenda Constitucional/45 modificou o art. 114 da CF/88 que passou a 
ter as atribuições inerentes às relações de trabalho e outras controvérsias dela 
resultantes. Assim, estendeu a competência da Justiça do Trabalho aos litígios 
decorrentes da relação de trabalho, na mais profunda alteração do direito processual 
do trabalho. 
 
COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
 
 A competência material ou em razão da matériaé tida como absoluta. 
Diz respeito aos tipos de questões que podem ser apreciadas na Justiça do Trabalho. 
 
 O art. 114 da CF/88 que passou a ter as atribuições inerentes às relações 
de trabalho e outras controvérsias dela resultantes. Assim, estendeu a competência da 
Justiça do Trabalho aos litígios decorrentes da relação de trabalho, na mais profunda 
alteração do direito processual do trabalho. Assim, além da relação entre empregados 
e empregadores, temos o trabalhador avulso, o estagiário, o cooperado, autônomo, o 
eventual, etc..., como possíveis partes em uma Ação Trabalhista.) 
 
 Vejamos todos os incisos do referido artigo de nossa Constituição: 
 
I- A liminar concedida na ADIM nº 3.395-6 suspendeu toda interpretação 
dada ao inciso I do 114 da CF. 
 
 A justiça trabalhista não pode analisar questões relativas aos servidores 
públicos. Demandas vinculadas a questões funcionais , são regidas pelo direito 
administrativo, são diversas dos contratos de trabalho regidos pela CLT. 
 
II- AS AÇÕES QUE ENVOLVAM EXERCÍCIO DO DIREITO DE GREVE - 
A Justiça do trabalho é competente para processar e julgar Ações que envolvem o 
exercício do direito de greve. Podendo declarar a abusividade ou não da greve, 
bem como ação possessória ajuizadas em decorrência do exercício do direito de 
greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. ( Súmula Vinculante 23 do TST). 
O inciso II é amplo e concede à Justiça do Trabalho, competência para examinar 
questões que envolvam a manutenção ou reintegração de posse do 
estabelecimento durante a greve. o Interdito Proibitório (art. 567 do CPC), caso 
decorra da relação de trabalho.) 
 
III- AÇÕES SOBRE REPRESENTAÇÃO SINDICAL E SINDICAT OS. Tal 
inciso dá competência a JT para processar e julgar questões envolvendo 
representatividade (disputa da base territorial) entre Sindicatos, e ENTRE 
SINDICATOS E TRABALHADORES E/OU EMPREGADORES. Pode 
10 
 
envolver eleições sindicais que geram ações judiciais entre os representados o 
Sindicato, ação de impugnação de registro de chapa, anulações de assembléia 
eleitoral, ações para a exclusão de candidatos ou eleitores sem capacidade 
eleitoral. E ainda, ações de cobranças de contribuição sindical ou exclusão de 
sócios, ou qualquer outra demanda entre o empregador e o Sindicato, e entre o 
trabalhador e o Sindicato. 
 
IV- MANDADO DE SEGURANÇA. HABEAS CORPUS E HABEAS DATA 
QUANDO O ATO QUESTIONADO ENVOLVER MATÉRIA SUJEITA À SUA 
JURISDIÇÃO; 
 
V- CONFLITO DE COMPETÊNCIA ENTRE ÓRGÃOS COM 
JURISDIÇÃO TRABALHISTA, ressalvado o disposto no art. 102, 
I,O ;: tratando-se de conflitos entre órgãos com jurisdição trabalhista é 
lógico que sejam solucionados no âmbito interno de sua justiça. Da decisão 
proferida não cabe recurso. 
 O conflito será julgado pelo 1º tribunal, na escala hierárquica 
ascendente, superior a ambos os juízos em conflito. 
 
VI- INDENIZAÇÕES POR DANOS MORAL OU PATRIMONIAL 
DECORRENTE DA RELAÇÃO DE TRABALHO . A Justiça do 
Trabalho é competente para processar e julgar as ações de danos morais e 
materiais decorrentes da relação de trabalho e ou emprego. A ampliação das 
atribuições se estende até à uma situação pré-contratual, caso a controvérsia 
decorra de relação de trabalho ainda que na fase de tratativas. Os danos 
podem ser decorrentes, inclusive, de acidente do trabalho, não importando 
se a controvérsia deva ser redimida à luz do direito comum e não do direito 
do trabalho. 
 
VII- PENALIDADES ADMINISTRATIVA APLICADAS PELOS ÓRGÃOS 
DE FISCALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO. A 
competência para julgar multas (e autuações) era da Justiça Federal, que, pela 
EC 45/2004, foi transferida para a justiça do Trabalho. O interessado pode 
inclusive desistir da defesa administrativa e ingressar diretamente na Justiça 
do Trabalho. 
VIII- EXECUÇÃO DE OFÍCIO DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
PREVISTAS NO ART. 195, I, A E II DA C/F88 E SEUS 
ACRÉSCIMOS LEGAIS , decorrentes de sentenças que proferir e acordos 
que homologar a Justiça do Trabalho. LER A SÚMULA 368 DO TST. A 
corregedoria Geral da Justiça do Trabalho editou vários provimentos, sendo 
o último o 3/2005 que determinam a retenção IMPOSTO DE RENDA 
retido na fonte e o recolhimento de contribuições devidas pelo trabalhador 
ao INSS. 
 
11 
 
IX- OUTRAS CONTROVÉRSIAS DECORRENTES DA RELAÇÃO DE 
TRABALHO, NA FORMA DA LEI. 
 Não apenas os empregados, mas também os trabalhadores ( ex: autônomo, 
eventual, estagiário, etc..) . Contudo, ação envolvendo cobrança de honorários para 
profissionais liberais devem ser propostas na Justiça Comum: 
 
 Súmula 363 do STJ dispõe: “Compete a Justiça Estadual processar e julgar a 
ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.” 
 
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. 
 
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é 
facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza 
econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as 
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas 
anteriormente. 
 
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do 
interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio 
coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. 
 -As atividades essenciais estão definidas na LEI 7.783/89, algumas: tratamento 
e abastecimento de água, energia elétrica, assistência médica e hospitalar, funerários, 
controle de tráfego aéreo, transporte coletivos, distribuição e comercialização de 
medicamentos e alimentos, etc.. 
 
 
COMPETÊNCIA TERRITORIAL (em razão do lugar) ex ratione loci 
Art. 650 e 651 do CLT 
Art. 650 : 
 A jurisdição de cada Junta de Conciliação e Julgamento abrange todo o 
território da Comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida por 
lei federal. (Redação dada pela Lei nº 5.442, 1968) 
 Parágrafo único. As leis locais de Organização Judiciária não influirão sôbre 
a competência de Juntas de Conciliação e Julgamento já criadas até que lei federal 
assim determine. (Parágrafo incluído pela Lei nº 5.442, 1968). 
 
 Cada vara do trabalho tem competência para examinar as questões 
que lhe são submetidas dentro de determinado espaço geográfico, que pode ser 
um município ou mais. O que é definido por Lei Federal que cria a VARA DO 
TRABALHO. 
12 
 
 
 Art. 651. 
A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela 
localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao 
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
§ 1º Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será 
da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o 
empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização 
em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. (Redação dada 
pela Lei nº 9.851, de 1999) 
§ 2º A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste 
artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde 
que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em 
contrário. 
§ 3º Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do 
lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação 
no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. 
 
 Vamos à análise do art. 651 da CLT: 
 
Caput: A regra geral esta contida no caput do art 651 e indica como 
foro competente o local da última prestação de serviços. Havendo vários locais 
de trabalho. Exemplo: O empregado trabalhou inicialmente em Rio Verde, 
depois em Jataí e, posteriormente, fica trabalhando em Goiânia, é essa última 
(Goiânia) a localidade que a ação será proposta). 
 
 * Se o empregador vai ajuizar ação em face do empregado a 
regra é a mesma, ou seja,tal ação (geralmente a Consignação em pagamento) 
deverá ser proposta no último local da prestação de serviços. 
 
 Art. 651, § 1º Para empregado viajante (ex: representante comercial, vendedor, 
etc..), foro competente é o local onde a empresa tiver agência ou filial e que a 
esta o Reclamante esteja subordinado. Na falta, onde o empregado tenha 
domicílio. 
 Assim, o empregado que presta serviço de vendas em mais de 
um município, sem se fixar a uma localidade, deverá ajuizar Reclamação 
trabalhista no local da agência ou filia a qual ele presta contas. Na falta (somente 
se não houver agencia ou filial de subordinação) o empregado poderá optar 
entre propor a ação na Vara do Trabalho de seu domicílio ou na da localidade 
mais próxima. 
 
 Art. 651,§2º Empregado brasileiro laborando no estrangeiro a ação poderá 
ser proposta na Vara do Trabalho Brasileira, na comarca onde a empresa tiver 
13 
 
agência ou filial. Desde que não haja convenção internacional dispondo ao 
contrário. 
 
 Art. 652,§3º Empresas que promovam serviços fora do lugar da 
contratação. Ex: Empresas especializadas em auditorias, reflorestamento, 
atividades de circos, teatros, feiras exposições, eventos, etc... Neste caso, o 
empregado pode, livremente, escolher propor a ação no local de celebração do 
contrato, ou em qualquer lugar onde prestou serviços. Pois a prova lhe será mais 
fácil, ou os gastos com a locomoção menores. 
Observações: A Competência territorial é relativa, ou seja, modificável, prorrogável. 
Ou seja, não é possível o reconhecimento de ofício, ocorrendo preclusão se não 
alegada em momento oportuno. 
 
 A reforma trabalhista (lei 13. 467/17), inseriu significativa mudança 
alusiva a arguição da Incompetência Territorial na Justiça do Trabalho. Conforme o 
art. 800 da CLT, o momento oportuno para a apresentação da exceção de 
incompetência territorial é no prazo de cinco dias da notificação citatória. 
 
 
 DA AÇÃO TRABALHISTA 
 
 Ação é o direito de provocar o exercício da tutela jurisdicional pelo 
Estado, para solucionar determinado conflito. 
 
 Denominações. Dissídio Trabalhista, Reclamação Trab.. Reclamante. 
Reclamado. 
 
Lide: Conflito de interesses iniciado pela pretensão do autor que é resistida pelo réu. 
 
Processo: Conjunto de atos coordenados por meio dos quais a ação é exercitada, se 
efetivando a prestação jurisdicional. 
 
Procedimento é o meio pelo qual o processo vai tramitar é a forma do andamento do 
processo. Na Justiça do Trabalho os Ritos são: Ordinário, Sumaríssimo e Sumário. 
 
 Dissídio Individual é o processo judicial trabalhista no qual o Estado 
concilia ou decide os litígios entre empregadores e empregado(s) singularmente 
considerados. Recebe o nome de Dissídio individual plúrimo(ou ações plúrimas) 
quando ocorre o litisconsórcio de dois ou mais empregados agindo em face de um ou 
mais empregadores. 
 
 Ações Individuais – 1 autor no pólo ativo 
 Ações Plúrimas – vários autores no pólo ativo 
 
14 
 
 Já nos Dissídios Coletivos não existem ações de natureza condenatória, 
apenas constitutiva ou declaratória. Cria ou interpreta norma que vai posteriormente 
ser objeto de ação de cumprimento na Vara do Trabalho. 
 
*PETIÇÃO INICIAL – pode ser escrita ou verbal, tendo em vista que as partes são 
detentoras do ius postulandi 
 
“Art. 840 A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
§ 1 º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a 
breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e 
com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. 
§ 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo 
escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1° deste artigo. 
§ 3° Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1° deste artigo serão julgados 
extintos sem resolução do mérito." 
 
 Assim, são requisitos da petição inicial: 
 
- pedidos certos e/ou determinados; com, ao menos, uma estimativa preliminar do 
valor dos pedidos exordiais. 
 O importante é que, pelo menos, seja determinado ou determinável na petição 
inicial, com a estimativa de seu valor, cujo somatório desses montantes corresponderá 
ao valor da causa. 
- "a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio", ou seja, os fundamentos de 
fato relativos ao litígio e respectivos pedidos ( ausência de necessidade dos 
fundamentos de direito) 
 Ausentes os requisitos explicitados no § 1º do art. 840 da CLT, o juiz 
deverá conferir ao autor prazo de 15 dias para a correção da petição inicial, ao invés 
de extinguir o processo sem resolução do mérito. 
 
Assim, são requisitos da petição inicial: 
 
- pedidos certos e/ou determinados; com, ao menos, uma estimativa preliminar do 
valor dos pedidos exordiais. 
 O importante é que, pelo menos, seja determinado ou determinável na petição 
inicial, com a estimativa de seu valor, cujo somatório desses montantes corresponderá 
ao valor da causa. 
- "a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio", ou seja, os fundamentos de 
fato relativos ao litígio e respectivos pedidos ( ausência de necessidade dos 
fundamentos de direito) 
 Ausentes os requisitos explicitados no § 1º do art. 840 da CLT, o juiz 
deverá conferir ao autor prazo de 15 dias para a correção da petição inicial, como 
prevê o Código de Processo Civil (utilizado subsidiariamente) e não, de imediato, 
extinguir o processo sem resolução do mérito. 
 
 
15 
 
 
PROCEDIMENTOS: ORDINÁRIO – SUMÁRIO - SUMARÍSSIO 
 
 O valor da causa é o que vai determinar o procedimento, salvo exceções 
específicas, que serão mencionadas no decorrer da explanação abaixo. 
 
A- Procedimento Ordinário: art. 837 a 852 da CLT. 
 
 Esse rito é usado quando não couber o rito sumário ou sumaríssimo e quando o 
valor da causa ultrapassar 40 salários mínimos, seu rito permite um melhor 
conhecimento do mérito e é usado para casos de maior complexidade; 
– Poderá ser feita a citação por edital; 
– Três testemunhas para cada parte( art.821 CLT); 
– Entidades públicas podem ser demandadas 
 
B- Rito sumário: se o valor da causa for de até 2 (dois) salários mínimos, o 
processo deve seguir o rito sumário, que não possui recursos cabíveis quanto às 
suas decisões, ou seja, são causa de única instância e quando um processo segue 
esse rito, não há como recorrer de uma decisão proferida. A única exceção 
permitida é quando há a violação de preceito constitucional, sendo assim, 
poderá haver o Recurso Extraordinário, destinado ao STF. O rito sumário está 
previsto no art. 2º, §§ 3º e 4º da Lei nº 5.584/70. 
 
 
C- Procedimento Sumaríssimo: Artigos 852-A a 852-I da CLT que foram 
acrescentados pela Lei 9.957/2000. 
 
 Vejamos algumas características: 
- Não pode ser aplicada a entidades autárquicas, administração direta e 
fundações, atente que pode ser aplicada para empresas públicas e sociedades de 
economia mista, veja o artigo 852-A parágrafo único da CLT: 
- Pedido certo e determinado e não se fará citação por edital, sob pena, de 
arquivamento. 
- Extinção do processo sem resolução do mérito (art. 852-H, I e § 12, CLT: "O 
não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo 
importará no arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de 
custas sobre o valor da causa". 
- Audiência UNA. Ata resumida. 2 Testemunhas, no máximo. Só será intimada 
testemunha que comprovadamente convidada, deixa de comparecer. 
- Sentença dispensa relatório. 
 
 
 
 
16 
 
CLT 
Do Procedimento Sumaríssimo 
Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data 
do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. 
Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a 
Administração Pública direta, autárquica e fundacional. 
Art. 852-B. Nasreclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente; 
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do 
reclamado; 
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, 
podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de 
Conciliação e Julgamento. 
§ 1o O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no 
arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa. 
§ 2o As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do 
processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de 
comunicação. 
Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a 
direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o 
titular. 
Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, 
considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, 
impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência 
comum ou técnica. 
Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conciliação e 
usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da 
audiência. 
Art. 852-F. Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos essenciais, as afirmações 
fundamentais das partes e as informações úteis à solução da causa trazidas pela prova testemunhal. 
Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam interferir no 
prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão decididas na sentença. 
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não 
requeridas previamente. 
§ 1o Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte 
contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz. 
§ 2o As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e 
julgamento independentemente de intimação. 
§ 3o Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. 
Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. 
17 
 
§ 4o Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova técnica, 
incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito. 
§ 5o (VETADO) 
§ 6o As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias. 
§ 7o Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo 
de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa. 
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes 
ocorridos em audiência, dispensado o relatório. 
§ 1o O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais 
da lei e as exigências do bem comum. 
§ 2o (VETADO) 
§ 3o As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que prolatada." 
 
 
CUSTAS PROCESSUAIS – JUSTIÇA GRATUITA- 
 HONORÁRIOS PERICIAIS – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 
Trechos da obra: A reforma trabalhista no Brasil : com os comentários à Lei n. 13.467/2017 Mauricio Godinho 
Delgado, Gabriela Neves Delgado. - São Paulo : LTr, 2017. Pgs 323 a 327 
 
 “ (...) 
Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e 
procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas 
perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo 
de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez 
reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios 
do Regime Geral de Previdência Social, e serão calculadas: 
(...) 
... o objetivo dessa alteração legal foi, efetivamente, fixar um teto para o montante de custas 
devidas relativamente à fase processual de conhecimento, quanto às ações e procedimentos de 
competência da Justiça doTrabalho, qualquer que seja a natureza da ação. 
O novo teto não afeta, porém, as custas devidas no processo de execução - as quais são 
reguladas pelo art. 789-A da CLT, que não foi alterado pela Lei da Reforma Trabalhista. 
 
(...) 
O art. 790, § 3º, da CLT alterou o parâmetro numérico, no tocante a presunção de 
hipossuficiência econômico-financeira, para o seguinte nível: "salário igual ou inferior a 
40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de 
Previdência Social". 
 Acima desse nível torna-se necessária a comprovação da hipossuficiência. Diz o 
novo § 4º do art. 790 da CLT que o benefício da justiça gratuita somente será concedido 
"à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do 
processo" . 
 Essa comprovação pode ser fazer, em princípio, pela declaração de próprio punho 
da pessoa natural do autor da ação, bem como pela declaração de seu procurador no 
18 
 
processo (art. 105, in fine, CPC-2015), desde que autorizado por "cláusula específica" 
contida no instrumento de mandato (procuração) - Súmula n. 463, I, TST. 
 Entretanto, tais declarações podem não bastar, caso exista nos autos prova em 
sentido contrário, juntada pela parte adversa ou não; mesmo assim, antes de indeferir o 
pedido, deve o Magistrado "determinar à parte a comprovação do preenchimento dos 
referidos pressupostos" (§ 2º, in fine, do art. 99 do CPC-2015). 
 A Lei da Reforma Trabalhista, contudo, reduziu a extensão dos benefícios da 
justiça gratuita, sob a perspectiva do trabalhador reclamante. Desse modo, comprometeu, 
significativamente - caso interpretado o texto normativo de maneira gramatical e literalista 
- o comando constitucional do art. 5º, LXXIV, da CF (que enfatiza a "assistência jurídica 
integral e gratuita", ao invés de meramente parcial), além do comando constitucional 
relativo ao amplo acesso à jurisdição (art. 5º, XXXV, CF). 
 É que manteve mesmo para a parte beneficiária da justiça gratuita a 
"responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais", se essa parte tiver sido 
sucumbente na pretensão objeto da perícia (novo caput do art. 790-B da CLT). E 
acrescenta que apenas se esse beneficiário não tiver obtido "em juízo créditos capazes 
de suportar a despesa ( ... ), ainda que em outro processo", é que a União irá responder 
pelo encargo (novo § 4º do art. 790-B da CLT). 
 Agrega a nova Lei também a responsabilidade do beneficiário da justiça gratuita 
pelos honorários advocatícios instituídos pelo novo art. 791-A, caput e §§, da CLT - 
portanto, honorários advocatícios concedidos fora da hipótese prevista na Lei n. 
5.584/1970. Tais honorários podem ser devidos pela simples sucumbência, inclusive 
sucumbência recíproca, se for o caso, a par de sucumbência na reconvenção, se houver 
(art. 791 -A, caput e §§ 3º e 5º). 
 Em se tratando de beneficiário da justiça gratuita, a responsabilidade se mantém - 
segundo o texto literal -, podendo o respectivo montante ser deduzido de créditos obtidos 
em outro processo, que sejam capazes de suportar a despesa (§ 4º do novo art. 791-A da 
CLT). 
 Se não existirem esses créditos processuais do beneficiário da justiça gratuita, a 
nova Lei aponta na seguinte direção: "... as obrigações decorrentes de sua sucumbência 
ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, 
nos dois anos subsequentesao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor 
demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a 
concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do 
beneficiário" (§ 4º do novo art. 791-A da CLT). 
 Se não bastassem tais restrições, a Lei n. 13.467/2017 acrescentou outra 
importante ressalva: ocorrendo o "arquivamento da reclamação" previsto no caput do art. 
844 da CLT, em face da ausência do reclamante, "este será condenado ao pagamento 
das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da 
justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por 
motivo legalmente justificável" (novo § 2º do art. 844, CLT). 
 E completa, ademais, o novo § 3º do art. 844 da CLT: o "pagamento das custas a 
que se refere o § 2º é condição para a propositura de nova demanda". 
 Ora, sabendo-se que a restrição monetária, relativamente aos segmentos sociais 
sem lastro econômico-financeiro, assume o caráter de restrição absoluta ou quase 
absoluta, percebe-se que os comandos constitucionais expressos nos incisos XXXV e 
LXXIV do art. 5º da CF/88 mostram-se flagrantemente desrespeitados pela Lei n. 1 
3.467/2017 no que concerne à sua regulação do instituto da justiça gratuita no Direito 
Processual do Trabalho. 
 
19 
 
HONORARIOS PERICIAIS: NOVAS REGRAS JURÍDICAS. ALTERAÇÃO 
DA REDAÇÃO DO CAPUT DO ART.790-B DA CLT, COM INSERÇÃO, 
NESTE ART. 790-B, DOS §§ 1, 2, 3 e 4. 
 
A Lei n. 1 3.467/2017 fixou nova redação para o caput do art. 790-B da CLT. 
 Também inseriu, neste mesmo dispositivo, os §§ 1 º até 4º, todos referentes aos 
honorários periciais. 
 
Eis a nova redação do art. 790-B da CLT, com a parte alterada em destaque: 
 
 Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na 
pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita. 
§ 1° Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo 
Conselho Superior da Justiça do Trabalho. 
§ 2• O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais. 
§ 3° O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de pericias. 
§ 4° Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juizo créditos capazes 
de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo. 
(NR) 
 (...) 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA, INCLUSIVE SUCUMBÊNCIA 
RECÍPROCA E SUCUMBÊNCIA NA RECONVENÇÃO: GENERALIZAÇÃO NO 
PROCESSO DO TRABALHO, MESMO QUANTO AO BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA 
GRATUITA. INSERÇÃO DO NOVO ART. 79 1-A. 
 
 A Lei n. 1 3.467/201 7 inseriu, na CLT, o novo art. 791-A, com o seu 
caput e os §§ 1º até 4º, instituindo nova regência normativa sobre os 
honorários advocatícios de sucumbência na Justiça do Trabalho. 
 
Eis a integralidade do novo texto legal: 
 
Art. 791 -A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de 
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze 
por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico 
obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
§ 1º Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações 
em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. 
§ 2º Ao fixar os honorários, o juízo observará: 
I - o grau de zelo do profissional; 
II - o lugar de prestação do serviço; 
III - a natureza e a importância da causa; 
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. 
§ 3º Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência 
recíproca, vedada a compensação entre os honorários. 
§ 4º Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda 
que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações 
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e 
somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado 
da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de 
insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, 
passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. 
§ 5º São devidos honorários de sucumbência na reconvenção. 
20 
 
 
 A alteração inserida pela Lei n. 1 3.467/201 7 no tocante ao regime de concessão dos 
honorários advocatícios de sucumbência - da maneira como regulado esse regime - 
corresponde a um, entre vários, dos aspectos mais impactantes da reforma, considerado 
o plano processual trabalhista. 
 É que o conjunto normativo constante do art. 791-A, caput e §§ 1º até 5º, da CLT - 
se lido em sua literalidade - , pode inviabilizar o direito e a garantia constitucionais 
fundamentais constitucionais da justiça gratuita (art. 5º, XXXV, CF) e o d ireito, garantia e 
princípio constitucionais fundamentais do amplo acesso à justiça (art. 5º, XXXV, CF) 
relativamente à grande maioria das pessoas físicas dos trabalhadores do País. Isso em 
decorrência dos elevados riscos econômico-financeiros que passam a envolver o 
processo judicial trabalhista, particularmente para as pessoas destituídas de significativas 
(ou nenhuma) renda e riqueza. 
 Os honorários advocatícios, conforme visto no novo texto legal, teriam pertinência 
em distintas hipóteses de sucumbência: a) na sucumbência total ou parcial do 
empregador; b) na sucumbência total ou parcial do trabalhador; c) na sucumbência do 
empregador ou do trabalhador em situações que envolvam reconvenção. (...)” 
 
 
NULIDADES - art. 794 a 798 CLT 
 
 CONCEITO 
 
 Nulidade é a sanção determinada pela lei, que priva o ato jurídico de 
seus efeitos normais, em razão do descumprimento das formas mencionadas na 
norma jurídica. 
 A função da declaração das nulidades é de assegurar os fins destinados 
ás formas e que podem ser atingidos por intermédio de outros meios. 
 
 
SISTEMA DE NULIDADES 
 
 Nosso direito processual, inclusive do trabalho, adotou o sistema francês, 
permitindo que o ato irregular que houvesse alcançado sua finalidade fosse 
aproveitado ou em outros casos repetido. Adota-se, também, de certa forma, o 
sistema alemão, pois a lei determina que o juiz ao pronunciar a nulidade esclareça a 
partir de que o momento o processo é nulo, inclusive porque o juiz é quem é que 
dirige o processo. 
 
 
Princípios Das Nulidades 
 
Os princípios das nulidades são originários da teoria geral do processo. 
 
Princípio da legalidade 
Princípio da instrumentalidade das formas ou da finalidade 
Princípio da economia processual 
21 
 
Princípio do aproveitamento da parte válida do ato 
Princípio do interesse de agir 
Princípio da lealdade processual 
Princípio da repressão ao dolo processual 
Princípio da transcendência o do prejuízo 
Princípio da convalidação. 
 
Preclusão 
 
 É a perda da faculdade de praticar-se um ato pela transposição de um 
‘momento processual’, que pode estar marcado, também, por um prazo 
determinado, e não apenas pelo ordenamento formal ou lógico dos atos no 
processo, ou pela incompartibilidade de um ato como outro”. 
 
 Pode haver também preclusão se o ato processual já foi 
validamente exercido. A preclusão, normalmente, refere-se a atos processuais, 
mas também pode referir-se a prazos processuais, só tendo eficácia no processo 
em que ocorre. 
 
 
 
DAS FORMAS DE RESPOSTA DO RÉU 
CONTESTAÇÃO TRABALHISTA 
Artigos 847 e 848 da CLT. 
 A Defesa pode ser oral em 20 minutos, ou escrita. Podendo ser enviada pelo 
sistema de processo judicial eletrônico. 
 Pode haver a resposta do réu em forma de: 
1. DEFESA INDIRETA DO PROCESSO: (de natureza processual) 
a) Exceções – de suspeição e incompetência – artigos 799 à 802 da CLT. Em 
peça apartada. Com prazo diferenciadopara a exceção de incompetência territorial 
( art. 800 da CLT). 
b) Preliminares – Impedem o exame do mérito da questão. - Artigo 337 do CPC. 
2. DEFESA INDIRETA DE MÉRITO – ou as prejudiciais de mérito, em que o 
processo é resolvido com julgamento do mérito, como se observa nas: 
- PRESCRIÇÃO: é a perda da pretensão ao direito em razão da inércia de seu 
titular. A prescrição trabalhista está prevista no inciso, XXIX, art. 7º da CFB/88. 
22 
 
- DECADÊNCIA : é a perda do próprio direito em razão de não ter sido exercitado 
no prazo legal. 
3. DEFESA DE MÉRITO – Contestar (rejeitar) todas as matérias debatidas e as 
verbas pretendidas na inicial. É a contestação propriamente dita. 
- É necessário articular a defesa de mérito de forma precisa e específica, 
contestando todos os pedidos do Reclamante, a fim de se evitar Defesa por 
negação geral ou omissão que implicaria na admissão dos pedidos da Inicial. (art. 
302 do CPC). 
- Observar o PRINCIPIO DA EVENTUALIDADE no qual toda a matéria de 
defesa deve ser concentrada na Contestação. A articulação de Defesas indiretas 
processual ou indiretas de mérito não impendem a resistência aos pedidos do 
Reclamante. 
- Portanto, deve haver a defesa de mérito, para a eventualidade de ser rejeitada a 
defesa indireta, a fim de evitar que se tenha como admitido/aceito os pedidos da 
Inicial. 
- Como matéria de defesa, também pode ser alegada a COMPENSAÇÃO ou a 
RETENÇÃO conforme art. 767 da CLT. E a RECONVENÇÃO (art. 343 do 
CPC) 
Como há omissão na CLT, é cabível no processo do trabalho conforme autoriza o 
art. 769 da CLT, pois não existe incompatibilidade com a Justiça do Trabalho. 
Entretanto deve haver: matéria atinente à relação de emprego, mesmas partes, 
conexão com a ação principal, oferecida em conjunto com a Defesa. 
 
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL APRESENTADA POR 
PETIÇÃO, ANTES DA AUDIÊNCIA- ART. 800 DA CLT 
 
Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da 
notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o 
procedimento estabelecido neste artigo. 
§ 1° Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se refere o 
art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção. 
§ 2º Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os 
litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias. 
§ 3° Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o 
direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este 
houver indicado como competente. 
23 
 
§ 4" Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a 
designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo 
competente. 
 
 O reclamado/excipiente apresenta, no prazo 5 dias, a contar da citação 
("notificação"), antes da audiência designada, em petição própria, a sua exceção de 
incompetência territorial, ao fundamento das regras do art. 651 da própria CLT, que 
tratam da competência territorial dos juízos das Varas do Trabalho. 
 Conclusos os autos, o reclamante/excepto e, se houver, igualmente os 
litisconsortes, serão intimados para que se manifestem no prazo comum de cinco dias 
(§ 2º do art. 800, CLT). 
 Havendo necessidade de produção de prova, o juiz designará audiência, 
garantindo ao reclamado/excipiente a prerrogativa dele e suas testemunhas serem 
ouvidas no juízo considerado territorialmente competente pela parte excipiente (§ 3º 
do art. 800, CLT). 
 Decidida a exceção, o processo retomará o seu curso, com a designação da 
audiência para a tentativa conciliatória, apresentação da defesa e a respectiva 
instrução processual, tudo a ser feito perante o juízo considerado competente pela 
decisão judicial prolatada. 
 Se essa decisão judicial for pela mantença da competência territorial original 
ou se o juízo territorialmente competente estiver situado dentro dos limites do 
respectivo TRT, não caberá recurso ordinário de imediato, porém apenas ao final do 
transcurso do processo em 1 º grau, após a prolação da sentença, como simples tema 
preliminar no recurso ordinário interposto. É que, na Justiça do Trabalho, as decisões 
interlocutórias não ensejam recurso imediato, devendo todas as questões, inclusive as 
nulidades eventualmente verificadas, ser brandidas no recurso próprio da sentença 
prolatada, ou seja, no recurso ordinário. É o que dispõe o art. 893, § 1º, in fine, da 
CLT (nesta linha, Súmula 214, TST). 
 
 Se a decisão determinar a remessa dos autos para juízo situado, 
territorialmente, fora dos limites do TRT original (por exemplo, da 2ª Região, São 
Paulo, para a 21ªRegião, Rio Grande do Norte), caberá recurso ordinário quanto à 
respectiva decisão (Súmula n. 214, "c", do TST). 
 
 DA AUDIÊNCIA TRABALHISTA – ARTS. 843 A 852 DA CLT ( com grifos 
nossos). 
 
 DA AUDIÊNCIA DE JULGAMENTO 
Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o 
reclamado, independentemente do comparecimento de s eus representantes salvo, 
nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cum primento, quando os 
empregados poderão fazer-se representar pelo Sindic ato de sua categoria . 
 
24 
 
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer 
outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cu jas declarações obrigarão o 
proponente. 
§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderos o, devidamente 
comprovado, não for possível ao empregado comparece r pessoalmente, poderá 
fazer-se representar por outro empregado que perten ça à mesma profissão, ou pelo 
seu sindicato. 
§ 3o O preposto a que se refere o § 1o deste artigo não precisa ser empregado da 
parte reclamada. 
Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência impo rta o 
arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa 
revelia, além de confissão quanto à matéria de fato . 
§ 1o Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando 
nova audiência. 
§ 2o Na hipótese de ausência do reclamante, este será co ndenado ao 
pagamento das custas calculadas na forma do art. 78 9 desta Consolidação, ainda 
que beneficiário da justiça gratuita, salvo se comp rovar, no prazo de quinze dias, 
que a ausência ocorreu por motivo legalmente justif icável. 
§ 3o O pagamento das custas a que se refere o § 2 o é condição para a 
propositura de nova demanda. 
§ 4o A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se: 
 I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação; 
 II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere 
indispensável à prova do ato; 
IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou 
estiverem em contradição com prova constante dos autos. 
§ 5o Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão 
aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados. 
Art. 845 - O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhados das 
suas testemunhas, apresentando, nessa ocasião, as demais provas. 
Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. 
 
 § 1º - Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes, 
consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento. 
25 
 
§ 2º - Entre as condições a que se refere o parágrafo anterior, poderá ser estabelecida 
a de ficar a parte que não cumprir o acordo obrigada a satisfazer integralmente o pedidoou pagar uma indenização convencionada, sem prejuízo do cumprimento do 
acordo. 
Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua 
defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as 
partes. 
Parágrafo único. A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo 
judicial eletrônico até a audiência 
Art. 848 - Terminada a defesa, seguir-se-á a instru ção do processo, podendo o 
presidente, ex officio ou a requerimento de qualque r juiz temporário, interrogar os 
litigantes. 
§ 1º - Findo o interrogatório, poderá qualquer dos litigantes retirar-se, 
prosseguindo a instrução com o seu representante. 
§ 2º - Serão, a seguir, ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver. 
Art. 849 - A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por 
motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua 
continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação. 
Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em 
prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada u ma. Em seguida, o juiz ou 
presidente renovará a proposta de conciliação, e nã o se realizando esta, será 
proferida a decisão. 
Parágrafo único - O Presidente da Junta, após propor a solução do dissídio, tomará os 
votos dos vogais e, havendo divergência entre estes, poderá desempatar ou proferir 
decisão que melhor atenda ao cumprimento da lei e ao justo equilíbrio entre os votos 
divergentes e ao interesse social. 
Art. 851 - Os tramites de instrução e julgamento da reclamação serão resumidos em 
ata, de que constará, na íntegra, a decisão. 
§ 1º - Nos processos de exclusiva alçada das Juntas, será dispensável, a juízo do 
presidente, o resumo dos depoimentos, devendo constar da ata a conclusão do Tribunal 
quanto à matéria de fato. 
§ 2º - A ata será, pelo presidente ou juiz, junta ao processo, devidamente assinada, no 
prazo improrrogável de 48 (quarenta e oito) horas, contado da audiência de julgamento, e 
assinada pelos juízes classistas presentes à mesma audiência. 
Art. 852 - Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu 
representante, na própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma 
estabelecida no § 1º do art. 841. 
 
26 
 
 
 
 
RECURSOS NO PROCESSO DO TRBALHO 
 
A- EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
 
Art. 897-A da CLT – Súmulas 278 e 297 do TST 
Previsão do art. 496, IV do CPC 
Base legal: art. 463,II e 535/536 do CPC 
 
Requisito: existência de omissão e contradição na decisão. 
Prazo : 5 dias. 
Efeitos: 
- Modificativo (quando a omissão sanada compromete a decisão anteriormente 
tomada); 
- Interrompem o prazo para a interposição de outros recursos; 
- Súmulas 278 e 297 do TST. 
Endereçamento: Para o mesmo órgão( Juiz ou Tribunal) prolator da decisão. 
 
B- RECURSO ORDINÁRIO – art. 895 da CLT 
 
 No sentido jurídico, recurso é o meio processual utilizado para provocar o 
reexame de determinada decisão (definitiva ou terminativa), com a finalidade de 
reformá-la ou modificá-la. 
 
 Na justiça do trabalho o Recurso Ordinário (que se assemelha à apelação cível) 
esta previsto no art. 895 da CLT 
 
 Prazo para a interposição: 8 dias a contar da intimação da publicação da 
sentença ou acórdão. 
Efeito: Devolutivo 
 
Pressupostos: A)-Pagamento de custas pela parte vencida. B)-De depósito recursal 
se a Reclamada recorrer. Valor máximo em janeiro/2018 é R$ 9.189,00. 
 
 Procedimentos: 
 - Petição do recorrente endereçada ao juiz a quo requerendo o recebimento e 
processamento do RO- art. 899 CLT. 
 - Intimação do recorrido para apresentar contrarrazões – art. 900 da CLT 
 - O processo subirá ao Tribunal e será distribuído 
 - Parecer da Procuradoria do Trabalho 
 - Conclusos ao Relator 
 - Processo posto em mesa para julgamento 
27 
 
 -Julgamento proferido através de decisão/voto dos juízes do tribunal, 
(substituirá a sentença) 
 - Acórdão – relatório, fundamentação e dispositivo. Ementa. 
 
 
C- RECURSO DE REVISTA 
 
I- Previsão legal: na CLT nos seguintes artigos: 893, III , 896, 896-A, 896-B e 896-
C da CLT 
 
II- O Recurso de revista é um apelo técnico, estando sua admissibilidade subordinada 
ao atendimento de determinados pressupostos. 
 
 No Recurso de Revista é indispensável que a parte demonstre 
divergência jurisprudencial entre os tribunais regionais do trabalho, ou violação 
literal de dispositivo de lei federal ou da constituição para o seu conhecimento, ou 
súmula vinculante do STF. 
 
 O objetivo do recurso de revista é unificar a jurisprudência dos tribunais 
regionais, observar a lei federal e a CF/88. 
 
III- Cabimento: alíneas a, b e c do art. 896 da CLT 
 
 O Juiz Presidente do TRT (juízo a quo) é o responsável pelo exame dos 
pressupostos de admissibilidade do recurso. Entretanto, o tribunal superior (juízo ad 
quem) não esta subordinado ao juízo de admissibilidade do tribunal inferior. 
 O Recurso de Revista passa caber quando a decisão do TRT contrariar 
súmula vinculante do STF. 
 
 Prequestionamento: Súmula 297 do TST 
 
IV- Prazo para a interposição: 8 dias a contar da publicação do acórdão. 
 Efeito: Devolutivo 
 
V- Complementar o depósito recursal até o valor da condenação, ou fazer depósito 
recursal de, no máximo, R$ 18.378,00. 
 
Procedimento Sumaríssimo : § 6º do art. 896 da CLT 
 
Procedimento: 
- O Recurso é encaminhado ao presidente do TRT que poderá recebê-lo ou denegá-lo 
(exame de admissibilidade) art. 896, parág. 1º da CLT); 
- O Recorrido é intimado para apresentar contrarrazões (8 dias); 
- No TST o recurso é autuado; 
28 
 
- Autos conclusos ao Ministro Presidente do TST que vai distribuir o RR a uma turma 
julgadora, exceto casos de argüição de inconstitucionalidade que será julgado por 
seção; 
- Parecer do Ministério Público do Trabalho; 
- O Recurso é distribuído ao Relator e posteriormente posto em pauta para 
julgamento. 
 
D- AGRAVO DE INSTRUMENTO (art. 897 da CLT, alínea b, § 2º, 4º, 5º e 7º) 
 
 Conceito: Agravo de instrumento é o recurso adequado para 
impugnar despachos que denegaram seguimento a interposição de outro recurso. O 
conceito é encontrado na alínea b do art. 897. 
 
 Cabimento: A finalidade do agravo de instrumento no processo 
do trabalho é destrancar recursos. Não cabem recursos de decisões interlocutórias 
(Súmula 214 do TST). 
 
Prazo: 8 dias - Efeito: devolutivo 
 
 A Lei 12.275/29-06-2010 alterou dispositivos da CLT, 
tornando obrigatório, se o recorrente for o condenado em parcela pecuniária, o 
pagamento prévio de depósito recursal. Referido depósito é no valor de 50% do 
recurso que teve denegado seu prosseguimento. 
 Procedimento: 
 
A) O agravo de instrumento é interposto perante à autoridade prolatora que 
indeferiu o encaminhamento do recurso, sendo processado em autos apartados 
e julgados pelo Tribunal que seria competente para julgar o recurso que foi 
denegado seguimento - Juízo ad quem. 
B) É interposto mediante petição que deve indicar os motivos pelos quais entende 
que o apelo indeferido deveria ter sido admitido. Nesta petição cumpre ao 
agravante também indicar as peças que devem formar o instrumento. 
 
C) As partes deverão promover a formação do instrumento do agravo, de forma a 
possibilitar o imediato julgamento do recurso denegado, caso o agravo seja 
provido, conforme art. 897, § 5º, I e II da CLT: 
 I- obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da 
respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da 
petição inicial, da contestação, da decisão originária, da comprovação do depósito recursal e do 
recolhimento das custas; 
 
29 
 
 II- facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao 
deslinde da matériade mérito controvertida. 
 
D)- Despachado o agravo, o Juiz ou Presidente do TRT, determina que a petição 
seja autuada e que se forme o translado. 
 
E)- O agravado é intimado para contraminutar o agravo e apresentar as contrarrazões 
ao recurso trancado, no mesmo prazo fixado para a interposição do agravo. 
 
F)- Depois de ouvido o agravado, o Juiz pode reconsiderar sua decisão e deferir o 
recurso indeferido – Retratação. 
 
G) O Agravo de Instrumento é encaminhado ao respectivo tribunal, autuado e 
remetido à Procuradoria (quando cabível a intervenção desta), distribuído a um 
relator (não há revisor) e a seguir incluído em pauta de acordo com as formalidades 
que se aplicam ao recurso ordinário e ao de revista, conforme se trate de feito 
submetido a TRT ou ao TST. 
 
 
E- AGRAVO DE PETIÇÃO 
 Segundo a CLT, é possível interpor agravo de petição em face das 
decisões do Juiz ou Presidente, exclusivamente nas execuções trabalhistas. Ou seja, 
não cabe Agravo de Petição na fase de conhecimento. O Agravo de Petição é o 
recurso para a fase de execução. 
 Dispõe no art. 897, caput, alínea “a”, e parágrafo 1º, CLT: 
Art. 897- Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: 
a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas 
execuções; 
b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição 
de recursos. 
§ 1º – O agravo de petição só será recebido quando o agravante 
delimitar, justificadamente, as matérias e os valores 
impugnados, permitida a execução imediata da parte 
remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de 
sentença. 
 Além das hipóteses acima, também cabe Agravo de Petição em 
face de decisão de acolhimento ou rejeição do incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica, quando este ocorrer na fase de execução ( inciso II do § 1º do 
art. 855-A da CLT), independentemente de garantia do juízo.

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