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Pecunia non Olet - Breno Porto Miranda

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ESTUDO DIRIGIDO 
PRINCÍPIO PECUNIA NON OLET
“Um dos mais bem-sucedidos imperadores romanos, Vespasiano, instituiu um tributo, semelhante à atual taxa- a ser cobrado pelo uso dos mictórios público (latrinas) Seu filho, Tito, não concordou com o fato gerador tão ”malcheiroso”. Ao tomar conhecimento das reclamações do filho, Vespasiano, segurou uma moeda de ouro e lhe perguntou: Olet? (Cheira?). Tito respondeu: Non olet (Não Cheira)” 
Referida história, representa o Princípio do Pecunia non Olet. Nesse contexto, disserte, fundamentando, sobre referido princípio no Direito Tributário Nacional.
Diante do Código Tributário Nacional, mais precisamente em seu artigo 18, este deixa evidente que o fato gerador não depende se é lícito ou ilícito. Sendo evidente que a renda obtida por ato ilícito exercido por contribuinte, como exemplo, o jogo do bicho, independente de ser ato lícito ou não, este será tributado pela Receita Federal. Como reforça o próprio STF: 
Ementa: Sonegação fiscal de lucro advindo de atividade criminosa: non olet. Drogas: tráfico de drogas, envolvendo sociedades comerciais organizadas, com lucros vultosos subtraídos à contabilização regular das empresas e subtraídos à declaração de rendimentos: caracterização, em tese, de crime de sonegação fiscal, a acarretar a competência da Justiça Federal e atrair pela conexão o tráfico de entorpecentes: irrelevância da origem ilícita, mesmo quando criminal, da renda subtraída à tributação. A exoneração tributária dos resultados econômicos de fato criminoso – antes de ser corolário do princípio da moralidade – constitui violação do princípio de isonomia fiscal, de manifesta inspiração ética. (HC no 77.530/RS – Rio Grande do Sul – Habeas Corpus – Relator(a). Min. Sepúlveda Pertence – Julgamento: 25/08/1998 – Órgão julgador: Primeira Turma – Publicação: DJ 18/09/1998, p. 00007. Ement. Vol. 01.923-03, p. 00522.)
Para o direito tributário, a consequência da prática ilícita está vinculada ao direito penal e não ao tributário, pois este é o adequado para a punição de tais atos. Pecunia non Olet, conhecidamente como ‘dinheiro não cheira’, independentemente de onde vem o dinheiro, se este juntou-se ao patrimônio do contribuinte, como consequência ele terá de pagar imposto. Assim independente do trabalho ao qual o indivíduo não esteja habilitado, ainda assim este será tributado.
Aluno: Breno Porto Miranda
8º período de Direito, turma única.

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