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Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 1 APOSTILA GC-00 Ana Darezzo Belo Horizonte Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 2 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA .............................................................................. 3 APRESENTAÇÃO PESSOAL .............................................................................................. 4 HISTÓRIA DOS COSMÉTICOS ......................................................................................... 5 DEFINIÇÕES BÁSICAS ....................................................................................................... 8 CONCEITO DE FORMULAÇÕES COSMÉTICAS .......................................................... 9 LEGISLAÇÃO ...................................................................................................................... 12 SEGURANÇA E EFICÁCIA DE PRODUTOS COSMÉTICOS ..................................... 13 CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS COSMÉTICOS ..................................................... 14 MATÉRIAS-PRIMAS .......................................................................................................... 17 COMPONENTES BÁSICOS DE UMA FORMULAÇÃO COSMÉTICA ..................... 18 NOMENCLATURA DE INGREDIENTES COSMÉTICOS (INCI) ............................. 37 ÁGUA PARA COSMÉTICOS ............................................................................................ 39 pH ........................................................................................................................................... 40 PROCESSO DE PRODUÇÃO ............................................................................................ 43 REFERÊNCIA FUTURA .................................................................................................... 49 VALIDADE DE PRODUTOS COSMÉTICOS ................................................................. 50 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 52 Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 3 O uso de produtos cosméticos não é algo novo, data de tempos remotos. Mas, atualmente, a produção e o uso de produtos cosméticos vêm crescendo exponencialmente, pois tanto mulheres quanto homens estão mais envolvidos e preocupados com o cuidado da pele e cabelos, além dos hábitos de higiene. Com essa intensa valorização, produtos e técnicas foram desenvolvidos para facilitar a manutenção e cuidados da pele e dos cabelos, tendo a cosmetologia como parceira, atuando com a beleza, correção, preservação, fantasia e sonho. Porém, o grande e lucrativo mercado de beleza exige conhecimento, atualizações e segurança. Quais os componentes básicos de uma formulação cosmética? Como calcular as quantidades de matérias-primas nas formulações? Quais as legislações pertinentes? As respostas a essas e outras questões são encontradas neste guia, onde os temas são colocados de forma a fornecer subsídios para a produção de cosméticos e novas fontes de consulta para ampliar ainda mais o conhecimento de atividades direcionadas para a cosmetologia. Dessa forma, o guia foi criado com o intuito de ajudar aqueles que pensam em entrar no ramo da beleza, ou já estão nele e querem se aperfeiçoar, com o objetivo de proporcionar os conhecimentos básicos para a produção, eficácia e segurança de produtos cosméticos e as legislações pertinentes. Este guia não o habilita como profissional ou perito da área, mas serve para que tenha conhecimento do assunto e possa decidir posteriormente se deseja aprofundar nos estudos, fazendo cursos direcionados a formação profissional. Não nos responsabilizamos por eventuais danos causados na utilização dessas informações de maneira errônea. E alertamos a observação às normas legais que regulam a fabricação e/ou comercialização de produtos cosméticos. É vedada a divulgação por quaisquer meios o conteúdo do curso sem prévia autorização, sendo cabíveis ações pertinentes. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 4 Olá! Sou Ana Darezzo. Apaixonada e fascinada pelo universo da química e física, me formei no Curso Técnico de Química e posteriormente me graduei em Engenharia Química. Com mais de 7 anos de experiência no ramo da química, já trabalhei em laboratórios de análises, indústrias cosméticas, realizando análises físico-químicas, pesquisa e desenvolvimento de formulações cosméticas, bem como no desenvolvimento e implementação do Sistema de Gestão para a Qualidade. Criei esse guia com a finalidade de ajudar aqueles que querem abrir seu próprio negócio no ramo de produtos cosméticos ou que querem fazer produtos para consumo próprio, a terem uma boa base sobre as informações necessárias na área de cosmetologia e legislações pertinentes. Espero que com este guia, você adquira informações que ampliem os seus conhecimentos e que tenha muito sucesso nos seus objetivos. Então vamos lá! Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 5 Acredita-se que o uso de cosméticos remonta há pelo menos 30.000 anos, uma vez que os homens da pré-história já faziam gravações em rochas e cavernas e pintavam o próprio corpo. A decoração do corpo também era parte de rituais tribais, praticados pelos aborígenes, assim como a pintura de guerra. Os produtos cosméticos também eram utilizados em cerimônias religiosas, em que frequentemente empregavam resinas e unguentos de perfumes agradáveis. A queima de incenso deu origem à palavra perfume, que no latim significa “através da fumaça”. Entretanto, através de evidências arqueológicas e dos relatos da história, os egípcios foram os primeiros usuários de produtos cosméticos, em larga escala. Para proteger a pele do clima desértico da região, os egípcios recorriam à gordura animal e vegetal, cera de abelhas, mel e leite no preparo de cremes para a pele. Utilizavam sombras e rouge, e um extrato vegetal de henna para pintar os cabelos. Durante a dominação Grega na Europa, 400 a.C, os cosméticos tornaram menos conectados aos religiosos e mais aos cientistas, que davam conselhos sobre higiene, banhos de água e sol, a importância do ar puro e da atividade física. Os gregos e romanos foram os primeiros povos a produzir sabões, que eram preparados a partir de extratos vegetais muito comuns no Mediterrâneo, como o azeite de oliva e o óleo de pinho, e também a partir de minerais alcalinos obtidos a partir da moagem de rochas. Em seguida surgiu a alquimia com formulações cosméticas que eram muito utilizadas em atos de magia e ocultismo, surgi também os primeiros conceitos de produto voltados para a beleza da mulher. Porém, com a Idade Média, vieram os anos de clausura para a ciência cosmética, um período em que o rigor religioso reprimiu o culto a higiene e a exaltação da beleza. Com a epidemia de peste negra, os banhos foram proibidos, pois a medicina da época e o radicalismo religioso pregavam que a água quente, ao abrir os poros, permitia a entradada peste no corpo. Durante os 400 anos seguintes, os europeus evitaram os banhos e a água era somente usada para beber. O uso de cosméticos na Europa desapareceu completamente, sendo essa época conhecida como “500 anos sem banho”. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 6 Com o Renascentismo e descobrimento das Américas, no século XV, ocorre uma retomada pela busca do embelezamento. Os costumes e hábitos de vida da época passam a ser retratados pelos pintores, que buscam exaltar a beleza em sua plenitude. Porém, a falta de higiene persiste e os perfumes são criados para mascarar o odor corporal. Durante a Idade Moderna, séculos VXII e XVIII, há um crescente uso dos cosméticos e na Europa eram vendidos produtos cosméticos, depilatórios, pomadas, azeites, águas aromáticas, sabonetes e outros artigos de beleza. Neste período ainda não se tinha o costume de tomar banho regularmente, proporcionando o crescimento da produção de perfumes, que foi de grande importância para a economia francesa da época. Porém, no final daquele século, os Puritanos trouxeram um novo período, no qual o uso de cosméticos e perfumes saiu de moda. E em 1770, o Parlamento Inglês estabeleceu que as mulheres não poderiam usar produtos cosméticos e nem produto de limpeza, caso contrário seriam acusadas de bruxaria e poderiam ter o casamento anulado. Já na Idade Contemporânea, século XIX, os cosméticos retomam a popularidade. Donas de casa dessa época fabricavam cosméticos em suas próprias residências utilizando limonadas, leite, água de rosas, creme de pepino, etc. Foi um período rico para o surgimento de indústrias de matérias-primas para a fabricação de produtos cosméticos e de higiene nos Estados Unidos, França, Japão, Inglaterra e Alemanha, e o início do mercado de produtos cosméticos e produtos de higiene no mundo. No início do século XX, os cosméticas passaram das cozinhas para a produção industrial. A mulher no pós-guerra passou a ocupar com desenvoltura e responsabilidade as atividades até então exclusivamente masculinas. A liberação da mulher em poder fazer apenas afazeres domésticos fez com que cosméticos e produtos de higiene passassem a ser comprados prontos. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 7 Em 1910, Helena Rubinstein abriu em Londres o primeiro salão de beleza do mundo. Em 1921, pela primeira vez o batom é embalado em um tubo e vendido em cartucho para as consumidoras. Entre as inovações da indústria de cosméticos, destacam- se: os desodorantes em tubos, os produtos químicos para ondulação dos cabelos, os xampus sem sabão, os laquês em aerossol, as tinturas de cabelo pouco tóxicas e a pasta de dentes com flúor. Nos anos 50, políticas de incentivo trouxeram para o Brasil empresas multinacionais gigantescas, como a americana Avon e a francesa L’Oréal, que trouxeram muitas novidades e, até mesmo produtos para o público masculino. Nas décadas de 1970 e 1980, os filtros solares chegaram ao Brasil, bem como o surgimento de aparelhos a laser e, os ácidos retinóico e glicólico passaram a ser utilizados no tratamento de rugas e manchas. Nos anos 90, surgem os cosméticos multifuncionais, como batons com protetor solar e hidratantes antienvelhecimento. Neste século 21, os alfa-hidroxiácidos (AHA), que revolucionou a cosmetologia no século XX ao serem utilizados em cremes para renovar a pele, começam a ser substituídos por enzimas mais eficazes. Outra tendência é a descoberta de novas matérias-primas contendo várias funções. No momento atual, as pesquisas avançam na direção da manipulação genética para melhorar a eficácia dos cosméticos. Ao longo dos anos à cosmetologia vem evoluindo e se associando a outras áreas do conhecimento, como fitoterapia, aromaterapia, aromacologia e cronobiologia, além de se dividir em várias vertentes como cosmecêutica, neurocosmética e outras, que tornam a cosmetologia cada vez mais uma ciência multidisciplinar. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 8 A cosmetologia é uma ciência que pode ser definida como o estudo e o ensino das formulações cosméticas, naturais ou sintéticas, e os produtos para higiene, a fim de preservar a saúde e a beleza da pele e dos cabelos. Engloba desde a concepção dos produtos de beleza até a aplicação dos produtos elaborados. Permite à verificação das propriedades dos produtos cosméticos, além da pesquisa de novas matérias-primas, tecnologias, desenvolvimento de formulações, produção, comercialização, controle de qualidade, toxicologia, eficácia de produtos e matérias- primas e legislação, junto aos órgãos sanitários competentes, produtos e processos. É a ciência e a arte que tem como objetivo o cuidado e a melhora da estética, aparência e beleza, sem finalidade curativa ou de tratamento, mas sim de prevenção e enriquecimento da pele e do cabelo. O termo vem do grego Kosmétikós, que se refere ao enfeite, ao adorno. Os cosméticos são substâncias, misturas ou formulações que atuam na superfície da pele, com o intuito de higienizar, limpar, lubrificar, hidratar, nutrir, retardar o envelhecimento e embelezar o ser humano. Os produtos são formulados com diversas substâncias e de modo a não causarem reações indesejáveis. Produtos cosméticos com funções mais complexas do que a limpeza ou o embelezamento, que procuram aliar propriedades terapêuticas, causando modificações na estrutura e na atividade da pele, mucosas e couro cabeludo. Entretanto, este fato ainda confronta a legislação vigente, visto que os produtos cosméticos são considerados preparações que não modificam a estrutura e atividade da pele. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 9 A formulação cosmética é a “receita” ou a fórmula para desenvolver um produto cosmético, contendo as matérias- primas necessárias, bem como sua função, a quantidade de cada matéria-prima para a produção de uma determinada batelada de produto e o modo e técnicas utilizadas para a produção. As formulações cosméticas são compostas por veículos, princípio ativo (PA) e aditivo, dando origem a vários tipos de cosméticos que são utilizados de acordo com os objetivos dos procedimentos estéticos. Exemplo: Formulação Gel creme oil free (não iônico) 100g. COMPONENTES FASE QUANTIDADE (%p/p) FUNÇÃO Hidroxitilcelulose A 2,00 Espessante Propilenoglicol A 5,00 Umectante Imidazolidinil ureia A 0,50 Conservante Metilparabeno A 0,15 Conservante Água destilada A qsp 100,00 Veículo Óleo de silicone B 2,00 Emoliente Tensoativo B qs Emulsificante MODO DE PREPARO: Em um béquer misturar todos os componentes da fase A. Aquecer até 65-70ºC, sob agitação. Tirar do aquecimento e manter agitação até temperatura inferior a 40ºC. Adicionar os componentes da fase B e homogeneizar. qsp é a abreviação de “quantidade suficiente para”, usada para dizer que deve ser usado uma quantidade suficiente para completar uma determinada requisição (peso ou volume de um produto). Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00Todos os direitos reservados 10 No exemplo acima, note a indicação qsp 100,00. Isto indica que o total da fórmula terá 100,00 g e que será completada pelo veículo – água destilada. qsp é a abreviação de “quantidade suficiente”, usada para dizer que deve ser usado uma quantidade suficiente para dar ao produto a característica desejada. Por exemplo, no caso de corantes, deve-se adicionar uma quantidade suficiente de corante apenas para dar ao produto a cor desejada. Para calcular o qsp da fórmula, basta somar a quantidade das matérias-primas e subtrair pela quantidade total, assim determinará a quantidade referida ao qsp. No exemplo acima da formulação Gel creme oil free (não iônico) 100g, seria: QUANTIDADE (%p/p) 2,00 + 5,00 + 0,50 + 0,15 + 2,00 = 9,65 g qsp = 100,00 – 9,50 = 90,35 g Entretanto, no exemplo ainda temos a quantidade qs. Logo, a quantidade colocada no qs deverá ser somada juntamente com as outras matérias-primas antes de realizar o cálculo do qsp. 2,00 + 5,00 + 0,50 + 0,15 + valor de qs +2,00 = X g qsp = 100,00 – X 2,00 5,00 0,50 0,15 qsp 100,00 2,00 qs A maioria das formulações cosméticas utiliza porcentagem (%) para representar a quantidade das matérias-primas, pois assim permite fazer a quantidade desejada, ou seja, pode-se fazer 100g ou 1000Kg, bem como 10 mL ou 100 mL, ou qualquer quantidade que quiser, basta colocar os ingredientes na proporção indicada na fórmula. No exemplo da formulação Gel creme oil free (não iônico), temos a quantidade das matérias-primas em porcentagem para o preparo de 100g do produto. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 11 Assim, ao realizar os cálculos teremos que pesar: QUANTIDADE (%p/p) QUANTIDADE A SER PESADA 𝟐, 𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎 𝑿 𝟏𝟎𝟎𝒈 = 𝟐, 𝟎𝟎 𝒈 O cálculo será o mesmo para as demais matérias-primas. 2,00 2,00 g 5,00 5,00g 0,50 0,50g 0,15 0,15 qsp 100,00 qsp 100,00 2,00 2,00g qs qs Porém, se quiséssemos fazer 1000g da formulação Gel creme oil free (não iônico), ao realizar os cálculos teríamos que pesar: QUANTIDADE (%p/p) QUANTIDADE A SER PESADA 𝟐, 𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎 𝑿 𝟏𝟎𝟎𝟎𝒈 = 𝟐𝟎, 𝟎𝟎 𝒈 O cálculo será o mesmo para as demais matérias-primas. 2,00 20,00 g 5,00 50,00g 0,50 5,00g 0,15 1,50 qsp 100,00 qsp 100,00 2,00 20,00g qs qs UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO Porcentagem em massa: X % (p/p) X g de soluto por 100 g de solução. Porcentagem em volume: X % (v/v) X mL de soluto por 100 mL de solução. Porcentagem em massa/volume: X % (p/v) X g de soluto por 100 mL de solução. Soluto: Pode ser definido como a substância dissolvida, ou seja, a que se distribui no interior de outra substância na forma de pequenas partículas. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 12 Os cosméticos são entendidos de distintas maneiras em diferentes países. Por exemplo, nos Estados Unidos a legislação não enquadra sabões como produtos cosméticos, enquanto na França, os perfumes pertencem a uma classe de produtos industriais a parte dos cosméticos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é o órgão do Ministério da Saúde responsável por regular e fiscalizar a elaboração e comercialização dos produtos cosméticos. Entre as competências do setor estão à regulamentação, controle e monitoramento dos produtos cosméticos, de higiene pessoal, perfumes e saneantes domissanitários para assegurar a sua qualidade, eficácia e segurança. De acordo com a ANVISA, “Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes são preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais e/ou protegê- los ou mantê-los em bom estado”. Perante a ANVISA não existe diferença entre produtos industrializados ou artesanais, se eles chegam às mãos do consumidor devem ser regularizados. Visto que a função da ANISA é garantir a saúde do consumidor, todos os produtos cosméticos ao serem comercializados devem ser notificados ou registrados, de acordo com seu grau de risco, e para isso a empresa deve estar regularizada. Outra alternativa mais viável é a terceirização de produtos com a sua marca em uma empresa já regularizada. As legislações pertinentes aos produtos cosméticos encontram-se no link abaixo: http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/legis/especifica_registro.htm Para informações sobre produtos cosméticos acesse: http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/legis/especifica_registro.htm http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 13 Segurança é entendido como a condição de estar protegido, enquanto eficácia consiste em atingir um dado objetivo ou resultado esperado. A partir deste conceito, um cosmético seguro e eficaz é aquele que cumpre o objetivo proposto com baixa possibilidade de ocorrer danos ao usuário, já que a ausência total de riscos não existe. De acordo com a ANVISA, ao atribuir algum benefício ao produto cosmético, o fabricante deve comprová-lo através de testes validados e realizados por profissionais qualificados. O produto para venda deve ser certificado que apresenta estabilidade físico-química, microbiológica e ser seguro para uso. Posteriormente, deve ser comprovado a sua eficácia e os dizeres no rótulo, atribuindo benefícios, devem estar de acordo com os resultados encontrados nos testes de eficácia. A fim de minimizar os riscos, os produtos cosméticos devem levar em suas composições apenas componentes permitidos pela legislação garantindo, assim, maior segurança e diminuindo possíveis problemas a saúde humana nas condições de uso recomendadas e razoavelmente previsíveis. Os produtos cosméticos para comercialização devem ter dados comprobatórios que atestem a qualidade, segurança e eficácia, bem como a idoneidade dos respectivos dizeres do rótulo, aos quais devem ser apresentados aos órgãos da vigilância sanitária sempre que solicitados. Cada vez mais os consumidores estão preocupados com a segurança dos produtos cosméticos que usam, bem como interessados em saber o que estão comprando e se realmente cumpre o que promete no rótulo. Com isso, a ANVISA está cada vez mais exigindo que se demostre que os cosméticos vendidos são seguros e eficazes. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 14 Conforme a Resolução RDC nº 211, de 14 de julho de 2005, os produtos cosméticos são classificados de acordo com critérios definidos em função da probabilidade de ocorrência de efeitos não desejados devido ao uso inadequado do produto, sua formulação, finalidade de uso, áreas do corpo a que se destinam e cuidados a serem observados quanto sua utilização. são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes com risco mínimo, na qual sua formulação se caracteriza por possuir propriedades básicas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informaçõesdetalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto. são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes com risco potencial, na qual sua formulação possui indicações específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso. Nas próximas páginas encontra-se a lista de produtos de Grau 1 e de Grau 2. Para comercializar o produto de acordo com as normas da ANVISA, é imprescindível saber a classificação do produto cosmético para que possa ser notificado ou registado junto ao órgão e, de acordo com a mesma, os documentos e especificações no rótulo que são necessários. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 15 LISTA DE TIPOS DE PRODUTOS DE GRAU 1 1 - Água de colônia, Água Perfumada, Perfume e Extrato Aromático. 2 - Amolecedor de cutícula (não cáustico). 3 - Aromatizante bucal. 4 - Base facial/corporal (sem finalidade foto protetora). 5 - Batom labial e brilho labial (sem finalidade foto protetora). 6 - Blush/Rouge (sem finalidade foto protetora). 7 - Condicionador/Creme rinse/Enxaguatório capilar (exceto os com ação antiqueda, anticaspa e/ou outros benefícios específicos que justifiquem comprovação prévia). 8 - Corretivo facial (sem finalidade foto protetora). 9 - Creme, loção e gel para o rosto (sem ação foto protetora da pele e com finalidade exclusiva de hidratação). 10 - Creme, loção, gel e óleo esfoliante ("peeling") mecânico, corporal e/ou facial. 11 - Creme, loção, gel e óleo para as mãos (sem ação foto protetora, sem indicação de ação protetora individual para o trabalho, como equipamento de proteção individual - EPI - e com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância). 12 - Creme, loção, gel e óleos para as pernas (com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância). 13 - Creme, loção, gel e óleo para limpeza facial (exceto para pele acnéica). 14 - Creme, loção, gel e óleo para o corpo (exceto os com finalidade específica de ação ante-estrias, ou anticelulite, sem ação foto protetora da pele e com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância). 15 - Creme, loção, gel e óleo para os pés (com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância). 16 - Delineador para lábios, olhos e sobrancelhas. 17 - Demaquilante. 18 - Dentifrício (exceto os com flúor, os com ação antiplaca, anticárie, antitártaro, com indicação para dentes sensíveis e os clareadores químicos). 19 - Depilatório mecânico/epilatório. 20 - Desodorante axilar (exceto os com ação antitranspirante). 21 - Desodorante colônia. 22 - Desodorante corporal (exceto desodorante íntimo). 23 - Desodorante pédico (exceto os com ação antitranspirante). 24 - Enxaguatório bucal aromatizante (exceto os com flúor, ação antisséptica e antiplaca). 25 - Esmalte, verniz, brilho para unhas. 26 - Fitas para remoção mecânica de impureza da pele. 27 - Fortalecedor de unhas. 28 - Kajal. 29 - Lápis para lábios, olhos e sobrancelhas. 30 - Lenço umedecido (exceto os com ação antisséptica e/ou outros benefícios específicos que justifiquem a comprovação prévia). 31 - Loção tônica facial (exceto para pele acnéica). 32 - Máscara para cílios. 33 - Máscara corporal (com finalidade exclusiva de limpeza e/ou hidratação). 34 - Máscara facial (exceto para pele acnéica, peeling químico e/ou outros benefícios específicos que justifiquem a comprovação prévia). 35 - Modelador/fixador para sobrancelhas. 36 - Neutralizante para permanente e alisante. 37 - Pó facial (sem finalidade foto protetora). 38 - Produtos para banho/imersão: sais, óleos, cápsulas gelatinosas e banho de espuma. 39 - Produtos para barbear (exceto os com ação antisséptica). 40 - Produtos para fixar, modelar e/ou embelezar os cabelos: fixadores, laquês, reparadores de pontas, óleo capilar, brilhantinas, mousses, cremes e géis para modelar e assentar os cabelos, restaurador capilar, máscara capilar e umidificador capilar. 41 - Produtos para pré-barbear (exceto os com ação antisséptica). 42 - Produtos pós-barbear (exceto os com ação antisséptica). 43 - Protetor labial sem foto protetor. 44 - Removedor de esmalte. 45 - Sabonete abrasivo/esfoliante mecânico (exceto os com ação antisséptica ou esfoliante químico). 46 - Sabonete facial e/ou corporal (exceto os com ação antisséptica ou esfoliante químico). 47 - Sabonete desodorante (exceto os com ação antisséptica). 48 - Secante de esmalte. 49 - Sombra para as pálpebras. 50 - Talco/pó (exceto os com ação antisséptica). 51 - Xampu (exceto os com ação antiqueda, anticaspa e/ou outros benefícios específicos que justifiquem a comprovação prévia). 52 - Xampu condicionador (exceto os com ação antiqueda, anticaspa e/ou outros benefícios específicos que justifiquem comprovação prévia). Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 16 LISTA DE TIPOS DE PRODUTOS DE GRAU 2 1 - Água oxigenada 10 a 40 volumes (incluídas as cremosas exceto os produtos de uso medicinal). 2 - Antitranspirante axilar. 3 - Antitranspirante pédico. 4 - Ativador/ acelerador de bronzeado. 5 - Batom labial e brilho labial infantil. 6 - Bloqueador Solar/antissolar. 7 - Blush/ rouge infantil. 8 - Bronzeador. 9 - Bronzeador simulatório. 10 - Clareador da pele. 11 - Clareador para as unhas químico. 12 - Clareador para cabelos e pelos do corpo. 13 - Colônia infantil. 14 - Condicionador anticaspa/antiqueda. 15 - Condicionador infantil. 16 - Dentifrício anticárie. 17 - Dentifrício antiplaca. 18 - Dentifrício antitártaro. 19 - Dentifrício clareador/ clareador dental químico. 20 - Dentifrício para dentes sensíveis. 21 - Dentifrício infantil. 22 - Depilatório químico. 23 - Descolorante capilar. 24 - Desodorante antitranspirante axilar. 25 - Desodorante antitranspirante pédico. 26 - Desodorante de uso íntimo. 27 - Enxaguatório bucal antiplaca. 28 - Enxaguatório bucal antisséptico. 29 - Enxaguatório bucal infantil. 30 - Enxaguatório capilar anticaspa/antiqueda. 31 - Enxaguatório capilar infantil. 32 - Enxaguatório capilar colorante / tonalizante. 33 - Esfoliante "peeling" químico. 34 - Esmalte para unhas infantil. 35 - Fixador de cabelo infantil. 36 - Lenços Umedecidos para Higiene infantil. 37 - Maquiagem com foto protetor. 38 - Produto de limpeza/ higienização infantil. 39 - Produto para alisar e/ ou tingir os cabelos. 40 - Produto para área dos olhos (exceto os de maquiagem e/ou ação hidratante e/ou demaquilante). 41 - Produto para evitar roer unhas. 42 - Produto para ondular os cabelos. 43 - Produto para pele acnéica. 44 - Produto para rugas. 45 - Produto protetor da pele infantil. 46 - Protetor labial com foto protetor. 47 - Protetor solar. 48 - Protetor solar infantil. 49 - Removedor de cutícula. 50 - Removedor de mancha de nicotina químico. 51 - Repelente de insetos. 52 - Sabonete antisséptico. 53 - Sabonete infantil. 54 - Sabonete de uso íntimo. 55 - Talco/amido infantil. 56 - Talco/pó antisséptico. 57 - Tintura capilar temporária/progressiva/permanente. 58 - Tônico/loção Capilar. 59 - Xampu anticaspa/antiqueda. 60 - Xampu colorante. 61 - Xampu condicionador anticaspa/antiqueda. 62 - Xampu condicionador infantil. 63 - Xampu infantil. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 17 Há muitos critérios para a seleção de uma matéria-prima,entre eles temos: Atualmente, o mercado dá importância também se as matérias-primas são produzidas sobre princípios sociais e ambientais de sustentabilidade. A escolha das matérias-primas é muito importante, pois representam aproximadamente 65% do custo direto de produção de um cosmético. Mas, se quiser produzir um produto de qualidade é necessário matérias-primas de qualidade para que o produto final possa ser usado de forma eficaz. É interessante ao adquiri as matérias-primas, verificar se o fornecedor também oferece uma grande variedade de embalagens como vidros, tampas, potes, formas de silicone, frascos e outros materiais de apoio como vasilhames, espátulas, funil, etiquetas e moldes diversos, dependendo do que deseja produzir. Principalmente, para quem deseja montar seu próprio negócio e começar a fabricar seus próprios produtos de cosméticos. As substâncias/ matérias-primas que compõem as formulações cosméticas podem ser formadas por diversas possibilidades de composições, com componentes de origem vegetal, animal ou mineral, podendo também ser natural ou sintética. Normalmente são inócuas para a saúde, com raras exceções, logo suas quantidades devem ser estritamente controladas. São utilizadas de acordo com suas propriedades funcionais e físico-químicas, que são derivadas de suas respectivas estruturas químicas, como veremos no próximo tópico. Disponibilidade Logística de entrega e de distribuição Vida útil Possibilidade de estocagem Possibilidade de substituição por outra matéria-prima Versatilidade da embalagem em que é fornecida Condições do processamento Toxicidade Riscos ambientais Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 18 Os produtos cosméticos são formulados para uso tópico e quando utilizados corretamente proporcionam resultados satisfatórios colaborando, incentivando, para que estes ocorram de modo a melhorarem a qualidade de pele e cabelo, sem causar efeitos indesejados. As substâncias/ matérias-primas que compõem as formulações cosméticas são classificadas: As substâncias orgânicas são aquelas que contêm o elemento químico carbono, formando compostos de carbono. São produzidas naturalmente pelos seres vivos (animais ou vegetais), tais como carboidratos, lipídios e proteínas, ou produzidas sinteticamente, ou seja, preparadas artificialmente em laboratório e indústrias. O cosmético para ser certificado como um cosmético natural deve conter em sua formulação pelo menos 5% de matérias-primas certificadas orgânicas. Os 95% restantes da formulação pode ser composto por água, matérias-primas naturais não certificadas ou permitidas para formulações naturais. Uma matéria-prima somente será certificada com natural se for 100% natural. Para um cosmético ser considerado um cosmético orgânico é necessário ser certificado pelos órgãos competentes e conter na sua formulação 95% de matérias- primas certificadas orgânicas, descontando-se a água e o sal. Os 5% restantes da formulação pode ser composto por água, matérias-primas naturais, provenientes de agricultura ou extrativismo não certificadas ou permitidas para formulações orgânicas. Uma matéria-prima somente poderá ser classificada como orgânica e receber sua certificação se for 100% orgânica, ou seja, obedecendo a todos os critérios de produção, extração e processamento para um produto orgânico. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 19 As substâncias inorgânicas não possuem o carbono como principal elemento de sua composição, sendo compostos de todos os demais elementos químicos. São produzidas naturalmente pelos minerais, ou produzidas sinteticamente, ou seja, preparadas artificialmente em laboratório e indústrias. Os aldeídos são compostos orgânicos que possuem o grupo funcional ligado a cadeias carbônicas. A fórmula básica dos aldeídos é dada pela substituição de dois átomos de hidrogênio de um hidrocarboneto, por um de oxigênio. De uma forma geral, os aldeídos de menor massa molecular apresentar odor desagradável (a exemplo do formol), enquanto que os de maior massa possuem odor agradável de frutas (odoríferos naturais). As cetonas são compostos orgânicos que possuem o grupo funcional ligado entre dois carbonos. A propanona é a forma mais simples de uma cetona, ela é usada na obtenção de solvente de esmaltes, resinas e vernizes, é mais conhecida pela denominação de acetona. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 20 Os ácidos carboxílicos ou carboxilácidos são compostos orgânicos com que possuem um ou mais grupos funcionais ligados a cadeias carbônicas. Os ácidos carboxílicos possuem cheiro pronunciado e, em geral, desagradável. Na natureza, os ácidos carboxílicos estão presentes principalmente nos ésteres que constituem os óleos e gorduras, tanto de origem vegetal como de origem animal. São muito utilizados industrialmente na fabricação de solventes, perfumes, inseticidas, fibras têxteis, etc. Outro uso importante dos ácidos carboxílicos e de seus derivados é na produção de filtros, protetores ou bloqueadores solares. O grupo —CO—, característico dos aldeídos e cetonas, aparece também em muitos compostos naturais, como essências, perfumes e fixadores, extraídos de vegetais e animais. Por exemplo: Jasmona Aldeído Cinâmico (do óleo de jasmim) (essência de canela) Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 21 Os ésteres são compostos orgânicos formados pela troca do hidrogênio presentes nos grupos funcionais dos ácidos carboxílicos por um grupo orgânico. Assim, o seu grupo funcional é caracterizado por: Os ésteres mais simples aparecem no perfume das flores e no aroma e sabor dos frutos, na forma de líquidos voláteis que conferem os seus cheiros característicos. As indústrias utilizam-nos como flavorizante, isto é, como aditivos químicos para conferir cheiro e gosto aos produtos fabricados. Ésteres de moléculas maiores constituem os óleos e gorduras de origem vegetal e animal. E ésteres de moléculas muito grandes aparecem nas ceras vegetais e nos organismos dos animais. Os éteres são compostos orgânicos em que o oxigênio está diretamente ligado a duas cadeias carbônicas. Esses compostos são mais aplicados como solventes em reações orgânicas e para extrair essências, óleos e gorduras e como tensoativos para a produção de sabão. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 22 As aminas são compostos teoricamente derivados da amônia (NH3), pela substituição de um, dois, ou três hidrogênios por grupos orgânicos. Surge daí a classificação das aminas em primárias, secundárias ou terciárias. Na indústria as aminas são utilizadas em certos tipos de sabão e em inúmeras sínteses orgânicas. As aminas aromáticas são importantíssimas na fabricação de corantes, como por exemplo, a anilina. As amidas são compostosteoricamente derivados da amônia (NH3), pela substituição de um hidrogênio por um grupo orgânico. As amidas são muito utilizadas em detergentes, xampus, cremes condicionadores, sabonetes líquidos e produtos de limpeza. Possui ação espessante, sobrengordurante evitando o ressecamento excessivo da pele e dos cabelos (repõe a gordura natural da pele e do cabelo retirada por ação da detergência dos produtos), estabilizador de espuma e solubilizante de essências. É utilizada para espessar xampus e detergentes, diminuindo a quantidade de sal no acerto da viscosidade. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 23 É o componente que geralmente aparece em maior quantidade na fórmula. Os veículos ou excipientes são um conjunto de substâncias que tem a função de dar a forma final com o objetivo de transportar, favorecer ou abrandar os efeitos dos princípios ativos. São eles que irão receber os outros componentes e incorporar as outras substâncias. Devem ter grande capacidade de solubilização ou de dispersão, conforme o caso. Alguns veículos podem ser usados para obter as características físicas e químicas desejadas ao produto ou para melhorar a aparência, ou até mesmo melhorar a sensação do produto quando aplicado na pele. Os veículos cosméticos estão disponíveis na forma de gel, líquido, pó, vetorial ou emulsão. O formulador deve selecionar o tipo de veículo observando a melhor compatibilidade com outros componentes e também a finalidade do princípio ativo, conforme o tipo cutâneo, visto que é de fundamental importância para a estabilidade e absorção e, consequentemente para a eficácia do produto. A sensação agradável quando aplicado o produto na pele é fundamental para a aceitação da fórmula, pois se o consumidor não sentir bem-estar quando aplicar o produto, dificilmente usará por vários dias consecutivos e, portanto, não perceberá os efeitos benéficos do mesmo. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 24 A forma cosmética gel é um sistema semissólido, possui características coloidal, na qual as partículas coloidais não se sedimentam (ficam dispersas), de aspecto gelatinoso. É formado por duas fases, sendo uma fase dispersora líquida (água, álcool, propilenoglicol, acetona), e outra fase dispersora sólida (agentes gelificantes). Normalmente as substâncias formadoras de géis são polímeros que, ao serem dispersos em um meio aquoso doam viscosidade à preparação. Existem dois tipos principais de gel: gel aquoso e gel creme, e suas características e funções são determinadas pela base veicular, ou mais precisamente pela fase dispersora. Nos géis aquosos deve ser adicionado um umectante, pois tendem a apresentar um ressecamento com o tempo, ou seja, a água presente no produto pode evaporar, ocasionando ressecamento do produto. Além disso, a adição de conservantes é muito importante, visto que os géis aquosos são bastante susceptíveis a contaminação microbiológica. Já os géis creme são emulsões com alta porcentagem de fase aquosa e baixo conteúdo oleoso, estabilizados por coloide hidrofílico, não contendo material graxo como agente de consistência. São chamados de cremes oil free. Em um gel creme é possível veicular substancias lipossolúveis, tais como filtros solares, princípios ativos oleosos, sem que o produto final deixe na pele uma sensação gordurosa. Por se tratar de um veículo de preparo bem simples, geralmente o gel é utilizado em formulações cosméticas acrescidos de princípios ativos, para atender as necessidades específicas, tendo, portanto, gel com efeito hidratante, refrescante, nutritivo e etc. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 25 É um veículo simples, em que o principal componente é a água, sendo muito utilizando em loções cosméticas. Há dois tipos de loções: Este veículo é indicado para produtos preparados e conservados seco, sem qualquer umidade, como por exemplo, talco, pó facial e máscaras argilosas e secativas. Nessas últimas, a adição de água deve ser feita no momento da aplicação. Loção Aquosa: Quando a base veicular é água e os princípios ativos hidrofílicos. Loção Adstringente ou hidroalcoólica: Quando o álcool é misturado à água. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 26 Este veículo é uma estrutura projetada para carrear ativos hidrossolúveis ou lipossolúveis até as camadas mais profundas da epiderme. São eles: É um veículo heterogêneo, constituído por uma mistura de um líquido disperso no outro, no qual são imiscíveis. Lipossomas ou lipossomos: São pequenas vesículas compartimentadas, sólidas, com revestimento formado por uma camada biomolecular, muito semelhante à estrutura da membrana plasmática. Eles liberam seu conteúdo de princípios ativos na primeira célula viva que encontram. Nanosferas: São estruturas poliméricas porosas e inertes, capazes de fixar em sua superfície ou armazenar em seu interior ativos, que são liberados lenta e gradativamente à medida que o vetor é absorvido pelo tecido, levando em torno de 12 horas em um processo. Silanois ou silício orgânico: É um vetor com grande capacidade de penetração cutânea e absorção celular, devido a grande afinidade do silício com o organismo. Opõe-se a formação de radicais livres, tornando a membrana celular mais resistente aos ataques de moléculas reativas, reduzindo a oxidação e acelerando o processo de hidratação. Normalmente, emulsões são sistemas heterogêneos, constituídos de um lado por água e por outro de óleo, ou seja, sistema imiscível, e por um terceiro componente que é o agente emulsificante (também chamado de tensoativo ou surfactante), o qual torna miscíveis dois sistemas imiscíveis, dispersando um no outro. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 27 A fase dispersa é denominada como fase interna ou descontínua, sendo constituída de microesferas ou micelas, enquanto o meio dispersante denominado como fase externa ou contínua, consiste na substância que envolve a micela da fase interna. As emulsões apresentam-se na forma de cremes, leites e loções cremosas. Logo, são formas cosméticas emulsionadas de baixa (loção) ou alta (creme) viscosidade. As emulsões com o tempo tornam-se instáveis, com eventual separação das fases (fases aquosas e oleosas se separam). Somente permanecem estáveis por um determinado período de tempo após sua preparação, mantendo suas características originais de forma aceitável. Este período é denominado de “prazo de validade”. Portanto, cabe ao formulador conseguir uma emulsão estável num prazo suficiente para o produto ser usado. Calor ou frio, embalagens não adequadas, destruição microbiana e pH extremos, são alguns dos fatores que podem acelerar a separação das emulsões. O aumento da viscosidade da emulsão pode torná-la maisestável. i. I. Emulsão O/A: As emulsões com fase interna oleosa e fase externa aquosa são conhecidas como emulsões óleo em água, que podem ser designadas como “O/A”. Gotículas de óleo (micelas) são dispersas em água, que são circundadas por tensoativos com sua parte lipofílica (que possuem afinidade com óleo) apontando para dentro, e as hidrofílicas (que possuem afinidade com água) para fora, mantendo o óleo disperso em água. Nesse tipo de emulsão a fase externa é a água e a interna o óleo. Possui grande concentração de água e baixa proporção de óleo. Normalmente é menos oleosa, menos emoliente, tem secagem mais rápida e facilmente lavável, podendo ocorrer à formação de espuma. Micela, uma gota de óleo rodeada por água. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 28 II. Emulsão A/O: As emulsões com fase interna aquosa e fase externa oleosa são conhecidas como emulsões água em óleo, que podem ser designadas como “A/O”. Gotículas de água (micelas inversas) são dispersas em óleo, que são circundadas por tensoativos com sua parte hidrofílica apontada para dentro, e a lipofílica para fora. Nesse tipo de emulsão a fase externa é o óleo e a interna a água. Possui grande concentração de óleo e baixa proporção de água, com alto grau de emoliência e dissolvência, sendo ideal para preparação de cosméticos demaquilantes e cremes de limpeza em geral. Micela invertida. III. Emulsão de fase múltipla (A/O/A): Possuem mais do que duas fases. Em uma emulsão água-óleo-água (A/O/A), uma emulsão de duas fases A/O é dispersa em água. Emulsão de fase múltipla Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 29 Os emulsionantes são utilizados para diminuir a força de repulsão entre as fases da emulsão, denominada tensão superficial, permitindo assim que as fases se misturem. São também denominados de tensoativos, surfactantes ou agente emulsionante, em razão da sua propriedade especial de emulsificação. Os tensoativos ou surfactante são substâncias fundamentais para preparar uma emulsão estável, pois são substâncias com características especiais em sua estrutura molecular. Agem reduzindo a tensão superficial entre as fases da emulsão, diminuindo a repulsão entre as moléculas. Em sua estrutura, os tensoativos possuem em uma extremidade da cadeia molecular um radical lipofílico (que possuem afinidade com óleo) e um radical hidrofílico (que possuem afinidade com água) na outra, servindo de ligação entre uma fase e outra da emulsão. Devido às essas características, é imprescindível que o tensoativo seja lipofílico ou hidrofílico. Assim, ser for lipofílico irá orientar a emulsão no sentido A/O, e ser for hidrofílico, no sentido O/A. Lipofílico Hidrofílico Capaz de interagir Capaz de interagir com o óleo com a água Quando dimensionados da forma correta, os tensoativos atuam de modo a arrastar as impurezas, retirando as sujeiras. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 30 Os tensoativos devem ser selecionados pelo formulador, conforme a finalidade do cosmético: sejam formadores de espuma (detergentes, xampus, etc.), sejam dissolventes, isto é, dissolver substâncias lipofílicas ou hidrofílicas, conforme a formulação. Um bom tensoativo deve possuir características gerais como ser um bom agente estabilizador, diminuir a tensão superficial entre as fases, ser específico (lipofílico ou hidrofílico), ser quimicamente estável, ser inodoro, incolor e não irritante para a pele, ser compatível com outras matérias-primas; além de possuir propriedades especificas, ou seja, ser emulsificante, espessante, dispersante, estabilizante, detergente, emoliente e antisséptico. i. Os tensoativos podem ser classificados com primários ou secundários: os primários interferem diretamente a tensão superficial e os secundários na viscosidade, aumentado à estabilidade da emulsão, também chamados de espessantes ou estabilizantes. Para melhor entendimento, vamos abordar as classes de tensoativos. São eles: I. Tensoativos aniônicos: São aqueles que, em solução aquosa se dissociam, formando ânions (carga elétrica negativa). São hidrofílicos, por isso orientam emulsões no sentido O/A. São detergentes, dispersantes e antissépticos. Os principais tensoativos aniônicos utilizados em cosméticos são mono, di e triestearatos de sódio, estearato de glicerina, derivados orgânicos amínicos, ésteres sulfúricos de álcoois graxos, laurel sulfato de sódio, laurel sulfato de amônia, lauril- éter-sulfato de sódio, lauril-éter-sulfacianato de sódio e laurel sulfato de trietanolamina. Sais metálicos de ácidos graxos (estearatos de cálcio e magnésio) são tensoativos aniônicos, porém agem de maneira contrária, orientando a emulsão no sentido A/O. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 31 II. Tensoativos catiônicos: São aqueles que, em solução aquosa se dissociam, formando cátions (carga elétrica positiva). São substâncias bacteriostáticas e amaciantes (pele e cabelo) e orientam as emulsões no sentido A/O. Os principais tensoativos catiônicos utilizados em cosméticos são sais de amônio quaternário, brometo de cetil- triemetilamônio, muito utilizado para cabelos em emulsões para cremes, hidratantes e amaciantes, associados à tintura capilar, cloreto de trimetilamônio e cloreto de benzalcônico. III. Tensoativos anfóteros: São substâncias que possuem dupla polaridade, podendo formar ânions e cátions, dependendo do pH do meio em que se encontram. Em meio alcalino formam tensoativos aniônicos e, em meio ácido formam tensoativos catiônicos. São menos agressivos do que os tensoativos aniônicos e, por isso, são mais utilizados em formulações mais suaves, como xampus para bebês, cremes para pele sensível, etc. Os tensoativos anfóteros são compatíveis com outros tensoativos, são hidrofílicos orientando a emulsão no sentido O/A, possuem ação detergente, espumante e bactericida. Os principais tensoativos anfóteros utilizados em cosméticos são os detergentes (imidazolina e seus derivados), espumantes, bactericidas (betaína e seus derivados), aminoácidos e derivados. IV. Tensoativos não iônicos: São aqueles que, em solução aquosa não se dissociam, ou seja, não formam íons. São oleosos, muito utilizados como agentes estabilizantes e espessantes das emulsões, são compatíveis com outros tensoativos (normalmente são associados a outros tensoativos) e pouco irritativos. Os principais tensoativos não iônicos utilizados em cosméticos são estearato de polietilenoglicol, monoetanolaminas de ácidos graxos de coco, deitalominas de ácidos graxos de coco, ésteres de sorbitol e ésteres de sacarose. Classificação dos tensoativos. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos osdireitos reservados 32 São substâncias higroscópicas, ou seja, têm a capacidade de absorver a umidade atmosférica. Os umectantes têm como objetivo garantir a umidade da massa cremosa dos produtos, impedindo a formação de crostas superficiais e permitem a hidratação superficial da epiderme, pois forma uma película sobre a pele após a aplicação do produto. Os umectantes mais usados são sorbitol, etilenoglicol, glicerol, propilenoglicol, lactatos, d-pantenol, derivados de lanolina, poliálcoois, etc. São substâncias higroscópicas intracelulares, ou seja, que auxiliam no processo de reposição do teor de água da pele ou do cabelo de maneira ativa, diferenciando-se dos umectantes que são um processo passivo. São responsáveis pelo espalhamento e lubrificação, que juntamente com os umectantes são responsáveis pela hidratação da pele e cabelo. Os emolientes também são responsáveis nas formulações por consistência e aparência. Alguns dos principais emolientes são: EMOLIENTE ESPALHABILIDADE CARÁTER OLEOSO Vaselina Baixa Alto Óleo de amêndoa Baixa Alto Óleo mineral Baixa Alto Álcool oleico Média Médio Miristato de miristila Média Médio Palmitato de isopropila Alta Baixo PPG-15 estearil éter Alta Baixo Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 33 São responsáveis por impedir a mobilidade da fase aquosa alterando sua viscosidade e auxiliando o tensoativo, impedindo o rompimento da emulsão. i. I. Espessante orgânico a) De fase oleosa: São espessantes insolúveis em água e solúveis em óleo. São empregados em cremes, loções e condicionadores. Exemplos: Álcoois graxos, monoestearato de gliceríla, ésteres de álcoois e ácidos graxos, ceras naturais e minerais, óleos e gorduras. b) De fase aquosa: Conferem viscosidade à fase aquosa. São normalmente insolúveis na fase oleosa. Exemplos: CMC – carboximetilcelulose; HEC - hidroxietilcelulose – natrosol; carbômero, PVP, álcool polivinílico; polissacarídeos: amido, agar-agar, gomas e alginatos. II. Espessante inorgânico Cloreto de sódio, fosfato de sódio ou amônio, etc. São usados em cosméticos para conferir alcalinidade às soluções, para neutralizar ácidos graxos e corrigir pH. São mais usados ácido cítrico, ácido fosfórico, hidróxido de sódio e TEA (trietanolamina). Os agentes quelantes, também conhecidos como sequestrantes, associam-se e desativam íons metálicos para eliminar reações indesejadas e estabilizar o produto. Previnem a formação de precipitações de metais, estabiliza a cor do produto, evita que os óleos se tornem rançosos e ajudam a retardar a deterioração por oxidação do produto final. Um dos sequestrantes mais utilizado é o EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético). Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 34 Substâncias que inibem ou bloqueiam o processo de degradação por oxidação dos componentes orgânicos (óleos vegetais, gorduras vegetais ou animais, óleos essenciais e vitaminas). Estes processos de oxidação podem se manifestar principalmente por modificações do odor e da cor podendo até provocar irritações no tecido cutâneo. Os componentes mais propensos a sofrerem oxidação são as fragrâncias, os corantes, alguns ativos e os óleos (emolientes). Em uma formulação, é o elemento com ação ou efeito mais acentuado. Possuem propriedades anti-inflamatórias, antissépticas, calmante, cicatrizante, hidratante, nutritiva, etc. São substâncias utilizadas nas formulações cosméticas, com ação aromatizante, corante e conservante. A elaboração de cosméticos está sujeita a contaminação microbiológica, seja ela por bactérias ou fungos. A contaminação pode ser transmitida por diversas fontes, tais como: água, insetos, matérias-primas, vidrarias, embalagens, manipuladores e usuários. Quando em pequenas quantidades estas são aceitáveis, porém ao extrapolar os limites pré-determinados já são considerados como contaminação e, portanto, devem ser evitadas. Assim, os conservantes são substâncias que adicionadas aos produtos tem como finalidade preservá-los de danos causados por microrganismos durante a estocagem, ou mesmo de contaminações acidentais produzidas pelos consumidores durante o uso. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 35 Os agentes conservantes podem ser utilizados individualmente ou principalmente em associações, o que assegura maior espectro de atividade e cada um poderá estar em menor quantidade gerando possivelmente menos efeitos tóxicos. Para cada tipo de agente conservante e dependendo da formulação há uma concentração máxima permitida, que deve ser seguida rigorosamente. A lista de substâncias de ação conservante permitidas para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, encontra-se no link abaixo: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0029_01_06_2012.pdf Substância responsável por conferir cor a um produto. De acordo com sua solubilidade podem ser nomeados de corantes ou pigmentos. Corantes: substâncias que desenvolvem seu poder de colorir quando são dissolvidas no meio em que são utilizadas. Pigmentos: substâncias que desenvolvem seu poder de colorir quando são dispersas no meio em que são utilizadas. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0029_01_06_2012.pdf GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 36 As fragrâncias são substâncias que geram odores agradáveis aos produtos. A constituição de uma fragrância é identificada através das notas (odor): notas de cabeça ou saída, notas de corpo, notas de fundo, sendo uma sucessão de impressões olfativas e não um conjunto homogêneo de todas elas. Cada tipo de fragrância é uma mistura de diferentes funções químicas e estas matérias- primas podem ser de origem natural (animal ou vegetal) e sintética. A escolha da fragrância deve ser baseada em um consenso entre os corantes, a finalidade e o tipo do produto, devendo estar harmonizada com atributos do produto e expectativas do consumidor. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 37 As matérias-primas ou ingredientes utilizados em formulações cosméticas seguem um sistema internacional de codificação da nomenclatura, reconhecido e adotado mundialmente, criado com a finalidade de padronizar os ingredientes na rotulagem dos produtos cosméticos. Sendo adotado o INCI, que é a sigla para “Internacional Nomenclature Of Cosmetic Ingredients”, que em português seria, Nomenclatura Internacional de Ingredientes Cosméticos. O INCI foi desenvolvido com a participação de vários países e culturas, baseando a nomenclatura em listas internacionais de ingredientes conhecidos e utilizados por pesquisadores e cientistas de todo o mundo. No Brasil o INCI é regulado pela ANVISA. Nomes químicos (IUPAC) (International Union of Pure and Applied Chemistry); Denominação comum internacional (INN – International Non- proprietary Name); Denominações de farmacopeias (americana, brasileira, europeia); Nomescomerciais (um para cada fornecedor); CAS – Chemical Abstracts Service (codificação mundial); NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul (codificação regional); EINECS – European Inventory of Existing Commercial Chemical Substances (inventário europeu das substâncias químicas existentes no mercado); Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 38 É importante a classificação dos ingredientes cosméticos pelo INCI para que haja maior agilidade, precisão, clareza na identificação dos ingredientes, evitando confusão com sinônimos e diferentes sistemas de nomenclatura, e facilitando o trabalho de localização de informações e de orientação para consumidores, profissionais de saúde e de vigilância sanitária. A organização dos componentes respeita uma ordem sequenciada começando no ingrediente mais concentrado até ao menos concentrado. Em primeiro lugar aparece muitas vezes a água, porque é quase sempre um dos maiores constituintes. No final costumam encontram-se letras seguidas de números, que indicam os ingredientes usados como corantes ou conservantes, também apresentados segundo uma escala internacional. • Ingrediente: Formol. • Nomes comerciais: Karsan, Ivalon, Fanoform, Lysoform. • Nomes químicos: metanal, formaldeído, aldeído fórmico, metil aldeído, oximetileno, oxometano, formalina. • INCI: FORMALDEHYDE Exemplo: Nomenclatura Formol Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 39 A água é muito utilizada em formulações cosméticas, portanto ela precisa receber um tratamento adequado para remoção de impurezas sólidas, microrganismos e alguns íons específicos para que não provoque ou acelere reações químicas nocivas ao produto. A água utilizada nas formulações cosméticas pode ser: água filtrada, destilada, deionizada ou ultrapura. Veja a diferença de cada uma abaixo: I. Água filtrada: É a água distribuída pela rede pública que geralmente, provém de rios, represas ou lagos, que passa por tratamento com produtos químicos para remover as impurezas presentes até se tornar potável e sem riscos para a saúde. A água ao chegar a nossas casas e ao passar por um dispositivo filtrante é considerada água filtrada. Após passar por um filtro de alta qualidade, a água melhorará sua qualidade, estará pura e pronta para ser consumida. Pode ser utilizada em algumas formulações. II. Água destilada: A água distribuída pela rede pública passa por um processo denominado destilação, separando os componentes da água com base nos seus diferentes pontos de ebulição. É uma água com alto grau de pureza, isenta de minerais e íons. Muito indicada para a utilização em formulações cosméticas. III. Água deionizada: A água distribuída pela rede pública passa por um processo de remoção de íons catiônicos e aniônicos através de um sistema de resinas trocadoras de íons. Possui baixos valores de minerais e íons. Pode ser utilizada em algumas formulações. IV. Água ultrapura: A água distribuída pela rede pública passa por um sistema de abrandamento com resinas trocadoras, substituindo o cálcio e o magnésio dissolvidos na água por íons de sódio. Posteriormente, segue para um sistema de osmose reversa, que faz a remoção desses íons, seguindo de um refinamento por uma série de filtros constituídos de resinas catiônicas e aniônicas, um leito de carvão ativo para remoção de contaminantes orgânicos e por fim, por um filtro físico para remoção de particulados. É uma água de extrema pureza, isenta de quaisquer tipos de contaminantes, minerais, íons, substâncias orgânicas ou microrganismos. Também indicada para a utilização em formulações cosméticas. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 40 O pH dos produtos cosméticos é de extrema importância, pois se não estiver adequado pode causar sérias lesões e danos na pele e no couro cabeludo. O pH sofre alterações conforme a região do corpo, idade e sexo, e dependendo da finalidade, se o pH do produto for diferente do natural, pode causar alguma reação contrário ao desejado. Por isso, vamos entender melhor sobre o pH. Primeiramente, temos que entender um pouco sobre os íons, antes de falar sobre o pH. O íon é um átomo ou molécula com carga elétrica, assim quando uma molécula se ioniza, divide-se em duas, criando um par de íons com cargas elétricas opostas, ou seja, um com carga elétrica negativa (ânion), e um com carga elétrica positiva (cátion). Uma molécula de água é composta por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, mas algumas de suas moléculas não permanecem unidas. Por causa da ionização natural da água, algumas moléculas se ionizam (dividem) em dois íons separados: H + e OH + . Ionização da água. H+ é o íon de hidrogênio, ácido. OH+ é o íon de hidróxido, alcalino. Toda molécula de água ao se ionizar rende um íon de hidrogênio (H+) e um de hidróxido (OH+). A ionização da água faz o pH possível. Somente substâncias aquosas têm pH. Soluções não aquosas, como álcool e óleo, não. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 41 A sigla pH significa Potencial do Hidrogênio. A escala de pH, mede os íons, indicando a acidez e a alcalinidade por meio da medição da concentração de íons de hidrogênio em uma solução aquosa. A escala de pH varia de 0 a 14. Um pH 7 indica que é uma solução neutra, abaixo disso é uma solução ácida, e acima uma solução alcalina. A escala de pH meda a acidez (o íon de hidrogênio H+), mas não a alcalinidade (o íon de hidróxido alcalino OH+) diretamente, mas se subtende que a alcalinidade aumenta enquanto a acidez diminui. Perceba que o pH é escrito com “p” minúsculo; que representa quantidade; e “H” maiúsculo; que representa a quantidade de íons de hidrogênio (H+). A água pura é neutra porque não é ácida nem alcalina. Ela é formada por um equilíbrio, ou seja, contém o mesmo número de íons de hidrogênio (H+) e de íons de hidróxido (OH+), sendo 50% ácida e 50% álcali. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 42 Existem vários tipos de medidores de pH, entre eles temos o pHmetro, é mais utilizado nas indústrias, e as fitas de pH, que mudam de cor quando colocadas na solução e são comparadas a uma tabela. pHmetro de bancada. pHmetro de bolso. Fita de pH. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 43 A produção de produtos cosméticos segue a norma da ANVISA de Boas Práticas de Fabricação, para assegurar a qualidade dos produtos comercializados. Dentro da indústria e empresas regularizadas, seguindo as normas da ANVISA, o processo de produção se dá pela seguinte maneira: MP → Matéria-prima CQ→ Controle de Qualidade Entretanto, iremos focar nas seguintes etapas de produção: Aquisição materia-prima Manipulação Envase Rotulagem Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00Todos os direitos reservados 44 I. Aquisição de matéria-prima: As matérias-primas ao serem adquiridas para produção de produtos cosméticos devem vim com uma ficha de informações técnicas, que contém as informações necessárias para a utilização adequada do material. Elas devem ser avaliadas quanto a dados toxicológicos básicos, tais como: absorção cutânea, estudo do potencial de efeito sistêmico, alergênico e riscos irritativos. É importante comprar matérias-primas de qualidade para assegurar a eficiência e qualidade do produto. Exemplo: Ficha de informação técnica de uma matéria-prima para formulações cosméticas. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 45 II. Manipulação: As matérias-primas devem ser manipuladas de acordo com a formulação, seguindo as etapas para a produção do produto. É necessário também estar atento à limpeza e ventilação adequada do local em que o produto será manipulado, limpeza das vidrarias e matérias utilizadas, higienização e paramentação apropriada do manipulador, para garantir a qualidade do seu produto e a segurança do manipulador durante o processo de fabricação. III. Envase: O produto depois de manipulado deve se envasado, ou seja, acondicionando em embalagens próprias. As embalagens representam, em média, de 15 a 30% do custo final de um cosmético. Entretanto, além de um design de excelência, é necessário atentar para a escolha de um material apropriado, para a limpeza da embalagem antes e após adicionar o produto, sua versatilidade, qualidade, praticidade e facilidade de manipulação e de aplicação. A embalagem deve ser resistente ao produto (não pode sofrer ataque ou corrosão do mesmo), à passagem do tempo e aos diversos esforços e stress a que é submetida ao longo do seu uso. As embalagens são classificadas em: a) Embalagem Primária: envoltório ou recipiente que se encontra em contato direto com os produtos. b) Embalagem Secundária: é a embalagem destinada a conter a embalagem primária ou as embalagens primárias. IV. Rotulagem: A rotulagem tem como objetivo estabelecer as informações indispensáveis que devem figurar nos rótulos dos produtos, referentes à sua utilização, assim como toda a indicação necessária alusiva ao produto. Assim, o rótulo é uma identificação impressa ou litografada, bem como dizeres pintados ou gravados, decalco sobre pressão ou outros, aplicados diretamente sobre recipientes, embalagens, invólucros, envoltórios ou qualquer outro protetor de embalagens. No rótulo deve conter: a) Nome/Grupo/Tipo: designação do produto para distingui-lo de outros, ainda que da mesma empresa ou fabricante, da mesma espécie, qualidade ou natureza. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 46 b) Marca: elemento que identifica um ou vários produtos da mesma empresa ou fabricante e que os distingue de produtos de outras empresas ou fabricantes. c) Origem: lugar de produção do produto. d) Lote ou partida: Quantidade de um produto em um ciclo de fabricação, devidamente identificado, cuja principal característica é a homogeneidade. e) Prazo de validade: tempo em que o produto mantém suas propriedades, quando conservado na embalagem original e sem avarias, em condições adequadas de armazenamento e utilização. f) Responsável técnico: pessoa responsável pelo processo de produção. g) Fabricante: empresa que possui as instalações necessárias para a fabricação/elaboração de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. h) Número de registro do produto: corresponde ao número de identificação de empresa e o número de Resolução ou Autorização de comercialização do produto. i) Ingredientes/Composição: descrição dos componentes da fórmula através de sua designação genérica, utilizando a codificação de substâncias estabelecida pela Nomenclatura Internacional de Ingredientes Cosméticos (INCI). j) Advertências e restrições de uso: são as estabelecidas nas listas de substâncias quando exigem a obrigatoriedade de informar a presença das mesmas no rótulo e aquelas estabelecidas no Anexo V, da RDC nº 211, de 14 de julho de 2005. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 47 Os requisitos para a rotulagem específica de produtos cosméticos encontram-se nos links abaixo http://www.uberlandia.mg.gov.br/uploads/cms_b_arquivos/8250.pdf http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/guia/html/79_2000.pdf Veja também a RDC nº 343, de 13 de dezembro de 2005. A saber: Quando não existir embalagem secundária toda a informação requerida deve figurar na Embalagem Primária. O Modo de Uso poderá figurar em folheto anexo. Neste caso deverá indicar-se na embalagem primária: - "Ver folheto anexo". Quando a embalagem for pequena e não permitir a inclusão de advertências e restrições de uso, as mesmas poderão figurar em folheto anexo. Deverá estar indicado na embalagem primária: - "Ver folheto anexo". Os produtos não poderão ter nome ou designação que induza a erro quanto à sua composição. Não poderão constar da rotulagem ou da publicidade e propaganda designações, nomes geográficos, símbolos, figuras, desenhos ou quaisquer indicações que possibilitem interpretação falsa, erro ou confusão quanto à origem, procedência, natureza, composição ou qualidade, ou que atribuam ao produto finalidades ou características diferentes daquelas que realmente possua. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 http://www.uberlandia.mg.gov.br/uploads/cms_b_arquivos/8250.pdf http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/guia/html/79_2000.pdf GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 48 Exemplo: Rotulagem de produtos cosméticos. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com - HP03015966062183 GUIA BÁSICO DE COSMETOLOGIA – QUÍMICA DA BELEZA GC- 00 Todos os direitos reservados 49 Após o processo de produção é necessário reservar amostras do produto acabado, para cada lote produzido, retidas em material de embalagem original ou equivalente ao material de embalagem de comercialização e armazenadas nas condições especificadas, em temperatura ambiente, por um período de três anos. Após o prazo as amostras poderão ser descartadas. Essas amostras denominadas de referência futura ou amostras de retenção devem ser em quantidade suficiente para permitir que sejam executadas, no mínimo, analises físico-químicas e microbiológicas do produto, ou qualquer tipo de verificação do produto após sua comercialização, se necessário. Isso é muito importante, pois qualquer eventual problema apresentado no seu produto comercializado será possível verificar a procedência ou não das reclamações e, assim, caso necessário, realizar as devidas correções. Para amostras cuja gramatura da embalagem original estiver compreendida entre 300g e 1000g ou mL, deve ser retido apenas uma embalagem do produto acabado. Para amostras cuja gramatura da embalagem original inferior a 300 g ou for superior a 1000g ou 1000 mL, deverá ser retido apenas uma embalagem do produto, porém com o conteúdo de 300g ou 300 mL. Licensed to Jasmin Sol Queiroz de Souza - a.raquelqueiroz@hotmail.com
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