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PIM II - Totem para Atendimento CCM

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UNIVERSIDADE PAULISTA
UNIP EaD 
Cursos Superiores de Tecnologia
Projeto Integrado Multidisciplinar II
Totem para Atendimento em Centros de Cidadania das Mulheres
Nome: Lucas Andrey Cordeiro Tozi
RA: 2014114
Curso: Análise e Desenvolvimento de Sistemas
Semestre: 1º semestre
Polo Sorocaba/SP
2020
Projeto Integrado Multidisciplinar II
TOTEM PARA ATENDIMENTO
EM CENTROS DE CIDADANIA DAS MULHERES
Projeto Integrado Multidisciplinar II para obtenção do título em Análise de Sistemas, apresentado à Universidade Paulista
Polo Sorocaba/SP
2020
Resumo
Na sociedade atual, a mulher tem, cada vez mais, conseguido conquistar seu espaço na sociedade, embora ainda sofram com a predominância do machismo. Apesar da maior presença da mulher no mercado de trabalho, ainda há uma grande desigualdade no que se refere aos diferentes gêneros, principalmente com relação ao salário. Nos dias de hoje, a mulher ainda enfrenta muitos problemas, sendo um dos principais, a violência doméstica. O Centro de Cidadania das Mulheres foi criado para ser um espaço de qualificação e formação em cidadania, nos quais mulheres de diferentes idades, raças e crenças podem se organizar e defender seus direitos sociais, econômicos e culturais, além de propor e participar de ações e projetos que estimulem a implementação de políticas de igualdade com o objetivo de potencializar, por meio do controle social, os serviços públicos existentes para atender às suas necessidades e de sua comunidade. Assim, esse PIM tem como objetivo o projeto de um totem de atendimento a operar num Centro de Cidadania das Mulheres. Para tanto, o projeto é composto por uma parte teórica e outra prática. A parte teórica envolve os conteúdos das disciplinas que baliza o PIM II, onde foi utilizada a pesquisa bibliográfica como instrumento de coleta para a definição dos conceitos a serem tratados sobretudo, relativos à violência contra a mulher. Enquanto a parte prática corresponde ao projeto do totem, onde são apresentados, ao final, os recursos de hardware e software a serem utilizados como uma estratégia de comunicação com as usuárias dos CCMs.
Palavras-chave: Valorização da Mulher. Centro de Cidadania. Política para Mulheres. Igualdade. Totem digital. Press-release.
Abstract
Nowadays, women have increasingly managed to conquer their space in society, although they still suffer from the predominance of machismo. Despite the greater presence of women in the labor market, there is still a great inequality with regard to different genders, especially with regard to salary. In theses times, women still face many problems, one of the main ones being domestic violence. The Women's Citizenship Center was created to be a space for qualification and training in citizenship, in which women of different ages, races and beliefs can organize and defend their social, economic and cultural rights, in addition to proposing and participating in actions and projects that encourage the implementation of equality policies in order to enhance, through social control, the existing public services to meet their needs and that of their community. So, this PIM aims to design a service totem to operate in a Women's Citizenship Center. For this, the project consists of a theoretical and a practical part. The theoretical part involves the contents of the disciplines that mark out the PIM II, where bibliographic research was used as a collection instrument for the definition of the concepts to be dealt with above all, related to violence against women. While the practical part corresponds to the totem project, where the hardware and software resources to be used as a communication strategy with MCC users are presented at the end.
Keywords:Women's Empowerment. Citizenship Center. Policy for Women. Equality. Digital Totem. Press-release.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	6
1.1 OBJETIVOS	7
1.2 METODOLOGIA	8
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	9
2.1 ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES	9
2.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO	13
2.3 COMUNICAÇÃO APLICADA	16
3 PROJETO DO TOTEN DE ATENDIMENTO	19
3.1 RECURSOS COMPUTACIONAIS	19
3.2 APLICATIVO DE SOFTWARE DO TOTEM	19
3.3 ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO DO CENTRO DE CIDADANIA	21
3.3.1 Público Alvo	22
3.3.2 Canais e Ferramentas de Comunicação	22
4 O PRESS-RELEASE PARA O CCM	23
CONCLUSÃO	25
REFERÊNCIAS	26
1 INTRODUÇÃO
Apesar da crescente presença da mulher no mercado de trabalho e a mobilização da sociedade civil por buscar a igualdade entre homens e mulheres, as estatísticas são ainda muito cruéis, pois os números da violência contra a mulher só aumentam. Segundo dados da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres (SNPM), de janeiro a julho de 2018, o Ligue 180 registrou 27 feminicídios, 51 homicídios, 547 tentativas de feminicídios e 118 tentativas de homicídios (BRASIL, 2018). No mesmo período, os relatos de violência chegaram a 79.661, sendo os maiores números referentes à violência física (37.396) e violência psicológica (26.527). Por essa razão é preciso a valorização e a inclusão da mulher, para isso tem-se necessidade da definição de uma política para mulheres. Esse tem sido um dos temas, mundialmente, mais relevantes. Assim, o governo brasileiro, em 2003, implantou a Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres (SNPM), hoje vinculada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, cujo principal objetivo é a promoção da igualdade entre homens e mulheres e o combate aos preconceitos e discriminações herdados de uma sociedade patriarcal e excludente (BRASIL, 2019). A SNPM conjuntamente com as secretarias estaduais dos governos estaduais e as secretarias municipais das prefeituras, criam ações para a construção de um País mais justo, igualitário e democrático, atuando também internacionalmente em prol do reconhecimento e da promoção dos direitos da mulher. O objetivo da SNPM é possibilitar que todas as mulheres tenham acesso a serviços públicos de qualidade, com preservação da dignidade e garantia de direitos, de forma a reduzir os índices de violência (BRASIL, 2018).
Em várias cidades pelo país, existem os Centros de Cidadania da Mulher (CCM), cujo objetivo é a prestação de serviços de atendimento, acompanhamento, orientação e encaminhamento de mulheres, independentemente da existência de situações de violência doméstica e familiar, destinados à ampliação dos direitos sociais, econômicos, políticos e culturais das mulheres de sua área de abrangência territorial. Os CCMs, através de estratégias socioeducativas, oferecem às mulheres capacitação para o trabalho e geração de renda, informação sobre seus os direitos, qualidade de vida, empoderamento, estímulo à sua participação cidadã, práticas de lazer e culturais, além de orientações jurídicas e psicológicas. Nesse contexto, considera-se que a comunicação é algo de extrema importância no acolhimento dessas mulheres. É necessário que haja uma relação social para que se estabeleça entre as pessoas o compartilhamento de informações, ideias e sentimentos (TORRES, 2011). Assim, a partir das informações levantadas durante o atendimento é avaliada a situação de risco e vulnerabilidade das mulheres que chegam aos CCMs, sendo realizadas, então, intervenções, respeitando-se a vontade e o momento vivenciado pelas usuárias.
As organizações são naturalmente instigadas a procurarem inovações e valores que contribuam para sua competitividade, em estratégias de comunicação. A comunicação empresarial surge como uma solução estratégica de gestão podendo ser uma vantagem competitiva de grande eficácia ou um enorme transtorno à organização. Grande revolução cultural foi provocada pelos meios de comunicação sociais (MCS), hoje meios eletrônicoscom a internet e o suporte digital, que, por um lado, facilitaram a comunicação entre os homens, mas, por outro, produziram mudanças de paradigmas. A tecnologia de comunicação social mais estimula a era da conexão e interatividade vivido na atualidade e afeta os meios de comunicação em massa tradicionais. O projetode tecnologias da informação digitais, como MCS, evidencia-se como uma componente de suporte importante às atividades desenvolvidas nos Centros de Cidadania das Mulheres, possibilitando a melhoria contínua, ajudando a identificar e evidenciar alternativas de comunicação.
Desta forma, o projeto de totem de atendimento à ser instalado em Centros de Cidadania das Mulheres, objetivo do 2º Projeto Integrador Multidisciplinar - PIM II, compreende desde os principais fundamentos teóricos relativos às disciplinas de Organização de Computadores, Princípios de Sistemas de Informação e Comunicação Aplicada, aos recursos computacionais de hardware e de software.
1.1 OBJETIVOS
Tem-se como objetivo geral o projeto de terminal de computador instalado, por meio de um totem, para o atendimento nos Centros de Cidadania das Mulheres. São informações diversas, porém, sempre relacionadas às atividades e assuntos que serão desenvolvidos no CCM, em parceria com as Prefeituras e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Para alcançar o objetivo proposto, tem-se como objetivos específicos:
1. apresentar os referenciais teóricos necessários à concepção e ao desenvolvimento de projeto do totem;
2. apresentar os recursos computacionais que podem ser utilizados no totem;
3. apresentar a aplicação que será utilizada no totem;
4. definir a estratégia de comunicação para o CCM;
5. construir o material de divulgação para instigar o conhecimento sobre a temática.
1.2 METODOLOGIA
O presente projeto é constituído por três etapas: a coleta das informações; a elaboração dos recursos computacionais que devem ser gerados no projeto do totem para o atendimento de mulheres no CCM; e a elaboração do material para estimular a divulgação sobre o conteúdo.
Na primeira etapa, todas as evidências relativas aos conceitos presentes nas disciplinas de Organização de Computadores, Sistemas de Informação e Comunicação Aplicada (PALMEIRA, 2019) foram obtidas a partir da revisão da literatura. Assim, caracteriza-se o trabalho realizado como sendo de pesquisa bibliográfica. Segundo Marconi & Lakatos (2010), esse tipo de pesquisa é básico e essencial em qualquer tipo de trabalho. Com isso, foi possível a compreensão dos referenciais teóricos envolvidos no projeto, facilitando a familiaridade com o objeto em estudo.
Na segunda etapa, tem-se a apresentação dos recursos computacionais e da aplicação que serão utilizados no totem, bem como a estratégia de comunicação adequada para o CCM.
Por fim, na terceira etapa do projeto, tem-se a elaboração do material para divulgação, escrito na forma jornalística, para sugerir o assunto e instigar o conhecimento.
2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Neste item são apresentados os principais conceitos relacionados às disciplinas de Organização de Computadores, Princípios de Sistemas de Informação e Comunicação Aplicada.
2.1 ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES
De modo geral, o computador age com uma ferramenta investigativa, servindo como instrumento de pesquisa, de manipulação da informação, de criação e construção do conhecimento e da programação lógico-computacional. Assim, faz- se necessário entender a definição e o conceito do que seja um computador. Segundo o Dicionário Houaiss (HOUAISS, 2009), a definição de computador é: Substantivo masculino, 1. O que computa, calculador, calculista; 2. Rubrica: informática. Máquina destinada ao processamento de dados; dispositivo capaz de obedecer a instruções que visam produzir certas transformações nos dados, com o objetivo de alcançar um fim determinado. Conceitualmente, pode-se entender um computador como sendo um sistema de grande complexidade.
De acordo com Tanenbaum (2007), somar e comparar números, copiar dados de uma parte da memória para outra, e não muito mais do que isso, é o que o computador realmente consegue fazer, independentemente do quão extraordinário ele nos pareça. O computador consegue realizar estas operações por meio de instruções primitivas, denominadas linguagem de máquina. A linguagem de máquina remete ao primeiro nível de uma estrutura de computador. É no mínimo curioso que um equipamento limitado ofereça suporte para tantas aplicações. O que ocorre é que, posteriormente, foram incorporadas outras estruturas com uma série de abstrações, permitindo maior complexidade; ou seja, no nível de máquina, as instruções são simples, de modo que os programas que foram sendo incorporados é que conseguem tornar aquilo que é simples em algo cada vez mais complexo. Sendo assim, uma estrutura ou um nível de programa depende do outro. Tanenbaum (2007) diz ainda que a maioria dos computadores modernos ou máquina multinível possui dois ou mais níveis. Os três primeiros níveis não são projetados para o programador de aplicações, que utiliza as linguagens C e Java (linguagem de alto nível), por exemplo. Esses níveis são projetados pelo fabricante, e seus interpretadores são desenvolvidos por programadores de sistemas. Naturalmente, os níveis mais baixos apresentam limitações, ou seja, dependem do que foi desenvolvido pelo fabricante. Na Figura 1, pode ser vista uma arquitetura de um computador moderno com 6 níveis.
Figura 1 – Computador multinível (6 níveis)
Fonte: Adaptado de (NUNES, 2019)
O nível 0 representa a lógica digital ou os circuitos eletrônicos que realizam o processamento de informações na forma de impulsos elétricos dentro do processador. É neste nível que se encontram as portas lógicas, que são os componentes elementares dos circuitos digitais. O nível 1 corresponde à microarquitetura do processador (seus elementos internos), como veremos na Unidade II. É neste nível que encontramos a Unidade Lógica e Aritmética (ULA) e o seu caminho de dados. O nível 2 corresponde ao conjunto de instruções suportado pelo processador. O conjunto de instruções corresponde aos comandos que o processador pode receber de fontes externas e é determinado pelo projeto do processador. Normalmente não pode ser alterado. Este nível é conhecido como nível híbrido, porque algumas instruções são interpretadas pelo Sistema Operacional ou pelo microprograma. O nível 3 corresponde ao sistema operacional (S.O.). O S.O., também chamado de plataforma, promove uma interface amigável para os usuários, ou seja, realiza a ligação entre o homem e a máquina de forma mais intuitiva. O S.O. também gerencia as estruturas computacionais e oferece recursos para os demais aplicativos, tais como editores de texto, por exemplo.O nível 4 corresponde à linguagem de montagem. A linguagem de montagem, ou Assembly,fornece um método de programação para os níveis 1, 2 e 3 em uma forma mais agradável que a linguagem de máquina. Um programa escrito em linguagem de montagem só pode ser usado em uma determinada plataforma ou família de processadores. Alguns exemplos de linguagens deste nível são C, C++, Java, Perl, Python.O nível 5 corresponde à linguagem orientada à solução de problemas, ou linguagem de alto nível. Esse tipo de linguagem independe da plataforma em que for usada; ela deve ser traduzida (compilada) para um formato que o sistema operacional consiga interpretar e enviar para os níveis mais baixos da máquina(TANENBAUM, 2007).
Segundo Nunes (2019), para entender o funcionamento de um computador, precisamos conhecer sua evolução. Como salientamos, os computadores que usamos hoje incorporam em sua estrutura decisões que foram tomadas tempos atrás. Explicamos ainda que o computador moderno ou digital possui níveis, e que o nível mais simples utiliza um conjunto de instruções denominado linguagem de máquina. Entretanto, mesmo esse nível mais simples não nasceu pronto. Ele é fruto de uma evolução, pois um dispositivo sempre incorpora ao menos parte da tecnologia de seus predecessores.
Segundo William (2002) em um computador é preciso diferenciar claramente a que se refere o termo arquitetura e o termo organização. Por arquitetura entende- se os atributos de um sistema que que impactam no projeto lógico de programação, ou seja, o software; enquanto por organização entende-se as unidades operacionaisque implementam as especificações da arquitetura, ao hardware e tecnologias utilizadas.
As três primeiras gerações de computadores refletiam a evolução dos componentes básicos do computador (hardware) e um aprimoramento dos programas (software) existentes.
Os computadores de primeira geração (1945–1959) usavam válvulas eletrônicas, quilômetros de fios, eram lentos, enormes e esquentavam muito. Na segunda geração (1959–1964) as válvulas eletrônicas foram substituídas por transistores e os fios de ligação por circuitos impressos, o que tornou os computadores mais rápidos, menores e de custo mais baixo. A terceira geração de computadores (1964–1970) foi construída com circuitos integrados, proporcionando maior compactação, redução dos custos e velocidade de processamento da ordem de microssegundos. Tem início a utilização de avançados sistemas operacionais.A quarta geração, de 1970 até 1981, é caracterizada por um aperfeiçoamento da tecnologia já existente, proporcionando uma otimização da máquina para os problemas do usuário, maior grau de miniaturização, confiabilidade e maior velocidade, já da ordem de nanosegundos (bilionésima parte do segundo).
O termo quinta geração foi criado pelos japoneses para descrever os potentes computadores "inteligentes" que queriam construir em meados da década de 1990. Posteriormente, o termo passou a envolver elementos de diversas áreas de pesquisa relacionadas à inteligência computadorizada: inteligência artificial, sistemas especialistas e linguagem natural.Mas o verdadeiro foco dessa ininterrupta quinta geração é a conectividade, o maciço esforço da indústria para permitir aos usuários conectarem seus computadores a outros computadores. O conceito de supervia da informação capturou a imaginação tanto de profissionais da computação como de usuários comuns. Hoje se fala no computador quântico que faz uso direto de propriedades da mecânica quântica, tais como sobreposição e interferência, sendo capazes de manipular informações em sistemas infinitesimalmente pequenos, graça à nanotecnologia.
De acordo com Proença (1999) os principais blocos funcionais ou componentes estruturais que se podem encontrar num computador agrupam-se em três categorias: a entidade que processa a informação; a entidade que armazena a informação que está a ser processada; e, as unidades que estabelecem a ligação deste par de entidades (processador-memória) com o exterior. Mais concretamente, os blocos são: processadores; memória principal; e, dispositivos de entrada/saída.
Os processadores incluem uma ou mais Unidades Centrais de Processamento (CPU), e, eventualmente, processadores auxiliares ou coprocessadores para execução de funções matemáticas, gráficas, de comunicações.
A memória principal, onde é armazenada toda a informação que o CPU vai necessitar de manusear, encontra-se organizada em células que podem ser direta e individualmente endereçadas pelo CPU (ou por outro componente que também possa conectar diretamente à memória). A dimensão máxima de memória física está normalmente associada à largura de seu barramento de endereços.
Como dispositivos de entrada/saída (I/O) e respectivos controladores, tem-se:
· dispositivos que fazem interface com o ser humano: monitor, teclado, rato, impressora, colunas de som;
· dispositivos que armazenam grandes quantidades de informação, também designados por memória secundária: disco, banda magnética, CD-ROM;
· dispositivos de interface para comunicação com outros equipamentos: interfaces vídeo, placas de rede local, modems, interface RDIS; e,
· dispositivos internos auxiliares, como um temporizador, um controlador de interrupções, um controlador de acessos diretos à memória (DMA).
Indispensável, ainda, é o sistema de interligação dos diversos componentes nele presentes, que genericamente se designa por barramento (bus); este barramento é constituído por um elevado número de ligações físicas, podendo estar agrupados de forma hierárquica. As principais categorias de barramentos são normalmente designadas por:
· Barramentos de dados, que têm por função transportar a informação (códigos dos programas e dados) entre os blocos funcionais de um computador; quanto maior a sua "largura", maior o número de bits que é possível transportar simultaneamente;
· Barramento de endereços, que têm por função transportar a identificação/localização ("endereço") dos locais onde se pretende ler ou escrever dados (por ex., o endereço de uma célula de memória ou de um registo de estado de um controlador);
· Barramento de controle, que agrupa todo o conjunto de sinais elétricos de controle do sistema, necessários ao bom funcionamento do computador como um todo (por ex., sinais para indicar que a informação que circula no barramento de dados é para ser escrita e não lida da célula de memória cuja localização segue no barramento de endereços).
2.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
De acordo com Tanembaum (2007), o computador é uma máquina que pode resolver problemas para os humanos executando instruções que lhe são passadas, onde a sequência de instruções, dentro do universo computacional, é chamada de programa.
O computador é formado de duas partes: hardware e software. Enquanto o hardware aborda a parte física e as peças que o compõem, o software refere-se aos programas que fazem o computador funcionar. O hardware é composto pelos dispositivos de entrada, dispositivos de saída, unidade central de processamento e memória auxiliar. Os dispositivos de entrada/saída permitem a interação do usuário com o computador. Podemos citar como exemplo o teclado, mouse, monitor, impressora entre outros. A unidade central de processamento é o cérebro do computador. Neste local são processadas todas as informações e dados procedente dos dispositivos de entrada.
Para Tanembaum (2007), a memória é o dispositivo do computador onde são armazenados os dados e informações. Existem dois tipos de memória: memória principal e memória secundária. A unidade básica da memória é o bit. O bit é o menor valor na unidade computacional podendo assumir 2 valores: 0 ou 1. Dentre os tipos de memória principal podemos citar a memória ROM (Read-OnlyMemory) e a memória RAM (Random Access Memory). Já entre as memórias secundárias podemos citar os discos rígidos e os discos de CD-ROM.
As redes de computadores têm papel fundamental no universo computacional. Através das redes, dois ou mais computadores podem estabelecer uma conexão e compartilhar informações e recursos. A comunicação através das redes pode ocorrer de forma assíncrona e síncrona. A comunicação assíncrona pode ser finalizada em qualquer instante sem limite de tempo. Já na comunicação síncrona deve existir uma sincronia entre o dispositivo emissor e receptor.
Para que a comunicação entre os computadores ocorra é necessária a utilização de um meio de transmissão. Cada meio de transmissão possui suas particularidades. A escolha do meio de transmissão é de fundamental importância para o bom desempenho da rede. Podemos citar entre os principais meios de transmissão o cabo de par trançado, muito utilizado em redes domésticas, cabos de fibra ótica utilizados em redes de longa distância e redes sem fio popularmente conhecidas como wireless (redes Wi-Fi).
De acordo com Tanembaum e Wetherall (2011), o protocolo de rede é um conjunto de regras que controla a troca de mensagens entre dois computadores. O modelo OSI (Figura 2), desenvolvido pela ISO (InternationalStandartOrganization), foi criado com o objetivo de padronizar a comunicação entre diferentes sistemas de uma mesma rede, sendo composto por 7 camadas.
Figura 2 – Modelo OSI
	7
	Aplicação
	6
	Apresentação
	5
	Sessão
	4
	Transporte
	3
	Rede
	2
	Enlace
	1
	Física
Fonte: (TANENBAUM; WETHERALL, 2011)
O mais conhecido exemplo de uma rede de computadores é a internet. Segundo Tanembaum e Wetherall (2011), a internet não é apenas uma rede de computadores, mas um enorme conjunto de redes diferentes que utilizam protocolos comuns para conectar computadores ao redor do mundo. Graças a internet, as pessoas podemnavegar em sites, trocar mensagens, assistir vídeos, efetuar pesquisas ou compras online.
O conceito de sistemas é muito amplo. Podemos defini-lo como um conjunto de elementos organizados que possuem relações entre si. O sistema recebe informações e após processamento destas produz um resultado. Existem diversos tipos de sistema sendo classificados conforme sua complexidade, flexibilidade e tempo de vida. Já o sistema de informação abrange as pessoas, hardwares, softwares, redes, e os dados que são difundidos em uma organização. Os cincos elementos de um sistema de informação são: redes de telecomunicação, procedimentos operacionais, software, hardware, banco de dados e pessoas. Entre os tipos de sistemas de informação podemos citar os sistemas de apoio às operações, sistemas de processamento de transações, sistemas de controle de processos, sistemas colaborativos, sistemas de apoio gerencial, sistemas de informação gerencial, sistemas de apoio à decisão, sistemas de informação executiva, sistemas especialistas e Business Intelligence.
Lembramos que as pessoas possuem um papel fundamental dentro do sistema de informação, cada profissional envolvido dentro deste processo deve desempenhar uma função específica para que os objetivos sejam alcançados.
2.3 COMUNICAÇÃO APLICADA
A comunicação aplicada é a área do conhecimento que possibilita avaliar como organizações trabalham suas imagens, produtos e serviços de forma que consigam atingir seus objetivos chegando até seus públicos. Comunicação é o processo de transmissão de uma informação de uma pessoa para outra, sendo então compartilhadas por ambas (CHIAVENATO, 2003). A comunicação aplicada se tornou um instrumento indispensável para trabalhar com diferentes públicos, conteúdos e linguagens. Com isso comunicação é um processo de troca de informações sendo concluída quando sua mensagem chega de forma compreensiva até seu destino. Com o avanço das tecnologias e a rapidez com que as informações chegam até as pessoas, a comunicação não mede esforços para coordenar as relações públicas, marketing, e estratégia de publicidades numa comunicação mais eficaz.
Os meios de comunicação social (MCS) criam a cultura em massa, que é o fenômeno capaz de criar mitos que dirigem e orientam a vida do homem, em busca do divertimento, interação, felicidade auto-estima e amor. Uma grande revolução cultural foi provocada por esses meios de comunicação eletrônicos que se por um lado facilitaram a comunicação entre os homens, por outro produziram grandes transformações na sociedade provocando mudanças de paradigmas. Daí porque dizer-se que os MCS são os responsáveis pela transformação da sociedade moderna, sobretudo no que tange ao seu modo de pensar, de atuar e de reagir. Tem um papel influenciador em todos os setores da vida cotidiana, inclusive na própria família.
Atualmente, a internet é o meio de comunicação mais rápido de se espalhar a comunicação. Na Figura 3 podem ser identificados os elementos que compõem a comunicação: o emissor é quem transmite a mensagem; a mensagem é tudo aquilo que é transmitido pelo emissor ao receptor; o canal de comunicação que corresponde ao meio pelo qual a mensagem é levado do emissor ao receptor; o receptor é aquele que recebe a mensagem transmitida; o código é um conjunto de signos e suas regras de comunicação; e o referente é o contexto, a situação aos quais a mensagem se refere.
 Figura 3 – Elementos da comunicação
Fonte: (TORRES, 2011)
Considerando-se as principais características de uma organização os processos da comunicação são fundamentais para o alcance do público alvo. No processo da comunicação existem dois estágios: transmissão, onde a mensagem é codificada para o código do canal; e, recuperação, onde o conteúdo é tornado inteligível ao receptor. A comunicação só se realiza quando todos os seus elementos funcionam adequadamente.
Deve-se sempre lembrar que clareza é a qualidade essencial da boa expressão e nesse sentido, o emprego adequado da linguagem influencia fundamentalmente, definindo-se o estilo do comunicador. Assim, segundo Torres (2011) a expressão escrita pode ser classificada quanto à forma como: literária e não literária; científica; e, comercial e/ou oficial. A forma literária é aquela na qual o objetivo da expressão é o de expressar ideias de forma artística. Enquanto a não literária envolve a científica onde se tem a linguagem técnica e métodos rigorosos; e a comercial ou oficial, também com uso formal da linguagem, mas com mais objetividade e concisão.
Hoje com a proliferação dos meios de digitais, a comunicação tornou-se muito mais ágil. A informação é levada a milhares de pessoas em segundos. Todavia é primordial ter-se a preocupação em atentar para a integridade e veracidade do que está sendo comunicado, para que ao chegar a seu destino, a informação seja compreendida e assimilada de forma correta e não ambígua.
Para a comunicação externa, segundo Torres (2011), a organização dispõe de uma assessoria de imprensa que não só se responsabiliza-se tanto com o serviço de administração das informações jornalísticas e do seu fluxo das fontes para os veículos de comunicação, como com a edição de boletins, jornais ou revistas. São várias as ferramentas de comunicação com a impressa: press-release, press-kit; entrevistas coletivas, clipping, mailing-list, lauda, House‑organ, dentre outros. Em particular, nesse trabalho será considerado o press-release que se trata de material de divulgação produzido pela assessoria, escrito na forma jornalística, mas não um texto pronto, com o objetivo de sugerir o assunto e estimular a investigação sobre o tema do comunicado.
3 PROJETO DO TOTEM
Neste capítulo são apresentados os recursos computacionais necessários para o desenvolvimento do totem, os aplicativos de software correspondentes, bem como ser apresentada a estratégia de comunicação desenvolvida pelo CCM.
3.1 RECURSOS COMPUTACIONAIS
Será desenvolvida uma estrutura em aço planejada, assegurando a resistência da estrutura do totem, bem como, acessibilidade e mobilidade à portadores de necessidades especiais.
Optamos por um mini PC (ITX) com configurações básicas. Dessa forma, compactamos ainda mais o conjunto de componentes e teremos uma economia significativa, tanto de verba como consumo de energia, visto que tudo estará "on-board". O mini PC será conectado à uma tela touchscreen.
O sistema atende as características projetuais e computacionais necessárias, a fim de que o ponto mais importante seja preservado, que é conseguir proporcionar as informações sobre os direitos das mulheres, as oficinas, cursos, palestras entre outros serviços.
3.2 APLICATIVO DE SOFTWARE DO TOTEM
Diante da diversidade de assuntos e atividades desenvolvidas no Centro de Cidadania das Mulheres, a implantação do totem tem serve para facilitar a comunicação e a disponibilização das informações. As informações e assuntos projetados neste totem devem ser descritas de forma intuitiva e trazer interatividade ao usuário. O sistema deve ser totalmente preparado para portadores de necessidades especiais.
Analisando aspectos como custo de implantação, estabilidade e segurança, o sistema operacional escolhido para ser utilizado no totem foi Ubuntu 18.04 LTS baseado em Linux. A aplicação utilizada no totem é um software proprietário desenvolvido especialmente para atender as necessidades do público que frequenta o CCM.
Inicialmente o sistema é carregado com as uma lista de opções, onde informações básicas são disponibilizadas, mas que podem ser atualizadas conforme a necessidade do CCM, como:
OPÇÃO 1 - Informativo e Eventos: são apresentadas as informações básicas sobre o Centro de Cidadania de Mulheres, horário de funcionamento, endereços e telefones das unidades de atendimento, bom como, agenda de palestras, cursos e eventos disponíveis.
OPÇÃO 2 - Atividades para geração de renda: apresentação de cursos e oficinas voltados para o lado empreendedor da mulher. Cursos de artesanato e estamparia, além de cursosvoltados para área de gestão financeira. Informações de datas, horários e disponibilidade de turmas.
OPÇÃO 3 - Atividades de saúde: são apresentadas a descrição de aulas e palestras que visam a saúde e bem-estar da mulher. Informações de datas, horários e disponibilidade de turmas.
OPÇÃO 4 - Atividades de apoio: lista de atividades de apoio oferecidas pelo CCM, como: consulta psicológica, médica e jurídica com foco ao apoio às mulheres vítimas de violência doméstica.
O fluxo principal do programa que será instalado no totem pode ser visualizado na Figura 4. Através de uma tela sensível ao toque (touchscreen), o usuário poderá selecionar a opção desejada: opção 1 – Informativo e Eventos; opção 2 - Atividades para geração de renda; opção 3 - Atividades de saúde; e, opção 4 - Atividades de apoio. Depois de selecionar a opção, a tela deverá mostrar todas as informações que foram solicitadas pelo usuário.
Figura 4 - Fluxograma de funcionamento do aplicativo de software
Fonte: (AUTORES, 2019)
O principal objetivo da aplicação é oferecer facilidade e rapidez para realizar as mais variadas consultas utilizando uma interface interativa e ágil permitindo que o usuário obtenha as informações desejadas.
3.3 ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO DO CCM
A estratégia adotada pelo Centro de Cidadania das Mulheres para a comunicação com seus clientes, internos e externos, foi o desenvolvimento de trabalhos para promover e despertar nas pessoas e, principalmente, nas mulheres o desejo de combater a desigualdade, discriminação e preconceito entre homens e mulheres em meio a sociedade. Tudo dentro dos parâmetros, das diretrizes da organização que tem como filosofia o bom atendimento de seu público. Em particular, no projeto do totem de atendimento, faz-se necessário definir o público alvo, os canais e ferramentas de comunicação a serem utilizados, bem como a estrutura da mensagem.
3.3.1 Público Alvo
Por se tratar de um projeto de comunicação a ser implantado em um Centro de Cidadania das Mulheres, define-se como público alvo, mulheres em condição de vulnerabilidade.
3.3.2 Canais e Ferramentas de Comunicação
Sabe-se que a comunicação corporativa é uma grande aliada às estratégias empresariais das organizações. Tendo em mente que, com a popularização dos canais de comunicação digitais de fácil acesso, as pessoas passam boa parte do tempo conectadas, seja através de smartphones, computadores, tablets, etc. O Centro de Cidadania da Mulher passou a utilizar-se desse mecanismo, para a promoção de anúncios, propagandas, fotos e vídeos para divulgação dos trabalhos e atividades desenvolvidas. Nesse sentido, foram utilizados três canais de comunicação para facilitar a divulgação e comunicação das atividades do Centro de Cidadania da Mulher, nas redes sociais: Facebook, Instagram e Twitter.
Como ferramenta de comunicação externa será utilizado o press-release, cujo modelo é apresentado no capítulo 4.
4 PRESS-RELEASE PARA O CCM
Nesta seção, é apresentado um modelo de press-release, com a preocupação de prezar pela qualidade da apresentação visual, das informações e do texto.
CONCLUSÃO
Considerando todos os dados, abordagens e tecnologias utilizadas para a criação do totem de atendimento em Centros de Cidadania das Mulheres, podemos agora salientar as diversas facetas do que foi tratado e relacioná-las, visando contribuir ainda mais para o desenvolvimento, bem como, a melhoria de futuras pesquisas e projetos de mesmo teor.
O trabalho teve como foco a aplicação e integração de diversos conceitos e pressupostos teóricos estudados e aprendidos nas disciplinas de Organização de Computadores, Sistemas de Informação e Comunicação Aplicada.
Sendo assim, foi possível discutir como os meios de comunicação social podem ser utilizados a favor de mulheres em vulnerabilidade, que sofrem com a violência e a desigualdade, mostrando que é possível criar maneiras de facilitar a comunicação e disseminar informações através de recursos digitais e comprovando que o press-release é uma excelente ferramenta de comunicação, aumentando a visibilidade sobre a temática.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Secretaria Nacional de	Políticas	para	Mulheres. Disponível	em: <https://www.mdh.gov.br/politicasparamulheres>. Acesso em 18/05/2020.
CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
HOUAISS, Dicionário da Língua Portuguesa, 1.ed., 2009.
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