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O primeiro contato. A entrevista inicial. Os critérios de analisabilidade. O contrato. In ZIMERMAN, D. E. Manual de Técnica psicanalítica, uma re-visão. Porto Alegre : Artmed, 2004, pag. 57 a 65.
Nome: Elisandra Inocencia Faria
RA: T7331E-0
Data: 06/03/2020 
Realmente é no primeiro contato com o paciente que se começa a formação de algum tipo de vínculo, seja por meio de contato telefônico ou pessoalmente, e este vínculo pode vingar ou não, e a forma como o paciente ou o possível paciente utiliza a sua conduta, atitude e linguagem podem está expressando uma importante maneira de comunicação, o que é de fundamental importância, pois nesse primeiro contato é possível observar quando o provável paciente emprega uma linguagem por demais tímida, entrecortada por pedidos de desculpas, “por está atrapalhando” e outras expressões similares, pois existem prováveis pacientes que sempre ligam para o terapeuta tentando iniciar uma terapia, mas por temores próprios não tem coragem de iniciar e isto pode revelar ao terapeuta uma pessoa de personalidade possivelmente frágil. Existem aqueles que fazem uma série  de perguntas, de modo um tanto desconfiado e defensivo, demonstrando evidências de natureza paranóide. Diante do exposto fica evidente a atenção que o terapeuta tem que ter nesse primeiro contato, pois pode fazer com que o provável paciente inicie a terapia ou não. 
Com relação a entrevista inicial é imprescindível que essa seja levada a sério e com profundidade, tendo em vista que tanto o analista quanto o paciente têm o direito de decidir se é com essa pessoa “estranha” que tem a sua frente que desejam partilhar um convívio longo, íntimo e imprevisível, pois pode ser que o paciente tenha apatia pelo terapeuta, e este último, através da demanda que o paciente traga, pode ser algo que cause sofrimento psíquico no terapeuta, então é uma terapia que provavelmente não renderá, o que configura que ambos têm que ter esse direito de escolha.
Outra questão acentuada no texto é que o terapeuta em uma entrevista inicial construa uma razoável impressão diagnóstica, porém ao meu ver é muito recente para se dá uma impressão diagnóstica, tendo em vista que o paciente pode dissimular nessa entrevista, não ser sincero e o vínculo terapêutico ainda está em construção.
Concordo plenamente com o autor onde diz que é necessário observarmos a aparência exterior do paciente, incluindo a forma como ele está vestido, como saúda, se ele manifesta algum sinal ou sintoma visível, como é a sua postura corporal, gesticulação, movimentação, linguagem empregada e tom de voz ao discursar, pois a aparência geralmente reflete o interior do paciente, seu jeito de ser e entre outros. 
No que se refere a interpretação na entrevista inicial, realmente  as interpretações alusivas à neurose devem ser evitadas, mas considero também compreensivo dizer o suficiente para que assim o paciente se sinta compreendido, para que se tenha o estabelecimento de um necessário rapport, de uma necessária “aliança terapêutica”.
Um aspecto importantíssimo é o estabelecimento do contrato, pois é onde se exige uma definição de papéis e funções, centrada na natureza de trabalho consciente, onde irá ser estabelecido os direitos e deveres de cada um, combinação de valores, forma de pagamento, horário, número de sessões semanais e outras questões essenciais. Tem que ser estabelecido esse contrato, pois além de tornar a “terapia séria”, dar a entender que o paciente está conquistando um espaço exclusivamente seu e que por isso será responsável por ele.
Resumo: Esse artigo versa sobre a importância do primeiro contato com o analista e da imprescindível entrevista inicial. O contato precede a entrevista e proporcionará uma primeira impressão de que tipo de paciente o analista terá a sua frente. A entrevista inicial é uma ferramenta muito importante utilizada pelo analista psicanalítico pois, será através dela que irá conhecer o paciente e seu histórico no âmbito biopsicossocial. A razão do seu acontecer é inicialmente conhecer a queixa principal do candidato a análise psicanalítica. 
“Não importa qual seja a razão de sua demanda, esse encontro entre analista e analisando sempre será ansiogênico. O fato de ter de dirigir-se a alguém que por mitos e crenças irão resolver sua problemática de vida, por si só, gera imensa expectativa. Inicialmente, acredita numa técnica mágica, que irá realizar algumas sessões e tudo estará resolvido. O que ele ainda não sabe, não tem entendimento é que, ali, na presença do analista, encontra-se um bebê, alguém que busca o colo, a compreensão, o que não foi lhe dado por direito infantil, quiçá, uma maternagem que não aconteceu e ou falhou. ” (Cristina, 2017).
        A palavra contato remete ao encontro de dois corpos que se tocam. No contexto que será abordado a usarei como sinônimo de ligação e relação.
        O primeiro contato normalmente acontece através de um telefonema, seja falando diretamente ou através de uma mensagem solicitando retorno através de WhatsApp, sms ou até e-mail. Ocorre que, advinda dessa atitude inicial, concebe-se a ideia de uma vinculação que se inicia e que poderá permanecer ou não. A conduta, atitude e linguagem utilizada por esse possível paciente nesse primeiro contato já mostrarão um jeito singular de ser e, essa comunicação expressa pode ser em âmbitos verbal e não verbal.
        Alguns aspectos dessa comunicação vão indicar que tipo de paciente teremos a nossa frente. Aquele que de longa data “protela” a primeira sessão, seja de quem for que tenha recebido essa indicação (amigo, médico, colega, ex- paciente desse analista, etc.) pode sinalizar motivação insuficiente ou temores próprios fóbicos ou indecisão obsessiva. O paciente que emprega linguagem “excessivamente tímida, repleta de pedidos de desculpas” (como se estivesse incomodando ou atrapalhando) pode revelar uma personalidade melindrosa e temerosa de rechaços. Como em tudo na vida, existe um outro lado extremo e aqui não seria diferente, então, eis que surge alguém que ao falar e se comportar denota comportamento “arrogante, dominante e condicionante”, por exemplo: Só tenho disponibilidade nas terças-feiras no final da manhã. Seu comportamento pode denotar defesa frente suas angústias através de uma personalidade que se configure narcísica. Ainda outros podem evidenciar natureza paranoide (desconfiados e defensivos), depressivos (sua tonalidade vocal é quase inaudível), dependentes (induzem outros a contatar o analista por eles, por exemplo: pai, mãe, esposa, irmão, amiga, etc.), aquele que mesmo à distância já desperta empatia ao analista e outras tantas possibilidades personais e comportamentais.
        Alguns aspectos relevantes devem ser considerados e isso independe se o tratamento será de acordo com o modelo clássico de análise e suas parametrizações mínimas ou se de base psicanalítica, importante é, que o analista tenha a consciência de suas condições psíquicas e doutrina filosófica e igualmente da condição psicológica do paciente, pois, juntos, irão travar uma longa caminhada como par analítico. Essa trajetória terapêutica incidirá em questões de magnitude econômica ao paciente, o tempo que levará, a não garantia de sucesso, sofrimentos, imprevisibilidades, o quão disposto ele estará para investir na análise, incertezas, recompensas exitosas de progressos em solucionabilidade, dentre outras.
        No primeiro contato com o paciente já se estabelece uma “pré-transferência”, ou seja, uma troca de sentimentos, emoções e impressões e por isso, poderá haver uma evolução empática ou de repulsa. Em se tratando de uma primeira impressão, seja ela por idealização extrema ou por desacreditação, poderá ou não se asseverar na consecução da terapia psicanalítica.
        A entrevista inicial é uma nomenclatura contemporânea, mas no início da psicanálise, Freud usava “análise de prova” e “tratamento de ensaio”. De acordo com Freud (1913), para que o processo de análise aconteça e se atinja um determinado objetivo, torna-se necessárioum período que o antecede, no qual seja possível traçar um caminho para que o analista possa cumprir sua promessa de cura.
Para que se dê inicio a terapia é importante fazer com que o cliente se sinta confortável
Como terapeuta,procurar agir com naturalidade criando um ambiente agradável para ambas as partes (terapeuta/cliente)
Deixar claro para o cliente que tudo o que ela falar será mantido em sigilo.
Esclarecer sobre o enquadramento para o cliente (falar com clareza dos horários,a duração ,se houver imprevisto avisar com antecedência)
Explicar para o cliente a importância de conhecer a pessoa,coletar os dados.
Observar o comportamento do cliente durante a sessão é importante,pois isso pode se tornar um dado.
A entrevista inicial procura direcionar a queixa,então nesse caso se Andrea se sentisse um pouco tensa para falar perguntaria como foi sua infância,qual seu histórico familiar,como que ela se sente no momento,como era a alimentação na família,se suas brigas com o marido era só por conta das alimentações.
Procurar deixar que ela se expresse e como terapeuta demonstrar aceitação,ser solidaria com seu sofrimento.
Oferecer a acolhida,mostrar para ela que faremos de tudo para que ela venha conquistar sua “cura” e ser afetiva.

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