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CISNE FACULDADE TECNOLÓGICA DE QUIXADÁ Professor Aluno: Francisco Gebson Valentim de Sousa Atividade Complementar Descrição É uma antropozoonose de elevada prevalência e expressiva morbimortalidade. Apresenta curso clínico bifásico, composto por uma fase aguda (clinicamente aparente ou não) e uma fase crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada, cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva. Descoberta em 1909 – Carlos Chagas Hoje existem 6 milhões de pessoas infectadas em 21 países da América Latina, de 6 a 7 milhões no mundo e calcula-se que 70 milhões de pessoas estejam em risco de contrair a doença. VETORES Subfamília Triatominae Barbeiro, chupão, procotó ou bicudo Insetos hematófagos Triatoma infestans – interrupção (principal) Triatoma brasiliensis – NE •Panstrongylus megistus •Triatoma pseudomaculata – Baixa taxa de infecção por Trypanossoma cruzi •Triatoma sórdida – capturada no Brasil •Ceará •Rhodnius nasutus Outras espécies de triatomíneos RESERVATÓRIOS Homem, mamíferos silvestres e domésticos Aves e animais de “sangue frio” - refratários e algumas espécies de morcegos, uma mesma espécie de mamífero pode ter importância como reservatório em uma região, mas não em outra. . Expressiva morbidade e mortalidade Antropozoonose Alta prevalência Curso clínico bifásico MODO DE TRANSMISSÃO Vetorial Vertical Transfusional Transplante de órgãos Acidentes laboratórios Outras formas acidentais Vetorial – acontece pelo contato do homem suscetível com as excretas contaminadas dos triatomíneos, que, ao picarem os vertebrados, costumam defecar após o repasto, eliminando formas infectantes do parasito, que penetram pelo orifício da picada, mucosas ou por solução de continuidade deixada pelo ato de coçar Vertical – ocorre, principalmente, pela via transplacentária e pode ocorrer em qualquer fase da doença (aguda ou crônica). A transmissão pode ocorrer durante a gestação ou no momento do parto. Há possibilidade de transmissão pelo leite, durante a fase aguda da doença. Já em nutrizes na fase crônica, a transmissão durante a amamentação pode ocorrer em casos de sangramento por fissura mamária e não propriamente pelo leite. Por via oral – quando há ingestão de alimentos contaminados acidentalmente com o parasito, seja o triatomíneo ou suas fezes. Também pode ocorrer por meio da ingestão de carne crua ou mal cozida de caça ou alimentos contaminados pela secreção das glândulas anais de marsupiais infectados. Manuseio ou utilização do alimento contaminado. É o tipo de transmissão que geralmente está associada aos surtos de doença de Chagas aguda (DCA). Transfusional – também representa importante via de propagação da doença nos centros urbanos, sendo considerada a principal forma de transmissão em países não endêmicos (Canadá, Espanha, Estados Unidos e outros Por transplante de órgãos – a doença, em sua fase aguda, apresenta-se mais grave, uma vez que os receptores são submetidos à terapia imunossupressora. Por acidentes laboratoriais – acidentes laboratoriais também podem ocorrer devido a contato com culturas de T. cruzi, exposição às fezes de triatomíneos contaminadas ou sangue (de casos humanos ou de animais) contendo formas infectantes do parasito. Por outras formas acidentais – foram registrados casos, principalmente em crianças, pela ingestão acidental do triatomíneo e/ou contato direto com as excretas do inseto contaminado com T. cruzi. Ciclo de transmissão vetorial da doença de Chagas No pastejo sanguineo do triatomas ocorrem a liberação de fezes dos tripanossomas que invadem células, e se transforma na forma amastigota, e se multiplicam dentro da célula, depois os amastigotas se transforma em tripomastigota e destrói a célula, e saem para o sangue, que pode envadir outras células, ou pode ser ingerido por um outro triatominio, e no intestino do inseto se transforma em epimastigota, e se multiplicam, e depois se transforma em tripomastigota que é a forma infectantante nas fezes do inseto PERÍODO DE INCUBAÇÃO Transmissão vetorial – 4 a 15 dias PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE A maioria dos indivíduos com infecção por T. cruzi alberga no sangue, nos tecidos e orgãos durante toda a vida. Transmissão oral – 3 a 22 dias Transmissão transfusional – 30 a 40 dias ou mais Transmissão por acidentes laboratoriais – até 20 dias após exposição Outras formas de transmissão – não existe período definido MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Possui uma fase aguda e uma crônica Pode permanecer assintomática por anos Sinais e sintomas cardíacos Edema de face e membros Hepatomegalia e/ou esplenomegalia FASE AGUDA Sintomatologia inespecífica Febre, diarreia, vômitos, cefaleia... Sintomatologia específica Predomina o parasita número elevado na corrente sanguínea Manifestações clínicas · Fase aguda (inicial) Predomina o parasito em número elevado circulante na corrente sanguínea. A manifestação mais característica é a febre constante, inicialmente elevada (38,5 a 39°C), podendo apresentar picos vespertinos ocasionais Em alguns casos, com quadro clínico mais grave, pode evoluir para óbito. Sintomatologia inespecí!ca – na maioria dos casos ocorre: prostração, diarreia, vômitos, inapetência, cefaleia, mialgias, aumento de linfonodos; exantema cutâneo de localização variável, com ou sem prurido e de aparecimento fugaz; irritação em crianças menores, que apresentam frequentemente choro fácil e copioso . Sintomatologia especí!ca - sinais e sintomas de miocardite difusa com vários graus de gravidade; - sinais de pericardite, derrame pericárdico, tamponamento cardíaco; - manifestações sindrômicas de insuficiência cardíaca, derrame pleural; - edema de face, de membros inferiores ou generalizado; - tosse, dispneia, dor torácica, palpitações, arritmias; - hepatomegalia e/ou esplenomegalia, de leve a moderada intensidade. Sinais de porta de entrada edema bipalpebral unilateral por reação in!amatória à penetração do parasito, na conjuntiva e adjacências hemorragia digestiva (hematêmese, hematoquezia ou melena), icterícia, · Fase crônica A parasitemia é baixa e intermitente. Inicialmente é assintomática e sem sinais de comprometimento cardíaco e/ou digestivo, e pode apresentar-se com as formas elencadas a seguir. Presença indireta de anticorpos (IgG, anti-T.cruzi) no sangue da pessoa, por meio de exames sorológicos. Precisam ser feitos de dois a três exames de sangue. Forma indeterminada – paciente assintomático e sem sinais de comprometimento do aparelho circulatório (clínica, eletrocardiograma e radiogra"a de tórax normais) e do aparelho digestivo (avaliação clínica e radiológica normais de esôfago e cólon). Esse quadro poderá perdurar por toda a vida do indivíduo infectado ou pode evoluir tardiamente para a forma cardíaca, digestiva ou associada (cardiodigestiva). Forma cardíaca – evidências de acometimento cardíaco que, frequentemente, evolui para quadros de miocardiopatia dilatada e insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Essa forma ocorre em cerca de 30% dos casos crônicos e é considerada responsável pela maior frequência de óbitos na doença de Chagas crônica (DCC). Forma digestiva – evidências de acometimento do aparelho digestivo que pode evoluir para megacólon e/ou megaesôfago. Ocorre em cerca de 10% dos casos. Forma associada ou mista (cardiodigestiva) – ocorrência concomitante de lesões compatíveis com as formas cardíacas e digestivas. Parasitemia baixa Diagnóstico Estágio infeccioso Forma Tripomastigota no inseto Estágio diagnóstico Forma amastigota no sangue Fase aguda Provas parasitológicas diretas, com as quais se busca visualizar diretamente no microscópio o parasita no sangue da pessoa com suspeita de infecção; Fase crônica Presença indireta de anticorpos (IgG, anti-T.cruzi) no sangue da pessoa, por meio de exames sorológicos. Precisam ser feitos de dois a trêsexames de sangue. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA OBJETIVOS Detectar precocemente casos de DCA Proceder a investigação epidemiológica de todos os casos agudos para identificar a forma de transmissão Monitorar a infecção por T. cruzi na população humana Manter eliminada a transmissão por T. infestans e sob controle as outras espécies importantes Monitorar o perfil de morbimortalidade Incorporar ações de vigilância sanitária, ambiental, de vetores e reservatórios de forma integrada com a vigilância epidemiológica NOTIFICAÇÃO Obrigatório/Imediata – Até 24 horas após a suspeita (segundo a segundo a Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de Setembro de 2017 Ministério da saúde. Registro - Ficha de Investigação de DCA (Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN) INVESTIGAÇÃO Imediata – Ficha de Investigação da DCA Adotar medidas de controle e prevenir a ocorrência de novos casos A inserção da fase crônica (DCC) como notificação compulsória nacionalmente (Portaria Ministério nº 264, de 17 de Fevereiro de 2020) VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA Vigilância Passiva Participação da população na notificação de triatomíneos Vigilância Ativa Realizada por equipes de entomologia do município PREVENÇÃO E CONTROLE Prevenção - Forma de transmissão Transmissão Vetorial Manter quintais limpos; Não confeccionar cobertura para casas com folhas de palmeiras; Vedar frestas e rachaduras nas paredes e utilizar telas em portas e janelas; Adotar medidas de proteção individual – uso de repelentes, roupas de manga longas quando realizar atividades noturnas, uso de mosquiteiros Quando o morador encontrar triatomíneos no domicílio Não esmagar, bater ou danificar o inseto; Proteger a mão com luva ou saco plástico Os insetos devem ser acondicionados em recipientes plásticos uso de mosquiteiros ao dormir. PREVENÇÃO E CONTROLE Transmissão oral Intensificar ações de vigilância sanitária e inspeção – local de manipulação Instalar fontes de iluminação distante dos equipamentos de processamento de alimentos Realizar ações de capacitação para manipuladores de alimentos e profissionais de informação, educação e comunicação OBS: Resfriamento ou congelamento de alimentos não previne a transmissão oral por T. cruzi, mas a cocção acima de 45°C, a pasteurização e a liofilização, sim. Resfriamento ou congelamento de alimentos não previne a transmissão oral por T. cruzi, mas a cocção acima de 45°C, a pasteurização e a liofilização, sim. PREVENÇÃO E CONTROLE Transmissão vertical Gestantes endêmicas ou suspeitas da infecção – importante a confirmação monitorar tanto a mãe como recém nascido; Não ser feito o aleitamento materno – parasitemia na fase aguda Fase crônica – não indicado interromper o aleitamento materno Transmissão transfusional Controlada – políticas de segurança de sangue Os desafios ainda são enormes para o enfrentamento da doença de Chagas, esta enfermidade silenciosa que, além da carga de morbidade, mortalidade, incapacidade e estigma, impõe uma carga social e financeira relevante, principalmente sobre grupos economicamente menos privilegiados e marginalizados. Instituição do dia Mundial da doença de Chagas é de certa forma o reconhecimento global da doença como um problema de saúde pública. Espera-se, com a mobilização que já vem ocorrendo após a instituição desse dia, o fortalecimento do SUS para o enfrentamento e priorização da atenção às pessoas acometidas pela doença. Diagnóstico diferencial Para a fase aguda, devem ser considerados agravos como leishmaniose visceral, malária, dengue, febre tifoide, toxoplasmose, mononucleose infecciosa, esquistossomose aguda, infecção por coxsakievírus, sepse e doenças autoimunes. Também doenças que podem cursar com eventos íctero-hemorrágicos, como leptospirose, dengue, febre amarela e outras arboviroses, meningococcemia, sepse, hepatites virais, febre purpúrica brasileira, hantaviroses e rickettsioses. Tratamento específico O benznidazol é o fármaco de escolha disponível. O nifurtimox pode ser utilizado como alternativa O tratamento etiológico tem como objetivos curar a infecção, prevenir lesões orgânicas ou sua evolução e diminuir a possibilidade de transmissão de T. cruzi. . Critérios de cura Não existem critérios clínicos que possibilitem definir com exatidão a cura de pacientes com DCA. É possível utilizar a PCR para o controle da parasitemia pós-tratamento, por ser mais exequível que os métodos parasitológicos de enriquecimento. . Encerramento de caso O caso deverá ser encerrado em até 60 dias da notificação. A classificação final do caso deverá obedecer os critérios estabelecidos em Definição de caso. Droga Dose Via Duração Monitoramento Leishmaniose é uma zoonose, problema de saúde pública mundial Mundial da Saúde como uma das cinco doenças infecto-parasitárias endêmicas de maior relevância. As leishmanioses estão amplamente distribuídas nas Américas, estendendo-se desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Transmissão vetorial Existe dois tipos de Leishmaniose: · Leishmaniose Tegumentar · Leishmaniose Visceral ou Calazar Leishmaniose tegumentar Leishmania (Leishmania) amazonensis Leishmania (Viannia) guyanensi Leishmania (Viannia) braziliensis Leishmaniose visceral Leishmania (Leishmania) chagasi Leishmania donovani Leishmania infantum · LEISHMANIOSE TEGUMENTAR OU CUTÂNEA Sinonímia: Úlcera de Bauru, nariz de tapir, botão do Oriente. É considerada zoonose de animais silvestres, que ocorrência em zonas rurais e em regiões periurbanas É Doença infecciosa, Que se apresenta de duas formas apresentar-se: cutânea e mucosa Não é contagiosa , que afeta outros animais que não o homem, mas esse envolvido secundariamente Não há evidências científicas que comprovem o papel dos animais domésticos como reservatórios das espécies de leishmanias, sendo considerados hospedeiros acidentais da doença. VETORES Flebotomíneos da Ordem: Diptera Subfamília: Phlebotominae Gênero:Lutzomyia Pode ser conhecidos como Mosquito palha, tatuquira, birigui Lutzomyia whitmani, L. intermedia, L. wellcomei Resevatórios Várias espécies de animais silvestres ( masurpiais, edentados e canídeos silvestres), sinantrópicos (roedores) Eles acomete Várias espécies de animais silvestres ( masurpiais, edentados e canídeos silvestres), sinantrópicos (roedores) MODO DE TRANSMISSÃO Vetorial: Picada de fêmeas de flebotomíneos infectadas. Não há transmissão de pessoa a pessoa. PERÍODO DE INCUBAÇÃO No homem, em média de 2 meses, podendo apresentar períodos mais curtos (duas semanas) e mais longos (2 anos). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Forma cutânea: lesões indolores, com formato arredondado ou ovalado e bordas bem delimitadas e elevadas Forma mucosa Lesões destrutivas localizadas na mucosa, em geral nas vias aéreas superiores DIAGNÓSTICO Exames Parasitológicos pesquisa de amastigota em esfregaço de lesão cultura em meios artificiais; inoculação em animais experimentais (hamster). Histopatológico Hematoxilina e eosina Imuno-histoquímica Exames imunológicos IRM (intradermorreação de Moentenegro Imunofluorescência indireta (RIFI) Elisa Moleculares PCR (reação em cadeia de polimerase VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA OBJETIVOS Detectar e tratar precocemente casos, visando reduzir as deformidades provocada pela doença; Áreas de transmissão domiciliar, reduzir a incidência da doença, adotando, após investigação dos casos, medidas de controle pertinente NOTIFICAÇÃO Doença de notificação compulsória Registro - Ficha de Investigação da Leishmaniose Tegumentar Americana (Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN) OBS: O seu registro é importante para o conhecimento, a investigação, bem como para a classificação epidemiológica (caso autóctone ou importado) e o acompanhamento dos casos. Uma vez detectado um caso importado, após sua investigação, ele deverá ser notificado no Sinan e ao serviço de saúde estadual ou municipal do local provável de infecção.INVESTIGAÇÃO Imediata – Ficha de Investigação da LTA ROTEIRO DE INVESTIGAÇÃO 1.Identificação do paciente 2. Coleta de dados clínicos epidemiológicos •Para confirmar a suspeita clínica •Para a identificação da área de transmissão 3. Determinação da extensão da área de transmissão •Caracterização do local provável de infecção (LPI) 4.Evolução do caso 5. Encerramento do caso em até 180 dias após notificação LEISHMANIOSE VISCERAL Doença crônica e sistêmica; Quando não tratada – evoluir para óbito em mais de 90% Sinonímia: Calazar, barriga d’água, esplenomegalia tropical, febre dundun AGENTE ETIOLÓGICO Família: Trypanossomatidae Leishmania donovani – África e Ásia Leishmania infantum – África, Ásia e Europa Leishmania chagasi – Américas VETORES Flebotomíneos Ordem: Diptera Subfamília: Phlebotominae Gênero:Lutzomyia Lutzomyia longipalpis – principal Lutzomyia cruzi – MT, MS e GO Mosquito palha, tatuquira, birigui RESERVATÓRIOS Urbanas – Cão (Canis familiares) - principal Homem Ambiente silvestre – Raposas (Dusicyon vetulus e Cerdocyon thous e os marsupiais (Didelphus albientis) MODO DE TRANSMISSÃO Vetorial: Picada de fêmeas de flebotomíneos infectadas. Insetos muito pequenos (3mm), alado e de voos curtos Não há transmissão de pessoa a pessoa. PERÍODO DE INCUBAÇÃO No homem – 10 dias a 24 meses Cão – 3 meses a anos - média 3 a 7 meses MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Manifestações clínicas inespecíficas Animal: Febre, anemia, emagrecimento e caquexia Linfoadenomegalia, hepato e esplenomegalia. Alterações dermatológicas são as manifestações clínicas mais comuns (50 a 90% dos cães) . •pododermatite •Hiperqueratose de coxins •Onicogrifose MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Homem: Assintomática na maioria dos casos Febre baixa, tosse seca, diarreia, sudorese e prostração. Emagrecimento progressivo. cefaleia Abdômen aumentado - hepatoesplenomegalia Perturbações digestivas Evolução para óbito se o paciente não for submetido ao tratamento específico DIAGNÓSTICO Exames Parasitológicos pesquisa de formas amastigotas em material biológico obtido medula óssea, linfonodo, baço; Isolamento em meio de cultura (in vitro). Exames imunológicos Testes rápidos de imunocromatográficos Imunofluorescência indireta Elisa TRATAMENTO Cães Proibido, em todo o território nacional, o tratamento da leishmaniose visceral em cães infectados ou doentes, com produtos de uso humano ou produtos não-registrados no (MAPA) Nota Técnica Conjunta n° 001/2016 MAPA/MS, assinada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e pelo Ministério da Saúde foi autorizado o registro do um produto a base de Miltefosina. Pontos importantes: Não existe cura parasitológica para Leishmaniose visceral canina. O declínio da carga parasitária reduzirá o potencial de infecção dos flebotomíneos e, consequentemente, a transmissibilidade da doença. A cada quatro (04) meses, o animal em tratamento deverá retornar ao médico veterinário para uma reavaliação clínica. Brasil considerada endêmica Inicialmente limitada a áreas rurais e pequenas localidades urbanas Grandes centros urbanos Hoje distribuída em 21 UF atingindo as cinco regiões brasileiras Na década de 90 maioria dos casos notificados(90%) ocorreram na região Nordeste em 2012 a região foi responsável por 43,1% Mais frequente em crianças menores 10 anos – imaturidade imunológica celular EPIDEMIOLOGIA Cão é considerado o animal reservatório epidemiologicamente mais importante da doença A prevalência da infecção em cães em áreas endêmicas – 50% A prevalência de infecção é maior que a soroprevalência A incidência da doença em humanos nas mesmas áreas varia 1 a 2% Felinos - “resistência natural” – capacidade de infectar o vetor A região de origem do paciente e suas viagens a locais endêmicos são informações essenciais para a conclusão do diagnóstico; VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA OBJETIVOS Identificar áreas vulneráveis e/ou receptivas para transmissão da LV Avaliar a autoctonia referente ao município de residência Investigar o local provável de infecção Conhecer a presença, distribuição e monitorar a dispersão do vetor Organizar o serviço para diagnosticar e tratar precocemente os casos Estratificar as áreas de transmissão Indicar as ações de prevenção e controle conforme situação epidemiológica Monitorar a tendência da endemia Desencadear e avaliar o impacto das ações de controle Áreas com transmissão de LV humana •Estratificação áreas segundo decis da média de casos Os municípios abaixo do “percentil 90 (P90)” - média de casos < 2,4 estão classificados como de transmissão esporádica Os municípios que constituem o “percentil 90 (P90)” - média de casos ≥ 2,4 e < 4,4 estão classificados como de transmissão moderada aqueles que estão acima do “percentil 90 (P90)” - média de casos ≥ 4,4 estão classificados como de transmissão intensa . Municípios divididos em três classes de transmissão NOTIFICAÇÃO Notificação compulsória Suspeito: Leishmaniose Visceral Definição de caso •Encontro do parasita nos exames parasitológicos direto e/ou cultura •Imunofluorescência reativa com título >= 1:80, desde que excluídos outros diagnósticos diferenciais. NOTIFICAÇÃO Notificação compulsória Definição de caso Confirmado: Leishmaniose Visceral Indivíduo proveniente de área com transmissão, febre e esplenomegalia. Indivíduo de área sem transmissão, com febre e esplenomegalia, desde que descartado diagnósticos diferenciais mais frequentes na região. Confirmado: Leishmaniose Visceral Critério clínico laboratorial: Confirmação casos clinicamente suspeitos Critério clínico epidemiológico: •Paciente de área com transmissão de LV, com suspeita clínica sem confirmação laboratorial, mas com resposta favorável ao tratamento terapêutico. INVESTIGAÇÃO Investigação dos casos Acompanhamento a evolução dos casos Realizar busca ativa de casos novos e caracterizá-los clinica e laboratorialmente Investigação de óbitos Orientar medidas de controle, conforme a situação epidemiológica da área Todo caso deve ser encerrado no Sinan – 60 dias Análise e Divulgação dos dados •Indicadores epidemiológicos •Indicadores operacionais Vigilância entomológica OBJETIVOS: Levantar e conhecer as informações de caráter quantitativo e qualitativo sobre os flebotomíneos. Levantamento entomológico •Verificar a presença de L.longipalpis e L. cruzi em municípios sem casos de LV e em municípios com transmissão esporádica, moderada ou intensa, além de conhecer a dispersão do vetor Investigação entomológica •Verificar a presença de L.longipalpis e/ou L. cruzi em municípios com ocorrência do primeiro caso de L.V ou em situação de surto Monitoramento entomológica •Confirmar a distribuição sazonal relativa a espécie L.longipalpis e/ou L. cruzi visando conhecer o período mais favorável para transmissão da L.V e assim direcionar o controle químico do vetor Vigilância canina Definição de caso Suspeito Todo cão proveniente de área endêmica ou onde esteja ocorrendo surto, com manifestações clínicas compatíveis com LVC Confirmado: Critério clínico laboratorial: Cão com manifestação clínica compatíveis de LVC e que apresente teste sorológico reagente ou exame parasitológico positivo Infectado: Todo cão assintomático com sorologia reagente ou exame parasitológico positivo, em município com transmissão confirmado. Vigilância canina Ações da vigilãncia Alertar ao serviço e à classe médica veterinária quanto ao risco de transmissão da LVC; Divulgar a população sobre a ocorrência da LVC e orientar a população quanto as medidas de prevenção para eliminação dos prováveis criadouros do vetor; Na suspeita clínica de cão, delimitar a área para investigação do foco. Deve-se fazer busca ativa de cães assintomáticos na área de foco para coleta de material para o exame parasitológico e confirmação da identificação da espécie de Leishmania. Poder público : desencadear e implementar as ações de limpezaurbana e destino adequado da matéria orgânica; Vigilância canina Monitoramento Inquerito sorológico amostral •Áreas sem transmissão de LV humana ou canina, porém com detecção do L. longipalpis ou L. cruzi com a finalidade de verificar a ausência •Áreas com transmissão de LV humana ou canina – permitirá avaliar as taxas de prevalência Inquerito sorológico censitário •Áreas sem transmissão de LV humana ou canina com população de cães menor que 500 cães; •Setores urbanos de municípios com população acima de 20.000 hab; •Zona rural de município em qualquer uma das situações de transmissão LV MEDIDAS DE CONTROLE Pouco efetivas Diagnóstico e tratamento precoce casos humanos Redução da população de flebotomíneos Eliminação dos reservatórios Atividades de educação em saúde Integradas MEDIDAS PREVENTIVAS Dirigidas a população humana •Medidas de proteção individual – uso de mosquiteiro, telagem de portas e janelas, uso de repelentes Dirigidas ao vetor •Manejo e saneamento ambiental, por meio de limpeza urbana, eliminação e destino adequado dos resíduos Dirigida a população canina •Uso de telas em canis individuais ou coletivos •Controle população canina errante •Doação de animais •Vacina anti-leishmaniose visceral canina •Coleiras impregnadas com Deltametrina a 4% MEDIDAS DE CONTROLE Orientações para diagnóstico e tratamento dos casos humanos. •Organização do serviço •Capacitação de profissionais •Assistência ao paciente •Alerta aos profissionais de saúde Orientações dirigidas ao controle do vetor Controle Químico Classificação epidemiológica e entomológica MEDIDAS DE CONTROLE Orientações dirigidas ao controle do reservatório canino Eutanásia de cães Animais sororreagentes e/ou parasitológico positivo. Orientações dirigidas as atividades educativas Devem estar inseridas em todos os serviços que desenvolvem as ações de controle da LV, Divulgação da informação a população Incorporar atividades ou ações em processos de educação continuada. Desenvolvimento de atividades de educação em saúde junto a comunidade; estabelecimento de parcerias buscando a integração interinstitucional. Segundo AIT-OUDHIA et al. (2012) Quatro métodos estão disponíveis para prevenir a disseminação da leishmaniose na população canina: Vacinação, o mais recente método, aparentou efetividade após análise de testes realizados na Europa; Fornecimento de proteção para os cães contra as picadas dos flebotomíneos através de colares ou repelente de uso tópico, é o segundo método. O terceiro é a realização de vigilância sorológica seguindo da eliminação dos animais soropositivos, o último método é o tratamento dos animais soropositivos. Raiva Doença aguda que afeta o SNC Acomete todos os mamíferos, causando uma, encefalomielite fatal É causada pelo Lyssavirus Etiologia Transmissão por contato direto Tem Pouca resistência a agentes Químicos (Éter, sais minerais, ácidos e álcalis fortes ), físicos ( Calor, luz ultravioleta ), Condições Ambientais ( Dessecação, luminosidade e temperatura excessiva ) Infecciosidadeno ambiente longa, inativado por autólise. Putrefação destrói o vírus em 14 dias. Variantes cão, também isolada de humanos e animais silvestres terrestres. Desmodus rotundus, isolada em outras espécies de morcegos, animais de companhia, domésticos, silvestres terrestres e humanos. Tadarida brasiliensis, isolada em espécies não hematófagos e animais de companhia. isolada em morcegos hematófagos de outros países, em morcegos não hematófagos e em animais de companhia. Lasiurus cinereus, morcegos insetívoros, morcegos não hematófagos, cão e humano. Patogenia Porta de Entrada: mordedura / mucosas / pele Humano 30/60 dias de incubação O vírus alcança o SNC e após replicação, seguem para o SNP e SNA, alcançando pulmões, corações, rins, bexiga, útero, testículos, e glândulas salivares –sendo eliminados na saliva. Sinais Clínicos Paralisia + comum Furiosa –leva o animal a atacar outros Morcegos: Não nota-se diferença entre sintomatologia entre espécies Isola-se do rebanho, apatia, perca de apetite Hiperexcitabilidade, salivação abundante, dificuldade para engolir Movimentos desordenados da cabeça, tremores musculares, ranger de dentes, incoordenação motora, contrações musculares involuntárias. Decúbito, movimentos de pedalagem, opistótono, asfixia e morte 3 a 6 dias após os sintomas. · Arboviroses Infermidades que são transmitidas aos seres humanos por meio de picadas de artrópodes Comum em países trópicos e subtrópicos Estima-se que haja mais de 545 espécies de arboviroses, dentro as quais mais de 150 relacionadas com doenças aos seres humanos, sendo a maioria zoonótica •Dengue –1981/1982 (Brasil) •Zika– 1952 África (Uganda e Tanzania) e Ásia •Bahia - 2015 AGENTE ETIOLÓGICO São causados por um arbovírus RNA Os vírus DenV e ZikV são espécies do gênero flavivirus, pertencentes à família viral Flaviviridae; O ChikV é um alphavírus da família Togaviridae. vírus DenV vírus ZikV Vírus ChikV MODO DE TRANSMISSÃO A principal forma de transmissão é pela picada de fêmeas infectadas A. aegypti; A transmissão vertical também pode ocorrer; Zika - gerar malformações e diferentes manifestações clínicas no feto, incluindo aborto; Há relatos que pode ocorrer transmissão sexual pelo vírus da Zika. PERÍODO DE INCUBAÇÃO Dengue em média, de 5 a 6 dias, e varia de 4 a 10 dia – intrínseco e o extrínseco – varia 8 a 12 dias O período de incubação intrínseco do chikungunya acontece, em média, de 3 a 7 dias (podendo variar de 1 a 12 dias), e o extrínseco dura, em média, 10 dias. Estima-se que o período de incubação intrínseco do Zika seja de 2 a 7 dias, em média, e o período de incubação extrínseco seja semelhante ao de dengue, variando de 8 a 12 dias. Depois do período de incubação extrínseco, o mosquito permanece infectante até o final da sua vida (6 a 8 semanas). IMUNIDADE E SUSCETIBILIDADE A suscetibilidade ao vírus da Dengue, Chickungunya e Zika é universal Imunidade • Dengue – permanente para mesmo sorotipo e a cruzada temporariamente; • Chikungunya – duradoura e protetora contra novas infecções; • Zyka – não se conhece o tempo de duração VETORES Aedes aegypti é o mais importante Também pode ser transmissor da febre amarela Aedes albopictus é o vetor manutenção da dengue na Ásia, mas não associada a transmissão dessas doenças aqui, contudo não desconsiderada pelo programa de controle VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA COMPETÊNCIAS DA VIGILÂNCIA Acompanhar a evolução temporal da incidência da dengue, chikungunya e Zika; Organizar discussões conjuntas com equipes de controle de vetores, assistência e todas as instâncias de prevenção e controle dessas doenças visando a adoção de medidas capazes de reduzir a incidência e a gravidade ARBOVIROSES SINTOMATOLOGIA Dengue Febre 38° 4 – 7° dia Dores articulares dor moderada Manchas vermelhas na pele aparti do quarto dia Coceira leve Vermelhidão dos olhos Chikungunya Febre 38,5° 2 – 3° dia Dores articulares dor intensa Manchas vermelhas na pele do1° ou 2° dia Coceira leve Vermelhidão dos olhos pode estar presente Zica Febre baixa ou ausente Dores articulares dor leve Manchas vermelhas na pele nas primeiras 24hs Coceira de leve á intensa Vermelhidão dos olhos pode estar presente DIAGNÓSTICO Baseado nos sintomas, exames físicos e laboratoriais NÃO É TAREFA FÁCIL DISTINGUIR AS TRÊS DOENÇAS. NA DÚVIDA É BOM ESTAR ATENTO AOS SINAIS DE ALARME PAR Não existe tratamento específico Cuidados para aliviar os sintomas Ingestão de líquidos Controle da febre e da dor É muito importante não tomar medicamento por conta própria, principalmente A.A.S e antiinflamatórios que podem provocar hemorragias PREVENÇÃO Instalação de telas em portas e janelas. Eliminação dos criadouros de mosquito. Usar roupas que minimizem a exposição. Usar repelentes, inseticidas domésticos e mosquiteiros. ARBOVIROSES - VACINAS ARBOVIROSES DENGUE De 50 a 100 milhões de infecções anuais FATORES IMPORTANTES: GLOBALIZAÇÃO MUDANÇAS CLIMÁTICASMUDANÇAS NA ATIVIDADE DOS VETORES, SUAS MUTAÇÕES GENÉTICAS E AMPLIAÇÃO DE ÁREA ATUANTE DO VETOR EXISTÊNCIA DE CRIADOUROS DENGUE NO MUNDO 2,5 bilhões de pessoas vivam em países onde a dengue é endêmica. Casos Dengue, Estado do Ceará Dengue - Vírus tem 4 sorotipos DENV 1 DENV 2 DENV 3 DENV 4 A pessoa que adquire um desses sorotipos fica imune a ele pelo resto da vida, mas não aos demais. Quadros graves são mais comuns em episódios subsequentes. Transmissão Não há transmissão de pessoa a pessoa. Há registros de transmissão da mãe para o feto e por transfusão de sangue Até o 6 dia Pessoa infectada transmitir para o mosquito AS PESSOAS INFECTADAS COM O VÍRUS PODEM TRANSMITI-LO PARA O MOSQUITO ATÉ O SEXTO DIA DA DOENÇA INSTALADA Sintomas DENGUE OS SINTOMAS SÃO NA MAIORIA LEVES E ÀS VEZES NEM HÁ SINTOMAS. De 4 a 10 dias após a picada, Duração de 2 a 7 dias GRUPO DE MAIOR RISCO Idosos, crianças e pessoas com comorbidade Sintomas NO INÍCIO É DIFÍCIL DIFERENCIAR A DENGUE DE OUTRAS DOENÇAS. OS SINTOMAS SÃO BEM PARECIDOS, COMO FEBRE ACOMPANHADA DE DORES DE CABEÇA, NO CORPO, NAS ARTICULAÇÕES E ATRÁS DOS OLHOS, ALÉM DE FRAQUEZA, MANCHAS AVERMELHADAS OU ROXAS E COCEIRA.. Dor abdominal intensa e contínua Vômitos persistentes Sangramentos Sonolência/irritabilidade Diminuição da sudorese Queda de pressão arterial/tontura Aumento progressivo do hematócrito A CONFIRMAÇÃO DA DENGUE É FEITA COM BASE NOS SINTOMAS APRESENTADOS E NOS EXAMES FÍSICO E LABORATORIAIS. O HEMOGRAMA (HEMATÓCRITO E PLAQUETAS) PODE AUXILIAR E AGILIZAR OS CUIDADOS QUE O DOENTE DEVE TER. CHIKUNGUNYA Doenças causada pelo vírus chikungunya (CHIKV) Transmitido pelo mosquito do gênero Aedes Encontrado em todo o mundo, particularmente na África, Ásia e Índia; As formas graves da doença são raras, mas quando ocorrem, podem, excepcionalmente, evoluir para óbito. Transmissão Transmissão para o mosquito Até o 5 dia elas podem transmitir É possível a transmissão por transfusão sanguínea. Nas gestantes, pode haver transmissão no parto; Não há transmissão de pessoa a pessoa; Sintomas Pessoa saudável De 2 a 10 dias após a picada. Febre alta de início rápido Dores intensas simétricas nas articulações dos pés, mãos, dedos, tornozelos, punhos e joelhos. Dores no corpo Dor de cabeça Manchas vermelhas na pele AS DORES NAS ARTICULAÇÕES PODEM SER ALIVIADAS COM COMPRESSAS FRIAS DE QUATRO EM QUATRO HORAS, POR 20 MINUTOS. OS SINAIS E SINTOMAS TANTO DA DENGUE E CHIKUNGUNYA TENDEM A SER MAIS INTENSOS EM CRIANÇAS E IDOSOS. PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS TEM MAIS CHANCES DE DESENVOLVER FORMAS GRAVES DA DOENÇA. Zika Vírus Zika - ZIKV Transmitida pelo mosquito Aedes aegypit A evolução da Zika é benigna Os sintomas desaparecem espontaneamente de 3 a 7 dias Transmissão A transmissão pode acontecer da mulher grávida para o feto e pode resultar em aborto espontâneo , óbito fetal, além de está relacionada a danos fetais Transmissão sexual Transfusão de sangue Sintomas A maioria das pessoas infectadas, não desenvolvem manifestações clínicas, porém podem ter: Dor de cabeça Febre baixa Dores leves nas articulações Manchas vermelhas Coceira na pele Vermelhidão nos olhos Zika - Gestantes Aborto Formas graves e atípicas são raras mas podem evoluir para o óbito. Microcefalia Zika – Recém nascidos Todos os bebês com microcefalia deverão manter consultas de puericultura nas UBS. Também deverão ser acompanhados em serviços especializados para estimulação precoce MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE VETORIAL O vetor é o único elo vulnerável da cadeia de transmissão das três doenças, de forma que para fazer o controle da incidência é necessário a redução da densidade de infestação pelo Aedes • Medidas são adotadas conforme a situação epidemiológica Períodos não epidêmicos Em municípios infestados as ações de controle devem ser executados rotineiramente em toda área urbana com finalidade de levantar os índices larvários, momento ideal para adoção de medidas que visem impedir epidemias futuras. Períodos epidêmicos As ações de rotina (visita casa a casa, mobilização da população, mutirões de limpeza) devem ser intensificadas. Situação epidemiológica (surto ou epidemia) indicar a necessidade de realizar ações que venham a ultrapassar a capacidade operativa do município, deve-se solicitar apoio em nível estadual. Conclusões SOBRE A PREVENÇÃO • É PRIMORDIAL A ELIMINAÇÃO DOS CRIADOUROS DE MOSQUITO; • HAVENDO SINTOMAS PROCURAR SERVIÇO DE SAÚDE E EVITAR AUTO MEDICAÇÃO; • TAMBÉM RECOMENDA SE USAR ROUPAS QUE MINIMIZEM A EXPOSIÇÃO, ALÉM DE REPELENTES, INSETICIDAS DOMÉSTICOS E MOSQUITEIROS PARA AQUELES QUE DORMEM DURANTE O DIA; • POR FIM, É ACONSELHÁVEL A INSTALAÇÃO DE TELAS EM PORTAS E JANELAS BIOLOGIA E CONTROLE DE ROEDORES, QUIRÓPTEROS, ESCORPIONÍDEOS E ARACNÍDEOS INTRODUÇÃO Urbanização ocorreram modificações ambientais o que facilitou aproximação da população humana com a de outros animais, algumas não desejáveis Saneamento É um conjuto de todos os fatores do meio físico do homem que exercem poder, ou pode exercer pode deliterico sobre seu bem-estar físico, mental e social Residos sólodos tem grande importâcia na transmisãode doeças por artrópodes e roedores OMS diz que o controle a correta eliminação de residos reduz 90% das mosca, 65% dos ratos e 45% dos mosquitos O risco de potencial de transmisão das doenças infecciosas por qual quer residos sólidos são: Presença do agente infeccioso Da capacidade desse agente sobreviver no lixo Da sua capacidade de transmissão do lixo para o hospedeiro susceptieis Sinantropia ROEDORES São roedores sinantrópicos que sobrevivem facilmente em diferentes ambientes ( Urbano e rural ) tendo uma importância em saúde publica pela sua transmisão de doenças Três espécies de importância para o homem: Mus musculus (camundongo) Rattus norvegicus (ratazana) Rattus rattus (rato de telhado) Os ratos possuem hábito noturno Estes animais competem diretamente com o homem por alimentos – Perda anual 8% da produção mundial de cereais e raízes. Perdas maiores contaminação de alimentos, farelos e rações animais – urina e fezes Os roedores podem transmitir diversas doenças, como por exemplo, a leptospirose, a peste bubônica, o tifo murino, sarnas e micoses, entre outras. Por essa razão, o controle de roedores torna-se imprescindível, devendo ser tratado efetivamente como um problema de saúde pública. RATOS BIOLOGIA E COMPORTAMENTO Mus musculus Bastante encontrado espaço urbano em Hábito intradomiciliar – próximo ao homem Porte pequeno e delicado, e abriga-se e procria em móveis, despesas, frestas e orificios nas paredes São Onívora Os camundongo apresentam neofilia métodos de controle mecânico ratoeira Forma pequenos grupos familiares vida média 12 meses maturidade sexual 42 a 45 dias período de gestação 19 a 21 dias São facilmente transportadas através de caixas de alimentos raio de ação pequeno 3 m RATOS BIOLOGIA E COMPORTAMENTO Rattus norvergicus Espécie mais comum encontrada Grande porte (600 gr) Vive em colônias e dependendo da disponibilidade de alimento, água e abrigo, pode conter um grande número de indivíduos; Abrigase abaixo do solo, por isso cava tocas e forma túneis, também podem ser encontrado em galerias de esgoto ou pluviais, caixas subterrâneas de telefone, preferem locais próximos a fonte de alimentos Maturidade sexual 60 a 90 dias Gestação 22 a 24 dias com ninhadas 7 a 12 filhotes (8 a 12 ninhadas/ano) Agrupa-se em colônias hierarquicas (dominados e dominantes), raio de ação curto 50 m Em grandes cidades perde parcialmente neofobia pela próxima convivência do homem e a dinâmica urbana; Mantêm hábitos noturnos, procurando se afastar de locais muito movimentados, sendo visíveis durante o dia em área com alta infestação Dispersa-se por via ativa (formação de novas colônias) e passiva (transportados em caminhões) São espécie mais favorecida pelo ambiente urbano, ocupações clandestinas, favelas e locais sem infra- estrutura de saneamento,surtos de leptospirose, casos de mordeduras e infecções alimentos contaminados por fezes e urina RATOS BIOLOGIA E COMPORTAMENTO Rattus rattus Pertence ao mesmo gênero da ratazana; Tamanho menor 300 gr; Maturidade sexual 60 a 75 dias Período de gestação 20 a 22 dias com ninhada de 7 a 12 filhotes (4 a 8 ninhadas/ano); Suas colônias habita locais altos, telhados e sótão onde constroem seus ninhos; É onívoro e tem raio de ação maior que as ratazanas; Adapta-se à arquitetura urbana formada por grandes edifícios e sobrados transformados em cortiços; Existem alguns sinais que denunciam a presença de roedores em um imóvel: a) Sons: É possível escutar à noite barulhos de corridas rápidas, ou de roeduras, nos forros de gesso ou madeira ou também em locais mais tranquilos do imóvel. b) Fezes: As fezes dos camundongos têm aproximadamente 0,5 cm de comprimento e são afiladas nas pontas. As fezes de ratos de telhado têm o mesmo aspecto, porém com o comprimento maior (aproximadamente 1 cm). No caso das ratazanas, as fezes têm o comprimento de aproximadamente 1,5 cm e não tem as pontas afiladas. c) Urina: Quando exposta à luz ultravioleta, a urina dos ratos emite fluorescência, mesmo depois de seca. d) Trilhas: As trilhas usadas como comunicação das tocas ao alimento, quando feitas em um jardim, são facilmente reconhecidas, pois a vegetação se torna rala ou inexistente nesses locais. Como verificar a presença de roedores d) Marcas de gordura: Quando os ratos caminham por um local, geralmente o fazem roçando seus corpos nas paredes enquanto se deslocam. Utilizando-se do mesmo caminho, as paredes ficam marcadas com a gordura dos pelos do corpo. e) Roeduras: Marcas de dentes embaixo das portas, em portas de armários, portas de gabinetes, denunciam a presença dos roedores. f) Excitação de cães a gatos: Esses animais têm um olfato muito apurado e ficam especialmente agitados quando percebem a invasão do seu ambiente por roedores. g) Ninhos: Muitas vezes são feitos com papéis, pedaços de tecidos, com a presença de grande Como verificar a presença de roedores? PROGRAMA DE CONTROLE Um programa de controle de roedores deve ter como base o diagnóstico do município quanto à prevalência das espécies existentes, grau de incidência de doenças por eles transmitidas, assim como as condições socioeconômicas e sanitárias da cidade em questão. Temporária ou permanente – área alvo – reduzir ou eliminar o risco iminente de transmissão de doença; Ações devem ocorrer de forma programada, coordenada em situações específicas, critérios epidemiológicos – roedores sobre restrições para diminuição e/ou equilíbrio – eliminação ou redução do risco de transmissão de doenças para seres humanos; COMO DEVE SER FEITA O CONTROLE DE PRAGAS? PROGRAMA DE CONTROLE COMBATE BASEIA-SE: Conhecimento de sua biologia; Hábitos comportamentais; Habilidades e o capacidade físicas Exames e conhecimentos do meio ambiente, onde os roedores ficam localizados, para facilitar o combate. “Manejo integrado” PROGRAMA DE CONTROLE O MANEJO INTEGRADO PRESSUPÕE 5 FASES DISTINTAS Inspeção: Observar o local em busca de indícios que denunciem a presença de ratos; Identificação Medidas preventivas e corretivas: visa impedir e/ou dificultar a implantação e expansão de novas colônias de roedores; Correto acondicionamento do lixo Canalização de córregos a céu aberto Manter terrenos baldios limpos e murados Uso de ralos e telas metálicas Manter limpas as instalações de animais domésticos Evitar acúmulo de entulhos próximos a residência Desratização; Avaliação e monitoramento; OBS: A finalidade desse exame inicial é um melhor conhecimento do conjunto de ambientes, infestados ou não, onde a atuação deverá ocorrer. Serve para reunir dados necessários e indispensáveis ao planejamento das ações. O MANEJO INTEGRADO PRESSUPÕE 5 FASES DISTINTAS Esse fenômeno tem base biológica resultante de uma intervenção errada executada pelo homem “Efeito Bumerangue” Esse efeito consiste no aumento da população inicial de roedores ao invés de sua diminuição, isso devido uma desratização mal feita que apenas alguns elementos da colônia morrem. Objetivos Reduzir os numeros reduz os agravos a saúde e a economia Tem a denuncia e a busca Controle por meio de armadilhas e produtos quimicos Doenças relacionadas pelos ratos Leptospirose, peste negra, Tifu murino causado pela picada de pulga infectadas pela bacteria Richettsia typhi Peste bubônica Causada pela picada de puga infectada pelo bacilo Yersinia pestis QUIRÓPTEROS MORCEGOS Ordem Quiróptera – kheir = mão; pterón = asa Espécies conhecidas 1.000 – 70% insetívoras Maioria não causa danos ao homem, alguns importância na saúde pública Brasil – 140 espécies de morcegos Alimentação diversificada Morcegos carnívoros pequeno número de espécies e alimentam-se rãs, camundongos, peixes, insetos e outros animais Muitas espécies tem hábitos noturno Morcegos hematófagos incluem somente três espécies – América Latina, desde sul do México até o norte da Argentina, alimentam-se de sangue aves e de mamíferos. Morcegos são muito conhecidos como os responsáveis pela transmissão da raiva MORCEGOS – Biologia e comportamento Precisam de abrigo condições que atendam necessidades de temperatura, umidade, luminosidade e acasalamento – Cavernas, frestas em rochas, forros, sotão, porão, edificações, folhagens e copa de árvores e palmeiras; Longevidade – 20 anos (hematófagos) e 30 anos (insetivoros) Áreas urbanas fornecem abrigo para muitas espécies de morcegos insetívoros e frugívoros. A iluminação atrai insetos que servem de alimentos Bovinos, equinos, suínos, aves silvestres, cães, e o próprio homem são fontes de alimentos para morcegos hematófagos. Gestação de dois a sete meses, dependendo da espécie. Os insetívoros têm um período de gestação de dois a três meses Os fitófagos (frugívoros e nectarívoros), em torno de três a cinco meses. Hematófagos, gestação aproximada de sete meses. Os filhotes (geralmente um por gestação) nascem sem pêlos ou com uma pelagem tênue. Estes em seus primeiros meses de vida são alimentados com leite materno e, gradativamente, começam a ingerir o mesmo alimento dos adultos que é indicado pela mãe. Morcegos e saúde pública Os morcegos são passíveis de adquirir e transmitir várias enfermidades - Raiva - morcegos hematófagos são considerados muito eficientes na propagação dessa doença, pois estão envolvidos diretamente na transmissão deste vírus, através de sua saliva, quando vão se alimentar de suas presas. Transmissão por morcegos não-hematófagos, a pessoas e outros mamíferos pode ser considerada ocasional, pois seu contato direto é, geralmente, acidental. Outra doença é a Histoplasmose, enfermidade causada pela inalação de esporos do fungo Histoplasma capsulatum, comumente encontrado no acúmulo de fezes dos morcegos. Essa doença é facilmente confundida com pneumonia e tuberculose e sua gravidade depende da quantidade de esporos inalados. A infecção humana ocorre mais frequentemente quando pessoas adentram em cavernas quentes, úmidas e sem ventilação e com acúmulo de fezes . O acúmulo de fezes em abrigos de aves, como galinheiros e pombais, também é importante fonte de desenvolvimento do fungo. Métodos de controle Os morcegos exercem papel importante na natureza – identificar as espécies de morcegos presente na área – medidas ecologicamente corretas sejam adotadas – comportamento e biologia cada espécie. Lei Federal nº 9605 de fevereiro de 1998. (Lei do Meio Ambiente), não podem ser exterminados indiscriminadamente; presença deles deve ser notificado aos órgãos competentes Centro de Controle de Zoonoses - serviço de atendimento a demanda da população Podem causar riscos para saúde humana e outros mamíferos, alguns procedimentos devem ser empregados para evitar transtornos principalmente em áreas urbanas , algumas medidas de controle como vedação do abrigo, captura, retirada do alimento ARACNÍDEOS ESCORPIÕESArtrópode quelicerado Filo: Arthopoda Classe: Arachnida Ordem: Scorpiones Algumas regiões chamadas de lacrau A fauna escorpiônica brasileira é representada por cinco famílias: Bothriuridae, Chactidae, Liochelidae e Buthidae (60% do total incluindo as de interesse em saúde pública) Possuem hábitos noturnos , utilizando a noite para procurar alimento Alimentam-se principalmente de cupins , moscas, grilos, baratas e outros insetos Costumam habitar locais escuros (buracos, fendas, entre tijolos, entulhos, lixo) e, se sentem ameaçados , usam o ferrão para picar a vítima e introduz o veneno Na falta de alimento pode praticar o canibalismo Escorpiões - Reprodução Os escorpiões são animais vivíparos; Os filhotes recém-nascidos ficam no dorso da mãe até realizarem a primeira troca de pele. Passados mais alguns dias, abandonam o dorso dela e passam a ter vida independente. O período entre o nascimento e a dispersão dos filhotes varia bastante. Para Tityus bahiensis e Tityus serrulatus é de aproximadamente 14 dias. Os escorpiões trocam de pele periodicamente, em um processo denominado ecdise; a pele antiga é a exúvia. Passam por um número limitado de mudas até a maturidade sexual, quando então param de crescer. A espécie Tityus serrulatus (escorpião amarelo) reproduz-se por partenogênese. Só existem fêmeas e todo indivíduo adulto pode parir sem a necessidade de acasalamento. Este fenômeno facilita sua dispersão; por causa da adaptação a qualquer ambiente, uma vez transportado de um local a outro (introdução passiva), instala-se e prolifera com muita rapidez. Além disso, a introdução de T. serrulatus em um ambiente pode levar ao desaparecimento de outras espécies de escorpiões devido à competição. No Brasil o Genero de importância é o Tityus O período de gestação é variado mas, em geral, dura três meses para gênero Tityus Tem uma coloração amarelada, são agressivos, e os acidentes ocorrem por destração da vítima Saúde pública Das 1.600 espécies conhecidas no mundo, - apenas 25 são consideradas de interesse em saúde pública. No Brasil, onde existem cerca de 160 espécies de escorpiões, as responsáveis pelos acidentes graves pertencem ao gênero Tityus que tem como característica, entre outras, a presença de um espinho sob o ferrão. As principais espécies capazes de causar acidentes graves são: Tityus serrulatus Tityus bahiensis Tityus stigmurus Tityus paraensis Outros escorpiões Gênero Tityus Menos importância na Saúde pública Tityus metuendus Tityus silvestris Tityus brazilae Tityus confluens Tityus costatus Tityus fasciolatus Tityus neglectus Tityus mattogrossensis Genero Ananteris A. balzanii, A. franckei, A. mauryi A. luciae Genero Rhopalurus Rhopalurus agamemnon Rhopalurus rochai Genero Bothriurus Bothriurus araguayae Genero Thestylus Thestylus aurantiurus Genero Broteas Broteas amazonicu Escorpiões – Por que controlar É necessário controlar as populações de escorpiões pelo risco que representam para a saúde humana, já que a erradicação dessas espécies não é possível e nem viável. No entanto, o controle pode diminuir o número de acidentes e, consequentemente, a morbimortalidade. Algumas espécies de escorpiões são adaptadas a ambientes alterados pelo homem. Já nas áreas urbanas, medidas devem ser adotadas para evitar sua proliferação, por meio de ações de controle, captura (busca ativa) e manejo ambiental. Identificar e conhecer a distribuição de escorpiões prevalentes permitirá planejar e dimensionar as estratégias adequadas de controle para uma determinada área. Dessa forma, é possível realizar o serviço de conscientização da população e prevenção dos acidentes por escorpião A quem compete fazer o controle? Deacor com oinciso10 do art 3° da portaria MS\GM n° 1.172, de 15 de junho de 2004 refere-se a organização do sistema única de saúde ( SUS ) e as atribuições relacionadas a vigilância em saúde, compete ao municipio o registro, a capitura, a apreensão e a eleminação de animais que represente á saúde do homem, cabendo ao estado a supervisão, acompanhamento e orientação dessas ações Ações de controle de escorpiões Intervenção nas áreas de risco Identificação de áreas prioritárias OBS: A intervenção para o controle de escorpiões consiste na busca ativa em todo e qualquer imóvel (área interna e externa) visando a captura de exemplares Como proceder na busca ativa? Havendo ocorrência de escorpiões, causador de acidente ou não, ou no monitoramento de áreas priotárias , deve ser realizada a busca ativa. Devido ao tipo de serviço que a busca ativa envolve – manipulação de entulho, material de construção, etc, esta não deve ser realizada por apenas um profissional, sendo necessário no mínimo dois. Para realizar as atividades de busca ativa, os profissionais devem fazer uso dos equipamentos de segurança (EPI) Escorpiões - Controle As medidas de controle e manejo populacional de escorpiões baseiam-se na retirada/coleta dos escorpiões e modificação das condições do ambiente a fim de torná-lo desfavorável à ocorrência, permanência e proliferação destes animais. Manter limpos quintais e jardins, não acumular folhas secas e lixo domiciliar; Não jogar lixo em terrenos baldios; Limpar terrenos baldios situados a cerca de dois metros (aceiro) das redondezas dos imóveis; Eliminar fontes de alimentos para os escorpiões: baratas, aranhas, grilos e outros pequenos animais invertebrados; Telar as aberturas dos ralos, pias ou tanques; Telar aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos calafetados Rebocar paredes para que não apresentem vãos ou frestas ARANHAS Animais invertebrado da Ordem Araneae possuem um Exoesqueleto de quitina Cabeça e o tórax - cefalotórax ou prossoma Quatro pares de patas Pedipalpos que funciona como órgão sensorial Queliceras – aparelho inoculador de toxias Fiandeiras – seda situado no abdômen BIOLOGIA E COMPORTAMENTO Corpo formado por cefalotórax (cabeça e tórax) e o abdomen Quelíceras segurar, picar e triturar a presa – injetam a toxina Todas as aranhas produzem seda, mas só algumas constroem teias para capturar os animais de que se alimentam. As outras usam as teias como moradas e para proteger seus ovos Carnívoras alimentando-se principalmente de insetos (grilos e baratas) Trocam de pele – 5 a 7 vezes durante a vida Aranhas de interesses na saúde publica Aranha armadeira (Phoneutria sp). Aranha marrom (Loxosceles sp). Viúva negra (Latrodectus sp). BIOLOGIA E COMPORTAMENTO Aranha armadeira ou macaca (Phoneutria) Bastante agressiva, assume posição de defesa saltando até 40 cm de distância. O corpo pode atingir 4 cm, com 15 cm de envergadura. Ela é caçadora, com atividade noturna, não fazem teias. Abriga-se sob troncos, palmeiras, bromélias e entre folhas de bananeira. Pode se alojar também em sapatos, atrás de móveis, cortinas, sob vasos, entulhos, materiais de construção, etc. Acidentes são comuns – crianças graves Dor intensa no local Tratamento – anestésico no local ou soro antiaracnídio BIOLOGIA E COMPORTAMENTO Aranha-marrom (Loxosceles) Não é agressiva, pica geralmente quando comprimida contra o corpo. Tem um centímetro de corpo e até três de comprimento total. Possui hábitos noturnos, constrói teia irregular como “algodão esfiapado”. Esconde-se em telhas, tijolos, madeiras, atrás ou embaixo de móveis, quadros, rodapés, caixas ou objetos armazenados em depósitos, garagens, porões, e outros ambientes com pouca iluminação e movimentação. BIOLOGIA E COMPORTAMENTO Viúva-negra (Latrodectus) Não é agressiva. A fêmea pode chegar a 2 cm e o macho de 2 a 3 cm. Tem atividade noturna e hábito de viver em grupos. Faz teia irregular em arbustos, gramíneas, cascas de coco, canaletas de chuva ou sob pedras. É encontrada próxima ou dentro das casas, em ambientes sombreados, como frestas, sob cadeiras e mesas em jardins. Os acidentes com aranhas do gênero Lycosa (aranha de grama), apesar de frequentes, e pelas caranguejeiras (subordem Mygalomorphae), não constituemgrave problema de Saúde Pública, pois seu veneno é pouco ativo para o ser humano. Medidas de controle Limpeza periodicamente do pirimetro domicilia, evitando-se o acúmulo de materiais como lenha, tijolo, pedras para evitar alojamentos e proliferação de aranhas Cuidados de hygiene das residências, mannejo adequado do lixo, vedação da soleira das portas são medidas auxiliaries importantes na prevenção de acidentes por aranhas O uso de inseticidas no controle desses animais é muito discutido OBS: O uso periódico de inseticidas não é solução. Além do alto custo, a aplicação desses produtos tem pouquíssimo efeito e pode provocar intoxicações em seres humanos e animais domésticos. O ideal é remover o material acumulado onde as aranhas estavam alojados, o que evitará a reinfestação
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