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Aula 03 Edificações p/ TRT 11ª Região (Analista Judiciário - Área Engenharia Civil) - Com videoaulas Professor: Marcus Campiteli Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 133 AULA 3: CONCRETO ARMADO SUMÁRIO PÁGINA CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 2 1. INTRODUÇ ÃO 3 2. EXECUÇÃO DE CONCRETO ARMADO 5 2.1 Formas 5 2.2 Armaduras 6 2.3 Concretagem 12 2.4 Cura e Retirada de Formas e Escoramento 20 3. PROJETO DE CONCRETO ARMADO 40 3.1 Informações iniciais da NBR 6118/2014 40 3.2 Características dos Materiais 43 3.3 Comportamento conjunto dos Materiais 55 3.4 Agressividade do Ambiente 56 3.5 Ações a considerar no dimensionamento das estruturas 63 3.6 Conceitos Adicionais 68 3.7 Dimensões Limites 78 3.8 Fissuração 83 3.9 Demais Considerações 84 4. QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 103 5. GABARITO 131 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 132 Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 133 Olá pessoal, apresentamos para vocês nesta aula as informações normativas acerca de concreto armado. Afinal, a norma representa a fonte mais confiável de informações técnicas para a nossa prova. Vale a pena focar as partes negritadas. Apresentamos fotos e figuras, pois em um curso de engenharia funciona aquela ideia de que uma imagem vale mais do que mil palavras. Nesta aula há uma mudança, que é trazer as questões comentadas junto à teoria, pois os comentários complementam-na. Dessa forma mantém-se a continuidade de cada assunto. Caso queiram treinar antes mesmo de adentrar à teoria, há os capítulos finais com as questões apresentadas e o gabarito final. Bons estudos e boa sorte ! Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 133 CONCRETO ARMADO 1 – INTRODUÇÃO De acordo com a norma NBR 6118, os elementos de concreto armado são aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderência entre concreto e armadura, e nos quais não se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da materialização dessa aderência. Fonte: Manual do Construtor – Eng. Roberto Chaves (Notas de aula do Eng. Rafael Di Bello) Portanto, no concreto armado trabalham em conjunto o concreto e o aço por meio da aderência entre eles. Explicando melhor essa parte final da definição da norma, o concreto armado somente será submetido a carregamento, sejam cargas externas ou o seu peso próprio, após a pega (endurecimento) Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 133 do concreto, a partir do qual haverá aderência entre este e a armadura para que trabalhem em conjunto. A mais importante característica mecânica do concreto é a sua resistência à compressão. Nas regiões tracionadas, onde o concreto possui baixa resistência, as barras de aço absorvem os esforços de tração. Um bom exemplo para visualizarmos essa situação de uma peça de concreto armado resistindo a tensões de tração e compressão ao mesmo tempo é o da viga flexionada sob carregamento vertical, onde as tensões de tração ocorrem na parte inferior e as de compressão na parte superior. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 133 <http://www.joinville.udesc.br> 2 – EXECUÇÃO DE CONCRETO ARMADO 2.1 – FORMAS No projeto do escoramento devem ser consideradas a deformação e a flambagem dos materiais e as vibrações a que o escoramento estará sujeito. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 133 Fonte: Manual do Construtor do Eng. Roberto Chaves (Notas de Aula do Eng. Rafael Di Bello) Quando de sua construção, o escoramento deve ser apoiado sobre cunhas, caixas de areia ou outros dispositivos apropriados a facilitar a remoção das fôrmas, de maneira a não submeter a estrutura a impactos, sobrecargas ou outros danos. Devem ser tomadas as precauções necessárias para evitar recalques prejudiciais provocados no solo ou na parte da estrutura que suporta o escoramento, pelas cargas por este transmitidas, prevendo-se o uso de lastro, piso de concreto ou pranchões para correção de irregularidades e melhor distribuição de cargas, assim como cunhas para ajuste de níveis. Quando agentes destinados a facilitar a desmoldagem forem necessários, devem ser aplicados exclusivamente na fôrma antes da colocação da armadura e de maneira a não prejudicar a superfície do concreto. 2.2 – ARMADURAS A superfície da armadura deve estar livre de ferrugem e substâncias deletérias que possam afetar de maneira adversa o aço, o concreto ou a aderência entre esses materiais. Armaduras que apresentem produtos destacáveis na sua superfície em função de processo de corrosão devem passar por limpeza superficial antes do lançamento do concreto. Armaduras levemente oxidadas por exposição ao tempo em ambientes de agressividade fraca a moderada, por períodos de até três meses, sem produtos destacáveis e sem redução de seção, podem ser empregadas em estruturas de concreto. Caso a armadura apresente nível de oxidação que implique redução da seção, deve ser feita uma limpeza enérgica e posterior avaliação das condições de utilização, de acordo com as normas de Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 133 especificação do produto, eventualmente considerando-a como de diâmetro nominal inferior. No caso de corrosão por ação e presença de cloretos, com formação de “pites” ou cavidades, a armadura deve ser lavada com jato de água sob pressão para retirada do sal e dos cloretos dessas pequenas cavidades. A limpeza pode ser feita por qualquer processo mecânico como, por exemplo, jateamento de areia ou jato de água. As barras de aço devem ser sempre dobradas a frio. As emendas devem ser feitas de acordo com o previsto no projeto estrutural, podendo ser executadas emendas: - por traspasse; - por luva com preenchimento metálico, prensadas ou rosqueadas; - por solda; - por outros dispositivos devidamente justificados. As luvas devem ter resistência maior que as barras emendadas. A barra emendada, no ensaio de qualificação, deve obter o alongamento mínimo de 2%. A montagem da armadura deve ser feita por amarração, utilizando arames. A distância entre pontos de amarração das barras das lajes deve ter afastamento máximo de 35 cm. O cobrimento (distância entre a face da armadura e a face do concreto – proteção da armadura) deve ser mantido por dispositivos adequados ou espaçadores e sempre se refere à armadura mais exposta. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 133 Segue abaixo uma figura para apresentar a posição do cobrimento (c) na seção transversal de uma laje. Fonte: < http://www.fec.unicamp.br/~almeida/ec802/Lancamento/Pre-dimensionamento_EESC.pdf> É permitido o uso de espaçadores de concretoou argamassa, desde que apresente relação água/cimento ≤ 0,5, e espaçadores plásticos, ou metálicos com as partes em contato com a fôrma revestidas com material plástico ou outro material similar. Não devem ser utilizados calços de aço cujo cobrimento, depois de lançado o concreto, tenha espessura menor do que o especificado no projeto. Fonte: <www. scpisos.com.br> Caso a concretagem seja interrompida por mais de 90 dias, as barras de espera devem ser pintadas com pasta de cimento para proteção contra a corrosão. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 133 1) (42 - BR Distribuidora/2008 – Cesgranrio) Segundo a NBR 14.391/2004 (Execução de estruturas de concreto armado), é correto afirmar que (A) o desbobinamento de barras somente deve ser feito quando for utilizado equipamento que limite tensões localizadas. Exato, o desbobinamento de barras somente deve ser feito quando for utilizado equipamento que limite tensões localizadas. Gabarito: Correta (B) o diâmetro do pino de dobramento, no dobramento das barras, inclusive ganchos, deve ser o mesmo para todas as bitolas. O dobramento das barras, inclusive ganchos, deve ser feito respeitando os diâmetros internos de curvatura da tabela 1. As barras de aço devem ser sempre dobradas a frio. As barras não devem ser dobradas junto às emendas por solda, observando-se uma distância mínima de 10 Ø. Verifica-se que o diâmetro dos pinos varia para diferentes bitolas. Gabarito: Errada Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 133 (C) a resistência das emendas por luvas tem de ser exatamente igual à das barras emendadas. As emendas devem ser feitas de acordo com o previsto no projeto estrutural, podendo ser executadas emendas: a) por traspasse; b) por luva com preenchimento metálico, prensadas ou rosqueadas; c) por solda; d) por outros dispositivos devidamente justificados. Nas emendas por luvas, as luvas devem ter resistência maior que as barras emendadas. Gabarito: Errada (D) não são aceitas emendas por solda, mesmo que justificadas. Podem ser emendadas por solda barras de aço com características de soldabilidade. As emendas por solda podem ser: - de topo, por caldeamento, para bitola não menor que 10 mm; - de topo, com eletrodo, para bitola não menor que 20 mm; - por traspasse com pelo menos dois cordões de solda longitudinais, cada um deles com comprimento não inferior a 5 Ø afastados no mínimo 5 Ø (ver figura); - com outras barras justapostas (cobrejuntas), com cordões de solda longitudinais, fazendo-se coincidir o eixo baricêntrico do Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 133 conjunto com o eixo longitudinal das barras emendadas, devendo cada cordão ter comprimento de pelo menos 5 Ø (ver figura). As emendas por solda podem ser realizadas na totalidade das barras em uma seção transversal do elemento estrutural. Nas emendas por pressão as extremidades das barras devem ser planas e normais aos eixos. Nas emendas por solda com eletrodo as extremidades devem ser chanfradas. Gabarito: Errada Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 133 (E) as armaduras oxidadas, sem redução de seção e sem produtos destacáveis na sua superfície, não podem ser utilizadas nas estruturas de concreto armado em ambientes sem agressividade. Armaduras levemente oxidadas por exposição ao tempo em ambientes de agressividade fraca a moderada, por períodos de até três meses, sem produtos destacáveis e sem redução de seção, podem ser empregadas em estruturas de concreto. Gabarito: A 2.3 - CONCRETAGEM Fôrmas construídas com materiais que absorvam umidade ou facilitem a evaporação devem ser molhadas até a saturação, para minimizar a perda de água do concreto, fazendo-se furos para escoamento da água em excesso, salvo especificação contrária em projeto. A equipe de trabalhadores devidamente treinados para a operação de concretagem deve estar dimensionada para realizar as etapas de preparo do concreto (se for o caso), lançamento e adensamento, no tempo estabelecido. A inspeção e liberação do sistema de fôrmas, das armaduras e de outros itens da estrutura deve ser realizada antes da concretagem. O método de documentação dessa inspeção deve ser desenvolvido e aprovado pelas partes envolvidas antes do início dos trabalhos. Cada um desses aspectos deve ser cuidadosamente examinado, de modo a assegurar que está de acordo com o projeto, as especificações e as normas técnicas. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 133 Após a descarga do concreto, a “bica” do caminhão betoneira de descarga deve ser lavada no canteiro de obras. A temperatura da massa de concreto, no momento do lançamento, não deve ser inferior a 5°C. Salvo disposições em contrário, estabelecidas no projeto ou definidas pelo responsável técnico pela obra, a concretagem deve ser suspensa sempre que estiver prevista queda na temperatura ambiente para abaixo de 0°C nas 48 h seguintes. Em nenhum caso devem ser usados produtos que possam atacar quimicamente as armaduras, em especial aditivos à base de cloreto de cálcio. Quando a concretagem for efetuada em temperatura ambiente muito quente (≥ 35°C) e, em especial, quando a umidade relativa do ar for baixa (≤ 50%) e a velocidade do vento alta (≥ 30 m/s), devem ser adotadas as medidas necessárias para evitar a perda de consistência e reduzir a temperatura da massa de concreto. Imediatamente após as operações de lançamento e adensamento, devem ser tomadas providências para reduzir a perda de água do concreto (cura). Salvo disposições em contrário, estabelecidas no projeto ou definidas pelo responsável técnico pela obra, a concretagem deve ser suspensa se as condições ambientais forem adversas, com temperatura ambiente superior a 40°C ou vento acima de 60 m/s. Recomenda-se que o intervalo de tempo transcorrido entre o instante em que a água de amassamento entra em contato com o cimento e o final da concretagem não ultrapasse a 2 h 30 min. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 133 Quando a temperatura ambiente for elevada, ou sob condições que contribuam para acelerar a pega do concreto, esse intervalo de tempo deve ser reduzido, a menos que sejam adotadas medidas especiais, como o uso de aditivos retardadores, que aumentem o tempo de pega sem prejudicar a qualidade do concreto. No caso de concreto bombeado, o diâmetro interno do tubo de bombeamento deve ser no mínimo 4x o diâmetro máximo do agregado. Fonte: <revista.construcaomercado.com.br> Em nenhuma hipótese deve ser realizado o lançamento do concreto após o início da pega. Deve-se ter maiores cuidados quanto maiores forem a altura de lançamento e a densidade de armadura. Estes cuidados devem ser majorados quando a altura de queda livre do concreto ultrapassar 2 m, no caso de peças estreitas e altas, de modo a evitar a segregação e falta de argamassa (como nos pés de pilares enas juntas de concretagem de paredes). As fôrmas devem ser preenchidas em camadas de altura compatível com o tipo de adensamento previsto (ou seja, em Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 133 camadas de altura inferior à altura da agulha do vibrador mecânico) para se obter um adensamento adequado. Em peças verticais e esbeltas, tipo paredes e pilares, pode ser conveniente utilizar concretos de diferentes consistências, de modo e reduzir o risco de exsudação e segregação. Quando o lançamento for submerso, o estudo de dosagem deve prever um concreto auto-adensável, coeso e plástico. Na falta de um estudo de dosagem que garanta essas características, deve-se preparar o concreto com consumo mínimo de cimento Portland ≥ 400 kg/m3 e consistência plástica, de forma que possa ser levado ao local de lançamento por meio de uma tubulação submersa. A ponta do tubo de lançamento deve ser mantida dentro do concreto já lançado, a fim de evitar agitação prejudicial. Após o lançamento o concreto não deve ser manuseado para adquirir uma forma definitiva específica, devendo-se manter continuidade na concretagem. O lançamento de concreto submerso não deve ser realizado quando a temperatura da água for menor que 5°C, mesmo estando o concreto fresco com temperatura normal, nem quando a velocidade da água for maior que 2 m/s. Durante e imediatamente após o lançamento, o concreto deve ser vibrado ou apiloado contínua e energicamente com equipamento adequado à sua consistência. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 133 Fonte: <http://files.construfacil.webnode.com> Fonte: <http://www.pisosindustriais.com.br> Deve-se evitar a vibração da armadura para que não se formem vazios ao seu redor, com prejuízos da aderência. No adensamento manual, a altura das camadas de concreto não deve ultrapassar 20 cm. Em todos os casos, a altura da camada de concreto a ser adensada deve ser menor que 50 cm, de modo a facilitar a saída de bolhas de ar. Quando forem utilizados vibradores de imersão, a espessura da camada deve ser aproximadamente igual a 3/4 do comprimento da agulha. Ao vibrar uma camada de concreto, o vibrador deve penetrar cerca de 10 cm na camada anterior. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 133 Tanto a falta como o excesso de vibração são prejudiciais ao concreto. Devem ser tomados os seguintes cuidados durante o adensamento com vibradores de imersão (ver figura 2): - preferencialmente aplicar o vibrador na posição vertical; - vibrar o maior número possível de pontos ao longo do elemento estrutural; - retirar o vibrador lentamente, mantendo-o sempre ligado, a fim de que a cavidade formada pela agulha se feche novamente; - não permitir que o vibrador entre em contato com a parede da fôrma, para evitar a formação de bolhas de ar na superfície da peça, mas promover um adensamento uniforme e adequado de toda a massa de concreto, observando cantos e arestas, de maneira que não se formem vazios; - mudar o vibrador de posição quando a superfície apresentar-se brilhante. O momento logo após o fim de pega é denominado “corte verde”. As juntas de concretagem, sempre que possível, devem ser previstas no projeto estrutural e estar localizadas onde forem menores os esforços de cisalhamento, preferencialmente em posição normal aos esforços de compressão, salvo se demonstrado que a junta não provocará a diminuição da resistência do elemento estrutural. No caso de vigas ou lajes apoiadas em pilares, ou paredes, o lançamento do concreto deve ser interrompido no plano horizontal. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 133 Deve ser evitada a manipulação excessiva do concreto, como processos de vibração muito demorados ou repetidos em um mesmo local, que provoca a segregação do material e a migração do material fino e da água para a superfície (exsudação), prejudicando a qualidade da superfície final com o conseqüente aparecimento de efeitos indesejáveis. Os agentes deletérios mais comuns ao concreto em seu início de vida são: mudanças bruscas de temperatura, secagem, chuva forte, água torrencial, congelamento, agentes químicos, bem como choques e vibrações de intensidade tal que possam produzir fissuras na massa de concreto ou prejudicar a sua aderência à armadura. 2) (39 - BR Distribuidora/2008 – Cesgranrio) Em conformidade com a NBR 14.931/2004 (Execução de estruturas de concreto – Procedimento), a menor temperatura da massa de concreto, no momento do lançamento, é de (A) -3ºC (B) 0ºC (C) 5ºC (D) 8ºC (E) 10ºC De acordo com a NBR 14.931, a temperatura da massa de concreto, no momento do lançamento, não deve ser inferior a 5°C. Salvo disposições em contrário, estabelecidas no projeto ou definidas pelo responsável técnico pela obra, a concretagem deve ser suspensa sempre que estiver prevista queda na temperatura ambiente para abaixo de 0°C nas 48 h seguintes. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 133 O emprego de aditivos requer prévia comprovação de seu desempenho. Em nenhum caso devem ser usados produtos que possam atacar quimicamente as armaduras, em especial aditivos à base de cloreto de cálcio. Quando a concretagem for efetuada em temperatura ambiente muito quente (≥35°C) e, em especial, quando a umidade relativa do ar for baixa (≤50%) e a velocidade do vento alta (≥30 m/s), devem ser adotadas as medidas necessárias para evitar a perda de consistência e reduzir a temperatura da massa de concreto. Imediatamente após as operações de lançamento e adensamento, devem ser tomadas providências para reduzir a perda de água do concreto. Salvo disposições em contrário, estabelecidas no projeto ou definidas pelo responsável técnico pela obra, a concretagem deve ser suspensa se as condições ambientais forem adversas, com temperatura ambiente superior a 40°C ou vento acima de 60 m/s. Gabarito: C 3) (45 – Petrobras/2011 – Cesgranrio) Salvo condições específicas definidas em projetos, ou influência de condições climáticas ou de composição do concreto, a NBR 14931:2004 (Execução de estruturas de concreto – Procedimento) recomenda que o intervalo de tempo transcorrido entre o instante em que a água de amassamento entra em contato com o cimento e o final da concretagem seja, no máximo, de (A) 1 h 00 min (B) 1 h 30 min (C) 2 h 00 min Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 133 (D) 2 h 30 min (E) 3 h 00 min De acordo com a NBR 14931, salvo condições específicas definidas em projeto, ou influência de condições climáticas ou de composição do concreto, recomenda-se que o intervalo de tempo transcorrido entre o instante em que a água de amassamento entra em contato com o cimento e o final da concretagem não ultrapasse a 2 h 30 min. Quando a temperatura ambiente for elevada, ou sob condições que contribuam para acelerar a pega do concreto, esse intervalo de tempo deve ser reduzido, a menos que sejam adotadas medidas especiais,como o uso de aditivos retardadores, que aumentem o tempo de pega sem prejudicar a qualidade do concreto. Gabarito: D 2.4 – Cura e retirada de formas e escoramentos Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o concreto deve ser curado e protegido contra agentes prejudiciais para: - evitar a perda de água pela superfície exposta; - assegurar uma superfície com resistência adequada; - assegurar a formação de uma capa superficial durável. O endurecimento do concreto pode ser acelerado por meio de tratamento térmico ou pelo uso de aditivos que não contenham cloreto de cálcio em sua composição e devidamente controlado, não se dispensando as medidas de proteção contra a secagem. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 133 4) (31 – PMSP-2008 – FCC) O concreto deve ser lançado nas fôrmas com técnicas que eliminem ou reduzam significativamente a segregação entre seus componentes. Deve-se utilizar (A) sistema de injeção ascendente dentro das fôrmas, em armaduras pouco densas, onde a possibilidade de impacto pela ação de energia cinética for grande. (B) malha de aço complementar que servirá de elemento inibidor de segregação e dissipador da energia potencial, em alturas de lançamento iguais ou maiores que 1,60 m. (C) dispositivos redutores de segregação, como funis e calhas intermediárias, em alturas de lançamento iguais ou superiores a 2,00 m. (D) agregados leves em substituição aos pesados, como a argila expandida, em proporção máxima de 30%, em situações de grande impacto ou de valor energético potencial elevado. (E) a adição de agregados leves e composição de armaduras dissipadoras de impacto exclusivamente em sistemas ascendentes de concretagem dentro das fôrmas. De acordo com a norma NBR 14931, deve-se ter maiores cuidados quanto maiores forem a altura de lançamento e a densidade de armadura. Estes cuidados devem ser majorados quando a altura de queda livre do concreto ultrapassar 2 m, no caso de peças estreitas e altas, de modo a evitar a segregação e falta de argamassa (como nos pés de pilares e nas juntas de concretagem de paredes). Gabarito: C Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 133 5) (36 – Infraero/2011 – FCC) A cura é o processo pelo qual se consegue manter no concreto o teor de água e a temperatura mais convenientes durante um fenômeno fundamental no concreto, que condiciona fortemente a geração das propriedades do concreto endurecido, como resistência aos esforços mecânicos, ao desgaste, durabilidade e estabilidade de volume. Este fenômeno é denominado de (A) hidratação dos materiais cimentantes. De acordo com Mehta (1994), a hidratação é o processo de reações químicas entre os minerais do cimento e a água. Um cimento é chamado hidráulico quando os produtos de hidratação são estáveis em meio aquoso. O cimento hidráulico mais utilizado para fazer concreto é o cimento Portland, que consiste essencialmente de silicatos de cálcio hidráulicos. Os silicatos de cálcio hidratados, formados pela hidratação do cimento Portland, são os principais responsáveis por sua característica adesiva e são estáveis em meios aquosos. A hidratação dos silicatos confere resistência mecânica à pasta e a hidratação dos aluminatos é responsável pela pega (endurecimento). De acordo com o artigo “Cura de pavimentos de concreto”, da Revista Téchne, da Pini, a hidratação do cimento é, obviamente, o fenômeno fundamental na geração das propriedades do concreto endurecido - resistência aos esforços mecânicos, ao desgaste, durabilidade e estabilidade de volume. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 133 Para que a hidratação se processe convenientemente é essencial manter a massa em condições ótimas de umidade e de temperatura, o que se consegue pela adoção de sistemas e produtos de cura que mantenham essas condições o maior tempo possível após o adensamento do concreto. Altas temperaturas durante o período crítico de hidratação do cimento aumentam a resistência mecânica do concreto nas primeiras idades mas, por outro lado, resultam em queda nas idades posteriores. (B) reação álcalis-agregado. Segundo Mehta (1994), a reação álcali-agregado trata-se de reações químicas envolvendo íons alcalinos do cimento Portland, íons hidroxila e certos constituintes silicosos que podem estar presentes no agregado, resultando em expansão e fissuração do concreto, levando-o à perda de resistência, elasticidade e durabilidade. (C) evaporação da água da mistura. De acordo com o artigo “Cura de pavimentos de concreto”, da Revista Téchne, da Pini, quando o meio ambiente propicia temperaturas elevadas durante a pega do concreto, a perda rápida de água poderá causar danos à resistência da massa endurecida, assim como produzir fissuração, em um primeiro momento, de natureza plástica - fissuras superficiais que trarão, em longo prazo, desgaste e quebra de suas bordas - o esborcinamento. (...) A evaporação, no entanto, exige uma proteção que somente será bem-sucedida se forem adequados os tipos de agentes de cura, a duração do processo, a eficácia do material em minimizar as Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 133 variações de temperatura da massa e o tempo decorrido entre as operações de acabamento superficial e a aplicação da cura. O pavimento de concreto tem uma característica peculiar: a área exposta é muito mais significativa do que o volume da placa, o que aumenta a velocidade de evaporação, com a conseqüência já mencionada de aparição de fissuras de retração plástica. O mecanismo de geração destas está intimamente ligado à acomodação do concreto recém-adensado, à conseqüente exsudação da água de mistura e à velocidade de evaporação resultante (figura abaixo), função da velocidade do vento, das temperaturas do ar e do concreto e da umidade relativa do ar. Quando a velocidade ou taxa de evaporação excede a velocidade de exsudação, instala-se a fissuração plástica. A evaporação rápida também poderá reduzir a resistência mecânica, aumentar o desgaste superficial ao longo do tempo e, finalmente, comprometer a durabilidade da estrutura. Afirma Rhodes que a cura será bem-sucedida desde que, medida após sete dias, a perda de água seja de até 20%. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 133 (D) retração volumétrica. Retração é o encurtamento do concreto devido à evaporação da água desnecessária à hidratação do cimento. A retração depende da umidade relativa do ambiente, da consistência do concreto no lançamento e da espessura fictícia da peça. Conforme Leonhardt (1977), o concreto experimenta alterações de volume com o tempo, devido a influências do meio ambiente (ar, água), isto é, do clima. A retração (shrinkage) é a diminuição de volume devido à evaporação da água não consumida na reação química de pega do concreto. A retração ocorre durante a contração da massa do gel de cimento, por ocasião da evaporação da água não fixada quimicamente do gel. Isso ocorre nas peças de concreto, independentemente do estado de tensões existente, dependendo somente das tensões capilares, dotempo ou da idade do concreto e especialmente do clima, isto é, temperatura e umidade relativa do meio ambiente. O teor de cimento e o fator água-cimento influenciam o valor da retração: um teor mais elevado de cimento e/ou um fator água- cimento maior aumentam as deformações de retração. A retração começa sempre nas superfícies externas das peças estruturais, sendo impedida pelas zonas internas. Consequentemente aparecem tensões internas, especialmente em peças espessas. Essas tensões podem produzir fissuras porque os maiores encurtamentos devidos à retração aparecem no lado externo do concreto novo que possui ainda pequena resistência à tração. Como efeitos indesejáveis citam-se: - aumento das flechas da zona comprimida; Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 133 - redistribuição de tensões, em uma peça estrutural, nos trechos de ligação rígida com outras peças estruturais (p.e. revestimento de paredes); - fissuras nas superfícies externas devidas às tensões de retração. (E) abatimento do concreto. De acordo com Leonhardt (1977), a propriedade mais importante do concreto fresco é, juntamente com a massa específica, a consistência, que é decisiva para a trabalhabilidade. Segundo Mehta (1994), a consistência pode ser medida pelo ensaio do abatimento do tronco de cone. Ela é usada como um simples índice de mobilidade ou da fluidez do concreto fresco. Uma variação fora do normal no resultado do abatimento pode significar uma mudança imprevista nas proporções da mistura (traço), granulometria do agregado ou teor de água do concreto. Para uma dada dimensão máxima do agregado graúdo, o abatimento ou consistência do concreto é uma função direta da quantidade de água na mistura. As misturas fluidas de concreto com elevada consistência tendem a segregar e exsudar, afetando desfavoravelmente o acabamento. Misturas com consistência seca podem ser difíceis de lançar e de adensar, e o agregado graúdo poderá segregar no lançamento. Portanto, a hidratação do cimento é o fenômeno fundamental na geração das propriedades do concreto endurecido - resistência aos Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 133 esforços mecânicos, ao desgaste, durabilidade e estabilidade de volume. Gabarito: A 6) (45 – TRE-AM – 2003 – FCC) A cura do concreto, durante o processo de hidratação do cimento, é (A) o ato de adicionar água ao cimento. (B) o início do endurecimento, que ocorre uma hora, aproximadamente, após a adição de água. (C) o fenômeno de transformação de compostos mais solúveis em menos solúveis do cimento. (D) o endurecimento, quando atinge a resistência especificada. (E) a medida que evita a evaporação precoce da água necessária à hidratação do cimento. A cura é o conjunto de providências tomadas para reduzir a perda de água do concreto. Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o concreto deve ser curado e protegido contra agentes prejudiciais para: - evitar a perda de água pela superfície exposta; - assegurar uma superfície com resistência adequada; - assegurar a formação de uma capa superficial durável. Por fim, podemos adotar o comando da questão anterior, que define cura como o processo pelo qual se consegue manter no concreto o teor de água e a temperatura mais convenientes durante a hidratação do cimento, que condiciona fortemente a geração das Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 133 propriedades do concreto endurecido, como resistência aos esforços mecânicos, ao desgaste, durabilidade e estabilidade de volume. Gabarito: E 7) (53 – TRE-MS – 2007 – FCC) A alteração do grau de hidratação (relação a/c) é conseguida através de alguns recursos. É prejudicial à resistência do concreto: (A) diminuir o tempo de cura. (B) empregar aditivos aceleradores ou retardadores. (C) diminuir a quantidade do agregado miúdo. (D) empregar aditivos de água ou superplastificantes. (E) mudança do tipo de cimento (composição química). De acordo com Helene e Tutikian (2011), a alteração do grau de hidratação é conseguida por meio de: - mudança do tipo de cimento (composição química e/ou características físicas); - alteração nas condições de cura (idade, pressão, umidade e temperatura); - emprego de aditivos aceleradores ou retardadores. E a alteração da relação água/cimento pode ser alcançada por meio de: - mudança do tipo de cimento (finura ou composição química); Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 133 - mudança dos agregados (textura, dimensão, granulometria, absorção d’água); - emprego de aditivos redutores de água ou superplastificantes. Conforme vimos nas questões anteriores, a cura é o processo pelo qual se consegue manter no concreto o teor de água e a temperatura mais convenientes durante a hidratação do cimento, que condiciona fortemente a geração das propriedades do concreto endurecido, como resistência aos esforços mecânicos, ao desgaste, durabilidade e estabilidade de volume. Portanto, a redução do tempo de cura prejudica a hidratação do cimento, assim como permite a ocorrência de retração que gera fissuras adicionais, prejudicando a resistência à compressão do concreto. Gabarito: A 8) (32 - TJ-PI – 2009 – FCC) Utilizar cimento com granulometria menor na produção do concreto provoca (A) a necessidade de ajustes na dosagem dos agregados, caracterizados pela determinação da plasticidade e moldagem do concreto nas fôrmas de compensado de madeira, fato que não ocorre quando da aplicação de fôrmas metálicas. (B) equalização de potenciais entre todas as malhas da estrutura cristalina do concreto, provocando a estabilização de todas as massas metálicas da estrutura da armadura. (C) segregações localizadas, sobretudo em locais onde estão locadas as juntas de dilatação, tendo em vista a ocorrência de Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 133 adensamentos nos decantadores primários e digestores secundários. (D) hidratação das partículas deste de forma mais rápida, com liberação de calor de hidratação em menor intervalo de tempo e choque térmico do concreto mais elevado, após a retirada das fôrmas, o que favorece a fissuração do concreto. (E) ocorrência de anomalias extremamente prejudiciais na estrutura, uma vez que nem sempre é possível evitar a coação de microcimentos na superfície das lajes quando do emprego de resina de poliuretano. A finura (ou superfície específica) de um cimento influencia sua velocidade de hidratação. De acordo com Thomaz (2011), quanto mais fino o cimento mais rapidamente ele se hidrata e libera calor. O aumento da finura e o aumento do teor de C3S do cimento Portland comum permitiram altas resistências nas primeiras idades do concreto. Contudo, existe uma relação inversa entre uma alta resistência à compressão nas primeiras idades e a resistência à fissuração. Gabarito: D 9) (35 – PMSP-2008 – FCC) Em um concreto dosado a partir de um cimento CP-II-E-32, I. quanto mais próxima de 0,35 L/kg for a relação água/cimento, maior será a resistência do concreto final. Primeiramente, a relação água cimento é adimensional,pois compara-se massa de água com massa de cimento. Ademais, em Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 133 tese, quanto menor o fator a:c maior é a resistência obtida, desde que haja água suficiente para a completa hidratação do cimento. E pode-se conseguir fatores a:c inferiores a 0,35. Gabarito: Errada II. um traço em volume 1:2:4 garantirá uma resistência à compressão a 7 dias certamente maior que 28 MPa. A garantia da resistência à compressão a ser atingida a 7 dias depende do tipo de cimento utilizado, da granulometria da areia e do agregado, assim como o tipo deste último. Portanto, não há como garantir uma determinada resistência somente com base no traço em volume. Gabarito: Errada III. um traço em massa que contenha mais que 420 kg de cimento por m3 de concreto é considerado de alto consumo de aglomerante. Segue abaixo uma composição do SINAPI, sistema referencial de preços elaborado pela CEF e IBGE, com as composições de preços unitários dos serviços de edificações, conforme será apresentado a vocês na aula de Análise Orçamentária. Verifica-se que o consumo de cimento é de 349 kg/m3 de concreto com fck = 25 Mpa. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 133 Consumo de cimento superior a 400 kg/m3 é considerado elevado. Gabarito: Correta Está correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. Gabarito: C 10) (31 – MPE-SE – 2009 – FCC) A proporção de 1:2:4 utilizada para o preparo de um traço de concreto simples significa uma medida de (A) cimento para duas de brita e quatro de areia. (B) brita para duas de cimento e quatro de areia. (C) cimento para duas de areia e quatro de brita. (D) areia para duas de brita e quatro de cimento. (E) brita para duas de areia e quatro de cimento. O traço traz a proporção entre o cimento : areia : brita em peso ou em volume, nessa ordem. Portanto, a proporção 1:2:4 significa uma medida de 1 de cimento para 2 de areia para 4 de brita. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 133 Gabarito: C (TCE-PI – 2005 – FCC) Instruções: Para responder às questões de números 79 e 80 considere os dados a seguir. Numa mistura de concreto foram consumidos: 2 sacos de cimento 141 litros de areia seca 176 litros de pedra seca massas específicas: cimento = 1,42kgf/litro areia seca = 1,54kgf/litro pedra seca = 1,39kgf/litro 11) 79. O traço em volume é, aproximadamente, (A) 1 : 3,5 : 5 (B) 1 : 3 : 4 (C) 1 : 2, 5 : 3,5 (D) 1 : 2 : 2,5 (E) 1 : 2 : 3 2 sacos de cimento = 100 kg Vcimento = 100 kg/1,42 kg/L = 70,42 L Com isso, teremos o seguinte traço, em volume: Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 133 70,42 L : 141 L : 176 L = 1:2:2,5 Gabarito: D 12) 80. O traço em peso é, aproximadamente, (A) 1: 1,41: 1,76 (B) 1: 2,17: 2,45 (C) 1: 2,77: 2,95 (D) 1: 2,82: 3,52 (E) 1: 3,25: 5,87 Peso da areia = 141 L x 1,54 kg/L = 217,14 kg Peso da pedra = 176 L x 1,39 kg/L = 244,64 kg Com isso, teremos o seguinte traço, em peso: 100 kg : 217,14 kg : 244,64 kg = 1:2,17:2,45 Gabarito: B 13) (60 - TJ-PI – 2009 – FCC) Um traço de concreto 1:2:3, executado de maneira normalizada, sob cura ideal, teve sua característica de resistência à compressão identificada acima de 25 MPa. O cimento utilizado foi o CP-II-E32. Outros três traços foram produzidos: I. 1:2:2,5 II. 1:2,5:3,5 III. 1:3:5. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 133 Em comparação ao primeiro traço, a resistência de cada concreto feito com os traços I a III, será, respectivamente, (A) menor, menor, menor. (B) maior, menor, maior. (C) maior, maior, maior. (D) menor, maior, maior. (E) maior, menor, menor. O concreto de traço I terá maior resistência, pois contém maior proporção de cimento (1/5,5) > (1/6), que é a principal característica a influenciar a resistência à compressão. Já o concreto de traço II terá menor resistência, pois contém menor proporção de cimento (1/7) < (1/6). E o concreto de traço III terá menor resistência pelo mesmo motivo: (1/9) < (1/6). Gabarito: E 14) (33 – TRE-PB – 2007 – FCC) Numa mistura de concreto feito na obra, o traço é 1:2,5:3,5 em volume e o consumo de cimento é de 300 Kg/m3. A quantidade aproximada em litros de areia e de pedra, respectivamente, para um saco de cimento é: (A) 175 e 125 (B) 126 e 90 (C) 125 e 175 (D) 100 e 150 Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 133 (E) 90 e 126 Dados: 1 saco de cimento = 36 litros Vareia = 2,5 x Vcimento = 2,5 x 36 L = 90 L de areia Vpedra = 3,5 x Vcimento = 3,5 x 36 L = 126 L de pedra Gabarito: E 15) (46 – MPE-MA/2013 – FCC) O traço em massa do concreto a ser executado em obra é 1,2:2:3:0,3 (cimento, areia, brita e água) com agregados secos. O volume de brita necessário para a produção de 1 m3 de concreto é, em m3, Dados: − Desprezar o volume de vazios com ar do concreto fresco adensado; − Cimento: massa específica dos sólidos =3,0 g/cm3; − Areia: massa específica dos sólidos =2,5 g/cm3; − Brita: massa específica dos sólidos =3,0 g/cm3; − Índice de vazios da brita fornecida seca =0,80 − Massa específica aparente da areia seca =1.550 kg/m3. (A) 0,72 (B) 1,20 (C) 2,00 (D) 2,40 (E) 3,00 Massa de cimento: Adota-se a seguinte fórmula: C = ଵሺᦿ ାೌᦿೌ ା್ᦿ್ ାೌᦿೌ ሻ Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 133 Onde: mc, ma, mb e mag: massa de cimento, areia, brita e água ᦿc, a, b e ag: massa específica dos sólidos do cimento, areia, brita e água. Para a massa, adota-se a proporção do traço em massa: C = 1000/[(1,2/3)+(2/2,5)+(3/3)+0,3] C = 1000/[(12+24+30+9)/30]=30000/75=400 kg Massa de areia = 400.2 = 800 kg Massa de brita = 400.3 = 1.200 kg Volume dos sólidos de brita = 1.200/3 = 0,4 m3 Índice de vazios = e = Vv/Vg = (Vt – Vg)/Vg, Vg.e = Vt - Vg Vt = Vg.(1+e), Vt = 0,4.1,8 = 0,72 m3 Gabarito: A 16) (51 – TRE-BA – 2003 – FCC) Os incorporadores de ar são usados no concreto com a finalidade de (A) aumentar sua resistência à compressão. (B) melhorar sua trabalhabilidade. (C) acelerar a pega. (D) eliminar o efeito de deformação lenta. (E) retardar a pega. Os aditivos são produtos que adicionados em pequenas quantidades a concretos de cimento portland modificam algumas de Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 133 suas propriedades para melhor adequá-las a determinadas condições. (Yazigi, 2009). O aditivo incorporador de ar trata-se de um produto que incorpora pequenas bolhas de ar ao concreto. Ele melhora a trabalhabilidade, contudo, reduz as resistências mecânicas de concretos e argamassas.Os aditivos plastificantes permitem a redução da relação água/cimento, acarretando o aumento da resistência e da permeabilidade dos concretos e argamassas. Para acelerar a pega , adota-se aditivo acelerador de pega. A fluência ou deformação lenta do concreto é o encurtamento do mesmo devido à ação de forças permanentemente aplicadas. Para eliminar os seus efeitos, calcula-se e aplica-se armadura complementar na peça de concreto. Para retardar a pega adota-se o aditivo retardador de pega, o que permite, por exemplo, a realização de concretagens em dias com temperatura elevada. Gabarito: B 17) (39 – Petrobras/2010 – Cesgranrio) Para que um concreto seja solicitado a uma usina central de preparos especificado pelo consumo de cimento, é necessário informar apenas o consumo de cimento por (A) saco e fck. (B) metro cúbico de concreto e fck. (C) metro cúbico de concreto e dimensão máxima do agregado. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 133 (D) metro cúbico de concreto, dimensão máxima do agregado graúdo e abatimento do concreto fresco no momento da entrega. (E) metro cúbico, dimensão dos agregados, módulo de elasticidade, abatimento do concreto fresco no momento da entrega e traço a ser utilizado De acordo com a NBR 14931, a especificação do concreto deve levar em consideração todas as propriedades requeridas em projeto, em especial quanto à resistência característica, ao módulo de elasticidade do concreto e à durabilidade da estrutura, bem como às condições eventualmente necessárias em função do método de preparo escolhido e das condições de lançamento, adensamento e cura. No caso da especificação pela resistência característica do concreto à compressão, o concreto é solicitado especificando-se a resistência característica do concreto à compressão na idade de controle, a dimensão máxima característica do agregado graúdo e o abatimento do concreto fresco no momento de entrega. No caso da especificação pelo consumo de cimento, o concreto é solicitado especificando-se o consumo de cimento Portland por metro cúbico de concreto, a dimensão máxima característica do agregado graúdo e o abatimento do concreto fresco no momento da entrega. No caso da especificação pela composição da mistura (traço), o concreto é solicitado especificando-se as quantidades por metro cúbico de cada um dos componentes, incluindo-se aditivos, se for o caso. Gabarito: D Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 133 3 – PROJETO DE CONCRETO ARMADO 3.1 – Informações iniciais da NBR 6118/2014 Pessoal, um dos enfoques da norma NBR 6118 está na durabilidade das estruturas de concreto armado. Nesse aspecto, os mecanismos preponderantes de envelhecimento e deterioração do concreto são: - lixiviação: é o mecanismo responsável por dissolver e carrear os compostos hidratados da pasta de cimento por ação de águas puras, carbônicas agressivas, ácidas e outras. Para prevenir sua ocorrência, recomenda-se restringir a fissuração, de forma a minimizar a infiltração de água, e proteger as superfícies expostas com produtos específicos, como os hidrófugos; - expansão por sulfato: é a expansão por ação de águas ou solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos, dando origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado. A prevenção pode ser feita pelo uso de cimento resistente a sulfatos; - reações álcali-agregado: é a expansão por ação das reações entre os álcalis do concreto e agregados reativos. Os mecanismos preponderantes de deterioração relativos à armadura são: - despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás carbônico da atmosfera sobre o aço da armadura. As medidas preventivas consistem em dificultar o ingresso dos agentes agressivos ao interior do concreto. O cobrimento das armaduras e o controle da fissuração minimizam este efeito, sendo recomendável o uso de um concreto de pequena porosidade; e Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 133 - despassivação por ação de cloretos: consiste na ruptura local da camada de passivação, causada por elevado teor de íon-cloro. As medidas preventivas consistem em dificultar o ingresso dos agentes agressivos ao interior do concreto. O cobrimento das armaduras e o controle da fissuração minimizam este efeito, sendo recomendável o uso de um concreto de pequena porosidade. O uso de cimento composto com adição de escória ou material pozolânico é também recomendável nestes casos. E os mecanismos de deterioração da estrutura propriamente dita são todos aqueles relacionados às ações mecânicas, movimentações de origem térmica, impactos, ações cíclicas, retração, fluência e relaxação. Alguns exemplos de medidas preventivas: - barreiras protetoras em pilares (de viadutos, pontes e outros) sujeitos a choques mecânicos; - período de cura após a concretagem; - juntas de dilatação em estruturas sujeitas a variações volumétricas; - isolamentos térmicos, em casos específicos, para evitar patologias devidas a variações térmicas. 18) (52 – MPE-SE – 2009 – FCC) Um dos mecanismos de deterioração da vida útil das estruturas de concreto é a lixiviação, a qual é definida pela NBR 6118:2003 − Projeto de estruturas de concreto como Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 133 (A) a ação de águas puras, carbônicas agressivas ou ácidas que dissolvem e carreiam os compostos hidratados da pasta de cimento. (B) despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás carbônico da atmosfera. (C) reações deletérias superficiais de certos agregados decorrentes de transformações de produtos ferruginosos presentes na sua constituição mineralógica. (D) a expansão por ação das reações entre os álcalis do cimento e certos agregados reativos. (E) a expansão por ação de águas e solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos, dando origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado. Conforme vimos na aula, um dos enfoques da norma NBR 6118 está na durabilidade das estruturas de concreto armado. Nesse aspecto, os mecanismos preponderantes de envelhecimento e deterioração do concreto são: - lixiviação: ocorre por ação de águas puras, carbônicas agressivas ou ácidas que dissolvem e carreiam os compostos hidratados da pasta de cimento; - expansão por ação de águas e solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos, dando origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado; - expansão por ação das reações entre os álcalis do cimento e certos agregados reativos; Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 133 - reações deletérias superficiais de certos agregados decorrentes de transformações de produtos ferruginosos presentes na sua constituição mineralógica. Os mecanismos preponderantes de deterioração relativos à armadura são: - despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás carbônico da atmosfera; e - despassivação por elevado teor de íon cloro (cloreto). E os mecanismos de deterioração da estrutura propriamente dita são todos aqueles relacionados às ações mecânicas,movimentações de origem térmica, impactos, ações cíclicas, retração, fluência e relaxação. Gabarito: A 3.2 - Características dos materiais a) Concreto: São considerados concretos de massa específica normal, que são aqueles que, depois de secos em estufa, têm massa específica compreendida entre 2.000 kg/m3 e .2.800 kg/m3. Se a massa específica real não for conhecida, para efeito de cálculo, pode-se adotar para o concreto simples o valor 2.400 kg/m3 e para o concreto armado 2.500 kg/m3. Quando se conhecer a massa específica do concreto utilizado, pode-se considerar para valor da massa específica do concreto armado aquela do concreto simples acrescida de 100 kg/m3 a 150 kg/m3. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 44 de 133 Para efeito de análise estrutural, o coeficiente de dilatação térmica pode ser admitido como sendo igual a 10-5/°C. Primeiramente, vale trazer a classificação do concreto para fins estruturais, da NBR 8953: De acordo com NBR 6118, a classe C20, ou superior, se aplica a concreto com armadura passiva e a classe C25, ou superior, a concreto com armadura ativa. A classe C15 pode ser usada apenas em obras provisórias ou concreto sem fins estruturais. Portanto, pessoal, de acordo com a norma, o pré-requisito do concreto destinado ao concreto armado é que ele deve ter resistência característica à compressão ≥ 20 MPa, aos 28 dias. A resistência característica do concreto corresponde à resistência que tem 5% de probabilidade de não ser alcançada, ou seja, possui 95% de probabilidade de ser superada, a partir da distribuição normal de Gauss, a seguir: Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 45 de 133 A norma NBR 12655 apresenta a seguinte fórmula para lotes com número de exemplares n > 20: fck est = fcm - 1,65 Sd onde: fcm é a resistência média dos exemplares do lote, em megapascals; Sd é o desvio-padrão do lote para n-1 resultados, em megapascals. Para uso em concreto protendido o concreto deve apresentar resistência característica à compressão ≥ 25 MPa. E concretos com resistência característica à compressão inferior a 20 MPa, até o limite de 15 MPa, somente podem ser usados em obras provisórias ou concreto sem fins estruturais. A resistência à tração do concreto de classe até C50 pode ser estimada a partir da sua resistência à compressão, pelas seguintes fórmulas: Onde: Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 46 de 133 fct,m - Resistência média à tração do concreto fck - Resistência característica à compressão do concreto Por exemplo, pode-se estimar a resistência média à tração de um concreto com resistência característica à compressão de 25 MPa como 0,3 x (25)2/3 = 2,56 MPa. Percebam como a resistência à tração do concreto é bem menor que a sua resistência à compressão. Nesse caso específico, ele corresponde a quase 10% da resistência à compressão. O módulo de Elasticidade também pode ser estimado a partir da resistência característica à compressão do concreto, conforme a seguir: Eci = gE.5600.(fck)1/2, para fck de 20 MPa a 50 MPa; Eci =21,5.103. gE .((fck/10) + 1,25)1/3, para fck de 55 MPa a 90 MPa. Sendo: gE = 1,2 para basalto e diabásio gE = 1,0 para granito e gnaisse gE = 0,9 para calcário gE = 0,7 para arenito 19) (25 – Petrobras/2012 – Cesgranrio) Em uma determinada estrutura de concreto armado, o valor da massa específica real do concreto simples vale 2.400 kg/m3. Dentre os valores apresentados, o que pode ser adotado como massa específica do concreto armado, em kg/m3, é (A) 2.300 (B) 2.350 (C) 2.400 Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 47 de 133 (D) 2.550 (E) 2.900 De acordo com a NBR 6118/2014, são considerados concretos de massa específica normal, aqueles que, depois de secos em estufa, têm massa específica compreendida entre 2.000 kg/m3 e 2.800 kg/m3. Se a massa específica real não for conhecida, para efeito de cálculo, pode-se adotar para o concreto simples o valor 2.400 kg/m3 e para o concreto armado 2.500 kg/m3. Quando se conhecer a massa específica do concreto utilizado, pode-se considerar para valor da massa específica do concreto armado aquela do concreto simples acrescida de 100 kg/m3 a 150 kg/m3. Logo, pode ser adotado como massa específica do concreto armado valor entre 2.500 kg/m3 e 2.550 kg/m3. Gabarito: D 20) (37 – Petrobras/2010 – Cesgranrio) Em uma obra cuja massa específica real do concreto simples é conhecida e vale 2.350 kg/m3, deve-se, para efeito de cálculo, adotar para o concreto armado valores, em kg/m3, entre (A) 2.200 e 2.350 (B) 2.350 e 2.400 (C) 2.350 e 2.450 (D) 2.450 e 2.500 (E) 2.500 e 2.800 Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 48 de 133 Conforme vimos na questão anterior, quando se conhecer a massa específica do concreto utilizado, pode-se considerar para valor da massa específica do concreto armado aquela do concreto simples acrescida de 100 kg/m3 a 150 kg/m3. Logo, pode ser adotado como massa específica do concreto armado valor entre 2.450 kg/m3 e 2.500 kg/m3. Gabarito: D b) Aço de Armadura Passiva Nos projetos de estruturas de concreto armado deve ser utilizado aço classificado pela ABNT NBR 7480 com o valor característico da resistência de escoamento nas categorias CA-25, CA-50 e CA-60. Segue a tabela com as características mecânicas das barras e fios de aço para concreto armado exigidas pela NBR 7480: Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 49 de 133 Pode-se adotar para massa específica do aço de armadura passiva o valor de 7.850 kg/m3. O valor 10-5/°C pode ser considerado para o coeficiente de dilatação térmica do aço, para intervalos de temperatura entre –20°C e 150°C. Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o módulo de elasticidade do aço pode ser admitido igual a 210 GPa. Os aços CA-25 e CA-50, que atendam aos valores mínimos indicados na ABNT NBR 7480, podem ser considerados como de alta ductilidade. Os aços CA-60 que obedeçam também às especificações dessa Norma podem ser considerados como de ductilidade normal. Em ensaios de dobramento a 180°, não deve ocorrer ruptura ou fissuração. 21) (35 – Liquigas/2013 – Cesgranrio) Em estruturas de concreto armado, quando não se conhece o valor do módulo de elasticidade do aço, a NBR 6118:2008 (Projeto de estruturas de concreto – Procedimentos) recomenda, para os aços das armaduras passivas e para os fios e cordoalhas das armaduras ativas, os valores, em GPa, respectivamente, de (A) 205 e 200 (B) 210 e 200 (C) 210 e 205 (D) 210 e 210 (E) 220 e 210 Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 50 de 133 De acordo com a NBR 6118/2014, o módulo de elasticidade dos aços da armadura passiva pode ser considerado de 210 GPa e da armadura ativa, 200 GPa. Gabarito: B 22) (51 – Petrobras/2011– Cesgranrio) Nos aços de armadura ativa, quando o fabricante não fornece o módulo de elasticidade, é possível obtê-lo por meio de ensaios. A NBR 6118:2007 (Projeto de estruturas de concreto – Procedimento), considera, na falta de dados específicos para fios e cordoalhas, o valor, em GPa, de (A) 148 (B) 150 (C) 180 (D) 200 (E) 210 De acordo com a NBR 6118/2014, o módulo de elasticidade dos aços da armadura passiva pode ser considerado de 210 GPa e da armadura ativa, 200 GPa. Gabarito: D 23) (28 – Petrobras/2011 – Cesgranrio) Um engenheiro está com uma amostra de aço para concreto armado que apresenta a superfície lisa. De acordo com o estabelecido na NBR 7480:2007 (Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado – Especificação) e com base apenas nessa informação, tal amostra pode ser da(s) categoria(s) Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 51 de 133 (A) CA-25, apenas. (B) CA-50, apenas. (C) CA-50 ou CA-60, apenas (D) CA-25 ou CA-60, apenas. (E) CA-25, CA-50 ou CA-60. De acordo com a NBR 7480, o valor característico da resistência de escoamento, as barras de aço são classificadas nas categorias CA- 25 e CA-50, e os fios de aço na categoria CA-60. As barras da categoria CA-50 são obrigatoriamente providas de nervuras transversais oblíquas. Os fios da categoria CA-60 podem ser lisos, entalhados ou nervurados. Os fios de diâmetro nominal igual a 10 mm devem ter obrigatoriamente entalhes ou nervuras. A categoria CA-25 deve ter superfície obrigatoriamente lisa, desprovida de quaisquer tipos de nervuras ou entalhes. Gabarito: D 24) (52 - BR Distribuidora/2008 – Cesgranrio) Para verificação das propriedades mecânicas e características próprias das barras de aço destinadas a armaduras para concreto armado, em cinco obras, foram separados lotes para amostragem com as massas de aço por lote(M) indicadas a seguir. Qual NÃO se encontra em conformidade com a NBR 7.480/2007 (Aço destinado a armaduras de concreto armado – Especificação)? Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 52 de 133 De acordo com a NBR 7480, o lote é um grupo de barras ou fios de procedência identificada, de mesma categoria e com o mesmo diâmetro nominal e configuração geométrica superficial, apresentado à inspeção como um conjunto unitário, limitado em 30 t. Gabarito: E 25) (30 – BR Distribuidora/2008 – Cesgranrio) Segundo a NBR 7.211/2005 (Agregados para Concreto – Especificação), agregados recuperados de concreto fresco por lavagem podem ser usados como agregados para preparação de um novo concreto. Agregados não subdivididos quanto à sua granulometria não devem ser adicionados, em relação ao total de agregados no concreto, em quantidades maiores que (A) 5% (B) 4% (C) 3% (D) 2% (E) 1% De acordo com a NBR 7211, agregados recuperados de concreto fresco por lavagem podem ser usados como agregados para preparação de um novo concreto se forem do mesmo tipo que o agregado primário desse mesmo concreto. Agregados recuperados não subdivididos quanto à sua granulometria não devem ser adicionados em quantidades maiores que 5% do total de Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 53 de 133 agregados do concreto. Quantidades superiores a 5% podem ser adicionadas somente se o agregado recuperado for classificado e separado nas diferentes frações e se atender aos requisitos da NBR 7211. Gabarito: A 26) (59 - BR Distribuidora/2008 – Cesgranrio) Em um concreto de cimento Portland foi utilizado um aditivo retardador (tipo R), o qual tem como objetivo principal (A) aumentar os tempos de início e fim de pega. De acordo com BAUER (2012), o efeito principal dos retardadores é retardar a pega do cimento, conservando a massa em estado plástico, durante um maior período de tempo. Os agentes retardadores agem sobre o cimento, regulando a formação do gel. De acordo com a NBR 11768, o aditivo retardador aumenta os tempos de início e fim de pega do concreto. Gabarito: Correta (B) aumentar o índice de consistência do concreto, mantida a quantidade de água de amassamento. De acordo com a NBR 11768, os aditivos plastificante e superplastificante aumentam o índice de consistência do concreto mantida a quantidade de água de amassamento, ou que possibilitam a redução de, no mínimo, 6% da quantidade de água de amassamento para produzir um concreto com determinada consistência no caso do plastificante e de 12% no caso do superplastificante. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 54 de 133 (C) acelerar o desenvolvimento das suas resistências iniciais. De acordo com BAUER (2012), denomina-se acelerador o material que, adicionado ao concreto, diminui o tempo de início de pega e desenvolve mais rapidamente as resistências iniciais. (D) diminuir os tempos de início e fim de pega. De acordo com BAUER (2012), denomina-se acelerador o material que, adicionado ao concreto, diminui o tempo de início de pega e desenvolve mais rapidamente as resistências iniciais. De acordo com a NBR 11768, o aditivo acelerador diminui os tempos de início e fim de pega do concreto, bem como acelera o desenvolvimento das suas resistências iniciais. (E) incorporar pequenas bolhas de ar ao concreto. De acordo com Yazigi (2009), o incorporador de ar é aditivo com moléculas polares semelhantes aos plastificantes, que se localizam na superfície ar-água, formando pequenas bolhas de ar que se repelem e, portanto, se mantém no meio do líquido. O efeito é que se forma uma grande quantidade de pequenas bolhas de ar que, no concreto fresco, melhora a trabalhabilidade, pois funcionam como se fossem partículas arredondadas de um agregado muito fino. De acordo com a NBR 11768, o aditivo incorporador de ar incorpora pequenas bolhas de ar ao concreto. Gabarito: A 27) (47 – Liquigas/2013 – Cesgranrio) Em um concreto, é utilizado, no traço em peso, o fator água-cimento de 0,50, com o qual se obtém 0,125 m3 de concreto adensado por saco de 50 kg de cimento. Para a execução de 1 m3 desse concreto Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 55 de 133 adensado, será necessário um volume de água (considerando- se a densidade igual a 1), em litros, de (A) 50 (B) 100 (C) 200 (D) 250 (E) 500 Sendo a/c = 0,5, consome-se 50 kg x 0,5 = 25 kg = 25 L de água para a execução de 0,125 m3 de concreto. Para a execução de 1 m3 consome-se (1/0,125) = 8 vezes mais água = 200 L. Gabarito: C 3.3 - Comportamento conjunto dos Materiais a) Aderência Consideram-se em boa situação quanto à aderência os trechos das barras que estejam em uma das posições seguintes: a) com inclinação maior que 45º sobre a horizontal; b) horizontais ou com inclinação menor que 45° sobre a horizontal, desde que: - para elementos estruturais com h < 60 cm, localizados no máximo 30 cm acima da face inferior do elemento ou da junta de concretagem mais próxima; - para elementos estruturais com h 羽 60 cm, localizados no mínimo 30 cm abaixo da face superior do elemento ou da junta de concretagem mais próxima. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V.Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 56 de 133 Os trechos das barras em outras posições e quando do uso de formas deslizantes devem ser considerados em má situação quanto à aderência. b) Segurança e Estados Limites Consideram-se os estados limites últimos e os estados limites de serviço. O estado limite último (ELU) é o estado limite relacionado ao colapso, ou a qualquer outra forma de ruína estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura. Estados limites de serviço são aqueles relacionados à durabilidade das estruturas, aparência, conforto do usuário e à boa utilização funcional das mesmas, seja em relação aos usuários, seja em relação às máquinas e aos equipamentos utilizados. A solução estrutural adotada em projeto deve atender aos requisitos de qualidade estabelecidos nas normas técnicas, relativos à capacidade resistente, ao desempenho em serviço e à durabilidade da estrutura. As exigências relativas à capacidade resistente e ao desempenho em serviço deixam de ser satisfeitas, quando são ultrapassados os respectivos estados limites último e de serviço. 3.4 - Agressividade do ambiente: A tabela seguinte, da NBR 6118/2014, apresenta o grau de agressividade de acordo com o ambiente em que se constrói a estrutura de concreto armado. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 57 de 133 A partir da classificação da agressividade, estabelece-se a relação água/cimento do concreto e a resistência à compressão característica. Podemos verificar pela tabela que a menor resistência à compressão característica aceita é de 20 MPa (C20). Caso a agressividade seja enquadrada como IV, a resistência mínima a compressão deverá ser de 40 MPa (C40). E a partir da agressividade do ambiente, estabelece-se também o cobrimento nominal (cobrimento mínimo + tolerância de 10 mm) das armaduras, conforme tabela seguinte, da NBR 6118/2014: Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 58 de 133 Nesse caso, para o Cespe, deve-se atentar para as exceções, tal como a que consta no final da observação b acima, em que o cobrimento pode ser reduzido para 15 mm caso a face superior de lajes e vigas sejam revestidas com argamassa de contrapiso, carpete e madeira, além de outros. Se houver adequado controle de execução do concreto armado, a norma NBR 6118 permite a redução da tolerância para 5 mm, ou seja, os cobrimentos nominais podem ser reduzidos em 5 mm. Para concretos de classe de resistência superior ao mínimo exigido, os cobrimentos definidos na Tabela acima podem ser reduzidos em até 5 mm. O cobrimento não pode ser menor que o diâmetro da barra e a dimensão máxima do agregado graúdo não pode superar 20% do cobrimento. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 59 de 133 28) (24 – Petrobras/2012 – Cesgranrio) A durabilidade das estruturas de concreto armado depende, dentre outros fatores, do cobrimento da armadura. Assim, no projeto e na execução, um dos cuidados a ser observado é o cobrimento nominal, que é o cobrimento mínimo, acrescido da tolerância de execução (─c). Nas obras correntes, o valor de ─c deve ser maior ou igual, em mm, a (A) 6 (B) 8 (C) 10 (D) 12 (E) 14 A NBR 6118/2014 traz uma tabela com o grau de agressividade de acordo com o ambiente em que se constrói a estrutura de concreto armado. A partir da classificação da agressividade, estabelece-se a relação água/cimento do concreto e a resistência à compressão característica. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 60 de 133 Podemos verificar pela tabela que a menor resistência à compressão característica aceita é de 20 MPa (C20). Caso a agressividade seja enquadrada como IV, a resistência mínima a compressão deverá ser de 40 MPa (C40). E a partir da agressividade do ambiente, estabelece-se também o cobrimento nominal (cobrimento mínimo + tolerância de 10 mm) das armaduras, conforme tabela seguinte, da NBR 6118/2014: Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 61 de 133 Se houver adequado controle de execução do concreto armado, a norma NBR 6118 permite a redução da tolerância para 5 mm, ou seja, os cobrimentos nominais podem ser reduzidos em 5 mm. Para concretos de classe de resistência superior ao mínimo exigido, os cobrimentos definidos na Tabela acima podem ser reduzidos em até 5 mm. Portanto, nas obras correntes, o cobrimento mínimo é acrescido de tolerância de 10 mm. Em casos especiais, essa tolerância pode reduzir-se para 5 mm. Gabarito: C 29) (27 – Petrobras/2012 – Cesgranrio) Em um local onde a agressividade ambiental é da classe IV, nos concretos executados com cimento Portland (classe ≥ C40) e aplicados à estrutura de concreto armado, a relação água/cimento, em massa, deve ser (A) > 0,65 (B) ≥0,60 (C) < 0,50 (D) ≤0,45 (E) = 0,30 Conforme vimos na questão anterior, a partir da classificação da agressividade, estabelece-se a relação água/cimento do concreto e a resistência à compressão característica. Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 62 de 133 Para a classe de agressividade IV, a relação água/cimento em massa deve ser ≤ 0,45. Gabarito: D 30) (58 – Petrobras/2010 – Cesgranrio) Em estruturas de concreto armado, um dos requisitos a que deve obedecer o cobrimento nominal das armaduras se refere ao diâmetro da barra. De acordo com a NBR 6118/2007 (Projetos de estruturas de concreto - Procedimento), o cobrimento deve ser maior ou igual a (A) 0,10 Ø barra. (B) 0,50 Ø barra. (C) 1,0 Ø barra. (D) 1,5 Ø barra. (E) 2,0 Ø barra. De acordo com a NBR 6118/2014, os cobrimentos nominais e mínimos estão sempre referidos à superfície da armadura externa, em geral à face externa do estribo. O cobrimento nominal de uma determinada barra deve sempre ser: a) cnom ≥ Ø barra; Edificações ʹ TRT-11/2016 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 3 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 63 de 133 b) cnom ≥ Ø feixe = Øn= Øξ݊; c) cnom ≥ 0,5 Ø bainha. (concreto protendido) Portanto, o cobrimento deve ser maior ou igual a 1,0 Ø barra. Gabarito: C 31) (28 – Petrobras/2012 – Cesgranrio) A NBR 6118:2007 (Projetos de estruturas de concreto) estabelece uma relação entre a dimensão máxima característica do agregado graúdo (dmáx) e a espessura nominal do cobrimento (cnom). Obedece ao critério estabelecido nessa norma a relação De acordo com a NBR 6118/2014, o cobrimento não pode ser menor que o diâmetro da barra e a dimensão máxima do agregado graúdo não pode superar 20% do cobrimento. O dmáx de 42 mm encontra-se no limite do cobrimento + 20%, ou seja, 35 mm + 7 mm. Gabarito: C 3.5 - Ações a considerar no dimensionamento das estruturas Na análise estrutural deve ser considerada a influência de todas as ações que possam produzir efeitos significativos para a segurança da estrutura
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