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Análise do Discurso de Sócrates no Banquete de Platão

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Disciplina: FCHB50 LEITURA E REDAÇÃO DE TEXTO FILOSÓFICO
PROFESSOR: DANIEL TOURINHO PERES
Análise do Discurso de Sócrates no Banquete de Platão
Sócrates é o último a discursar no Banquete de Agáton. O tema proposto é um discurso em homenagem ao deus Eros. Sócrates passa a narrar que o conhecimento adquirido sobre esse deus adveio de um diálogo com a sacerdotisa Diotima, que o fez enxergar a verdadeira natureza de Eros, passando então a recontar este diálogo, bem assim a conclusão a que chegaram. 
Inicialmente se estabelece a origem de Eros, sendo este filho de Poros com a Penúria, por essa razão apesar de corajoso e destemido como o pai, traz em si o traço de penúria da mãe, que se denota em seus pés despidos, seus trajes simples e na sua carência. Em seguida, aponta-se a natureza de Eros, que estaria a um meio-termo entre deus e o tolo/humano, pois que não poderia ser um deus, visto que esse não possui nenhuma carência, nem almeja suprir algo seja de amor, seja de sabedoria, pois já detém todo conhecimento e toda a beleza, são seres plenos. Mas, tampouco é um tolo que, dada sua ignorância, igualmente não tem sede de sabedoria e de amor, permanecendo imerso em sua tolice. Eros se encontra assim no ponto médio entre um e outro. 
Passa então o diálogo a tratar do que é Eros, estabelecendo-se que ele é o amor do belo, ama o que é bom, e quem assim procede encontra a felicidade, é feliz. Questiona-se então, qual seria a utilidade de Eros? Diz Diotima (ou Socrates? Pois me parece que ele a utiliza como recurso para expor seu pensamento com certo distanciamento, afinal foi a sacerdotisa quem o disse, não ele...), os homens amam o que é bom, e desejam ter/reter o que é bom, o objeto do seu amor, concluindo que o amor é o desejo de procriação no belo. Uma procriação não necessariamente física, mas de ideias, pensamentos, arte, poesia...
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