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RESUMO - Direitos Sociais

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CONCEIÇÃO, Lourivaldo da. Curso de Direitos Fundamentais. Campina Grande: Editora da Universidade Estadual da Paraíba, 2016.
RESUMO
Mariana Galvan dos Santos[footnoteRef:1] [1: Acadêmica do Nível III do Curso de Direito na Universidade de Passo Fundo, Campus Casca.] 
Parte III – Os Direitos Fundamentais na Constituição de 1988
Título IV – Direitos Sociais
	
	A Constituição brasileira define como direitos sociais fundamentais: “a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados”, alguns doutrinadores entendem os direitos sociais como prestacionais, de acordo com esse entendimento eles tem alguns traços que os distinguem: 
	a) a necessidade de uma grande quantidade de recursos estatais, por isso cada Estado estabelece seus direitos sociais de acordo com a necessidade e recursos;
	b) tem um caráter positivo, uma ideia de fazer, dar uma prestação, há uma obrigação positiva do Estado frente à sociedade;
	c) o titular desse direito social é o indivíduo em si (a criança, o idoso, a gestante...);
	d) o direito social visa uma igualdade material;
	e) tem uma dimensão objetiva, pois aparecem como desenvolvimento e exigências do Estado Social.
	Discute-se muito acerca dos direitos sociais, se estes são possíveis de reinvindicação ou se trata de uma mera expectativa de direito. SARLET diz que direitos sociais são aqueles que poderiam ser usufruídos pelo seu titular a partir da norma constitucional. Há várias discussões acerca da eficácia dessas normas: 
	a) TORRES acredita que os direitos sociais prestacionais além do mínimo existencial não fazem parte dos direitos fundamentais;
	b) GEBRAN NETO nega a imediata eficácia das normas que consagram os direitos sociais prestacionais, fundando-se no critério topográfico;
	c) SILVA dispõe sobre a estrutura das normas consagradoras dos direitos sociais prestacionais, que são normas programáticas e estas, por sua vez tem eficácia limitada e aplicabilidade mediata e reduzida, precisando de lei posterior para determina-lo com mais precisão (exemplo: que tipo de moradia será dado para quem, onde, quando, com que recursos, etc);
	d) Outros autores disciplinam acerca do alto custo desses direitos como fundamentais (dinheiro, instituições, políticas públicas...);
	e) Os direitos sociais não seriam justiciáveis, ou seja, não seria possível pleiteá-lo através de ação; 
	Há autores que discorrem sobre a falta de garantia dos direitos sociais prestacionais e por isso não seriam verdadeiros direitos, todavia outros rebatem dispondo que o que há é uma lacuna, que deve ser preenchida pelo legislador pois ainda não se foi capaz elaborar garantias para os direitos sociais. 
	Acerca da questão discutida no item “d” disposto acima, HOLMES e SUNSTEIN elaboram sua tese sobre o alto custo de todos os direitos fundamentais, não apenas os sociais, todos eles dependem de uma vasta quantidade de recursos e órgãos competentes. As demandas apenas podem ser garantidas após lei regulamentadoras e depois lei orçamentária que definirá de onde sairá os recursos e como serão usados.
	Os direitos sociais não são justiciáveis pela falta de garantia positivada, mas caminha-se contra esse sentido, podendo caracterizar uma inconstitucionalidade por omissão. 
	Alguns doutrinadores consideram os direitos sociais como princípios e com isso ele se cumprem diferentemente, apenas como normas constitucionais impedem a interpretação contrária e se torna um comando do legislador para sua efetivação. Após esse comando, o cumprimento se dá pelas definições em lei, não podendo o indivíduo querer mais ou menos do que aquilo determinado. Por último a modificação das prestações só poderão se dar com o ponderamento pelo Executivo e Legislativo.
	a) a reserva do possível: condição da realidade, ou seja, o indivíduo apenas tem direito daquilo que o legislador propôs ponderando as necessidades sociais razoavelmente. 
	b) o mínimo existencial: baseado no princípio da dignidade da pessoa humana e no direito à vida e à integridade física. A ideia é que o indivíduo tenha pelo menos o mínimo para a sua existência. Em algumas ocasiões o mínimo existencial se sobrepõe à reserva do possível, o STF, por exemplo, têm deferido quando trata-se de tratamentos ou remédios não oferecidos pelo Sistema Único de Saúde. Ou seja, mesmo não havendo regra reguladora, o direito social é justiciável. 
	No Brasil, como os direitos sociais estão no rol de direitos fundamentais, espera-se que estes tenham a mesma eficácia e efetividade.
	Os direitos a prestações do Estado subdividem-se em: em sentido amplo (direito à proteção e à organização e procedimento) e em sentido estrito (direito à prestações materiais, definido por ALEXY como: “se o indivíduo possuísse os meios financeiros suficientes e se encontrasse uma oferta suficiente no mercado, poderia obtê-lo também de particulares”).

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