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profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 A crise de 2008 causou, desse m odo, grande instabilidade nas economias europeias, provocando piora nas condições de vida das populações, pr incipalm ente por causa do desem prego e da elevação dos preços; o que, por sua vez, provocou diversas m anifestações, com o a m archa dos indignados na Espanha e até a queda de alguns líderes polít icos, com o Berlusconi, na I tália, e Papandreou, na Grécia, onde houve greve geral. Gostar ia de ressaltar que não foi só por causa da cr ise norte- am ericana que a Europa está com problem as. Não podem os nos esquecer de que alguns governos europeus não cont rolaram devidam ente suas contas públicas, além de situações de pouca com pet it iv idade, falta de infraest rutura e m esm o de altos níveis de corrupção. Por esse m ot ivo, a cr ise europeia é tam bém cham ada de cr ise da dívida, em razão do alto nível de endividam ento de alguns países europeus. Na zona do euro, o déficit orçam entário é part icularm ente problem át ico, uma vez que, com o as econom ias são conectadas pela m oeda com um , os países ficam obrigados a seguir determ inadas diret r izes econômicas com uns. I sso faz com que os países, m uitas vezes, tenham de adotar cam inhos de juros altos, corte de polít icas sociais, arrocho salar ial, aum ento de impostos, flexibilização de leis t rabalhistas e pr ivat izações em acordo com o que estabelece o FMI , o Banco Cent ral Europeu e a Com issão Europeia. Esse conjunto de m edidas integram as cham adas m edidas profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Tudo isso se deu porque, na últ ima década, a Grécia cont raiu grandes quant ias em emprést imos para sustentar um crescim ento econômico de 4% por ano, em m édia, de 2001 a 2008. O problema foi que, quando a cr ise estourou, o país não possuía dinheiro disponível e, com o já estava ext rem am ente endividado, não conseguiu novos emprést imos com bancos, tendo de recorrer a organism os internacionais. Claro que esses organism os internacionais im puseram à Grécia um a “ receita am arga” : justam ente as m edidas de austeridade, incluindo a interferência direta do FMI , da Com issão Europeia Europeia e do Banco Cent ral Europeu. Essa receita é basicam ente a que fora aplicada na Am érica Lat ina no fim dos anos 1980 e durante os anos 1990. Por enquanto, a adoção dessas m edidas não vem se m ost rando capaz de ret irar a Grécia do quadro de cr ise. No início da cr ise, a Grécia tentou dar um a resposta at iva e chegou a aum entar seus invest imentos em diversos setores da economia, porém essa est ratégia não deu os resultados desejados. O desem prego cont inuou crescendo e tanto a arrecadação de im postos quanto o consum o dim inuíram . As m edidas de austeridade adotadas pelo governo grego revoltaram a população, que tom ou as ruas em protestos violentos, em m eio a greves gerais que paralisaram o país. Ao m esm o tem po em que a ajuda financeira é concedida à Grécia graças à im plem entação de m edidas de austeridade, a resistência do povo ao corte de gastos perm anece. profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Com uma taxa de desemprego alt íssim a, que em 2013 at ingiu 26% da população at iva, necessidade de resgates financeiros e dificuldades econôm icas, a Espanha v ive sua pior cr ise em m ais de quat ro décadas. A fragilidade econôm ica vem causando um a rápida m udança social na Espanha, em purrando de volta para a pobreza pessoas que vinham ascendendo econôm ica e socialm ente. A crise no sistem a bancário espanhol ocorreu devido à expansão desenfreada do crédito, logo após a cr iação do euro. Os bancos em prestaram dinheiro a juros baixos para clientes com cont ratos de hipotecas para a aquisição de im óveis. Porém , com o desem prego e a desaceleração econômica ocasionados pela cr ise financeira de 2008, os cont ratos de hipotecas deixaram de ser pagos pelos clientes, fazendo com que os bancos t ivessem de reaver os im óveis, que se desvalorizavam rapidam ente. Um ponto im portante no quadro espanhol é que a cr ise econôm ica está est im ulando a cam panha pela independência da Catalunha, um a das m ais im portantes regiões autônom as do país, que responde por um quinto da econom ia nacional e tem um a população de cerca de 7,5 m ilhões. A m aioria das pesquisas de opinião já realizadas na região sugerem que, no caso da realização de um referendo sobre a independência da região, a m aioria catalã votaria a favor da independência. I nteressante notar que a Catalunha tem seu próprio idiom a e cultura, com diferenças claras em relação ao resto da Espanha, que convive com out ras regiões que buscam autonom ia. No entanto, a profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Catalunha ainda parece longe de se t ransform ar no próxim o país independente da Europa. Apesar das m anifestações e declarações do presidente da Catalunha, o governo cent ral da Espanha se recusa a discut ir a ideia e acredita que qualquer tentat iva da região se t ransform ar em um país independente é inconst itucional. A questão t raz de volta um problem a da época da violenta guerra civil espanhola: o tem or da desintegração do país. A cr ise da Espanha é ainda uma cr ise de m oradia , pois, em m eio à cr ise econôm ica que assolou o país, centenas de fam ílias foram despejadas e a situação não se normalizou, em razão da falta de pagam ento de aluguel ou prestações de financiam ento im obiliár io, já que a população não tem a m esm a renda de antes. Desde 2008, quando estourou a cr ise, já se ult rapassou o núm ero de 400 m il execuções hipotecárias. A Catalunha é um a das com unidades autônom as m ais at ingidas pela cr ise im obiliár ia, onde foram realizados 20% do total de despejos do país. A Espanha assist iu tam bém a diversas m anifestações que tomaram as praças de Madri, sobretudo a part ir de m eados de 2011, quando as pessoas perm aneceram acam padas na Praça do Sol por diversas sem anas seguidas. Essas m anifestações se estendem e ocorrem até hoje. Os indignados , com o ficaram conhecidos, protestaram cont ra as diversas m edidas de austeridade, os despejos e o alto nível de desem prego. Em junho de 2014, Juan Carlos, rei da Espanha desde 1975, abdicou do t rono espanhol, fazendo de seu filho, Felipe, o novo rei. profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Juan Carlos esteve à frente do t rono espanhol durante um período de retom ada da dem ocracia, após décadas de ditadura franquista. Ele foi um dos m onarcas m ais populares da histór ia espanhola, todavia, recentem ente, sua popularidade ficou m anchada por um escândalo de corrupção envolvendo sua filha e por out ro no qual apareceu caçando elefantes, em Botsuana, em meio à cr ise financeira espanhola. Ent re os principais desafios de Felipe está o de unir um país divido após a crescente desigualdade e o acirramento dos ânim os na Catalunha. Ele tam bém terá papel im portante para salvar as inst ituições espanholas de um a crise de representat ividade sem precedentes. Durante uma década a I r landa foi apresentada pelos defensores do m odelo capitalism o neoliberal com o o m odelo a ser seguido pelos dem ais países. O t igre celta , com o a I r landa era chamada, ostentava uma taxa de crescim ento m ais elevada do que a m édia europeia. O taxa de t r ibutação das em presas havia sido reduzida e a taxa efet ivamente paga pelas num erosas t ransnacionais que ali t inham se instalado era m enor do que a m édia de out ros países europeus. Acontece que, na I r landa, a desregulam entação financeira encorajou uma explosão dos em prést im os às fam ílias (o endividam ento fam iliar havia at ingido 190% do PI B na véspera da cr ise) , pr incipalmente no setor im obiliár io, o que est imulou a econom ia ( indúst r ia da const rução, at ividades financeiras, etc) . O setor bancário inchou de um a form a exponencial com a instalação profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 de num erosas sociedades est rangeiras e o aum ento dos at ivos dos bancos ir landeses. Com isso, formaram -se bolhas imobiliár ias que poster iorm ente estourariam , levando o país à cr ise. Assim como nos demais países, na I r landa as medidas de austeridade im plem entadas t rouxeram prejuízos sociais. Medidas de ajuste estão sendo tom adas desde 2008, quando a cr ise estorou, m as seus resultados são t ím idos e a população sofre as consequências da paralisação do desenvolvim ento no país. Apesar disso, a I r landa com eça a ver algum a luz no fim do túnel e já percebe suas taxas de desem prego, ainda m uito altas, dim inuírem . Por sua vez, Portugal , diante de um baixo crescim ento econôm ico, encont rou grandes dificuldades para obter a arrecadação necessária para arcar com os gastos públicos. Para piorar os portugueses ainda convivem com problem as de infraest rutura, o que dificulta a produt ividade do país. Os gastos do governo português estavam altos, quando se iniciou a cr ise mundial em 2008, devido em parte a um a sucessão de projetos caros – especialm ente na tentat iva de se m elhorar no setor de t ransportes. Assim , quando estourou a cr ise financeira global, Portugal passou a enfrentar um a grande dívida pública, que ficou cada vez mais difícil de ser financiada, já que os bancos e os dem ais países passaram a enfrentar sérios problem as financeiros. profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 A escassez de crédito e a cr ise da dívida soberana acabaram obrigando o país a pedir um resgate financeiro da ordem de 78 m ilhões de euros, concedido pela t roika. Em cont rapart ida, o governo português se com prom eteu a cum prir um plano de austeridade para reduzir o seu déficit orçam entário, com reduções de salár ios e aum ento de im postos, além de out ras reform as est ruturais que levaram m ilhões de portugueses a protestar nas ruas cont ra o aum ento de custo de vida e o desem prego que at inge cerca de 15% da população at iva. O ex-prim eiro-m inist ro italiano, Silvio Berlusconi, renunciou ao cargo de pr im eiro-m inist ro da I tá lia , em novem bro de 2011, depois que a Câm ara Baixa aprovou m edidas de austeridade reivindicadas pela União Europeia, colocando fim a 17 anos de um a era polít ica e abrindo espaço para um a t ransição cujo objet ivo é t irar a I tália da cr ise econôm ica. A Era Berlusconi foi m arcada pelo aum ento da dívida pública italiana, por casos de corrupção – inclusive denúncias de ligações de Berlusconi com a m áfia – e dezenas de escândalos, ent re os quais a acusação de que Berlusconi ter ia casos sexuais com adolescentes. O FMI , o Banco Europeu e diversos analistas avaliam com pessim ism o situação da econom ia italiana. Desem prego, dívida pública e recessão são os desafios para nova coalizão de governo. Além disso, o excesso de burocracia agrava o problem a. Principalm ente nos níveis regional e local, há um a adm inist ração pública que nem sempre funciona sat isfator iam ente, o que dificulta profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 as possibilidades italianas de responder a cr ise. Anote-se, ainda, que o sistem a t r ibutár io italiano é bastante encarecedor, o que esfr ia as chances de retom ada econôm ica. Em junho de 2014, o governo italiano anunciou que incluirá, no cálculo do PIB, o faturam ento de at ividades ilegais, como t ráfico de drogas, prost ituição, cont rabando e cont ravenções. Essa m edida fará com que num ericam ente a econom ia italiana cresça m ais do que o previsto. Todavia, será prat icam ente im possível est im ar corretam ente o faturam ento dessas at ividades, um a vez que não há regist ro confiável delas. A ideia seria fazer o PI B crescer para ficar dent ro do lim ite de endividamento imposto pela União Europeia. Out ros países da União Europeia poderão fazer o m esm o. Na realidade, pessoal, de m odo geral, os países que estão na zona do euro, ou seja, aqueles que adotaram o euro com o m oeda, ainda se encont ram em situação de dificuldade econôm ica e o desem prego cont inua em alta. Nesse contexto, além dos PI I GS, sobre os quais conversam os há pouco, out ro país que teve a situação econôm ica destacada foi o pequeno Chipre . O Chipre fica em um a ilha no m ar Mediterrâneo, próxim o à Grécia e à Turquia. Com um histór ico de ocupações desde a Ant iguidade, a região ainda permanece foco de disputas. A ilha atualm ente está dividida em , de um lado, a República do Chipre, que faz parte da União Europeia e, de out ro, a República Turca do profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Norte do Chipre, que é cont rolada pela Turquia e que não possui o reconhecim ento internacional. O Chipre, desde a sua integração à União Europeia, em 2004, vinha sendo considerado um paraíso para invest idores, devido à m anutenção da fraca fiscalização em relação à origem dos capitais e dando taxas de retorno bem acim a do prat icado pelo m ercado. Com a cr ise m undial e, consequentem ente, a cr ise europeia, o cenário do país foi alterado, com aum ento da dívida pública e do desem prego – além da ret irada de invest im entos. A cr ise do Chipre esteve diretamente relacionada à cr ise da Grécia, que levou por m eio do sistem a bancários seus problem as para o país insular. Acontece que a Grécia tem grande im portância no sistem a financeiro do Chipre, pois este país possui considerável parte dos t ítulos do governo daquele. Com a situação de cr ise, a Grécia ficou sem condições de perm anecer pagando os t ítulos, o que fez com que as inst ituições financeiras do Chipre sofressem considerável abalo. Diante desse panorama, a t roixa disponibilizou 10 bilhões de dólares para auxiliar o Chipre na estabilização de sua econom ia. Todavia, a quant ia se m ost rou insuficiente, sobretudo em razão das garant ias que foram exigidas ao país por ela. Surgiu até m esm o, com o possibilidade para cum prir tais garant ias, que o dinheiro decorrent istas e invest idores fosse confiscados nos bancos do Chipre, profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 o que levou revoltas à população, que saiu às ruas e protestou cont ra a possibilidade. Os bancos acabaram fechados por doze dias. Essa possibilidade acabou perdendo fôlego diante dos protestos populares. O Banco Laiki, segundo m aior do país e com altas dívidas, foi fechado. Os depósitos bancários abaixo de 100 m il euros ficaram garant idos, m as os superiores a esse valor foram congelados e parte deles foram usadas para sanar as dívidas daquela inst ituição. Os russos foram os que m ais perderam dinheiro em razão desse congelam ento, o que vem significando, para o Chipre, um a queda vert iginosa de sua econom ia nacional. Gostar ia de destacar que, em 2013, faleceu um sím bolo do neoliberalismo: a ex-pr imeira-m inist ra do Reino Unido Margaret Thatcher, conhecida com o “dam a de ferro” , term o cunhado pela im prensa soviét ica diante da firm eza com a qual Thatcher se cont rapunha ao socialism o. A sua m orte causou vaias e aplausos, ou seja, m anifestações diam et ralm ente opostas por todo o m undo. Tal repercussão dem onst ra a im portância de Thatcher, que deixou o poder há duas décadas, para a polít ica e economia m undial. Nos anos 1980, o ideário neoliberal foi im plem entado no Reino Unido por Thatcher, causando desindust r ialização, m as tam bém aum ento dos ganhos para os setores de serviço e financeiro ( terceiro setor) . Em seu período de governo, com dim inuição da presença do Estado na econom ia, redução dos gastos públicos e flexibilização das leis t rabalhistas, houve o aumento da pobreza e do profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 desemprego na I nglaterra, causando grande insat isfação na m assa de t rabalhadores – os sindicatos se opunham ardorosam ente a essas polít icas - , ao m esm o tem po que os setores m ais altos ganharam m ais dinheiro. Thatcher pr ivat izou setores com o gás, telefonia, siderurgia e pet róleo. Antes do período de Thatcher como chefe de governo, os t rabalhadores estavam com andando o país em um quadro de cr ise. Após um a série de m anifestações populares, os conservadores ganharam força e, em m aio de 1979, Thatcher conseguiu ser eleita. A part ir de 1983, com a ent rada de novas receitas derivadas da exploração pet rolífera, o que perm it iu a volta do crescim ento econôm ico, e a disputa cont ra a Argent ina pelas ilhas Fauklands (Malvinas) , o que deu a ela o sent im ento popular de defesa do pat r iot ism o, Thatcher passou a desenvolver ainda m ais am plam ente suas polít icas neoliberais, que naquele contexto ficaram conhecidas com o “ thatcherism o” . Destaca-se que Margaret Thatcher desem penhou papel fundam ental na polít ica externa do período, possuindo o ex- presidente norte-am ericano, Ronald Reagan, com o grande aliado. Tanto ela quanto ele defenderam a adoção de medidas neoliberais e de defesa do capitalism o. Os dois adotaram polít icas externas completamente cont rárias a URSS, pressionando este e os dem ais países com unistas a posteriorm ente im plem entarem m edidas favoráveis ao capitalism o. Thatcher est imulou que o líder russo, Mikhail Gorbachev, adota-se m edidas de abertura polít ica e profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 econôm ica, conhecidas, respect ivam ente, com o glasnot e perest roika. Margaret Thatcher morreu em abril de 2013 aos 87 anos de idade e perm anece com o a única m ulher a ter governado a I nglaterra e, ainda por cim a, durante t rês m andatos consecut ivos. 2 . Cr ise na Cr im eia O m undo vem assist indo a um a das m ais graves cr ises recentes. Desde novem bro de 2013, as praças e ruas ucranianas, pr incipalm ente as de Kiev, se tornaram palco de m anifestações e de confrontos violentos, os m ais violentos no país desde a cam panha pela independência em 1991. O estopim das m anifestações foi a decisão do então presidente Viktor Yanukovich de rejeitar um acordo com a União Europeia, m ost rando claram ente sua posição pró-Rússia. Prim eiram ente, devem os com preender que o que está acontecendo agora tem relação com a Guerra Fria. I sso porque, durante este período, marcado pela bipolar idade ent re as duas potências m undiais (EUA e URSS) , a região da Crim eia ( foco das atuais tensões) pertencia à URSS e, quando teve fim a Guerra Fria, aquela acabou anexada, não pela Rússia, m as pela Ucrânia, que tam bém fazia parte da URSS. Assim , a Crim eia se tornou um a região parte da Ucrânia, apesar de possuir certa autonom ia. É interessante que notem os que profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 a Crim eia, que fica ao sul do país, tem , na realidade, sua população m ajoritar iam ente ligada à Rússia e não a Kiev – o que faz com que esses russos ou descendentes deles queiram anexar-se à Rússia, deixando de fazer parte da Ucrânia. Mas por que som ente agora esse conflito eclodiu? Devem os perceber que a região da Crim eia tem grande im portância est ratégica tanto para a Rússia quanto para a Ucrânia, m as há questões adicionais. Para entenderm os m elhor tudo o que envolve essa cr ise ucraniana, devemos ter em mente que há em jogo uma disputa ent re Rússia e União Europeia envolvendo gás natural, um a vez que o gás russo, que passa pelo terr itór io ucraniano, abastece quase 25% do terr itór io da Europa. I sso dá aos russos um a grande vantagem est ratégica, pois várias vezes eles se ut ilizam dessa situação, am eaçando cortar o fornecim ento ou aum entar o preço. Ademais, com o fim da Guerra Fr ia e com sua independência, a Ucrânia passou a se interessar pelas possibilidades de negociações com a União Europeia, tendo em vista o m odelo adotado por países com o Polônia e Eslováquia. A Ucrânia sofre com um a divisão interna em sua socidade: de um lado, estão os pró-Ocidente, que enxergam , na possibilidade de acordo com a União Europeia, um a grande possibilidade para o desenvolvim ento do país; de out ro lado, estão os pró-Oriente, ou seja, os pró-Rússia, que entendem que o m elhor seria a aproxim ação com a Rússia ou m esm o a independência de determ inadas regiões da Ucrânia. profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Já no fim de 2013, uma grande onda de m anifestações tom ou a Ucrânia, depois de o governo de Viktor Yanukovich não assinar um acordo de livre com ércio com a União Europeia, atendendo aos apelos de Moscou. Diante dessa recusa do governo em se aproxim ar da União Europeia, m antendo-se aliado à Rússia, a parte da população pró-ocidente saiu às ruas, em violentas m anifestações, nas quais os em bates com as t ropas do governo levaram à m orte de dezenas de civis, o que fez com que Yanukovich deixasse o governo, sendo dest ituído pelo Parlam ento ucraniano. A Rússia chegou a oferecer ajuda financeira à Ucrânia, inclusive com redução nopreço do gás, a fim de evitar que os ucranianos se aproximassem da Europa. Nesse vácuo de poder, a oposição ucraniana assum iu o governo indo de encont ro aos interesses russos. A deposição de Yanukovich foi vista com o “golpe de Estado” pela Rússia, o que aum entou as tensões. Vladim ir Put in acusou, então, os m ediadores ocidentais de t raição e disse não considerar o novo governo ucraniano legít im o. Diante dessas situações, na Crim eia, m anifestantes e m ilicianos favoráveis à Rússia tom ariam a região. No m esm o dia que Yanukovich deixava o poder, a líder da oposição e ex-prim eira-m inist ra ucraniana, Yulia Tym oshenko, que estava presa desde 2011, foi libertada, o que era um pré- requisito para a assinatura do acordo ent re Ucrânia e União Europeia. I sso elevou ainda m ais os ânim os russos que viram nesse ato um claro interesse em favor do Ocidente. De acordo com a Rússia, a profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 m ediação feita pelo Ocidente nas questões ucranianas visa à obtenção de vantagens sobre a questão do com ércio de gás. Com o podem os perceber, a saída de Yanukovich, aliado de Moscou, que agradava à população da Crimeia, intensificou a cr ise nesta região. Manifestações em favor da Rússia se recrudesceram e a população, querendo anexar-se ao terr itór io russo, passou a reivindicar a realização de um plebiscito que resolvesse a questão. Foi assim que, em m arço de 2014, um referendo realizado na Crim eia teve com o resultado que mais de 95% dos votantes foram favoráveis à separação da Ucrânia e, consequentem ente, à anexação pela Rússia. Apesar da forte resistência da ONU em relação à realização dele, o referendo acabou sendo realizado. Todavia, tanto a ONU quanto potências ocidentais acusam a Rússia de ter m anipulado referendo, além de acusá- lo de ilegal, segundo t ratados internacionais em vigor. Após o referendo, a Rússia anunciou que considerá a Crimeia como parte de seu terr itór io, ent retanto essa decisão ainda não encont ra respaldo nos órgãos internacionais, o que torna a situação ainda bastante tensa. Além da região da Crim eia, os conflitos se espalharam tam bém para o leste do país, onde avança um m ovim ento separat ista. O leste abriga cidades indust r ializadas e com grande populações russas, o que t raz forte instabilidade para a região. Algum as cidades inclusive foram tom adas por m ilicianos pró-Rússia em situação bastante sem elhante àquela ocorr ida na Crim eia. profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Foi nesse cenário que, em m aio de 2014, foram realizadas as eleições nacionais na Ucrânia, declarando Pet ro Poroshenko, um m agnata do setor de doces, o novo presidente do país. Ele obteve 54% dos votos, enquanto que sua adversária, Yulia Tim oshenko, conseguiu apenas 13% , ficando em segundo lugar. Poroshenko é favorável à aproxim ação com a União Europeia. Após a eleição de Poroshenko, a Rússia suspendeu o fornecim ento de gás à Ucrânia, intensificando as divergências ent re os dois países. 3 . Am ér ica Lat ina A part ir dos anos 1990, a Am érica Lat ina assist iu ao fenôm eno da chamada “onda verm elha” , com a eleição de governos de esquerda em diversos países. Porém , m uitas das vezes, esses governos est iveram m ais próximos de prát icas populistas e clientelistas do que propriam ente de prát icas socialistas. Segundo alguns especialistas, a eleição de part idos e candidatos que se colocavam com o candidatos de esquerda está relacionada a um a espécie de reação das populações lat ino- americanas a projetos neoliberais, que foram acusados de terem agravado a im ensa desigualdade social e a concent ração de renda existente na região. A Venezuela, a part ir de Chávez, aparece se opondo ao m odelo norte-am ericano do Big St ick (Grande Porrete) , que pressupunha o cont role e a influência dos EUA na região. Não profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 nos esqueçamos de que os EUA t iveram grande part icipação nas ditaduras lat ino-am ericanas do século XX. Em alguns países, o discurso verm elho chegou a ser m ais agressivo e houve quest ionamentos m ais contundentes aos interesses dos Estados Unidos na região. Nesse sent ido, Hugo Chávez ut ilizou-se de um posicionam ento radical, ganhando o apoio da população venezuelana e grande destaque nos veículos de com unicação. O fenôm eno da onda verm elha teve com o principais m arcos a eleição de Hugo Chávez, em 1998, e de Lula, em 2002. Analistas apontam cont radição ent re o discurso e a prát ica econômicas desses governos, pois de m odo geral os EUA perm aneceram com o grande parceiro com ercial desses países. No caso venezuelano, por exem plo, o pr incipal comprador de seu pet róleo eram justam ente os EUA. Ent retanto, devem os lem brar que houve de m odo geral m aior part icipação dos Estados lat ino- am ericanos na econom ia e aum ento das polít icas sociais, o que vai de encont ro ao neoliberalism o. Out ro ponto interessante de notar é que o discurso ant iam ericano prat icado por Chávez irradiou-se por quase toda a região. Em pouco tem po, out ros candidatos – que posteriorm ente seriam eleitos , tornando-se presidentes de suas nações – adotaram o m esm o discurso. Essa situação se deu de m aneira m uito forte pr incipalm ente no governo Bush, que era um republicano, ou seja, um polít ico norte-am ericano conservador. Polít icos com o Daniel profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Ortega (Nicarágua) , Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia) foram eleitos exatam ente com esse m esm o discurso. Posteriorm ente, os Kirchner (Argent ina) , histor icam ente m ais conservadores, passaram a adotar o m esm o discurso e a aproveitar a m aré gerada. No Brasil, Lula e o Part ido dos Trabalhadores possuem um histór ico avesso aos Estados Unidos, porém , nesse período de governo pet ista, as relações ent re EUA e Brasil são boas de modo geral, ainda que possuam problem as com o no caso de espionagem e na questão do protecionism o com ercial. Não houve, em nenhum m om ento, um rom pim ento brusco ent re EUA e Brasil, m esm o diante de im passes com o a Rodada Doha e questão da possibilidade de ent rada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. De qualquer modo, mesmo com Obama na presidência, os discursos ant iam ericanistas perm anecem e este presidente tem sido acusado de não ter cum prido importantes prom essas de cam panha, com o em relação à base m ilitar de Guantánam o. Os Estados Unidos são acusados de prender sem julgam ento pessoas suspeitas de terror ism o, inclusive há denúncias de haver tortura. Acontece que Obam a não possui base parlam entar realm ente forte, nem m esm o unanim idade em seu part ido, para aprovar o fim da base m ilitar norte-am ericana em solo cubano. Os EUA fizeram um acordo com Cuba no início do século XX e desde então cont rolam a base. Fidel Cast ro, desde a Revolução Cubana, se opõe fortem ente a essa situação, m as nada pôde fazer. profrodrigobarreto@gmail.comwww.estrategiaconcursos.com.br 21 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Obam a prom eteu que fecharia a base m ilitar, situada em Cuba, mas ainda não conseguiu e sequer sabem os se de fato conseguirá. O analista polít ico Néstor García I turbe lem bra que o presidente estadunidense não só descum priu sua prom essa de fecham ento da prisão, com o assinou a Lei da Autorização de Defesa Nacional, quando aprovou um a proibição perm anente sobre a t ransferência dos det idos nesta pr isão para os Estados Unidos. Há receio de que os presos de Guantánam o possam irradiar seu pensam ento radical nos presídios. A relação do governo Obam a com Cuba é bastante dúbia. Após tom ar posse, Obam a renovou o embargo econômico à ilha. Mesm o com a ONU condenando a m edida pelo 22º ano consecut ivo em 2013, o governo norte-americano confirm ou que m anteria a polít ica de bloqueio comercial a Cuba. Apesar disso, após chegar à Casa Branca, em 2009, o presidente Barack Obam a suspendeu algum as rest r ições a Cuba, com o o envio de dinheiro ou viagens à ilha por razões esport ivas, educat ivas ou religiosas, mas destacou que out ros passos dependerão da abertura do governo cubano para a dem ocracia. Nesse cenário, Cuba, que é um m em bro fundador da Organização dos Estados Am ericanos (OEA) , vem negociando sua volta à organização. Muitos analistas acreditam que essas ações diplom át icas norte-americanas visaram a uma mudança no regime econôm ico cubano, e, paralelam ente, a colocar fim no regim e ditator ial de profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Venezuela. Foi justam ente o dinheiro decorrente da venda do Pet róleo que financiou as polít icas sociais de Chávez. Out ro ponto de tensão ent re esses dois países é a rejeição venezuelana à cr iação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) . A cr iação da Alca foi duramente cr it icada por diversos países lat inos que entendiam que sua cr iação seria um m ecanism o de expansão econôm ica e polít ica dos Estados Unidos na região. Cam inhando em sent ido cont rário à cr iação da Alca, Chávez estabeleceu diversos acordos econômicos e polít icos, avançando no seu projeto bolivariano de integração regional. Ent re esses acordos, um dos que m ais se destacou foi a possibilidade de com ercializar pet róleo em condições m ais favoráveis, em bora não reduza o preço do pet róleo frente aos prat icados pelo m ercado. Cuba é exatam ente um dos países que m ais se beneficiou desses acordos, com prando pet róleo em vantajosas condições de parcelam ento e juros. Em cont rapart ida, Cuba ofereceu à Venezuela prestação de serviços de saúde. Basta lem brar que Chávez foi internado em um hospital em Havana para t ratar de problemas com câncer e infecções. Em outubro de 2012, Chávez venceu as eleições venezuelanas, derrotando o candidato da oposição Henrique Capriles. Naquele m om ento, Chávez conquistava o direito de governar a Venezuela até 2019. O problem a era que com o ele estava internado em Cuba, sem que se soubesse ao certo seu profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 estado de saúde, ele não poderia tom ar posse. Com isso abriu-se espaço para um a crise, já que haveria possibilidade de m ais de um a interpretação const itucional. Segundo os part idários de Chávez, o vice-presidente, Nicolas Maduro, deveria assum ir o governo e depois ent regá- lo à Chávez. Para a oposição, com o o presidente não tom ou posse, novas eleições deveriam ser realizadas. Porém , para evitar a cr ise const itucional, a Suprem a Corte da Venezuela decidiu que a prorrogação da posse do presidente Hugo Chávez para seu quarto m andato era legal. A decisão foi anunciada depois que a Assem bleia Nacional votou para conceder ao líder venezuelano tem po indefinido para que ele se recuperasse da cirurgia cont ra um câncer. A Suprema Corte decidiu também que enquanto Chávez se recuperasse, caberia ao vice-presidente governar o país. Posteriorm ente, as eleições presidenciais foram realizadas e Maduro saiu vencedor. Contudo, a decisão da Suprem a Corte gerou crít icas de muitos analistas por todo o m undo. Alguns deles chegaram a afirm ar que por m enos o Paraguai foi suspenso do Mercosul, portanto a Venezuela tam bém deveria sê- lo – o que não aconteceu. Segundo esses analistas, o im peachm ent paraguaio possuía previsão na Const ituição do país, enquanto que a prorrogação para posse da presidência na Venezuela não. profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 A Venezuela vem sofrendo com graves disputas ent re o governo e oposição. Com um a das piores cr ises financeiras de sua histór ia, aliadas a escassez de alimentos e aum ento da violência, o governo Maduro tem reprim ido com força as manifestações populares. O governo venezuelano chegou a prender o líder da oposição, Leopoldo López, acusando-o de incent ivar a violência dos protestantes. Na realidade, m ais do que um a disputa ent re governo e oposição, há, nas ruas venezuelanas, grande insat isfação com a penosa situação econôm ica do país. A atual onda de m anifestações tem com o m arco o dia 12 de fevereiro de 2014, quando diversos m anifestantes, sobretudo estudantes, foram presos e torturados pela polít ica venezuelana, gerando ainda m ais revolta. Out ro fato que envolve a Venezuela é que, em julho de 2012, o Mercosul decidiu suspender tem porariam ente o Paraguai até as eleições presidenciais do país em 2013. As m edidas cont ra o Paraguai ocorreram em resposta ao processo de im peachm ent do presidente Fernando Lugo, ocorr ido tam bém em julho de 2012 e que foi repudiado pelos países sul-am ericanos. O Paraguai era cont ra a ent rada da Venezuela no bloco. O processo cont ra Lugo teve com o estopim um conflito agrário envolvendo brasiguaios e ligas cam ponesas que term inou com 17 m ortos paraguaios no inter ior do país. A oposição acusou Lugo de ter agido m al no caso e de estar governando de m aneira " im própria, negligente e irresponsável" . Ele tam bém foi acusado por out ros profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 incidentes ocorr idos durante o seu governo, com o ter apoiado um m ot im de jovens socialistas em um com plexo das Forças Arm adas e não ter atuado de form a decisiva no com bate ao pequeno grupo arm ado Exército do Povo Paraguaio, responsável por assassinatos e sequest ros durante a últ im a década, a maior parte deles antes m esm o de Lugo tom ar posse. O processo de im peachm ent de Fernando Lugo aconteceu rapidam ente, depois que o Part ido Liberal Radical Autênt ico, do então vice-presidente Franco, ret irou seu apoio à coalizão do presidente socialista. Foi então que o Senado do Paraguai afastou Fernando Lugo da presidência com um placar de 39 senadores favoráveis ao im peachm ent do socialista e 4 senadores cont rár ios, além de 2 abstenções. Federico Franco assum iu a presidência pouco m ais de um a hora e m eia depois do im peachm ent de Lugo. No Paraguai ocorre um problema diretam ente ligado ao Brasil, que é o problem a dos cham ados brasiguaios. Os brasiguaios ou brasilguaios são brasileiros (e seus descendentes) estabelecidos em terr itór io da República do Paraguai, em áreas fronteir iças com o Brasil, pr incipalm ente nas regiões cham adas Canindeyú e Alto Paraná, no sudeste do Paraguai. Est imados em 350.000, são, em sua m aioria, agricultores falantes do idiom a português. Esses brasiguaios investem no agronegócio e enfrentam m ovim entos sociais cam poneses, que não aceitam est rangeiros com posse de lucrat ivas terras em seus terr itór ios. Fernando Lugo tam bém t inha posição cont rár ia aos brasiguaios, acusando-os de terem com prado profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 terras decorrentes da reform a agrária. Essa posição fez com que a população se colocasse cont ra os brasiguaios. Nesse sent ido, a presença dos brasiguaios, apesar de t razer crescim ento econôm ico à região, provocou sent im entos nacionalistas e xenófobos ent re os paraguaios. Os paraguaios preocupam -se com o enfraquecim ento de sua ident idade nacional na região fronteir iça, já que os est rangeiros mantêm sua própria língua, usam sua própria m oeda, hasteiam sua própria bandeira e são donos das terras m ais produt ivas. Out ra queixa é que seus filhos crescem falando português como segunda língua, em vez do guarani. Tam bém é fonte de at r ito a questão racial, um a vez que a m aioria dos brasiguaios tem pele clara e feições europeias, enquanto a m aior parte dos paraguaios é de origem hispano- guarani. Transm issões de rádio em guarani exortam os cam poneses sem terra a atacarem os brasiguaios, incendiando suas casas ou invadindo suas lojas, o que levou a im prensa brasileira a falar sobre um a espécie de lim peza étnica. Os brasiguaios se queixam da discr im inação cont ra seus filhos nas escolas locais e a int im idação das autor idades de im igração, já que grande parte deles nunca recebeu docum entos de ident idade paraguaios. Ao m esm o tem po, m uitos brasiguaios nascidos no Paraguai não conseguem docum entos brasileiros, o que im pede algum as fam ílias host ilizadas de voltar ao Brasil. profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 No fim de 2012, o governo do Paraguai am pliou sua cam panha para regular izar m ilhares de im igrantes ilegais, pr incipalm ente brasileiros que at ravessam diariam ente a fronteira os brasiguaios, a m enos de um m ês do fim da vigência da " lei da anist ia m igratór ia" , que facilitou os t râm ites necessários. Apesar da suspensão do país do Mercosul em junho passado, o governo Federico Franco, que não era reconhecido por Dilm a Rousseff, t rabalhou junto a diplom atas brasileiros na questão. Em abril deste ano, Horácio Cartes, em presário conservador, foi eleito para a presidência do Paraguai, em um a vitór ia do Part ido Colorado, o que significou a volta dos conservadores ao poder. Tal part ido já havia governado o país ininterruptam ente de 1947 a 2008, inclusive durante um a violenta ditadura m ilitar. A eleição de Cartes perm it iu que o Paraguai voltasse a atuar norm alm ente no Mercosul e tam bém na Unasul. O Paraguai estava suspenso desde o caso de im peachm ent de Fernando Lugo, considerado por aqueles organismos inconst itucional. No início de 2014, o Paraguai voltou ao bloco. Por sua vez, a Argent ina, bem como a Bolívia, segue no cam inho da onda verm elha e, desde 2012, aum enta suas estat izações. Durante o pr im eiro sem est re de 2012, tanto um quanto o out ro país estat izaram o setor de energét ico. A presidente argent ina chegou a dar início a uma crise, estat izando a pet roleira profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 YPF, que antes estava sob cont role da Repsol, que é de origem espanhola. Já o boliviano Evo Morales estat izou a Transportadora de Elet r icidad S.A, que tam bém é espanhola. Apesar de am bos os países terem nacionalizado com panhias espanholas, a tensão com a Espanha foi m aior na Argent ina, devido a grande part icipação da YPF na produção de pet róleo e gás para a Argent ina – o que dava grandes lucros à em presa. O governo argent ino e suas províncias produtoras de pet róleo responsabilizaram a em presa YPF por não cum prir com prom issos de invest im ento e disseram que isso obriga o país a im portar grandes volum es de hidrocarbonetos. Out ra polêm ica, essa envolvendo o governo boliviano de Evo Morales, foi quando este estat izou as refinarias brasileiras da Pet robrás na Bolívia. I sso ocorreu em 2006 e t ratava-se de umas das suas principais propostas de sua cam panha polít ica para as eleições presidenciais. Essa estat ização foi apoiada pela população boliviana, pr incipalm ente por m ovim entos populares, sindicatos e os “cocaleiros” , que são os produtores de coca no país. Desde de então, as relações polít icas ent re Estados Unidos e Bolívia ficaram abaladas, já que os norte-am ericanos repudiaram essa m edida. Em 2008, a Bolívia expulsou diplom atas norte-am ericanos do país e a diplom acia norte-am ericana acusou o venezuelano Hugo Chávez de influenciar e incent ivar a estat ização. profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Outro ponto de m uita polêm ica envolvendo Morales e os Estados Unidos ocorreu quando o avião do presidente boliviano sobrevoava o espaço aéreo europeu e não conseguiu perm issão para fazê- lo. Havia a suspeita de que o ex-analista da CI A, Edward Snowden, est ivesse no avião fugindo para a Bolívia ou m esm o para a Venezuela. O avião acabou aterr issando na Áust r ia, onde ter ia sido inspecionado por autoridades locais. A situação gerou const rangim ento diplom át ico e revolta nos países lat ino-am ericanos, que por m eio da Unasul fizeram um a nota de repúdio aos norte- am ericanos. A situação, ent retanto, não se m ost rou capaz de causar sanções m aiores. Há ainda que se destacar dois ponto em relação à Argent ina: a cr ise na qual o país se encont ra e a relação do governo argent ino com a im prensa nacional. A Argent ina at ravessa um período com plicado do ponto de vista econôm ico, com sua m oeda, o peso, sofrendo desvalor izações frequentes. As desvalor izações do peso estão sendo acom panhadas por altas nos preços, com o, por exemplo, nos preços de com bust íveis e alim entos. Por sua vez, os salár ios não acompanham a alta inflacionária, o que torna a renda dos argent inos cada vez m ais defasada. Som ado a isso, é cada vez m aior a insat isfação com os cam inhos polít icos adotados pelo governo de Crist ina Kirchner. Por fim , com a gradual recuperação da econom ia norte-americana, m uitos invest idores ret iram seus capitais de países em ergentes e voltam a invest ir nos EUA, levando a um a fuga de capitais – essa profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 situação tem ocorr ido na Argent ina, dificultando a economia deste país. A relação ent re ogoverno argent ino e a im prensa tam bém vem se deteriorando ao longo dos anos. A Lei da Mídia argent ina, declarada const itucional pela Suprem a Corte deste país, possibilita que grupos cont rár ios ao governo, com o o Clarín, sejam at ingidos. O governo apresenta a Lei da Mídia com o a “batalha das batalhas” e a considera uma grande arm a cont ra as oligarquias do país, ent retanto m uitos analistas acusam o governo de norm at izar uns inst rum ento de censura a grupos opositores. Com a aprovação da lei, o governo conseguiu fazer com que o Clarín se desfizesse de várias em issoras de rádio e TV, enfraquecendo bastante este grupo de com unicação. Com o perdeu em últ im a instância, o Clarín am eaça recorrer a Cortes internacionais, acusando o governo de Crist ina de cercear o direito à livre imprensa no país. I m portante ressaltar que, a despeito da onda verm elha, alguns países são considerados aliados norte-am ericanos, com o a Colôm bia, México e m esm o o Brasil. Em 2009, ocorreu um fato que gerou m uita polêm ica, pr incipalm ente ent re os grupos da onda verm elha. Nesse ano, os Estados Unidos anunciaram a const rução de bases m ilitares na Colôm bia e tal situação gerou duras crít icas tanto ao im perialism o norte-americano quanto à subserviência colom biana. A Venezuela foi um dos países que m ais cr it icou essa m edida. Aliás, em razão do est reitam ente nas relações ent re Brasil profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 e Venezuela, a Colôm bia se distanciou polit icam ente do Brasil naquele m om ento. Os Estados Unidos argum entam que o mot ivo da const rução da base é apoiar o combate ao narcot ráfico e à guerr ilha no país. Contudo, os crít icos discordam e dizem que, na realidade, os Estados Unidos pretendem aum entar sua capacidade m ilitar na região, expandindo seu poderio bélico. Ou seja, o interesse seria geopolít ico. O fato é que os EUA mantêm bases m ilitares no solo de seu principal aliado na Am érica do Sul. Lem bro que a Colôm bia é atualm ente considerada a segunda m aior produtora de cocaína no mundo (em primeiro lugar, está o Peru) e que ela é o país com m aior núm ero de refugiados internos no m undo, em razão da fuga de pessoas de áreas cont roladas pelas FARC. O ex-presidente colom biano Álvaro Uribe era um grande aliado dos Estados Unidos e foi um dos líderes mais populares da histór ia colom biana, exatam ente por causa de suas polít icas de com bate ao narcot ráfico. Os progressos alcançados pela Colômbia no com bate ao narcot ráfico foram resultantes, em grande parte, do apoio dado pelos norte-am ericanos. Na guerra civil colom biana, est im a-se que m ais de 200 m il pessoas já tenham sido m ortas. As Forças Arm adas Revolucionárias Colôm bia – Exército do Povo, tam bém conhecidas pelo acrônim o FARC ou FARC-EP, são um a organização de inspiração com unista, autoproclam ada guerr ilha revolucionária, que opera m ediante tát icas de guerr ilha. profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Eles lutam , em tese, pela im plantação do socialismo na Colômbia, mas é notório que atualmente são apenas um grupo ligado ao narcot ráfico. As FARC são consideradas um a organização terror ista pelo governo da Colôm bia, pelo governo dos Estados Unidos, Canadá e pela União Europeia. Os governos de Equador, Bolívia, Brasil, Argent ina e Chile não lhes aplicam esta classificação. Hugo Chávez rejeitou publicamente esta classificação em Janeiro de 2008 e apelou à Colôm bia com o out ros governos a um reconhecimento diplomát ico das guerr ilhas enquanto " força beligerante", argum entando que elas estariam assim obrigadas a renunciar ao sequest ro e atos de terror a fim de respeitar a Convenção de Genebra. Por sua vez, Cuba e Venezuela adotam o term o “ insurgente” para as FARC. Parte considerável dos colom bianos tem em as Farc, m uitos destes por considerá- las com o grupo terror ista e ela não tem apoio popular. Esse fato proporcionava alta popular idade ao então presidente da Colôm bia, Álvaro Uribe. Uribe invest iu na tarefa de recuperar o cont role de seu país, não dos com unistas, m as de narcot raficantes por m eio de um m odelo m ais com bat ivo do que o do atual presidente, Juan Manoel dos Santos. Em junho de 2014, Juan Manoel dos Santos, que está em penhado nas negociações de paz com a FARC, conseguiu ser reeleito, vencendo um candidato apoiado justam ente por Uribe. O pleito foi polar izado em razão do m odelo repressivo de Uribe contra o negociador de Santos. A profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 reeleição de Santos significa a rat ificação do m odelo de negociações pela paz. Recentem ente as negociações ent re o governo colom biano e as FARC t iveram im portantes avanços. Desde de 2012, as FARC e o governo avançaram no sent ido de um cessar fogo e negociações para paz se desenvolvem . Segundo acordos, o governo fará invest im entos no desenvolvim ento de áreas rurais e dist r ibuição de terras a fam ílias de baixa renda. Além da reform a agrária, tam bém houve avanços em relação à part icipação de m em bros da guerr ilha na polít ica colom biana. Enquanto as FARC dão sinais do fim do conflito, out ra guerr ilha, do Exército da Libertação Nacional (ELN) , ainda não possui diálogo para a paz. Ent retanto, a reeleição de Santos abre possibilidades para que futuram ente os acordos sejam estendidos a este grupo. Além , das FARC e do ELN, que em tese são de esquerda, a Colôm bia enfrenta problem as com o grupo dos param ilitares (m ilícia) , que se form ou para com bates os out ros dois grupos. A m ilícia possuía apoio da burguesia e da oligarquia rural, mas acabou se envolvendo com o t ráfico e se tornando m ais um ator no com plexo cenário de conflitos colom bianos. Mais um ponto de destaque no atual contexto lat ino-am ericano é a crescente liberalização em relação a questões polêm icas no Uruguai. Depois de legalizar o aborto e equiparar o casam ento hom ossexual ao heterossexual, sendo a segundo país da Am érica do profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Sul a fazê- lo, já que a Argent ina o precedera, o país agora regulamentou a produção, a venda e o consum o de m aconha. De acordo com a nova legislação, farm ácias autorizadas poderão com ercializar m ensalm ente até 40 gram as para cada usuário uruguaio. Adem ais, será possível até m esm o cult ivar a m aconha em casa, com um lim ite de seis plantas. De acordo com o José Muj ica, presidente do país, a legalização da m aconha é um a m edida cont ra o narcot ráfico. Ele, que se declara pessoalm ente cont rár io às drogas, entende que dar ao Estado o cont role sobre o processo de venda e consum o im plicará a dim inuição do lucro para os narcot raficantes, que consequentem ente se enfraquecerão. Para Muj ica, legalizar a maconha possibilitará aos usuários da droga adquir i- la em locais com est rutura e form alizados, inclusive subm et idos à vigilância do Estado, em vez de financiar t raficantes, que vendem a droga m isturada a produtos quím icos nocivos. Em 2014, com pletam-se 10 anos de presença brasileira no Hait i. Em 2004, o Brasil assum ia a liderança da força da ONU no país, objet ivando, na realidade, am pliar suas possibilidades de conseguir um a cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Com a saída do então presidente do Hait i, Jean-Bert rand Arist ide, após um a intervenção norte-am ericana, grupos arm ados dom inavam várias partes do país e foi, nesse vácuo de poder, que a ONU m andou um a m issão m ilitar para o país. profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Apesar do invest im ento de m ais de um bilhão na m issão m ilitar, contesta-se m uito os ganhos do esforço brasileiro. O país não conseguiu um assento permanente no Conselho de Segurança e viu out ros países, com o a Í ndia, que conta com apoio dos EUA para um a vaga no Conselho, tam bém se destacarem . É verdade que o Brasil aum entou seu núm ero de m issões internacionais da ONU na últ im a década, m as isso não parece suficiente para que se consiga o tão alm ejado assento no Conselho. Com a presença de forças externas e a devastação ocasionada pelo furacão Sandy, além de terremotos e epidem ias de cólera, o Hait i segue em situação caót ica. Para nós, é im portante ressaltar que m ilhares de hait ianos têm ent rado de form a ilegal no país, com a ajuda dos cham ados coiotes. O Acre se tornou um a porte de ent rada para esses hait ianos que depois seguem para out ros estados, pr incipalm ente São Paulo. A situação é com plexa, pois envolve direitos hum anos e internacionais, mas agrava, de certo m odo, a situação das cidades que recebem os hait ianos. 4 . Estados Unidos Após um a votação acirrada, o Presidente dos Estados Unidos, o dem ocrata Barack Obam a, conquistou, em novem bro de 2012, sua reeleição ao derrotar o candidato republicano, o ex-governador de Massachuset ts, Mit t Rom ney. Obam a conseguiu obter m ais do que os 270 delegados necessários para vencer o Colégio Eleitoral. profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 O presidente reeleito dos Estados Unidos, Barack Obam a, está tendo nesse segundo m andato a difícil m issão de unir um país prat icamente dividido após a longa e bastante custosa cam panha. Tem -se notado, na polít ica norte-am ericana, um a cisão cada vez m ais forte ent re dem ocratas e republicanos, o que quase levou o país a um grave problem a fiscal. Barack Obam a conseguiu ser reeleito em um cenário no qual a economia do país enfrentou, depois de 2008, sua pior recessão desde a Grande Depressão dos anos 30. Essa é a pr im eira vez desde Franklin Roosevelt (1933-1945) que um presidente conseguiu ser reeleito com um a taxa de desem prego tão alta quanto à de então. Em julho de 2012, Obam a conseguiu um a grande vitór ia ao ter o seu plano de reform a da saúde aprovado pela Suprem a Corte do país. A Lei de Proteção ao Paciente e Serviços de Saúde Acessíveis ( “The Pat ient Protect ion and Affordable Care Act ” , em inglês) , tam bém conhecida com o Obam acare, cr iou um sistem a abrangente de saúde nos Estados Unidos. Basicam ente, a reform a estabelece que todo mundo que vive nos EUA está obrigado a ter um seguro de saúde. As pessoas com renda fam iliar m ensal abaixo do equivalente a R$ 2.390 terão uma ajuda parcial do governo para os custos. Calcula-se que o plano vai incluir no sistem a 30 m ilhões de am ericanos que não t inham profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 nenhum a cobertura de saúde. A ideia é universalizar essa cobertura e tam bém incent ivar a cr iação de um m ercado de seguradoras. Diferentem ente do Brasil, os EUA não t inham um sistem a público e universal com o o SUS (Sistem a Único de Saúde) , cr iado a part ir do texto da Const ituição de 1988 que definia a saúde com o “direito de todos e dever do Estado” , e com essa nova lei os norte- am ericanos se aproxim am desse m odelo. Segundo o histor iador Daniel Sim ões, “nos Estados Unidos, ou você paga um plano de saúde ou precisará ter dinheiro para pagar cada consulta e exam e - o que não sai nada barato” . Por lei, no entanto, os hospitais norte- am ericanos estão obrigados a atender qualquer pessoa durante em ergências. Out ro problem a no sistema de saúde americano é que as seguradoras não são fiscalizadas pelo governo – o que significa que elas podem alterar preços ou vetar serviços ao usuário sem precisarem prestar contas. A reform a de saúde não vai cr iar um sistem a público igual ao brasileiro, m as torna o acesso à assistência m édica no país um pouco m ais igualitár io. “O SUS é considerado um exem plo no m undo inteiro. É claro que há m uitos problem as, m as ele de fato acaba por atender todo mundo” , diz Simões. Essa foi um a das principais bandeiras polít icas de Barack Obam a durante as eleições presidenciais e tem provocado fortes reações tanto cont ra quanto a favor. Seus pr incipais opositores do conservador Part ido Republicano dizem que o presidente deveria ter profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 dado m ais atenção a out ros setores e cr it icam os supostos gastos excessivos que o plano pode t razer, além de afirm arem que essa é um a tentat iva de cont rolar dem ais a vida privada de cada um , em uma visão ext remamente liberal. A batalha ent re Republicanos e Dem ocratas paralisa parte das ações de Obam a. Todo esse cenário de disputa é fortem ente m arcado pela cr ise da dívida europeia, pela desaceleração do m ercado chinês, pelo desem prego e por tensões com o governo russo que recrudesceram com as questões sír ia e ucraniana. Segundo os dem ocratas, a debilidade da econom ia norte- am ericana não perm ite que haja grandes reduções nos gastos públicos, e, assim sendo, é necessário que o governo cont inue invest indo a fim de fazer com que o país cresça m ais e gere m ais em pregos, m antendo o m odelo neokeynesiano adotado após a cr ise de 2008. Os democratas entendem ainda que os benefícios sociais, pagos às parcelas m ais pobres da população, são fundam entais para a recuperação econôm ica e social do país. O governo Obam a m odificou, ainda, as m edidas relat ivas ao terror ism o – já que os altos custos financeiros se tornaram im populares em um contexto de crise econôm ica. Os Estados Unidos ter iam gasto aproxim adam ente 1,5 t r ilhão de dólares nas cam panhas do I raque e do Afeganistão, além de ter deslocado cerca de 350 m il soldados para essas regiões e para out ros países da Ásia Cent ral e do Oriente Médio. profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Durante a campanha eleitoral para seu prim eiro m andato, Obam a prom etera que ret irar ia as t ropas norte-am ericanas do I raque, o que de fato ele conseguiu realizar. Porém , houve um a declaração polêm ica e bastante cont raditór ia por parte do presidente norte-am ericano, quando as t ropas dos Estados Unidos deixavam o I raque. Ele declarou que as t ropas norte-am ericanas deixavamum I raque estabilizado; contudo, a realidade é que as t ropas norte-am ericanas não foram capazes de t razer estabilidade para a região e o I raque perm anece em crise econôm ica e polít ica. Em 2011, Obam a ganhou m uitos pontos com o eleitorado norte-am ericano, quando o terror ista Osam a Bin Laden foi m orto por soldados norte-am ericanos. Com a m orte de Osam a, Obam a pôde dar início à redução do cont ingente norte-am ericano no Afeganistão, país no qual a Al Qaeda (grupo terror ista do qual Osam a Bin Laden fazia parte) possui grande influência. Apesar da morte de Bin Laden, o Afeganistão está longe de resolver seus com plexos problem as polít icos. O Taliban cont inua atuando na região, m as, com a cr ise e a necessidade de gastar m enos em ações m ilitares, Obam a viu-se obrigado a dim inuir a presença dos Estados Unidos na região. Aliás, desde a m orte de Bin Laden, esse grupo terror ista tem atuado cada vez m ais de form a heterogênea, o que dificulta inclusive o com bate a ele. Lem bro- lhes de que foi justamente o episódio de 11 de setem bro de 2001, com o atentado terrorista cont ra os Estados Unidos, quando houve o choque de aviões com as torres do World profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Trade Center, com andado por Bin Laden, que fez com que os Estados Unidos am pliassem suas ações m ilitares e seu com bate ao terror ism o. Na época dos atentados, quem estava no poder era George W. Bush, que definiu o terror ism o com o a pior am eaça aos Estados Unidos e à paz m undial. A part ir daí, Bush inaugurou um a nova época na geopolít ica que ficaria, então, conhecida com o a Dout r ina Bush. Em 2002, o presidente George Bush divulgou o docum ento "A est ratégia de segurança nacional dos Estados Unidos", que ficou justam ente conhecido com o "Dout r ina Bush". Este docum ento apresentava as est ratégias polít ico-m ilitares que passaram a ser adotadas pelo país em nome da defesa nacional, frente às am eaças a que poderiam estar sujeitos o terr itór io e o povo norte- am ericanos. O docum ento declarava a intenção dos Estados Unidos em agir m ilitarm ente por conta própria e por decisão unilateral, em nom e do direito de autodefesa e de m aneira prevent iva. Dessa form a, os Estados Unidos, em nom e do ant iterror ism o e do com bate a países considerados e avaliados com o am eaçadores aos seus interesses, just ificaram as suas ações e procuraram torná- las legít im as diante da opinião pública norte-am ericana e internacional. A guerra e a ocupação do I raque, em bora fizessem parte das ações da Dout r ina Bush de guerra prevent iva, não foram apoiadas em provas de que este país desenvolvesse arm as de dest ruição em m assa ( just ificat iva para a sua invasão) ou financiasse o terror. Depois de os Estados Unidos declararem a vitór ia sobre o I raque, de profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 terem conseguido a pr isão e m orte de Saddan Hussein e o estabelecimento de um governo provisório, a situação do I raque perm aneceu incont rolável. Ao cont rár io do que propunha a Dout r ina Bush, os ataques terror istas, a insurreição de grupos arm ados cont ra a ocupação est rangeira e os conflitos ent re as principais etnias am eaçam a estabilidade do país e apontavam para um a perspect iva de total descont role da situação. Na verdade, os norte-am ericanos usaram seu poderio m ilitar para favorecer suas em presas do setor pet rolífero e da const rução civil e am pliarem sua influência no Oriente Médio. Foi baseado nessa dout r ina – que, repito, previa o unilateralism o e os ataques prevent ivos, m esm o sem aprovação da ONU ou da OTAN – que os Estados Unidos e o Reino Unido invadiram o I raque. As alegações de que o I raque possuía arm as nucleares feitas por Bush não tardariam a se m ost rarem falsas. Após a intervenção norte-am ericana, o I raque se afundou num a com plexa cr ise polít ica e os Estados Unidos passaram a ser acusados de ter invadido o país por razões puram ente econôm icas, sobretudo por causa do setor pet rolífero – com o disse. Um dos principais fatos envolvendo os EUA recentemente foi o da espionagem e vazam ento de inform ações secretas. A revelação de que o governo norte-am ericano vigia a at ividade de governos e de cidadãos caiu com o um a bomba na imprensa, gerando reação profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 internacional. Os jornais The Washington Post e The Guardian publicaram que o governo dos Estados Unidos, ut ilizando-se de um software cham ado Prism o, espiona o uso da internet por cidadãos e por governos. Diversos provedores, tais com o Microsoft , Yahoo, Apple, AOL, Facebook e Google, foram espionados pelo governo norte-am ericano. Para o governo norte-am ericano essa m edida se faz necessária em razão da prevenção cont ra ataques terror istas. O Brasil tam bém foi espionado, inclusive, com a revelação de que os EUA m anteriam bases secretas de espionagem em Brasília. Edward Snowden, ex-analista da CI A, foi a pr incipal figura desses acontecim entos, após ter vazados diversos docum entos secretos para a im prensa. Depois de ele ter revelado esses docum entos, descobriu-se que ele estava em Hong Kong e, em seguida, ele fugiu para a Rússia em busca de asilo. Além desses documentos, Snowden ainda revelou que a Verizon, grande em presa de telecom unicações, fornece à Agência Nacional de Segurança (NSA) dados telefônicos, com o pretexto de defender o país. As revelações feitas por Snowden causaram a indignação de internautas e governos, e ele acabou recebendo o apoio de diversas organizações, pr incipalm ente do Wikeleaks. Há, nos EUA, um a lei, cham ada de Ato Nacional dos EUA, que fora aprovada em 2001, logo após os ataques de 11 de setem bro, que dá m argem a possibilidade de espionagem legal em razão de defesa nacional, todavia essa lei não guarda proteção no Direito I nternacional. Os profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 EUA são acusados de violar os direitos fundam entais de privacidade de cidadãos no m undo todo e a soberania dos países espionados. Em 2014, o Brasil aprovou o Marco Civil da I nternet com o objet ivo de regulam entar a vida vir tual, preocupação que vem aum ento. Após o caso Snowden, o governo brasileiro defendeu que os EUA e as em presas envolvidas dessem sat isfações aos brasileiros, m as nenhum a m edida m ais severa deverá ser adotada. O I tam araty chegou a pedir esclarecim entos ao governo am ericano e ao embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, quanto à denúncia de que pessoas e em presas no Brasil ter iam sido alvo de espionagem por parte da NSA (agência nacional de segurança dos EUA) . Snowden pediu asilo polít ico a vários países, inclusive ao Brasil, de quem não obteve resposta. Ele teve o pedido de asilo concedido pela Rússia, onde se encont ra atualm ente. Em outubro de 2013, pela pr im eira vez em quase 20 anos, os EUA ficaram im pedidos de prestar serviços públicos não essenciais em razão de não ter havido naquele m om ento autorização orçam entária.Essa situação é simbólica dent ro da forte disputa ent re dem ocratas e republicanos no Parlam ento norte-am ericano. Enquanto os dem ocratas possuem a m aioria no Senado, os republicanos a m antêm na Câm ara, dificultando que o processo legislat ivo siga um fluxo t ranquilo. Poster iormente a questão avançou e os EUA aprovaram seu orçam ento, todavia a tensão perm anece e o acirram ento dos ânimos polít icos podem t razer danos ao país. profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Por fim , cabe ressaltar que os estados de Washington e do Colorado liberaram o consum o recreat ivo de m aconha, acom panhando o m ovim ento para liberalização da m aconha. Essas m edidas têm ganhado força diante da ineficiência do m odelo de repressão adotado prat icam ente no m undo todo. Muitos países têm passado a discut ir cam inhos alternat ivos, sobretudo em razão da violência associada ao t ráfico ilegal de drogas. Além destes dois estados, há out ros, nos Estados Unidos, que já perm item o uso m edicinal da m aconha. Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 5 . Questões com entadas 1 ) ( CESPE - 2 0 1 2 - TCU - Técnico de Cont role Externo) Apenas dois par t idos, o Repub licano e o Libera l, a tuam na cena polít ica nor te- am er icana; nas e le ições de 2 0 1 2 , os libera is apostam na reconduç ão de Barack Obam a ao Capitólio. Muita gente se confundiu nessa questão, por isso atenção redobrada. É errado dizer que apenas dois part idos atuam na cena polít ica norte-am ericana. Há sim out ros part idos, em bora apenas estes dois apontados no enunciado tenham relevância e por isso os cient istas polít icos se referem aos EUA com o possuindo um sistem a bipart idar ista. Os liberais (Dem ocratas) realm ente apoiaram Obam a, enquanto os conservadores (Republicanos) apoiaram Rom ney. E Capitólio é sinônim o para Congresso Nacional dos Estados Unidos, no qual os eleitos para a presidência prestam juram ento. Questão errada. 2 ) ( CESPE - 2 0 1 2 - TCU - Técnico de Cont role Externo) Obam a notabilizou- se por ser o pr im eiro negro a chegar à profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 106 profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 presidência dos Estados Unidos da Am ér ica, fe ito p ar t icularm ente signif icat ivo, ha ja vista a for te m arca da escravidão afr icana na histór ia do país e da discr im inação racia l, que custou a se r legalm ente abolida. Obam a foi de fato o pr im eiro negro a chegar à presidência norte-am ericana. Podem surgir duas dúvidas em relação ao restante do enunciado. A primeira é se houve forte m arca da escravidão afr icana no país. Houve sim , pessoal. Assim com o no Brasil, os Estados Unidos foram m arcados por um forte regim e escravocrata. A out ra dúvida é se a discr im inação racial custou a ser legalm ente abolida. De fato, a discr im inação racial dem orou a ser legalm ente abolida, fato que só aconteceu em 1965 – quando ainda havia bebedouros, assentos, banheiros dist intos para negros e brancos. Questão correta. 3 ) ( Cespe - Antaq - 2 0 0 9 ) A crescente im portância do Brasil e da Venezuela no cenár io sul- am er icano, inclusive no que se refere à m ediação ent re par tes em cr ises regionais, em ana da m odernização econôm ica, da t ranquilidade polít ica e da projeção internacional de que go zam os dois países, em igual proporção e legit im idade internacional. profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 Que Brasil e Venezuela am pliaram sua im portância na região não há dúvidas. Contudo, percebam que a Venezuela está longe de ter a m esm a m odernização econôm ica, a t ranquilidade polít ica e a projeção internacional de que goza o Brasil. Sobre “ t ranquilidade polít ica” , esse term o não está relacionado à falta de disputas internas, m as sim à solidez das inst ituições. O Brasil possui, certam ente, inst ituições m ais sólidas do que a Venezuela. Assim , questão errada. 4 ) ( Cespe – Antaq - 2 0 0 9 ) Na atua lidade, os países la t ino- am er icanos que m elhor se re la cionam com os EUA são Cuba e Venezuela. Essa só pode ser br incadeira ... com o assim , gente!??!?!?! !? Óbvio que essa está errada! Os países lat ino-am ericanos que pior se relacionam com os EUA são exatamente Cuba e Venezuela. Questão errada. 5 ) ( FCC - Escr iturár io- Banco do Brasil - 2 0 1 1 ) “Os exportadores brasile iros de geladeiras, fogões e m áquinas de lavar roupa voltaram a enfrenta r barre iras no m ercado ( ...) . Conform e o “Estado” apurou, 3 5 cam inhões estão parados nos depósitos a lfandegár ios à espera de autor ização para circular no país”. ( O Estado de S. Paulo, 1 3 / 0 5 / 2 0 1 1 , p. B3 ) O texto acim a destaca um a nova cr ise com ercia l provocada pelo protecionism o com ercia l profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 ( A) do Paraguai. ( B) da Venezuela. ( C) do Peru. ( D) da Argent ina ( E) da Bolívia . Vocês lem bram de quem eu falei ao m encionar protecionism o? Justam ente da Argent ina. A Argent ina, a part ir de 2011, am pliou os produtos que não possuem licença autom át ica de ent rada no país. A Argent ina fez isso em um a tentat iva de proteger sua indúst r ia dos produtos est rangeiros, sobretudo dos brasileiros. Essa situação gerou um a certa cr ise ent re a Argent ina e o Brasil. Let ra “d” . 6 ) ( FMP - Auditor Público Externo – TCE- RS - 2 0 1 1 ) Econom istas e analistas de m ercado cr iaram o term o “BRI CS” para se refer ir a a lguns países que se destacaram no cenár io m undia l pe lo rápido crescim ento das suas econom ias em desenvolvim ento. Os países que com põe esta expressão são: ( A) Brasil, Rússia , I ndonésia, China e Coréia do Sul. ( B) Bulgár ia , Reino Unido, Í ndia e Coréia do Sul. ( C) Brasil, Rússia , Í ndia , China e Áfr ica do Sul. profrodrigobarreto@gmail.com www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 106 Atualidades e Geografia para Abin Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto – Aula 01 ( D) Brasil, Rússia , Í ndia e Co lôm bia e Áfr ica do Sul. ( E) Brasil, República da China, I ndonésia , Chile e Coréia do Sul. Qual a dificuldade? Nenhum a, não é verdade!? E vejam o nível do cargo ein... O term o BRI CS refere-se a Brasil, Rússia, Í ndica, China e Áfr ica do Sul. Essa foi nível faixa branca. Let ra “c” . 7 ) ( FCC - Analista Legisla t ivo - 2 0 0 8 ) Um dos pr incipa is itens da pla taform a ele itora l de Fernando Lugo, ex- bispo católico e le ito presidente da República do Paraguai em abr il de 2 0 0 8 , foi a revisão do Tratado de I ta ipu, ce lebrado com o Brasil em 2 6 de abr il de 1 9 7 3 . Ent re out ras cláusulas, o t ra tado prevê que: a) o Paraguai não receberá a com pensação f inanceira dos roya lt ies, pois seu terr itór
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