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Teoria Geral do Direito Constitucional

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Email- coordenaçaojuridica@institutoprocessus.com.br
Caderno de Direito Constitucional
# Aula 01- 20/01/16
Professor: Paulo
Teoria Geral do Direito Constitucional
	Constitucionalismo:
· Carta Magna – 1215;
· Constituição Norte Americana – 1776;
· Constituição Francesa – 1793;
Neoconstitucionalismo: não estaria mais a mera norma escrita apta a satisfazer os anseios da sociedade. As inúmeras atrocidades praticadas ao longo do século XX (Principalmente 2ª Guerra Mundial, nazismo), em sua maioria com respaldo na lei formal, levaram à conclusão de que os princípios e valores constitucionalmente protegidos devem constituir, prioritariamente, os fundamentos de um Estado pautado nos ideais de justiça, igualdade, liberdade.
1. Classificação da Constituição/ 88
1.1. Quanto à forma: 
- Escrita é escrita porque é codificada, reunida em um único documento.
- Não escrita: não codificada, documentos soltos. Ex.: Constituição Inglesa.
1.2. Quanto ao modo de elaboração: 
- Dogmática: elaborada conforme os dogmas de um determinado momento histórico. (conforme as verdades de 88).
- Histórica, Costumeira, Consuetudinária (não escrita) _ elaborada a partir de uma evolução histórica dos costumes e tradições.
1.3. Quanto à participação popular: 
- Popular/ democrática/ promulgada em 05 de outubro de 88.
- Outorgada – Imposta/ Ditatorial;
- Cesarista;
CF 1824 – Império (Outorgada);
CF 1891 – República (Promulgada);
CF 1934 – Promulgada;
CF 1937 – Outorgada;
CF 1946 – Promulgada;
CF 1967 – Outorgada (congresso promulgou);
EC 01/69 – Outorgada;
CF 1988 – Promulgada;
 
1.4. Quanto à estabilidade das normas: 
- Rígida: admite alteração, todavia por um processo mais rigoroso (art.60 da CF);
- Imutável – não existe;
- Flexível – pode ser modificada por um processo mais rígido;
- Semirrígida – parte rígida, parte flexível. Ex.: art. 178 da CF/1824;
	CF/ 1824: art. 178 - E' só Constitucional o que diz respeito aos limites, e attribuições respectivas dos Poderes Politicos, e aos Direitos Politicos, e individuaes dos Cidadãos. Tudo, o que não é Constitucional, póde ser alterado sem as formalidades referidas, pelas Legislaturas ordinarias.
1.5. Quanto à extensão (tamanho da CF): 
- Analítica (detalhista).
- Sintética (resumida, concisa).
	Classificação da CF/88 – 05.10.88:
Escrita, dogmática, promulgada, rígida, analítica.
2. Supremacia Constitucional
2.1. Supremacia Material: decorre da importância da matéria constitucional para estabilidade e estruturação do país.
2.2. Supremacia Formal: decorre da rigidez constitucional, cujo processo mais rigoroso de alteração, a torna formalmente superior às demais leis (art. 60, § 2º)
CF			: Para alterar a CF: 3/5, 2x–Art. 60, §2º.
Norma primária: Art.59 (lei ordinária, lei complementar, Decreto legislativo, lei delegada, resoluções do CN, Medidas Provisórias, Regimento interno, Decreto autônomo (art.84, VI)
Norma Secundária: Decreto Regulamentar, Portarias (art.84, VI)
· Emendas Constitucionais fazem parte da própria constituição;
Não há hierarquia entra as Normas Primárias (art. 59 da CF)
	- leis complementares;
- leis ordinárias;
- leis delegadas;
- medidas provisórias;
- decretos legislativos;
- resoluções.
- Regimento Interno de Tribunal.
Questão: Só há supremacia formal em constituição rígida, sendo possível controle de constitucionalidade. Em CF flexível não tem controle de constitucionalidade.
* Rigidez: é possível controle de constitucionalidade;
* Flexível: não é possível o controle de constitucionalidade;
3. Poder Constituinte
3.1. Poder constituinte originário: é o poder que origina uma nova Constituição. 
CF outorgada: CF.1824, 1937, 1967 as derivadas de golpe. 
CF Promulgadas: CF 1981, 1934, 1946, 1988. 
a- Características: 
I- Inicial: quando cria a CF cria um país novo, um novo ordenamento.
II- Ilimitado: não tem limite, pode criar o que quiser, a nova CF que vai dizer o que é isonômico ou não. Ex: art.17 do ADCT.
	Art. 17. Os vencimentos, a remuneração, as vantagens e os adicionais, bem como os proventos de aposentadoria que estejam sendo percebidos em desacordo com a Constituição serão imediatamente reduzidos aos limites dela decorrentes, não se admitindo, neste caso, invocação de direito adquirido ou percepção de excesso a qualquer título.
III- Incondicionado (autônomo): é um fato social, não se condiciona a nada.
IV- Permanente: o que foi feito em 88 existe até hoje, até quando vigorar. Continua existindo junto com o derivado enquanto durar a constituição, ficando latente se manifestando nas cláusulas pétreas.
3.2. Poder Constituinte Derivado: 
a- Poder derivado reformador: é o poder que reforma, que altera as normas originárias. O processo poder ser por meio de:
- EC (art.60) 
- Revisão Constitucional (art.3º ADCT)
	Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral.
- Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos, art. 5º, § 3º.
	§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
b- Poder derivado decorrente: é o poder que permite aos Estados elaborarem suas próprias constituições, observados os princípios da CF. Princípio da Simetria ou Similitude - É o princípio federativo que exige uma relação simétrica entre os institutos jurídicos da Constituição Federal e as Constituições dos Estados-Membros.
4. Limitações do Poder Derivado
4.1. limitações expressas: está escrito na CF.
a- limitações expressas materiais: são matérias que não podem ser abolidas da Constituição, são as cláusulas pétreas (art.60, §4º)
· Cláusulas pétreas:
I- Federação Brasileira- U/ E/DF/M (art.1º e art.18)- ente federado é quem pode fazer lei.
II- Separação dos Poderes- art.2º. Executivo, Legislativo e Judiciário, todos devem ter harmonia entre si.
III- Voto direto, secreto, universal e periódico.
IV- Direitos e garantias individuais: (art.5º, art.150). A CF proíbe a deliberação de qualquer proposta de PEC tendente a abolir cláusula pétrea (para melhorar, ampliar pode)- art.60, §4º. A EC nº 45/04.
b- Limitações circunstanciais- são circunstancias em que a CF não pode sofrer emenda
I- Estado de defesa (art.136)
II- Estado de Sítio (art.137)
III- intervenção Federal art.34/36)
4.2. limitações implícitas:
a- não se pode abolir as limitações expressas. Ex: Revogar o art.60, § 4º.
b- Não se pode alterar a legitimidade ou o processo legislativo da PEC.
c- Não se pode alterar a titularidade do poder, POVO;
d- O art. 2º da ADCT, entende-se que o Presidencialismo e a República são cláusulas pétreas;
e- Ministério Público;
5. Desconstitucionalização – a regra é a CF anterior ser revogada, desconstitucionalização é uma exceção que depende de previsão expressa em que a Constituição anterior é mantida no novo ordenamento com status de lei ordinária, isso não aconteceu em 1988;
6. Processo de Recepção: é o aproveitamento das normas anteriores a Constituição no ordenamento jurídico recém-criado, desde que haja compatibilidade material (de conteúdo) entre o conteúdo da norma recepcionada e a nova Constituição (a forma é irrelevante). 
OBS: O CP era um Decreto Lei, mas foi recepcionado como Lei Ordinária. (art.5º, XXXIX da CF)
· O CTN era um Lei Ordinária, mas foi recepcionado como Lei Complementar (art.146, III da CF).
· O CPP art.21, § único – preso incomunicável, não foi recepcionado. Será comunicado a prisão do preso imediatamente ao juiz competente e a família do preso ou à pessoa por ele indicada (art.5º, LXII)
· Para o STF a não recepção equivale a uma revogação;
· Na recepção, não há a federalização de norma que era Estadual (A União não pode recepcionar normas Estaduais). Porém, o inverso é possível, ou seja, os Estados podem recepcionar uma norma que era Federal.
7. Repristinação
É a restauração de uma norma revogadapor conta da revogação da norma revogadora, só ocorre de forma expressa.
Lei A – Lei B revoga Lei A – Lei C revoga a Lei B e expressamente restaura a Lei A.
PREÂMBULO
Para o STF o Preambulo não é uma Norma Constitucional, não é de repetição obrigatória nos Estados. AD/ 2076.
#2 Aula 22.01.16
Princípios Fundamentais (art.1º ao 4º)
· Art.1º- trata dos fundamentos da República Federativa do Brasil.
SO/ CI/ DI/ VA/ PLU
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Soberania- quem tem é a República Federativa do Brasil, os entes possuem autonomia (art.18)
União Indissolúvel- é a vedação ao direito de secessão (separação), sob pena de intervenção federal (art.34, I). Ex: Rio Grande do Sul ser uma República.
§ único- Democracia- soberania popular
Regra- democracia indireta, representativa. Segundo José Afonso da Silva ela é semidireta.
Exceção- Democracia Direta (art.14)- o povo de maneira direta faz valer a democracia
a- Plebiscito- Consulta popular prévia		Art.49, XV Congresso.
b- Referendo- Consulta popular posterior
· É de competência exclusiva do Congresso Nacional, autorizar referendo e convocar plebiscito.
c- Iniciativa Popular de Lei - Art.61, §2º (1% do Eleitorado Nacional, distribuído em pelo menos 5 estados com 0,3 em cada estado) ex: LC 135/10- lei da ficha limpa. Serve tanto para LO e Lei Complementar.
OBS: Não existe na CF/88 iniciativa popular de PEC, mas nos Estados é possível, no caso de Constituição Estadual.
No Brasil não há impeachment de iniciativa popular.
· Art.2º - Separação dos Poderes
Montesquieu- princípio dos freios e contrapesos
No direito Norte Americano- “Check and Balance”
O Poder Soberano é indivisível, é uno. O que se divide são as funções do Estado (Separação dos Poderes).
Legislativo: tem dupla função legisla e fiscaliza (também administra e julga)- são funções atípicas
Executivo: Administrativo (também legisla (MP) e julga recursos administrativos.)
Judiciário: Julgamentos (também administra e legisla, regimentos internos dos Tribunais, interna corporis).
Entes da Federação
UNIÃO
1- Executivo: 
a- ADM Direta: Chefe do Executivo Presidente da República, Ministérios, AGU, CGU, RFB, Departamento da Polícia Federal, OS ÓRGÃOS (Não tem personalidade jurídica própria)
b- ADM Indireta: Autarquias, Fundações, Sociedades de Economia Mista (é uma S.A sociedade de Economia mista), Empresas Públicas (CEF, BNDS, ECT). Tem personalidade Jurídica Própria.
2- Legislativo: Ex: TCU (bicameral)
a- Câmara
b- Senado
c- Quando atuam em conjunto é o Congresso Nacional;
3- Judiciário: Ex: CNJ
a- STF
b- Tribunais Superiores: STJ, TST, STM, TSE, TRF, TRE, TRT.
c- Tribunais de 2º grau
d- Juiz de 1º grau
Estados
1- Executivo- governador
2- Legislativo - Assembleia Legislativa (unicameral)
3- Judiciário- TJ e juiz de direito.
DF:
1- Executivo
2- Legislativo: Câmara Legislativa (unicameral)
(O judiciário do DF é mantido pela União)
Municípios
1- Executivo
2- Legislativo- Câmara de Vereadores (unicameral)
O MP tem independência, é autônomo. Não pode ser considerado um poder.
RE 592.581: O judiciário pode determinar ao executivo a implementação de políticas públicas previstas na CF, especialmente para a defesa da dignidade da pessoa humana.
O Princípio da Reserva do Possível (só faz o que o dinheiro dá) não pode ser invocado quando o que está em jogo é o “mínimo existencial”, os direitos a dignidade da pessoa humana.
· Art.3º- Objetivos da República- são normas programáticas (têm eficácia em si), ou seja, direções criadas pelo constituinte para nortear o desenvolvimento do país. Ex: art.3º, 7º, IV.
· Art.4º- Princípios de Relações internacionais
III e IV- a Líbia e a Síria quiserem guerrear o Brasil não se manifesta. Desde que os Direitos Humanos estejam sendo observados;
X- Concessão de Asilo Político - ninguém será extraditado por crime político (motivação política, contra a ordem política) ou de opinião. Está relacionado a responsabilização criminal.
DIREITOS FUNDAMENTAIS- ART.5º AO 17
a- Direitos individuais- art.5º
b- Direitos sociais- art.6º ao 11.
c- Nacionalidade- art.12 e 13.
d- Direito Político- art.14 a 17
Direitos e Garantias Individuais
· Art.5º- Princípio da Isonomia/ igualdade: todos são iguais. O que se protege a igualdade real ou material. VLISP (vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade)
Tratar os iguais na medida de suas desigualdades (tratar os iguais com igualdade na medida de suas desigualdades), ex: cotas sociais, raciais, reserva de vagas em concurso. ADPF 186 julgou constitucional as cotas raciais para ingresso em instituição de ensino superior. Discriminação reserva “Ações Afirmativas”.
	SV 37- não cabe ao Judiciário, que não tem função legislativa conceder aumento a servidor em nome da isonomia (art.37, X da CF)
Para o STF a limitação de idade e altura em concurso só se justifica pela natureza das atribuições do cargo, Súmula 683 do STF.
Somente a CF pode diferenciar brasileiro de estrangeiro.
· Art.5º- Princípio da Isonomia/ igualdade:
Estrangeiro pode ocupar cargo público, vide art.37, I
Professores podem ser estrangeiros, vide art.207, § 1º
INCISOS:
I- Igualdade homem/ mulher: Só a CF em regra diferencia (art.226, §5º). O CC antigo vigorava o chamado pátrio poder, porém agora é o poder familiar, exercem igualmente os poderes.
OBS: A lei pode criar outras diferenciações protetivas. Ex: art.249 do CPP- revista pessoal em mulher (a princípio o homem não poder fazer revista pessoal, a não ser que implique retarde a diligencia). A lei Maria da Penha (11.340/ 06).
ADPF 132 – união estável entre pessoas do mesmo sexo.
II- Princípio da legalidade: só a lei pode te obrigar a fazer algo.
a- Para o particular: pode fazer tudo que a lei não proíbe (autonomia da vontade) Somente a lei (norma primária) pode obriga-lo ou desobriga-lo.
b- O Estado: (art.37 caput) O Estado só pode fazer o que a lei determina.
 Princípio da Reserva legal: São situações em que a CF exige lei para tratar de determinado assunto.
i- Reserva legal simples- Regra (lei ordinária ou lei complementar). EX: art.5º, XXXIX
ii- Qualificada: exige lei complementar para tratar do assunto. EX: art.146- normas gerais de tributário, III- LC, art.14, §9º- inegibilidade relativa LC. 
***SV 43- Somente lei pode exigir psicotécnico em concurso. 
III- Vedação à tortura:
Classificação das normas Constitucionais: Eficácia- efeito
a- Norma de eficácia plena: Aquela que nasceu plena, completa. Ex: art.5º, III- ninguém pode tirar.
b- Norma de eficácia contida: Aquela que nasceu plena, mas pode ser contida, a lei pode tirar. Ex: art.5º, XIII (liberdade de profissão- dá o direito de profissão, mas estabeleceu as condições). Lei 8906/ 94- dos advogados.
c- Norma de eficácia limitada: Nasceu limitada, incompleta, precisa de regulamentação para ter efeitos. Ex: art.37, VII da CF- greve de servidor público, lei específica (pode ser Lei Ordinária). 
Clausula Pétrea- norma de eficácia absoluta. 
IV- Liberdade de expressão: é vedado o anonimato, a CF garante o direito de resposta, sendo proporcional ao agravo. Direito de resposta.
V- Liberdade de crença: o Brasil é laico, leigo, não confessional- não se tem religião oficial. Prestação de assistência religiosa. Art.19, I- o Estado não pode subsidiar, manter determinada religião, mas pode trabalhar conjuntamente.
VI- Escusa de consciência (desculpa de consciência): a obrigação legal a todos imposta admite escusa de consciência, mas a prestação alternativa não.
Ver Art. 15, IV. EX: art.438 do CPP- recusa do Juri.
VII- Vedação a censura: é possível classificação indicativa de diversões públicas, Art.21, XVI (ex: classificação indicativa 12 anos).
VIII- Direito a intimidade: intimidade faz parte da dignidade da pessoa humana, ex: ler as mensagens do whatzap. Intimidade é gênero do qual são espécies: 
a- Sigilo bancário
b- Fiscal
c- Telefônico
d- Correspondência 
e- Domicilio
OBS: De Regra não há intimidade em ambientes públicos,todavia a vida privada deve ser resguardada.
OBS: Para o STF é lícita a gravação clandestina realizada por um dos interlocutores, em conversa ambiental ou telefônica, exceto quando houver sigilo legal ou reserva na conversação, ex: entrevista de advogado - cliente; interrogatório de preso, ligações para bancos.
IX- Inviolabilidade de domicílio: casa: art.150, §4º do CP
Domicílio: qualquer ambiente fechado que alguém habite ou exerça trabalho ou profissão. Ex: clínicas, escritórios, pousada, hotel (locais de habitação coletiva). 
Obs: carro não tem a proteção domiciliar.
Morador- quem tem o domínio do local, quem manda, quem tem a gestão. Ex: locatário, hospede, caseiro, empregada doméstica (pode ser considerada, pois tem a gestão do imóvel mesmo que não more ali.
Nos casos de urgência, a entrada da casa é incondicionada, independe de ordem judicial, de horário ou de anuência do morador. São eles:
a- Flagrante delito: o crime está acontecendo (art.301 do CPP)
b- Desastre
c- Para prestar socorro
OBS: A entrada na casa também pode ocorrer por ordem judicial (só juiz- qualquer juiz), e somente durante o dia. 
Dia:
1º Corrente- dia é das 6 às 18h (Tourinho Filho)
2º Corrente- Nascer e por do sol
Escritório de Advocacia: A lei 8906/94 (Estatuto da OAB- art7º, §6º). A busca e apreensão só pode ocorrer se houver indícios de autoria e materialidade contra o advogado, sendo exigida a presença de representante da ordem, vedada a apreensão de documentos de clientes não investigados.
Inquérito 2424 STF: o STF já autorizou a entrada de policiais à noite em escritório de advocacia para instalação de equipamentos de escuta. 
X- 
· 1ª parte- Sigilo de Correspondência e das comunicações telegráficas- São invioláveis, exceto se utilizados para a prática de ilícitos. Ex: tráfico de entorpecente, ameaça, extorsão, contrabando, descaminho.
OBS: Detento não tem sigilo de correspondência. 
· 2º parte- Sigilo das comunicações telefônicas - (monitoramento telefônico) Telemática - a interceptação telefônica só pode ser deferida com ordem judicial (só juiz), e para fins de:
a- Investigação criminal
b- Instrução processual penal
Trata-se de uma norma de eficácia limitada, que foi regulamentada pela lei 9296/96. 
OBS: Só pode ser deferida para apurar crime de reclusão. No caso de descoberta acidental de crimes de detenção, a interceptação só é válida se houver conexão (são relacionados) entre os crimes. 
OBS: é um meio de prova subsidiário, complementar, ou seja, só pode ser deferida se houver indícios de autoria e materialidade. Subsidiário- lembrar sempre de Nelson Hungria - soldado reserva.
OBS: a interceptação pode ser deferida de oficio (sem provocação) pelo juiz, a requerimento do MP ou da autoridade policial, art.3º Lei 9296/96. (CPI também pode pedir para o juiz).
Prazo da interceptação é de 15 dias admitindo-se prorrogações.
OBS: a interceptação pode servir de prova emprestada para outros processos. 
· 3º parte- Sigilo de Dados: Fiscais, bancários, telefônicos (os registros-extratos telefônicos) de informática.
Só pode ser violado por ordem judicial ou de CPI. 
XI- Liberdade de profissão: é uma norma de eficácia contida, a lei pode restringir seu direito de profissão. Só a União pode legislar a respeito (art.22, XVI)
XII- Direito de reunião:
a- Pacifico e sem armas
b- Não precisa de autorização, mas depende de prévio aviso. 
XVI ao XXI- liberdade de associação- tem que ter fins lícitos
É vedada a interferência estatal em seu funcionamento. É garantida a liberdade de associação e de não associação (ninguém é obrigado a associar ou permanecer associado).
 A associação pode representar seus associados, judicial ou extrajudicialmente, desde que expressamente autorizado. Representação (defende direito alheio em nome alheio) DIFERENTE de substituição processual que defende direito alheio em nome próprio, ex: MP. 
Associação só pode ser suspensa ou dissolvida por ordem judicial (só juiz). Para dissolver é necessário o transito em julgado (para suspender não). 
Ver artigos- 
a- 5º todo 
b- art.12 (nacionalidade), 
c- art.14 a 17 (direitos políticos), 
d- Art.18 a 33. Organização Estado (U/E/ DF/ M) 
e- 21 a 24; 
f- art.34 a 36 (intervenção federal)
g- art.37 ao 41 (administrativo)
h- art.45 ao 75
i- art.76 a0 86 (poder executivo)
j- art.102, 103, 103-A, 103-B (Competência poder judiciário)
k- 105, 109
l- Controle de constitucionalidade. 103
#3 Aula 23/01/16
Incisos do art.5º (XXII ao XXVI- Direito de propriedade)
	A propriedade deve atender sua função social.
	Função social:
a- Urbano- art. 182, §2º PDOT
b- Rural – art.186 (Competência privativa da União)
OBS: o imóvel que não atender sua função social poderá ser objeto de desapropriação por interesse social. 
OBS: É uma desapropriação sanção, uma pena: a indenização é justa e prévia, mas em títulos da dívida pública (urbano), divida agrária (rural).
· Desapropriação por necessidade ou utilidade pública
Decorre da supremacia do interesse público sobre o particular, ex: construção de hospitais, hidrelétricas, escolas, etc. A indenização é justa e prévia em dinheiro.
A União pode desapropriar E/ DF/ M e particulares
O Estado pode desapropriar M/ Particulares
As Municípios/ DF pode desapropriar Particulares
OBS: A regra é indenizar em dinheiro, ressalvados os casos previstos na CF.
 XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição
· Requisição: ocorre no caso de iminente perigo público, ex: Desabamentos, enchentes, perseguições policiais, etc.
OBS: a indenização é ulterior (posterior), e se houver dano. O uso não é indenizável.
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
· Direito à informação
XXXIII- de regra as informações do Estado são públicas, ressalvadas aquelas imprescindíveis a segurança do Estado, e da sociedade. Lei 12.527/2011 (lei de acesso a informação).
	Se violado esse inciso não cabe habeas data (remédio que protege informações personalíssimas)
XXXIV- independe de taxa:
a- Direito de petição: direito de se dirigir, se reportar ao poder público, ex: recurso de multa.
b- Direito de certidão: ex: certidão de nada consta
· XXXV- Princípio do amplo acesso ao judiciário/ Princípio da proteção ou tutela judiciária/ princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário
A regra é o dever de procurar a jurisdição, sendo que, só o poder público pode dizer o direito.
 O Brasil não adotou o curso forçado administrativo, ou seja, não é necessário esgotar a via administrativa para se buscar o judiciário. Exceções: 
a- Justiça Desportiva (art.217, § 1º da CF). Juiz de futebol não é autoridade pública.
b- Para ajuizar reclamação no STF por descumprimento de Súmula Vinculante. (art.7º Lei 11.417/06)
· XXXVI- Princípio da Segurança Jurídica
É a Segurança no direito. A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
A. Direito adquirido: é o instituto que impede a retroatividade da lei para atingir aquele que já completou todas as fazes de formação do seu direito. Ex: como se aquilo entrasse no seu patrimônio, não podendo ser tirado.
OBS: Não há direito adquirido em face de uma nova CF. ex: art.17 ADCT.
OBS: De acordo com o STF não há direito adquirido a regime jurídico. Ex: Previdenciário, Estatutário (8112/90), de FGTS. 
OBS: A aprovação em concurso não gera direito adquirido a nomeação. Exceções:
a- Quando o edital fixa o número de vagas (Teoria dos Motivos Determinantes)
b- Quando há quebra da ordem de classificação. 
B. Ato jurídico perfeito: impede a retroatividade da lei para atingir o ato já consumado.
Retroatividade Máxima- quando a lei nova retroage e desconstitui o ato. 
Retroatividade Mínima- a lei nova incide sobre os efeitos futurosdo ato já praticado.
		Para o STF somente uma nova CF pode ter retroatividade mínima ou máxima. 
C. Coisa Julgada:
a- Formal: impede a alteração da decisão irrecorrível no mesmo processo (em outro pode). 
Há decisões que só fazem coisa julgada formal, ex: juiz que indefere a inicial (Art.267, I do CPC), Ação de alimentos.
b- Material: (art.467 CPC) impede a rediscussão da matéria objeto de decisão judicial irrecorrível. 
A coisa julgada material é também formal.
· XXXVII- Vedação a Juízo ou Tribunal ou Tribunal de Exceção
É um juízo criado após o fato especial para julgá-lo: vide o direito do juiz natural.
· XXXVIII- Tribunal do Júri (art. 406 a 497 CPP) Tem competência constitucional para julgar crime doloso contra a vida.
OBS: S. 603 STF- latrocínio é crime contra o patrimônio e não contra a vida.
A lei pode ampliar a competência constitucional (HC 101542 do STF). Ex: art.78, I do CPP- os crimes que são derivados dos crimes contra a vida são levados ao Tribunal do Júri.
Prerrogativa de foro/ foro privilegiado: Decorre da importância do cargo público. Só existe prerrogativa de foro em matéria criminal. A prerrogativa pode ser criada pela CF ou por Constituição Estadual. 
OBS: Súmula 721 do STF (SV 45): A competência do Tribunal do Júri prevalece sobre a prerrogativa de foro prevista apenas em Constituição Estadual, ou seja, deputado distrital/ estadual será julgado no Tribunal do Júri, pelo fato da hierarquia das normas, pois a CF está acima da CF Estadual.
OBS: A prerrogativa de foro de um dos corréus se estende aos demais. Esta regra não se aplica nos processos do Júri, quando é Júri o processo é desmembrado, separado.
Ação penal 393- se o acusado com prerrogativa de foro renunciar o mandato para fugir da persecução criminal, o STF pode manter a prerrogativa. 
· XXXIX- Princípio da Reserva Legal Penal: só a lei criminaliza condutas no Brasil.
OBS: não cabe MP para direito penal (art.62, §1º, “b”)
OBS: Somente a União legisla em direito penal (art.22, I)
· LXXX- Princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica: Quando é para beneficiar retroage.
Princípio da irretroatividade da lei penal + gravosa: quando a lei for mais gravosa não retroage.
Princípio da ultratividade da lei penal mais benéfica: a norma penal mais benéfica se sobrepõe a lei penal posterior mais gravosa para que o juiz aplique na sentença. Deve se olhar o momento da conduta, e não da sentença.
Súmula 711 STF- A lei penal mais gravosa incide sobre todo o crime continuado ou o crime permanente quando entra em vigor antes de encerrada a sua execução.
A lei processual penal tem aplicação imediata do processo, ainda que mais gravosa para o acusado.
HC 94/560 STF Não cabe ao judiciário fracionar a norma para retroagir a parte mais benéfica. 
· XLII ao XLIV- *********
Todos estes crimes são inafiançáveis
São imprescritíveis (não prescreve): O Brasil não esquece
a- Racismo
b- Ação de Grupos Armados
São insuscetíveis de graça/ anistia: TTTH
	T- tráfico
	T- tortura
	T- terrorismo
	H- hediondos
Racismo- é qualquer discriminação de direitos por motivo de cor, credo, etnia, origem ou descendência Nacional. Ex: Xenofobia- em virtude da nacionalidade, Antissemitismo, Negrofobia. Racismo é discriminação de direito.
Graça- apaga a pena. É feita por ato do presidente da República
Anistia- apaga o fato. Depende de lei do Congresso Nacional.
Indulto- é uma graça coletiva. Pelo Presidente.
Aula 4# 29/01/16#
· Art.5º, XLV: princípio da não transcendência da pena/ princípio da pessoalidade da pena
Os sucessores respondem apenas no campo civil pelo atos do decujos e limitada ao valor da herança. Quem responde pelo crime é quem o praticou ou dele participou.
· XLVI- princípio da individualização da pena: Ver art.59 do CP, a pena deve ser individualizada a cada caso concreto. 
· XLVII- Penas proibidas na CF
a- Pena de morte, salvo guerra declarada (art.58 CPM e seguintes)
b- Pena de Caráter perpétuo (art.75 CP- diz que a pena máxima de privação de liberdade é de 30 anos)
OBS: Para o STF a Medida de Segurança a que se refere o art.97 do CP deve limitar-se ao prazo do art.75 do CP.
A proibição de pena perpétua se aplica no campo administrativo (CESP e Ministério Público Federal- PGR)
c- Banimento- expulsão de brasileiro do Brasil, tanto nato quanto naturalizado.
d- Trabalhos forçados- qualquer que seja o trabalho.
e- Penas cruéis- com violação dos direitos humanos, individuais, da dignidade do ser humano. Ex: pena corpórea= chibatada, apedrejamento. 
· LI e LII
Extradição é a remessa de um indivíduo de um país para o outro para que lá responda pelos delitos (aspectos criminais) que praticou.
Deportação: devolução de imigrante ilegal (não é crime imigrante ilegal), mas reingresso de estrangeiro expulso é crime. 
a- Brasileiro nato: nunca/ jamais será extraditado do Brasil (o Brasil pode requerer a extradição de um brasileiro nato)
Extradição ativa- quando o Brasil pede
Passiva - quando é pedida por outro país.
b- Brasileiro Naturalizado: não pode ser extraditado, exceto:
i- Pela prática de crime comum (aquele que não é político nem de opinião) anterior à naturalização.
ii- Envolvimento comprovado com o tráfico de entorpecente (antes ou depois da naturalização)
c- Estrangeiro: só não será extraditado pela prática de crime político ou de opinião. De regra ele será extraditado.
OBS: A extradição é ato do Presidente da República que depende:
· Autorização prévia do STF (esta autorização não obriga o presidente a extraditar) ex: Cezari Batisti. Mas, se o STF não autorizar não extradita.
· Tratado de Extradição ou promessa de reciprocidade
· Depende da dupla tipicidade= crime nos 2 dois países. Se a pena a ser aplicada for proibida o país solicitante pode assumir o compromisso formal de comutar (substituir) a pena. 
· LIII- Princípio do Juiz Natural: é o que está previamente constituído, o juiz tem que ser imparcial. É vedado o juízo ou tribunal de exceção (art.5º, XXXVII)
· LIV e LV- Ampla defesa/ Do contraditório (Devido Processo Legal): 
Ampla defesa- se defender com todos os meios admitidos em direito
Contraditório- pressupõe a acusação em primeiro lugar sempre, para que a defesa possa contraditar, se refutar. 
É inconstitucional a chamada verdade sabida: para punir é necessário o devido processo legal (são proibidas punições sumárias)
SV nº 3: os tribunais de Contas devem respeitar o contraditório e ampla defesa quando da sua decisão puder acarretar prejuízo ao particular, exceto quando se tratar da apreciação da legalidade da concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão. 
SV nº 5: não viola a CF a falta de defesa técnica de advogado em processo disciplinar. 
SV nº 21: é inconstitucional a exigência de depósito prévio ou arrolamento de bens com condição de admissibilidade de recurso administrativo. Ex: multa de trânsito, recorre primeiro depois paga. 
· LVI- Inadmissibilidade da Prova Ilícita: 
Prova ilícita: é aquela produzida com violação da CF ou normas legais.
A prova ilícita pode ser utilizada pela defesa quando for o único meio possível para se provar a inocência do acusado, pelo princípio da proporcionalidade. 
· Teoria dos frutos da árvore envenenada (“fruits of the poisonous”/ Teoria da ilicitude por derivação)
As provas derivadas de uma prova ilícita ficam contaminadas, exceto quando se tratar de uma prova autônoma de origem independente (seria descoberta de qualquer jeito) art.157 do CPP.
· LVII- Princípio do livre convencimento motivado (art.93, IX)
Princípio da Presunção da Inocência/ princípio da não culpabilidade: este princípio não impede as prisões cautelares (preventiva, temporária). OBS: A inocência vai até o transito em julgado, ou seja, só com o transito em julgado é que ele se torna culpado. 
	Todas as prisões anteriores a sentença condenatória definitiva tem natureza cautelar (pena é só para culpados).
· LVIII- Vedação da identificação criminal do civilmente identificado, norma de eficácia contida (a lei pode excepcionar essa proteção) Lei 12037/09.
· LIX- Ação Penal Privada Subsidiária(substitutiva) da Pública
OBS: Se o MP ficar inerte cabe ação penal privada subsidiária da pública (art.29 do CPP)
· LX- Princípio da Publicidade Processual (art.93, IX da CF)
Excepcionalmente há segredo de justiça, ex: art.155 CPC. 
· LXI- Prisão
As pessoas só podem ser presas em duas situações:
a- Flagrante delito (art.301 e seg. CPP)
b- Por ordem escrita e fundamentada de juiz competente.
OBS: essa regra não se aplica a militares.
Não é possível prisão para averiguações.
· Uso de Algemas (SV.11): o uso de algemas só é lícito quando houver:
a- Risco de fuga
b- Resistência
c- Risco a integridade do preso ou de terceiros
Em qualquer caso deve ser justificado por escrito, sob pena de: 
· Nulidade da prisão ou do ato processual (anula o júri todo)
· Responsabilidade civil, penal e administrativa do agente ou da autoridade coatora.
· Responsabilidade civil do Estado
· LXII – Vedação a incomunicabilidade do preso;
Art. 21 do CPP não foi recepcionado;
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· LXIII- “Permanecer calado”
Direito de não auto incriminação. É conhecido como direito do silêncio ou direito a mentira.
Direito referente aos acusados em geral, em qualquer esfera: Civil, Penal, (U/E/DF/M).
Vale para os acusados que são tidos como testemunhas, ou seja, são acusados disfarçados de testemunha, como na CPI.
“nemo tenetur se detegere”- ninguém é obrigado a se revelar, se incriminar. Art. 306 do CTB;
· LVIII- Tratados Internacionais (Questão de Prova) 
1. Tratado internacional Comum: Tem força de Lei Ordinária.
Primeiro o Presidente Assina (Art. 84, VIII) Congresso Ratifica (art.49, I), por meio de Decreto Legislativo Presidente Promulga (Decreto Presidencial – Art. 84).
2. Tratado Internacional sobre Direitos Humanos: (Pacto de São José Costa Rica- Convenção Interamericana de Direito Humanos)—Tem automaticamente força supralegal (STF. RE 466343). 
“Gilmar Mendes: Tem uma eficácia paralisante das normas que o contrariam”. (REGRA)
3. Tratado Internacional sobre Direito Humanos aprovados pelo Congresso em dois turnos por 3/5 dos votos é Equivalente a EMENDA CONSTICIONAL (EC- 45; art.5º, §3º). Ex: Tratado Internacional de Proteção das Pessoas com Deficiência Física (2008), é o único exemplo concreto.
· LXVII – Vedação à Prisão Civil (Dívida)
Exceto: 
a- Pensão alimentícia: pode ficar até um mês preso, e a prisão se decorre da inadimplência de 3 meses.
b- Depositário Infiel: ex. DL 911/69 Alienação Fiduciária. Está prevista na CF a prisão do depositário Infiel.
Para o STF este dispositivo é uma norma de eficácia contida – a lei pode restringir, conter.
O pacto de São José de Costa Rica (Convenção Interamericana de Direitos Humanos) em seu art. 7º, só permite a prisão Civil por Pensão Alimentícia. TEM FORÇA SUPRALEGAL- ACIMA DAS LEIS). RE 466343.
CF
T.I.D.H- Supralegais
Leis, Decretos
SV 25- é ilícita a prisão civil do depositário infiel em qualquer de suas formas.
666, §3º CPC- VER
Tratado Internacional
Teoria Dualista Mitigada
A internalização de tratados internacionais depende de ato normativo;
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS:
1- Habeas Corpus (CF de 1891- primeira previsão; CPP art.647 e segs)
a- Objeto: protege direito de locomoção violado (HC liberatório/ Repressivo) ou ameaçado (HC preventivo/ salvo Conduto- por abuso de poder ou ilegalidade)
b- Partícipes: 
i- Paciente: quem sofre ameaça/ violação. Só pessoa natural. 
Pessoa Jurídica pratica crime- art.225 CF (mas não cabe HC)
ii- Autoridade coatora/ impetrada: quem pratica a ameaça ou violação. Pode ser autoridade pública ou particular quando por ilegalidade violar o direito de locomoção de alguém. Ex: pessoa que recebe alta em hospital e não pode ser liberado por não ter pago a conta.
iii- Não cabe HC para prisão administrativa militar. Art. 142, § 2º - Mérito. Para discutir a legalidade da prisão pode!
c- Impetrante: Quem ajuíza o HC. Pode ser:
i- Pessoa natural/ jurídica
ii- Pode ser o próprio paciente
iii- Órgãos da União- MP, Defensoria, AGU
iv- Pode ser sem impetrante HC ex officio (feito de ofício pelo juiz).
OBS: não cabe ao Supremo julgar originariamente – mas quando for uma decisão teratológica- quando é uma decisão absurda pode. (S.691);
Obs.: Não cabe HC no STF, mas sim Recurso Ordinário;
2- Habeas Data (CF 1988/ regulado pela Lei 9507/97)
a- Objeto: protege o acesso ou a retificação das informações relativas à pessoa do impetrante (personalíssima) em bancos de dados de caráter público (ex: Receita Federal/ Serasa). 
OBS: Na lei 9507/97 a retificação compreende também a inserção de dados, a complementação de dados.
OBS-2: cabe a falecidos, quando no atestado de óbito atesta que ele morreu de diabetes e na verdade foi tortura, cabe habeas data pelos herdeiros.
OBS-3: É condicionada, só pode ser ajuizado se comprovada a recusa ou omissão do acesso ou retificação de informações. 
Acesso: 10 dias sem resposta
Retificação/ correção: 15 dias sem resposta
OBS-4: Não cabe HD para direito de certidão, ex: certidão negativa/ positiva.
3- Mandado de Segurança (surge na CF de 1934; Lei 12016/09)
a- Objeto: Protege direito líquido e certo, não amparado por HC ou HD, violado ou ameaçado, por abuso de poder ou ilegalidade decorrente de ato de autoridade pública, ou quem atue em seu nome, exemplo (Reitor de Universidade Privada - MEC)
Direito Líquido e Certo- pode ser provado apenas com documentos. Ex: o edital de um concurso que exija 20 dentes. (art.37, I)
OBS: a prova é pré constituída, apenas documental.
	Petição inicial (juntada de documentos- provas pré constituída 
	o juiz pode conceder liminar 
	autoridade coatora presta informações no prazo de 10 dias 
	MP (Parecer) 
	Sentença
Não tem a fase de dilação probatória – não tem produção de provas em MS.
b- Prazo: 120 dias decadencial, a partir da ciência do ato.
S.701 do STF- é possível MS em matéria criminal.
S.610 STF- quem pratica o ato responde o MS, e não quem delegou.
S.271 e 269 do STF- O MS não substitui ação de cobrança
Art.7º, §2º da lei 12016- assuntos que não podem ter em MS.
S.624 STF: NÃO COMPETE AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CONHECER ORIGINARIAMENTE DE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATOS DE OUTROS TRIBUNAIS. Tem que ser no próprio tribunal que violou o direito líquido e certo.
Denegado o MS, cabe um RO na instância superior;
S.266 STF- não cabe MS contra lei em tese. Cabe controle de constitucionalidade em MS, mas de maneira incidental.
· MS Coletivo (surge na CF/88)
É ajuizado por:
a- Partido Político (só interesse do seu programa partidário, ou de seus filiados) com representação no Congresso Nacional
b- Entidade de Classes (CREA, CRO) organização sindical ou “associação constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano”.
Art.5º, XXI - a exigência de autorização expressa não se aplica ao MS coletivo.
4- Mandado de Injunção (surge na CF/88):
Decorre da falta de norma regulamentadora. Assegura o exercício de direito previsto na CF, mas que depende de norma regulamentadora. Normas de eficácia limitada.
Ex: art.37, VII da CF – greve do servidor público só pode entrar se tiver lei específica. 
O STF usa analogia- lei 7783/79 (greve do setor privado).
Ação popular (surge na CF/34, Lei 4717/65)
Serve para anular ato lesivo ao (PPPMM)
a- Patrimônio Público
b- Patrimônio Histórico
c- Patrimônio Cultural
d- Moralidade
e- Meio Ambiente
Só pode ser ajuizado por cidadão (está em dia com suas obrigações eleitorais) Só cidadão pessoa jurídica não.
AP- De regra é gratuita, mas se for condenado por litigância de má fé- tem que pagar os ônus sucumbenciais. 
	Existe uma ordem de tramitação, sendo que o HC é prioritário. E em seguida o HD, assim por diante.
 
HC e HD são gratuitos
Só o HC que não precisa de advogado
PARÁGRAFOS DO ART. 5º
· §1º: Normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais: tem aplicação imediata. Ex: Mandado de Injunção (Lei 12016/09)
· §2º: Princípio da não taxatividade: direitos individuais não estão restritos ao art. 5º. Ex.: art. 150, IV, CF (Entendimento do STF); art. 228 da CF: para o CESPE/para o PT é cláusula pétrea, para EduardoCunha não é; art.68 ADCT (quilombolas).
· §3º: Tratados internacionais.
> Tratado internacional: tem força de lei ordinária;
> Tratado internacional sobre Direitos Humanos: tem força supralegal. Ex.: Pacto São José da Costa Rica;
> Tratado internacional sobre Direitos Humanos aprovados pelo quórum (3/5 nas duas casas em 2 turnos) do art. 5º, §3º, da CF: tem força de emenda constitucional. Ex: proteção às pessoas com deficiência física.
· §4º: TPI (Tribunal Penal Internacional) – única Corte Internacional que julga pessoas. O Brasil aderiu à sua criação, julga pessoas pelos crimes:
a- Genocídio
b- Crime contra a humanidade
c- Agressão
d- Crimes de guerra
Não é ato de extradição, e sim de entrega, podendo até um brasileiro nato ser levado ao TPI.
OBS: não se aplica o art.5º LI e LII. 
Direitos Sociais: ler art.6º ao 11º.
Ter cuidado com art.8º- Sindical.
LXXVIII – EC 45/04;
NACIONALIDADE (art.12)
1. Nacionalidade nata/ originária:
a) Jus Solis:
b) Jus sanguinis:
c) Misto: é adotado pelo Brasil
1.2. Critérios da Nacionalidade nata na CF (art. 12, I):
a) Jus solis: nascidos no território do país, ainda que de pais estrangeiros. Exceção: critério funcional, ou seja, está no Brasil a serviço do país de origem.
b) Jus Sanguinis + critério funcional: nascido fora do país, mas um dos pais é brasileiro e está a serviço oficial do Brasil. 
c) Jus sanguinis (potestativa): nasceu no exterior, mas filho de pai ou mãe brasileiro. Opções:
- Faz o registro na repartição consular competente;
- Venha residir no Brasil e opte, após atingida a maioridade, a qualquer tempo, reconhecer a nacionalidade brasileira. Feito perante um juiz federal
O apátrida e o heimatlo: viola o art.5º DUDH (Declaração Universal dos Direitos Humanos)
2. Nacionalidade nata derivada/ adquirida /por naturalização: art.12
a) Ordinária: 
- Estrangeiro comum: na forma dos artigos 112 e seguintes da lei 6.815/80 e da Lei 818/49. Via Executivo;
- Estrangeiro de país de língua portuguesa: (II) idoneidade moral e um ano de residência ininterrupto.
b) Extraordinária (quinzenária):
- Estrangeiro especial: 15 anos de residência ininterrupta sem condenação penal. É um ato vinculado do Ministério da Justiça conceder a nacionalidade. 
OBS:O brasil não criminaliza estrangeiro ilegal. 
3. Português equiparado a naturalizado: o português com residência permanente no Brasil, se houver reciprocidade em favor dos brasileiros, será equiparado a brasileiro naturalizado. Ex: dentistas. OBS: O português equiparado pode exercer direitos políticos com residência mínima de 4 anos, mas tem que renunciar aos direitos políticos em portugal.
 
4. Diferenças entre nato e naturalizado: somente a CF pode diferenciar nato de naturalizado (e brasileiro de estrangeiros).
4.1 Extradição (art. 5º, LI e LII): 
- Nato: nunca será extraditado;
- Naturalizado: pode ser extraditado por crime ocorrido antes da naturalização ou por envolvimento com o tráfico de drogas ocorrido antes ou depois.
4.2 Cargos privativos de nato: (art.12,§ 3º)
- Presidente da República;
- Vice Presidente da República;
- Presidente da Câmara;
- Presidente do Senado;
- Ministros do STF (o presidente do CNJ é o presidente do STF; o presidente do TSE é ministro do STF);
- Oficial das Forças Armadas: de acordo com STF, esta regra não vale para a PM e para o bombeiro. Porém, na LODF, só é possível ser oficial da PM brasileiro nato;
- Membro de carreira diplomática;
- Ministro de Estado da Defesa;
- No Conselho da República (art. 89, VII, da CF). 6 cidadãos natos
4.3 Observações: 
- Estrangeiro só pode ocupar cargo público na forma da lei (art. 37, I e 207, §1º, ambos da CF).
- Para ser proprietário de empresa de jornalismo de rádio ou difusão de sons e imagens, tem que ser brasileiro nato ou naturalizado, no mínimo, há 10 anos (art. 222 da CF).
5. Perda da nacionalidade (art. 12, § 4º):
5.1. Naturalizado: perderá a sua nacionalidade, mediante sentença judicial (juiz federal), pela prática de atos nocivos aos interesses nacionais (ação de cancelamento de naturalização da persona non grata). 
- A perda só é reversível por ação rescisória.
- A aquisição se dá pela via administrativa (MJ); a perda, por sentença judicial.
5.2 Nato: 
- Perderá quando, voluntariamente, adquirir outra nacionalidade (Perda/ Mudança);
- A perda do Nato é reversível, volta a ser Nato (a doutrina de direito internacional, seria naturalizado);
. 
Não perde: 
a- Pelo reconhecimento de outra nacionalidade originária.
b- Quando a aquisição de outra nacionalidade for condição para permanência ou exercício de direitos civis no exterior. Ex: emprego, casamento.
_______________________________________________________________
AULA 5 
DIREITOS POLÍTICOS (art. 14 a 17)
1. Cidadania: capacidade de uso e gozo dos direitos políticos. Falou em cidadania em título de eleitor. É a aptidão do indivíduo em exercer direitos políticos.
2. Sufrágio, voto e escrutínio.
2.1 Sufrágio: é o direito de votar. O sufrágio é universal.
2.2 Voto: é a materialização do direito, o ato. É secreto e periódico (de tempo em tempo). Em regra, direto (sem intermediários) e obrigatório.
a) Voto direto: em regra, é sem intermediários. Porém, há uma exceção (mandato-tampão decorrente da vacância do cargo de presidente e vice- art.81,§1º):
- Nos 2 primeiros anos: caso haja vacância tanto do cargo de Presidente da República quanto o Vice, haverá uma nova eleição, dentro de 90 dias. É direta, o povo elege.
- Nos 2 últimos anos: caso haja vacância tanto do cargo de Presidente da República quanto o Vice, haverá uma votação no Congresso Nacional, dentro de 30 dias, para a escolha do novo Presidente da República e do novo Vice. É um voto indireto, pelo Congresso Nacional.
Esses votos são de repetição obrigatória pra U/E/DF/M
b) Voto obrigatório: 
- Obrigatório: entre 18 e 70 anos.
- É facultativo:
> Maiores de 16 anos e menores de 18 anos;
> Analfabeto;
> Maiores de 70 anos.
- Proibidos: 
> Estrangeiro;
> Inalistáveis
> Os conscritos no serviço militar obrigatório- o que está no serviço militar obrigatório.
* Observações
- Cláusula pétrea: voto direto, secreto, universal e periódico.
- Obs.: o voto obrigatório não é cláusula pétrea.
2.3 Escrutínio: é a forma de exercício de voto. Ex.: voto secreto e eletrônico.
- No Art. 66, §4º: não há escrutínio secreto na votação do Congresso Nacional sob o veto presidencial. 
Aula 7# 29/05/15#
3. Condições para ser eleito (elegibilidade)- art.14, §3º:
a) Nacionalidade Brasileira:
- Nato ou brasileiro. Exceção: os cargos privativos de nato.
b) Pleno exercício dos direitos políticos: 
- Não pode estar com tais direitos suspensos ou sob perda. Todo eleito está cidadão (Não se enquadra no art.15)
c) Alistamento eleitoral: 
- Todo eleito é eleitor.
d) Filiação partidária:
- Não é possível candidatura avulsa, tem que se filiar a um partido (1 ano antes do pleito). Exceção: militares no serviço ativo (art. 142, §3º, V, da CF)
- Prazo: pelo menos um ano da data de eleição (Lei 9.504/97).
e) Domicílio eleitoral na circunscrição:
- Prazo: pelo menos um ano antes da eleição.
- O conceito de domicílio eleitoral é mais amplo do que o domicílio civil, pois basta qualquer vínculo familiar, profissional, comunitário.
f) Idade mínima (na data da posse):
- Presidente da República, Vice e Senador: 35 anos;
- Governador e Vice: 30 anos;
- Deputado e outros: 21 anos; ex: juiz de paz, ministro de Estado. Art.87 da CF
- Vereador: 18 anos.
O art.12 da lei 9504/97, diz que essa data é exigida na posse.
4. Inelegibilidade
4.1. Inelegibilidade Absoluta: para qualquer cargo. São os analfabetos e inalistáveis (estrangeiro e conscrito). Mas, o analfabeto pode votar, porém é inelegível. O estrangeiro e o conscrito não votam e são inelegíveis.
4.2. Inelegibilidade relativas (para alguns cargos)
a- Reeleição: Chefe do Executivo só pode disputar mandato consecutivo uma única vez. Não é necessária a renúncia.
Chefe do Executivo- Presidente, governadores e prefeitos. É quem gasta o direito público
b- Eleição para outro cargo: Chefe do Executivo só podedisputar outro cargo se renunciar até 6 meses antes do pleito. (Desincompatibilização). Quem foi titular por duas vezes, não pode ser vice, mas quem foi vice, pode ser vice sempre, LEMBRAR DO VASCO.
c- Inelegibilidade Extraordinária/ Reflexa: Se o chefe do Executivo não renunciar até 6 meses antes do pleito ele torna seu cônjuge/ companheiro e parentes até segundo grau inelegíveis naquela circunscrição, exceto se já ocupante de mandato eletivo e candidato a reeleição. 
	Presidente da República
	Inelegibilidade Reflexa
	U/E/DF/M
	Governador
	Inelegibilidade Reflexa
	E/M
	Prefeito 
	Inelegibilidade Reflexa
	M
Cônjuge/ companheiro parentes até 2º grau diferente de Nepotismo SV. 13 (parente até 3º grau)
SV 18- A dissolução da sociedade conjugal no curso do mandato não afasta a inelegibilidade reflexa
d- Inelegibilidade de Militares: (art.14, § 8º)
e- Outras inelegibilidades relativas: (art.14, §9º) lei complementar poderá criar outras inelegibilidades relativas.
Inelegibilidade absoluta só a CF pode criar. Ex: LC 64/90 foi alterada pela LC 135/2010 Lei da Ficha Limpa.
OBS: Membro do MP e da magistratura não podem exercer atividade político partidária (art.95, § único da CF)
EC 45/04- chico leite já era deputado antes da proibição
5. Perda e suspensão de Direitos Políticos
No Brasil não há cassação de direitos políticos, o certo é falar cassação do mandato, podendo ter a perda e suspensão do mandato.
a- Perda da naturalização: (art.12, §4º) PERDA
b- Incapacidade Civil absoluta (art.3º do CC)- fica suspenso os direitos políticos, ex: pessoa em coma. SUSPENSÃO
c- Condenação criminal definitiva- transitada em julgado. SUSPENSÃO.
d- Escusa de consciência (art.5º VIII) SUSPENSÃO (ART.438 CPP), na doutrina é PERDA (José Afonso da Silva).
e- Improbidade Administrativa (art.37, §4º) regulamentado pela lei 8429/92. A improbidade não tem caráter penal, ou seja, não é crime. SUSPENSÃO. De 3 a 5 anos; de 5 a 8 anos, de 8 a 10 anos.
O ressarcimento ao erário é imprescritível (art.37, §5º)
	Apuração penal
	ADM
	Civil
	Improbidade
	Pena/ crime
PRESCREVE
	PAD. Punição Disciplinar
PRESCREVE
	Ressarcimento ao Erário (IMPRESCRTÍVEL) art.37, §5º
	Art.37, § 4º 
PRESCREVE
6. Princípio da Anualidade da Lei Eleitoral
A lei que alterar o processo eleitoral: 
a- Tem vigência imediata: entra em vigor na data da publicação.
b- Na sua eficácia fica suspensa um ano. Ex: LC 135/10
7. Partidos Políticos (art.17)
a- É de direito privado- após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil deve registrar seu estatuto no TSE. Tem que ser registrado no TSE. O registro no TSE não é condição para adquirir a personalidade jurídica
b- Deve prestar contas à Justiça Eleitoral: 
c- É vedado o recebimento de recursos de governo ou entidade estrangeira. OBS: partido político é sempre de caráter nacional
d- A CF garante autonomia para formar coligações nos âmbitos Federal/ Estadual/ Municipal. 
OBS: Não há verticalização partidária.
OBS: O mandato é do partido (o sistema proporcional). O infiel que troca de legenda só permanece no cargo se comprovar justa causa perante a justiça eleitoral.
Justa causa é:
a- Fusão ou incorporação de partido
b- Criação de novo partido
c- Grave perseguição política pessoal interna
d- Significativa mudança programática partidária
Organização do Estado (art.18 ao 25 da CF)
1. Federação no Brasil: A federação pressupõe descentralização política (legislativos) e administrativa (autogoverno).
· São entes federados: U/E/DF/M – São todos autônomos, não há hierarquia entre eles.
· A federação no Brasil decorre de um processo de desagregação (Federação centrífuga)
· A Federação é cláusula pétrea, art.60, §4º
2. Estados:
26 Estados e o DF
· A extinção do Estado depende de Lei Complementar Federal
· Precisa de um plebiscito com a população interessada
3. Municípios 
5.588 municípios.
Criação/ fusão/ extinção/ incorporação
a- Lei Estadual 
b- Editada em um prazo fixado por lei complementar federal (ainda não editada)
c- Plebiscito com a população interessada
d- Estudo de viabilidade Municipal
4. Distrito Federal (art.32)
Tem competência de Estado e de Município.
É vedada sua divisão em Município
Para lei de Responsabilidade Fiscal o DF equipara-se a Estados.
5. Território
Não existe mais território.
Tem natureza autárquica- Não é ente federado
A criação depende de Lei Complementar
6. Vedações aos Entes Federados
· Estabelecer culto religioso ou subvencionar o funcionamento. É possível colaboração para o interesse público, são as parcerias, mas não pode financiar uma igreja.
· É proibido recusar fé a documento público
· Estabelecer distinção entre brasileiros (Princípio da isonomia federativa). O art.3º da lei 8666/93.
Aula 08# 01/06/15#
Competências na CF (art.21 ao 24 CF)
1º Grupo: UNIÃO (Art. 21 e 22);São interesses gerais relacionados à soberania 
I- Competência Administrativa (Material) Exclusiva (indelegável) da União (art.21)
· Inciso I ao V- trata sobre a soberania
· VI- material bélico e armas (PF/ Exercito)
· VII e VIII- Emissão de moeda/ Reservas cambiais- BACEN que emite a moeda. 
OBS: a falsificação de dinheiro é crime federal, mas se for uma falsificação grosseira é estelionato.
· X- Serviço Postal- Monopólio da União- ECT Empresa Pública
Se for uma Empresa Pública que presta serviço público tem imunidade recíproca de bens, rendas e serviços, sendo comparado a uma Autarquia.
· XI- Telecomunicações- (ANATEL que fiscaliza)
· XII- Questões Estratégicas
a- Radiodifusão de sons e imagens
b- Energia elétrica
c- Transporte
d- Portos/ aeroportos
· XIII- Poder Judiciário 
a- DF: MPDFT
b- Territórios:
i- MP
ii- Poder Judiciário
iii- Defensoria Pública
OBS: Defensoria Pública pode ser da União, do DF e dos Estados.
O servidor do TJDFT é servidor da União, até porque, é mantido pela União.
· XIV- Polícia Civil, PM e CBM do DF são organizados e mantidos pela União. 
· XV- IBGE
· XVI- Classificação Indicativa, obs: não é censura, pois ela é proibida. Quem faz a classificação indicativa é o Ministério da Justiça.
· XVII- Anistia: (apaga o fato) Quem concede é a União (feita pelo Congresso Nacional)
OBS: A graça/ indulto (apaga a pena) concedida por meio de ato do presidente. De competência também da União.
OBS: O Estado pode anular os seus atos, mas não pode anistiar.
· XXIII- Material Nuclear
· XXIV- Fiscalização do Trabalho: O auditor do Trabalho é um servidor Federal do MTE
· XXV- Definição de área de garimpagem 
Art.22- Competência Privativa Legislativa da União
Ela pode ser delegável desde que obedeça as formas do art.22, § único
· Delegável:
a- Aos Estados (Quem)
b- Via Lei Complementar (Como)
c- Questões Específicas (O que)
INCISOS
· I- Direito Penal, D. Civil, D. Processual (CPC; CPP) Direito Comercial (Empresarial); Eleitoral (Lei 9507/97- Lei das Eleições); Marítimo, Agrário, Aeroespacial. 
OBS: D.Civil- Contrato de mensalidade escolar direito contratual envolve Direito Civil- União
OBS: A cobrança de estacionamento em área privada envolve direito de propriedade (direito civil). 
Sobre o serviço bancário de qualquer assunto, só a União pode legislar.
· II- Desapropriação (U/E/DF/M)- podem desapropriar, mas só a União Legisla). OBS: Essa desapropriação não é concorrente, somente a União pode legislar.
· IV- águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão.
· XI- Transito e Transporte. 
Ex: CTB. Tem Estado que proíbe o uso de capacete, isso é ilegal, pois quem legisla sobre tal matéria é a União.
· XVI- Condições para o exercício das profissões:
Ex: Lei 8906/94, o art.5º XIII CF. É livre o exercício das profissões, mas somente a união pode restringir o exercício.
· XX- Consórcio e Sorteio:
Ex: loterias
SV nº 2: Bingo- só a União legisla.
· XXIII- Seguridade Social (INSS- maior autarquia federal)
· XXIX- Propaganda Comercial
2º GRUPO- GRUPO DE TODOS- ASSUNTOS QUE INTERSSAM A TODOS (U/E/DF/M) Art.23 e 24
· Art.23 Competência Administrativa (Material) Comum- (U/E/DF/M)
· I- Zelar pela CF
· II- Cuidar da Saúde
· V- Acesso a cultura/ educação
· VI- protegero meio ambiente
· VII- proteger a fauna e a flora
· VIII- Abastecimento alimentar
· IX- Moradia/ Saneamento básico
· X- Combater as causas da pobreza
· XI- fiscalizar exploração de recursos hídricos e minerais (OBS: A União que define área de garimpagem)
· XII- política de educação para segurança do trânsito. Mas legislar sobre o trânsito só a União.
· Art.24 Competência legislativa Concorrente (U/E e DF) – Município não concorre.
T A P E F:
a- Tributário
b- Administrativo
c- Penitenciário
d- Econômico
e- Financeiro
· V- Produção e consumo (diferente de D.Civil)
· VIII- Responsabilidade Civil por dano ao meio ambiente ( diferente de direito civil)
· XI- Procedimento em matéria processual. Ex: distribuição de ação (diferente de Direito Processual- União CPP e CPC)
· XII- Seguridade Social (INSS) União
S A P
a- Saúde
b- Assistência		Concorrente U/E e DF
c- Previdência Social
· Assistência Jurídica e Defensoria Pública
OBS: Na competência legislativa concorrente a União legisla sobre normas gerais e os Estados complementam. Enquanto a União não legisla, o Estado tem competência legislativa plena (pode sair legislando sobre tudo), mas se a União legislar depois a norma estadual terá sua eficácia suspensa naquilo que for contrário (art.24, §4º) Eficácia Suspensa (Não é revogação). 
Se a União já legislou, cabe ao Estado apenas complementar.
DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA CF
· União- Taxativa
· Estados- Residual (art.25, §1º)
· Municípios- Taxativas (art.30)
· DF- Taxativa e Residual, por fazer papel de Município e Estado.
OBS: A matéria tributária é de competência taxativa, menos a União que é residual (art.154, I – feita por meio de Lei Complementar)
INTERVENÇÃO FEDERAL- ART.34 a 36
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA- ART.37
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES:
1. Poder Legislativo (art.45 ao 75)
I- Conceitos:
a- Legislatura: 4 anos
b- Sessão legislativa: é o ano legislativo (art.57)
Vai de 02/02 a 17/07 recesso parlamentar 01/08 a 22/12.
OBS: em primeiro de fevereiro do início de cada legislatura, há uma sessão preparatória (prepara o início da legislatura)
OBS: Durante o recesso pode haver convocação extraordinária. Porém, não haverá o pagamento de qualquer parcela indenizatória adicional.
Na convocação extraordinária só será objeto de deliberação a matéria da convocação, exceto Medida Provisória (entra automaticamente na pauta).
	Art.57:
§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação.212
§ 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do
Congresso Nacional, serão elas automaticamente Acrescentadas na pauta da convocação.
OBS: No recesso funciona no Congresso uma comissão representativa (art.58, §4º) representa o Congresso durante o recesso. 
II- Congresso Nacional
a- Presidente: é o Presidente do Senado
b- Órgão de direção: Mesa Diretora (Mandato de 2 anos, vedada a recondução para o mesmo cargo no mandato subsequente).
c- Comissões parlamentares: são de dois tipos.
· Permanentes: ex: CCJ, Comissão de Orçamento, Comissão Meio Ambiente.
· Temporárias: ex: CPI- Comissão Parlamentar de Inquérito.
III- Comissões Parlamentares de Inquérito (art.58, §3º da CF)
a- Criação: precisa de requerimento de 1/3 da Câmara ou do Senado. Pode ser uma CPMI- Mista 1/3 Câmara e 1/3 Senado.
b- Objeto: serve para apurar fato determinado, pode ser mais de um fato, mas tem que ser preciso, determinado.
A CPI pode apurar novos fatos descobertos nas investigações, desde que conexos com aquele inicial.
c- Prazo: deve ser determinado. É possível prorrogações. Mas, para o STF não pode ultrapassar a legislatura.
d- Poderes da CPI: São poderes de investigação próprio das autoridades judiciais. (Como se fosse um juiz apurando um fato). MAS NÃO PODE INVADIR AS CLÁUSULAS DE RESERVA JURISDICIONAL- SITUAÇÕES EM QUE A CF EXIGE JUIZ.
EX: CPI NÃO PODE:
I- Quebrar a inviolabilidade domiciliar- art.5º XI
II- Determinar interceptação telefônica/ monitoramento das ligações- art.5º, XII- Lei 9296/96 Só juiz
III- Determinar prisões cautelares (Prisão preventiva/ temporária)- Art.5º, LXI.
IV- Determinar bloqueio de ativos de bens dos investigados
V- Proibir ou restringir atuação de advogado.
CPI PODE:
I- Efetuar prisão em flagrante
II- Quebrar sigilo fiscal, bancário e de dados (inclusive de registros telefônicos)
III- Determinar Condução coercitiva de pessoas/ testemunhas para depor. Toda pessoa convocada na CPI tem que ir, mas se for convidada não precisa.
e- Conclusões: é elaborado um relatório conclusivo encaminhado ao MP competente. Não vincula o MP, esse pode denunciar fatos anteriores a CPI.
Aula 09# 21/06/15#
1. Teoria Geral Constitucional
Poder constituinte originário- Estudar.../ Organização das CF/ Recepção
2. Direitos e garantias Individuais
Princípio da não taxatividade, os direitos e garantias individuais não estão expressos somente no artigo 5º da CF, estão espalhados na CF e nos tratados internacionais.
3. Nacionalidade
O único Ministro que é brasileiro nato é o da Defesa.
4. Direitos Políticos (art.14 a 17)
5. Organização do Estado 
São as competências
· 1º Grupo: Art.21 e art.22.
· 2º Grupo: Art.23 e 24.
6. Organização dos Poderes
6.1. Conceito- art.57
6.2. Congresso- o presidente é o presidente do Senado.
· CPI (art.58, §3º)
OBS: Ler as leis 9784/99; 8429/92 (improbidade)
6.3. Câmara e Senado
CÂMARA E SENADO
	DIFERENÇA
	CÂMARA 
	SENADO
	Representação
	Povo- 
Conjunto de cidadãos
A defensoria defende o povo
	Estados e DF
Quem Defende o Estado é a procuradoria
	Composição 
	· LC: 513 Deputados
Mínimo e Máximo para Estados/ DF
· 8 a 70 Deputados
· Se houver Território- 4 Deputados (LC)
	3 Senadores para cada Estado. Cada Senador é eleito com 2 Suplentes.
	Sistema Eletivo
	Proporcional- ao coeficiente eleitoral
	Majoritário Simples- (o mais votado é eleito)
	Mandato
	4 anos/ 1 legislatura
	8 anos/ 2 legislaturas
A eleição é a cada 4 anos- (elege 1/3 e depois 2/3)
	Competência
	Art.51
	Art.52
OBS: A sabatina para escolha de determinados cargos são feitas no Senado.
IMUNIDADES PARLAMENTARES
1. Imunidade Material: os parlamentares são invioláveis por quaisquer de suas palavras, votos e opiniões (civil e penalmente). Alguns doutrinadores chamam de Inviolabilidade. Só existe quando o parlamentar está no exercício da atividade parlamentar, pode ser dentro ou fora do Congresso. A imunidade Surge com a posse.
2. Imunidade Formal
2.1. Prisão: Parlamentar só pode ser preso em flagrante delito por crime inafiançável. Não cabe prisão preventiva para parlamentar. Mas cabe PA para Parlamentar. Surge com a diplomação (como se fosse uma homologação de um concurso). Ele responde por seus atos, só não responde por opiniões no exercício da atividade parlamentar. A Casa Parlamentar que decidirá sobre a manutenção do flagrante.
2.2. Processual: A partir da diplomação parlamentar tem prerrogativa de foro criminal no STF. O STF não precisa de autorização da casa para processar parlamentar, todavia recebida a denúncia a casa será oficiada poderá determinar ao STF a sustação do processo (art.53 CF). Esta comunicação a Casa só ocorre para crime cometido após a diplomação. 
2.3. Outras imunidades
· Art.53, §6º: Parlamentar tem sigilo de fonte.
· Art.53, §7º: Parlamentar só é incorporado as Forças Armadas se a Casa autorizar. Para evitar qualquer tipo de pressão das Forças armadas sobre os parlamentares.
· Art.53, §8º: Dentro do Congresso as Imunidades jamais serão suspensas. Fora do Congresso as imunidades só podem ser suspensas no caso do Estado de Sítio (art.137) e se a Casa autorizar.
OBS: Parlamentar licenciado só continua com a prerrogativa de foro.
OBS: O Mandato é do partido (o infiel que troca de partido sem justa causa deixa o mandato com o partido). Esta regra não se aplica no sistema majoritário, ou seja, o mandato é do titular.
PROCESSO LEGISLATIVO (art.59 a 69)
I- Lei Ordinária (Regra- ex: 37, VII) e Lei Complementar(Só exigível nos casos expressos- Exceção- ex: 146, III) Art.61, 64, 66.
Iniciativa Projeto de lei Deliberação Sanção/ Veto Promulgação publicação 
1. Iniciativa - Projeto de Lei (art.64)
1.1. Parlamentar:
a. Deputado
b. Senador
c. Comissões Parlamentares
OBS: a iniciativa vai depender de quem irá presentar para saber qual Casa.
1.2. Extraparlamentares
a. Presidente da República (art.61, §1º)
b. STF ou Tribunais Superiores (ex: art.96, 93)
c. PGR
d. Povo (61, §2º)
OBS: Toda iniciativa (projeto de lei) extraparlamentar inicia-se na Câmara 
Iniciativa do presidente- Exclusiva:
a. Assunto das Forças Armadas
b. Criação/ Extinção de Órgãos (art.38) / Entidades da Adm Pública (art.37, XXI).
c. Servidores Públicos- Regime/ Remuneração (8112/90)
d. Matéria Orçamentária PPA, LDO, LOA (art.165)
2. Deliberação:
Todo projeto precisa passar nas 2 Casas
2.1. Situações possíveis
	
	Casa iniciadora
	Casa Revisora
	
	1. 
	Aprovado
	Aprovado
	Sanção/ Veto
	2. 
	Rejeitada
	____________
	Arquivada 
	3. 
	Aprovado
	Rejeitada
	Arquivada
	4. 
	Aprovada
	Aprovada com emenda 
	Retorna à Casa iniciadora 
2.2. Diferença da Lei Ordinária/ Lei Complementar
	· L.O Maioria (+ ½) dos presentes- Relativa (depende)- A FGV chama de Maioria Simples
· L.C Maioria (+ ½) dos membros da Casa- Absoluta 
OBS: em qualquer caso é necessário um quórum mínimo correspondente à maioria absoluta (art.47). 
2.3. Conflito entre LO e LC
	· LO não pode tratar de assunto reservado a LC. Ex: LO não pode revogar o CTN.
· LC pode tratar de assunto de LO. Ex: LC criminaliza uma conduta (art.5º, XXXIX)
OBS: uma lei formalmente complementar e materialmente ordinária pode ser revogada por uma lei ordinária. 
3. Sanção/ Veto (Art.66)
3.1. Sanção 
· É a concordância do Chefe do Executivo com Projeto de Lei
· Prazo: 15 dias úteis
· Tipos de Sanção: 
a. Pode ser tácita (silêncio, nada fala)/ Expressa
OBS: sanção presidencial não convalida vício de iniciativa. Bem como vício de Inconstitucionalidade nunca se convalida. 
3.2. Veto:
· É a discordância do Chefe do Executivo com o Projeto de Lei.
· Prazo: 15 dias
· O veto é sempre expresso.
· Tipos de veto
a. Quanto aos motivos:
· Veto Jurídico: por razões de inconstitucionalidade
· Veto Político: por razões de interesse público
b. Quanto a Extensão
O veto pode ser:
· Total
· Parcial: não pode incidir em palavras soltas, só pode incidir sobre texto integral de artigo, parágrafo, inciso e alínea. 
OBS: o veto é sempre supressivo.
OBS: o veto é relativo, pode ser derrubado pelo Congresso.
Art.66, §4º- § 4º - O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto.
4. Promulgação: é um atesto de que a ordem jurídica será inovada. Compete ao Presidente da República promulgar as leis:
· Prazo: 48 horas
· Atenção !!!! No Caso de Sanção tácita ou veto derrubado. Se o presidente não promulgar em 48 horas:
a. Vai para o presidente do Senado (48h)
b. Vice Presidente do Senado (48h)
5. Publicação da Lei
Feita pelo Presidente da República
EMENDA CONSTITUCIONAL- ART.60
	Iniciativa
PEC- Proposta de Emenda a Constituição
	Deliberação
	Promulgação 
1. Iniciativa da PC
a. Legitimados
· Presidente da República
· 1/3 da Câmara ou 1/3 do Senado
· + da ½ das Assembleias Legislativas, cada uma com a maioria relativa.
	MACETE
Maioria qualificada na CF (1/3; 2/3; 3/5)
a. 1/3- proposta CPI/ PEC
b. 3/5- Aprovar a EC 2x.
c. 2/3? Tudo que não souber. 
OBS: Em PEC não aplica o 61, §1º
2. Deliberação
Para ser aprovado, a PEC, precisa de 3/5 de cada Casa, em 2 turnos de votação.
	Casa Iniciadora
	Casa revisora
	3/5
	3/5
	3/5
	3/5
3/5= 60%
OBS: Em PEC não existe sanção ou veto presidencial.
3. Promulgação
É feita pela Mesa da Câmara e Mesa do Senado
MEDIDA PROVISÓRIA (ART.62)- ver o §1º.
1. Competência: Presidente da República (Governador também pode se a CF/ Estadual permitir). 
2. Requisitos/ Pressupostos: Relevância e Urgência (Discricionariedade). 
OBS: Excepcionalmente o judiciário pode reavaliar (manifesta ausência de relevância e urgência)
3. Prazo: 60 dias prorrogável uma única vez por igual período (prorrogação automática)= 60 + 60.
OBS: este prazo fica suspenso no recesso.
4. Situações Possíveis
a. A MP é aprovada nas duas casas (1º na Câmara). A MP é convertida em Lei Ordinária.
b. A MP é rejeitada na Câmara ou no Senado: perde a eficácia, desde a edição (Ex tunc)
c. A MP não é apreciada no seu prazo (60 + 60): Rejeição Tácita. Perde a eficácia desde sua edição (ex tunc)
d. A MP é convertida em Projeto de Lei: A MP continua em vigor até que o projeto seja sancionado ou vetado. (art.62, § 12)
5. Perda da eficácia da MP
A perda é ex tunc (desde a edição). O Congresso Nacional no prazo de 60 dias editará em decreto legislativo para regular as relações jurídicas ocorridas. Se o decreto não for editado as relações permanecem válidas . 
6. Regime de Urgência da MP
Passado os 45 dias, sem que a MP tenha sido apreciada: ela entra em regime de urgência, ou seja, passa a trancar a pauta na Casa em que estiver tramitando. 
Ou seja, o presidente da República em seus projetos pode pedir urgência 100 dias de tramitação, 45 dias em uma casa, 45 dias em outra, se uma aprovar voltará para outra, no prazo de 10 dias para ser analisado. Ver art.62. §6º. Ver artigo 64, §1º e 2º.
7. Vedações a Medida Provisória
Não cabe medida provisória (art.62, §1º):
a. Direito penal- processual (civil e penal)
b. Nacionalidade/ Direitos Políticos/ Cidadania 
c. Matéria reservada à LC
d. Garantias da Magistratura e Ministério Público.
e. Sobre matéria de sanção ou veto (15 dias)
f. Não cabe sequestro de ativos ou poupança popular.
g. Matéria orçamentária
OBS: exceto crédito extraordinário, ex: despesa urgente.
OBS: CABE MP PARA INSTITUIR OU MAJORAR IMPOSTO, MAS O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE (150, III, “C”) SÓ CONTA A PARTIR DA CONVERÇÃO EM LEI.
MP e EC: Não podem ser reapresentadas na mesma sessão legislativa (art.57) em que tiverem sido rejeitadas. Projeto de lei pode, desde que, proposta pela maioria absoluta de quaisquer das Casas (art.67). 
Aula 10# 27/06/15#
1. Lei Delegada (art.68 CF)
Quando o presidente da República solicita ao Congresso Nacional a delegação para editar uma lei (iniciativa solicitadora).
O Congresso delega por resolução e pode condicionar o retorno da lei para análise (delegação imprópria). No retorno, não pode ter emenda. Só vai aprovar ou não. 
2. Decretos 
a. Decreto Lei: não existe mais. O CP é um Decreto Lei, porém ele foi recepcionada.
b. Decreto Regulamentar: norma secundária editada pelo Presidente, para regulamentar a aplicação das leis (art.84, IV)
c. Decreto Legislativo: é norma primária editada pelo Congresso no exercício das suas competências exclusivas (art.49)
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;- Decreto Legislativo
d. Decreto Autônomo: é norma primária editada pelo Presidente para criar direitos e obrigações a partir da própria Constituição. Ex: art.5º, II da CF. art.84, VI; Decretar Estado de Sítio ou de Defesa, Intervenção Federal.
PODER EXECUTIVO (art.76 a 91)
1. Teoria Geral do Estado
a. Formas de Estado: 
· Federado (descentralização política- vários legislativos- U, E, DF, M); É clausula pétra (art.60, §4º)
· Unitário 
b. Regime de Governo: a forma como o povo interfere no governo
· Democracia
· Ditadura
c. Formas de Governo:
· República (mandato transitório)
· Monarquia (mandato vitalício)
d. Sistemas de Governo:
· Parlamentarismo: o chefe de Estado é diferente do Chefe de Governo. Não é cláusula pétrea.
· Presidencialismo: chefe de governo (Executivo) e chefe de estado (país) é a mesma pessoa. 
2. Presidencialismo
a. Eleição para Presidente da Rep. 
· É sempre conjunta, Presidente e Vice. 
· Ocorre no primeiro domingo de outubro (1º turno). E no último domingo de outubro (2º turno), no ano anterior ao do término do mandato presidencialvigente.
b. Posse:
· Acontece em 1º de Janeiro subsequente à eleição.
· A posse ocorre em sessão solene no Congresso Nacional
OBS: Se o presidente e o Vice não tomarem posse no prazo de 10 dias, o cargo é declarado vago, salvo força maior. 
c. Sistema Eletivo:
· Para Presidente e Vice: Sistema Majoritário Absoluto (Para ser eleito precisa de + da ½ dos votos válidos- exclui branco e nulo). 
· Governador e Vice: Sistema Majoritário Absoluto
· Prefeito e Vice: 
· Município com + de 200 mil eleitores, sistema majoritário absoluto. 
· Município com até 200 mil eleitores: sistema majoritário simples
Dica!!! Cidade pequeno não tem segundo turno. 
d. Sucessão e Substituição Processual
Sucessão existe no caso da vacância definitiva. Ex: morreu
Substituição existe no caso de afastamento temporário. Ex: férias, viagens, licença. 
	Presidente
	Vice Presidente
	Presidente da Câmara
	Presidente do Senado
	Presidente do STF
 Linha de substituição presidencial. O Vice é o único que sucede. 
e. Vacância do Cargo de Presidente e Vice (mandato tampão- art.81, §1º)
	2 primeiros anos
	2 últimos anos
	Novas eleições diretas (Povo)
	Novas eleições indiretas (Congresso Nacional)
	Tem que ser aberta em 90 dias
	Tem que ser aberta no prazo de 30 dias
Dep. 513; Sen.81
3. Responsabilidade do Presidente da República
3.1. Imunidade Material (art.53)
Não Tem!!
3.2. Imunidade Formal para prisão
Presidente não pode ser preso, exceto por condenação do STF, definitiva (Art.86, §3º)
3.3. Imunidade Formal para o processo
O Presidente no exercício do mandato só pode ser processado por atos relacionados a presidência da República (não responde por atos estranhos as suas funções- art.86, §4º),ex: o presidente estava sendo processado no tribunal do júri, mas quando eleito esse processo suspende
4. Crime de Responsabilidade
Qualquer ato contra CF, é uma infração político administrativa, não tem natureza penal (art.85).
Ver art.37, §4º da CF, bem como Lei 8429/92 Lei de improbidade. É ato de improbidade, e não crime.
· Art.85, V: Probidade na ADM Pública: Se o presidente praticar ato de improbidade (Lei 8429/92) responde por crime de responsabilidade. 
· VI- Lei orçamentária LRF:
· VII- Descumprimento de Lei ou Ordem Judicial: 
· § único- Lei 1079/50. Somente a União pode legislar sobre crime de Responsabilidade (S. 722 do STF, SV 46)
4.1. Processo
a. 1º fase- Juízo de Admissibilidade
· Ocorre na Câmara dos Deputados
· A Câmara dos Deputados autoriza por 2/3 de seus membros, a instauração de processo contra: (Presidente, Vice, Ministros de Estado)
· Qualquer cidadão pode denunciar.
b. 2º Fase – Julgamento
· Ocorre no Senado
· Para condenação são necessários 2/3 dos membros do Senado
· É um julgamento político presidido pelo Presidente do Senado.
· Instaurado o processo no Senado, o Presidente fica suspenso por até 180 dias. Se o processo perdurar além deste prazo, o Presidente retoma suas funções. 
· Efeitos da Condenação:
a. Perda do Cargo
b. Suspensão dos direitos políticos por 8 anos, a contar da publicação da resolução do Senado.
c. Proibição de ocupar função pública no mesmo prazo.
5. Crime Comum
Qualquer crime de natureza penal
· Crime eleitoral, código penal, crime político, crime contra a ADM pública, crime ambiental, etc.
5.1. Processo
a. 1º Fase: Juízo de Admissibilidade
Ocorre na Câmara dos Deputados (2/3). O PGR ou querelante formulam a acusação. A Câmara autoriza a instauração do processo.
b. 2º fase: Julgamento
· Ocorre no STF
· Ocorre a suspensão de até 180 dias, a contar do recebimento da denúncia. 
Item 4 e item 5 (Art.86)
								C. de Responsabilidade (art.85) Senado 2/3- Presidi. STF
Fato_____ Câmara dos De. Autoriza a instauração por 2/3
	
								C. Comum STF
OBS: instaurado o processo haverá suspensão de até 180 dias 
6. Governadores e Prefeitos
6.1. Imunidade Material
Não tem
6.2. Imunidade Para Prisão (art.86, §3º)
Para o STF, a imunidade da prisão do presidente não se estende a Governadores ou prefeitos. Ex: ADI 1024; ex: Arruda.
6.3. Processo
	Responsabilidade
	
	Comum
	Senado
	Presidente 
	STF
	Tribunal Especial (art.78, §3º Lei 1079/50)
	Governador
Para o STF, a Constituição dos Estados também podem condicionar o julgamento do Governador no STJ, a autorização prévia da Assembleia Legislativa, por simetria com a CF. ADI 4792.
	STJ
	Câmara de Vereadores
	Prefeito
	TJ (art.29, X)- se for crime estadual.
S.702 do STF- Julgado em 2º Grau
A Imunidade processual é só do Presidente, ou seja, o art.86, §§3º e 4º é só para o Presidente. 
7. Ministros de Estado (art.87)
· Por crime Comum Responde no STF
· Por crime de reponsabilidade- (?) DEPENDE! Se o Ministro de Estado Estiver sozinho irá para o STF, se estiver junto (crime conexo ou da mesma natureza) com o Presidente ou vice, irá para o Senado. 
8. Atribuições Presidenciais
O que faz, para que serve.
8.1. Atribuições Indelegáveis
a. Editar MP
b. Sancionar/ vetar projeto de lei (PEC não)
c. Promulgar as leis (EC não)
d. Acrescentar representante diplomático
e. Decretar estado de defesa, de sítio e intervenção federal. 
f. Apresentar projetos de Lei de sua Iniciativa – (Art.61, §1º)
8.2. Atribuições Delegáveis – Art.84, § único
Delegáveis para o AGU, PGR, Ministros de Estado
a. Prover os cargos públicos federais (Dar posse, nomear, etc)
b. Conceder indulto (graça coletiva) e comutar penas (substituir)- Ministro da Justiça ≠ Anistia – Congresso Nacional apaga o fato.
c. Por decreto, o Presidente pode (art.84, VI):
· Organizar a ADM Pública, desde que não acarrete aumento/ criação de despesa/ extinção de órgão, pois é por meio de lei.
· Extinguir cargo público vago, (ver art.41, sobre a estabilidade).
JUDICIÁRIO (art.92 a 126)
STF		CNJ
	STJ
	TST
	TSE
	STM
	Tribunais superiores
			TJ
	TRF
	TRT
	TRE
	
	2º instancia 
		Juiz de direito
	Juízes federais
	Juízes do Trabalho
	Juiz/ Junta Eleitoral
	Auditorias Militares
	1º instancia 
1. Justiça Especializada Militar: 
Só julga matéria criminal relacionada as forças armadas. 
2. Justiça Especializada eleitoral:
Julga matéria eleitoral, (impugnação, cassação de mandato, inclusive crimes eleitorais)
3. Justiça Especializada do Trabalho: 
Só julga relação celetistas, seja empregados públicos ou privados, e outros assuntos definidos no art.114 da CF, sendo ampliado pela EC 45/04. Justiça do Trabalho nunca julga crime, ex: falso testemunho, manda para Justiça Federal.
4. Justiça Comum:
Abrange a Estadual e a Federal. 
A justiça Federal é taxativa (art.109). 
A Justiça Estadual é residual (art.126)
Competências:
102- STF
103- b- CNJ
105- STJ
109- Justiças Federais
STF (art.102)
1. Competências originárias do STF (102, I)
(Município não entra)
a. Ações do Controle Concentrado de Constitucionalidade (ADI, ADC, ADPF)
b. Julgar autoridades com prerrogativa de foro:
· Por crime comum: 
· Presidente e Vice
· PGR				C.Respo- Senado
· Ministros do STF
· Deputados e Senadores Decoro (art.55)
· Por crimes de Responsabilidade
· Ministros do Tribunal Superior
· Ministros do TCU
· Chefe de Missão diplomática Permanente (Embaixadores)
· Ministro de Estado pode ir para o Senado. Comandantes das forças armadas equiparam-se a ministros de Estado.
c. Julgar as causas que interessarem a toda magistratura ou + da ½ de membros de um tribunal
Ex: auxilio moradia
d. As causa que envolverem o pacto federativo
UxE 		ExE
UxDF		ExDF
Ex: Transposição São Fransisco
Ex: Recursos do Pré-Sal
e. Litígio entre Estado Estrangeiro (EUA) ou Organismo Internacional (ONU). x U/ E/ DF/ Território
# U/ E/ DF/ Território STF
# Município (Pessoa no Brasil) Juiz Federal RO STJ
Ex: 
Itália x União STF
Alemanha x DF STF
OMC x GO STF 
EUA x Cristalina juiz federal
Onu x você juiz federal
f. Conflito de competência entre tribunais superiores ou do STJ com qualquer Tribunal.
Ex: TSE x TST STF
STJ x TST STF
STJ x TRT 10º Região STF
g. Ações contra CNJ e CNMP (Conselho Nacional do MP)
2. Recurso Ordinário para o STF- (RO)
a. Decisão denegatória proferida em HC, HD, MS, MI por Tribunal Superior.

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