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FREITAS, Sylvia - Apostila sobre Intervencoes Terapeuticas Abordagem Existencial-Humanista - 7o per - ClinicaCrianca FCMMG

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Apostila sobre 
Intervenções 
Terapêuticas 
 
 
Abordagem Existencial – Humanista 
Maringá, 2000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organizada por: Sylvia Mara Pires de Freitas 
Re-digitada por: Marcelo Aleixo Gonçalves 
As intervenções do terapeuta 
 
Abordagem Existencial – Humanista 
 
Psicoterapia e Aconselhamento Psicológico 
 
1. Introdução: 
 
Na abordagem Existencial – Humanista, não cabe ao terapeuta o papel principal no 
processo de mudança do cliente. Ele atua como catalizador, como facilitador do 
crescimento do sujeito. Para que esta tarefa possa surtir os melhores resultados é 
necessário que entre outras coisas, o terapeuta seja capaz de: 
 
1- Entender o seu cliente; 
2- Compreender suas declarações; 
3- Responder de maneira que facilite a realização dos objetivos fixados. 
 
No momento são as respostas do terapeuta o foco de nossa atenção. Apesar de 
reconhecermos que as comunicações interpessoais, altamente complexas e 
multidimensionais, que a compreensão do processo de comunicação interpessoal 
implica os participantes, à situação presente, as dinâmicas de cada um, etc., que o que é 
comunicado não verbalmente é tão ou mais importante do que a comunicação verbal. 
Vamos nos deter agora basicamente na comunicação verbal do terapeuta. 
 
“É o que faz o terapeuta e não o que pensa e sente, o que afeta diretamente o 
paciente”. 
 
2. Tipos de Intervenções do Terapeuta: 
 
Apresentamos a seguir, os tipos de intervenções mais empregados em psicoterapia e 
aconselhamento. Os objetivos a serem alcançados por cada uma delas, são 
apresentados num contexto geral e não particular. Isto quer dizer que a eficiência de 
uma intervenção depende de uma série de circunstâncias presentes no momento que 
ela é realizada (a percepção do terapeuta pelo cliente, a percepção do cliente pelo 
terapeuta, o contexto em que se deu, etc.). 
 
“Não existe, portanto, intervenções que sempre sejam eficientes ou sempre ineficazes, 
tudo depende das circunstâncias presentes”. 
 
1- Resposta de CONTINUIDADE. 
2- INQUISITIVA (ou, exploratória, interrogativa). 
3- INFORMATIVA. 
4- AVALIATIVA. 
5- SUPORTATIVA (ou de apoio). 
6- Resposta de DESATENÇÃO. 
7- INTERRUPTORA. 
8- INTERPRETATIVA. 
9- Usando ANALOGIAS. 
10- Respostas de CONFRONTO. 
11- AUTO-EXPRESSÃO. 
12- COLOCAÇÃO DE LIMITE. 
13- REFLETORA DE CONTEÚDO NÃO-VERBAL (R.C.N.V.). 
14- REFLETORA DE CONTEÚDO VERBAL (R.C.V.). 
15- REFLETORA DE VIVÊNCIAS EMOCIONAIS (Interpretativa vivencial – R.V.E.). 
 
1. Resposta de CONTINUIDADE: 
 
Esta intervenção é também chamada de “aceitação”. O terapeuta procura promover a 
continuidade da comunicação do cliente sem exercer influência direta sobre o mesmo; 
como pode acontecer com relação à Refletora de Conteúdo Verbal. 
Ela se propõe a estimular o cliente a continuar falando. Sendo esta uma intervenção 
aparentemente “pouco terapêutica” não é muito aceita pelos principiantes que querem 
alcançar uma mudança mais rápida em seus clientes. No entanto, é uma das respostas 
mais empregadas por terapeutas experimentados. Através dela pode-se reunir material 
importante sobre determinado assunto sem forçar o cliente. No decorrer de uma sessão, 
por exemplo, o cliente faz uma declaração completamente inesperada e o terapeuta 
sente-se incapaz de harmonizá-la com a imagem que tem do sujeito. Neste caso, precisa 
ganhar tempo para que possa pensar melhor sobre a comunicação e compreende-la 
mais profundamente. Estimulando simplesmente a que continue a falar, pode eliminar 
suas dúvidas e executar uma manobra terapêutica mais adequada. 
As respostas de continuidade caracterizam-se por comportamentos tais como: silêncio, 
um olhar interrogativo, movimentos de concordância com a cabeça ou expressões 
verbais, como: “sim”, “entendo”, “hum-hum”, etc. 
 
Exemplo: 
C – “Eu sempre fui um sujeito calmo, educado, tranqüilo, mas não agüentei... explodi 
com ele! Então disse gatos e lagartos”. 
T – “Entendo...”. 
 
2. INQUISITIVA (ou exploratória, ou interrogativa): 
 
Esta intervenção pretende obter dados suplementares sobre determinado tema 
apresentado pelo cliente ou aprofundar a discussão sobre determinado assunto. 
O terapeuta deixa subentendido com esta intervenção que será mais proveitoso para o 
cliente que continue a falar sobre o assunto. Esta intervenção tem objetivos 
semelhantes aos da REFLETORA DE CONTEÚDO VERBAL e da CONTINUIDADE. 
 
Exemplo: 
C – “Todas as noites tenho sonhos horrorosos. Acordo sempre muito agitada”. 
T1 – “Sonhos horrorosos”. 
T2 – “Eu gostaria que você falasse mais sobre isso”. 
 
Em algumas situações a intervenção inquisitiva pode se tornar inadequada. Isto se dá, 
particularmente, quando o terapeuta toca aspectos altamente vulneráveis do cliente e 
ele ainda não está preparado para manipular tais materiais. Neste caso podem surgir 
atitudes defensivas tendentes a diminuir a ansiedade. 
 
3. INFORMATIVA: 
 
A intervenção informativa é aquela que busca prestar ao cliente esclarecimentos que 
lhe possam permitir uma melhor compreensão. Neste tipo de intervenção não está 
subentendida que o terapeuta deve decidir pelo cliente. Ela não pode ser considerada 
propriamente terapêutica, mas sua utilização muitas vezes se faz necessária. É utilizada 
quando existe carência de informações, principalmente em terapias de base sexual, de 
casal, alcoolismo, drogados, etc. Um sujeito que sofra de problemas sexuais e 
desconheça alguns fatos de natureza fisiológica sobre o ato sexual, pode 
eventualmente, se beneficiar com informações do terapeuta. Em casos diagnosticados 
como “Síndrome do Pânico”, faz-se necessário informar ao cliente os dados científicos 
sobre seu distúrbio, isso ajuda, a princípio, baixar a ansiedade para começar com o 
tratamento. 
A intervenção informativa é normalmente empregada quando do fornecimento de 
resultado de testes (orientação vocacional ou profissional, por exemplo). 
 
4. AVALIATIVA: 
 
Este tipo de intervenção expressa, de certa forma, uma opinião relativa ao mérito, à 
utilidade, à exatidão, à fundamentação, etc. 
O terapeuta indica, de forma mais ou menos clara, como poderia ou deveria atuar. 
“Julga a comunicação do cliente”. 
Sendo esta intervenção a expressão de um juízo do terapeuta sobre a situação do 
cliente, pode ser sentida como ameaçadora ou criar, quando aceita pelo sujeito, uma 
indesejável dependência. 
 
Exemplo: 
C – “Eu pensei bastante e cheguei a conclusão de que não é mais possível a nossa vida 
em comum, tenho que acabar com isso”. 
T – “Talvez esta seja uma decisão precipitada. Talvez seja melhor que você reexamine a 
situação e verifique se não existem outras alternativas”. 
 
5. SUPORTATIVAS (ou de apoio, ou tranquilizadoras): 
 
Este tipo de intervenção pretende estimular, avaliar a ansiedade, criar sentimentos de 
segurança e reduzir a intensidade das vivencias emocionais. 
Com esta intervenção o terapeuta procura animar o cliente. Direta ou indiretamente 
mostra que o que o sentimento do cliente não se justifica, que o problema não existe 
ou que não é tão sério assim. 
 
Exemplo: 
C – “Estou grávida. Vai ser meu primeiro filho. Estou desesperada. Acho que não tenho 
condições para ser mãe. Eu não me sinto capaz...”. 
T – “Ora, não se preocupe! Todas as mães se sentem assim em sua primeira gravidez. 
Ficam ansiosas, mas não se preocupe... Isso passa e tudo correrá bem”. 
 
Muitos terapeutas consideram esta intervenção como pouco terapêutica ou mesmo 
completamente inadequada, sendo sua utilização justificada apenas com relação a 
alguns sujeitos com muito baixa capacidade de “auto-ajuda”. Normalmente é 
considerada uma forma de paternalismo que impedirá o crescimento e a maturação 
emocional do sujeito. 
Deve-se ter cuidado para que este tipo de intervenção não vire um hábito. 
 
6. Resposta de DESATENÇÃO: 
 
Pode acontecer que a partir de uma observação do cliente ou por outro motivo 
qualquer, o terapeuta introduza em seu próprio pensamento um problema pessoal e 
perca a sequência da comunicação do cliente. Nestecaso deve reconhecer sua 
desatenção e comunicá-lo ao cliente. 
 
Exemplo: 
C – “... e eu realmente me sinto muito infeliz...” 
T – “Desculpe-me, eu estava preocupado com o funcionamento do gravador e não 
escutei bem o que você disse...” 
 
Geralmente é o próprio terapeuta o responsável pela intervenção de desatenção – 
considerando-se que os terapeutas são seres humanos – no entanto, se tornarem mais 
freqüentes, deve ser motivo para que examine todo o processo terapêutico. Pode-se 
então concluir que o próprio cliente se mostre realmente enfadonho (e então supor 
que se trata de uma manobra defensiva) ou que o terapeuta, diante de certos 
materiais trazidos pelo cliente, sinta-se confuso e mergulhe em suas próprias 
fantasias. 
Alguns terapeutas, sob a justificativa de que, poderão, com uma resposta de 
desatenção, provocar sentimentos de rejeição em seus clientes, não comunicam-na e 
respondem em função de um fragmento da comunicação do cliente numa tentativa de 
encobrir sua falha. De um modo geral, o comentário é inadequado. Diante de um 
comportamento de desatenção, o terapeuta deve informá-lo ao cliente, pois sempre é 
possível se desculpar por haver perdido o “fio da meada”. Isso reforça o bom 
relacionamento. 
 
 
7. INTERRUPTORA: 
 
Como o próprio nome indica, neste tipo de intervenção, o terapeuta interrompe a 
comunicação do cliente. Pode acontecer que o cliente, durante a sessão, verbalize 
excessivamente, fazendo narrativas sobre fatos que não apresenta interesse 
significativo para a terapia. Essa verbalização pode decorrer de um nível elevado de 
ansiedade que é reduzido pela verbalização ou como consequência de um processo 
defensivo – a fala constante do cliente impede as intervenções do terapeuta que são 
sentidas como “perigosas” para a manutenção do seu “status quo”. 
Em casos como estes o terapeuta pode julgar conveniente a interrupção. Quando vai se 
utilizar uma intervenção interruptora, deve-se proceder da seguinte forma: 
 
(1) ALERTA – o terapeuta expressa ao cliente seu desejo de fazer uma comunicação; 
fazendo uma primeira interrupção. 
(2) INTERRUPÇÃO PROPRIAMENTE DITA – o terapeuta, após uma pequena pausa 
que se segue à suspensão da comunicação do cliente, expressa seu pensamento. 
 
Esta sequência é importante, pois permite que o cliente possa se separar de seus 
próprios pensamentos e concentrar a atenção no terapeuta. 
 
Exemplo: 
C – “... então eu disse que compraria aquele vestido, por que era muito bonito e então... 
bem, então eu comprei...” 
T – (introduz a comunicação que deseja fazer). “Eu não entendi bem o que você falou 
sobre seus sentimentos com relação a seu marido. Você pode explicar melhor?” 
 
A intervenção interruptora deixa subentendido que a comunicação anterior do cliente 
não era importante e que cabe ao terapeuta indicar que assuntos devem ser tratados. 
Vários autores afirmam que este tipo de intervenção é prejudicial ao crescimento do 
cliente. Kinget opõe-se a toda intervenção que prejudique ou impeça a presença da 
tolerância incondicional, que é uma das características da relação terapêutica. Quando 
o sujeito se sente protegido de todas as exigências, ameaças ou qualquer pressão, a 
ansiedade se reduz e o processo de crescimento toma seu curso natural. Afirma que se 
não houver interrupções ou intervenções na comunicação do cliente, mesmo quando 
ela se torna incoerente ou prolixa, o sujeito tenderá a retornar seu equilíbrio e a se 
expressar clara e diretamente. 
No início da terapia, pode acontecer que, por excesso de material acumulado, o cliente 
sinta necessidade de falar excessivamente. Nesses casos, o terapeuta deve deixá-lo 
continuar a falar. 
No tratamento de indivíduos perturbados, a interruptora se faz necessária como 
forma de trazê-los à realidade. Se o terapeuta deixar que o cliente continue a falar, 
pode acontecer que ele se confunda e se desorganize ainda mais. 
Shulman e outros apresentam um dos aspectos negativos da intervenção interruptora, 
afirmam: “o terapeuta se enamora de uma observação que ronda seu cérebro, e não 
pode separar para expressá-la, em geral é melhor reprimir esta tendência”. 
As intervenções interruptoras não devem ser usadas com muita frequência. 
 
 
8. INTERPRETATIVA: 
 
A interpretação é uma técnica de intervenção utilizada pela maioria dos terapeutas, 
particularmente pelos terapeutas psicanalistas que a consideram seu instrumento 
terapêutico básico. 
Pela interpretação o terapeuta pretende fazer com que o cliente tome consciência de 
sua atitude ou de seus sentimentos inconsistentes. A interpretação busca tornar 
consciente o inconsciente do cliente. 
Para Otto Fenichel a interpretação é um método pelo qual o terapeuta deduz o que o 
cliente realmente tem em seu íntimo. Ao comunicar a sua dedução o terapeuta pretende 
que se processe uma mudança dinâmica. Esta mudança “se manifesta nas associações 
subsequentes do paciente e na totalidade de sua conduta. 
Este tipo de intervenção vai além dos sentimentos expressos pelo cliente. O terapeuta 
procura explicar certos aspectos do comportamento do cliente tomando por base, não o 
que foi explicitado, mas as experiências anteriores vividas por ele. 
Dentre os objetivos pela interpretação, destacam-se: 
 
• Resolução de conflitos subjacentes; 
• Compreensão de que certos comportamentos atuais estão determinados por 
vivências do passado (fatores determinantes e não influenciadores); 
• Localização e eliminação de mecanismos de defesa; 
• Localização e eliminação de resistências. 
 
Em geral, as interpretações são dolorosas para o cliente e podem levá-lo a mobilizar 
suas defesas. É conveniente, portanto, que no princípio da terapia ou do 
aconselhamento, sejam realizadas com muita cautela e tenham um caráter provisório. 
Isto permite que o cliente possa negar a intervenção sem se ver obrigado a pensar que 
está desagradando o terapeuta e, em consequência, vir a ser rejeitado por ele. Além 
disso, considerando-se as poucas informações que o terapeuta possui sobre o cliente, 
as possibilidades de que a interpretação esteja errada, são consideráveis. 
 
Exemplo: (o trecho abaixo é um exemplo do trabalho interpretativo do analista. No 
caso, trata-se basicamente de interpretações transferenciais. Fonte: “Revista Brasileira de 
Psicanálise”, vol. II, nº 2, 1968, páginas 191 a 192). 
“O paciente chegou a sessão no edifício onde mora, cumprimentou o porteiro e 
caminhou em direção ao elevador, pensando: “Esse porteiro maluco vai me deixar 
caminhar um tanto antes de me avisar que o elevador não está funcionando”. Achou o 
pensamento engraçado, ainda que não reconhecesse nele “certo matiz paranóide”, 
segundo suas próprias palavras. Ao passar pelo balcão onde se encontrava exposta a 
correspondência do dia, deparou com um prospecto sobre um curso por 
correspondência. Pensou: “Será que existe alguém neste edifício que estuda por 
correspondência? Que absurdo!”Enquanto esperava o elevador, olhando fixo para a 
porta de madeira que faz continuidade com o bambu da parede imaginou: “É como se 
fosse a entrada de uma vagina gigantesca”. Considerou essa ocorrência vagamente 
esquizofrênica e achou que teria algo a ver com a vagina materna. Subiu ao consultório, 
acomodou-se no divã e relatou num tom de voz neutro essa série de fantasias, as quais 
indicam que ao penetrar no edifício sobre uma irrupção violenta de ansiedades 
persecutórias. Na presença do “analista-pai”, o paciente recuperou o controle de seus 
impulsos tanáticos (impulsos de morte), sentindo-se em porto seguro, o que evidencia 
sua dissociação do ego. Foi tão abrupta aquela irrupção da chegada, que o levou a certo 
estado confusional, daí a ter julgado o pensamento da porta do elevador como 
vagamente esquizofrênico. Baseado no que pude captar de suas ocorrências, 
sobrevindas a essas comunicações iniciais, intuí que na rua, seu sentimento de realidade 
vinha-se equilibrando graças à intensidade dos estímulos externos, que atuaram como 
ego auxiliar no controle repressivodos objetos internos persecutórios, com os quais 
vinha contendo relação instável e ansiosa. Ao chegar ao edifício e deparar-me com o 
porteiro sub-rogado de analista, aflorou uma fantasia edípica direta, pertencente a 
camada mais superficial da transferência no momento. A agressividade com o porteiro, 
que se manifestou ao chamá-lo mentalmente de “maluco”, traduzia a suspeita latente 
de que ele (porteiro-analista-pai) o barraria na entrada (vagina) do edifício (mãe). 
Naturalmente essa atitude temerosa, em relação ao porteiro, refletia suas intensas 
projeções agressivas e suas angustia de castração. Esse momento persecutório foi a 
pedra de toque que mobilizou toda a série de fantasias inconscientes profundas, que se 
foram intensificando à medida que se aproxima do analista. Assim, a pergunta que se 
fez ao passar pelo balcão – “será que existe alguém neste edifício que estuda por 
correspondência?”– é uma clara referencia ao “setting” analítico, sem contatos físicos. E 
a crítica que fez a essa condição técnica através da exclamação – “Que absurdo!”– 
oculta suas fantasias homossexuais subjacentes com o analista, aceitas e rejeitadas ao 
mesmo tempo, aparecendo aqui outra faceta repressiva de sua situação transferencial 
atual, a anal-erótica e sádica. A comparação da porta do elevador com a entrada para 
uma vagina gigantesca, revela mais um aspecto da dinâmica dessa constelação interna 
nas suas estratificações superficiais e profundas num nível mais regressivo, tira sua 
força emergente de fantasias infantis muito primitivas, vinculadas com o objeto parcial 
“peito mau”. A expressão “vagina gigantesca” exprime a intensidade da agressividade 
projetada na “vagina dentada”, em conseqüência de um deslocamento de cima para 
baixo. Mas ali, na porta do elevador, a fantasia central do momento, um momento de 
dissociação na transferência, é uma fantasia muito regressiva de origem oral-sádica, 
tendo como alvo o objeto externo “analista”, sub-rogado de imagos de objetos, me face 
dos quais reage com angústia e agressão. Através do material relativo a um fracasso 
genital da véspera, compreende-se que o paciente naquele dia estivesse vendo, não 
somente a vagina da mãe, mas todas as vaginas “gigantescas”, já que ele na véspera se 
portara como criança, pequeno, diante da mulher”. 
 
 
 
9. Usando ANALOGIAS: 
 
Variante da resposta Clarificadora de Vivências Emocionais, esta resposta tem por 
finalidade apontar diretamente o que se passa no processo sentido pelo cliente, se 
utilizando de imagens por analogia. As comparações “assim como...”, apontam para 
aspectos importantes, fazendo pontes entre fatos ou vivências a princípio desconexos 
(Erthal, 1994, p. 90). 
 
Exemplo: 
C – “Estou preocupada comigo” (muda o tom de voz infantilizando-se). 
T – “Você já reparou na sua forma de falar?” 
C – “Hum-hum” 
T – “É como se, colocando-se como criança você justificasse seu lado frágil”. 
C – “É, pode ser. Já reparei que falo assim quando não sei côo agir...”. 
 
10. CONFRONTO: 
 
Seu objetivo é mostrar as contradições que o cliente apresenta para possibilitar novas 
maneiras de se perceber. As respostas Refletora de Conteúdo Não-Verbal facilitam esse 
confronto ao apontar discrepâncias. Um cliente ao relatar algo triste com uma 
expressão de felicidade, por exemplo, demonstra uma incongruência que pode ser 
indicativa de algo capaz de acarretar efeitos de mudança significativa na maneira da 
pessoa se ver e sentir perante outros. Essa resposta pode apontar a discrepância entre 
o que se diz e faz, entre a imagem que faz de si própria e o que realmente é, entre 
“partes” fracas e fortes, entre atitudes (anteriores e atuais). 
Normalmente se pensa que as pessoas temem apenas dificuldades, ansiedades ou 
conflitos, mas temem também seu crescimento, a criação de suas personalidades. 
Nesse contexto, o confronto, refletindo também os sentimentos, facilita a compressão 
desse medo de crescer (Erthal, 1994, p. 90,91). 
 
Exemplo: 
C – “... eu fiquei meio espantado com a minha reação. Minha mãe procurou me arrasar 
como sempre fez e eu não senti nada. Dei as costas e fui fazer minhas coisas...”. 
T – “Se antes você se sentia arrasada, profundamente afetadas com a atitude de sua 
mãe, hoje você não é mais atingida. Talvez esteja dando mais valor a você mesma...”. 
C – “É pensei nisso e acho que já consigo achar graça do jogo que ela faz”. 
 
11. AUTO - EXPRESSÃO: 
 
Em todo contato interpessoal existe um fluxo de sentimentos. Em psicoterapia, 
terapeuta e cliente se experienciam e são seres em desenvolvimento. O terapeuta 
conscientiza-se de cada sentimento que o cliente ou a relação terapêutica provoca nele. 
Se antes nas terapias mais ortodoxas, o terapeuta deveria ocultar-se enquanto pessoa 
que sente, evitando transparecer sua personalidade, a corrente existencialista estimula 
a auto-revelação como uma resposta eficaz. É claro que ao terapeuta cabe, com a sua 
experiência, avaliar se fazer uma revelação pessoal será terapeuticamente válido num 
determinado momento. É preciso considerar a qualidade da relação (se já está bem 
estruturada), o tipo de auto-revelação, o tipo de problema discutido e o cliente. O 
terapeuta não pode usar resposta como uma divisão de seus problemas, pois estaria 
trocando os papeis. Não deve agir também de forma impulsiva, isto é, sem pensar nas 
conseqüências de seu ato. Considerando esses pontos e ser autêntico quanto ao que se 
sente, pode fazer uma auto-revelação atuando com isso com “feedback”, 
proporcionando ao cliente a percepção do impacto de suas atitudes sobre os outros. 
Utilizada adequadamente e, em conjunto com a Refletora de Vivências Emocionais, 
favorece o processo reflexivo (Erthal, 1994, p. 92,93). 
 
Exemplo: 
C – “Uma amiga minha, uma das que me indicou você, disse que você era ótima. Disse 
que sabia o que fazia, mas que, geralmente, era a única”. 
T – “Em que isso abalou você?” 
C – “Ela disse que eu não estava muito à vontade aqui porque eu também queria ser a 
melhor. Na verdade ela disse que você era esnobe e que eu não gostava de dividir o 
palco com ninguém. Na terapia só havia lugar para uma estrela”. 
T – “Tem duas coisas que eu senti quando você expressou isso: uma, que parece que as 
pessoas afirmam para você essa necessidade de aparecer, de ser estrela. Outra, que 
você faz questão de dizer para mim que eu não deveria te ofuscar”. 
C – “É senti que você gosta do seu trabalho e que fala de você às vezes”. 
T – “E isso parece ter te incomodado”. 
C – (silêncio) 
T – “Não sei se vai fazer sentido para você, mas senti como se você estivesse competindo 
comigo. Talvez...” 
C – “Meus filhos acham que eu compito com eles e que meu casamento está afundando 
porque meu marido está bem e eu não”. 
T – “Não há lugar para dois com sucesso. Alguém tem que estar em linha descendente 
para o outro poder brilhar, é isso?” 
C – “Não sei... mas você acha que estou competindo com você?” 
T – “Falo para você o que sinto sobre o que você expressa. São hipóteses e não verdades. 
Você precisa perceber o sentido disso para você”. 
C – “Será que você não ficou incomodada?” 
T – “Talvez. Estamos examinando a nossa relação. E se a gente for feliz nesse exame, 
talvez a gente possa perceber o que ocorre em outras relações”. 
C – “Talvez”. 
 
12. COLOCAÇÃO DE LIMITES: 
 
Os limites são essenciais à estruturação de qualquer relação. A relação terapêutica não 
foge a esta regra. A colocação de limites fornece a base do relacionamento fazendo 
com que o cliente não crie expectativas falsas. No atendimento com criança isso é 
fundamental. A danificação dos objetos, a agressão física ao terapeuta, por exemplo, 
não são permitidos. Os limites colocados ajudam a fornecer parâmetros da realidade. A 
insistência em desrespeitá-lo, constitui uma situação a ser manejada terapeuticamente, 
isto é, é preciso entender o resultado dessa conduta. Os sentimentos precisam ser 
apontados e elaborados para que se torne possível a mudança (Erthal, 1994, p. 9). 
 
Exemplo: 
C– “Estou furiosa com você. Quase que eu não vinha hoje e sabe por quê? Porque 
quando eu te liguei na semana passada você não quis trocar o meu horário. Má 
vontade!”. 
T – “Na nossa sessão de contrato eu havia dito para você que tenho os horários todos 
ocupados e que eventualmente eu poderia remanejar algumas trocas de horário, se o 
cliente avisasse com relativa antecedência”. 
C – “É, mas eu precisava ir ao cabeleireiro para ir ao casamento”. 
T – “Eu compreendo que você não quisesse perder nenhuma das duas, mas uma escolha 
era necessária”. 
C – “Eu queria vir aqui. Precisava”. 
T – “Você fez uma escolha que julgo ter sido importante para você, mas gostaria de falar 
mais sobre essa raiva quando você se vê desapontada”. 
C – “Fico furiosa. Sempre penso que vai ter um jeito e quando não dá, fico assim”. 
T – “Existem limites em todas as situações. Lidar com os limites dos outros é muito difícil 
para você”. 
C – “É possível. Coloco os meus limites muito bem, mas não gosto de receber um não”. 
 
 
13. REFLETORA DE CONTEÚDO NÃO - VERBAL: 
 
Este tipo de intervenção é basicamente utilizado pelos terapeutas gestaltistas e 
pretende levar o cliente à tomada de consciência de seus comportamentos não-
verbais e à descoberta de seus significados. O terapeuta se limita a comunicar o que 
observou. Não faz nenhum comentário. 
 
Exemplo: 
T – “Você está mexendo em sua aliança...” 
C – “Estou? ... estou só acariciando minha mão”. 
T – “Acariciando sua mão?” (inquisitiva) 
C – (após breve silêncio). “Estou me acariciando, preciso de carinho”. 
 
A discrição do comportamento do cliente pode mostrar o comportamento não-verbal. O 
terapeuta atrai a atenção do cliente para determinado comportamento sem fazer 
interpretações. Enright mostra as vantagens desse tipo de intervenção. As intervenções 
terapêuticas mencionadas têm várias características importantes, destinadas a ajudar á 
integração da atenção e a consciência do paciente. 
 
A) A intervenção se apóia numa conduta real atual; está implícito certo interesse 
ATUAL do organismo, ainda quando nem o paciente nem o terapeuta tenham 
ideia alguma sobre ele no momento da intervenção. Pode resultar em algo 
totalmente desvinculado do material verbal que se expressa simultaneamente 
com ele. 
B) No caso habitual – O IDEAL – a intervenção não implica uma interpretação. 
Pergunta ao paciente o que está se passando ou o que está fazendo; de sua 
resposta depende o rumo que seguiremos; a partir dali se estabelece alguma 
conexão com o material verbal ou alcança compreensão sobre o que faz. Fala 
por si mesmo e em sua própria linguagem. Se nega toda a conexão ou não 
experimenta nada em sua conduta, isto é com ele. De um modo geral, deixa que 
o assunto passe; minha intervenção não foi oportuna ou o paciente não estava 
preparado ainda. Se pressiono para obter uma resposta, eu formulo minha 
interpretação, tudo o que conseguirei é que mobilize mais defesas contra mim. 
Se a conduta é importante, voltará a se repetir. 
C) Uma terceira característica deste tipo de intervenção é que tendo de imediato a 
avaliar e intensificar o sentimento de responsabilidade do paciente por sua 
própria conduta (o cliente nota seu comportamento e responde por ele). 
 
14. REFLETORA DE CONTEÚDO VERBAL: 
 
Schulman Kaspar e Barger assim definem este tipo de intervenção: “esta resposta se 
orienta para o aspecto do conteúdo da declaração do cliente. Está próxima do plano 
no qual se desenrola frequentemente a conversação corrente, salvo pelo fato de que 
com freqüência resume uma declaração mais discursiva do cliente”. 
As principais vantagens deste tipo de intervenção são que estimula o cliente a que 
continue a falar sobre a sua comunicação anterior e também demonstra que o 
terapeuta está interessado em suas palavras. 
Objetiva dar continuidade, organiza e devolve a fala do cliente, SÓ REFORÇA SUA 
FALA. 
É importante que ao refletir o conteúdo verbal da comunicação, o terapeuta evita se 
apressar de forma a orientar a resposta do cliente ou levá-lo a dar respostas muito 
sintéticas. 
 
Exemplo: 
C – “Eu não sei se o mais importante é não viajar e ficar estudando para as provas de 
segunda época ou se é melhor descansar e repetir o ano”. 
T – “Você está em dúvida: não sabe se estuda ou viaja”. (possivelmente o cliente dará a 
seguir uma resposta apenas com uma palavra ou com uma frase curta). 
 
 
15. REFLETORA (OU CLARIFICADORA) DE VIVÊNCIAS EMOCIONAIS: 
 
Nesta intervenção o terapeuta procura captar o tom afetivo, pessoal, da comunicação 
do cliente. Procura compreender expressar corretamente o sentimento contido nas 
formulações do cliente. Não há preocupação com os fatos ou as ideias transmitidas, 
mas com os SENTIMENTOS e EMOÇÕES. 
Esta intervenção clarificadora ou compreensiva não implica nem em aprovação nem 
em desaprovação. 
A clarificação não quer dizer que o terapeuta deva apenas repetir pura e simplesmente 
as palavras do cliente. O terapeuta deve exprimir com suas próprias palavras o que 
percebeu da expressão do cliente. 
 
Exemplo: 
C – “O meu exame médico não acusou nenhuma doença. Agora mamãe me chama de 
preguiçoso porque eu só tenho vontade de dormir o dia todo. Não compreendo porque 
vivo tão cansada”. 
T – “Você está se sentindo um tanto perplexa e desapontada porque não pode mais 
atribuir à doença física o seu sono e cansaço”. 
 
 
Utilização do Comportamento Não-Verbal como expressão do terapeuta: 
 
Não é apenas o recurso verbal o único possível para uma maior interação. O uso de 
comportamentos não-verbais é fundamental na estimulação de focos desapercebidos 
pelo cliente. 
 
1. Uma atitude corporal indiferente pode deixar subentendido que a comunicação 
escorregadia do cliente não era tão importante. Mudando tal expressão para uma de 
maior interesse pontua o foco que o cliente pode se deter, reforçando os assuntos que 
devem ser tratados. 
 
2. Gestos de apoio tais como segurar a mão, aproximar-se mais do cliente, etc. Servem de 
apoio e estimulam o cliente que apresenta um profundo sofrimento diante de seus 
“insights”, a ultrapassar esse momento árduo. 
 
3. Tom de voz, a forma de enfatizar certas expressões, olhar vago, (denotando não “estar 
presente”), olhar repetidamente para o relógio, (denotando preocupação com o 
tempo), posição corporal, (denotando querer intimidar o cliente), etc., são expressões 
não-verbais do terapeuta geralmente percebidas pelo cliente. 
 
Lidamos também com o que o cliente provoca em nós, já que a psicoterapia é uma 
interação. Se nosso comportamento é capaz de afetar o cliente, o oposto também é 
verdadeiro. Dessa forma, o reconhecimento de nossas reações pessoais àquilo que o 
cliente expressa acrescenta muito ao processo terapêutico. Externalizando uma reação 
pessoal direta ao cliente, o terapeuta pode ajudá-lo a ampliar sua consciência no 
sentido de perceber como seu comportamento geralmente afeta as pessoas. Da mesma 
forma que o cliente introduz seu próprio estilo e problemas pessoais na relação 
terapêutica, o mesmo acontece com o terapeuta. Entretanto, uma ressalva: o terapeuta 
precisa evitar a projeção de seus problemas sobre o cliente (utilização da redução 
fenomenológica). O aumento da confiança nas próprias reações pessoais dos 
comportamentos do cliente, torna-se uma fonte cada vez mais valiosa de informação. É 
sabido que uma atitude calorosa com o cliente é de extremo conforto para os iniciantes 
em terapia. Entretanto, nem todos os clientes respondem bem a essa abordagem. A 
aceitação do cliente como pessoa não exclui o confronto com o mesmo! Muitas vezes é 
necessário o confronto direto e desafiador para aqueles que resistem à mudança. 
Outros podem reagir mal a esse confronto não caminhando no sentido do crescimento. 
Clientes que se sentem ameaçados com uma relação mais próxima, por exemplo, 
reagem bem a uma atitude mais formal, reduzindo a ameaça que a intimidade provoca 
(Erthal, 1994, p. 95-98). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências:• ERTHAL, Tereza Cristina Saldanha; Treinamento em Psicoterapia Vivencial. Rio de 
Janeiro : Vozes, 1994 
 
• FAGAN, Joan e SHEEPHERD, Irna (copiladoras); Teoria y Tecnica de La 
Psicoterapia Gestáltica. Buenos Aires : Amarrortu Editores, 1973 
 
• FENICHELL, Otto; Teoria Psicanalítica das Neuroses. São Paulo : Editora Atheneu, 
1981 
 
• FORD, Donald H. e URBAN, Hugh B.; System of Psychoterapy. John Wily & Sons, 
Inc. New York, 1963 
 
• PAGÉS, Max; Orientação não-diretiva em Psicoterapia e em Psicologia Social. São 
Paulo : Editora Forense-Universitária, 1970 
 
• ROGERS, Carl e KINGET, Marian G.; Psicoterapia y Relaciones Humanas. Tomos I 
e II. Madrid-Barcelona : Alfaguara, 1967 
 
• SHERTZER, Bruce e STONE, Shelley; Manual para el Asesoramento Psicológico. 
Buenos Aires : Editora Paidos, 1972 
 
• SCHEEFFER, Ruth; Aconselhamento Psicologico. 5º ed. São Paulo : Editora Atlas 
S.A., 1975 
 
• SHULMAN, L.; KASPAR, J. C. e BERGER, P. M.; El Aprendizaje de la Psicoterapia. 
Buenos Aires : Editora Paidos, 1966 
 
• SHULTZ, William. Todos somos uno. Buenos Aires : Amarrortu Editores, 1973

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