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AVALIAÇÃO DA MARCHA Profª Drª Dominique Babini dbabini.fisioterapeuta@gmail.com dominiquebabini1 Definição Ato automático que depende de múltiplos mecanismos neurofisiológicos. Equivale a uma sucessão de reações adotadas para restabelecer o equilíbrio toda vez que o centro de gravidade se desloca para frente. Profª Drª Dominique Babini Objetivos da avaliação da marcha Compreensão do mecanismo normal; Direcionamento do tratamento; Prescrição e adequação de órteses e próteses; Comparação pré e pós-tratamento; Orientação de desempenho para atletas. Profª Drª Dominique Babini Procedimentos para avaliação Trajes adequados; Espaço para avaliação global da marcha; Avaliação por segmentos articulares; Avaliação específica de MMSS; Ordens para acelerar e lentificar; Ordens para meia-volta ou parada brusca. Profª Drª Dominique Babini Ciclo da marcha Ciclo da marcha é o período que ocorre entre o toque do calcanhar de uma extremidade e o subseqüente toque do calcanhar da mesma extremidade. Fase de apoio; Fase de balanço. Profª Drª Dominique Babini Fases da marcha Apoio: - É o termo utilizado para designar todo o período durante o qual o pé está em contato com a superfície. Balanço: - É o termo utilizado para designar o tempo em que o pé está no ar para o avanço do membro. Profª Drª Dominique Babini Fases da marcha Profª Drª Dominique Babini Subfases da marcha Subfases da marcha Duração: Fase de apoio: 60% Fase de balanço: 40% Períodos da marcha apresentam relação inversa com a velocidade da marcha Profª Drª Dominique Babini Subfases da marcha Passada e Passo: Subfases da marcha CICLO DA MARCHA (PASSADA) APOIO BALANÇO ACEITAÇÃO DE PESO APOIO SIMPLES AVANÇO DO MEMBRO CONTATO INICIAL RESPOSTA À CARGA APOIO MÉDIO APOIO TERMINAL PRÉ-BALANÇO BALANÇO INICIAL BALANÇO MÉDIO BALANÇO TERMINAL Tarefa A: Aceitação do Peso Tarefa de maior exigência no ciclo de marcha Desafio de transferir o peso do corpo abruptamente para o membro inferior que acabou de terminar o balanço! Profª Drª Dominique Babini Tarefa A: Aceitação do Peso Contato inicial: Inclui o momento quando o pé acaba de tocar o solo. O membro é posicionado para iniciar o apoio com o rolamento do calcanhar. Tarefa A: Aceitação do Peso Resposta à carga: A fase começa com o contato inicial com o solo e continua até que o outro pé eleve-se para o balanço. Objetivos: absorção de choque e estabilidade para recepção de peso. Tarefa B: Apoio Simples Um membro tem a responsabilidade de sustentar o peso do corpo tanto no plano sagital como no transverso, enquanto a progressão deve ser mantida. Profª Drª Dominique Babini Tarefa B: Apoio Simples Apoio médio: Inicia-se quando o outro pé é elevado e continua até que o peso do corpo seja alinhado sobre o antepé. Objetivos: progressão sobre o pé estacionário e estabilidade do tronco e do membro. Tarefa B: Apoio Simples Apoio terminal: Começa com a elevação do calcanhar e continua até que o outro pé toque o solo. Objetivos: progressão do corpo além do pé de sustentação. Tarefa C: Avanço do Membro Objetiva suprir as altas exigências do avanço do membro através de uma postura preparatória inicia-se no apoio. O membro oscila através de três posturas, conforme eleva-se, avança e prepara-se para o próximo intervalo de apoio. Profª Drª Dominique Babini Tarefa C: Avanço do Membro Pré-balanço: Começa com o contato inicial do membro oposto e termina com o desprendimento ipsilateral dos dedos. Objetivos: posicionar o membro para o balanço. Tarefa C: Avanço do Membro Balanço inicial: Começa com a elevação do pé do solo e termina quando o pé de balanço está oposto ao pé de apoio. Objetivos: liberação do pé do solo e avançar o membro a partir de sua posição de queda. Tarefa C: Avanço do Membro Balanço médio: Começa quando o pé de balanço está oposto ao pé de apoio e termina quando o membro do balanço está anterior e a tíbia está vertical. Objetivos: avanço do membro e liberação do pé do solo. Tarefa C: Avanço do Membro Balanço terminal: Inicia-se com a tíbia vertical e termina quando o pé oca o solo. O avanço do membro é completado enquanto a perna desloca-se para frente da coxa. Objetivos: completar o avanço do membro e preparar o membro para o apoio. Subdivisões do corpo Durante a marcha o corpo divide-se funcionalmente em duas unidades, passageiro e locomotor. Os mecanismos normais da marcha são tão eficientes que as demandas na unidade do passageiro são reduzidas ao mínimo. Subdivisões do corpo Subdivisões do corpo Força de propulsão Estabilidade de apoio Absorção de choque Conservação de energia Cinemática da marcha É o estudo dos parâmetros têmporo-espaciais da marcha. Observação clínica Filmagem da marcha Profª Drª Dominique Babini Cinemática da marcha Observação clínica: Velocidade (1,0 + 0,25 m/s) Cadência (passos/s) Comprimento do passo (cm) Comprimento da passada (cm) Largura do passo (cm) Profª Drª Dominique Babini Podograma Profª Drª Dominique Babini Eletrogoniômetro Profª Drª Dominique Babini Cinemática da marcha Filmagem da marcha: Filmadora profissional DVD Computador + Software Marcas em pontos anatômicos do corpo Possibilita a repetição da observação. Profª Drª Dominique Babini Profª Drª Dominique Babini Tipos de Marcha Patológicas Marcha antálgica: Usada pelo paciente para se proteger da dor; Fase de apoio reduzida no lado acometido; Saltita para aliviar o peso. Profª Drª Dominique Babini Profª Drª Dominique Babini Tipos de Marcha Patológicas Marcha claudicante: Causada por lesão do aparelho locomotor ou por insuficiência arterial; O paciente “manca”. Profª Drª Dominique Babini Profª Drª Dominique Babini Tipos de Marcha Patológicas Marcha anserina: Causada por fraqueza do músculo glúteo médio; O paciente joga o quadril de um lado para o outro. Profª Drª Dominique Babini Profª Drª Dominique Babini Tipos de Marcha Patológicas Marcha escarvante: Causada por neuropatia; O paciente anda pisando com força no chão; Olhar voltado para o solo. Profª Drª Dominique Babini Profª Drª Dominique Babini Tipos de Marcha Patológicas Marcha ceifante: Causada por lesão do neurônio motor superior; O paciente apresenta fraqueza de isquiostibiais, iliopsoas e tibial anterior; Realiza circundução do membro inferior. Profª Drª Dominique Babini Profª Drª Dominique Babini Tipos de Marcha Patológicas Marcha festinante: Causada por lesão dos gânglios da base; Passos curtos; Não há balanço dos braços; CG deslocado para frente. Profª Drª Dominique Babini Profª Drª Dominique Babini Tipos de Marcha Patológicas Marcha atáxica: Causada por incoordenação motora; Tremores de tronco; Desequilíbrio no espaço; Base alargada. Profª Drª Dominique Babini Profª Drª Dominique Babini Tipos de Marcha Patológicas Marcha espástica: Ocorre adução excessiva do quadril; Marcha em tesoura; Comum na PC e LRM. Profª Drª Dominique Babini Profª Drª Dominique Babini BONS ESTUDOS
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