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Guia Básico de Cosmetologia

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Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183
GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 
 
 Todos os direitos reservados 1 
 
 
 
APOSTILA GC-00 
Ana Darezzo 
 
Belo Horizonte 
 
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GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA .............................................................................. 3 
APRESENTAÇÃO PESSOAL .............................................................................................. 4 
HISTÓRIA DOS COSMÉTICOS ......................................................................................... 5 
DEFINIÇÕES BÁSICAS ....................................................................................................... 8 
CONCEITO DE FORMULAÇÕES COSMÉTICAS .......................................................... 9 
LEGISLAÇÃO ...................................................................................................................... 12 
SEGURANÇA E EFICÁCIA DE PRODUTOS COSMÉTICOS ..................................... 13 
CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS COSMÉTICOS ..................................................... 14 
MATÉRIAS-PRIMAS .......................................................................................................... 17 
COMPONENTES BÁSICOS DE UMA FORMULAÇÃO COSMÉTICA ..................... 18 
NOMENCLATURA DE INGREDIENTES COSMÉTICOS (INCI) ............................. 37 
ÁGUA PARA COSMÉTICOS ............................................................................................ 39 
pH ........................................................................................................................................... 40 
PROCESSO DE PRODUÇÃO ............................................................................................ 43 
REFERÊNCIA FUTURA .................................................................................................... 49 
VALIDADE DE PRODUTOS COSMÉTICOS ................................................................. 50 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 52 
 
 
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 O uso de produtos cosméticos não 
é algo novo, data de tempos 
remotos. Mas, atualmente, a 
produção e o uso de produtos 
cosméticos vêm crescendo 
exponencialmente, pois tanto 
mulheres quanto homens estão 
mais envolvidos e preocupados com 
o cuidado da pele e cabelos, além dos hábitos de higiene. 
 
Com essa intensa valorização, produtos e técnicas foram 
desenvolvidos para facilitar a manutenção e cuidados da pele e 
dos cabelos, tendo a cosmetologia como parceira, atuando com 
a beleza, correção, preservação, fantasia e sonho. Porém, o 
grande e lucrativo mercado de beleza exige conhecimento, 
atualizações e segurança. 
 
Quais os componentes básicos de uma formulação cosmética? 
Como calcular as quantidades de matérias-primas nas 
formulações? Quais as legislações pertinentes? As respostas 
a essas e outras questões são encontradas neste guia, onde os 
temas são colocados de forma a fornecer subsídios para a 
produção de cosméticos e novas fontes de consulta para 
ampliar ainda mais o conhecimento de atividades direcionadas 
para a cosmetologia. 
 
Dessa forma, o guia foi criado com o intuito de ajudar aqueles 
que pensam em entrar no ramo da beleza, ou já estão nele e 
querem se aperfeiçoar, com o objetivo de proporcionar os 
conhecimentos básicos para a produção, eficácia e segurança 
de produtos cosméticos e as legislações pertinentes. 
 
Este guia não o habilita como profissional ou perito da área, 
mas serve para que tenha conhecimento do assunto e possa 
decidir posteriormente se deseja aprofundar nos estudos, 
fazendo cursos direcionados a formação profissional. 
 
Não nos responsabilizamos por eventuais danos causados na 
utilização dessas informações de maneira errônea. E alertamos 
a observação às normas legais que regulam a fabricação e/ou 
comercialização de produtos cosméticos. 
É vedada a divulgação por quaisquer meios o conteúdo do curso 
sem prévia autorização, sendo cabíveis ações pertinentes. 
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 Olá! 
Sou Ana Darezzo. 
Apaixonada e fascinada pelo universo da química e 
física, me formei no Curso Técnico de Química e 
posteriormente me graduei em Engenharia Química. 
Com mais de 7 anos de experiência no ramo da 
química, já trabalhei em laboratórios de análises, indústrias 
cosméticas, realizando análises físico-químicas, pesquisa e 
desenvolvimento de formulações cosméticas, bem como no 
desenvolvimento e implementação do Sistema de Gestão para a 
Qualidade. 
Criei esse guia com a finalidade de ajudar aqueles que querem 
abrir seu próprio negócio no ramo de produtos cosméticos ou 
que querem fazer produtos para consumo próprio, a terem uma 
boa base sobre as informações necessárias na área de 
cosmetologia e legislações pertinentes. 
Espero que com este guia, você adquira informações que ampliem 
os seus conhecimentos e que tenha muito sucesso nos seus 
objetivos. 
 
 
Então vamos lá! 
 
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Acredita-se que o uso de cosméticos remonta há pelo menos 30.000 anos, uma vez que 
os homens da pré-história já faziam gravações em rochas e cavernas e pintavam o próprio 
corpo. 
 
A decoração do corpo também era parte de rituais tribais, praticados pelos aborígenes, 
assim como a pintura de guerra. Os produtos cosméticos também eram utilizados em 
cerimônias religiosas, em que frequentemente empregavam resinas e unguentos de 
perfumes agradáveis. A queima de incenso deu origem à palavra perfume, que no latim 
significa “através da fumaça”. 
 
Entretanto, através de evidências arqueológicas e dos relatos 
da história, os egípcios foram os primeiros usuários de 
produtos cosméticos, em larga escala. Para proteger a pele do 
clima desértico da região, os egípcios recorriam à gordura 
animal e vegetal, cera de abelhas, mel e leite no preparo de 
cremes para a pele. Utilizavam sombras e rouge, e um extrato 
vegetal de henna para pintar os cabelos. 
 
Durante a dominação Grega na Europa, 400 a.C, os cosméticos tornaram menos 
conectados aos religiosos e mais aos cientistas, que davam conselhos sobre higiene, 
banhos de água e sol, a importância do ar puro e da atividade física. Os gregos e romanos 
foram os primeiros povos a produzir sabões, que eram preparados a partir de extratos 
vegetais muito comuns no Mediterrâneo, como o azeite de oliva e o óleo de pinho, e 
também a partir de minerais alcalinos obtidos a partir da moagem de rochas. Em seguida 
surgiu a alquimia com formulações cosméticas que eram muito utilizadas em atos de 
magia e ocultismo, surgi também os primeiros conceitos de produto voltados para a beleza 
da mulher.
 
Porém, com a Idade Média, vieram os anos de clausura 
para a ciência cosmética, um período em que o rigor 
religioso reprimiu o culto a higiene e a exaltação da 
beleza. Com a epidemia de peste negra, os banhos 
foram proibidos, pois a medicina da época e o 
radicalismo religioso pregavam que a água quente, ao 
abrir os poros, permitia a entradada peste no corpo. 
Durante os 400 anos seguintes, os europeus evitaram 
os banhos e a água era somente usada para beber. O uso de cosméticos na Europa 
desapareceu completamente, sendo essa época conhecida como “500 anos sem banho”. 
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Com o Renascentismo e descobrimento das Américas, no século 
XV, ocorre uma retomada pela busca do embelezamento. Os 
costumes e hábitos de vida da época passam a ser retratados pelos 
pintores, que buscam exaltar a beleza em sua plenitude. Porém, a 
falta de higiene persiste e os perfumes são criados para mascarar o 
odor corporal. 
 
Durante a Idade Moderna, séculos VXII e XVIII, há um crescente 
uso dos cosméticos e na Europa eram vendidos produtos cosméticos, depilatórios, 
pomadas, azeites, águas aromáticas, sabonetes e outros artigos de beleza. Neste período 
ainda não se tinha o costume de tomar banho regularmente, proporcionando o 
crescimento da produção de perfumes, que foi de grande importância para a economia 
francesa da época. 
 
Porém, no final daquele século, os Puritanos trouxeram um 
novo período, no qual o uso de cosméticos e perfumes saiu 
de moda. E em 1770, o Parlamento Inglês estabeleceu que 
as mulheres não poderiam usar produtos cosméticos e nem 
produto de limpeza, caso contrário seriam acusadas de 
bruxaria e poderiam ter o casamento anulado. 
 
Já na Idade Contemporânea, século XIX, os cosméticos 
retomam a popularidade. Donas de casa dessa época 
fabricavam cosméticos em suas próprias residências utilizando limonadas, leite, água de 
rosas, creme de pepino, etc. Foi um período rico para o surgimento de indústrias de 
matérias-primas para a fabricação de produtos cosméticos e de higiene nos Estados 
Unidos, França, Japão, Inglaterra e Alemanha, e o início do mercado de produtos 
cosméticos e produtos de higiene no mundo. 
 
No início do século XX, os cosméticas passaram das 
cozinhas para a produção industrial. A mulher no pós-guerra 
passou a ocupar com desenvoltura e responsabilidade as 
atividades até então exclusivamente masculinas. A liberação 
da mulher em poder fazer apenas afazeres domésticos fez 
com que cosméticos e produtos de higiene passassem a ser 
comprados prontos. 
 
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Em 1910, Helena Rubinstein abriu em Londres o primeiro salão 
de beleza do mundo. Em 1921, pela primeira vez o batom é 
embalado em um tubo e vendido em cartucho para as 
consumidoras. Entre as inovações da indústria de cosméticos, 
destacam- se: os desodorantes em tubos, os produtos químicos 
para ondulação dos cabelos, os xampus sem sabão, os laquês em 
aerossol, as tinturas de cabelo pouco tóxicas e a pasta de dentes 
com flúor. 
 
Nos anos 50, políticas de incentivo trouxeram para o Brasil 
empresas multinacionais gigantescas, como a americana Avon e a francesa L’Oréal, que 
trouxeram muitas novidades e, até mesmo produtos para o público masculino. 
 
Nas décadas de 1970 e 1980, os filtros solares chegaram ao Brasil, bem como o 
surgimento de aparelhos a laser e, os ácidos retinóico e glicólico passaram a ser utilizados 
no tratamento de rugas e manchas. Nos anos 90, surgem os cosméticos multifuncionais, 
como batons com protetor solar e hidratantes antienvelhecimento. 
 
Neste século 21, os alfa-hidroxiácidos (AHA), que revolucionou a cosmetologia no século 
XX ao serem utilizados em cremes para renovar a pele, começam a ser substituídos por 
enzimas mais eficazes. Outra tendência é a descoberta de novas matérias-primas contendo 
várias funções. No momento atual, as pesquisas avançam na direção da manipulação 
genética para melhorar a eficácia dos cosméticos. 
 
Ao longo dos anos à cosmetologia 
vem evoluindo e se associando a 
outras áreas do conhecimento, como 
fitoterapia, aromaterapia, 
aromacologia e cronobiologia, além 
de se dividir em várias vertentes 
como cosmecêutica, neurocosmética 
e outras, que tornam a cosmetologia 
cada vez mais uma ciência 
multidisciplinar. 
 
 
 
 
 
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 A cosmetologia é uma ciência que pode ser definida como o 
estudo e o ensino das formulações cosméticas, naturais ou 
sintéticas, e os produtos para higiene, a fim de preservar a 
saúde e a beleza da pele e dos cabelos. Engloba desde a 
concepção dos produtos de beleza até a aplicação dos 
produtos elaborados. 
 
Permite à verificação das propriedades dos produtos 
cosméticos, além da pesquisa de novas matérias-primas, 
tecnologias, desenvolvimento de formulações, produção, 
comercialização, controle de qualidade, toxicologia, eficácia de produtos e matérias-
primas e legislação, junto aos órgãos sanitários competentes, produtos e processos. 
 
É a ciência e a arte que tem como objetivo o cuidado e a melhora da estética, aparência e 
beleza, sem finalidade curativa ou de tratamento, mas sim de prevenção e enriquecimento 
da pele e do cabelo. 
 
 
 
O termo vem do grego Kosmétikós, que se refere ao enfeite, ao adorno. Os cosméticos 
são substâncias, misturas ou formulações que atuam na superfície da pele, com o intuito 
de higienizar, limpar, lubrificar, hidratar, nutrir, retardar o envelhecimento e embelezar o 
ser humano. Os produtos são formulados com diversas substâncias e de modo a não 
causarem reações indesejáveis. 
 
 
Produtos cosméticos com funções mais complexas do que a limpeza ou o 
embelezamento, que procuram aliar propriedades terapêuticas, causando modificações 
na estrutura e na atividade da pele, mucosas e couro cabeludo. Entretanto, este fato ainda 
confronta a legislação vigente, visto que os produtos cosméticos são considerados 
preparações que não modificam a estrutura e atividade da pele. 
 
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 A formulação cosmética é a “receita” ou a fórmula para 
desenvolver um produto cosmético, contendo as matérias-
primas necessárias, bem como sua função, a quantidade de 
cada matéria-prima para a produção de uma determinada 
batelada de produto e o modo e técnicas utilizadas para a 
produção. 
As formulações cosméticas são compostas por veículos, princípio ativo (PA) e aditivo, 
dando origem a vários tipos de cosméticos que são utilizados de acordo com os objetivos 
dos procedimentos estéticos. 
 
Exemplo: Formulação Gel creme oil free (não iônico) 100g. 
 
COMPONENTES FASE QUANTIDADE 
(%p/p) 
FUNÇÃO 
Hidroxitilcelulose A 2,00 Espessante 
Propilenoglicol A 5,00 Umectante 
Imidazolidinil ureia A 0,50 Conservante 
Metilparabeno A 0,15 Conservante 
Água destilada A qsp 100,00 Veículo 
Óleo de silicone B 2,00 Emoliente 
Tensoativo B qs Emulsificante 
 
MODO DE PREPARO: Em um béquer misturar todos os componentes da fase A. 
Aquecer até 65-70ºC, sob agitação. Tirar do aquecimento e manter agitação até 
temperatura inferior a 40ºC. Adicionar os componentes da fase B e homogeneizar. 
 
 
 
 
qsp é a abreviação de “quantidade suficiente para”, usada para dizer que deve ser usado 
uma quantidade suficiente para completar uma determinada requisição (peso ou volume 
de um produto). 
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No exemplo acima, note a indicação qsp 100,00. Isto indica que o total da fórmula terá 
100,00 g e que será completada pelo veículo – água destilada. 
 
 
qsp é a abreviação de “quantidade suficiente”, usada para dizer que deve ser usado uma 
quantidade suficiente para dar ao produto a característica desejada. Por exemplo, no caso 
de corantes, deve-se adicionar uma quantidade suficiente de corante apenas para dar ao 
produto a cor desejada. 
 
 
Para calcular o qsp da fórmula, basta somar a quantidade das matérias-primas e subtrair 
pela quantidade total, assim determinará a quantidade referida ao qsp. No exemplo acima 
da formulação Gel creme oil free (não iônico) 100g, seria: 
 
QUANTIDADE 
(%p/p) 
2,00 + 5,00 + 0,50 + 0,15 + 2,00 = 9,65 g 
qsp = 100,00 – 9,50 = 90,35 g 
 
Entretanto, no exemplo ainda temos a quantidade qs. Logo, a 
quantidade colocada no qs deverá ser somada juntamente com 
as outras matérias-primas antes de realizar o cálculo do qsp. 
 
2,00 + 5,00 + 0,50 + 0,15 + valor de qs +2,00 = X g 
qsp = 100,00 – X 
 
2,00 
5,00 
0,50 
0,15 
qsp 100,00 
2,00 
qs 
 
 A maioria das formulações cosméticas utiliza porcentagem (%) para 
representar a quantidade das matérias-primas, pois assim permite fazer 
a quantidade desejada, ou seja, pode-se fazer 100g ou 1000Kg, bem 
como 10 mL ou 100 mL, ou qualquer quantidade que quiser, basta 
colocar os ingredientes na proporção indicada na fórmula. 
No exemplo da formulação Gel creme oil free (não iônico), temos a quantidade das 
matérias-primas em porcentagem para o preparo de 100g do produto. 
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Assim, ao realizar os cálculos teremos que pesar: 
 
QUANTIDADE 
(%p/p) 
QUANTIDADE A 
SER PESADA 
 
𝟐, 𝟎𝟎
𝟏𝟎𝟎
 𝑿 𝟏𝟎𝟎𝒈 = 𝟐, 𝟎𝟎 𝒈 
 
O cálculo será o mesmo para as demais 
matérias-primas. 
2,00 2,00 g 
5,00 5,00g 
0,50 0,50g 
0,15 0,15 
qsp 100,00 qsp 100,00 
2,00 2,00g 
qs qs 
 
Porém, se quiséssemos fazer 1000g da formulação Gel creme oil free (não iônico), ao 
realizar os cálculos teríamos que pesar: 
 
QUANTIDADE 
(%p/p) 
QUANTIDADE A 
SER PESADA 
 
𝟐, 𝟎𝟎
𝟏𝟎𝟎
 𝑿 𝟏𝟎𝟎𝟎𝒈 = 𝟐𝟎, 𝟎𝟎 𝒈 
 
O cálculo será o mesmo para as demais 
matérias-primas. 
2,00 20,00 g 
5,00 50,00g 
0,50 5,00g 
0,15 1,50 
qsp 100,00 qsp 100,00 
2,00 20,00g 
qs qs 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO
Porcentagem em massa: X % (p/p) X g de soluto por 100 g de solução.
Porcentagem em volume: X % (v/v) X mL de soluto por 100 mL de solução.
Porcentagem em massa/volume: X % (p/v) X g de soluto por 100 mL de solução.
Soluto: Pode ser definido como a substância dissolvida, ou seja, a que se distribui no interior 
de outra substância na forma de pequenas partículas. 
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Os cosméticos são entendidos de distintas maneiras em diferentes países. Por exemplo, 
nos Estados Unidos a legislação não enquadra sabões como produtos cosméticos, 
enquanto na França, os perfumes pertencem a uma classe de produtos industriais a parte 
dos cosméticos. 
 
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é o órgão do Ministério 
da Saúde responsável por regular e fiscalizar a elaboração e comercialização dos produtos 
cosméticos. Entre as competências do setor estão à regulamentação, controle e 
monitoramento dos produtos cosméticos, de higiene pessoal, perfumes e saneantes 
domissanitários para assegurar a sua qualidade, eficácia e segurança. 
 
De acordo com a ANVISA, “Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes são 
preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas 
partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, 
dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de 
limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais e/ou protegê-
los ou mantê-los em bom estado”. 
 
Perante a ANVISA não existe diferença entre produtos 
industrializados ou artesanais, se eles chegam às mãos do 
consumidor devem ser regularizados. Visto que a função da 
ANISA é garantir a saúde do consumidor, todos os produtos 
cosméticos ao serem comercializados devem ser notificados 
ou registrados, de acordo com seu grau de risco, e para isso a 
empresa deve estar regularizada. Outra alternativa mais viável 
é a terceirização de produtos com a sua marca em uma 
empresa já regularizada. 
 
As legislações pertinentes aos produtos cosméticos encontram-se no link abaixo: 
http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/legis/especifica_registro.htm 
 
Para informações sobre produtos cosméticos acesse: 
http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos 
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http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/legis/especifica_registro.htm
http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos
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Segurança é entendido como a condição de estar 
protegido, enquanto eficácia consiste em atingir um 
dado objetivo ou resultado esperado. A partir deste 
conceito, um cosmético seguro e eficaz é aquele que 
cumpre o objetivo proposto com baixa possibilidade 
de ocorrer danos ao usuário, já que a ausência total 
de riscos não existe. 
De acordo com a ANVISA, ao atribuir algum 
benefício ao produto cosmético, o fabricante deve 
comprová-lo através de testes validados e realizados por profissionais qualificados. O 
produto para venda deve ser certificado que apresenta estabilidade físico-química, 
microbiológica e ser seguro para uso. Posteriormente, deve ser comprovado a sua eficácia 
e os dizeres no rótulo, atribuindo benefícios, devem estar de acordo com os resultados 
encontrados nos testes de eficácia. 
A fim de minimizar os riscos, os produtos cosméticos devem levar em suas composições 
apenas componentes permitidos pela legislação garantindo, assim, maior segurança e 
diminuindo possíveis problemas a saúde humana nas condições de uso recomendadas e 
razoavelmente previsíveis. 
Os produtos cosméticos para comercialização devem ter dados comprobatórios que 
atestem a qualidade, segurança e eficácia, bem como a idoneidade dos respectivos dizeres 
do rótulo, aos quais devem ser apresentados aos órgãos da vigilância sanitária sempre que 
solicitados. 
Cada vez mais os consumidores estão preocupados com a 
segurança dos produtos cosméticos que usam, bem como 
interessados em saber o que estão comprando e se realmente 
cumpre o que promete no rótulo. Com isso, a ANVISA está cada 
vez mais exigindo que se demostre que os cosméticos vendidos 
são seguros e eficazes. 
 
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Conforme a Resolução RDC nº 211, de 14 de julho de 2005, os produtos cosméticos são 
classificados de acordo com critérios definidos em função da probabilidade de ocorrência 
de efeitos não desejados devido ao uso inadequado do produto, sua formulação, 
finalidade de uso, áreas do corpo a que se destinam e cuidados a serem observados quanto 
sua utilização. 
 
 
 são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes com risco mínimo, 
na qual sua formulação se caracteriza por possuir propriedades básicas ou elementares, 
cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informaçõesdetalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às 
características intrínsecas do produto. 
 
 são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes com risco potencial, 
na qual sua formulação possui indicações específicas, cujas características exigem 
comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e 
restrições de uso. 
 
 
 
Nas próximas páginas encontra-se a lista de produtos de Grau 1 e de Grau 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para comercializar o produto de acordo com as normas da ANVISA, 
é imprescindível saber a classificação do produto cosmético para 
que possa ser notificado ou registado junto ao órgão e, de acordo 
com a mesma, os documentos e especificações no rótulo que são 
necessários. 
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LISTA DE TIPOS DE PRODUTOS DE GRAU 1 
1 - Água de colônia, Água Perfumada, Perfume e Extrato Aromático. 
2 - Amolecedor de cutícula (não cáustico). 
3 - Aromatizante bucal. 
4 - Base facial/corporal (sem finalidade foto protetora). 
5 - Batom labial e brilho labial (sem finalidade foto protetora). 
6 - Blush/Rouge (sem finalidade foto protetora). 
7 - Condicionador/Creme rinse/Enxaguatório capilar (exceto os com ação antiqueda, anticaspa e/ou outros benefícios específicos 
que justifiquem comprovação prévia). 
8 - Corretivo facial (sem finalidade foto protetora). 
9 - Creme, loção e gel para o rosto (sem ação foto protetora da pele e com finalidade exclusiva de hidratação). 
10 - Creme, loção, gel e óleo esfoliante ("peeling") mecânico, corporal e/ou facial. 
11 - Creme, loção, gel e óleo para as mãos (sem ação foto protetora, sem indicação de ação protetora individual para o trabalho, 
como equipamento de proteção individual - EPI - e com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância). 
12 - Creme, loção, gel e óleos para as pernas (com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância). 
13 - Creme, loção, gel e óleo para limpeza facial (exceto para pele acnéica). 
14 - Creme, loção, gel e óleo para o corpo (exceto os com finalidade específica de ação ante-estrias, ou anticelulite, sem ação foto 
protetora da pele e com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância). 
15 - Creme, loção, gel e óleo para os pés (com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância). 
16 - Delineador para lábios, olhos e sobrancelhas. 
17 - Demaquilante. 
18 - Dentifrício (exceto os com flúor, os com ação antiplaca, anticárie, antitártaro, com indicação para dentes 
sensíveis e os clareadores químicos). 
19 - Depilatório mecânico/epilatório. 
20 - Desodorante axilar (exceto os com ação antitranspirante). 
21 - Desodorante colônia. 
22 - Desodorante corporal (exceto desodorante íntimo). 
23 - Desodorante pédico (exceto os com ação antitranspirante). 
24 - Enxaguatório bucal aromatizante (exceto os com flúor, ação antisséptica e antiplaca). 
25 - Esmalte, verniz, brilho para unhas. 
26 - Fitas para remoção mecânica de impureza da pele. 
27 - Fortalecedor de unhas. 
28 - Kajal. 
29 - Lápis para lábios, olhos e sobrancelhas. 
30 - Lenço umedecido (exceto os com ação antisséptica e/ou outros benefícios específicos que justifiquem a comprovação prévia). 
31 - Loção tônica facial (exceto para pele acnéica). 
32 - Máscara para cílios. 
33 - Máscara corporal (com finalidade exclusiva de limpeza e/ou hidratação). 
34 - Máscara facial (exceto para pele acnéica, peeling químico e/ou outros benefícios específicos que justifiquem a 
comprovação prévia). 
35 - Modelador/fixador para sobrancelhas. 
36 - Neutralizante para permanente e alisante. 
37 - Pó facial (sem finalidade foto protetora). 
38 - Produtos para banho/imersão: sais, óleos, cápsulas gelatinosas e banho de espuma. 
39 - Produtos para barbear (exceto os com ação antisséptica). 
40 - Produtos para fixar, modelar e/ou embelezar os cabelos: fixadores, laquês, reparadores de pontas, óleo capilar, brilhantinas, 
mousses, cremes e géis para modelar e assentar os cabelos, restaurador capilar, máscara capilar e umidificador capilar. 
41 - Produtos para pré-barbear (exceto os com ação antisséptica). 
42 - Produtos pós-barbear (exceto os com ação antisséptica). 
43 - Protetor labial sem foto protetor. 
44 - Removedor de esmalte. 
45 - Sabonete abrasivo/esfoliante mecânico (exceto os com ação antisséptica ou esfoliante químico). 
46 - Sabonete facial e/ou corporal (exceto os com ação antisséptica ou esfoliante químico). 
47 - Sabonete desodorante (exceto os com ação antisséptica). 
48 - Secante de esmalte. 
49 - Sombra para as pálpebras. 
50 - Talco/pó (exceto os com ação antisséptica). 
51 - Xampu (exceto os com ação antiqueda, anticaspa e/ou outros benefícios específicos que justifiquem a comprovação prévia). 
52 - Xampu condicionador (exceto os com ação antiqueda, anticaspa e/ou outros benefícios específicos que justifiquem 
comprovação prévia). 
 
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LISTA DE TIPOS DE PRODUTOS DE GRAU 2 
1 - Água oxigenada 10 a 40 volumes (incluídas as cremosas exceto os produtos de uso medicinal). 
2 - Antitranspirante axilar. 
3 - Antitranspirante pédico. 
4 - Ativador/ acelerador de bronzeado. 
5 - Batom labial e brilho labial infantil. 
6 - Bloqueador Solar/antissolar. 
7 - Blush/ rouge infantil. 
8 - Bronzeador. 
9 - Bronzeador simulatório. 
10 - Clareador da pele. 
11 - Clareador para as unhas químico. 
12 - Clareador para cabelos e pelos do corpo. 
13 - Colônia infantil. 
14 - Condicionador anticaspa/antiqueda. 
15 - Condicionador infantil. 
16 - Dentifrício anticárie. 
17 - Dentifrício antiplaca. 
18 - Dentifrício antitártaro. 
19 - Dentifrício clareador/ clareador dental químico. 
20 - Dentifrício para dentes sensíveis. 
21 - Dentifrício infantil. 
22 - Depilatório químico. 
23 - Descolorante capilar. 
24 - Desodorante antitranspirante axilar. 
25 - Desodorante antitranspirante pédico. 
26 - Desodorante de uso íntimo. 
27 - Enxaguatório bucal antiplaca. 
28 - Enxaguatório bucal antisséptico. 
29 - Enxaguatório bucal infantil. 
30 - Enxaguatório capilar anticaspa/antiqueda. 
31 - Enxaguatório capilar infantil. 
32 - Enxaguatório capilar colorante / tonalizante. 
33 - Esfoliante "peeling" químico. 
34 - Esmalte para unhas infantil. 
35 - Fixador de cabelo infantil. 
36 - Lenços Umedecidos para Higiene infantil. 
37 - Maquiagem com foto protetor. 
38 - Produto de limpeza/ higienização infantil. 
39 - Produto para alisar e/ ou tingir os cabelos. 
40 - Produto para área dos olhos (exceto os de maquiagem e/ou ação hidratante e/ou demaquilante). 
41 - Produto para evitar roer unhas. 
42 - Produto para ondular os cabelos. 
43 - Produto para pele acnéica. 
44 - Produto para rugas. 
45 - Produto protetor da pele infantil. 
46 - Protetor labial com foto protetor. 
47 - Protetor solar. 
48 - Protetor solar infantil. 
49 - Removedor de cutícula. 
50 - Removedor de mancha de nicotina químico. 
51 - Repelente de insetos. 
52 - Sabonete antisséptico. 
53 - Sabonete infantil. 
54 - Sabonete de uso íntimo. 
55 - Talco/amido infantil. 
56 - Talco/pó antisséptico. 
57 - Tintura capilar temporária/progressiva/permanente. 
58 - Tônico/loção Capilar. 
59 - Xampu anticaspa/antiqueda. 
60 - Xampu colorante. 
61 - Xampu condicionador anticaspa/antiqueda. 
62 - Xampu condicionador infantil. 
63 - Xampu infantil. 
 
 
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Há muitos critérios para a seleção de uma matéria-prima,entre eles temos: 
 
 
 
 
 
 
Atualmente, o mercado dá importância também se as matérias-primas são produzidas 
sobre princípios sociais e ambientais de sustentabilidade. 
A escolha das matérias-primas é muito importante, pois representam aproximadamente 
65% do custo direto de produção de um cosmético. Mas, se quiser produzir um produto 
de qualidade é necessário matérias-primas de qualidade para que o produto final possa 
ser usado de forma eficaz. 
 
É interessante ao adquiri as matérias-primas, verificar se o fornecedor também oferece 
uma grande variedade de embalagens como vidros, tampas, potes, formas de silicone, 
frascos e outros materiais de apoio como vasilhames, espátulas, funil, etiquetas e moldes 
diversos, dependendo do que deseja produzir. Principalmente, para quem deseja montar 
seu próprio negócio e começar a fabricar seus próprios produtos de cosméticos. 
As substâncias/ matérias-primas que compõem as 
formulações cosméticas podem ser formadas por 
diversas possibilidades de composições, com 
componentes de origem vegetal, animal ou mineral, 
podendo também ser natural ou sintética. 
Normalmente são inócuas para a saúde, com raras 
exceções, logo suas quantidades devem ser 
estritamente controladas. São utilizadas de acordo 
com suas propriedades funcionais e físico-químicas, que são derivadas de suas respectivas 
estruturas químicas, como veremos no próximo tópico. 
Disponibilidade
Logística de entrega 
e de distribuição
Vida útil
Possibilidade de 
estocagem
Possibilidade de 
substituição por 
outra matéria-prima
Versatilidade da 
embalagem em que é 
fornecida
Condições do 
processamento
Toxicidade Riscos ambientais
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Os produtos cosméticos são formulados para uso tópico e quando utilizados corretamente 
proporcionam resultados satisfatórios colaborando, incentivando, para que estes ocorram 
de modo a melhorarem a qualidade de pele e cabelo, sem causar efeitos indesejados. 
As substâncias/ matérias-primas que compõem as formulações cosméticas são 
classificadas: 
 
 
As substâncias orgânicas são aquelas que contêm o 
elemento químico carbono, formando compostos de 
carbono. São produzidas naturalmente pelos seres 
vivos (animais ou vegetais), tais como carboidratos, 
lipídios e proteínas, ou produzidas sinteticamente, ou 
seja, preparadas artificialmente em laboratório e 
indústrias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O cosmético para ser certificado como um cosmético natural deve conter em sua 
formulação pelo menos 5% de matérias-primas certificadas orgânicas. Os 95% 
restantes da formulação pode ser composto por água, matérias-primas naturais não 
certificadas ou permitidas para formulações naturais. Uma matéria-prima somente 
será certificada com natural se for 100% natural. 
Para um cosmético ser considerado um cosmético orgânico é necessário ser 
certificado pelos órgãos competentes e conter na sua formulação 95% de matérias-
primas certificadas orgânicas, descontando-se a água e o sal. Os 5% restantes da 
formulação pode ser composto por água, matérias-primas naturais, provenientes de 
agricultura ou extrativismo não certificadas ou permitidas para formulações orgânicas. 
Uma matéria-prima somente poderá ser classificada como orgânica e receber sua 
certificação se for 100% orgânica, ou seja, obedecendo a todos os critérios de 
produção, extração e processamento para um produto orgânico. 
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As substâncias inorgânicas não possuem o carbono 
como principal elemento de sua composição, sendo 
compostos de todos os demais elementos químicos. 
São produzidas naturalmente pelos minerais, ou 
produzidas sinteticamente, ou seja, preparadas 
artificialmente em laboratório e indústrias. 
 
 
 
Os aldeídos são compostos orgânicos que possuem o grupo funcional ligado a 
cadeias carbônicas. 
A fórmula básica dos aldeídos é dada pela substituição de dois átomos de 
hidrogênio de um hidrocarboneto, por um de oxigênio. De uma forma geral, os 
aldeídos de menor massa molecular apresentar odor desagradável (a exemplo do 
formol), enquanto que os de maior massa possuem odor agradável de frutas 
(odoríferos naturais). 
 
 
As cetonas são compostos orgânicos que possuem o grupo funcional ligado entre 
dois carbonos. A propanona é a forma mais simples de uma cetona, ela é usada 
na obtenção de solvente de esmaltes, resinas e vernizes, é mais conhecida pela 
denominação de acetona. 
 
 
 
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 
Os ácidos carboxílicos ou carboxilácidos são compostos orgânicos com que possuem um 
ou mais grupos funcionais ligados a cadeias carbônicas. 
 
Os ácidos carboxílicos possuem cheiro pronunciado e, em 
geral, desagradável. Na natureza, os ácidos carboxílicos estão 
presentes principalmente nos ésteres que constituem os óleos 
e gorduras, tanto de origem vegetal como de origem animal. 
São muito utilizados industrialmente na fabricação de 
solventes, perfumes, inseticidas, fibras têxteis, etc. Outro uso 
importante dos ácidos carboxílicos e de seus derivados é na 
produção de filtros, protetores ou bloqueadores solares. 
 
 
 
O grupo —CO—, característico dos aldeídos e cetonas, aparece 
também em muitos compostos naturais, como essências, perfumes e 
fixadores, extraídos de vegetais e animais. Por exemplo:
Jasmona Aldeído Cinâmico
(do óleo de jasmim) (essência de canela)
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 
Os ésteres são compostos orgânicos formados pela troca do hidrogênio presentes nos 
grupos funcionais dos ácidos carboxílicos por um grupo orgânico. 
 
Assim, o seu grupo funcional é caracterizado por: 
 
 
Os ésteres mais simples aparecem no perfume das flores e no aroma e sabor dos frutos, 
na forma de líquidos voláteis que conferem os seus cheiros característicos. As indústrias 
utilizam-nos como flavorizante, isto é, como aditivos químicos para conferir cheiro e gosto 
aos produtos fabricados. 
Ésteres de moléculas maiores constituem os óleos e gorduras de origem vegetal e animal. 
E ésteres de moléculas muito grandes aparecem nas ceras vegetais e nos organismos dos 
animais. 
 
 
Os éteres são compostos orgânicos em que o oxigênio está diretamente ligado a duas 
cadeias carbônicas. 
 
Esses compostos são mais aplicados como solventes em reações orgânicas e para extrair 
essências, óleos e gorduras e como tensoativos para a produção de sabão. 
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 
As aminas são compostos teoricamente derivados da amônia (NH3), pela substituição de 
um, dois, ou três hidrogênios por grupos orgânicos. Surge daí a classificação das aminas 
em primárias, secundárias ou terciárias. 
 
Na indústria as aminas são utilizadas em certos tipos de sabão e em 
inúmeras sínteses orgânicas. As aminas aromáticas são 
importantíssimas na fabricação de corantes, como por exemplo, a 
anilina. 
 
 
As amidas são compostosteoricamente derivados da amônia (NH3), pela substituição de 
um hidrogênio por um grupo orgânico. 
 
 
 
As amidas são muito utilizadas em detergentes, xampus, cremes condicionadores, 
sabonetes líquidos e produtos de limpeza. Possui ação espessante, sobrengordurante 
evitando o ressecamento excessivo da pele e dos cabelos (repõe a gordura natural da pele 
e do cabelo retirada por ação da detergência dos produtos), estabilizador de espuma e 
solubilizante de essências. É utilizada para espessar xampus e detergentes, diminuindo a 
quantidade de sal no acerto da viscosidade. 
 
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É o componente que geralmente aparece em 
maior quantidade na fórmula. Os veículos ou 
excipientes são um conjunto de substâncias que 
tem a função de dar a forma final com o objetivo 
de transportar, favorecer ou abrandar os efeitos 
dos princípios ativos. São eles que irão receber 
os outros componentes e incorporar as outras 
substâncias. Devem ter grande capacidade de solubilização ou de dispersão, conforme o 
caso. 
Alguns veículos podem ser usados para obter as características físicas e químicas desejadas 
ao produto ou para melhorar a aparência, ou até mesmo melhorar a sensação do produto 
quando aplicado na pele. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os veículos cosméticos estão disponíveis na forma de gel, líquido, pó, vetorial ou emulsão. 
 
O formulador deve selecionar o tipo de veículo observando a melhor compatibilidade 
com outros componentes e também a finalidade do princípio ativo, conforme o tipo 
cutâneo, visto que é de fundamental importância para a estabilidade e absorção e, 
consequentemente para a eficácia do produto. 
 
 
A sensação agradável quando aplicado o produto na pele é 
fundamental para a aceitação da fórmula, pois se o consumidor não 
sentir bem-estar quando aplicar o produto, dificilmente usará por 
vários dias consecutivos e, portanto, não perceberá os efeitos 
benéficos do mesmo. 
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 
 
A forma cosmética gel é um sistema semissólido, 
possui características coloidal, na qual as partículas 
coloidais não se sedimentam (ficam dispersas), de 
aspecto gelatinoso. É formado por duas fases, sendo 
uma fase dispersora líquida (água, álcool, 
propilenoglicol, acetona), e outra fase dispersora sólida 
(agentes gelificantes). 
 
Normalmente as substâncias formadoras de géis são 
polímeros que, ao serem dispersos em um meio aquoso doam viscosidade à preparação. 
Existem dois tipos principais de gel: gel aquoso e gel creme, e suas características e funções 
são determinadas pela base veicular, ou mais precisamente pela fase dispersora. 
 
Nos géis aquosos deve ser adicionado um umectante, pois tendem a apresentar um 
ressecamento com o tempo, ou seja, a água presente no produto pode evaporar, 
ocasionando ressecamento do produto. Além disso, a adição de conservantes é muito 
importante, visto que os géis aquosos são bastante susceptíveis a contaminação 
microbiológica. 
 
Já os géis creme são emulsões com alta porcentagem de fase aquosa e baixo conteúdo 
oleoso, estabilizados por coloide hidrofílico, não contendo material graxo como agente 
de consistência. São chamados de cremes oil free. Em um gel creme é possível veicular 
substancias lipossolúveis, tais como filtros solares, princípios ativos oleosos, sem que o 
produto final deixe na pele uma sensação gordurosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por se tratar de um veículo de preparo bem simples, geralmente o 
gel é utilizado em formulações cosméticas acrescidos de princípios 
ativos, para atender as necessidades específicas, tendo, portanto, 
gel com efeito hidratante, refrescante, nutritivo e etc.
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 
 
É um veículo simples, em que o principal componente é a água, sendo muito utilizando 
em loções cosméticas. Há dois tipos de loções: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este veículo é indicado para produtos 
preparados e conservados seco, sem 
qualquer umidade, como por exemplo, 
talco, pó facial e máscaras argilosas e 
secativas. Nessas últimas, a adição de água 
deve ser feita no momento da aplicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Loção Aquosa: Quando a base veicular é água e os 
princípios ativos hidrofílicos.
Loção Adstringente ou hidroalcoólica: Quando o álcool é 
misturado à água. 
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 
 
Este veículo é uma estrutura projetada para carrear ativos hidrossolúveis ou lipossolúveis 
até as camadas mais profundas da epiderme. São eles: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É um veículo heterogêneo, constituído por uma mistura de um líquido disperso no outro, 
no qual são imiscíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
Lipossomas ou lipossomos: São pequenas vesículas compartimentadas, 
sólidas, com revestimento formado por uma camada biomolecular, muito 
semelhante à estrutura da membrana plasmática. Eles liberam seu 
conteúdo de princípios ativos na primeira célula viva que encontram. 
Nanosferas: São estruturas poliméricas porosas e inertes, capazes de fixar 
em sua superfície ou armazenar em seu interior ativos, que são liberados 
lenta e gradativamente à medida que o vetor é absorvido pelo tecido, 
levando em torno de 12 horas em um processo.
Silanois ou silício orgânico: É um vetor com grande capacidade de 
penetração cutânea e absorção celular, devido a grande afinidade do silício 
com o organismo. Opõe-se a formação de radicais livres, tornando a 
membrana celular mais resistente aos ataques de moléculas reativas, 
reduzindo a oxidação e acelerando o processo de hidratação. 
Normalmente, emulsões são sistemas heterogêneos, constituídos de um lado por água 
e por outro de óleo, ou seja, sistema imiscível, e por um terceiro componente que é o 
agente emulsificante (também chamado de tensoativo ou surfactante), o qual torna 
miscíveis dois sistemas imiscíveis, dispersando um no outro. 
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A fase dispersa é denominada como fase interna ou descontínua, sendo constituída de 
microesferas ou micelas, enquanto o meio dispersante denominado como fase externa ou 
contínua, consiste na substância que envolve a micela da fase interna. 
 
As emulsões apresentam-se na forma de cremes, leites e loções 
cremosas. Logo, são formas cosméticas emulsionadas de baixa 
(loção) ou alta (creme) viscosidade. 
 
As emulsões com o tempo tornam-se instáveis, com eventual 
separação das fases (fases aquosas e oleosas se separam). 
Somente permanecem estáveis por um determinado período 
de tempo após sua preparação, mantendo suas características 
originais de forma aceitável. Este período é denominado de 
“prazo de validade”. 
 
Portanto, cabe ao formulador conseguir uma emulsão estável num prazo suficiente para 
o produto ser usado. Calor ou frio, embalagens não adequadas, destruição microbiana e 
pH extremos, são alguns dos fatores que podem acelerar a separação das emulsões. O 
aumento da viscosidade da emulsão pode torná-la maisestável. 
 
 
 
 
i. 
 
I. Emulsão O/A: As emulsões com fase interna oleosa e fase externa aquosa são 
conhecidas como emulsões óleo em água, que podem ser designadas como “O/A”. 
Gotículas de óleo (micelas) são dispersas em 
água, que são circundadas por tensoativos com 
sua parte lipofílica (que possuem afinidade com 
óleo) apontando para dentro, e as hidrofílicas 
(que possuem afinidade com água) para fora, 
mantendo o óleo disperso em água. Nesse tipo 
de emulsão a fase externa é a água e a interna o 
óleo. Possui grande concentração de água e 
baixa proporção de óleo. Normalmente é 
menos oleosa, menos emoliente, tem secagem 
mais rápida e facilmente lavável, podendo 
ocorrer à formação de espuma. Micela, uma gota de óleo rodeada por água. 
 
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II. Emulsão A/O: As emulsões com fase interna aquosa e fase externa oleosa são 
conhecidas como emulsões água em óleo, que podem 
ser designadas como “A/O”. Gotículas de água 
(micelas inversas) são dispersas em óleo, que são 
circundadas por tensoativos com sua parte hidrofílica 
apontada para dentro, e a lipofílica para fora. Nesse 
tipo de emulsão a fase externa é o óleo e a interna a 
água. Possui grande concentração de óleo e baixa 
proporção de água, com alto grau de emoliência e 
dissolvência, sendo ideal para preparação de 
cosméticos demaquilantes e cremes de limpeza em 
geral. 
 Micela invertida. 
 
III. Emulsão de fase múltipla 
(A/O/A): Possuem mais do 
que duas fases. Em uma 
emulsão água-óleo-água 
(A/O/A), uma emulsão de 
duas fases A/O é dispersa em 
água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Emulsão de fase múltipla 
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Os emulsionantes são utilizados para diminuir a força de repulsão entre as fases da 
emulsão, denominada tensão superficial, permitindo assim que as fases se misturem. São 
também denominados de tensoativos, surfactantes ou agente emulsionante, em razão da 
sua propriedade especial de emulsificação. 
 
 
 
 
Os tensoativos ou surfactante são substâncias fundamentais para preparar uma emulsão 
estável, pois são substâncias com características especiais em sua estrutura molecular. 
Agem reduzindo a tensão superficial entre as fases da emulsão, diminuindo a repulsão 
entre as moléculas. 
 
Em sua estrutura, os tensoativos possuem em uma extremidade da cadeia molecular um 
radical lipofílico (que possuem afinidade com óleo) e um radical hidrofílico (que possuem 
afinidade com água) na outra, servindo de ligação entre uma fase e outra da emulsão. 
Devido às essas características, é imprescindível que o tensoativo seja lipofílico ou 
hidrofílico. Assim, ser for lipofílico irá orientar a emulsão no sentido A/O, e ser for 
hidrofílico, no sentido O/A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lipofílico Hidrofílico
Capaz de interagir Capaz de interagir 
com o óleo com a água
Quando dimensionados da forma correta, os tensoativos atuam de modo a arrastar as impurezas, 
retirando as sujeiras.
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Os tensoativos devem ser selecionados pelo 
formulador, conforme a finalidade do cosmético: sejam 
formadores de espuma (detergentes, xampus, etc.), 
sejam dissolventes, isto é, dissolver substâncias 
lipofílicas ou hidrofílicas, conforme a formulação. 
 
Um bom tensoativo deve possuir características gerais 
como ser um bom agente estabilizador, diminuir a 
tensão superficial entre as fases, ser específico (lipofílico ou hidrofílico), ser quimicamente 
estável, ser inodoro, incolor e não irritante para a pele, ser compatível com outras 
matérias-primas; além de possuir propriedades especificas, ou seja, ser emulsificante, 
espessante, dispersante, estabilizante, detergente, emoliente e antisséptico. 
 
i. 
 
Os tensoativos podem ser classificados com primários ou secundários: os primários 
interferem diretamente a tensão superficial e os secundários na viscosidade, aumentado à 
estabilidade da emulsão, também chamados de espessantes ou estabilizantes. Para melhor 
entendimento, vamos abordar as classes de tensoativos. São eles: 
 
I. Tensoativos aniônicos: São aqueles que, em solução aquosa se dissociam, 
formando ânions (carga elétrica negativa). São hidrofílicos, por isso orientam 
emulsões no sentido O/A. São detergentes, dispersantes e antissépticos. Os 
principais tensoativos aniônicos utilizados em cosméticos são mono, di e 
triestearatos de sódio, estearato de glicerina, derivados orgânicos amínicos, ésteres 
sulfúricos de álcoois graxos, laurel sulfato de sódio, laurel sulfato de amônia, lauril-
éter-sulfato de sódio, lauril-éter-sulfacianato de sódio e laurel sulfato de 
trietanolamina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sais metálicos de ácidos graxos (estearatos de cálcio e magnésio) 
são tensoativos aniônicos, porém agem de maneira contrária, 
orientando a emulsão no sentido A/O. 
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II. Tensoativos catiônicos: São aqueles que, em solução aquosa se dissociam, 
formando cátions (carga elétrica positiva). São substâncias bacteriostáticas e 
amaciantes (pele e cabelo) e orientam as emulsões no sentido A/O. Os principais 
tensoativos catiônicos utilizados em cosméticos são sais de amônio quaternário, 
brometo de cetil- triemetilamônio, muito utilizado para cabelos em emulsões para 
cremes, hidratantes e amaciantes, associados à tintura capilar, cloreto de 
trimetilamônio e cloreto de benzalcônico. 
 
III. Tensoativos anfóteros: São substâncias que possuem dupla polaridade, podendo 
formar ânions e cátions, dependendo do pH do meio em que se encontram. Em 
meio alcalino formam tensoativos aniônicos e, em meio ácido formam tensoativos 
catiônicos. São menos agressivos do que os tensoativos aniônicos e, por isso, são 
mais utilizados em formulações mais suaves, como xampus para bebês, cremes para 
pele sensível, etc. Os tensoativos anfóteros são compatíveis com outros tensoativos, 
são hidrofílicos orientando a emulsão no sentido O/A, possuem ação detergente, 
espumante e bactericida. Os principais tensoativos anfóteros utilizados em 
cosméticos são os detergentes (imidazolina e seus derivados), espumantes, 
bactericidas (betaína e seus derivados), aminoácidos e derivados. 
 
IV. Tensoativos não iônicos: São aqueles que, em solução aquosa não se dissociam, ou 
seja, não formam íons. São oleosos, muito utilizados como agentes estabilizantes e 
espessantes das emulsões, são compatíveis com outros tensoativos (normalmente 
são associados a outros tensoativos) e pouco irritativos. Os principais tensoativos 
não iônicos utilizados em cosméticos são estearato de polietilenoglicol, 
monoetanolaminas de ácidos graxos de coco, deitalominas de ácidos graxos de 
coco, ésteres de sorbitol e ésteres de sacarose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação dos tensoativos. 
 
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São substâncias higroscópicas, ou seja, têm a capacidade de absorver a umidade 
atmosférica. Os umectantes têm como objetivo garantir a umidade da massa cremosa dos 
produtos, impedindo a formação de crostas superficiais e permitem a hidratação 
superficial da epiderme, pois forma uma película sobre a pele após a aplicação do 
produto. Os umectantes mais usados são sorbitol, etilenoglicol, glicerol, propilenoglicol, 
lactatos, d-pantenol, derivados de lanolina, poliálcoois, etc. 
 
 
São substâncias higroscópicas intracelulares, ou seja, que auxiliam no processo de 
reposição do teor de água da pele ou do cabelo de maneira ativa, diferenciando-se dos 
umectantes que são um processo passivo. 
 
 
São responsáveis pelo espalhamento e lubrificação, que juntamente com os umectantes 
são responsáveis pela hidratação da pele e cabelo. Os emolientes também são 
responsáveis nas formulações por consistência e aparência. Alguns dos principais 
emolientes são: 
 
EMOLIENTE ESPALHABILIDADE CARÁTER OLEOSO 
Vaselina Baixa Alto 
Óleo de amêndoa Baixa Alto 
Óleo mineral Baixa Alto 
Álcool oleico Média Médio 
Miristato de miristila Média Médio 
Palmitato de isopropila Alta Baixo 
PPG-15 estearil éter Alta Baixo 
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São responsáveis por impedir a mobilidade da fase aquosa alterando sua viscosidade e 
auxiliando o tensoativo, impedindo o rompimento da emulsão. 
 
 
i. 
 
I. Espessante orgânico 
 
a) De fase oleosa: São espessantes insolúveis em água e solúveis em óleo. São 
empregados em cremes, loções e condicionadores. Exemplos: Álcoois graxos, 
monoestearato de gliceríla, ésteres de álcoois e ácidos graxos, ceras naturais e 
minerais, óleos e gorduras. 
 
b) De fase aquosa: Conferem viscosidade à fase aquosa. São normalmente insolúveis 
na fase oleosa. Exemplos: CMC – carboximetilcelulose; HEC - hidroxietilcelulose 
– natrosol; carbômero, PVP, álcool polivinílico; polissacarídeos: amido, agar-agar, 
gomas e alginatos. 
 
II. Espessante inorgânico 
 
Cloreto de sódio, fosfato de sódio ou amônio, etc. 
 
 
São usados em cosméticos para conferir alcalinidade às soluções, para neutralizar ácidos 
graxos e corrigir pH. São mais usados ácido cítrico, ácido fosfórico, hidróxido de sódio e 
TEA (trietanolamina). 
 
 
Os agentes quelantes, também conhecidos como sequestrantes, associam-se e desativam 
íons metálicos para eliminar reações indesejadas e estabilizar o produto. Previnem a 
formação de precipitações de metais, estabiliza a cor do produto, evita que os óleos se 
tornem rançosos e ajudam a retardar a deterioração por oxidação do produto final. Um 
dos sequestrantes mais utilizado é o EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético). 
 
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Substâncias que inibem ou bloqueiam o processo de 
degradação por oxidação dos componentes orgânicos 
(óleos vegetais, gorduras vegetais ou animais, óleos 
essenciais e vitaminas). Estes processos de oxidação 
podem se manifestar principalmente por modificações 
do odor e da cor podendo até provocar irritações no 
tecido cutâneo. Os componentes mais propensos a 
sofrerem oxidação são as fragrâncias, os corantes, alguns ativos e os óleos (emolientes). 
 
 
Em uma formulação, é o elemento com ação ou efeito mais acentuado. Possuem 
propriedades anti-inflamatórias, antissépticas, calmante, cicatrizante, hidratante, nutritiva, 
etc. 
 
 
São substâncias utilizadas nas formulações cosméticas, com ação aromatizante, corante e 
conservante. 
 
 
 
A elaboração de cosméticos está sujeita a contaminação microbiológica, seja ela por 
bactérias ou fungos. 
 
A contaminação pode ser transmitida por diversas fontes, tais como: água, insetos, 
matérias-primas, vidrarias, embalagens, manipuladores e usuários. Quando em pequenas 
quantidades estas são aceitáveis, porém ao extrapolar os limites pré-determinados já são 
considerados como contaminação e, portanto, devem ser evitadas. 
Assim, os conservantes são substâncias que adicionadas aos produtos tem como finalidade 
preservá-los de danos causados por microrganismos durante a estocagem, ou mesmo de 
contaminações acidentais produzidas pelos consumidores durante o uso. 
 
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Os agentes conservantes podem ser utilizados individualmente ou principalmente em 
associações, o que assegura maior espectro de atividade e cada um poderá estar em menor 
quantidade gerando possivelmente menos efeitos tóxicos. 
 
 
Para cada tipo de agente conservante e dependendo da formulação há uma concentração 
máxima permitida, que deve ser seguida rigorosamente. A lista de substâncias de ação 
conservante permitidas para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, 
encontra-se no link abaixo: 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0029_01_06_2012.pdf 
 
 
 
 
 
Substância responsável por conferir cor a um produto. De acordo com 
sua solubilidade podem ser nomeados de corantes ou pigmentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corantes: substâncias que desenvolvem seu poder 
de colorir quando são dissolvidas no meio em que 
são utilizadas. 
Pigmentos: substâncias que desenvolvem seu poder de 
colorir quando são dispersas no meio em que são 
utilizadas. 
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 
 
As fragrâncias são substâncias que geram odores agradáveis aos produtos. 
 
A constituição de uma fragrância é identificada através das notas (odor): notas de cabeça 
ou saída, notas de corpo, notas de fundo, sendo uma sucessão de impressões olfativas e 
não um conjunto homogêneo de todas elas. 
 
Cada tipo de fragrância é uma mistura de diferentes funções químicas e estas matérias-
primas podem ser de origem natural (animal ou vegetal) e sintética. 
 
 
 
A escolha da fragrância deve ser baseada em um consenso entre os corantes, a finalidade 
e o tipo do produto, devendo estar harmonizada com atributos do produto e expectativas 
do consumidor. 
 
 
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As matérias-primas ou ingredientes utilizados em formulações cosméticas seguem um 
sistema internacional de codificação da nomenclatura, reconhecido e adotado 
mundialmente, criado com a finalidade de padronizar os ingredientes na rotulagem dos 
produtos cosméticos. Sendo adotado o INCI, que é a sigla para “Internacional 
Nomenclature Of Cosmetic Ingredients”, que em português seria, Nomenclatura 
Internacional de Ingredientes Cosméticos. 
O INCI foi desenvolvido com a participação de vários países e culturas, baseando a 
nomenclatura em listas internacionais de ingredientes conhecidos e utilizados por 
pesquisadores e cientistas de todo o mundo. No Brasil o INCI é regulado pela ANVISA. 
 
 
Nomes químicos (IUPAC) (International Union of Pure and Applied 
Chemistry);
Denominação comum internacional (INN – International Non-
proprietary Name); 
Denominações de farmacopeias (americana, brasileira, europeia); 
Nomescomerciais (um para cada fornecedor); 
CAS – Chemical Abstracts Service (codificação mundial); 
NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul (codificação regional); 
EINECS – European Inventory of Existing Commercial Chemical Substances 
(inventário europeu das substâncias químicas existentes no mercado);
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É importante a classificação dos ingredientes cosméticos pelo INCI para que haja maior 
agilidade, precisão, clareza na identificação dos ingredientes, evitando confusão com 
sinônimos e diferentes sistemas de nomenclatura, e facilitando o trabalho de localização 
de informações e de orientação para consumidores, profissionais de saúde e de vigilância 
sanitária. 
A organização dos componentes respeita uma ordem sequenciada começando no 
ingrediente mais concentrado até ao menos concentrado. Em primeiro lugar aparece 
muitas vezes a água, porque é quase sempre um dos maiores constituintes. No final 
costumam encontram-se letras seguidas de números, que indicam os ingredientes usados 
como corantes ou conservantes, também apresentados segundo uma escala internacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Ingrediente: Formol.
• Nomes comerciais: Karsan, Ivalon, Fanoform, Lysoform.
• Nomes químicos: metanal, formaldeído, aldeído fórmico,
metil aldeído, oximetileno, oxometano, formalina.
• INCI: FORMALDEHYDE 
Exemplo:
Nomenclatura 
Formol
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A água é muito utilizada em formulações cosméticas, portanto ela precisa receber um 
tratamento adequado para remoção de impurezas sólidas, microrganismos e alguns íons 
específicos para que não provoque ou acelere reações químicas nocivas ao produto. 
A água utilizada nas formulações cosméticas pode ser: água filtrada, destilada, deionizada 
ou ultrapura. Veja a diferença de cada uma abaixo: 
I. Água filtrada: É a água distribuída pela rede pública que geralmente, provém de 
rios, represas ou lagos, que passa por tratamento com produtos químicos para 
remover as impurezas presentes até se tornar potável e sem riscos para a saúde. A 
água ao chegar a nossas casas e ao passar por um dispositivo filtrante é considerada 
água filtrada. Após passar por um filtro de alta qualidade, a água melhorará sua 
qualidade, estará pura e pronta para ser consumida. Pode ser utilizada em algumas 
formulações. 
 
II. Água destilada: A água distribuída pela rede pública passa por um processo 
denominado destilação, separando os componentes da água com base nos seus 
diferentes pontos de ebulição. É uma água com alto grau de pureza, isenta de 
minerais e íons. Muito indicada para a utilização em formulações cosméticas. 
 
III. Água deionizada: A água distribuída pela rede pública passa por um processo de 
remoção de íons catiônicos e aniônicos através de um sistema de resinas trocadoras 
de íons. Possui baixos valores de minerais e íons. Pode ser utilizada em algumas 
formulações. 
 
IV. Água ultrapura: A água distribuída pela rede pública passa por um sistema de 
abrandamento com resinas trocadoras, substituindo o cálcio e o magnésio 
dissolvidos na água por íons de sódio. Posteriormente, segue para um sistema de 
osmose reversa, que faz a remoção desses íons, seguindo de um refinamento por 
uma série de filtros constituídos de resinas catiônicas e aniônicas, um leito de carvão 
ativo para remoção de contaminantes orgânicos e por fim, por um filtro físico para 
remoção de particulados. É uma água de extrema pureza, isenta de quaisquer tipos 
de contaminantes, minerais, íons, substâncias orgânicas ou microrganismos. 
Também indicada para a utilização em formulações cosméticas. 
 
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O pH dos produtos cosméticos é de extrema importância, pois se não estiver adequado 
pode causar sérias lesões e danos na pele e no couro cabeludo. O pH sofre alterações 
conforme a região do corpo, idade e sexo, e dependendo da finalidade, se o pH do 
produto for diferente do natural, pode causar alguma reação contrário ao desejado. Por 
isso, vamos entender melhor sobre o pH. 
Primeiramente, temos que entender um pouco sobre os íons, antes de falar sobre o pH. 
O íon é um átomo ou molécula com carga elétrica, assim quando uma molécula se ioniza, 
divide-se em duas, criando um par de íons com cargas elétricas opostas, ou seja, um com 
carga elétrica negativa (ânion), e um com carga elétrica positiva (cátion). 
Uma molécula de água é composta por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, mas 
algumas de suas moléculas não permanecem unidas. Por causa da ionização natural da 
água, algumas moléculas se ionizam (dividem) em dois íons separados: H
+ 
e OH
+
. 
 
 
Ionização da água. 
 
H+ é o íon de hidrogênio, ácido. OH+ é o íon de hidróxido, alcalino. Toda molécula de 
água ao se ionizar rende um íon de hidrogênio (H+) e um de hidróxido (OH+). 
 
 
 
 
A ionização da água faz o pH possível. Somente substâncias 
aquosas têm pH. Soluções não aquosas, como álcool e óleo, não. 
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A sigla pH significa Potencial do Hidrogênio. A escala de pH, mede os íons, indicando a 
acidez e a alcalinidade por meio da medição da concentração de íons de hidrogênio em 
uma solução aquosa. 
 
 
 
 
A escala de pH varia de 0 a 14. Um pH 7 indica que é uma solução neutra, abaixo disso 
é uma solução ácida, e acima uma solução alcalina. 
 
 
A escala de pH meda a acidez (o íon de hidrogênio H+), mas não a alcalinidade (o íon de 
hidróxido alcalino OH+) diretamente, mas se subtende que a alcalinidade aumenta 
enquanto a acidez diminui. 
 
 
 
Perceba que o pH é escrito com “p” minúsculo; que representa 
quantidade; e “H” maiúsculo; que representa a quantidade de íons de 
hidrogênio (H+).
A água pura é neutra porque não é ácida nem alcalina. Ela é formada por um 
equilíbrio, ou seja, contém o mesmo número de íons de hidrogênio (H+) e de 
íons de hidróxido (OH+), sendo 50% ácida e 50% álcali. 
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Existem vários tipos de medidores de pH, entre eles temos o pHmetro, é mais utilizado 
nas indústrias, e as fitas de pH, que mudam de cor quando colocadas na solução e são 
comparadas a uma tabela. 
 
 
pHmetro de bancada. 
 
 
pHmetro de bolso. 
 
 
 
Fita de pH. 
 
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A produção de produtos cosméticos segue a norma da ANVISA de Boas Práticas de 
Fabricação, para assegurar a qualidade dos produtos comercializados. Dentro da indústria 
e empresas regularizadas, seguindo as normas da ANVISA, o processo de produção se 
dá pela seguinte maneira: 
 
 
MP → Matéria-prima CQ→ Controle de Qualidade 
 
Entretanto, iremos focar nas seguintes etapas de produção: 
 
 
Aquisição 
materia-prima
Manipulação Envase Rotulagem
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I. Aquisição de matéria-prima: As matérias-primas ao serem adquiridas para 
produção de produtos cosméticos devem vim com uma ficha de informações 
técnicas, que contém as informações necessárias para a utilização adequada do 
material. Elas devem ser avaliadas quanto a dados toxicológicos básicos, tais como: 
absorção cutânea, estudo do potencial de efeito sistêmico, alergênico e riscos 
irritativos. É importante comprar matérias-primas de qualidade para assegurar a 
eficiência e qualidade do produto. 
Exemplo: Ficha de informação técnica de uma matéria-prima para formulações 
cosméticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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II. Manipulação: As matérias-primas devem ser manipuladas de acordo com a 
formulação, seguindo as etapas para a produção do produto. É necessário também 
estar atento à limpeza e ventilação adequada do local em que o produto será 
manipulado, limpeza das vidrarias e matérias utilizadas, higienização e 
paramentação apropriada do manipulador, para garantir a qualidade do seu 
produto e a segurança do manipulador durante o processo de fabricação. 
 
III. Envase: O produto depois de manipulado deve se envasado, ou seja, 
acondicionando em embalagens próprias. As embalagens representam, em média, 
de 15 a 30% do custo final de um cosmético. Entretanto, além de um design de 
excelência, é necessário atentar para a escolha de um material apropriado, para a 
limpeza da embalagem antes e após adicionar o produto, sua versatilidade, 
qualidade, praticidade e facilidade de manipulação e de aplicação. A embalagem 
deve ser resistente ao produto (não pode sofrer ataque ou corrosão do mesmo), à 
passagem do tempo e aos diversos esforços e stress a que é submetida ao longo do 
seu uso. As embalagens são classificadas em: 
 
a) Embalagem Primária: envoltório ou recipiente que se encontra em contato 
direto com os produtos. 
 
b) Embalagem Secundária: é a embalagem destinada a conter a embalagem 
primária ou as embalagens primárias. 
 
IV. Rotulagem: A rotulagem tem como objetivo estabelecer as informações 
indispensáveis que devem figurar nos rótulos dos produtos, referentes à sua 
utilização, assim como toda a indicação necessária alusiva ao produto. Assim, o 
rótulo é uma identificação impressa ou litografada, bem como dizeres pintados ou 
gravados, decalco sobre pressão ou outros, aplicados diretamente sobre recipientes, 
embalagens, invólucros, envoltórios ou qualquer outro protetor de embalagens. No 
rótulo deve conter: 
 
a) Nome/Grupo/Tipo: designação do produto para distingui-lo de outros, ainda 
que da mesma empresa ou fabricante, da mesma espécie, qualidade ou 
natureza. 
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b) Marca: elemento que identifica um ou vários produtos da mesma empresa ou 
fabricante e que os distingue de produtos de outras empresas ou fabricantes. 
 
c) Origem: lugar de produção do produto. 
 
d) Lote ou partida: Quantidade de um produto em um ciclo de fabricação, 
devidamente identificado, cuja principal característica é a homogeneidade. 
 
e) Prazo de validade: tempo em que o produto mantém suas propriedades, 
quando conservado na embalagem original e sem avarias, em condições 
adequadas de armazenamento e utilização. 
 
f) Responsável técnico: pessoa responsável pelo processo de produção. 
 
g) Fabricante: empresa que possui as instalações necessárias para a 
fabricação/elaboração de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e 
Perfumes. 
 
h) Número de registro do produto: corresponde ao número de identificação de 
empresa e o número de Resolução ou Autorização de comercialização do 
produto. 
 
i) Ingredientes/Composição: descrição dos componentes da fórmula através de 
sua designação genérica, utilizando a codificação de substâncias estabelecida 
pela Nomenclatura Internacional de Ingredientes Cosméticos (INCI). 
 
j) Advertências e restrições de uso: são as estabelecidas nas listas de substâncias 
quando exigem a obrigatoriedade de informar a presença das mesmas no 
rótulo e aquelas estabelecidas no Anexo V, da RDC nº 211, de 14 de julho 
de 2005. 
 
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Os requisitos para a rotulagem específica de produtos cosméticos encontram-se nos 
links abaixo 
http://www.uberlandia.mg.gov.br/uploads/cms_b_arquivos/8250.pdf 
 
http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/guia/html/79_2000.pdf 
 
Veja também a RDC nº 343, de 13 de dezembro de 2005. 
A 
saber:
Quando não existir embalagem secundária toda a informação
requerida deve figurar na Embalagem Primária.
O Modo de Uso poderá figurar em folheto anexo. Neste caso
deverá indicar-se na embalagem primária: - "Ver folheto anexo".
Quando a embalagem for pequena e não permitir a inclusão de
advertências e restrições de uso, as mesmas poderão figurar em
folheto anexo. Deverá estar indicado na embalagem primária: -
"Ver folheto anexo".
Os produtos não poderão ter nome ou designação que induza a 
erro quanto à sua composição.
Não poderão constar da rotulagem ou da publicidade e
propaganda designações, nomes geográficos, símbolos, figuras,
desenhos ou quaisquer indicações que possibilitem interpretação
falsa, erro ou confusão quanto à origem, procedência, natureza,
composição ou qualidade, ou que atribuam ao produto finalidades
ou características diferentes daquelas que realmente possua.
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http://www.uberlandia.mg.gov.br/uploads/cms_b_arquivos/8250.pdf
http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/guia/html/79_2000.pdf
GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 
 
 Todos os direitos reservados 48 
 
 
 
Exemplo: Rotulagem de produtos cosméticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 
 
 Todos os direitos reservados 49 
 
 
 
Após o processo de produção é necessário reservar 
amostras do produto acabado, para cada lote produzido, 
retidas em material de embalagem original ou equivalente 
ao material de embalagem de comercialização e 
armazenadas nas condições especificadas, em temperatura 
ambiente, por um período de três anos. Após o prazo as 
amostras poderão ser descartadas. 
Essas amostras denominadas de referência futura ou 
amostras de retenção devem ser em quantidade suficiente 
para permitir que sejam executadas, no mínimo, analises físico-químicas e microbiológicas 
do produto, ou qualquer tipo de verificação do produto após sua comercialização, se 
necessário. 
Isso é muito importante, pois qualquer eventual problema apresentado no seu produto 
comercializado será possível verificar a procedência ou não das reclamações e, assim, caso 
necessário, realizar as devidas correções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para amostras cuja gramatura da embalagem original estiver 
compreendida entre 300g e 1000g ou mL, deve ser retido apenas uma 
embalagem do produto acabado.
Para amostras cuja gramatura da embalagem original inferior a 300 g ou 
for superior a 1000g ou 1000 mL, deverá ser retido apenas uma 
embalagem do produto, porém com o conteúdo de 300g ou 300 mL.
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