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1-CONCEITUAR HOMEOSTASE, IDENTIFICANDO A DINÂMICA COMPLEXA DE SUA MANUTENÇÃO Homeostasia: condição de equilíbrio no ambiente corporal interno resultante da interação constante entre os muitos processos regulatórios corporais. A homeostasia é uma condição dinâmica. Em resposta às condições variáveis, o equilíbrio corporal pode deslocar se entre pontos em um intervalo estreito compatível com a manutenção da vida. Por exemplo, os níveis de glicose sanguínea normalmente se encontram entre 70 e 110 miligramas de glicose por 100 mililitros de sangue. Cada estrutura, desde o nível celular até o nível sistêmico, contribui de algum modo para a manutenção do ambiente corporal interno dentro dos limites normais. Um aspecto importante da homeostasia é a manutenção do volume e da composição dos líquidos corporais (extra e intracelular). O líquido extracelular que preenche os espaços estreitos entre as células dos tecidos é conhecido como líquido intersticial (O LEC é diferente dependendo de onde ele se encontra no corpo). O funcionamento adequado das células do corpo depende da regulação precisa da composição do líquido intersticial que as cerca. Este se altera conforme as substâncias se movem para dentro e para fora entre ele e o plasma sanguíneo. Esse movimento em ambas as direções através das paredes capilares fornece o material necessário para as células teciduais como glicose, oxigênio, íons e assim por diante. Ele também remove resíduos, como o dióxido de carbono, do líquido intersticial. A homeostasia do corpo humano é “desafiada” continuamente. Algumas perturbações vêm do ambiente externo na forma de agressões físicas como o calor intenso de um dia quente de verão. Outros agravos se originam no ambiente interno, como o nível de glicose sanguínea que cai muito no jejum. Os desequilíbrios homeostáticos também podem ocorrer por causa de estresse psicológico no nosso ambiente social. Na maioria dos casos, a perturbação da homeostasia é moderada e temporária e as respostas das células do corpo restabelecem rapidamente o equilíbrio no meio interno. Entretanto, em alguns casos a perturbação da homeostasia pode ser intensa e prolongada, como no envenenamento, na superexposição a temperaturas extremas, na infecção grave ou em uma grande cirurgia. O sistema nervoso e o sistema endócrino trabalhando juntos ou independentemente fornecem as medidas corretivas necessárias. O sistema nervoso regula a homeostasia por intermédio do envio de sinais elétricos (impulsos nervosos) aos órgãos que podem regular mudanças que promovam o retorno ao estado de equilíbrio, que normalmente são mudanças mais rápidas. Já o sistema endócrino secreta moléculas mensageiras para o sangue (hormônios) que trabalham mais devagar. Entretanto, ambos os tipos de regulação trabalham com o mesmo objetivo, em geral por intermédio de sistemas de retroalimentação negativa. Feedbacks: Receptor- estrutura que monitora modificações e envia informações (influxo) para um centro de controle tipicamente na forma de impulsos nervosos ou sinais químicos. Via aferente dado que o influxo flui para o centro de controle. Centro de controle- um exemplo é o encéfalo, que estabelece a faixa de valores em que uma condição controlada deve ser mantida (setpoint, ponto de ajuste), avalia o influxo que recebe a partir dos receptores e gera comandos de saída com impulsos nervosos ou sinais químicos quando necessários (via eferente), para fora do centro de controle). Efetor- estrutura que recebe efluxos (via eferente) do centro de controle e provoca uma resposta ou efeito que modifica a condição controlada. Praticamente todos os órgãos ou tecidos do corpo podem se comportar como efetores. Quando a temperatura corporal cai o encéfalo envia impulsos nervosos para os músculos esqueléticos (efetores). Resultado é o tremor, que gera calor aumentando a temperatura corporal. 2-IDENTIFICAR OS COMPONENTES DO SNC, PERIFÉRICO, VISCERAL E SOMÁTICO Sistema nervoso central: composto pelo encéfalo e pela medula espinal. O encéfalo está localizado no crânio e contém cerca de 85 bilhões de neurônios. A medula espinal conecta se com o encéfalo por meio do forame magno do occipital e está envolvida pelos ossos da coluna vertebral. A medula espinhal possui cerca de 100 milhões de neurônios. O SNC processa muitos tipos diferentes de informações sensitivas, é a fonte dos pensamentos, das emoções e das memórias. A maioria dos sinais que estimulam a contração muscular e a liberação das secreções glandulares se origina no SNC. Sistema nervoso periférico (SNP): formado por todo o tecido nervoso fora do SNC. Os componentes incluem os nervos, os gânglios, os plexos entéricos e os receptores sensitivos. Nervo é um feixe composto por centenas de milhares de axônios que se situa fora do encéfalo e da medula espinal. 12 pares de nervos cranianos emergem do encéfalo e 31 pares de nervos espinhais emergem da medula. Cada nervo segue um caminho definido e supre uma região específica do corpo. Gânglios são pequenas massas de tecido nervoso compostas por corpos celulares. Estas estruturas têm íntima associação com os nervos cranianos e espinais. Plexos entéricos são extensas redes neuronais localizadas nas paredes de órgãos do sistema digestório. Os neurônios destes plexos ajudam a regular o sistema digestório. Receptor sensitivo refere se à estrutura do sistema nervoso que monitora as mudanças nos ambientes externo ou interno. São exemplos de receptores sensitivos os receptores táteis da pele, os fotorreceptores do olho e os receptores olfatórios do nariz. SNP é dividido em: Sistema nervoso somático (SNS): composto por neurônios sensitivos que transmitem informações para o SNC a partir de receptores somáticos na cabeça, tronco e membros e de receptores para os sentidos especiais da visão, audição, gustação e do olfato, e por neurônios motores que conduzem impulsos nervosos do SNC exclusivamente para os músculos esqueléticos. Como estas respostas motoras podem ser controladas conscientemente, a ação desta parte do SNP é voluntária. Sistema nervoso autônomo/visceral (SNA): formado por neurônios sensitivos que levam informações de receptores sensitivos autônomos – localizados especialmente em órgãos viscerais como o estômago e os pulmões – para o SNC, e por neurônios motores que conduzem os impulsos nervosos doSNC para o músculo liso, o músculo cardíaco e as glândulas. Como suas respostas motoras não estão sob controle consciente, a atuação do SNA é involuntária. A parte motora do SNA é composta por dois ramos, a divisão simpática e parassimpática. Com poucas exceções, os efetores recebem nervos de ambas as divisões, e geralmente têm ações opostas. De modo geral, a divisão simpática está relacionada com o exercício ou ações de emergência -respostas de luta ou fuga e a divisão parassimpática se concentra nas ações de “repouso e digestão”. Sistema Nervoso Entérico: involuntário. É composto por mais de 100 milhões de neurônios que estão dentro dos plexos entéricos, e se estendem pela maior parte do sistema digestório. A maioria destes neurônios funciona independentemente do SNA e parte do SNC, embora eles se comuniquem com o SNC através de neurônios simpáticos e parassimpáticos. Os neurônios sensitivos do SNE monitoram mudanças químicas no sistema digestório, bem como o estiramento de suas paredes. Os neurônios motores entéricos controlam, no sistema digestório, as contrações do músculo liso para impulsionar o alimento, as secreções dos órgãos (como o suco gástrico) e a atividade das células endócrinas, secretoras de hormônios. 3-CORRELACIONAR AS FUNÇÕES DO SN NA INTEGRAÇÃO COM O MEIO INTERNO E O MEIO EXTERNO 4-CARACTERIZAR A SINALIZAÇÃO INTRA E INTERCELULAR, DESTACANDO O POTENCIAL DE AÇÃO, A SINAPSE (SEUS TIPOS) E OS NEUROTRANSMISSORES Sinapses químicas: o primeiro neurônio (pré sináptico) secreta por seu terminal o neurotransmissor que vai atuar em proteínas receptoras, presentes na membrana do neurônio subsequente (pós-sináptico), para promover excitação, inibição ou ainda modificar de outro modo a sensibilidade dessa célula, sem ter contato entre neurônios, estando separados por uma fenda sináptica com distância entre 20 e 40 nm. O transmissor químico liberado pelo elemento pré-sináptico tem de se difundir pelo líquido extracelular da fenda até alcançar a membrana pós sináptica e interagir com seus receptores farmacológicos para dar início à resposta pós-sináptica. As várias etapas envolvidas no processo de transmissão química o tornam mais lento, gerando um retardo sináptico de 1 a 3 ms. Transmissão em sentido único. Contém vesículas pré-sinápticas Dois tipos de mensageiros químicos são encontrados nos terminais pré-sinápticos: Neurotransmissor - substância química de molécula pequena (em geral aminas ou aminoácidos) que ao interagir com seu receptor determina o aparecimento de um potencial pós-sináptico excitatório rápido ou inibitório. Induzem as respostas mais agudas do sistema nervoso, como a transmissão de sinais sensoriais para o encéfalo e dos sinais motores do encéfalo para os músculos. Mais de 50 neurotransmissores importantes foram descobertos nos últimos anos. Alguns dos mais conhecidos são: acetilcolina, norepinefrina, epinefrina, histamina, ácido gama-aminobutírico (GABA), glicina, serotonina e glutamato; Neuromodulador - substância química que ao interagir com seu receptor altera a liberação de um neurotransmissor ou altera a excitabilidade pós-sináptica facilitando ou dificultando a ativação do elemento pós-sináptico pelo neurotransmissor e podendo prolongar ou reduzir o efeito do neurotransmissor. Os neuromoduladores são em sua maioria peptídeos (neuropeptídeos). Geralmente provocam ações prolongadas, como mudanças a longo prazo do número de receptores neuronais, abertura ou fechamento por longos períodos de certos canais iônicos e possivelmente também as mudanças a longo prazo do número ou dimensão das sinapses. Sinapses elétricas: os citoplasmas das células adjacentes estão conectados diretamente por aglomerados de canais de íons chamados junções comunicantes (gap junctions), que permitem o movimento livre dos íons de uma célula para outra. A corrente elétrica (iônica) flui diretamente do terminal pré-sináptico para o elemento pós-sináptico através de gap junctions. Em função de suas características, apresenta uma maior velocidade de transmissão, e também a possibilidade de transmissão bidirecional das sinapses. São encontradas no coração (discos intercalares), no músculo liso (útero), e no sistema nervoso central (dendritos). Por serem praticamente insensíveis à ação das drogas são resistentes à manipulação farmacológica, não sendo alvo de maior interesse terapêutico. Potencial de ação: A membrana do terminal pré-sináptico é chamada membrana pré-sináptica. Essa membrana tem grande número de canais de cálcio dependentes de voltagem. Quando o potencial de ação despolariza a membrana pré-sináptica, esses canais de cálcio se abrem e permitem a passagem de inúmeros íons cálcio para o terminal pré-sináptico. A quantidade de neurotransmissor que é, então, liberada na fenda sináptica é diretamente proporcional ao número de íons cálcio que entram. O mecanismo preciso, pelo qual os íons cálcio provocam essa liberação, não é conhecido em sua totalidade, mas pensa-se que seja assim: Quando os íons cálcio entram no terminal pré-sináptico, se ligam a moléculas de proteínas especiais, presentes na superfície interna da membrana pré-sináptica, chamadas sítios de liberação. Essa ligação, por sua vez, provoca a abertura dos sítios de liberação através da membrana, permitindo que algumas vesículas, contendo os neurotransmissores, liberem seu conteúdo na fenda sináptica, após cada potencial de ação. Sinalização celular: As células tipicamente se comunicam utilizando sinais químicos. Estes sinais químicos, que são proteínas ou outras moléculas produzidas por uma célula emissora, são geralmente secretados na célula e liberados no espaço extracelular. Lá eles podem flutuar até células vizinhas. Nem todas as células podem perceber um sinal, para isso (para serem uma célula alvo), uma célula vizinha deve ter o receptor correto para aquele sinal. Quando uma molécula sinalizadora se liga a seu receptor, altera a forma ou atividade do receptor, acionando uma mudança dentro da célula. Moléculas sinalizadoras são geralmente chamadas de ligantes. A mensagem carregada por um ligante é geralmente retransmitida por uma cadeia de mensageiros químicos dentro da célula. Em última análise, isso leva a uma mudança na célula, como a alteração da atividade de um gene ou até mesmo a indução de todo um processo como a divisão celular. O sinal intercelular original é convertido em sinal intracelular que aciona umaresposta. FORMAS DE SINALIZAÇÃO: Sinalização parácrina: tipo de sinalização qual as células se comunicam em distâncias relativamente curtas, permitindo que células coordenem localmente atividades com as células vizinhas. Sinalização sináptica: Quando o neurônio emissor dispara, um impulso elétrico move-se rapidamente pela célula, viajando por uma fibra de longa extensão chamada axônio. Quando o impulso alcança a sinapse, ele provoca a liberação de ligantes chamados neurotransmissores, os quais rapidamente cruzam o pequeno espaço entre as células nervosas. Quando os neurotransmissores chegam na célula receptora, eles ligam-se a receptores e causam uma alteração química dentro da célula (muitas vezes, abrindo canais iônicos e mudando o potencial elétrico através da membrana). Os neurotransmissores que são liberados na sinapse química são rapidamente degradados ou retomados pela célula emissora. Isto "reinicia" o sistema, assim, sinapse fica preparada para responder rapidamente ao próximo sinal. Sinalização autócrina: um sinal celular libera um ligante que se liga a receptores em sua própria superfície. célula se auto sinaliza. Sinalização endócrina: Quando células precisam transmitir sinais por longas distâncias, elas muitas vezes usam o sistema circulatório como uma rede de distribuição para as mensagens que elas enviam. Na sinalização endócrina de longa distância, os sinais são produzidos por células especializadas e liberados na corrente sanguínea, que transporta estes sinais para as células alvo em partes distantes do corpo. Sinais que são produzidos em uma parte do corpo e viajam através da circulação para atingir alvos distantes, são conhecidos como hormônios. 5-CARACTERIZAR A INTEGRAÇÃO DO SN E ENDÓCRINO E DESTES COM OS DEMAIS SISTEMAS Os sistemas nervoso e endócrino atuam juntos para coordenar funções de todos os sistemas do corpo. Lembre Se de que o sistema nervoso atua por meio de impulsos nervosos (potenciais de ação) conduzidos ao longo dos axônios dos neurônios. Nas sinapses, os impulsos nervosos desencadeiam a liberação de molécula mediadoras (mensageiras) chamadas de neurotransmissores. O sistema endócrino também controla atividades corporais por meio da liberação de mediadores, chamados hormônios, porém os meios de controle dos dois sistemas são bastante diferentes. O sangue circulante leva hormônios às células de todo o corpo. Tanto os neurotransmissores quanto os hormônios exercem seus efeitos ligando se a receptores encontrados nas suas “células alvo”. Inúmeros mediadores atuam tanto como neurotransmissor quanto como hormônio. Um exemplo comum é a norepinefrina, que é liberada como neurotransmissor pelos neurônios pós ganglionares simpáticos e como hormônio pelas células cromafins da medula da glândula suprarrenal. Muitas vezes, as respostas do sistema endócrino são mais lentas que as respostas do sistema nervoso;embora alguns hormônios ajam em segundos, a maioria demora alguns minutos ou mais para produzir uma resposta. Em geral, os efeitos da ativação pelo sistema nervoso são mais breves que os do sistema endócrino. O sistema nervoso atua em glândulas e músculos específicos. A influência do sistema endócrino é muito mais ampla; ajuda a regular praticamente todos os tipos de células do corpo Muitos dos sistemas de mensageiros químicos do corpo interagem entre si, para manter a homeostasia. Por exemplo, a medula adrenal e a hipófise secretam em sua maior parte seus hormônios em resposta a estímulos neurais. As células neuroendócrinas, localizadas no hipotálamo, têm axônios que terminam na hipófise posterior e eminência mediana e secretam vários neuro-hormônios, incluindo o hormônio antidiurético, a ocitocina e os hormônios hipofisiotróficos, que controlam a secreção dos hormônios da hipófise anterior. Os hormônios endócrinos são transportados pelo sistema circulatório para células em todo o corpo, incluindo o sistema nervoso em alguns casos, onde se ligam a receptores e iniciam muitas reações celulares. Alguns hormônios endócrinos afetam muitos tipos diferentes de células do corpo; por exemplo, o hormônio do crescimento (da hipófise anterior) causa crescimento da maioria das partes do corpo e a tiroxina (da tireoide) aumenta a velocidade de muitas reações químicas em quase todas as células do corpo. Os múltiplos sistemas hormonais desempenham papel-chave na regulação de quase todas as funções corporais, incluindo o metabolismo, crescimento e desenvolvimento, equilíbrio hidroeletrolítico, reprodução e comportamento. 6-CONCEITUAR HORMÔNIOS, DISCUTINDO SEU PAPEL NA COMUNICAÇÃO INTERCELULAR E NA INTEGRAÇÃO ORGÂNICA Hormônio é uma molécula mediadora liberada em alguma parte do corpo que regula a atividade celular em outras partes do corpo. A maioria dos hormônios entra no líquido intersticial e, depois, na corrente sanguínea. Os hormônios são considerados, como aquelas substâncias produzidas pelos órgãos endócrinos, cuja secreção vai para a corrente sanguínea. Na secreção exócrina, os produtos vão para o exterior do organismo ou trato gastrointestinal. São reconhecidos também, como hormônios, as substâncias produzidas pelos neurônios, como é o caso da vasopressina e da ocitocina, secretadas pelo nervo supraóptico e paraventricular do hipotálamo. Também são considerados como hormônios, algumas substâncias presentes em zonas do cérebro com funções de neurotransmissores, como hormônios liberadores do hipotálamo (GnRH, TRH, CRH, somatostatina) e alguns hormônios da pituitária (ACTH, β-endorfinas). Outros hormônios são sintetizados por células disseminadas em determinados tecidos e não por órgãos endócrinos definidos. Outros hormônios são produzidos no sangue, por ação enzimática sobre um precursor, como a angiotensina, ou a vitamina D3, produzida na pele, a partir de precursores exógenos. 7-CARACTERIZAR OS TIPOS DE RECEPTORES CELULARES (MEMBRANA, CITOPLASMÁTICOS E NUCLEARES) E SEUS MECANISMOS DE AÇÃO Proteínas integrais de membrana chamadas receptores agem como locais de reconhecimento celular. Cada tipo de receptor reconhece e se liga a um tipo específico de molécula. Por exemplo, os receptores de insulina se ligam ao hormônio insulina. Uma molécula específica que se liga a um receptor é chamada ligante daquele receptor Um receptor ionotrópico é um tipo de receptor que contém um sítio de ligação para um neurotransmissor e um canal iônico. Em outras palavras, estes componentes fazem parte da mesma proteína. O receptorionotrópico é um tipo de canal ativado por ligante. Na ausência do neurotransmissor ligante, o canal iônico do receptor ionotrópico permanece fechado. Quando o neurotransmissor correto se liga a este receptor, o canal iônico se abre. Muitos neurotransmissores excitatórios se ligam a receptores ionotrópicos que contêm canais catiônicos. Um receptor metabotrópico é um tipo de receptor que apresenta um sítio de ligação, mas não tem um canal iônico como parte de sua estrutura. Entretanto, este receptor está acoplado a um canal iônico separado por meio de uma proteína de membrana chamada proteína G. Quando um neurotransmissor se liga a um receptor metabotrópico, a proteína G abre (ou fecha) diretamente o canal iônico ou pode agir indiretamente por meio da ativação de outra molécula, um “segundo mensageiro” no citosol, o qual pode abrir (ou fechar) o canal iônico. Assim, o receptor metabotrópico é diferente do ionotrópico, pois o sítio de ligação do neurotransmissor e o canal iônico fazem parte de proteínas distintas. 8-CARACTERIZAR AS INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS A PERTURBAÇÃO DA HOMEOSTASE ORGÂNICA, RESSALTANDO O ESTRESSE E A AÇÃO DO CORTISOL (EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-ADRENAL), (SÍNDROME DE BURNOUT) Quando o Hipotálamo recebe um fator estressor agudo inicia a excreção de HLC (hormônio liberador de corticotrofina) -e vasopressina pois a principal área produtora de CRH(HLC) no hipotálamo também produz vasopressina, ou hormônio antidiurético-. Esse hormônio irá atuar na pituitária/hipófise ativando está para secretar o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), que finalmente estimula a adrenal, onde provoca a liberação do cortisol. O cortisol produz uma ampla gama de ações que, juntas, tentam preparar o organismo para lidar com a situação que está gerando o estresse: efeito anti-inflamatório e analgésico (evitando que a dor e inflamação impeçam a ação), mobilização dos estoques de glicose e o estímulo a sua produção pelo fígado (garantindo que cérebro e músculos tenham energia disponível para a reação), diminuição da diurese (aumentando o volume sanguíneo para o caso de perdas), aumento da pressão arterial (garantindo a irrigação sanguínea de cérebro e músculos), aumento da capacidade do fígado em destruir substâncias tóxicas, estímulo aos estados de vigília e ativação do cérebro, além de promoção da criação de memórias duradouras a partir do evento estressante (melhorando a capacidade de lidar com tais eventos, caso eles venham a se repetir no futuro). 9-CITAR AS PRINCIPAIS CLASSES DE FÁRMACOS QUE AGEM NO SNC E AS CONSEQUÊNCIAS DO USO ABUSIVO DESTES, DESTACANDO A AÇÃO DOS SEDATIVOS (EX: BENZODIAZEPÍNICOS) Os sedativos, por definição, são medicamentos capazes de reduzir a excitabilidade do sistema nervoso central (SNC) a diferentes estímulos, provenientes tanto do meio externo quanto do meio interno. Esse grupo de drogas também é conhecido como calmantes ou sedantes. A depender da função, o sedativo pode ser conhecido por outras nomenclaturas: para diminuir a dor, é chamado de analgésico; para afastar insônia, hipnótico; para reduzir níveis elevados de ansiedade, ansiolítico. Em relação ao mecanismo de ação , a maioria dessas drogas provoca sedação na medida em que inibe o SNC, por meio de uma ação depressora, que reduz o metabolismo cerebral, diminuindo assim o consumo de oxigênio, o fluxo sanguíneo cerebral e, consequentemente, a pressão intracraniana. Como essa inibição ocorre em várias áreas cerebrais, além de os pacientes relaxarem e se sentirem menos tensos, as capacidades motoras e cognitivas também são afetadas. Deve-se considerar também que as doses terapêuticas são muito próximas das que causam intoxicação, podendo ocasionar graus importantes de rebaixamento de consciência (inclusive coma) e depressão ou até parada respiratória. Os benzodiazepínicos constituem um grupo de fármacos de alto índice terapêutico, com excelentes qualidades sedativas hipnóticas e ansiolíticas, associadas à ação anticonvulsivante e relaxante muscular. Os benzodiazepínicos exercem seus efeitos por meio da ocupação do receptor benzodiazepínico, receptor que modula a ação do GABA (ácido g-aminobutírico), o mais abundante e importante neurotransmissor inibitório do SNC. A ação inibidora do GABA é feita mediante sua interação com o respectivo receptor. O complexo formado entre o GABA e o seu receptor (GABA-R) abre o canal de cloreto, aumentando sua condução intracelular, afetando a membrana do neurônio, despolarizando-a. Acredita-se que o mecanismo pelo qual os benzodiazepínicos atuam está aliado ao aumento da afinidade do GABA por seu receptor. Outra teoria propõe que os benzodiazepínicos atuariam no plano das terminações nervosas, acarretando maior liberação do GABA. Todos os benzodiazepínicos induzem tolerância e dependência. Essa tolerância parece representar mudança em relação aos receptores, embora o mecanismo não esteja totalmente esclarecido. A dependência constitui o grande problema. A suspensão do tratamento com benzodiazepínicos depois de semanas ou meses acarreta aumento dos sintomas de ansiedade, juntamente com tremores e tonturas Os opioides são todas as drogas naturais ou sintéticas com propriedades semelhantes às da morfina. A fentanila foi sintetizada em 1960 e é um opioide 100 vezes mais po- tente que a morfina, com efeito analgésico e que promo- ve a sedação Clases de fármacos: Antipsicóticos, antidepresivos, ansiolíticos, sedativos, hipnóticos, anticonvulsivantes, anestésicos 10-DISCUTIR A RESPEITO DA IMPORTÂNCIA DO VÍNCULO, DA COMUNICAÇÃO EFETIVA E DO ATENDIMENTO INTEGRAL DO PROFISSIONAL NA PRÁTICA MÉDICA Uma melhor relação médico-paciente não tem somente efeitos positivos na satisfação dos usuários e na qualidade dos serviços de saúde. Vários estudos mostram que influencia diretamente sobre o estado de saúde dos pacientes. Outros estudos têm confirmado que uma melhor relação médico-paciente interfere no sucesso do tratamento. A importância da relação terapêutica explica por que a adesão ao processo terapêutico depende mais do médico do que das características pessoais do paciente, em particular, o paciente é muito mais inclinado a atender a prescrição se ele pensa que conhece bem o médico que está prescrevendo Referências: 1/2/4/6/7- TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 12ª. edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2010. 3/4/5/6- GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. Editora Guanabara Koogan S.A. 6ª edição. Rio de Janeiro,1984. 4-DEOLIVEIRA, Luiz Fernando. Transmissão sináptica. Revista Brasileira de Anestesiologia, v. 44, n.1, p.25-33, 1994. 8- SCIELO. O eixo hipotálamo-pituitária-adrenal, a função dos receptores de glicocorticóides e sua importância na depressão. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbp/v26n3/a09v26n3. Acesso em: 16 de agosto. 2020. 9- Luiz, F.L.F.D.R.M. G. Farmacologia Aplicada em Medicina Intensiva. Grupo GEN, 2011. 978-85-412-0035-6. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-412-0035-6/. Accesso em: 15 Aug 2020 10- CAPRARA, Andrea; RODRIGUES, Josiane. A relação assimétrica médico-paciente: repensando o vínculo terapêutico. Ciência & saúde coletiva, v. 9, n. 1, p. 139-146, 2004. 10- UFMG. O Método Clínico Centrado na Pessoa. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/3934.pdf. Acesso em: 15 de agosto. 2020.
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