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Curso Suporte Básico de Vida AVASUS

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Curso AVASUS 
A reação das pessoas que presenciam uma parada 
cardiorrespiratória, na maioria das vezes, é de 
perplexidade. Uma boa parte delas tenta colocar a 
vítima num automóvel para buscar socorro. Errado! 
Segundo os especialistas, essa é a pior medida que 
poderemos tomar, porque provavelmente 
transportaremos um cadáver, tendo em vista que, 
dentro de cinco minutos, 50% das pessoas em 
parada cardiorrespiratória irão apresentar sequelas 
irreversíveis ou inclusive a morte encefálica. 
PRINCIPAIS CONCEITOS
Suporte Básico de Vida: 
Conjunto de medidas utilizadas no atendimento a 
uma vítima em parada cardiorrespiratória, visando 
à manutenção dos seus sinais vitais, além de evitar 
o agravamento das lesões existentes, até que uma 
equipe especializada chegue para transportá-la ao 
hospital e oferecer um tratamento definitivo; 
• A única chance de sobrevivência da vítima está 
vinculada à identificação precoce desse evento e 
à intervenção rápida e eficaz a fim de 
possibilitar o retorno espontâneo da ventilação e 
da circulação, com o mínimo de sequelas. 
 
Ressuscitação ou reanimação? 
A tendência atual é de se utilizar o termo 
reanimação nos casos de parada 
cardiorrespiratória, em lugar de ressuscitação, 
provavelmente pela conotação religiosa que nos traz 
à mente o milagre da ressurreição, ou seja, a volta à 
vida de quem já se encontrava definitivamente 
morto. Apesar disso, até o presente, o termo 
ressuscitação é o mais utilizado nas bases de 
pesquisa e nas publicações científicas. 
Parada cardiorrespiratória (PCR): 
• Cessação abrupta das funções cardíacas, 
respiratória e cerebral, comprovada pela 
ausência de pulso central (carotídeo e femoral), 
perda da consciência devido à diminuição da 
circulação cerebral e de movimentos 
respiratórios; 
• Essa condição caracteriza a morte súbita que 
ocorre logo após o aparecimento dos sintomas 
ou após o período de uma hora; 
• Representa uma emergência extrema, pois 
pode resultar em lesão cerebral irreversível e 
morte, caso as medidas adequadas para 
reestabelecimento do fluxo sanguíneo e 
respiratório não sejam tomadas; 
• Causas da parada cardiorrespiratória: 
o Choques circulatórios ou alterações na 
estrutura do coração; 
o Estresse físico ao extremo; 
o Traumas; 
o Doenças das artérias coronárias; 
o Disfunções hereditárias da atividade 
cardíaca. 
• Dos fatores citados, as doenças isquêmicas do 
coração, principalmente, o Infarto Agudo do 
Miocárdio (IAM) são as responsáveis por 80% 
dos episódios de morte súbita; 
o Os fatores de risco para IAM são: colesterol 
alto, obesidade, tabagismo, sedentarismo, 
hipertensão e consumo excessivo de sódio. 
• O sucesso na ressuscitação cardiopulmonar fora 
do ambiente hospitalar está associado ao tempo 
entre o colapso e o início do socorro básico, que 
não deve ultrapassar quatro minutos. 
 
Curso AVASUS 
CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA 
• É composta por cinco elos que representam o 
conjunto de procedimentos que permitem 
salvar vítimas em parada cardiorrespiratória; 
• Para que o RCP seja efetivo, todos os elos são 
igualmente importantes; 
• No caso da parada cardiorrespiratória extra-
hospitalar (PCREH), a vítima da parada depende 
da assistência da comunidade que possuem 
socorristas leigos e que precisam reconhecer a 
PCR, pedir ajuda, iniciar a RCP e aplicar a 
desfibrilação até que o serviço de emergência 
chegue e assuma a responsabilidade; 
• Por outro lado, os pacientes que já estão 
internados dependem de um sistema de 
vigilância adequado para evitar a parada 
cardiorrespiratória intra-hospitalar (PCRIH) 
através de um time multidisciplinar de 
profissionais. 
Cadeia de sobrevivência extra-hospitalar: 
 
Cadeia de sobrevivência intra-hospitalar: 
 
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) 
• Para aprofundarmos o conceito de PCR visto 
acima, precisamos relembrar alguns aspectos 
da estrutura e funcionamento do coração; 
• O coração é um órgão oco, do tamanho 
aproximado de um punho fechado, formado por 
músculo estriado cardíaco; 
• Está localizado no tórax, atrás do esterno e 
acima do diafragma e constitui-se de uma 
bomba que promove a circulação do sangue 
através dos vasos sanguíneos; 
• Possui dois lados que são separados por uma 
parede chamada septo, a qual não permite 
comunicação direta entre eles. O lado direito 
bombeia o sangue para os pulmões e o lado 
Curso AVASUS 
esquerdo bombeia sangue para os órgãos 
periféricos; 
 
O átrio bombeia o sangue para o ventrículo, este por 
sua vez, fornece a força de bombeamento principal 
que propele o sangue através da circulação 
pulmonar, partindo do ventrículo direito, ou da 
circulação periférica, partindo do ventrículo 
esquerdo. Essa dinâmica é de extrema importância 
para a manutenção do funcionamento de todos os 
órgãos do corpo humano (CARVALHO, 2007; 
GUYTON; HALL, 2006) 
Sinais de uma PCR 
• Irresponsividade; 
• Ausência de respiração ou respiração agônica 
(gasping); 
• Ausência de pulso central palpável; 
- Nessas condições, o coração pode estar se 
comportando de quatro formas (quatro 
ritmos cardíacos): fibrilação ventricular, 
taquicardia ventricular sem pulso, atividade 
elétrica sem pulso ou assistolia. 
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) 
1º passo: Reconhecimento rápido 
• Avaliar responsividade através de estímulo 
verbal, falando bem alto e perguntando se a 
vítima está bem. 
• Simultaneamente, realizar estímulo tátil 
vigoroso, batendo nos ombros da vítima, caso ele 
não resposta, significa que está consciente; 
2º passo: Pedir ajuda 
• Numa situação extra-hospitalar, caso você 
esteja sozinho, deve acionar o serviço médico de 
emergência (SAMU – telefone 192), colocar o 
celular no viva-voz e prosseguir com o 
atendimento, antecipando os passos seguintes 
até ser atendido pelo serviço de emergência; 
• Em alguns lugares como shoppings, aeroportos, 
e rodovias privatizadas etc. dispõem de serviço 
médico de emergência privado, então, nesses 
casos, deve acionar esse serviço e solicitar o DEA 
(desfibrilador externo automático); 
• Em casos que o socorrista não está sozinho, 
você deve solicitar a outra pessoa que peça 
ajuda enquanto você permanece com a vítima 
dando continuidade ao atendimento; 
• Numa situação intra-hospitalar, que você 
estiver de plantão em uma unidade de saúde, ao 
identificar o estado de inconsciência, deverá 
chamar o enfermeiro e o médico ou então a 
equipe de ressuscitação, caso a instituição tenha 
disponível. Também deve solicitar o carro de 
urgência com o desfibrilador/DEA; 
RCP em bebês e crianças 
Para prestar socorro a bebês e crianças você deve 
tomar alguns cuidados: 
• Se você não tiver presenciado a PCR e estiver 
sozinho, aplique dois minutos de RCP antes de 
deixar o bebê ou a criança para acionar o serviço 
de emergência e buscar o DEA; 
• Se a PCR for súbita e presenciada, acione 
PRIMEIRO o serviço de urgência/emergência e 
busque o DEA, depois retorne ao bebê ou à 
criança e aplique RCP. 
3º passo: checar respiração e pulso 
Curso AVASUS 
• A avaliação da respiração e do pulso deve ser 
feita simultaneamente em até 10 segundos; 
• A checagem da respiração deve ser analisada 
por meio da expansão torácica. Caso não haja 
expansão ou for observada respiração em 
gasping, considera que a vítima não está 
respirando; 
• O gasping é a última medida que o corpo adota 
para se salvar. Pode se apresentar nos 
primeiros minutos de uma PCR súbita, 
apresentando uma inspiração muito rápida, 
podendo abrir a boca e mexer a mandíbula, a 
cabeça ou o pescoço ao tentar respirar; 
• Para checar o pulso em adultos e em crianças a 
partir de um ano, deve ser palpado o pulso 
carotídeo; 
o Para isso, coloque a ponta dos dedos 
indicador e médio no espaço entre a traqueia 
e os músculos laterais do pescoço; 
 
Em bebês menores de 1 ano: 
• Deve ser avaliado o pulso braquial, colocando os 
dedosno lado interno do antebraço, entre o 
cotovelo e o ombro; 
• A RCP em bebês e crianças também pode ser 
iniciada se houver ausência de responsividade, 
respiração e for identificada uma frequência 
cardíaca abaixo de 60/min. com sinais de 
perfusão deficiente. 
 
4º passo: iniciar RCP imediatamente 
• Agora, a prioridade é realizar as compressões 
torácicas, pois elas permitem que o sangue seja 
bombeado do coração para o resto do corpo; 
• A vítima deve estar em decúbito dorsal em uma 
superfície plana e rígida; 
• Você deve se posicionar ao lado e as suas mãos 
devem estar uma sobre a outra, posicionadas na 
metade inferior do esterno, braços 
completamente estendidos; 
 
 
 
 
 
 
 
• A região hipotenar de sua mão deve ficar em 
contato direto com o tórax; 
 
• Comprima com força e rapidez, numa 
frequência entre 100 e 120 compressões por 
minuto e numa profundidade entre 5 e 6 cm, 
permitindo o retorno total do tórax para que o 
Curso AVASUS 
sangue flua para o coração e as compressões 
produzam fluxo sanguíneo adequado; 
• As compressões devem ser realizadas durante 
dois minutos ou cinco ciclos de 30 compressões 
e duas ventilações (30:2); 
• Tente minimizar as interrupções e ventilações 
excessivas; 
• Você deverá realizar a RCP até a chegada da 
equipe de emergência ou até o paciente se 
movimentar espontaneamente. 
 
Em bebês 
• Caso esteja acompanhado de outro profissional 
treinado, você pode realizar as compressões 
numa relação de 15 compressões para 2 
ventilações, no entanto, se estiver sozinho, 
mantenha a relação 30:2; 
• Para realizar a manobra, você deve utilizar a 
técnica dos dois dedos se estiver sozinho; 
coloque os dois dedos no centro do tórax do 
bebê, logo abaixo da linha dos mamilos (não 
pressione na parte inferior do esterno); 
• Se não estiver sozinho, você deve utilizar a 
técnica do envolvimento do tórax com as mãos 
e compressão com os polegares. Posicione os 
dois polegares, lado a lado, no centro do tórax 
sobre a metade inferior do esterno e as 
compressões devem ter uma profundidade de 
4 cm. 
Em crianças muito pequenas 
• Crianças de 1 ano ao início da puberdade, as 
compressões também podem ser realizadas 
numa relação de 15:2 ventilações, caso esteja 
acompanhado de outro profissional; 
• Se estiver sozinho, deve manter a relação 30:2; 
• A compressão pode ser realizada apenas com 
uma mão no caso de crianças muito pequenas e 
a profundidade deve ser de até 5cm; 
• Uma vez atingida a puberdade, utiliza-se a 
mesma recomendação para os adultos. 
 
ABERTURA DE VIAS AÉREAS 
• O estado de consciência pode causar a queda da 
base da língua obstruindo as vias aéreas; 
• Portanto, a abertura das vias aéreas pode ser 
feita por meio de manobras manuais como: 
Manobra de elevação do queixo 
• Caso haja algum trauma associado, é 
recomendada outra manobra: 
Curso AVASUS 
Anteriorização da mandíbula 
 
• Outra possibilidade de obstrução de via aérea é 
a presença de corpos estranhos como próteses, 
frações de alimentos ou frutas, sementes, 
balas etc., que devem ser retirados se 
estiverem visíveis e alcançáveis; 
• Outra alternativa para manter via aérea pérvia 
é a partir de colocação da cânula orofaríngea. 
Cânula orofaríngea 
• A cânula possui vários tamanhos, portanto, a 
mensuração deve ser feita utilizando a própria 
cânula, a qual deve ter o mesmo tamanho da 
distância entre a comissura labial e o ângulo da 
mandíbula; 
• No adulto, a colocação deve ser introduzindo a 
cânula com a concavidade voltada para cima até 
o véu palatino e então girá-la 180º, colocando a 
concavidade para baixo e terminando de inserir 
na cavidade oral; 
• Já em bebês e crianças deve ser colocada com 
a concavidade voltada para baixo. 
VENTILAÇÕES 
• Devem ser realizadas duas ventilações de 
resgate com duração de um segundo cada uma 
e que produzam elevação visível do tórax para 
garantir a oxigenação cerebral adequada; 
• As ventilações podem ser feitas através de 
algumas manobras ou dispositivos, são eles: 
• Ventilação boca a boca; 
• Ventilação com máscara facial; 
• Bolsa-valva-máscara / insuflador manual. 
Máscara facial 
• A máscara possui uma válvula unidirecional, a 
qual desvia o ar expirado, sangue ou demais 
fluídos corporais para longe do profissional; 
• Posicione ao lado da vítima e coloque a máscara 
sobre o seu rosto, usando a ponte nasal como 
guia para obter a posição correta; 
• Vede a máscara contra o rosto usando a mão 
que está mais próxima ao alto da cabeça da 
vítima e colocando o dedo indicador e o polegar 
ao longo da borda da máscara; 
• Coloque o polegar da outra mão ao longo da borda 
inferior da máscara e os dedos restantes da 
segunda mão ao longo da margem óssea da 
mandíbula e a eleve, executando a manobra de 
inclinação da cabeça para abrir a via aérea; 
• Ao erguer a mandíbula pressione com firmeza e 
por completo em torno da borda exterior da 
máscara para veda-la contra o rosto; 
• Sopre por um segundo para produzir elevação 
do tórax da vítima. 
Bolsa-valva-máscara 
• Consiste numa bolsa acoplada a uma máscara 
facial que também pode ter uma válvula 
unidirecional e é o método mais utilizado pelos 
Curso AVASUS 
profissionais de saúde para administrar 
ventilação com pressão positiva durante uma 
RCP. 
 
 
 
• Posicione diretamente acima da cabeça da 
vítima e coloque a máscara sobre o seu rosto, 
usando a ponte nasal como guia para obter a 
posição correta; 
• Técnica do C e do E: Use o polegar e o dedo 
indicador da mão formando um C na lateral da 
máscara pressionando as bordas contra o rosto. 
Use os outros três dedos que formam o E para 
erguer o ângulo da mandíbula, abrindo a via aérea 
e pressione o rosto contra a máscara; 
• Bombeie a bolsa para administrar as ventilações 
de um segundo, observando se há elevação do 
tórax; 
• Outra forma de realizar a ventilação com esse 
dispositivo é quando há profissionais suficientes 
na cena de ressuscitação para que um segure a 
máscara enquanto o outro realiza as ventilações. 
• Em bebês e crianças devem ser usados os 
mesmos métodos de ventilação, no entanto, a 
máscara deve ter tamanho apropriado para 
cobrir boca e nariz, deixar descobertos os olhos 
e não encobrir o queixo. 
 
 
Respiração boca a boca, fazer ou não fazer? 
A respiração pode sim ser usada como método de 
ventilação em PCR, no entanto, devido ao risco de 
contaminação, o profissional de saúde ou leigos 
podem realizar apenas as compressões torácicas 
até ter disponível um outro método para ventilação, 
como a máscara. Preste atenção! Nesses casos, o 
profissional ou o leigo não PRECISAM fazer, mas a 
decisão fica a cargo de cada um. 
A absorção de oxigênio pela vítima na respiração 
boca a boca é muito baixa, mas em casos de PCR já 
é o suficiente para ajudar a oxigenar o sangue, 
enquanto outro dispositivo e oxigênio suplementar 
chegam. 
 
PARADA RESPIRATÓRIA 
• Nos casos em que a vítima estiver irresponsiva 
e sem respirar, mas com pulso presente, 
teremos uma Parada Respiratória (PR), a qual 
também pode ser a causa e anteceder uma 
PCR; 
• Nesse caso, deve realizar uma ventilação com o 
método de barreira disponível (a cada 5 a 6 
segundos), proporcionando uma frequência 
respiratória de 10 a 12/min., checando pulso a 
cada dois minutos ou até a chegada do socorro 
ou a vítima apresentar tosse ou respiração 
espontânea; 
• Na ausência de pulso, reinicie RCP. 
• Se durante a RCP, com a chegada do suporte 
avançado de vida e viabilizada uma via aérea 
avançada (intubação endotraqueal), a relação 
compressão-ventilação muda; 
• As ventilações ocorrerão durante a RCP, ou seja, 
simultaneamente com as compressões; 
• Durante dois minutos, deverão ser realizadas 
compressões contínuas e administrada uma 
ventilação a cada 6 segundos, proporcionando 
Curso AVASUS 
uma frequência respiratória de 10/min. A cadadois minutos troque a posição dos profissionais. 
Aplicação da RCP 
• As manobras de RCP só devem ser aplicadas 
em pacientes com PCR, identificados por meio 
dos sinais clínicos já apresentados e que não 
estejam em uma situação conhecida como 
morte óbvia, ou seja: 
o Condições como evidente estado de 
decomposição; 
o Decapitação ou segmentação do tronco; 
o Esmagamento do corpo; 
o Carbonização do corpo; 
o Esmagamento de crânio com perda de 
massa encefálica e ausência de sinais vitais 
(não confundir com trauma de crânio com 
perda de massa encefálica, que deve ser 
reanimado); 
o Presença de rigor mortis que se inicia entre 
1 e 6 horas após a morte, pelos músculos 
da mastigação e avança no sentido 
craniocaudal; 
o Presença de livor mortis que é a estase 
sanguínea e depende da posição do corpo, 
inicia-se entre 1h30min. a 2 horas, atingindo 
o máximo entre 8 e 12 horas; 
• Nos casos de morte óbvia, não deve ser 
realizada a RCP. 
Quando suspender a RCP? 
• Existem 4 situações que autorizam o 
profissional de Suporte Básico a interromper a 
RCP: 
• Chegada do Suporte Avançado de Vida (mas 
você pode continuar ajudando a equipe de SAV); 
• Vítima se recuperar (fique atento, pois o 
paciente pode ter um novo colapso!); 
• Reanimador exausto (Reflita, você está 
realmente exausto? Não considere o tempo da 
reanimação! Você está sozinho? Existem outras 
pessoas que estão revezando a RCP com você a 
cada dois minutos?); 
• Ambiente oferecer risco (Existe risco de 
desabamento na cena? Explosão? Ação 
criminosa?). 
RITMOS CARDÍACOS 
• Existem apenas quatro ritmos de PCR, e eles 
podem ser classificados em dois grupos: 
o Ritmos chocáveis: fibrilação ventricular (FV) 
e taquicardia ventricular sem pulso (TVSP); 
o Ritmos não chocáveis: atividade elétrica sem 
pulso (AESP) e assistolia. 
• O tratamento elétrico, ou seja, a indicação de 
desfibrilação (choque) irá variar a depender do 
ritmo. 
Ritmo chocáveis 
• Fibrilação ventricular (FV): é a principal causa de 
PCR no adulto e é o distúrbio do ritmo cardíaco 
mais comum nos primeiros dois minutos de PCR; 
o É um ritmo que evolui rapidamente para 
assistolia, caso as medidas de SBV não 
sejam estabelecidas; 
o Ritmo cardíaco caótico que se inicia nos 
ventrículos, fazendo com que não ocorra a 
despolarização organizada dos ventrículos e 
que estes tremulem ao invés de se 
contraírem de forma efetiva, resultando na 
ineficiência total do coração em manter um 
rendimento de volume sanguíneo adequado; 
o No eletrocardiograma (ECG), apresenta-se 
pela ausência de complexos ventriculares 
individualizados que são substituídos por 
ondas irregulares em zigue-zague, com 
amplitude e duração variáveis. 
 Traçado evidenciando ondas irregulares em ziguezague 
Curso AVASUS 
o O único tratamento disponível para o 
controle da FV é a desfibrilação precoce. A 
principal causa de FV, em nosso meio, é o 
infarto agudo do miocárdio (IAM). Nesse 
caso, além do IAM, devem ser lembradas as 
miocardiopatias, como a chagásica. 
• Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP): 
sucessão rápida de batimentos ectópicos 
ventriculares, que podem levar à deterioração 
hemodinâmica, chegando 6 à ausência de pulso 
arterial palpável. Dessa forma, ela deve ser 
tratada com o mesmo rigor da FV, ou seja, com 
desfibrilação precoce; 
o Ocorre principalmente em indivíduos com 
doença arterial coronariana, como isquemia 
miocárdica; 
o Normalmente, a pessoa apresenta como 
sinais e sintomas iniciais tontura, palidez, 
sudorese fria e o clássico sinal do coração 
parecendo uma “batedeira” ou “britadeira”, 
batendo muito acelerado, até que culmina 
com a inconsciência e ausência de pulso 
central; 
o Essas alterações eletrocardiográficas estão 
associadas à ausência de pulso palpável, pois 
o tempo de enchimento das câmaras do 
coração é muito pequeno. 
• A TVSP deve ser tratada igual à FV, ou seja, com 
desfibrilação (choque). Para isso, você deve 
instalar o DEA assim que prontamente 
disponível, mas não se preocupe em 
diagnosticar, deixe esse papel para o DEA, você 
apenas precisará obedecer aos seus comandos 
e apertar o botão de choque quando solicitado. 
• Não esqueça que imediatamente após o choque 
deverá sempre realizar compressões torácicas. 
Ritmo não chocáveis 
• Atividade elétrica sem pulso (AESP): 
Compreende ritmos bradicárdicos ou 
taquicárdicos, com complexo QRS estreito ou 
alargado, sinusal, supraventricular ou ventricular. 
o Apesar de existir um ritmo organizado no 
monitor, não existe acoplamento do ritmo 
com pulsação efetiva (com débito cardíaco). 
Assim, é preciso que você garanta o SBV, 
com ênfase em compressões torácicas de 
alta qualidade e ventilações de resgate, 
enquanto aguarda a equipe de suporte 
avançado chegar. 
 
• Assistolia: ritmo de pior prognóstico numa PCR, 
pois significa total ausência de atividade 
ventricular contrátil associada à inatividade 
elétrica cardíaca. Ou seja, nessa modalidade, o 
coração encontra-se mesmo parado, sem 
ritmo algum. Então, é caracterizada ao 
eletrocardiograma por uma linha reta e em 
casos raros de deflexões agonais podem 
também ser visualizadas. 
 
o Evidências apontam que a identificação de 
assistolia deva corresponder ao término dos 
esforços, mas não deve ser considerada 
isoladamente, outros parâmetros médicos 
Curso AVASUS 
devem estar associados na tomada da 
decisão de encerramento da RCP; 
o São ritmos em que a desfibrilação não está 
indicada. Deve-se, então, promover RCP de 
boa qualidade, aplicar as drogas indicadas e 
procurar identificar e tratar as causas 
reversíveis. 
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO 
• É um aparelho que analisa o ritmo cardíaco do 
paciente e reconhece um ritmo chocável. Ao 
reconhecer um ritmo chocável ele aplica um 
pulso de corrente de grande amplitude no 
coração para restituir o ritmo normal dos 
batimentos cardíacos; 
Como utilizar? 
• Posicione o DEA ao lado da cabeça da vítima e 
próximo ao socorrista que irá manuseá-lo. 
• Ligue o DEA e siga as orientações. Remova o 
papel adesivo das pás do DEA e aplique uma pá 
abaixo da clavícula, na parte superior direita do 
peito desnudo e a outra deve ser aplicada abaixo 
do mamilo ou abaixo do peito a esquerda abaixo 
do coração; 
 
 
 
 
 
 
 
• Isole a vítima, certifique de que ninguém está 
tocando-a e deixe que o DEA analise o ritmo 
cardíaco. Ao analisar, ele dirá se é preciso aplicar 
um choque ou continuar com as compressões 
cardíacas; 
• Se o DEA recomendar o choque, ele avisará 
novamente que é preciso isolar o paciente. 
Quando todos estiverem afastados, aperte o 
botão de choque no DEA; 
• Assim que tiver sido dado um choque na vítima 
é preciso continuar as compressões por mais 2 
minutos ou até a vítima se mover ou até o 
desfibrilador avisar mais uma vez sobre a 
análise do ritmo cardíaco; 
• Mantenha essa sequência até que o suporte 
avançado chegue ao local. 
 
Atenção 
Mesmo se a vítima retomar a consciência, o aparelho 
não deve ser desligado e as pás não devem ser 
removidas ou desconectadas até que a equipe de 
emergência assuma o caso. 
DEA em casos especiais 
• Paciente que faz uso de marca-passo (MP) ou 
cardioversor-desfibrilador implantável: se o MP 
estiver na região onde é indicado o local para 
aplicação das pás, afaste-as, pelo menos, 8 cm 
ou opte por outro posicionamento das pás 
(anteroposterior, por exemplo), pois, estando 
muito próximas, pode prejudicar a análise do 
ritmo pelo DEA. 
• Excesso de pelos no tórax: você precisa retirar 
o excesso de pelos apenas da região onde serão 
posicionadas as pás com uma lâmina ou com as 
primeiras pás e, depois, aplicar um segundo jogo 
de pás. No entanto, se você não tiver mais de 
uma pá disponível, use um pedaço de 
esparadrapo, coloque no peito e puxe 
Curso AVASUS 
rapidamente, como se tivesse fazendo uma 
depilação;• Tórax molhado: enxugue rapidamente o tórax 
antes de aplicar as pás. Se a vítima estiver 
sobre uma poça d’água, não há problema. Porém, 
se esta poça d’água também envolver o 
socorrista, remova a vítima para outro local o 
mais rápido possível; 
• Adesivos de medicamentos/hormonais: você 
precisa remover o adesivo e o excesso de 
medicamento se ele estiver no local em que 
serão aplicadas as pás do DEA; 
• Crianças de 1 a 8 anos: utilize o DEA com pás 
pediátricas e/ou atenuador de carga. Se o kit 
DEA possuir somente pás de adulto, está 
autorizada a utilização delas, porém, se o tórax 
for estreito, pode ser necessária a aplicação de 
uma pá anteriormente (sobre o esterno) e 
outra posteriormente (entre as escápulas), na 
mesma altura, para que as pás não se 
sobreponham. 
 
o As pás infantis não devem ser utilizadas em 
adultos, pois o choque aplicado será 
insuficiente! 
Lactentes (0 a 1 ano): um desfibrilador manual 
é preferível, porém, se não estiver disponível, 
utilize o DEA com pás pediátricas e/ou o 
atenuador de carga. Se este também não 
estiver disponível, utilize as pás de adulto, uma 
posicionada anteriormente (sobre o esterno) e 
a outra posteriormente (entre as escápulas), na 
mesma altura; o prejuízo para o miocárdio é 
mínimo e há bons benefícios neurológicos. 
• Gestantes: não existem estudos que 
comprovem complicações maternas ou fetais 
com o uso do desfibrilador. Indica-se seu uso 
em qualquer estágio da gestação como método 
seguro, considerando ainda como barreira e 
proteção fetal o líquido amniótico. 
 
 
Choque ou RCP primeiro? 
• Nas PCR de adultos presenciadas, quando há um 
DEA disponível imediatamente, deve-se usar o 
desfibrilador o mais rapidamente possível. Em 
adultos com PCR sem monitoramento ou quando 
não houver um DEA prontamente disponível, 
deve-se iniciar a RCP enquanto o desfibrilador é 
obtido e aplicado e tentar a desfibrilação, se 
indicada, assim que o dispositivo estiver pronto 
para uso; 
• A RCP deve ser administrada enquanto as pás 
do DEA são aplicadas e até que o DEA esteja 
pronto para analisar o ritmo; 
Por que devemos mesmo aplicar compressões 
cardíacas imediatamente após o choque? 
• Após 3-4 minutos de fibrilação ventricular os 
estoques de energia (ATP) praticamente se 
esgotam e o ATP é a fonte de energia vital para 
uma desfibrilação bem-sucedida, pois é o 
combustível químico que a actina e a miosina 
necessitam para realizarem sua função de 
contração e relaxamento muscular; 
Curso AVASUS 
• O pulso de corrente elétrica que atravessa o 
coração promove a despolarização, ou seja, a 
contração de uma grande quantidade de fibras 
ventriculares que estavam repolarizadas ou 
relaxadas e prolonga a contração das que já 
estavam contraídas; 
• Se uma certa massa crítica de 75 a 90% das 
fibras responder simultaneamente a essa 
contração forçada quando retornarem ao 
estado de repouso estarão em condições de 
responder ao marca-passo natural do corpo e, 
com sincronismo, o bombeamento é 
reestabelecido; 
• Contudo, nos primeiros minutos após uma 
desfibrilação bem-sucedida todo ritmo 
espontâneo é normalmente lento e não cria 
pulsos ou perfusão adequada e por isso o 
paciente precisa de RCP, as vezes por vários 
minutos iniciando, iniciando pelas compressões 
para que seja proporcionado auxílio ao coração na 
organização do seu ritmo; 
• Compressões eficientes auxiliam a 
reestabelecer as ATP’s pois aumentam as 
chances de chegada de oxigênio dentro das 
estruturas celulares que irão produzir energia 
em forma de ATP, permitindo que as células 
cardíacas obedeçam novamente ao comando do 
nó sinoatrial; 
Resumindo: 
A função do choque é de parar o coração, ou seja, 
zerar a atividade elétrica anteriormente 
desorganizada para que o marca-passo natural do 
nosso coração (no sinoatrial) possa comandar 
novamente as fibras cardíacas e reassumir um 
ritmo eficaz que gere pulso central. Como na AESP 
não há desorganização de ritmo e na assistolia não 
há ritmo, consequentemente, não existe indicação 
de desfibrilação; 
A desfibrilação não faz voltar a função cardíaca, ela 
choca o coração e suspende, por um breve período, 
toda atividade elétrica, inclusive a FV e a TVSP. 
Assim, se o coração ainda tiver energia e for viável, 
seu marca-passo natural poderá, por fim, reiniciar 
a atividade elétrica. 
 
 
 
 
 
CUIDADOS NO ALÍVIO DO ENGASGO 
Reconhecimento de asfixia 
• A asfixia pode ser definida como a dificuldade ou 
impossibilidade de respirar, que pode levar à 
falta de oxigênio no organismo e à morte; 
• Assim, podemos chamar de obstrução de via 
aérea por corpo estranho (OVACE) ou engasgo 
quando algum objeto, alimento, líquido ou 
secreção aloja-se em alguma porção do trato 
respiratório de forma que obstrua a passagem 
do ar; 
• Os casos mais frequentes dessas obstruções 
são causados por alimento ingerido que tomou 
caminho errado e, ao invés de ir para o 
estômago, foi para os pulmões. 
• Na OVACE, a asfixia provocada pela obstrução 
prolongada dos pulmões por um objeto sólido 
(pedaços de alimentos, goma de mascar, 
dentes, peças de brinquedos) pode ser parcial 
(leve) ou total (grave); 
• Sinais de obstrução parcial: 
o Boa troca de ar; 
o Capaz de tossir de maneira forçada; 
o Presença de sibilos ou estridores; 
o Inquietação; 
o Rubor facial; 
Curso AVASUS 
o Taquicardia (coração acelerado); 
o Respiração forçada e rápida. 
• Sinais de obstrução total: 
o Troca de ar deficiente ou ausente; 
o Tosse fraca ou ineficaz ou incapaz de tossir; 
o Ruídos agudos durante a inspiração ou 
absoluta ausência de ruído; 
o Maior dificuldade respiratória; 
o Possível cianose; 
o Incapacidade de falar; 
o Mostra o sinal universal de asfixia (por não 
conseguir falar, a vítima coloca as mãos 
agarrando o pescoço sinalizando que não é 
capaz de respirar e costuma apresentar 
uma expressão facial de pânico). 
 
Tratamento para adultos e crianças conscientes 
• Incentive a vítima a continuar tossindo e 
esforçando-se para respirar 
espontaneamente; 
• Permaneça ao lado da vítima, monitorando sua 
condição; 
• Chame o serviço de emergência (SAMU 
192/BOMBEIROS 193), caso a obstrução parcial 
persista; 
Não tente bater nas costas de uma vítima de 
engasgo, caso ela esteja tossindo! 
• Uma vítima que é capaz de tossir indica estar 
com um bloqueio parcial das vias aéreas, e um 
tapa nas costas pode fazer com que a 
obstrução se aloje mais profundamente, 
causando, assim, um bloqueio total de ar. Espere 
até que a vítima cuspa o objeto ou mostre sinais 
de obstrução total antes de você intervir. 
• Caso a vítima evolua para uma obstrução total, 
mas ainda está consciente, você deve perguntar 
se a vítima está conseguindo respirar. Se a 
vítima acenar que NÃO (ela poderá fazer o sinal 
universal da asfixia) e não puder falar, há 
presença de obstrução completa das vias 
aéreas e você deverá tentar aliviar essa 
obstrução, pois agora temos um caso de 
obstrução grave de via aérea. 
• Consiste na realização de uma série de 
compressões a nível superior do abdômen; 
• O objetivo desse procedimento é levantar 
suficientemente o diafragma de forma a forçar 
o ar a sair dos pulmões para criar uma tosse 
artificial. Por sua vez, pretende-se então que 
essa tosse movimente o ar através da traqueia, 
empurrando e expulsando o corpo estranho 
para a cavidade oral e desobstruindo as vias 
aéreas superiores; 
• Essa manobra deve ser utilizada para aliviar o 
engasgo em vítima responsiva/consciente a 
partir de 1 ano de idade e não deve ser utilizada 
em compressões abdominais para aliviar o 
engasgo em bebês. 
 
 
 
 
 
 
Curso AVASUS 
1) Apresente-se à vítima, dizendo que vai ajudá-la 
(isso vai reduzir a ansiedade e o consumo de 
oxigênio); 
2) Fique de pé ou ajoelhe-se (se a vítima for uma 
criança) atrás da vítima e enrole seus braços 
em tornoda sua cintura; 
3) Feche uma das mãos; 
4) Coloque o lado do polegar da mão fechada contra 
o abdome da vítima, na linha média, ligeiramente 
acima do umbigo e bem abaixo do esterno; 
5) Agarre a mão fechada com a outra mão e 
pressione-a contra o abdome da vítima, de 
maneira rápida e forte, para dentro e para cima. 
6) Aplique cada nova compressão com um 
movimento distinto e separado para aliviar a 
obstrução; 
7) Repita as compressões até que o objeto seja 
expelido ou a vítima desmaie. 
Em casos de vítima gestante ou obesa: 
Aplique compressões torácicas ao invés de 
abdominais, uma vez que compressões abdominais 
em gestantes podem provocar danos ao bebê, e em 
obesos, a estrutura espessa de tecido adiposo pode 
dificultar o efeito da manobra de Heimlich, além de, 
eventualmente a pessoa que irá executá-la poderá 
não conseguir envolver completamente a cintura da 
vítima com seus braços. 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento para adultos e crianças inconscientes 
• Se a vítima de engasgo parar de responder, 
acione o SAMU 192 ou BOMBEIROS 193; 
• Deite a vítima numa superfície rígida e inicie RCP, 
começando pelas compressões torácicas; 
• Como a causa da parada provavelmente foi a 
obstrução total da via aérea, você não precisa 
checar o pulso do paciente, ele muito 
provavelmente encontra-se em parada 
respiratória e seu coração ainda pulsa; 
• No entanto, com o passar do tempo, ele logo 
poderá parar de bater e suas compressões 
torácicas além de provocar o aumento da 
pressão intratorácica e tentar expulsar o corpo 
estranho, estará estimulando o coração, 
fazendo o sangue circular, levando oxigênio para 
todo o corpo, inclusive para as coronárias (vasos 
do coração), minimizando as chances dele entrar 
em colapso. 
• Atente-se para que toda vez que você abrir a 
via aérea para administrar ventilações, abra 
bem a boca da vítima e procure o objeto. Caso 
consiga ver o objeto que pode ser removido 
facilmente, remova-o com seus dedos; 
• Caso não visualize o objeto, continue a RCP. Após 
cerca de 5 ciclos ou 2 minutos de RCP (com 30 
compressões e 2 ventilações para adultos ou 
crianças/bebês com um único profissional de 
saúde, e 15 compressões e 2 ventilações para 
crianças/bebês com dois ou mais profissionais 
de saúde), peça ajuda aos serviços de suporte 
avançado, caso isso ainda não tenha sido feito. 
• Em outras situações, você pode encontrar a 
vítima de engasgo (adulta) já em estado de 
inconsciência (no caso de não ter presenciado a 
cena), nesse caso, você, provavelmente não 
saberá que existe uma obstrução das vias 
aéreas. Acione o serviço de emergência local e 
inicie RCP; 
• No entanto, em bebês e crianças, mesmo nos 
casos de PCR não presenciada e se o profissional 
estiver sozinho, deve-se aplicar dois minutos de 
RCP antes de deixar o bebê ou a criança para 
Curso AVASUS 
acionar o serviço de urgência/emergência e 
buscar o DEA. 
ALÍVIO DO ENGASGO EM BEBÊS 
• Caso o bebê se engasgue enquanto mama (ou 
ingere outros alimentos) ou colocou 
acidentalmente alguma pecinha pequena na 
boca, mantenha-se calmo e atento e deixe que 
seu bebê desengasgue sozinho, tossindo; 
• Sinais de obstrução parcial em bebês: 
o Boa troca de ar; 
o Capaz de tossir de maneira forçada; 
o Pode sibilar entre as tosses. 
• Sinais de obstrução total em bebês: 
o Troca de ar deficiente ou ausente; 
o Tosse fraca ou ineficaz ou incapaz de tossir; 
o Ruídos agudos durante a inspiração ou 
absoluta ausência de ruído; 
o Maior dificuldade respiratória; 
o Possível cianose; 
o Incapacidade de chorar. 
Tratamento em bebês conscientes 
• Se o bebê tiver com algum sinal de obstrução 
parcial, mantenha a calma e não interfira nas 
tentativas do bebê em expelir o corpo estranho, 
mas permaneça ao seu lado e monitore sua 
condição, e se a obstrução parcial persistir, 
acione o serviço de emergência local da sua 
cidade; 
• Caso em algum momento, o bebê não consiga 
fazer nenhum som ou não respirar, de fato 
existe a presença de obstrução total das vias 
aéreas e você deverá tentar aliviar a obstrução; 
• Remover um objeto das vias aéreas de um bebê, 
exige uma combinação de pancadas nas costas 
e compressões torácicas e você deve seguir os 
passos a seguir: 
1) Ajoelhe-se ou sente-se com o bebê no colo; 
2) Se conseguir, remova a roupa do tórax do bebê; 
3) Mantenha o bebê voltado para baixo, com a 
cabeça ligeiramente mais baixa que o tórax, 
apoiado em seu antebraço. Sustente a cabeça e 
a mandíbula dele com a mão. Tenha o cuidado de 
evitar comprimir os tecidos moles da garganta. 
Repouse seu antebraço sobre o colo ou coxa 
para sustentá-lo; 
 
 
 
 
 
4) Dê 5 pancadas vigorosas no meio das costas, 
entre as escápulas do bebê, usando o calcanhar 
da mão. Dê cada pancada com força suficiente 
para tentar desalojar o corpo estranho; 
 
 
 
 
 
5) Após as 5 pancadas, coloque a mão que está livre 
nas costas do bebê, apoiando a parte de trás da 
cabeça dele com a palma da sua mão. O bebê 
ficará adequadamente deitado entre seus dois 
antebraços, com a palma de uma mão 
sustentando o rosto e a mandíbula enquanto a 
palma da outra mão sustenta a parte de trás 
da cabeça dele. 
 
6) Vire-o como um todo, sustentando 
cuidadosamente a cabeça e o pescoço; 
mantenha-o voltado para cima, com seu 
Curso AVASUS 
antebraço repousando sobre sua coxa. 
Mantenha a cabeça dele mais baixa do que o 
tronco; 
7) Aplique 5 compressões torácicas rápidas para 
baixo, no meio do tórax, sobre a metade inferior 
do esterno (mesma posição das compressões 
torácicas durante uma RCP em bebê). Aplique-
as à frequência aproximada de 1 por segundo, 
cada qual com a intenção de criar força 
suficiente para desalojar o corpo estranho; 
8) Repita a sequência de 5 pancadas nas costas e 
5 compressões torácicas até que o objeto seja 
removido ou o bebê pare de responder. 
Compressões abdominais não são apropriadas para 
bebês, pois eles correm o risco de vomitar e 
aumentar o engasgo. 
Tratamento em bebês inconscientes 
A manobra ensinada no item anterior pode não ter 
êxito e o bebê desmaiar. Nesse caso, siga os passos: 
1) Chame ajuda. Se alguém responder, 
encarregue essa pessoa de acionar o 
sistema de emergência local. Coloque o bebê 
sobre uma superfície plana e firme. 
2) Teste a responsividade, batendo no pezinho, 
caso o bebê não responda e não respire, 
inicie RCP (comece pelas compressões, 
realize 30 compressões se estiver sozinho, 
ou 15 se estiver com outro profissional lhe 
ajudando) com uma etapa extra: toda vez 
que abrir a via aérea, procure o objeto 
obstrutor na parte de trás da garganta. Se 
vir um objeto e puder removê-lo facilmente, 
remova-o. Caso contrário, realize uma 
ventilação com duração de 1 segundo, 
observe se há elevação do tórax, caso 
contrário, reposicione a via aérea novamente 
e ventile mais uma vez. 
3) Após aproximadamente 2 minutos de RCP, 
acione o serviço de emergência se ainda não 
tiver feito. 
 
Referência: 
Curso de Suporte Básico de Vida do AVA-SUS.

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