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ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOSÉ JORGE DO AMARAL PROJETO DE CIÊNCIAS HUMANAS PROJETO AFRO-CULTURA E IDENTIDADE RAÍZES DA CULTURA BRASILEIRA RENAN DE GUSMÃO GUIMARÃES SÃO BERNARDO DO CAMPO 2019 2 PROJETO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO APRESENTAÇÃO: O Projeto de educação, afro-cultura e identidade, elabora um roteiro para a construção de um conjunto de ações didáticas para o estudo da identidade brasileira e afro-brasileira, que possibilita a produção do conhecimento e sua sistematização sobre as raízes da cultura brasileira a ser abordado. Impulsionado pela área de ciências humanas o tema deve constituir-se no objeto de estudo e desenvolvimento de aulas teóricas e práticas da cultura afro-brasileira. De forma objetiva e dinâmica, a cultura afro-brasileira e a identidade brasileira apresentam-se neste projeto para realizar o trabalho de estudo e propagação do conhecimento cultural das raízes brasileiras, para que a comunidade escolar integre em si a noção de pertencimento e responsabilidade da preservação da cultura brasileira, sobretudo das culturas fundamentais que compõem a identidade brasileira. Sendo assim, este projeto busca a inclusão cultural de reconhecimento da identidade brasileira e suas bases (os nativos, os africanos e os imigrantes), sendo a afro-cultura como objeto principal de trabalho deste projeto, criando assim a interdisciplinaridade entre distintas áreas de conhecimento e explorando as suas diversas competências. “Dedico este projeto ao Saci Pererê, Eternamente jovem e mitológico.” Renan de Gusmão Guimarães 3 FORMAÇÃO E ESTRUTURA DO PROJETO IDENTIFICAÇÃO Área/Linha de Pesquisa: Cultura Afro-brasileira Grupo de Pesquisa: Ciências Humanas Instituto: Escola Estadual Professor José Jorge do Amaral Período de Execução: 1 Bimestre Titulo: PROJETO AFRO-CULTURA E IDENTIDADE: RAÍZES DA CULTURA BRASILEIRA Objetivo: Tornar o discente consciente da importância da preservação, do pertencimento e do conhecimento da identidade cultural e origens afro-brasileiras. Justificativa: O projeto tem a interdisciplinaridade em busca de uma construção dinâmica do conhecimento cultural através de diversas ferramentas educacionais, dando acesso a informações conforme o tema do projeto. Metodologia: Cada disciplina deve conter seus métodos conforme abordem o tema de forma clara e objetiva, também explorando o conteúdo de forma criativa e dinâmica como música, teatro e esporte. Cronograma: O projeto deve ter seu início na primeira semana de outubro e seu encerramento na última semana de novembro, com foco especial na semana da consciência negra, respeitando o calendário escolar estadual. Resultados Esperados: Espera-se que o discente torne-se mais participativo com os projetos e as atividades escolares, apreendendo o conteúdo proposto por seus docentes, tendo em si a noção de pertencimento a sua comunidade, a construção da sua história e da sociedade. Referencias: Chimamanda Ngozi Adichie, Alfredo Boulos Júnior, Frantz Fanon 4 ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOSÉ JORGE DO AMARAL ESTADO DE SÃO PAULO PROJETO DE CIÊNCIAS HUMANAS PROJETO AFRO-CULTURA E IDENTIDADE RAÍZES DA CULTURA BRASILEIRA RENAN DE GUSMÃO GUIMARÃES SÃO BERNARDO DO CAMPO FEVEREIRO DE 2019 5 PROJETO AFRO-CULTURA E IDENTIDADE RAÍZES DA CULTURA BRASILEIRA ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOSÉ JORGE DO AMARAL ESTADO DE SÃO PAULO Projeto de Cultura e Educação, Escola Estadual Professor José Jorge do Amaral apresentado à Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. São Bernardo do Campo Fevereiro de 2019 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 7 2 JUSTIFICATIVA 8 3 OBJETIVOS 8 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 9 5 METODOLOGIA 13 6 CRONOGRAMA 14 7 RESULTADOS ESPERADOS 15 8 ORÇAMENTO FINANCEIRO 16 REFERÊNCIAS 17 ANEXOS ................................................................................................................................? 7 1 INTRODUÇÃO A cultura africana permeia a história brasileira enriquecendo nossa cultura, traz consigo lições de resistência e força, sobretudo em um período de escravidão, mas resistindo também ao racismo na contemporaneidade, portanto ainda é preciso que se pense em um novo modelo de educação que considere de verdade a importância da história afro-brasileira como ferramenta útil para combater ao preconceito e ao racismo, não apenas isso, mas como a inclusão da própria história de ser do sujeito, que esta enraizada na cultura afro-brasileira, que participa da base tríplice que constituem a identidade brasileira (nativos brasileiros, africanos e imigrantes). O estudante brasileiro precisa compreender sua origem, para compreender seu lugar na história, fazendo sua participação ativa para impulsionar um novo modelo de sociedade, um novo modelo de cidadão brasileiro (abrangendo não apenas todas etnias, mas todos os gêneros e modos de se identificar) que seja integrador, projetando um futuro com menos preconceito e racismo, cultivado a partir da educação. Sendo assim, este projeto tem como ponto central estudar e transmitir o conhecimento da cultura afro-brasileira, através de uma metodologia de ensino dinâmica e objetiva, para que a comunidade escolar possa ter participação na construção de conhecimento com diversas ferramentas, como música, teatro, esporte e dança, assim como explorar as disciplinas de ciências humanas de forma interdisciplinar. 8 2 JUSTIFICATIVA Na área de Ciências Humanas os PCN trazem como proposta fundamental o estudo da história do ser humano, entretanto observa-se que o conteúdo programático tem sido etnocêntrico e eurocêntrico, excluindo histórias, indivíduos, ações e lutas, para isto é necessário que se faça um resgate intelectual da produção cultural do ser humano, diante dessa demanda apresenta-se um modelo de projeto ao qual resgata valores humanos de identidade brasileira na sua raiz, inserindo na educação do ser humano a diversidade cultural essencial para o combate ao preconceito e a preservação histórica do brasileiro. Este projeto fundamenta-se na Lei 10639/2003 e 11645/2008 que determina a inclusão da história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos educacionais do Brasil, valorizando a democracia e a pluralidade cultural brasileira, transmitindo ao estudante os conhecimentos necessários para a constituição do mesmo como sujeito e cidadão, instruindo este para um modelo de sociedade menos racista e preconceituosa. 3 OBJETIVOS Este projeto tem como objetivo geral formar o estudante em um cidadão de valores de bem, com pluralidade cultural, consciência de identidade e participante ativo da comunidade, sendo este ciente de sua responsabilidade pela preservação e desenvolvimento da história sociedade, o mesmo deve apreender o conteúdo do tema específico participando da construção das ações que serão desenvolvidas pelos docentes dentro e fora da sala de aula, incluindo toda comunidade escolar no processo de ensino-aprendizagem da cultura afro-brasileira. ● Identificar as raízes étnicas que compõem a identidade brasileira, descobrindo a história afro-brasileira. ● Caracterizar a importância do resgate e preservação da história afro-brasileira, determinando as diversas formas de expressão do povo africano e afro-brasileiro, dentro da dança, música, literatura e história. ● Avaliar todo oprocesso do projeto em sua conclusão, para analisar a participação e inclusão da cultura afro-brasileira na comunidade escolar e principalmente nos estudantes. 9 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Pelas suas funções dentro do aparelho escolar, nota-se que agentes da educação podem reproduzir ideologicamente as relações oficiais de autoridade, sendo ela também vítima destas relações de poder enquanto classe trabalhadora que vende sua força de trabalho à serviço da burocracia do Estado. Entrementes, essa verticalização referente à função exercida pelos agentes educacionais, exprime o constructo ideológico que condiciona o funcionário público a glorificar o regime de burocrático como único meio eficaz de gestão da escola pública, muitas vezes deixando de lado a construção prática social. O aparelho (repressivo) do Estado funciona predominantemente através da repressão (inclusive a física) e secundariamente através da ideologia. (Não existe aparelho unicamente repressivo). Exemplos: o Exército e a Polícia funcionam também através de ideologia, tanto para garantir sua própria coesão e reprodução, como para divulgar os “valores” por eles propostos. Da mesma forma, mas inversamente, devemos dizer que os Aparelhos Ideológicos do Estado funcionam principalmente através da ideologia, e secundariamente através da repressão seja ela bastante atenuada, dissimulada, ou mesmo simbólica. (Não existe aparelho puramente ideológico). Desta forma, a Escola, as Igrejas “moldam” por métodos próprios de sanções, exclusões, seleção etc... não apenas seus funcionários mas também suas ovelhas. E assim a Família... Assim o Aparelho IE cultural (a censura, para mencionar apenas ela) etc. (ALTHUSSER, 1918, p.70) Acerca da concepção de Althusser, podemos claramente identificar a produção e reprodução da violência nos espaços de relação pública, estando presente a violência no conceito de repressão, a partir disso nos cabe identificar não a constituição da violência física, mas a abordagem do instrumento utilizado pelos aparelhos ideológicos do estado em função à aplicação dessa violência sobre os indivíduos e grupos, primeiramente podemos afirmar que o principal instrumento utilizado por esses “Aparelhos Ideológicos do Estado” se constituiu pelo uso da linguagem nos discursos repressivos, analisando mais profundamente podemos verificar que pode ter a linguagem discursiva dois aspectos fundamentais na sua utilização disciplinar, sendo o primeiro aspecto a imposição do discurso como forma de repressão psicológica ativa 10 (caracterizado principalmente nas escolas públicas pela demonstração de poder hierárquico), e como segundo aspecto a redução do discurso do outro, como forma de repressão psicológica passiva que tem como principal função subjugar o discurso do outro como meio de estabelecer a obediência (este aspecto tem funcionalidade principalmente na manutenção do poder hierárquico estabelecido, como exemplo: o professor demonstrar conhecimento específico para comprovação da qualidade do seu conhecimento universal perante o aluno). Walhausen, bem no início do século XVII, falava da "correta disciplina", como uma arte do "bom adestramento”. (1) O poder disciplinar é, com efeito, um poder que, em vez de se apropriar e de retirar, tem como função maior "adestrar"; ou sem dúvida adestrar para retirar e se apropriar ainda mais e melhor. Ele não amarra as forças para reduzi-las; procura ligá-las para multiplicá-las e utilizá-las num todo. Em vez de dobrar uniformemente e por massa tudo o que lhe está submetido, separa, analisa, diferencia, leva seus processos de decomposição até às singularidades necessárias e suficientes. "Adestra" as multidões confusas, móveis, inúteis de corpos e forças para uma multiplicidade de elementos individuais - pequenas células separadas, autonomias orgânicas, identidades e continuidades genéticas, segmentos combinatórios. A disciplina "fabrica" indivíduos; ela é a técnica específica de um poder que toma os indivíduos ao mesmo tempo como objetos e como instrumentos de seu exercício. Não é um poder triunfante que, a partir de seu próprio excesso, pode-se fiar em seu superpoderio; é um poder modesto, desconfiado, que funciona a modo de uma economia calculada, mas permanente. Humildes modalidades, procedimentos menores, se os compararmos aos rituais majestosos da soberania ou aos grandes aparelhos do Estado. E são eles justamente que vão pouco apouco invadir essas formas maiores, modificar lhes os mecanismos e impor-lhes seus processos. O aparelho judiciário não escapará a essa invasão, mal secreta. O sucesso do poder disciplinar se deve sem dúvida ao uso de instrumentos simples: o olhar hierárquico, a sanção normalizadora e sua combinação num procedimento que lhe é específico, o exame. (FOUCAULT, 2004, p.143) 11 No que diz respeito à formação desses aparelhos ideológicos que utilizam a linguagem e consequentemente o discurso, necessitam ainda a composição de um rigor a fim de garantir o resultado da sua utilização, além da própria manutenção do discurso, a disciplina é o aspecto importante dessa garantia de obediência, tendo em vista a concepção de disciplina em de Foucault, presente na citação, ainda é possível nos questionarmos qual seria sua relação com os meios de aprendizado e qual sua necessidade na constituição didática do saber produzido nas escolas públicas, sabendo que notoriamente este processo não implica em uma potencialização intelectual, mas o seu inverso uma potencialização estritamente utilitária para meios técnicos de produção e sustentação do poder politico vigente, se torna evidente a constituição de normas disciplinares como processo de alienação politica do individuo inserido nesse processo, sendo esse mesmo processo o meio de produção em massa de uma carga ideológica (com frequência da classe dominante), produzida violentamente contra o intelecto e não somente a este como posteriormente se refletirá no aspecto físico do individuo, dado que esse processo tende a dissolução da pluralidade social, negando qualquer condição da diversidade humana e dos diferentes discursos, ampliando a intolerância entre os diferentes modos de constituição social e limitando a vontade de aprendizado do individuo presente nesse processo, portanto para quebrar essa constante falta de vontade do estudante ao aprendizado de novos conhecimentos, o projeto busca a construção de práticas dinâmicas para o ensino. Quanto às culturas afro-brasileira e africana podem ser compreendidas como objeto fundamental a esse projeto pelo discurso da Chimamanda, onde é explicado que as histórias desde tempos antigos têm sido usadas para levar até novas gerações algum valor cultural e quando falamos em cultura devemos lembrar que a palavra cultura significa um conjunto das estruturas politicas, religiosas, manifestações intelectuais, artísticas e outros aspectos de expressão de uma sociedade, logo ao apresentarmos esse pensamento podemos relacionar, como apresentado a ideia de uma “história única”, a ideia que ao consolidarmos as experiências individuais ao coletivo criamos uma cultura ou um pré-conceito que vai determinar a exclusão de alguma estrutura dessa sociedade, cada pessoa tem sua própria visão de mundo a partir da sua percepção da realidade e da sua experiência. Ao olhar um objeto é impossível se obter todos os pontos de vista de uma única vez, sendo assim a realidade daquele objeto que não foi alcançada é 12 construída com a percepção de mundo que varia de cada sujeito observador, criando assim varias histórias, ou seja, pontos de vistas diferentes daquele mesmo objeto. Por motivo de relação social existirá afinidade entre pontos mais próximos e vai haver uma oposição extrema aquela visão, seja histórica, politica, ideológica, contudo existe um dialogo entre os indivíduosobservadores que permite uma nova experiência mudando a visão geral sobre o objeto. Chimamanda Adichie ao contar sua história cita que foi estudar na América do Norte e se deparou com situações onde implicavam que os africanos eram dignos de pena, eram pobres e esperavam um salvador branco, que a “África era um lugar de paisagens bonitas, animais, bonitos e pessoas incompreensíveis, disputando guerras insensatas, morrendo de pobreza e AIDS”, entretanto é inegável que estes são os mesmos problemas sociais de preconceito que são adotados pelos países que buscam referencias nas potencias mundiais de primeiro mundo, isso se da ao perderem sua originalidade como sociedade e cultura, ao permitir que a história evidenciada ou “única” tome por si mais força que as tradições da identidade daquela sociedade, todavia essa luta é criada de um processo étnico e cultural, se consolidando assim um processo econômico ideológico intencional para ofuscar em diversos níveis a identidade humana como individuo, para torna-lo incapaz de pensar e ter a experiência por si próprio sobre a história. Este projeto resgata a identidade brasileira em suas raízes que se constituem principalmente através de três origens, as africanas, as nativas brasileiras e por fim as imigrantes, focando a importância da cultura afro-brasileira de uma forma não só teórica, mas prática com a experiência da cultura afro-brasileira, portanto que não apenas em teoria, seja construída através de dinâmicas práticas e objetivas para que o estudante possa integrar-se na história e compreender seu contexto. 13 5 METODOLOGIA O projeto tem como público principal os estudantes do ensino médio e fundamental, estendendo a toda comunidade escolar, deve ser executado dentro do período de 1 bimestre, os docentes devem construir um planejamento específico para o tema que possua ações teóricas e práticas, como sarau, roda de jongo, roda de capoeira, palestras específicas do tema, construções artísticas como pintura, música, teatro e dança, sendo que o espaço e tempo utilizado para cada atividade deve compreender os limites da aula determinada para cada ação, não deverá conter (em nenhuma hipótese) neste projeto o uso paralelo de espaços da unidade escolar sem supervisão de docentes, cabe ao docente instruir suas respectivas turmas e atividades em conformidade com seu planejamento de aulas pautados no tema especifico, assim como na construção prática desenvolvida pelo mesmo. Cabe a gestão escolar e funcionários da comunidade escolar a organização e auxílio necessário na infraestrutura escolar para realização dos eventos, bem como organização dos espaços e ferramentas necessárias especificadas no plano de aula e pré- aprovadas pela gestão. O projeto deve conter avaliações teóricas e práticas que possuam mais de um critério avaliativo, para que os estudantes demonstrem o desenvolvimento nas múltiplas inteligências, explorando diversas competências de cada área que este projeto possa incluir, o estudante que ainda não atingir as expectativas participativas propostas pelo projeto deve apresentar um artigo cientifico em normas ABNT, assim como a apresentação do mesmo em seminário no dia determinado para banca docente de ciências humanas e aqueles docentes que se fizerem necessários pra a avalição apropriada para demonstrar sua recuperação do conteúdo programático. 14 6 CRONOGRAMA É necessário indicar o cronograma de realização do trabalho, o que dependerá do tempo disponível para a realização das atividades, assim como disponibilidade dos palestrantes, docentes e educadores em geral. A pesquisa deve ser dividida em partes, com previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra. Algumas partes podem ser executadas simultaneamente enquanto outras dependem das fases anteriores. Assim, o cronograma visa à distribuição do tempo total disponível para a realização da pesquisa, incluindo nesta divisão a elaboração do relatório final. ETAPAS 30/09 a 11/10 14/10 a 25/10 28/10 a 08/11 11/11 a 22/11 25/11 a 29/11 02/12 a 06/12 Introdução ao tema e referenciais teóricos em sala de aula X Organização dos grupos de estudo X Analise do nível de instrução do aluno sobre o tema X Realização da Pesquisa Sobre o Tema pelos Estudantes X X Atividades Práticas e Eventos Dinâmicos X X Apresentação do Conteúdo Construído Pelos Estudantes X Avaliação dos Resultados X X Recuperação X Resultado Final X 15 7 RESULTADOS ESPERADOS Os resultados da avaliação teórica e prática é a forma concreta em que se espera alcançar os objetivos específicos. Portanto, deve existir uma correspondência muito estreita entre os mesmos, incluindo sua forma de expressão. O estudante e a comunidade escolar devem ter participação ativa, comprometimento com o desenvolvimento do projeto, sendo que os docentes devem atender as necessidades de informação e orientação ao estudante para impulsionar o ensino do conteúdo, assim como os estudantes devem ser responsáveis com a construção do conhecimento dentro do projeto. Espera-se que os estudantes compreendam sua origem, a identidade brasileira a partir da cultura afro-brasileira, assim deve-se reduzir o numero da prática de bully e preconceito na comunidade escolar, o estudante deve compreender em si as noções básicas éticas e étnicas que devem ser valorizadas e preservadas. Os resultados do ensino devem ser satisfatórios partindo da premissa que a comunidade será incluída ao tema de forma prática, tendo a própria experiência do contato com sua cultura de origem, o estudante deve demonstrar o conhecimento adquirido, portanto deve mostrar de diversas maneiras as competências exploradas. Acerca do docente, mesmo delimitado pelo tema, deve ter melhor disposição e liberdade para trabalhar suas aulas e explorar novos métodos de ensino, não se prendendo apenas a demanda cotidiana e avaliando o processo não apenas pelos métodos teóricos, podendo resgatar a relação com os estudantes e os tornando sujeitos mais comprometidos e responsáveis com o ensino, é importante que o professor transpasse a barreira burocrática para que possa alcançar a potencia de cada estudante e amplia-la. Do que se trata da comunidade, devem ser quebrados os paradigmas de uma única história, para que possa diminuir o preconceito não apenas dentro da escola, mas que alcance toda a comunidade, para que possa ser compreendida a pluralidade cultural e a diversidade onde a escola esta inserida, tendo mais união e comprometimento com sua própria história. Por fim, os resultados devem ser positivos quanto o resgate e preservação da cultura afro- brasileira trazendo novas visões sobre a história, criando na escola um ambiente inclusivo que reúne diversas etnias que dialogam entre si, que por sua finalidade tem a construção do conhecimento com a intenção de formar sujeitos não só para o mercado de trabalho, mas com virtudes para um modelo de sociedade menos violento e intolerante. 16 REFERÊNCIAS ADICHIE, Chimamanda. “O perigo da história única: diálogos com Chimamanda Adichie”- https://www.youtube.com/watch?v=D9Ihs241zeg. FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas / Frantz Fanon; tradução de Renato da Silveira. - Salvador : EDUFBA, 2008. p. 194. ALTHUSSER. Louis. Aparelhos Ideológicos De Estado. Paz e Terra. 1918. ALVES. Iulo Almeida, ALVES, Tainá Almeida. O perigo da história única: diálogos com Chimamanda Adichie. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. 2ª ed. Portugal: Difel, 2002. FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988. HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade.Rio de Janeiro: DP&A, 2001. UFMG; Brasília: UNESCO, 2003. Da diáspora: identidades e mediações culturais. B.Horizonte. HARDT, Michael, NEGRI, Antonio. Multidão: guerra e democracia na era do Império. Rio de Janeiro: Record, 2005.
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