1º SIM ENEM DARWIN EXTRA 2020 - PROVA 1 - 11-07-2020 (1)

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1º SIMULADO ENEM DARWIN EXTRA / 2020 – PROVA 1 
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO 
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 
3ª SÉRIE/EM – PRÉ-VESTIBULAR – 11/07/2020 
OBSERVAÇÕES 
[ 01 ] - Este Caderno de Questões contém 90 questões numeradas de 1 a 90. 
A) as questões de número 01 a 45 são relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
B) as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
[ 02 ] - Para cada uma das questões objetivas são apresentadas 5 opções identificadas com as letras 
A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente à questão. 
[ 03 ] - O tempo disponível para esta prova é de 5h30. 
[ 04 ] - Reserve os 30 minutos finais para marcar suas respostas. Os rascunhos e as marcações as-
sinaladas no caderno de questões não serão considerados na avaliação. 
Nome: _____________________________________________________________________________ 
Turma: __________________ Unidade: __________________________________________________ 
 
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1º SIMULADO ENEM DARWIN EXTRA / 2020 – PROVA 1 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 
Questões de 01 a 45 
Questões de 01 a 05 (opção Inglês/Espanhol) 
 
 
OPÇÃO – INGLÊS (1 A 5) 
THE NEW RADIO: LAST.FM 
AMERICAN TOP 40 is a great way to keep up with 
the masses, but the hit parade is not exactly 
personalized. Last.fm, on the other hand, is like a 
nonstop long-distance dedication: The online music 
site spies on your listening habits, works some 
algorithmic magic, and plays back just-for-you songs. 
Creepy, perhaps, but effective. 
The secret is Last.fm’s Audioscrobbler plug-in: It 
checks your existing music library and monitors your 
playlist (for iPods, the plug-in uploads a day’s worth 
of listening history to Last.fm when you dock your 
player). Knowing that just because you own a song 
doesn’t mean you love it, the software can tell 
whether you let it play all the way through or hit Fast 
Forward. Over time, Last.fm learns what you’re into 
and creates a music profile of you. It compares that 
with its database of other listener profiles to find 
potential matches. Besides playing songs it thinks 
you’ll like (the company has licenses for 500,000 of 
the 40 million songs in its database), it also 
recommends music for you to buy. Last.fm doesn’t 
use a formula based on musical attributes, which can 
result in recommendations that all sound the same. 
Rather, the London-based company figures that if two 
people like both Dolly Parton and Justin Timberlake, 
one of them may like that country-tinged Prince song 
the other has been grooving to. Spyware never 
sounded so good. – S.Z. 
Source: Wired Magazine 
1. A principal diferença entre a Last.fm e as rádios con-
vencionais é: 
a) a Last.fm possui menos propagandas. 
b) as rádios convencionais interagem com o ouvinte. 
c) as rádios são personalizadas e tocam sempre as 
mesmas canções. 
d) a Last.fm toca somente as 40 melhores músicas 
dos EUA. 
e) a Last.fm só toca músicas que agradam cada ou-
vinte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. A tirinha acima mostra a utilização de uma máquina 
muito comum nas casas americanas. De acordo com 
a fala da personagem no último quadrinho, podemos 
concluir que o rapaz que usou a máquina: 
a) causou um estrago na máquina ao utilizá-la dessa 
forma. 
b) ficou preocupado em deixar tudo embolado, pois 
a limpeza seria mais fácil. 
c) levou em consideração o trabalho que daria após 
a lavagem das roupas. 
d) achou que secar as roupas em quantidades me-
nores teria um resultado melhor. 
e) considerou que seria mais fácil de fazer, porém 
mais difícil de carregar. 
 
 
During the whole of a dull, dark, and soundless day 
in the autumn of the year, when the clouds hung 
oppressively low in the heavens, I had been passing 
alone, on horseback, through a singularly dreary tract 
of country; and at length found myself, as the shades 
of the evening drew on, within view of the melancholy 
House of Usher. I know not how it was – but, with the 
first glimpse of the building, a sense of insufferable 
gloom pervaded my spirit. I say insufferable; for the 
feeling was unrelieved by any of that half-pleasurable, 
because of poetic, sentiment with which the mind 
usually receives even the sternest natural images of 
the desolate or terrible. 
POE, E. A. The fall of the house of Usher. In: COCHRANE, J. (Ed.). The 
penguin book of American short stories. London: Penguin books, 1987. p. 
56. 
 
3. Esse trecho é o início do conto The Fall of the House 
of Usher, de Edgar Allan Poe. O sentimento predomi-
nante nesse trecho narrado é de 
a) angústia. 
b) desprezo. 
c) debilitação. 
d) arrependimento. 
e) ódio. 
 
 
 
 
 
 
 
If you didn’t do all of 
your laundry in one 
load, it would come out 
of the dryer a lot 
fluffier than that. This is 
easier to 
 carry. 
 
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4. A imagem trata da diferença entre a sociedade no 
passado e a atual. Analisando a imagem e as falas, 
é correto afirmar que 
a) as mães têm se relacionado melhor com seus fi-
lhos. 
b) a superproteção dos pais está cada vez maior. 
c) a escola tem diminuído muito em termos de quali-
dade. 
d) as crianças têm maior interesse pela escola atual-
mente. 
e) os pais têm se interessado menos pela educação 
de seus filhos. 
 
 
Female, gentle, intelligent, and refined to look after a 
boy and girl aged 5 and 6, in Florence, Italy. Lovely 
villa on hillside with private room and bath. Children 
are in school from 9 a.m. to 5 p.m. for five days a week 
allowing governess time for leisure, study, or social life. 
Some housekeeping in the children’s area. Father a 
retired American physician living permanently with 
them in Italy. Box 4190. 
Advertisements in the Observer 
5. Os jornais impressos costumavam publicar anúncios 
de vários serviços, dentre eles, a oferta de empregos. 
Esse trecho é de um jornal na Itália de uma pessoa 
que oferece um trabalho de babá que parece ser van-
tajoso porque 
a) a vida social é intensa. 
b) o apartamento é espaçoso. 
c) o patrão trabalha em casa. 
d) o salário é muito bom. 
e) o período de folga é longo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OPÇÃO – ESPANHOL (1 A 5) 
Lea el texto 
Brasil mejora: ¿podemos aprovecharlo? 
Con mayores fundamentos que a fines de 2016, aun-
que no mucho mayores, han reaparecido estos días 
las expectativas de que la economía brasileña le dé, 
al fin, una buena mano a la Argentina. Esa mano que 
se espera hace tiempo se llama exportaciones y, so-
bre todo, exportaciones industriales. 
Entre 2015 y 2016, la economía brasileña acumuló 
una caída del 7,2% y sufrió una recesión sin prece-
dentes. Tomando como cierto el 1%, el PBI estaría 
hoy al mismo nivel de 2011 y medido por habitante, 
igual que en 2010. De ahí se viene. Peor fue el reco-
rrido de la actividad industrial, que entre 2014 y 2016 
se desplomó nada menos que un 19%. Pero dos pro-
yecciones, ya sobre 2018, mejoran verdaderamente 
el panorama. Privada, una anticipa crecimiento eco-
nómico del 2,7% y la otra, del propio Ministerio de 
Hacienda brasileño, sube la raya al 3%. 
Está claro que ambas hipótesis deben ser probadas 
en los hechos y, también, que la Argentina debe tener 
con qué aprovechar la oportunidad. Durante los últi-
mos años la vía comercial funcionó exactamente en 
sentido contrario al que ahora se espera: en 2017, 
Brasil cosechó un superávit de US$ 8.183 millones 
que fue récord histórico. Lacuenta trepa a US$ 
12.516 millones cuando se le suma 2016. La Argen-
tina pagó parte de la recesión brasileña, porque fue 
uno de los mercados a los que los brasileños manda-
ron la producción que no podían colocar puertas 
adentro. 
En conclusión, varias de 2017 remiten a las posibili-
dades de capitalizar el crecimiento que parece aso-
mar. Pese a sus dificultades y por necesidad, Brasil 
aumentó las importaciones totales un 9,6%, o sea, el 
doble largo del 3,8% que nos tocó a nosotros. Para 
China no pintó 9,6% sino 17%, o un porcentaje cuatro 
veces y media mayor al nuestro. Registros aún más 
altos anotaron países de la región que no figuran en 
la categoría de potencias: por ejemplo, el 19,8% de 
Chile; el 20% de México y el 31% de Perú. 
Esto vuelve a plantear la cuestión de tener productos 
con los cuales poder entrar o, peor, canta que existen 
competidores más fuertes; si se prefiere, mejor pre-
parados. 
(Alcadio Oña. www.clarin.com, 21.01.2018. Adaptado.) 
1. En el segundo párrafo, decir que “entre 2014 y 2016 
se desplomó nada menos que un 19%” indica que la 
actividad industrial 
a) se mantuvo en los mismos niveles. 
b) se mostró muy inestable. 
c) tuvo un alza significativa. 
d) se recuperó muy pronto. 
e) sufrió una fuerte caída. 
 
 
 
 
 
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Observe a imagem e responda: 
 
https://blogs.worldbank.org/es/voices/prevencion-de-la-violencia-contra-
las-mujeres-en-el-transporte-publico 
2. A campanha contra o assédio sexual reflete na im-
portância de: 
a) Das mulheres saberem se desvencilhar das vio-
lências. 
b) Da importância de câmeras de segurança nos 
transportes públicos. 
c) De não ser indiferente e denunciar ao ver alguma 
mulher em apuros. 
d) Da sororidade entre as mulheres. 
e) A importância de uma educação que reflita sobre 
valores. 
 
3. 
Soy madre de un pequeño de 3 años y a partir del 
artículo “Desenchúfalo… ¡y a jugar!”, me puse a pen-
sar en el tiempo que le dedico a mi hijo. Todos los 
días, cuando llego a mi casa, mi prioridad es mi hijo 
y nos turnamos con mi marido para ver quién cocina 
y quién se tira en el piso a jugar con Santiago. Nues-
tro hijo tiene toda tecnología a su disposición, porque 
su papá es técnico en sistemas, pero cuando llega-
mos a casa después de un agotador día laboral, nos 
desenchufamos los tres y usamos cualquier cosa que 
tengamos a mano: una pelota o una sábana para di-
vertirnos. Esa pequeña terapia de risa es altamente 
curativa contra los bajones anímicos, contra el es-
trés, contra los pequeños enojos cotidianos, contra 
todo. 
 (OVIEDO, P. Sophia, n. 130, ago. 2012 - adaptado) 
(H8- Localizar ideias principais em textos em níveis 
de compreensão variados.) 
O texto é uma carta de leitor sobre a reportagem “De-
senchúfalo… ¡y a jugar!”, publicada em uma revista. 
Ao relatar sua experiência pessoal, a leitora retoma 
o tema da reportagem e confirma a necessidade de: 
a) desconectar as crianças dos aparelhos tecnológi-
cos e brincar com elas. 
b) cercar as crianças da tecnologia disponível e 
treiná-las a usá-la. 
c) oferecer às crianças uma variedade de brinque-
dos não tecnológicos. 
d) revezar o tempo que cada um dedica às brinca-
deiras com os filhos. 
e) controlar o tempo de que os filhos dispõem para 
usar os aparelhos tecnológicos. 
 
4. 
 
La lectura de la viñeta permite concluir que los dere-
chos de la mujer 
a) haviam melhorado em determinado momento da 
civilização. 
b) continuam sem ser respeitados. 
c) estão definidos desde sempre. 
d) ganharam força na atualidade. 
e) se equipararam aos direitos dos homens. 
 
5. 
Sobre los zurdos se ha dicho mucho: que son más 
creativos o inteligentes, que tienen más tendencia a 
destacar, que tienen más probabilidades de padecer 
esquizofrenia, que duermen peor, que viven menos... 
la mayoría de estas afirmaciones no tienen mucha 
base científica o proceden de estudios con numero-
sos sesgos en el diseño y análisis de los datos. Va-
mos a ver algunos datos y curiosidades sobre los zur-
dos, a conocer a personalidades zurdas del mundo 
de las artes y de las ciencias, y también a averiguar 
de dónde proceden esos mitos que circulan sobre la 
zurdera. Se estima que una de cada diez personas 
en el mundo es zurda, y además es una caracterís-
tica más frecuente en hombres que en mujeres. En 
España hay en torno a cinco millones de personas 
zurdas. 
adaptadode:https://www.muyinteresante.es/ciencia/fotos/curiosidades-so-
bre-los-zurdos/1 
https://www.muyinteresante.es/revista-muy/noticias-muy/articulo/falsos-mitos-sobre-los-zurdos-381474012868
 
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De acordo com o texto pode-se afirmar que: 
a) A população surda na Espanha é maior que cinco 
milhões de pessoas. 
b) As celebridades acabam reforçando os mitos so-
bre as pessoas surdas. 
c) A população surda se destaca por suas inúmeras 
habilidades. 
d) As pessoas que não são destras acabam tendo 
tendência à esquizofrenia. 
e) O texto destaca que há mais homens canhotos 
que mulheres. 
 
6. (Enem) Os nossos ancestrais dedicavam-se à caça, 
à pesca e à coleta de frutas e vegetais, garantindo 
sua subsistência, porque ainda não conheciam as 
práticas de agricultura e pecuária. Uma vez esgota-
dos os alimentos, viam-se obrigados a transferir o 
acampamento para outro lugar. 
HALL, P. P. Gestão ambiental. São Paulo: Pearson, 2011 (adaptado). 
O texto refere-se ao movimento migratório denomi-
nado 
a) pendularismo. 
b) nomadismo. 
c) êxodo rural. 
d) transumância. 
e) sedentarismo. 
 
7. 
 
Pinturas de 4,4 mil anos encontradas na tumba da 
Sacerdotisa Hetpet representam a sociedade da 
época 
 A pintura egípcia pode ser caracterizada como uma 
arte que: 
a) a dimensão das pessoas e objetos não caracteri-
zava uma relação de proporção e distância, mas 
sim os níveis hierárquicos daquela sociedade. 
b) concebeu as imagens como modelo de conduta, 
utilizando-as em rituais profanos. 
c) adornou os palácios como forma de representa-
ção pública do poder político. 
d) valorizou a originalidade na criação artística como 
possibilidade de experimentação de novos estilos. 
e) definiu os valores passageiros e transitórios como 
forma de representação privilegiada. 
 
 
 
8. 
 
“O Casal Arnolfini”. 
Entre os pintores flamengos (que viviam nos Países 
Baixos durante a Idade Média), um dos que mais se 
destacaram no emprego do estilo gótico foi: 
a) Vincent van Gogh. 
b) Velasquez. 
c) Rambrandt. 
d) Johannes Vermeer. 
e) Jean Van Eyck. 
 
9. O impressionismo foi um movimento artístico (artes 
plásticas e música) que surgiu na França no final do 
século XIX. Este movimento é considerado o marco 
inicial da arte moderna. O nome “impressionismo” 
deriva de uma obra de Monet chamada Impressão, 
nascer do Sol (1872). 
Uma das características do impressionismo nas 
artes plásticas é 
a) contraste e intensidade cromática. 
b) dinamismo e vigor. 
c) técnica abrupta e "violenta" na pintura, com gros-
sas camadas de tinta. 
d) valorização de temas sombrios, trágicos. 
e) uso de efeitos de sombras coloridas e luminosas. 
 
10. Dois períodos distintos na história destacam-se 
quando se fala sobre arte e grandes mestres, o Re-
nascimento e o Barroco. Os trabalhos criados du-
rante esses tempos eram muito parecidos uns com 
os outros, mas com diferenças distintas. 
Os debates sobre o período produzido melhor arte 
ainda continuam hoje com apoiantes de ambos os 
campos apresentando argumentos convincentes. É 
correto afirmar que 
a) Caravaggio é um dos representantes do Renasci-
mento. Seu trabalho é mais humano, sem recorrer 
demais à solenidade. O drama é muito acentuado, 
mostrando um realismopsicológico. 
b) Os pintores barrocos mostram ambientes com 
claro-escuro, pessoas realistas, com seus pontos 
fortes e fracos. O barroco não teve escrúpulos em 
mostrar a palidez ou sinais de doença de alguns 
de seus clientes. 
 
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c) A pintura Barroca melhora a perspectiva em com-
paração com a arte medieval. A anatomia humana 
é representada em grande detalhe, graças ao 
aprimoramento das técnicas pictóricas e ao uso 
de um novo estilo de pintura com a tinta à óleo. 
d) O famoso homem vitruviano de Rafael Sancio é 
bem conhecido, uma representação muito confiá-
vel da anatomia humana, além de seu conhecido 
trabalho Gioconda. 
e) O pintor barroco não capta a realidade como a vê 
e sente, com seus limites, posturas violentas, 
composições diagonais. Ele não se concentra no 
ser humano individual. A arte se torna muito dis-
tante do público. 
 
11. Nas manifestações afro-brasileiras, mais concreta-
mente nos momentos de festa, registra-se um nú-
mero considerável de manifestações (...) que demar-
cam traços de africanidade, sem, contudo, confirmar-
se a presença de aspectos religiosos ou mágicos no 
momento da sua realização, antevendo-se, em algu-
mas das expressividades manifestas, simples atos 
de puro divertimento dos negros nessa nova terra e 
nos momentos consentidos pelos seus senhores. 
Dentre essas formas de expressão, pode-se referir 
terem ocorrido muitas vezes, isolada ou concomitan-
temente, o lundu, o jongo, o batuque, o maracatu, o 
samba e, inclusive a capoeira, salientando-se nessa 
última manifestação, em face de registros documen-
tais do século XIX (ARAÚJO, 2002, p. 109). 
Dança, expressão religiosa ou luta? Eis um questio-
namento muito comum entre pessoas que revelam 
algum interesse por conhecer melhor essa manifes-
tação cultural denominada capoeira. Com base no 
texto apresentado, pode-se concluir que 
a) a capoeira é uma luta ritmada, com fins esportivos 
e competitivos, praticada em datas festivas. 
b) entre as diversas manifestações que aludem ao 
sofrimento do povo africano está a capoeira. 
c) a capoeira é uma expressão da africanidade que 
envolve aspectos religiosos e místicos. 
d) o samba, assim como a capoeira, são expressões 
da africanidade reveladas em momentos de des-
contração. 
e) a capoeira é uma manifestação cultural trazida 
para o Brasil no século XIX. 
 
12. 
A importância do esporte na adolescência 
Sabemos que hábitos saudáveis devem ser adquiri-
dos o quanto antes. Sabemos também que o seden-
tarismo e a obesidade são dois dos principais fatores 
de risco modificáveis para a saúde, sendo responsá-
veis por boa parte dos óbitos precoces. Esses dois 
fatos já seriam suficientes para estimular a prática de 
esportes na adolescência, mas as razões vão muito 
além. 
No passado bem próximo, a atividade física natural, 
aquela necessária para realizarmos nossos afazeres 
diários, eram intensas. Nossos pais andavam cerca 
de 5 kms por dia para ir às poucas escolas das cida-
des. Nossas avós tinham grande atividade lavando 
roupas, passando com ferros pesados e limpando a 
casa que eram desprovidas dos nossos modernos pi-
sos (tão práticos!). As crianças brincavam livremente 
nas ruas, andavam de bicicleta, corriam, subiam em 
árvores. Passavam horas fazendo atividades físicas 
e tomando sol. 
Muitos pais e avós se recusam a ver a necessidade 
de substituir estes saudáveis hábitos (quase impos-
síveis nas grandes cidades) por atividades físicas 
programadas. 
Praticar esportes durante uma hora, 4 vezes por se-
mana, é garantir atividade física mínima por, pelo me-
nos, metade dos dias do ano (lembrem-se que a se-
mana tem 7 dias e que existem feriados e férias). 
No entanto existem outras vantagens para a ativi-
dade física programada, não tão fáceis de enxergar 
como as anteriores. Uma delas é aprender a obede-
cer a regras. Num tempo em que quase não existem 
restrições aos adolescentes, obedecer a um técnico, 
que poderá puni-lo até com a exclusão da equipe, 
pode ser vital para a formação do caráter. No esporte 
o adolescente aprende a relação causa – conse-
quência: “Se eu treino fico bom, se não treino, estou 
fora”, “Se não me dedicar não tenho chance de ven-
cer”, etc. Aprende a se preparar com antecedência 
para eventos futuros. Na escola costumam estudar 
na véspera, ou deixar o trabalho para o último dia. No 
esporte isto não funciona. Muitos adolescentes en-
saiam o ano inteiro para apresentações de dança e 
patinação no final do ano. 
(https://www.afinidades.com.br/a-importancia-do-esporte-na-adolescencia/) 
A prática de esportes é benéfica para os adolescen-
tes em vários aspectos. Com base no texto, pode-se 
inferir que a educação física nas escolas 
a) acaba distorcendo os principais propósitos da prá-
tica esportiva e limita a atividade a uma lição de 
obediência e planejamento. 
b) ensina o adolescente a reagir sob pressão ao im-
por a ele tarefas que requerem agilidade e res-
posta técnica imediata. 
c) procura compensar a falta de hábitos saudáveis 
ao garantir a prática de atividades físicas por, pelo 
menos, metade dos dias do ano. 
d) ao impor alguma forma de punição àqueles que 
não obedecem às regras, vai de encontro a um 
modelo que dá total autonomia ao adolescente. 
e) rompe com certos padrões de comportamento 
como a competitividade e a insubordinação. 
 
 
13. (questão e texto adaptados) 
Há diferentes formas de ensinar o esporte e diferen-
tes razões para fazê-lo. Ensina-se, sistematica-
mente, pelo treino, com fins de participação em com-
petições esportivas. Ensina-se também, em momen-
tos de descontração, para divertir ou para preservar 
tradições e expressões culturais. 
 
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Uma proposta de ensino do esporte escolar que visa 
ao desenvolvimento integral do ser humano e pre-
serva os aspectos da ludicidade, da espontaneidade 
e da auto-organização dos alunos e é concebida 
como expressão do esporte 
a) educacional. 
b) recreativo. 
c) de rendimento. 
d) de co-participação. 
e) competitivo. 
 
14. 
Tratado geral das grandezas do ínfimo 
A poesia está guardada nas palavras — é tudo que 
eu sei. 
Meu fado é o de não saber quase tudo. 
Sobre o nada eu tenho profundidades. 
Não tenho conexões com a realidade. 
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro. 
Para mim poderoso é aquele que descobre as insig-
nificâncias (do mundo e as nossas). 
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbe-
cil. 
Fiquei emocionado. 
Sou fraco para elogios. 
Manoel de Barros 
 
Para apresentar sua concepção sobre o fazer poé-
tico, o eu lírico vale-se de um paradoxo verbalizado 
no título do poema e reafirmado no verso 
a) Meu fado é o de não saber quase tudo. 
b) Sobre o nada eu tenho profundidades. 
c) Não tenho conexões com a realidade. 
d) Poderoso para mim é aquele que descobre ouro. 
e) Sou fraco para elogios. 
 
15. 
(...) 
 
Já fiz o corre pra te ver 
Juntei a grana da passagem 
Contando as horas pra gente matar a saudade 
 
Ô, bebê, gosto mais de você 
Do que de mim, do que de mim 
Ô, bebê, gosto mais de você 
Do que de mim, do que de mim 
 
Antes de você eu era do mundão 
Gratidão, minha princesa 
Mudou minha cabeça, só me fez crescer 
Bota fé no que eu vou dizer 
 
(...) 
Felipe Escandurras / Rafinha RSQ. 
Considerando a letra da canção e o gênero funk 
como ponto de partida para uma reflexão sobre os 
usos da língua em diferentes contextos, infere-se que 
a) as gírias são uma variedade da língua criada para 
caracterizar o modo de expressão de pessoas me-
nos favorecidas socialmente. 
b) o nível informal da linguagem permite o uso de ex-
pressões que podem revelar traços socioculturais 
do indivíduo.c) a linguagem popular tem sua gênese em razões 
estilísticas e revela-se, sobretudo, nos desvios 
gramaticais mais sutis das letras de funk. 
d) a mídia tem a função de dissolver fronteiras e 
acaba prestando um desserviço à comunidade de 
falantes ao estimular o abandono das formas indi-
viduais de expressão. 
e) a presença de oralidade no texto escrito pressu-
põe obediência às regras da norma culta. 
 
 
16. 
Basta De Clamares Inocência 
Basta de clamares inocência 
Eu sei todo o mal que a mim você fez 
Você desconhece consciência 
Só deseja o mal a quem o bem te fez 
Basta não ajoelhes, vá embora 
Se estás arrependido 
Vê se chora 
Quando você partiu 
Disseste chora, não chorei 
Caprichosamente fui esquecendo 
Que te amei 
Hoje me encontras tão alegre 
E diferente 
Jesus não castiga o filho que está inocente 
Basta não ajoelhes, vá embora 
Se estás arrependido 
Vê se chora 
(Cartola) 
O projeto discursivo adotado na letra da canção en-
volve a interlocução, ou seja: a mensagem é despa-
chada ao interlocutor de forma direta. A respeito dos 
recursos mobilizados para alcançar os propósitos do 
eu lírico, é correto afirmar que 
a) as formas verbais atribuídas ao interlocutor osci-
lam entre segunda e terceira, revelando a prová-
vel intenção de adequar estilisticamente o dis-
curso a um nível mais formal. 
b) a sequência narrativa que se apresenta revela a 
intenção de justificar o sentimento de culpa que 
acomete o eu lírico. 
c) embora situações de comunicação como a verifi-
cada no texto se apresentem comumente em mo-
dalidade oral, os registros do autor sinalizam au-
sência da informalidade característica. 
d) a referência à figura sagrada constrói um argu-
mento que se relaciona diretamente ao apelo do 
eu lírico explicitado no primeiro verso. 
e) para revelar a não adesão ao suposto apelo do 
interlocutor, o eu lírico opta por ironias reveladas 
no decorrer do texto. 
 
 
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1º SIMULADO ENEM DARWIN EXTRA / 2020 – PROVA 1 
17. 
 
A partir da análise de todo o texto e levando em conta 
os recursos linguísticos e gráficos utilizados, é perti-
nente considerar que o apelo publicitário verificado 
no anúncio em questão apoia-se, principalmente, na 
ideia de 
a) modernização. 
b) popularização. 
c) incrementação. 
d) padronização. 
e) gourmetização. 
 
18. 
 
O título de editorial apresentado e o tom discursivo 
adotado revelam uma das principais funções sociais 
desse gênero textual, que é a de 
a) promover movimentos populares contra manifes-
tações antidemocráticas. 
b) despertar a curiosidade no leitor para que leia a 
presente edição da revista. 
c) revelar seu comprometimento social ao expor opi-
niões e convocar ações de resposta. 
d) dar voz ao público em um espaço destinado à ex-
pressão das opiniões dos leitores. 
e) questionar a validade das ações governamentais 
em todos os âmbitos de interesse. 
 
19. 
O presente artigo relata como foi implementado o 
projeto Cariacica contra a Dengue, no município de 
Cariacica/ES. O objetivo da campanha foi localizar 
focos do mosquito transmissor e ensinar à população 
local maneiras de combater o Aedes aegypti. Para 
tanto, foram espalhadas armadilhas de oviposição 
em diferentes bairros da cidade. Após a análise des-
ses indicadores, perceberam-se zonas em que a pre-
sença de larvas e insetos adultos era mais proemi-
nente. Esses lugares receberam a visita de agentes 
de saúde, que não apenas eliminaram repositórios 
de água parada, como também aplicaram questioná-
rios com as famílias acerca de seu conhecimento so-
bre as maneiras de prevenir a proliferação do mos-
quito. Constatou-se que, devido à intervenção direta 
das equipes, pôde-se evitar uma epidemia de den-
gue na cidade, uma vez que as zonas de risco rece-
beram atenção no momento certo. 
(https://regrasparatcc.com.br/formatos-de-trabalhos-academicos/resumos-
de-artigos-cientificos/) 
A função referencial ou denotativa da linguagem ma-
nifesta-se, no texto em questão, em um discurso ca-
racterizado como 
a) normativo ou culto-padrão. 
b) técnico-científico. 
c) coloquial. 
d) expressivo. 
e) instrutivo. 
 
20. 
 
O ESTADO: CABALAU 
Enquanto exemplar de um gênero textual, a charge 
apresentada tem como principal objetivo 
a) relacionar a política brasileira a brincadeiras de 
um palhaço. 
b) promover uma reflexão sobre os problemas políti-
cos brasileiros. 
c) veicular uma crítica sobre a atuação dos políticos 
no cenário nacional. 
d) sensibilizar o povo brasileiro a respeito dos pro-
blemas eleitorais do país. 
e) levar o leitor a comparar os políticos brasileiros a 
palhaços. 
 
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1º SIMULADO ENEM DARWIN EXTRA / 2020 – PROVA 1 
21. 
A mulher e a patroa (Martha Medeiros) 
Há homens que têm patroa. Ela sempre está em casa 
quando ele chega do trabalho. O jantar é rapida-
mente servido à mesa. Ela recebe um apertão na bo-
checha. A patroa pode ser jovem e bonita, mas tem 
uma atitude subserviente, o que lhe confere um certo 
ar robusto, como se fosse uma senhora de muitos 
anos atrás. 
Há homens que têm mulher. Uma mulher que está 
em casa na hora que pode, às vezes chega antes 
dele, às vezes depois. Sua casa não é sua jaula nem 
seu fogão é industrial. A mulher beija seu marido na 
boca quando o encontra no fim do dia e recebe dele 
o melhor dos abraços. A mulher pode ser robusta e 
até meio feia, mas sua independência lhe confere um 
ar de garota, regente de si mesma. 
Há homens que têm patroa, e mesmo que ela tenha 
tido apenas um filho, ou um casal, parece que gerou 
uma ninhada, tanto as crianças a solicitam e ela lhes 
é devota. A patroa é uma santa, muito boa esposa e 
muito boa mãe, tão boa que é assim que o marido a 
chama quando não a chama de patroa: mãezinha. 
Há homens que têm mulher. Minha mulher, Suzana. 
Minha mulher, Cristina. Minha mulher, Tereza. Mu-
lheres que têm nome, que só são chamadas de mãe 
pelos filhos, que não arrastam os pés pela casa nem 
confiscam o salário do marido, porque elas têm o 
dela. Não mandam nos caras, não obedecem os ca-
ras: convivem com eles. 
Há homens que têm patroa. Vou ligar pra patroa. Vou 
perguntar pra patroa. Vou buscar a patroa. É carinho, 
dizem. Às vezes, é deboche. Quase sempre é muito 
cafona. 
Há homens que têm mulher. Vou ligar para minha 
mulher. Vou perguntar para minha mulher. Vou bus-
car minha mulher. Não há subordinação consentida 
ou disfarçada. Não há patrões nem empregados. Há 
algo sexy no ar. 
Há homens que têm patroa. 
Há homens que têm mulher. 
E há mulheres que escolhem o que querem ser. 
Faz parte do projeto estilístico e discursivo do texto a 
afirmação que relaciona, em diversos momentos, as 
esposas a uma patroa e a uma mulher, a fim de sig-
nificar, com a conclusão da leitura, que 
a) a grandeza das mulheres reside na insubordina-
ção. 
b) uma mulher não deve ser patroa, em suas rela-
ções, por opção. 
c) é tarefa dos homens aprender como se dirigir ade-
quadamente às suas parceiras. 
d) ser mulher é incoerente com ser mãe ou ser es-
posa. 
e) ser mulher envolve escolhas que determinarão 
sua representatividade. 
 
 
22. 
Concordo plenamente com o artigo "Revolucione a 
sala de aula". É preciso que valorizemos o ser hu-
mano, seja ele estudante, seja professor. Acredito na 
importância de aprender a respeitar nossos limites e 
superá-los, quando possível, o que será mais fácil se 
pudermos desenvolver a capacidade de relaciona-
mento em sala de aula. Como arquiteta, concordo 
com a postura de valorização do indivíduo, em qual-
quer situação: se procurarmos uma relação de res-
peito e colaboração, seguramente estaremos criando 
a base sólida de uma vida melhor. 
Tania Bertoluci de Souza. 
Porto Alegre, RS 
Disponível em: <:http://www.kanitz.com.br/veja/cartas.htm>.Acesso em: 2 maio 2009 (com adaptações). 
Em uma sociedade letrada como a nossa, são cons-
truídos textos diversos para dar conta das necessi-
dades cotidianas de comunicação. Assim, para utili-
zar-se de algum gênero textual, é preciso que conhe-
çamos os seus elementos. A carta de leitor é um gê-
nero textual que 
a) apresenta sua estrutura por parágrafos, organi-
zado pela tipologia da ordem da injunção (co-
mando) e estilo de linguagem com alto grau de 
formalidade. 
b) se inscreve em uma categoria cujo objetivo é o de 
descrever os assuntos e temas que circularam 
nos jornais e revistas do país semanalmente. 
c) se organiza por uma estrutura de elementos bas-
tante flexível em que o locutor encaminha a ampli-
ação dos temas tratados para o veículo de comu-
nicação. 
d) se constitui por um estilo caracterizado pelo uso 
da variedade não-padrão da língua e tema cons-
truído por fatos políticos. 
e) se organiza em torno de um tema, de um estilo e 
em forma de paragrafação, representando, em 
conjunto, as ideias e opiniões de locutores que in-
teragem diretamente com o veículo de comunica-
ção. 
 
 
23. 
Aguarda votação na câmara dos deputados proposta 
que equipara, na legislação brasileira, livros eletrôni-
cos a livros tradicionais, principalmente no que se re-
fere à isenção de impostos. A proposta modifica a lei 
nº 10 753/2003, que institui a Política Nacional do Li-
vro. Na avaliação do autor do projeto, a definição de 
livro que consta na lei não acompanhou os avanços 
tecnológicos dos últimos anos, com o surgimento dos 
leitores eletrônicos e consequentemente crescimento 
do segmento dos chamados e-books. Daí a necessi-
dade de incluir os livros eletrônicos no texto da lei, ao 
lado dos livros em papel ou em sistema Braille. Os 
livros eletrônicos podem ser lidos em e-readers, ta-
blets, computadores ou até smartphones, por meio 
de aplicativos próprios. 
 
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1º SIMULADO ENEM DARWIN EXTRA / 2020 – PROVA 1 
Incentivar o uso das novas tecnologias tem sido uma 
preocupação encontrada em todos os setores da so-
ciedade. Segundo o texto, a necessidade de modifi-
cação da lei nº 10753/2003 surge para 
a) estimular a leitura por meio de aparelhos conecta-
dos à internet. 
b) possibilitar a aquisição de materiais eletrônicos 
pelo governo. 
c) facilitar o acesso da população às inovações tec-
nológicas. 
d) atender aos leitores de publicações em formato di-
gital. 
e) modificar o acesso à leitura pelo estímulo ao uso 
da internet. 
 
24. 
Os donos da comunicação 
Os presidentes, os ditadores e os reis da Espanha 
que se cuidem porque os donos da comunicação du-
ram muito mais. Os ditadores abrem e fecham a im-
prensa, os presidentes xingam a TV e os reis da Es-
panha cassam o rádio, mas, quando a gente soma 
tudo, os donos da comunicação ainda tão por cima. 
Mandam na economia, mandam nos intelectuais, 
mandam nas moças fofinhas que querem aparecer 
nos shows dos horários nobres e mandam no soci-
ety que morre se o nome não aparecer nas colunas. 
Todo mundo fala mal dos donos da comunicação, 
mas só de longe. E ninguém fala mal deles por es-
crito porque quem fala mal deles por escrito nunca 
mais vê seu nome e sua cara nos “veículos” deles. 
Isso é assim aqui, na Bessarábia e na Baixa Betua-
nalândia. Parece que é a lei. O que também é muito 
justo porque os donos da comunicação são seres lá 
em cima. Basta ver o seguinte: nós, pra sabermos 
umas coisinhas, só sabemos delas pela mídia deles, 
não é mesmo? Agora vocês já imaginaram o que sa-
bem os donos da comunicação que só deixam sair 
10% do que sabem? 
Pois é; tem gente que faz greve, faz revolução, faz 
terrorismo, todas essas besteiras. Corajoso mesmo, 
eu acho, é falar mal de dono de comunicação. Aí tua 
revolução fica xinfrim, teu terrorismo sai em corpo 6 
e se você morre vai lá pro fundo do jornal em quatro 
linhas. 
(Millôr Fernandes. Que país é este?, 1978.) 
Millôr Fernandes emprega, em um período marcado 
pela ironia, o termo técnico “corpo 6” para referir-se 
a) à capacidade dos jornalistas de simplificar as coi-
sas. 
b) ao total controle dos “donos da mídia” sobre o que 
é divulgado. 
c) à insignificância das manifestações em prol da 
verdade na mídia. 
d) ao poder do jornalismo de relegar para segundo 
plano as manifestações individuais. 
e) à vaidade dos donos da mídia que condena tudo 
o que lhes é alheio. 
 
 
25. 
 
SOUSA, Maurício de. Tiras de Chico Bento. Disponível 
em: <http://irisoliveiraazevedo.blogspot.com. br/2015/05/ 
chico-bento-em-o-sabe-tudo. html>. Acesso em: 20 nov. 2016. 
Chico Bento nasceu das observações do Mauricio de 
Sousa junto ao homem do campo. Sabe-se que a lín-
gua varia no tempo, no espaço e nas diferentes clas-
ses socioculturais. O texto exemplifica variação lin-
guística identificada nas marcas de concordância ca-
racterísticas e 
a) na organização sintática. 
b) no conjunto lexical. 
c) na fonologia. 
d) nas funções morfológicas. 
e) no valor semântico dos termos. 
 
26. 
Agora falando sério 
Agora falando sério 
Eu queria não cantar 
A cantiga bonita 
Que se acredita 
Que o mal espanta 
 
Dou um chute no lirismo 
Um pega no cachorro 
E um tiro no sabiá 
Dou um fora no violino 
Faço a mala e corro 
Pra não ver a banda passar 
 
Agora falando sério 
Eu queria não mentir 
Não queria enganar 
Driblar, iludir 
Tanto desencanto 
 
E você que está me ouvindo 
Quer saber o que está havendo 
Com as flores do meu quintal 
O amor-perfeito, traindo 
A sempre-viva, morrendo 
E a rosa, cheirando mal 
 
(...) 
Chico Buarque de Holanda 
Na letra da canção, composta no contexto da dita-
dura militar, o eu lírico, ao mostrar-se indignado e, 
assim, desconstruir certos signos como a rosa e o 
sabiá, busca sugerir 
a) a ineficiência da arte em alertar as pessoas sobre 
o mal que as cerca. 
 
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10 
1º SIMULADO ENEM DARWIN EXTRA / 2020 – PROVA 1 
b) o caráter ideológico e manipulador que a arte 
pode apresentar. 
c) o aspecto consolador da arte que busca, em vão, 
atenuar os problemas. 
d) uma das funções que a arte não assume: atenuar 
a dor. 
e) um tom jocoso para relativizar a gravidade do mo-
mento vivido. 
 
27. 
O novo cavalo de Troia 
Por Luciana Veras 
No Amazonas, índios praticam educação física em 
aulas sem a presença de um professor, mas, sim, de 
vários computadores. Na Bahia, adolescentes da pe-
riferia de Salvador aprendem noções de produção e 
sustentabilidade combinando música com tecnolo-
gia. Para ajudá-los, um micro, uma conexão banda 
larga e a internet, que, cada vez mais potente e aces-
sível, sobressai como forte aliada da educação, seja 
formal, com a mediação de instituições de ensino, 
seja não formal, com o trabalho realizado por ONGs 
especializadas. Junto da tecnologia que, como ela, 
se desenvolve a galope, a web tem remodelado os 
parâmetros de ensino e aprendizado no país. 
Contudo, a consolidação do papel educativo da inter-
net ainda está em processo. “Ela está para a infor-
mação e para o conhecimento como as estradas es-
tão para a circulação de bens e produtos no mundo 
físico. Cada vez mais, as pessoas se comunicam su-
perando barreiras de distância geográfica ou tempo-
ral e acessam um volume de conteúdos antes inima-
ginável. Essas facilidades representam tudo o que 
qualquer educador possa ter almejado um dia nos 
seus sonhos mais fantásticos. Mas o desafio, para 
além de dotar as escolas de computadores e de 
banda larga, é usar as novas tecnologias não só para 
melhorar a qualidade da educação, mas também 
para repensá-la”, sinaliza Carlos Seabra, consultor 
de tecnologia educacional e redes sociais e diretor de 
tecnologia e projetos do Instituto de Pesquisa e Pro-
jetos Sociais e Tecnológicos (IPSO). 
Disponívelem https://cseabra.wordpress.com/trechos-de-reportagens/ 
No trecho da reportagem, a presença dos articulado-
res adversativos no segundo parágrafo revela um ob-
jetivo almejado com o processo argumentativo: 
a) destacar a importância dos computadores na edu-
cação de índios e adolescentes carentes da peri-
feria. 
b) caracterizar os alcances como inimagináveis - no 
campo educacional - propiciados pelos computa-
dores e pela internet. 
c) salientar a infinitude das possibilidades que emer-
gem a partir das inúmeras descobertas via com-
putador. 
d) evidenciar o caráter desafiador da internet na 
construção de uma nova realidade no contexto 
educacional. 
e) estimular uma visão menos entusiasmada em re-
lação aos benefícios do uso de computadores nas 
escolas. 
28. 
Na primeira noite eles se aproximam 
e roubam uma flor 
do nosso jardim. 
E não dizemos nada. 
Na segunda noite, já não se escondem: 
pisam as flores, 
matam nosso cão, 
e não dizemos nada. 
Até que um dia, 
o mais frágil deles 
entra sozinho e nossa casa, 
rouba-nos a luz e, 
conhecendo nosso medo, 
arranca-nos a voz da garganta. 
E já não podemos dizer nada. 
Eduardo Alves da Costa 
Diferentes tipologias textuais podem ser identificadas 
no gênero poema a depender da atitude discursiva e 
estilística adotada. No exemplo, constata-se, linguis-
ticamente, a predominância do tipo 
a) descritivo, já que o propósito do texto é descrever 
o cenário silenciador da ditadura. 
b) injuntivo, nas sequências que insinuam um movi-
mento reacionário às imposições. 
c) narrativo, pois há sequência de ações e sinaliza-
dores da progressão temporal. 
d) argumentativo, já que o texto é uma justificativa 
para explicar o silêncio instaurado. 
e) expositivo, em razão da predominância de frases 
declarativas e assertivas. 
 
29. 
É verdade que as tecnologias modernas geram no-
vas e boas oportunidades de trabalho, mas, para 
grande parte da classe média, elas têm sido piores 
do que as anteriores. Para muitos, viver com trabalho 
instável e precário passou a ser o novo normal. A 
frustração gerada por esse processo tem se refletido 
no campo da política. A ascensão de governantes po-
pulistas é observada por toda parte, inclusive no Bra-
sil. Setenta e cinco por cento dos brasileiros acham 
que a economia brasileira foi capturada pelos ricos e 
buscam líderes populistas que prometem reverter o 
processo num passe de mágica. 
(PASTORE, José: Para onde foram os empregos da classe média?) 
O projeto argumentativo adotado para o texto revela-
se na desconstrução de uma constatação: as tecno-
logias modernas geram novas e boas oportunidades 
de trabalho. Ao questionar essa verdade, o articulista 
a) revela um problema que afeta as condições de tra-
balho do brasileiro: o popularismo. 
b) aponta para um estigma da modernidade tecnoló-
gica: a precariedade dos empregos. 
c) vale-se da relação causa e consequência para ca-
racterizar um cenário político. 
d) alude a um problema econômico causado por ma-
nobras ideológicas dos ricos. 
e) alega ser o populismo uma reação natural aos 
problemas gerados pela falta de emprego. 
 
 
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11 
1º SIMULADO ENEM DARWIN EXTRA / 2020 – PROVA 1 
30. 
 
“Análise do discurso é um campo da linguística e 
da comunicação especializado em analisar o uso das 
línguas naturais, particularmente a maneira como 
ocorrem as construções ideológicas em um texto.” 
No exemplo, o que melhor revela a “ideologia moti-
vadora” para a construção do texto apresentado é 
a) a imagem do chuveiro com expressão de tristeza. 
b) o termo “consome”, que revela o caráter exposi-
tivo do trecho. 
c) a omissão de um conectivo com valor aditivo entre 
os períodos. 
d) a presença dos numerais para ratificar o senso co-
mum. 
e) a palavra apenas, que se revela com função mo-
dalizadora. 
 
 
31. 
 
 http://www.umsabadoqualquer.com 
A tirinha, em sua totalidade e humor, faz uso de um elemento tipicamente encontrado na concepção do movimento 
artístico barroco, que seria 
a) o confronto entre aspectos espirituais e profanos. 
b) a inquietação perante a efemeridade dos bens terrenos. 
c) a objetividade e simplicidade da linguagem. 
d) a acentuação das ideias ou realidades antitéticas. 
e) a predileção por valores da antiguidade clássica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1º SIMULADO ENEM DARWIN EXTRA / 2020 – PROVA 1 
32. 
Relicário 
No baile da corte 
Foi o conde d'Eu quem disse 
Pra Dona Benvinda 
Que farinha de Suruí 
Pinga de Parati 
Fumo de Baependi 
É comê bebê pitá e caí 
 
(ANDRADE Oswald de. Pau-Brasil. São Paulo: Globo, 2003). 
No sintético poema de Oswald de Andrade, dentre as 
funções da linguagem que contempla, predomina a 
a) metalinguística, porque há explicação do signifi-
cado das expressões. 
b) referencial, já que o texto prima por informações 
sobre acontecimentos. 
c) conativa, uma vez que busca persuadir o leitor a 
participar de uma ação. 
d) poética, pois revela cuidado com a estrutura artís-
tica e irreverente do texto. 
e) emotiva, afinal, o mais importante é expurgar os 
sentimentos do eu lírico. 
 
33. 
Texto I 
 
PNEUMOTÓRAX 
Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos. 
A vida inteira que podia ter sido e que não foi. 
Tosse, tosse, tosse. 
Mandou chamar o médico: 
- Diga trinta e três. 
- Trinta e três... trinta e três... trinta e três... 
- Respire. 
 
.................................................................................... 
- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo 
e o pulmão direito infiltrado. 
- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotó-
rax? 
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argen-
tino. 
(Manuel Bandeira) 
Texto II 
“Um dia, porém, achei-me mais abatida; tinha as 
mãos e os lábios ardentes, a respiração era difícil, e 
ao menor esforço umedecia-se-me a pele com uma 
transpiração que me parecia gelada. (...) Atirei-me 
sobre um sofá e, com a cabeça recostada ao colo de 
minha mãe, caí em um letargo que não sei quanto 
tempo durou. Lembro-me somente que, no momento 
mesmo em que ia despertando dessa sonolência que 
se apoderara de mim, vi minha mãe, sentada à cabe-
ceira de meu leito, chorando, e um homem dizia-lhe 
algumas palavras de consolo, que eu ouvi como em 
sonho: 
— Não desespere, minha senhora; a ciência não é 
infalível, nem os meus diagnósticos são sentenças ir-
revogáveis. Pode ser que a natureza e as viagens a 
salvem. Mas é preciso não perder tempo.” 
 (Cinco Minutos. José de Alencar) 
Comparando os trechos do poema modernista, de 
Manuel Bandeira, ao excerto da obra romântica, de 
José de Alencar, é apropriado afirmar que 
a) as personagens de ambos os textos se encontram 
em estado de saúde díspares, o que se comprova 
nas passagens “a respiração era difícil” e “Tosse, 
tosse, tosse”. 
b) as palavras dos médicos, nos dois textos, concen-
tram a mesma ideia, de consolo e perspectivas oti-
mistas. 
c) o poema de Bandeira ganha tom de entusiasmo, 
principalmente no segundo e último verso, e de in-
diferença do eu lírico quanto à sua própria condi-
ção. 
d) os dois textos apresentam a voz da narrativa em 
primeira pessoa e têm, em comum, uma percep-
ção idealizada e instigante a respeito do tema 
abordada. 
e) a linguagem do texto romântico é descritiva e ad-
jetivada, enquanto no poema modernista, verifica-
se o hibridismo dos gêneros lírico e narrativo. 
 
34. 
Namoro 
O melhor do namoro, claro, é o ridículo. Vocês dois 
no telefone: 
— Desliga você. 
— Não, desliga você. 
— Você. 
— Você. 
— Então vamos desligar juntos. 
— Tá. Conta até três. 
— Um... Dois... Dois e meio... 
Ridículo agora, porque na hora não era não. Na hora 
nem os apelidos secretos que vocês tinham um para 
ooutro, lembra? Eram ridículos. Ronron. 
Suzuca. Alcizanzão. Surusuzuca. Gongonha (Gon-
gonhal) Mamosa. Purupupuca... 
Não havia coisa melhor do que passar tardes inteiras 
num sofá, olho no olho, dizendo: 
— As dondozeira ama os dondozeiro? 
— Ama. 
— Mas os dondozeiro ama as dondozeira mais do 
que as dondozeira ama os dondozeiro. 
Na-na-não. As dondozeira ama os dondozeiro mais 
do que, etc. 
E, entremeando o diálogo, longos beijos, profundos 
beijos, beijos mais do que de línguas, beijos de amíg-
dalas, beijos catetéricos. Tardes inteiras. Confesse: 
ridículo só porque nunca mais. 
Depois de ridículo, o melhor do namoro são as bri-
gas. Quem diz que nunca, como quem não quer 
nada, arquitetou um encontro casual com a ex ou o 
 
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13 
1º SIMULADO ENEM DARWIN EXTRA / 2020 – PROVA 1 
ex só para ver se ela ou ele está com alguém, ou para 
fingir que não vê, ou para ver e ignorar, ou para dar 
um abano amistoso querendo dizer que ela ou ele 
agora significa tão pouco que podem até ser amigos, 
está mentindo. Ah, está mentindo. 
E melhor do que as brigas são as reconciliações. Bei-
jos ainda mais profundos, apelidos ainda mais la-
mentáveis, vistos de longe. A gente brigava mesmo 
era para se reconciliar depois, lembra? Oito entre dez 
namorados transam pela primeira vez fazendo as pa-
zes. Não estou inventando. O IBGE tem as estatísti-
cas. 
 (VERÍSSIMO, Luís Fernando. Correio Braziliense. 13/06/1999. 
No texto narrativo, considera-se que o melhor do na-
moro é o ridículo associado 
a) às brigas por amor. 
b) às mentiras inocentes. 
c) às reconciliações felizes. 
d) aos apelidos carinhosos. 
e) aos telefonemas intermináveis. 
 
35. 
O gol 
A esfera desce 
do espaço 
 veloz 
ele a apara 
no peito 
e a pára 
no ar 
 depois 
com o joelho 
a dispõe a meia altura 
onde 
iluminada 
a esfera 
 espera 
o chute que 
 num relâmpago 
a dispara 
 na direção 
 do nosso 
 coração. 
(Ferreira Gullar) 
A partir da leitura do poema acima, do poeta Ferreira 
Gullar, é condizente afirmar que 
a) a proposta estética do poema testemunha o rigor 
formal dos textos clássicos, o que se comprova 
em seu refinamento linguístico e convenciona-
lismo poético da métrica e das rimas. 
b) “ele a apara/ no peito/ e a pára”, “A esfera/ desce/ 
do espaço/ veloz” e “na direção/ do nosso/ cora-
ção” garantem musicalidade ao poema em suas 
paronomásias, aliterações e assonâncias. 
c) a disposição espacial dos versos implica uma 
ideia de movimento, de dinamismo, enquanto o 
momento do gol é descrito como em câmera lenta, 
o que desvalida a temática explorada pelo poema. 
d) o esporte referido no texto lírico é revelado ao lei-
tor por meio de expressões metonímicas como 
“esfera”, “chute” e “gol”, enquanto sua condução 
ganha contornos de uma narrativa inverossímil. 
e) a literariedade dos versos tornam um tema cotidi-
ano em material poético, justamente por seu tra-
balho estético e seu compromisso com a informa-
ção e a denotação. 
 
36. 
“Mas já que se há de escrever, que ao menos não se 
esmaguem com palavras as entrelinhas. O melhor 
ainda não foi escrito. O melhor está nas entrelinhas.” 
Clarice Lispector 
A exploração das entrelinhas, defendida acima pela 
escritora Clarice Lispector, é recorrente em textos ar-
tísticos e confere-lhes significações segredadas e 
surpreendentes. Em contrapartida, o uso do sentido 
literal das palavras cumpre seu papel explícito e de-
cifrador, o que ocorre apenas em 
a) “palavras não matam 
nem provocam inverno atômico 
e na voz do poeta 
(abelhas na colmeia) 
Podem até conter uma ideia” 
(Régis Bonvicino) 
b) “Nos entendíamos e amávamos mudamente meu 
pai e eu.” 
(Vinícius de Moraes) 
c) “Não existe amor em SP 
Um labirinto místico 
Onde os grafites gritam” 
(Crioulo) 
d) “José Dias fez um gesto de aborrecido, e apenas 
lhe respondeu com uma palavra seca, olhando 
para o padre que lavava as mãos.” 
(Machado de Assis) 
e) “Crimes da terra, como perdoá-los? 
Tomei parte em muitos, outros escondi. 
Alguns achei belos, foram publicados. 
Crimes suaves, que ajudam a viver. 
Ração diária de erro, distribuída em casa.” 
(Carlos Drummond de Andrade) 
 
37. 
Os grandes olhos azuis, meio cerrados, às vezes se 
abriam languidamente como para se embeberem de 
luz [...]. 
Os lábios vermelhos e úmidos pareciam uma flor da 
gardênia dos nossos campos, orvalhada pelo sereno 
da noite [...]. 
Os longos cabelos louros, enrolados negligente-
mente em ricas tranças, descobriam a fronte alva, e 
caíam em volta do pescoço presos por uma rendinha 
finíssima de fios de palha cor de ouro. [...] 
Esta moça era Cecília. 
 (ALENCAR, José de. O guarani. 25. ed. São Paulo: Ática, 2001. p. 32.) 
 
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1º SIMULADO ENEM DARWIN EXTRA / 2020 – PROVA 1 
“Uma noite, e após uma orgia, eu deixara dormida no 
leito dela a condessa Bárbara. Dei um último olhar 
àquela forma nua e adormecida com a febre nas fa-
ces e a lascívia nos lábios úmidos, gemendo ainda 
nos sonhos como na agonia voluptuosa do amor. Saí. 
Não sei se a noite era límpida ou negra; sei apenas 
que a cabeça me escaldava de embriaguez. As taças 
tinham ficado vazias na mesa: aos lábios daquela cri-
atura eu bebera até a última gota o vinho do de-
leite…” 
 (Álvares de Azevedo. Macário e Noite na Taverna. São Paulo: Saraiva, 
2010) 
Os trechos acima correspondem a obras do período 
romântico e tratam do mesmo assunto. Embora, no 
texto II, a temática ganhe uma abordagem distinta. É 
possível reconhecer como tema em comum e trata-
mento distinto no texto II, respectivamente, 
a) o indianismo/ a morbidez. 
b) o desejo/ o sensualismo. 
c) a musa idealizada/ o amor casto. 
d) o "mal do século"/ a visão depreciativa da mulher. 
e) o macabro/ a idealização feminina. 
 
38. 
Casamento 
Há mulheres que dizem: 
Meu marido, se quiser pescar, pesque, 
mas que limpe os peixes. 
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto, 
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar. 
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha, 
de vez em quando os cotovelos se esbarram, 
ele fala coisas como “este foi difícil” 
“prateou no ar dando rabanadas” 
e faz o gesto com a mão. 
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez 
atravessa a cozinha como um rio profundo. 
Por fim, os peixes na travessa, 
vamos dormir. 
Coisas prateadas espocam: 
somos noivo e noiva. 
PRADO, A. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1991. 
 
CASAL 
No quarto ela arruma a mala 
Na sala ele vê televisão 
Alvin, Francisco. Poesia reunida. São Paulo, Duas Cidades, 1988 
A relação entre homem e mulher é o tema dos dois 
poemas contemporâneos. Contudo, a abordagem que 
fazem do tema é diferente, o que se percebe quando 
a) o primeiro revela intimidade e encantamento, e o 
segundo, a separação. 
b) o primeiro é sensual, e o segundo ridiculariza a 
paixão entre homem e mulher. 
c) primeiro é casto, e o segundo idealiza a relação 
entre homem e mulher. 
d) o primeiro tem caráter religioso, e o segundo ex-
põe conflito. 
e) o primeiro satiriza o desejo, e o segundo fala de 
tédio. 
39. 
Seis horas enche e outras tantas vaza 
A maré pelas margens do Oceano, 
E não larga a tarefa um ponto no ano, 
Depois que o mar rodeia, o sol abrasa. 
 
Desde a esfera primeira opaca, ou rasa 
A Lua com impulso soberano 
Engole o mar por um secreto cano, 
E quando o mar vomita, o mundo arrasa. 
 
Muda-se o tempo, e suas temperanças. 
Até o céu se muda, a terra, os mares, 
E tudo está sujeito a mil mudanças. 
 
Só eu, que todo o fim de meus pesares 
Eram de algum minguante as esperanças, 
Nunca o minguante vi de meus azares.(Gregório de Matos) 
O soneto de Gregório de Matos apresenta caracte-
rísticas marcantes do poeta e do período em que ele 
o escreveu. A partir da leitura dos versos é pertinente 
dizer que 
a) a temática barroca do desconcerto do mundo está 
representada no poema, uma vez que as coisas 
do mundo estão em desarmonia entre si. 
b) a transitoriedade das coisas terrenas está em 
oposição ao caráter imutável do sujeito, subme-
tido a uma concepção fatalista do destino hu-
mano. 
c) a concepção de um mundo às avessas está figu-
rada no soneto através da clara oposição entre o 
mar que tudo move e a lua imutável. 
d) a clareza empregada para exposição do tema re-
força o ideal de simplicidade e bucolismo da poe-
sia barroca, cujo lema fundamental era a "aurea 
mediocritas". 
e) a sintonia entre a natureza e o eu-poético embasa 
as personificações de objetos inanimados, aliadas 
às hipérboles que descrevem o sujeito. 
 
40. 
Joia 
O brilho 
feliz 
da gema 
 
a luz concreta 
do cristal: ordem 
viva. 
(Teias) 
No contexto do poema, a palavra ordem remete a 
uma situação de 
a) intransigência. 
b) equilíbrio. 
c) lassidão. 
d) carestia. 
e) tédio. 
 
 
 
 
 
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1º SIMULADO ENEM DARWIN EXTRA / 2020 – PROVA 1 
41. 
 
O humor da tirinha concentra-se, justamente, em uma das mais recorrentes características dos textos do Roman-
tismo. Entendendo-se a graça do texto, é assertivo dizer que o aspecto romântico explorado pelos quadrinhos 
seria 
a) o ideal condoreiro da terceira geração, dada a grandiloquência da linguagem e a abordagem social. 
b) a ideia de "mal do século" da geração byroniana, uma vez que a morbidez e o pessimismo ganham realce. 
c) o ufanismo da primeira geração, visto o caráter nacionalista e pitoresco com que a natureza é descrita. 
d) a idealização do amor e dos amantes da prosa de costumes, o que se ratifica no último quadrinho. 
e) a linguagem metafórica, emotiva e subjetiva explorada pela poesia e pela prosa, que acaba por justificar o 
quadrinho final. 
42. 
Já rompe, Nise, a matutina Aurora 
O negro manto, com que a noite escura, 
Sufocando do Sol a face pura, 
Tinha escondido a chama brilhadora. 
 
Que alegre, que suave, que sonora 
Aquela fontezinha aqui murmura! 
E nestes campos cheios de verdura 
Que avultado o prazer tanto melhora! 
 
Só minha alma em fatal melancolia, 
Por te não poder ver, Nise adorada, 
Não sabe inda que coisa é alegria; 
 
E a suavidade do prazer trocada 
Tanto mais aborrece a luz do dia, 
Quanto a sombra da noite mais lhe agrada. 
 (Cláudio Manuel da Costa. Obras, 2002.) 
Nessa estrofe árcade, o sujeito poético 
a) dirige-se a Nise, com intuito de expressar tristeza 
pelo fato de o manto negro da noite corromper a 
beleza do dia, representada pela deusa Aurora. 
b) dirige-se à amada para lamentar o fim do amor 
com a chegada de novo dia, em uma convenção 
árcade de “locus amoenus, no verso "Aquela fon-
tezinha aqui murmura!”. 
c) dirige-se a Nise e lhe descreve um quadro da na-
tureza por meio de metáforas como, por exemplo, 
"negro manto" e "Sufocando do Sol a face pura". 
d) declara seu amor a Nise com uma linguagem 
emotiva, estabelecendo uma analogia entre a na-
tureza grandiosa e a beleza da amada. 
e) declara seu amor à Musa e lamenta o fato de não 
ser correspondido, já que a face pura do Sol foi 
apagada pelo negro manto da noite escura. 
 
 
43. 
“O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a 
jabuticaba, pode falar uma língua com igual pronún-
cia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a 
pera, o damasco e a nêspera?” 
José de Alencar. Bênção Paterna. Prefácio a Sonhos d’ouro. 
“A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca 
junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de 
lá chama a virgem pelo nome, outras remexe o uru 
de palha matizada, onde traz a selvagem seus perfu-
mes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara 
com que tece a renda e as tintas de que matiza o 
algodão.” 
 José de Alencar. Iracema. 
Glossário: 
“ará”: periquito; “uru”: cesto; “crautá”: espécie de bromélia; 
“juçara”: tipo de palmeira espinhosa. 
Com base nos trechos acima, é adequado afirmar que 
a) para Alencar, a literatura brasileira deveria ser ca-
paz de representar os valores nacionais com o 
mesmo espírito do europeu que sorve o figo, a 
pera, o damasco e a nêspera. 
b) em Iracema, a construção de uma literatura exó-
tica, tal como se verifica no segundo trecho, pau-
tou‐se pela recusa de nossos elementos naturais. 
c) o contraste entre os verbos “chupar” e “sorver”, em-
pregados no primeiro trecho, revela o rebaixamento 
de linguagem buscado pelo escritor em Iracema. 
d) ao discutir, no primeiro trecho, a importação de 
ideias e costumes, Alencar propõe uma literatura 
baseada no abrasileiramento da língua portu-
guesa, como se verifica no segundo trecho. 
e) ambos os trechos são representativos da tendên-
cia escapista de nosso romantismo, na medida em 
que valorizam os elementos naturais em detri-
mento da realidade rotineira. 
 
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1º SIMULADO ENEM DARWIN EXTRA / 2020 – PROVA 1 
44. 
 
 
 
Considerando as especificidades da linguagem das 
obras apresentadas, é pertinente dizer que 
a) nas duas obras, observa-se o respeito às catego-
rias de espaço, tempo e estrutura, o que reflete o 
uso convencional dos códigos verbal e pictórico 
(imagético). 
b) na leitura do poema, o leitor precisa percorrer vi-
sualmente as frases e os versos, assim como, na 
leitura da tela, é necessário um olhar que reco-
nheça a relação das formas com a natureza. 
c) na tela de Lygia Clark e no poema de Ferreira Gul-
lar, os limites da representação pictórica e literária 
exortam à superação da bidimensionalidade do 
quadro e da linearidade da palavra escrita. 
d) nas duas obras propõe-se a desalienação do es-
pectador, que finalmente compartilha a criação da 
obra e investe no treinamento do olhar, o que rati-
fica a proposta dos moldes clássicos da arte. 
e) no poema, a construção fundamenta-se em uma 
geratriz fundamental, o poema se fragmenta nas 
associações que a palavra "gira" produz, o que im-
plica a monossignificação textual. 
 
 
45. 
“Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica 
em que se combinam palavras de sentido oposto que 
parecem excluir-se mutuamente, mas que, no con-
texto, reforçam a expressão.” 
 Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. 
 
Disponível em https://www.todamateria.com.br/figuras-de-linguagem/ 
Nas alternativas abaixo, estão transcritos versos do 
poema “O operário em construção”. Pode-se afirmar 
que ocorre oxímoro em 
a) Era ele que erguia casas/ Onde antes só havia 
chão. 
b) “Naquela casa vazia / Que ele mesmo levantara/ 
Um mundo novo nascia / De que sequer suspei-
tava.” 
c) “...o operário faz a coisa / a coisa faz o operário.” 
d) “… e a casa que ele fazia/ sendo a sua liberdade/ 
era a sua escravidão.” 
e) “Ele, um humilde operário/ um operário que sabia 
/ exercer a profissão”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.todamateria.com.br/figuras-de-linguagem/
 
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1º SIMULADO ENEM DARWIN EXTRA / 2020 – PROVA 1 
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 
Questões de 46 a 90 
 
46. Analise a tirinha a seguir, da obra Quadrinhos dos Anos 10, de autoria de André Dahmer. 
 
https://m.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/05/1771061-absurdos-contemporaneos-compoem-tiras-de-dahmer-em-nova-coletanea.shtml 
Com base nos estudos de Émile Durkheim, assinale a alternativa que analisa corretamente a tirinha. 
 
a) O egoísmo, nesse caso, é um exemplo de sanção espontânea que pune o sujeitoque age dessa maneira. 
b) O questionamento “e o que nós vamos ganhar com isso” é um exemplo da consciência coletiva vigente em tal 
sociedade. 
c) Ao convidar os outros a subir, o protagonista da tirinha pretende romper com as instituições sociais vigentes 
em tal sociedade. 
d) A imobilidade dos sujeitos na tirinha demonstra que vivem em uma solidariedade mecânica, na qual os indiví-
duos agem coletivamente. 
e) O poder da liderança é destacado como fator preponderante para a união dos indivíduos dentro de uma soci-
edade. 
 
47. O racismo científico recorre a conceitos de antropologia, antropometria, craniometria e outras disciplinas ou pseu-
dodisciplinas para propor tipologias que apoiem a classificação das populações humanas em raças fisicamente 
distintas, que possam ser classificadas como superiores ou inferiores. 
Assinale a afirmativa que apresente uma frase que represente o racismo científico. 
a) “A história da humanidade é a história da luta de classes”. 
b) “Alguns grupos desenvolvem habilidades superiores conforme sua natureza”. 
c) “Todo fato social é exterior, generalizado e coercitivo”. 
d) “Não me incomoda o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”. 
e) “Cada estímulo social negativo produz reações coletivas positivas”. 
 
48. Leia atentamente a tirinha a seguir. 
 
Pode-se inferir corretamente que: 
a) concepções como o machismo são construções sociais que se estabelecem na formação histórica e cultural 
de uma população. 
b) o machismo, segundo a tirinha, é uma condição exclusiva dos homens e só deve ser tratado por eles. 
c) o machismo é uma condição social inerente a todos os homens. 
d) as mulheres não podem participar do debate sobre o machismo, pois o tema só é alcançado pelos homens por 
serem seus praticantes. 
e) a reação em questão se deveu ao comportamento machista expressado pela personagem da tirinha. 
 
 
 
 
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1º SIMULADO ENEM DARWIN EXTRA / 2020 – PROVA 1 
49. Observe o mapa a seguir. 
 
Pode-se afirmar corretamente que o mapa em questão: 
a) sustenta a narrativa etnocêntrica do espaço global. 
b) valoriza o continente africano como foca da exploração neocolonial europeia. 
c) rompe a perspectiva eurocêntrica da geopolítica internacional. 
d) estimula divisões sociais e políticas entre os hemisférios. 
e) reforça os estereótipos étnico-raciais pré-existentes. 
 
 
 
50. Leia a notícia a seguir. 
Violência contra a mulher aumenta em meio à 
pandemia; denúncias ao 180 sobem 40% 
 
Isolada dentro de casa e, na maioria das vezes, 
tendo de conviver com o agressor, um número cres-
cente de brasileiras está sendo vítima de abuso do-
méstico na quarentena. 
Apesar do maior volume de denúncias, o aumento da 
violência doméstica escapa das estatísticas dos ór-
gãos de segurança pública. A razão é que, isolada do 
convívio social, a vítima fica refém do agressor e im-
pedida de fazer um boletim de ocorrência na delega-
cia. 
Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pú-
blica em parceria com a empresa Decode, feito a pe-
dido do Banco Mundial, revela aumento de 431% em 
relatos de brigas de casal por vizinhos em redes so-
ciais entre fevereiro e abril deste ano. 
No mundo online, o Magazine Luiza, uma das maio-
res varejistas do País, registrou em maio, ante o 
mesmo mês de 2019, aumento de 450% no uso do 
botão de denúncia de violência contra a mulher den-
tro do canal específico que existe em seu aplicativo 
de compras. 
https://www.istoedinheiro.com.br/violencia-contra-a-mulher-aumenta-em-
meio-a-pandemia-denuncias-ao-180-sobem-40/ 
Acesso em 01/07/2020 
Assinale a alternativa que melhor analisa teorica-
mente o contexto representado. 
a) A violência contra a mulher configura, no Brasil, 
um fato social patológico segundo a teoria de 
Émile Durkheim. 
b) A manifestação da violência doméstica insere-se 
como principal foco de atuação da Primeira Onda 
Feminista. 
c) O fato de muitas agressões não serem denuncia-
das demonstra uma ação social afetiva segundo 
Max Weber. 
d) A violência física está, em grande medida, envolta 
em um longo ciclo de violência simbólica, segundo 
Pierre Bourdieu. 
e) A violação dos direitos das mulheres insere-se na-
quilo que Karl Marx intitulou de alienação social. 
 
 
 
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1º SIMULADO ENEM DARWIN EXTRA / 2020 – PROVA 1 
51. 
Brasil derrota o Japão por 3 a 1 e conquista o tri 
da Copa do Mundo masculina de vôlei 
 
Seleção derrota donos da casa, chega a dez vitórias 
em dez partidas, e leva, com uma rodada de anteci-
pação, o troféu mais relevante da "Era Renan" 
https://globoesporte.globo.com/volei/noticia/brasil-faz-3-a-1-no-japao-e-
conquista-o-tricampeonato-da-copa-do-mundo-masculina-de-volei.ghtml 
O jogo de voleibol Masculino contra o Japão aconte-
ceu no dia 14 de outubro, às 19 horas, na cidade do 
Hiroshima. Considerando que o Japão está na coor-
denada de 135º E e o Brasil está 45º W, os telespec-
tadores brasileiros assistiram o início da partida às 
a) 19 horas do dia 15 de outubro. 
b) 7 horas do dia 14 de outubro. 
c) 7 horas do dia 13 de outubro. 
d) 7 horas do dia 15 de outubro. 
e) 19 horas do dia 13 de outubro. 
 
52. Nascido em meio ao período de graça da economia 
brasileira, movida pelas commodities em alta e o ufa-
nismo de organizar a Copa do Mundo de 2014 e os 
Jogos Olímpicos de 2016, o Trem de Alta Veloci-
dade (TAV) foi o ápice de um pensamento cristali-
zado de que o Brasil havia atingido o status de país 
prestes a se tornar desenvolvido. Mas, como muitas 
iniciativas de sua história, tratava-se de mais um 
caso clássico de “pular fases”, ignorando mazelas 
que teimam em não desaparecer por mágica. 
A questão que envolve a efetivação do TAV entre 
Campinas e Rio de Janeiro, pode garantir também a 
possibilidade para o Brasil de: 
a) Consolidar Campinas como uma metrópole global 
b) Desafogar a mobilidade humana nas megacida-
des. 
c) Reduzir a oferta de serviços locais mediante con-
corrência 
d) Tornar real o conceito da primeira megalópole bra-
sileira 
e) Declarara falência do transporte da chamada 
ponte aérea. 
 
 
 
 
53. A rede indica um futuro libertador. A web só faz sen-
tido quando um se preocupa com o outro, numa cir-
culação generalizada e libertadora de fluxos de infor-
mações e das ondas econômicas. A web é um 
mundo que nós criamos para todos nós. Só pode ser 
compreendido dentro de uma teia de ideias que in-
clua os pensamentos que fundamentam a nossa cul-
tura, com o espírito humano persistindo em todos os 
nós. 
MARTINS, Dalton & DIMANTAS, Hernani. Multidões inteligentes e a trans-
formação do mundo. Le Monde Diplomatique Brasil, 25 out. 2007. Disponí-
vel em: < http://diplo.uol.com.br>. Acesso em: 01 fevereiro 2014. 
O trecho do texto apresentado não é consenso entre 
aqueles que pensam tal questão. Nesse sentido, 
uma visão negativa a respeito da web se apoiaria no 
argumento de que a rede 
a) restringe o seu uso, devido à falta de tecnologia 
nos países emergentes. 
b) mostrou as limitações impostas pela desigualdade 
no país a partir da exclusão digital. 
c) reduziu o comércio mundial a partir das políticas 
de regionalização. 
d) dificultou o controle da produção industrial em es-
paços transnacionais. 
e) aproximou os detentores da infraestrutura daque-
les mais carentes a partir das redes sociais. 
 
54. Observe o mapa de anamorfose: 
 
De acordo com o planisfério apresentado é possível 
deduzir que o critério para produção da anamorfose 
foi 
a) Qualidade de vida da população mundial. 
b) Concentração de biodiversidade no mundo. 
c) Acumulação de renda no mundo. 
d) Concentração de armas nucleares. 
e) Distribuição populacional. 
 
55. A planície lacustre da Cidade do México registra a 
cada anoum afundamento de entre 8 e 12 centíme-
tros pela excessiva extração de água dos aquíferos, 
com efeitos catastróficos para a infraestrutura ur-
bana, afirmou nesta quinta-feira (30) um pesquisador 
da Universidade Nacional Autônoma do México 
(Unam). O especialista Efraín Ovando Shelley, do 
Instituto de Engenharia da Unam, destacou que "o 
México está exposto a muitos riscos que não são de 
curta duração; um deles é o afundamento regional, 
que ocorre pouco a pouco, mas de maneira cons-
tante, pelo menos desde meados do século 19” 
(Extraído de https://www.uol.com.br/tilt/ultimas-noticias/efe/2018/08/30/ci-
dade-do-mexico-afunda-de-8-a-12-centimetros-por-ano-segundo-universi-
dade.htm) 
 
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1º SIMULADO ENEM DARWIN EXTRA / 2020 – PROVA 1 
O afundamento da Cidade do México relacionada 
aos aquíferos pode ser explicada pela ocupação de 
espaço urbano desordenado. Dentre as alternativas 
abaixo, a que mais se relaciona em termos de causa 
para tal efeito seria: 
a) Insuficiência de rede de saneamento básico e 
obras metroviárias mal sucedidas 
b) Impermeabilização asfáltica e sobrepeso de ocu-
pação das construções. 
c) Verticalização da cidade e favelização nas áreas 
centrais do adensamento. 
d) Inexistência de recursos hídricos de superfície e 
fim do regime pluvial. 
e) Ilhas de calor sobrecarregando recurso hídrico e 
prática agrícola predatória. 
 
56. Acordo entre Mercosul e UE promete movimentar 
Comércio Exterior 
Após 20 anos de negociações entre União Europeia 
e o Mercosul, no último dia 28 de junho, finalmente 
foi fechado um dos maiores acordos comerciais da 
história. Visto pelos 28 países que participaram das 
tratativas, com bons olhos para o futuro. Juntos es-
ses países movimentam 25% do PIB mundial. 
Mesmo com o acordo já estabelecido, ainda falta al-
gumas partes se entenderem para selar de vez essa 
ação. 
O Ministro do Meio Ambiente Francês, François de 
Rugy, comunicou em entrevista que para o parla-
mento europeu ratificar de vez o acordo terá uma 
ação minuciosa no Brasil. “Só será ratificado se o 
Brasil respeitar os seus compromissos” 
https://www.fazcomex.com.br/blog/acordo-mercosul-e-ue/ 
O termo “respeitar os compromissos” na reportagem 
faz uma crítica à seguinte ação do governo brasileiro: 
a) Imposição de valores cristãos. 
b) Catalogação de grupos da fauna. 
c) Falta de proteção das áreas florestais. 
d) Monitoramento demográfico. 
e) Desenvolvimento de tecnologia. 
 
57. Observe a imagem: 
 
A imagem apresentada é o resultado do(a) 
a) força endógena sobre a rocha. 
b) Intemperismo químico sobre a rocha. 
c) erosão fluvial sobre a rocha. 
d) erosão pluvial e fluvial sobre a rocha. 
e) Intemperismo físico sobre a rocha. 
58. O Morro do Vidigal é um clássico do Rio de Janeiro. 
A vista dá para Ipanema e a favela é pequena e rela-
tivamente segura. Aos poucos, casas de um padrão 
mais alto estão sendo construídas. Artistas plásticos 
e gringos compraram imóveis ali. Os moradores re-
cebem propostas atraentes e se mudam. Não são 
propostas milionárias. Apenas o suficiente para se 
transferirem para um lugar mais longe e um pouco 
melhor. Os novos habitantes, aos poucos, impõem 
uma nova rotina e uma nova cara. 
NOGUEIRA, K. O que é gentrificação e por que ela está gerando tanto ba-
rulho no Brasil. Disponível em: www.diariodocentrodomundo.com.br. 
Acesso em: 7 jul. 2015 (adaptado). 
O texto discute um processo em curso em várias ci-
dades brasileiras. Uma consequência socioespacial 
desse processo é a 
a) expansão horizontal da área local. 
b) expulsão velada da população pobre. 
c) alocação imprópria de recursos públicos. 
d) privatização indevida do território urbano. 
e) remoção forçada de residências irregulares. 
 
59. Observe a evolução tecnológica da Apple 
 
 
A empresa Apple apresentou um grande desenvolvi-
mento tecnológico, onde diversos produtos tornam-
se rapidamente ultrapassados. Na verdade, compa-
rando as imagens, existem elementos que demons-
tram uma continuidade entre os primeiros computa-
dores pessoais e os atuais. Essa continuidade está 
relacionada 
a) à dinamização e transmissão de informações. 
b) à base tecnológica utilizada na fabricação do pro-
duto. 
c) ao uso do produto na atividade somente empresa-
rial. 
d) ao direcionamento do produto a um único mer-
cado. 
e) à necessidade de orientação de especialistas 
para seu uso. 
 
 
 
G:\2020\REPROGRAFIA\SIMULADOS-Provas\TRADICIONAL\1º SIMULADO ENEM - EXTRA\1º Sim. Enem Darwin EXTRA 2020 - Prova 1 - 11-07-2020.docx 
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1º SIMULADO ENEM DARWIN EXTRA / 2020 – PROVA 1 
60. As enchentes e deslizamentos no Sudeste do Brasil 
em 2020 começaram em 17 de janeiro de 2020 como 
resultado de fortes chuvas, causando grandes danos 
em municípios do estado do Espírito Santo. Nos dias 
seguintes, desastres na mesma natureza ocorreram 
nos estados do Minas Gerais e do Rio de Janeiro. 
Em fevereiro chuvas intensas foram registradas nos 
estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São 
Paulo, incluindo as capitais. 
 As chuvas voltaram a castigar a Região Sudeste no 
fim de fevereiro e início de março. 
Vários desastres ambientais ocorrem no Brasil no pe-
ríodo de verão e os prejuízos para o setor público e 
particular são astronômicos. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Enchentes_e_deslizamentos_no_Su-
deste_do_Brasil_em_2020 (Adaptado) 
É possível considerar que, no território nacional, 
a) os desastres naturais estão associados direta-
mente a episódios de origem endógena. 
b) apenas a ação climática é o fator que justifica a 
marcante ocorrência dos desastres naturais. 
c) a concentração das chuvas e os processos tectô-
nicos associados são responsáveis pelos desas-
tres naturais. 
d) os desastres mencionados no texto, estão associ-
ados a fenômenos climáticos potencializados pela 
ação antrópica. 
e) as ações antrópicas são responsáveis de forma 
exclusiva pelas catástrofes como deslizamentos e 
enchentes. 
 
61. Leia o trecho abaixo. 
(...) empreendimentos que elegem certos espaços da 
cidade, considerados centralidades, e que os trans-
formam em áreas de investimentos públicos e priva-
dos (...) culminam na valorização imobiliária, impli-
cando a instalação de comércios com mercadorias 
acessíveis às classes sociais mais altas e a impossi-
bilidade de permanência de moradores com menores 
recursos financeiros, que assim são substituídos por 
moradores com maior poder aquisitivo, o que resulta 
na elitização do local. 
Adaptado de: BIDOU-ZACHARIASEN, Catherine. Introdução. De volta à 
cidade. São Paulo: Annablume, 2006. p.21-58. 
O segmento trata do conceito de 
a) conturbação. 
b) gentrificação. 
c) metropolização. 
d) urbanização. 
e) Espoliação. 
 
62. MEDITERRÂNEO É O MAIOR CEMITÉRIO DA EU-
ROPA HOJE 
Trata-se de um grave problema: as próprias leis da 
União Europeia e as convenções internacionais afir-
mam que os fugitivos salvos não podem ser levados 
de volta ao porto de embarque de onde escaparam 
da guerra, do terrorismo e da fome. Mas, ainda as-
sim, todos os dias, dezenas de pessoas morrem du-
rante a tentativa de atingir a Europa. Hoje, o Mediter-
râneo virou o maior cemitério da Europa. Nós conhe-
cemos apenas o número de vítimas que foram regis-
tradas através de fotos, posição e data. Contudo, 
para cada vítima divulgada oficialmente há um morto 
que nem aparece nas estatísticas. Vivemos uma si-
tuação absurda. A África é saqueada pelos países 
ocidentais, que depois não querem ver de perto o 
efeito de sua política. Os países europeus fecham 
suas fronteiras e ignoram que essas vítimas vão mor-
rer justamente tentando fugir da situação que eles cri-
aram. 
CLAUS PETER REISCH Adaptado de gazetaonline.com.br, julho/2018. 
Em julho de 2018, Claus Peter Reisch, comandante 
do navio Lifeline, ficou sete dias