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Resumo saúde pública

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CISNE FACULDADE TECNOLÓGICA DE QUIXADÁ 
 Professor
 Aluno: Francisco Gebson Valentim de Sousa
 Atividade Complementar
Descrição
É uma antropozoonose de elevada prevalência e expressiva morbimortalidade. Apresenta curso clínico bifásico, composto por uma fase aguda (clinicamente aparente ou não) e uma fase crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada, cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva.
Descoberta em 1909 – Carlos Chagas 
Hoje existem 6 milhões de pessoas infectadas em 21 países da América Latina, de 6 a 7 milhões no mundo e calcula-se que 70 milhões de pessoas estejam em risco de contrair a doença. 
VETORES 
Subfamília Triatominae 
Barbeiro, chupão, procotó ou bicudo 
Insetos hematófagos 
Triatoma infestans – interrupção (principal) 
Triatoma brasiliensis – NE •Panstrongylus megistus •Triatoma pseudomaculata – Baixa taxa de infecção por Trypanossoma cruzi •Triatoma sórdida – capturada no Brasil •Ceará •Rhodnius nasutus Outras espécies de triatomíneos
RESERVATÓRIOS 
Homem, mamíferos silvestres e domésticos 
Aves e animais de “sangue frio” - refratários 
e algumas espécies de morcegos, 
uma mesma espécie de mamífero pode ter importância como reservatório em uma região, mas não em outra. 
. 
Expressiva morbidade e mortalidade Antropozoonose Alta prevalência Curso clínico bifásico
 
MODO DE TRANSMISSÃO 
Vetorial 
Vertical 
Transfusional 
Transplante de órgãos 
Acidentes laboratórios 
Outras formas acidentais
Vetorial – acontece pelo contato do homem suscetível com as excretas contaminadas dos triatomíneos, que, ao picarem os vertebrados, costumam defecar após o repasto, eliminando formas infectantes do parasito, que penetram pelo orifício da picada, mucosas ou por solução de continuidade deixada pelo ato de coçar
Vertical – ocorre, principalmente, pela via transplacentária e pode ocorrer em qualquer fase da doença (aguda ou crônica). A transmissão pode ocorrer durante a gestação ou no momento do parto. Há possibilidade de transmissão pelo leite, durante a fase aguda da doença. Já em nutrizes na fase crônica, a transmissão durante a amamentação pode ocorrer em casos de sangramento por fissura mamária e não propriamente pelo leite.
Por via oral – quando há ingestão de alimentos contaminados acidentalmente com o parasito, seja o triatomíneo ou suas fezes. Também pode ocorrer por meio da ingestão de carne crua ou mal cozida de caça ou alimentos contaminados pela secreção das glândulas anais de marsupiais infectados.
Manuseio ou utilização do alimento contaminado. É o tipo de transmissão que geralmente está associada aos surtos de doença de Chagas aguda (DCA).
Transfusional – também representa importante via de propagação da doença nos centros urbanos, sendo considerada a principal forma de transmissão em países não endêmicos (Canadá, Espanha, Estados Unidos e outros
Por transplante de órgãos – a doença, em sua fase aguda, apresenta-se mais grave, uma vez que os receptores são submetidos à terapia imunossupressora.
Por acidentes laboratoriais – acidentes laboratoriais também podem ocorrer devido a contato com culturas de T. cruzi, exposição às fezes de triatomíneos contaminadas ou sangue (de casos humanos ou de animais) contendo formas infectantes do parasito.
Por outras formas acidentais – foram registrados casos, principalmente em crianças, pela ingestão acidental do triatomíneo e/ou contato direto com as excretas do inseto contaminado com T. cruzi.
Ciclo de transmissão vetorial da doença de Chagas
No pastejo sanguineo do triatomas ocorrem a liberação de fezes dos tripanossomas que invadem células, e se transforma na forma amastigota, e se multiplicam dentro da célula, depois os amastigotas se transforma em tripomastigota e destrói a célula, e saem para o sangue, que pode envadir outras células, ou pode ser ingerido por um outro triatominio, e no intestino do inseto se transforma em epimastigota, e se multiplicam, e depois se transforma em tripomastigota que é a forma infectantante nas fezes do inseto
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
Transmissão vetorial – 4 a 15 dias 
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE 
A maioria dos indivíduos com infecção por T. cruzi alberga no sangue, nos tecidos e orgãos durante toda a vida. 
Transmissão oral – 3 a 22 dias 
Transmissão transfusional – 30 a 40 dias ou mais 
Transmissão por acidentes laboratoriais – até 20 dias após exposição 
Outras formas de transmissão – não existe período definido 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Possui uma fase aguda e uma crônica 
Pode permanecer assintomática por anos 
Sinais e sintomas cardíacos 
Edema de face e membros 
Hepatomegalia e/ou esplenomegalia 
FASE AGUDA 
Sintomatologia inespecífica 
Febre, diarreia, vômitos, cefaleia... 
Sintomatologia específica 
Predomina o parasita número elevado na corrente sanguínea 
Manifestações clínicas
· Fase aguda (inicial)
Predomina o parasito em número elevado circulante na corrente sanguínea.
A manifestação mais característica é a febre constante, inicialmente elevada (38,5 a 39°C), podendo apresentar picos vespertinos ocasionais
Em alguns casos, com quadro clínico mais grave, pode evoluir para óbito.
Sintomatologia inespecí!ca – na maioria dos casos ocorre: prostração, diarreia, vômitos, inapetência, cefaleia, mialgias, aumento de linfonodos; exantema cutâneo de localização variável, com ou sem prurido e de aparecimento fugaz; irritação em crianças menores, que apresentam frequentemente choro fácil e copioso
.
Sintomatologia especí!ca 
- sinais e sintomas de miocardite difusa com vários graus de gravidade;
- sinais de pericardite, derrame pericárdico, tamponamento cardíaco;
- manifestações sindrômicas de insuficiência cardíaca, derrame pleural;
- edema de face, de membros inferiores ou generalizado;
- tosse, dispneia, dor torácica, palpitações, arritmias;
- hepatomegalia e/ou esplenomegalia, de leve a moderada intensidade.
Sinais de porta de entrada
edema bipalpebral unilateral por reação in!amatória à penetração do parasito, na conjuntiva e adjacências
hemorragia digestiva (hematêmese,
hematoquezia ou melena), icterícia, 
· Fase crônica
A parasitemia é baixa e intermitente. Inicialmente é assintomática e sem sinais de comprometimento cardíaco e/ou digestivo, e pode apresentar-se com as formas elencadas a seguir.
Presença indireta de anticorpos (IgG, anti-T.cruzi) no sangue da pessoa, por meio de exames sorológicos. Precisam ser feitos de dois a três exames de sangue. 
Forma indeterminada – paciente assintomático e sem sinais de comprometimento do aparelho circulatório (clínica, eletrocardiograma e radiogra"a de tórax normais) e do aparelho digestivo (avaliação clínica e radiológica normais de esôfago e cólon). Esse quadro poderá perdurar por toda a vida do indivíduo infectado ou pode evoluir tardiamente para a forma cardíaca, digestiva ou associada (cardiodigestiva).
Forma cardíaca – evidências de acometimento cardíaco que, frequentemente, evolui para quadros de miocardiopatia dilatada e insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Essa forma ocorre em cerca de 30% dos casos crônicos e é considerada responsável pela maior frequência de óbitos na doença de Chagas crônica (DCC).
Forma digestiva – evidências de acometimento do aparelho digestivo que pode evoluir para megacólon e/ou megaesôfago. Ocorre em cerca de 10% dos casos.
Forma associada ou mista (cardiodigestiva) – ocorrência concomitante de lesões compatíveis com as formas cardíacas e digestivas.
Parasitemia baixa 
Diagnóstico
Estágio infeccioso Forma Tripomastigota no inseto
Estágio diagnóstico Forma amastigota no sangue
Fase aguda 
Provas parasitológicas diretas, com as quais se busca visualizar diretamente no microscópio o parasita no sangue da pessoa com suspeita de infecção; 
Fase crônica
Presença indireta de anticorpos (IgG, anti-T.cruzi) no sangue da pessoa, por meio de exames sorológicos. Precisam ser feitos de dois a trêsexames de sangue. 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 OBJETIVOS 
Detectar precocemente casos de DCA 
Proceder a investigação epidemiológica de todos os casos agudos para identificar a forma de transmissão 
Monitorar a infecção por T. cruzi na população humana 
Manter eliminada a transmissão por T. infestans e sob controle as outras espécies importantes 
Monitorar o perfil de morbimortalidade 
Incorporar ações de vigilância sanitária, ambiental, de vetores e reservatórios de forma integrada com a vigilância epidemiológica 
NOTIFICAÇÃO 
Obrigatório/Imediata – Até 24 horas após a suspeita (segundo a segundo a Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de Setembro de 2017 Ministério da saúde. 
Registro - Ficha de Investigação de DCA (Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN) 
INVESTIGAÇÃO 
Imediata – Ficha de Investigação da DCA 
Adotar medidas de controle e prevenir a ocorrência de novos casos 
A inserção da fase crônica (DCC) como notificação compulsória nacionalmente (Portaria Ministério nº 264, de 17 de Fevereiro de 2020)
VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA 
Vigilância Passiva 
Participação da população na notificação de triatomíneos 
Vigilância Ativa 
Realizada por equipes de entomologia do município 
PREVENÇÃO E CONTROLE 
Prevenção - Forma de transmissão 
Transmissão Vetorial 
Manter quintais limpos; 
Não confeccionar cobertura para casas com folhas de palmeiras; 
Vedar frestas e rachaduras nas paredes e utilizar telas em portas e janelas; 
Adotar medidas de proteção individual – uso de repelentes, roupas de manga longas quando realizar atividades noturnas, uso de mosquiteiros 
Quando o morador encontrar triatomíneos no domicílio 
Não esmagar, bater ou danificar o inseto; 
Proteger a mão com luva ou saco plástico 
Os insetos devem ser acondicionados em recipientes plásticos
 uso de mosquiteiros ao dormir.
PREVENÇÃO E CONTROLE 
Transmissão oral 
Intensificar ações de vigilância sanitária e inspeção – local de manipulação 
Instalar fontes de iluminação distante dos equipamentos de processamento de alimentos 
Realizar ações de capacitação para manipuladores de alimentos e profissionais de informação, educação e comunicação OBS: Resfriamento ou congelamento de alimentos não previne a transmissão oral por T. cruzi, mas a cocção acima de 45°C, a pasteurização e a liofilização, sim. 
Resfriamento ou congelamento de alimentos não previne a transmissão oral por T. cruzi, mas a cocção acima de 45°C, a pasteurização e a liofilização, sim.
PREVENÇÃO E CONTROLE 
Transmissão vertical 
Gestantes endêmicas ou suspeitas da infecção – importante a confirmação monitorar tanto a mãe como recém nascido; 
Não ser feito o aleitamento materno – parasitemia na fase aguda 
Fase crônica – não indicado interromper o aleitamento materno 
Transmissão transfusional 
Controlada – políticas de segurança de sangue Os desafios ainda são enormes para o enfrentamento da doença de Chagas, esta enfermidade silenciosa que, além da carga de morbidade, mortalidade, incapacidade e estigma, impõe uma carga social e financeira relevante, principalmente sobre grupos economicamente menos privilegiados e marginalizados. 
 Instituição do dia Mundial da doença de Chagas é de certa forma o reconhecimento global da doença como um problema de saúde pública. Espera-se, com a mobilização que já vem ocorrendo após a instituição desse dia, o fortalecimento do SUS para o enfrentamento e priorização da atenção às pessoas acometidas pela doença. 
Diagnóstico diferencial
Para a fase aguda, devem ser considerados agravos como leishmaniose visceral, malária, dengue, febre tifoide, toxoplasmose, mononucleose infecciosa, esquistossomose aguda, infecção por coxsakievírus, sepse e doenças autoimunes. Também doenças que podem cursar com eventos íctero-hemorrágicos,
como leptospirose, dengue, febre amarela e outras arboviroses, meningococcemia, sepse, hepatites virais, febre purpúrica brasileira, hantaviroses e rickettsioses.
Tratamento específico
O benznidazol é o fármaco de escolha disponível. O nifurtimox pode ser utilizado como alternativa
O tratamento etiológico tem como objetivos curar a infecção, prevenir lesões orgânicas ou sua evolução e diminuir a possibilidade de transmissão de T. cruzi.
. 
Critérios de cura
Não existem critérios clínicos que possibilitem definir com exatidão a cura de pacientes com DCA.
É possível utilizar a PCR para o controle da parasitemia pós-tratamento, por ser mais exequível que os métodos parasitológicos de enriquecimento.
.
Encerramento de caso
O caso deverá ser encerrado em até 60 dias da notificação. A classificação final do caso deverá obedecer os critérios estabelecidos em Definição de caso.
Droga Dose Via Duração
Monitoramento
Leishmaniose é uma zoonose, problema de saúde pública mundial 
 Mundial da Saúde como uma das cinco doenças infecto-parasitárias endêmicas de maior relevância. 
As leishmanioses estão amplamente distribuídas nas Américas, estendendo-se desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. 
Transmissão vetorial 
Existe dois tipos de Leishmaniose: 
· Leishmaniose Tegumentar 
· Leishmaniose Visceral ou Calazar 
 
Leishmaniose tegumentar 
Leishmania (Leishmania) amazonensis 
Leishmania (Viannia) guyanensi 
Leishmania (Viannia) braziliensis 
Leishmaniose visceral
Leishmania (Leishmania) chagasi 
Leishmania donovani 
Leishmania infantum 
· LEISHMANIOSE TEGUMENTAR OU CUTÂNEA 
Sinonímia: Úlcera de Bauru, nariz de tapir, botão do Oriente. 
É considerada zoonose de animais silvestres, que ocorrência em zonas rurais e em regiões periurbanas 
É Doença infecciosa, Que se apresenta de duas formas apresentar-se: cutânea e mucosa 
Não é contagiosa , que afeta outros animais que não o homem, mas esse envolvido secundariamente 
Não há evidências científicas que comprovem o papel dos animais domésticos como reservatórios das espécies de leishmanias, sendo considerados hospedeiros acidentais da doença. 
VETORES 
Flebotomíneos da Ordem: Diptera 
Subfamília: Phlebotominae 
Gênero:Lutzomyia 
Pode ser conhecidos como Mosquito palha, tatuquira, birigui 
Lutzomyia whitmani, L. intermedia, L. wellcomei 
Resevatórios 
Várias espécies de animais silvestres ( masurpiais, edentados e canídeos silvestres), sinantrópicos (roedores) 
Eles acomete Várias espécies de animais silvestres ( masurpiais, edentados e canídeos silvestres), sinantrópicos (roedores) 
MODO DE TRANSMISSÃO 
Vetorial: Picada de fêmeas de flebotomíneos infectadas. Não há transmissão de pessoa a pessoa. 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
No homem, em média de 2 meses, podendo apresentar períodos mais curtos (duas semanas) e mais longos (2 anos). 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Forma cutânea:
lesões indolores, com formato arredondado ou ovalado e bordas bem delimitadas e elevadas 
Forma mucosa 
Lesões destrutivas localizadas na mucosa, em geral nas vias aéreas superiores 
DIAGNÓSTICO 
Exames Parasitológicos 
pesquisa de amastigota em esfregaço de lesão 
cultura em meios artificiais; 
inoculação em animais experimentais (hamster). 
Histopatológico 
Hematoxilina e eosina 
Imuno-histoquímica 
Exames imunológicos 
IRM (intradermorreação de Moentenegro 
Imunofluorescência indireta (RIFI) 
Elisa 
Moleculares 
PCR (reação em cadeia de polimerase 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
OBJETIVOS 
Detectar e tratar precocemente casos, visando reduzir as deformidades provocada pela doença; 
Áreas de transmissão domiciliar, reduzir a incidência da doença, adotando, após investigação dos casos, medidas de controle pertinente 
NOTIFICAÇÃO 
Doença de notificação compulsória 
Registro - Ficha de Investigação da Leishmaniose Tegumentar Americana (Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN) 
OBS: O seu registro é importante para o conhecimento, a investigação, bem como para a classificação epidemiológica (caso autóctone ou importado) e o acompanhamento dos casos. Uma vez detectado um caso importado, após sua investigação, ele deverá ser notificado no Sinan e ao serviço de saúde estadual ou municipal do local provável de infecção.INVESTIGAÇÃO 
Imediata – Ficha de Investigação da LTA 
ROTEIRO DE INVESTIGAÇÃO 
1.Identificação do paciente 
2. Coleta de dados clínicos epidemiológicos •Para confirmar a suspeita clínica •Para a identificação da área de transmissão
 3. Determinação da extensão da área de transmissão •Caracterização do local provável de infecção (LPI) 
4.Evolução do caso 
5. Encerramento do caso em até 180 dias após notificação 
LEISHMANIOSE VISCERAL 
Doença crônica e sistêmica; 
Quando não tratada – evoluir para óbito em mais de 90% 
Sinonímia: Calazar, barriga d’água, esplenomegalia tropical, febre dundun 
AGENTE ETIOLÓGICO 
Família: Trypanossomatidae 
Leishmania donovani – África e Ásia 
Leishmania infantum – África, Ásia e Europa 
Leishmania chagasi – Américas 
VETORES 
Flebotomíneos 
Ordem: Diptera 
Subfamília: Phlebotominae 
Gênero:Lutzomyia 
Lutzomyia longipalpis – principal Lutzomyia cruzi – MT, MS e GO Mosquito palha, tatuquira, birigui 
RESERVATÓRIOS 
Urbanas – Cão (Canis familiares) - principal 
Homem
Ambiente silvestre – Raposas (Dusicyon vetulus e Cerdocyon thous e os marsupiais (Didelphus albientis) 
MODO DE TRANSMISSÃO 
Vetorial: Picada de fêmeas de flebotomíneos infectadas. 
Insetos muito pequenos (3mm), alado e de voos curtos 
Não há transmissão de pessoa a pessoa.
 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
No homem – 10 dias a 24 meses 
Cão – 3 meses a anos - média 3 a 7 meses 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Manifestações clínicas inespecíficas 
Animal: 
Febre, anemia, emagrecimento e caquexia 
Linfoadenomegalia, hepato e esplenomegalia. 
Alterações dermatológicas são as manifestações clínicas mais comuns (50 a 90% dos cães) . 
•pododermatite 
•Hiperqueratose de coxins 
•Onicogrifose 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Homem: 
Assintomática na maioria dos casos 
Febre baixa, tosse seca, diarreia, sudorese e prostração. 
Emagrecimento progressivo. 
cefaleia 
Abdômen aumentado - hepatoesplenomegalia 
Perturbações digestivas 
Evolução para óbito se o paciente não for submetido ao tratamento específico 
DIAGNÓSTICO
 Exames Parasitológicos 
pesquisa de formas amastigotas em material biológico obtido medula óssea, linfonodo, baço; 
Isolamento em meio de cultura (in vitro). 
Exames imunológicos 
Testes rápidos de imunocromatográficos 
Imunofluorescência indireta 
Elisa 
TRATAMENTO
 Cães 
Proibido, em todo o território nacional, o tratamento da leishmaniose visceral em cães infectados ou doentes, com produtos de uso humano ou produtos não-registrados no (MAPA) 
Nota Técnica Conjunta n° 001/2016 MAPA/MS, assinada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e pelo Ministério da Saúde foi autorizado o registro do um produto a base de Miltefosina. 
Pontos importantes: 
Não existe cura parasitológica para Leishmaniose visceral canina. O declínio da carga parasitária reduzirá o potencial de infecção dos flebotomíneos e, consequentemente, a transmissibilidade da doença. 
A cada quatro (04) meses, o animal em tratamento deverá retornar ao médico veterinário para uma reavaliação clínica. 
Brasil considerada endêmica 
Inicialmente limitada a áreas rurais e pequenas localidades urbanas 
Grandes centros urbanos 
Hoje distribuída em 21 UF atingindo as cinco regiões brasileiras 
Na década de 90 maioria dos casos notificados(90%) ocorreram na região Nordeste em 2012 a região foi responsável por 43,1% 
Mais frequente em crianças menores 10 anos – imaturidade imunológica celular 
EPIDEMIOLOGIA
Cão é considerado o animal reservatório epidemiologicamente mais importante da doença 
A prevalência da infecção em cães em áreas endêmicas – 50% 
A prevalência de infecção é maior que a soroprevalência 
A incidência da doença em humanos nas mesmas áreas varia 1 a 2% 
Felinos - “resistência natural” – capacidade de infectar o vetor 
A região de origem do paciente e suas viagens a locais endêmicos são informações essenciais para a conclusão do diagnóstico; 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA OBJETIVOS 
Identificar áreas vulneráveis e/ou receptivas para transmissão da LV 
Avaliar a autoctonia referente ao município de residência 
Investigar o local provável de infecção 
Conhecer a presença, distribuição e monitorar a dispersão do vetor 
Organizar o serviço para diagnosticar e tratar precocemente os casos 
Estratificar as áreas de transmissão 
Indicar as ações de prevenção e controle conforme situação epidemiológica 
Monitorar a tendência da endemia 
Desencadear e avaliar o impacto das ações de controle 
Áreas com transmissão de LV humana 
•Estratificação áreas segundo decis da média de casos 
Os municípios abaixo do “percentil 90 (P90)” - média de casos < 2,4 estão classificados como de transmissão esporádica 
Os municípios que constituem o “percentil 90 (P90)” - média de casos ≥ 2,4 e < 4,4 estão classificados como de transmissão moderada 
aqueles que estão acima do “percentil 90 (P90)” - média de casos ≥ 4,4 estão classificados como de transmissão intensa . 
Municípios divididos em três classes de transmissão
NOTIFICAÇÃO 
Notificação compulsória 
Suspeito: Leishmaniose Visceral Definição de caso 
•Encontro do parasita nos exames parasitológicos direto e/ou cultura 
•Imunofluorescência reativa com título >= 1:80, desde que excluídos outros diagnósticos diferenciais. 
NOTIFICAÇÃO 
Notificação compulsória 
Definição de caso Confirmado: Leishmaniose Visceral 
Indivíduo proveniente de área com transmissão, febre e esplenomegalia. 
Indivíduo de área sem transmissão, com febre e esplenomegalia, desde que descartado diagnósticos diferenciais mais frequentes na região. 
Confirmado: Leishmaniose Visceral 
Critério clínico laboratorial: Confirmação casos clinicamente suspeitos 
Critério clínico epidemiológico: 
•Paciente de área com transmissão de LV, com suspeita clínica sem confirmação laboratorial, mas com resposta favorável ao tratamento terapêutico.
INVESTIGAÇÃO 
Investigação dos casos 
Acompanhamento a evolução dos casos 
Realizar busca ativa de casos novos e caracterizá-los clinica e laboratorialmente 
Investigação de óbitos 
Orientar medidas de controle, conforme a situação epidemiológica da área 
Todo caso deve ser encerrado no Sinan – 60 dias 
Análise e Divulgação dos dados 
•Indicadores epidemiológicos
 •Indicadores operacionais 
Vigilância entomológica 
OBJETIVOS:
 Levantar e conhecer as informações de caráter quantitativo e qualitativo sobre os flebotomíneos. 
Levantamento entomológico 
•Verificar a presença de L.longipalpis e L. cruzi em municípios sem casos de LV e em municípios com transmissão esporádica, moderada ou intensa, além de conhecer a dispersão do vetor 
Investigação entomológica 
•Verificar a presença de L.longipalpis e/ou L. cruzi em municípios com ocorrência do primeiro caso de L.V ou em situação de surto 
Monitoramento entomológica 
•Confirmar a distribuição sazonal relativa a espécie L.longipalpis e/ou L. cruzi visando conhecer o período mais favorável para transmissão da L.V e assim direcionar o controle químico do vetor 
Vigilância canina 
Definição de caso 
Suspeito
Todo cão proveniente de área endêmica ou onde esteja ocorrendo surto, com manifestações clínicas compatíveis com LVC 
Confirmado: 
Critério clínico laboratorial: Cão com manifestação clínica compatíveis de LVC e que apresente teste sorológico reagente ou exame parasitológico positivo 
Infectado: 
Todo cão assintomático com sorologia reagente ou exame parasitológico positivo, em município com transmissão confirmado. 
Vigilância canina Ações da vigilãncia 
Alertar ao serviço e à classe médica veterinária quanto ao risco de transmissão da LVC; 
Divulgar a população sobre a ocorrência da LVC e orientar a população quanto as medidas de prevenção para eliminação dos prováveis criadouros do vetor; 
Na suspeita clínica de cão, delimitar a área para investigação do foco. Deve-se fazer busca ativa de cães assintomáticos na área de foco para coleta de material para o exame parasitológico e confirmação da identificação da espécie de Leishmania. 
Poder público : desencadear e implementar as ações de limpezaurbana e destino adequado da matéria orgânica; 
Vigilância canina Monitoramento 
Inquerito sorológico amostral 
•Áreas sem transmissão de LV humana ou canina, porém com detecção do L. longipalpis ou L. cruzi com a finalidade de verificar a ausência 
•Áreas com transmissão de LV humana ou canina – permitirá avaliar as taxas de prevalência 
Inquerito sorológico censitário 
•Áreas sem transmissão de LV humana ou canina com população de cães menor que 500 cães; 
•Setores urbanos de municípios com população acima de 20.000 hab; 
•Zona rural de município em qualquer uma das situações de transmissão LV 
MEDIDAS DE CONTROLE 
Pouco efetivas 
Diagnóstico e tratamento precoce casos humanos 
Redução da população de flebotomíneos 
Eliminação dos reservatórios 
Atividades de educação em saúde 
Integradas 
MEDIDAS PREVENTIVAS 
Dirigidas a população humana 
•Medidas de proteção individual – uso de mosquiteiro, telagem de portas e janelas, uso de repelentes 
Dirigidas ao vetor 
•Manejo e saneamento ambiental, por meio de limpeza urbana, eliminação e destino adequado dos resíduos 
Dirigida a população canina
•Uso de telas em canis individuais ou coletivos 
•Controle população canina errante 
•Doação de animais 
•Vacina anti-leishmaniose visceral canina 
•Coleiras impregnadas com Deltametrina a 4% 
MEDIDAS DE CONTROLE 
Orientações para diagnóstico e tratamento dos casos humanos. 
•Organização do serviço 
•Capacitação de profissionais 
•Assistência ao paciente 
•Alerta aos profissionais de saúde 
Orientações dirigidas ao controle do vetor 
Controle Químico 
Classificação epidemiológica e entomológica
MEDIDAS DE CONTROLE 
Orientações dirigidas ao controle do reservatório canino 
Eutanásia de cães 
Animais sororreagentes e/ou parasitológico positivo. 
Orientações dirigidas as atividades educativas 
Devem estar inseridas em todos os serviços que desenvolvem as ações de controle da LV, 
Divulgação da informação a população 
Incorporar atividades ou ações em processos de educação continuada. 
Desenvolvimento de atividades de educação em saúde junto a comunidade; estabelecimento de parcerias buscando a integração interinstitucional. 
Segundo AIT-OUDHIA et al. (2012)
Quatro métodos estão disponíveis para prevenir a disseminação da leishmaniose na população canina: 
Vacinação, o mais recente método, aparentou efetividade após análise de testes realizados na Europa; 
Fornecimento de proteção para os cães contra as picadas dos flebotomíneos através de colares ou repelente de uso tópico, é o segundo método. 
O terceiro é a realização de vigilância sorológica seguindo da eliminação dos animais soropositivos, 
o último método é o tratamento dos animais soropositivos. 
Raiva
Doença aguda que afeta o SNC
Acomete todos os mamíferos, causando uma, encefalomielite fatal 
É causada pelo Lyssavirus
Etiologia
Transmissão por contato direto
Tem Pouca resistência a agentes Químicos (Éter, sais minerais, ácidos e álcalis fortes ), físicos ( Calor, luz ultravioleta ), Condições Ambientais ( Dessecação, luminosidade e temperatura excessiva )
Infecciosidadeno ambiente longa, inativado por autólise.
Putrefação destrói o vírus em 14 dias.
Variantes
cão, também isolada de humanos e animais silvestres terrestres.
Desmodus rotundus, isolada em outras espécies de morcegos, animais de companhia, domésticos, silvestres terrestres e humanos.
Tadarida brasiliensis, isolada em espécies não hematófagos e animais de companhia.
isolada em morcegos hematófagos de outros países, em morcegos não hematófagos e em animais de companhia.
Lasiurus cinereus, morcegos insetívoros, morcegos não hematófagos, cão e humano.
Patogenia
Porta de Entrada: mordedura / mucosas / pele
Humano 30/60 dias de incubação
O vírus alcança o SNC e após replicação, seguem para o SNP e SNA, alcançando pulmões, corações, rins, bexiga, útero, testículos, e glândulas salivares –sendo eliminados na saliva.
Sinais Clínicos
Paralisia + comum
Furiosa –leva o animal a atacar outros
Morcegos: Não nota-se diferença entre sintomatologia entre espécies
Isola-se do rebanho, apatia, perca de apetite
Hiperexcitabilidade, salivação abundante, dificuldade para engolir
Movimentos desordenados da cabeça, tremores musculares, ranger de dentes, incoordenação motora, contrações musculares involuntárias.
Decúbito, movimentos de pedalagem, opistótono, asfixia e morte 3 a 6 dias após os sintomas.
· Arboviroses
Infermidades que são transmitidas aos seres humanos por meio de picadas de artrópodes
Comum em países trópicos e subtrópicos
Estima-se que haja mais de 545 espécies de arboviroses, dentro as quais mais de 150 relacionadas com doenças aos seres humanos, sendo a maioria zoonótica
•Dengue –1981/1982 (Brasil)
•Zika– 1952 África (Uganda e Tanzania) e Ásia
•Bahia - 2015
AGENTE ETIOLÓGICO
São causados por um arbovírus RNA
Os vírus DenV e ZikV são espécies do gênero flavivirus, pertencentes à família
viral Flaviviridae;
O ChikV é um alphavírus da família Togaviridae.
vírus DenV
vírus ZikV
Vírus ChikV
MODO DE TRANSMISSÃO
A principal forma de transmissão é pela picada de fêmeas infectadas A.
aegypti;
A transmissão vertical também pode ocorrer;
Zika - gerar malformações e diferentes manifestações clínicas no feto,
incluindo aborto;
Há relatos que pode ocorrer transmissão sexual pelo vírus da Zika.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Dengue em média, de 5 a 6 dias, e varia de 4 a 10 dia – intrínseco e o
extrínseco – varia 8 a 12 dias
O período de incubação intrínseco do chikungunya acontece, em média, de
3 a 7 dias (podendo variar de 1 a 12 dias), e o extrínseco dura, em média,
10 dias.
Estima-se que o período de incubação intrínseco do Zika seja de 2 a 7 dias,
em média, e o período de incubação extrínseco seja semelhante ao de
dengue, variando de 8 a 12 dias.
Depois do período de incubação extrínseco, o mosquito permanece infectante até o final da sua vida (6 a 8 semanas).
IMUNIDADE E SUSCETIBILIDADE
A suscetibilidade ao vírus da Dengue, Chickungunya e Zika é universal
Imunidade
• Dengue – permanente para mesmo sorotipo e a cruzada temporariamente;
• Chikungunya – duradoura e protetora contra novas infecções;
• Zyka – não se conhece o tempo de duração
VETORES
Aedes aegypti é o mais importante
Também pode ser transmissor da febre amarela
Aedes albopictus é o vetor manutenção da dengue na Ásia, mas não
associada a transmissão dessas doenças aqui, contudo não
desconsiderada pelo programa de controle
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
COMPETÊNCIAS DA VIGILÂNCIA
Acompanhar a evolução temporal da incidência da dengue, chikungunya
e Zika;
Organizar discussões conjuntas com equipes de controle de vetores,
assistência e todas as instâncias de prevenção e controle dessas doenças
visando a adoção de medidas capazes de reduzir a incidência e a gravidade
ARBOVIROSES SINTOMATOLOGIA
Dengue
Febre 38° 4 – 7° dia
Dores articulares dor moderada
Manchas vermelhas na pele aparti do quarto dia
Coceira leve
Vermelhidão dos olhos
Chikungunya 
Febre 38,5° 2 – 3° dia
Dores articulares dor intensa 
Manchas vermelhas na pele do1° ou 2° dia
Coceira leve
Vermelhidão dos olhos pode estar presente
Zica 
Febre baixa ou ausente
Dores articulares dor leve
Manchas vermelhas na pele nas primeiras 24hs
Coceira de leve á intensa
Vermelhidão dos olhos pode estar presente
DIAGNÓSTICO
Baseado nos sintomas, exames físicos e laboratoriais
NÃO É TAREFA FÁCIL DISTINGUIR AS TRÊS DOENÇAS. NA DÚVIDA É
BOM ESTAR ATENTO AOS SINAIS DE ALARME PAR
Não existe tratamento específico
Cuidados para aliviar os sintomas
Ingestão de líquidos
Controle da febre e da dor
É muito importante não tomar medicamento por conta própria, principalmente A.A.S e antiinflamatórios que podem provocar hemorragias
PREVENÇÃO
Instalação de telas em portas e janelas.
Eliminação dos criadouros de mosquito.
Usar roupas que minimizem a exposição.
Usar repelentes, inseticidas domésticos e
mosquiteiros.
ARBOVIROSES - VACINAS
ARBOVIROSES
DENGUE
De 50 a 100 milhões de infecções anuais
FATORES IMPORTANTES:
GLOBALIZAÇÃO
MUDANÇAS CLIMÁTICASMUDANÇAS NA ATIVIDADE DOS VETORES, SUAS MUTAÇÕES GENÉTICAS
E AMPLIAÇÃO DE ÁREA ATUANTE DO VETOR
EXISTÊNCIA DE CRIADOUROS
DENGUE NO MUNDO
2,5 bilhões de pessoas vivam em países onde a dengue é endêmica.
Casos Dengue, Estado do Ceará
Dengue - Vírus tem 4 sorotipos
 DENV 1
 DENV 2
 DENV 3
 DENV 4
A pessoa que adquire um desses sorotipos fica imune a ele pelo resto da vida, mas não aos demais.
Quadros graves são mais comuns em episódios subsequentes.
Transmissão
Não há transmissão de pessoa a pessoa.
Há registros de transmissão da mãe para o feto e por transfusão de sangue
Até o 6 dia Pessoa infectada transmitir para o mosquito
AS PESSOAS INFECTADAS COM O VÍRUS PODEM TRANSMITI-LO PARA O MOSQUITO ATÉ O SEXTO DIA DA DOENÇA INSTALADA
Sintomas
DENGUE OS SINTOMAS SÃO NA MAIORIA LEVES E ÀS VEZES NEM HÁ SINTOMAS.
De 4 a 10 dias após a picada, Duração de 2 a 7 dias
GRUPO DE MAIOR RISCO
Idosos, crianças e pessoas com comorbidade
Sintomas
NO INÍCIO É DIFÍCIL DIFERENCIAR A DENGUE DE OUTRAS
DOENÇAS.
OS SINTOMAS SÃO BEM PARECIDOS, COMO FEBRE ACOMPANHADA DE DORES DE CABEÇA, NO CORPO, NAS ARTICULAÇÕES E ATRÁS DOS
OLHOS, ALÉM DE FRAQUEZA, MANCHAS AVERMELHADAS OU ROXAS E COCEIRA..
Dor abdominal intensa e contínua
Vômitos persistentes
Sangramentos
Sonolência/irritabilidade
Diminuição da sudorese
Queda de pressão arterial/tontura
 Aumento progressivo do hematócrito
A CONFIRMAÇÃO DA DENGUE É FEITA COM BASE NOS SINTOMAS APRESENTADOS E NOS EXAMES FÍSICO E LABORATORIAIS.
O HEMOGRAMA (HEMATÓCRITO E PLAQUETAS) PODE AUXILIAR E
AGILIZAR OS CUIDADOS QUE O DOENTE DEVE TER.
CHIKUNGUNYA
Doenças causada pelo vírus chikungunya (CHIKV)
Transmitido pelo mosquito do gênero Aedes
Encontrado em todo o mundo, particularmente na África, Ásia e
Índia;
As formas graves da doença são raras, mas quando ocorrem,
podem, excepcionalmente, evoluir para óbito.
Transmissão
Transmissão para o mosquito
Até o 5 dia elas podem transmitir
É possível a transmissão por transfusão
sanguínea.
Nas gestantes, pode haver transmissão no parto;
Não há transmissão de pessoa a pessoa;
Sintomas
Pessoa saudável De 2 a 10 dias após a picada.
Febre alta de início rápido
Dores intensas simétricas nas articulações dos pés, mãos, dedos, tornozelos,
punhos e joelhos.
Dores no corpo
Dor de cabeça
Manchas vermelhas na pele
AS DORES NAS ARTICULAÇÕES PODEM
SER ALIVIADAS COM COMPRESSAS FRIAS
DE QUATRO EM QUATRO HORAS, POR 20
MINUTOS.
OS SINAIS E SINTOMAS TANTO DA DENGUE E CHIKUNGUNYA TENDEM A SER
MAIS INTENSOS EM CRIANÇAS E IDOSOS.
PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS TEM MAIS CHANCES DE DESENVOLVER FORMAS GRAVES DA DOENÇA.
Zika
Vírus Zika - ZIKV
Transmitida pelo mosquito Aedes aegypit
A evolução da Zika é benigna
Os sintomas desaparecem espontaneamente de 3 a 7 dias
Transmissão
A transmissão pode acontecer da mulher grávida para o feto e pode resultar em aborto espontâneo , óbito fetal, além de está relacionada a danos fetais
Transmissão sexual
Transfusão de sangue
Sintomas
A maioria das pessoas infectadas, não desenvolvem manifestações clínicas, porém
podem ter:
Dor de cabeça
Febre baixa
Dores leves nas articulações
Manchas vermelhas
Coceira na pele
Vermelhidão nos olhos
Zika - Gestantes
Aborto
Formas graves e atípicas são raras mas podem evoluir para o óbito.
Microcefalia
Zika – Recém nascidos
Todos os bebês com microcefalia deverão manter consultas de puericultura nas UBS.
Também deverão ser acompanhados em serviços especializados
para estimulação precoce
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE VETORIAL
O vetor é o único elo vulnerável da cadeia de transmissão das três doenças, de forma que para fazer o controle da incidência é necessário a redução da densidade de infestação pelo Aedes
• Medidas são adotadas conforme a situação epidemiológica
Períodos não epidêmicos
Em municípios infestados as ações de controle devem ser executados rotineiramente em toda área urbana com finalidade de levantar os índices larvários, momento ideal para adoção de medidas que visem impedir epidemias futuras.
Períodos epidêmicos
As ações de rotina (visita casa a casa, mobilização da população, mutirões de limpeza) devem ser intensificadas. Situação epidemiológica (surto ou epidemia) indicar a necessidade de realizar ações que venham a ultrapassar a capacidade operativa do município, deve-se solicitar apoio em nível estadual.
Conclusões
SOBRE A PREVENÇÃO
• É PRIMORDIAL A ELIMINAÇÃO DOS CRIADOUROS DE MOSQUITO;
• HAVENDO SINTOMAS PROCURAR SERVIÇO DE SAÚDE E EVITAR AUTO
MEDICAÇÃO;
• TAMBÉM RECOMENDA SE USAR ROUPAS QUE MINIMIZEM A
EXPOSIÇÃO, ALÉM DE REPELENTES, INSETICIDAS DOMÉSTICOS E
MOSQUITEIROS PARA AQUELES QUE DORMEM DURANTE O DIA;
• POR FIM, É ACONSELHÁVEL A INSTALAÇÃO DE TELAS EM PORTAS E
JANELAS
BIOLOGIA E CONTROLE DE ROEDORES, QUIRÓPTEROS, ESCORPIONÍDEOS E ARACNÍDEOS INTRODUÇÃO 
Urbanização ocorreram modificações ambientais o que facilitou aproximação da população humana com a de outros animais, algumas não desejáveis
Saneamento
É um conjuto de todos os fatores do meio físico do homem que exercem poder, ou pode exercer pode deliterico sobre seu bem-estar físico, mental e social 
Residos sólodos tem grande importâcia na transmisãode doeças por artrópodes e roedores
OMS diz que o controle a correta eliminação de residos reduz 90% das mosca, 65% dos ratos e 45% dos mosquitos
O risco de potencial de transmisão das doenças infecciosas por qual quer residos sólidos são: 
Presença do agente infeccioso
Da capacidade desse agente sobreviver no lixo
Da sua capacidade de transmissão do lixo para o hospedeiro susceptieis
Sinantropia ROEDORES 
São roedores sinantrópicos que sobrevivem facilmente em diferentes ambientes ( Urbano e rural ) tendo uma importância em saúde publica pela sua transmisão de doenças
Três espécies de importância para o homem: 
Mus musculus (camundongo)
Rattus norvegicus (ratazana) 
Rattus rattus (rato de telhado) 
Os ratos possuem hábito noturno
Estes animais competem diretamente com o homem por alimentos – Perda anual 8% da produção mundial de cereais e raízes. 
Perdas maiores contaminação de alimentos, farelos e rações animais – urina e fezes 
Os roedores podem transmitir diversas doenças, como por exemplo, a leptospirose, a peste bubônica, o tifo murino, sarnas e micoses, entre outras. Por essa razão, o controle de roedores torna-se imprescindível, devendo ser tratado efetivamente como um problema de saúde pública. 
RATOS BIOLOGIA E COMPORTAMENTO 
Mus musculus 
Bastante encontrado espaço urbano em Hábito intradomiciliar – próximo ao homem Porte pequeno e delicado, e abriga-se e procria em móveis, despesas, frestas e orificios nas paredes
São Onívora
Os camundongo apresentam neofilia 
métodos de controle mecânico ratoeira 
Forma pequenos grupos familiares 
vida média 12 meses 
maturidade sexual 42 a 45 dias 
período de gestação 19 a 21 dias 
São facilmente transportadas através de caixas de alimentos 
raio de ação pequeno 3 m 
RATOS BIOLOGIA E COMPORTAMENTO 
Rattus norvergicus 
Espécie mais comum encontrada Grande porte (600 gr) 
Vive em colônias e dependendo da disponibilidade de alimento, água e abrigo, pode conter um grande número de indivíduos; 
Abrigase abaixo do solo, por isso cava tocas e forma túneis, também podem ser encontrado em galerias de esgoto ou pluviais, caixas subterrâneas de telefone, preferem locais próximos a fonte de alimentos 
Maturidade sexual 60 a 90 dias 
Gestação 22 a 24 dias com ninhadas 7 a 12 filhotes (8 a 12 ninhadas/ano)
 Agrupa-se em colônias hierarquicas (dominados e dominantes), raio de ação curto 50 m 
Em grandes cidades perde parcialmente neofobia pela próxima convivência do homem e a dinâmica urbana; 
Mantêm hábitos noturnos, procurando se afastar de locais muito movimentados, sendo visíveis durante o dia em área com alta infestação 
Dispersa-se por via ativa (formação de novas colônias) e passiva (transportados em caminhões) 
São espécie mais favorecida pelo ambiente urbano, ocupações clandestinas, favelas e locais sem infra- estrutura de saneamento,surtos de leptospirose, casos de mordeduras e infecções alimentos contaminados por fezes e urina 
RATOS BIOLOGIA E COMPORTAMENTO 
Rattus rattus Pertence ao mesmo gênero da ratazana;
Tamanho menor 300 gr;
Maturidade sexual 60 a 75 dias 
Período de gestação 20 a 22 dias com ninhada de 7 a 12 filhotes (4 a 8 ninhadas/ano);
Suas colônias habita locais altos, telhados e sótão onde constroem seus ninhos; 
É onívoro e tem raio de ação maior que as ratazanas;
Adapta-se à arquitetura urbana formada por grandes edifícios e sobrados transformados em cortiços; 
Existem alguns sinais que denunciam a presença de roedores em um imóvel: 
a) Sons: 
É possível escutar à noite barulhos de corridas rápidas, ou de roeduras, nos forros de gesso ou madeira ou também em locais mais tranquilos do imóvel. 
b) Fezes: 
As fezes dos camundongos têm aproximadamente 0,5 cm de comprimento e são afiladas nas pontas. As fezes de ratos de telhado têm o mesmo aspecto, porém com o comprimento maior (aproximadamente 1 cm). No caso das ratazanas, as fezes têm o comprimento de aproximadamente 1,5 cm e não tem as pontas afiladas. 
c) Urina: Quando exposta à luz ultravioleta, a urina dos ratos emite fluorescência, mesmo depois de seca. 
d) Trilhas: 
As trilhas usadas como comunicação das tocas ao alimento, quando feitas em um jardim, são facilmente reconhecidas, pois a vegetação se torna rala ou inexistente nesses locais. Como verificar a presença de roedores 
d) Marcas de gordura: 
Quando os ratos caminham por um local, geralmente o fazem roçando seus corpos nas paredes enquanto se deslocam. Utilizando-se do mesmo caminho, as paredes ficam marcadas com a gordura dos pelos do corpo. 
e) Roeduras: 
Marcas de dentes embaixo das portas, em portas de armários, portas de gabinetes, denunciam a presença dos roedores. 
f) Excitação de cães a gatos: 
Esses animais têm um olfato muito apurado e ficam especialmente agitados quando percebem a invasão do seu ambiente por roedores. 
g) Ninhos: 
Muitas vezes são feitos com papéis, pedaços de tecidos, com a presença de grande 
Como verificar a presença de roedores?
 
PROGRAMA DE CONTROLE 
Um programa de controle de roedores deve ter como base o diagnóstico do município quanto à prevalência das espécies existentes, grau de incidência de doenças por eles transmitidas, assim como as condições socioeconômicas e sanitárias da cidade em questão.
Temporária ou permanente – área alvo – reduzir ou eliminar o risco iminente de transmissão de doença;
Ações devem ocorrer de forma programada, coordenada em situações específicas, critérios epidemiológicos – roedores sobre restrições para diminuição e/ou equilíbrio – eliminação ou redução do risco de transmissão de doenças para seres humanos; 
COMO DEVE SER FEITA O CONTROLE DE PRAGAS? 
PROGRAMA DE CONTROLE COMBATE BASEIA-SE: Conhecimento de sua biologia;
Hábitos comportamentais;
Habilidades e o capacidade físicas
Exames e conhecimentos do meio ambiente, onde os roedores ficam localizados, para facilitar o combate. 
“Manejo integrado”
PROGRAMA DE CONTROLE O MANEJO INTEGRADO PRESSUPÕE 5 FASES DISTINTAS 
Inspeção: Observar o local em busca de indícios que denunciem a presença de ratos; 
Identificação 
Medidas preventivas e corretivas: visa impedir e/ou dificultar a implantação e expansão de novas colônias de roedores; 
Correto acondicionamento do lixo 
Canalização de córregos a céu aberto 
Manter terrenos baldios limpos e murados 
Uso de ralos e telas metálicas 
Manter limpas as instalações de animais domésticos 
Evitar acúmulo de entulhos próximos a residência 
Desratização; 
Avaliação e monitoramento;
 OBS: A finalidade desse exame inicial é um melhor conhecimento do conjunto de ambientes, infestados ou não, onde a atuação deverá ocorrer. Serve para reunir dados necessários e indispensáveis ao planejamento das ações. 
O MANEJO INTEGRADO PRESSUPÕE 5 FASES DISTINTAS 
Esse fenômeno tem base biológica resultante de uma intervenção errada executada pelo homem “Efeito Bumerangue” 
Esse efeito consiste no aumento da população inicial de roedores ao invés de sua diminuição, isso devido uma desratização mal feita que apenas alguns elementos da colônia morrem. 
Objetivos Reduzir os numeros reduz os agravos a saúde e a economia
Tem a denuncia e a busca
Controle por meio de armadilhas e produtos quimicos
Doenças relacionadas pelos ratos
Leptospirose, peste negra, Tifu murino causado pela picada de pulga infectadas pela bacteria Richettsia typhi
Peste bubônica Causada pela picada de puga infectada pelo bacilo Yersinia pestis
QUIRÓPTEROS MORCEGOS 
 Ordem Quiróptera – kheir = mão; pterón = asa
 Espécies conhecidas 1.000 – 70% insetívoras 
Maioria não causa danos ao homem, alguns importância na saúde pública
Brasil – 140 espécies de morcegos 
Alimentação diversificada 
Morcegos carnívoros pequeno número de espécies e alimentam-se rãs, camundongos, peixes, insetos e outros animais 
Muitas espécies tem hábitos noturno
Morcegos hematófagos incluem somente três espécies – América Latina, desde sul do México até o norte da Argentina, alimentam-se de sangue aves e de mamíferos. Morcegos são muito conhecidos como os responsáveis pela transmissão da raiva 
MORCEGOS – Biologia e comportamento 
Precisam de abrigo condições que atendam necessidades de temperatura, umidade, luminosidade e acasalamento – Cavernas, frestas em rochas, forros, sotão, porão, edificações, folhagens e copa de árvores e palmeiras;
Longevidade – 20 anos (hematófagos) e 30 anos (insetivoros)
Áreas urbanas fornecem abrigo para muitas espécies de morcegos insetívoros e frugívoros. A iluminação atrai insetos que servem de alimentos 
Bovinos, equinos, suínos, aves silvestres, cães, e o próprio homem são fontes de alimentos para morcegos hematófagos. 
Gestação de dois a sete meses, dependendo da espécie. 
Os insetívoros têm um período de gestação de dois a três meses
Os fitófagos (frugívoros e nectarívoros), em torno de três a cinco meses. 
Hematófagos, gestação aproximada de sete meses. Os filhotes (geralmente um por gestação) nascem sem pêlos ou com uma pelagem tênue. Estes em seus primeiros meses de vida são alimentados com leite materno e, gradativamente, começam a ingerir o mesmo alimento dos adultos que é indicado pela mãe.
 Morcegos e saúde pública 
Os morcegos são passíveis de adquirir e transmitir várias enfermidades - Raiva - morcegos hematófagos são considerados muito eficientes na propagação dessa doença, pois estão envolvidos diretamente na transmissão deste vírus, através de sua saliva, quando vão se alimentar de suas presas. 
Transmissão por morcegos não-hematófagos, a pessoas e outros mamíferos pode ser considerada ocasional, pois seu contato direto é, geralmente, acidental. 
Outra doença é a Histoplasmose, enfermidade causada pela inalação de esporos do fungo Histoplasma capsulatum, comumente encontrado no acúmulo de fezes dos morcegos. Essa doença é facilmente confundida com pneumonia e tuberculose e sua gravidade depende da quantidade de esporos inalados. A infecção humana ocorre mais frequentemente quando pessoas adentram em cavernas quentes, úmidas e sem ventilação e com acúmulo de fezes . O acúmulo de fezes em abrigos de aves, como galinheiros e pombais, também é importante fonte de desenvolvimento do fungo. 
Métodos de controle 
Os morcegos exercem papel importante na natureza – identificar as espécies de morcegos presente na área – medidas ecologicamente corretas sejam adotadas – comportamento e biologia cada espécie. 
Lei Federal nº 9605 de fevereiro de 1998. (Lei do Meio Ambiente), não podem ser exterminados indiscriminadamente; presença deles deve ser notificado aos órgãos competentes 
Centro de Controle de Zoonoses - serviço de atendimento a demanda da população
Podem causar riscos para saúde humana e outros mamíferos, alguns procedimentos devem ser empregados para evitar transtornos principalmente em áreas urbanas , algumas medidas de controle como vedação do abrigo, captura, retirada do alimento 
ARACNÍDEOS ESCORPIÕESArtrópode quelicerado
Filo: Arthopoda
Classe: Arachnida
Ordem: Scorpiones
Algumas regiões chamadas de lacrau
A fauna escorpiônica brasileira é representada por cinco famílias: Bothriuridae, Chactidae, Liochelidae e Buthidae (60% do total incluindo as de interesse em saúde pública) 
Possuem hábitos noturnos , utilizando a noite para procurar alimento 
Alimentam-se principalmente de cupins , moscas, grilos, baratas e outros insetos 
Costumam habitar locais escuros (buracos, fendas, entre tijolos, entulhos, lixo) e, se sentem ameaçados , usam o ferrão para picar a vítima e introduz o veneno 
Na falta de alimento pode praticar o canibalismo
Escorpiões - Reprodução 
Os escorpiões são animais vivíparos;
Os filhotes recém-nascidos ficam no dorso da mãe até realizarem a primeira troca de pele. Passados mais alguns dias, abandonam o dorso dela e passam a ter vida independente. O período entre o nascimento e a dispersão dos filhotes varia bastante. Para Tityus bahiensis e Tityus serrulatus é de aproximadamente 14 dias.
Os escorpiões trocam de pele periodicamente, em um processo denominado ecdise; a pele antiga é a exúvia. Passam por um número limitado de mudas até a maturidade sexual, quando então param de crescer. 
A espécie Tityus serrulatus (escorpião amarelo) reproduz-se por partenogênese. Só existem fêmeas e todo indivíduo adulto pode parir sem a necessidade de acasalamento. Este fenômeno facilita sua dispersão; por causa da adaptação a qualquer ambiente, uma vez transportado de um local a outro (introdução passiva), instala-se e prolifera com muita rapidez. Além disso, a introdução de T. serrulatus em um ambiente pode levar ao desaparecimento de outras espécies de escorpiões devido à competição. 
No Brasil o Genero de importância é o Tityus
O período de gestação é variado mas, em geral, dura três meses para gênero Tityus 
Tem uma coloração amarelada, são agressivos, e os acidentes ocorrem por destração da vítima
Saúde pública
Das 1.600 espécies conhecidas no mundo, - apenas 25 são consideradas de interesse em saúde pública. 
No Brasil, onde existem cerca de 160 espécies de escorpiões, as responsáveis pelos acidentes graves pertencem ao gênero Tityus que tem como característica, entre outras, a presença de um espinho sob o ferrão. 
As principais espécies capazes de causar acidentes graves são:
Tityus serrulatus 
Tityus bahiensis 
Tityus stigmurus 
Tityus paraensis 
Outros escorpiões 
Gênero Tityus
Menos importância na Saúde pública 
Tityus metuendus 
Tityus silvestris 
Tityus brazilae 
Tityus confluens 
Tityus costatus 
Tityus fasciolatus 
Tityus neglectus 
Tityus mattogrossensis 
Genero Ananteris
A. balzanii, 
A. franckei, 
A. mauryi 
A. luciae
Genero Rhopalurus
Rhopalurus agamemnon 
Rhopalurus rochai 
Genero Bothriurus
Bothriurus araguayae 
Genero Thestylus
Thestylus aurantiurus 
Genero Broteas
Broteas amazonicu
Escorpiões – Por que controlar 
É necessário controlar as populações de escorpiões pelo risco que representam para a saúde humana, já que a erradicação dessas espécies não é possível e nem viável. No entanto, o controle pode diminuir o número de acidentes e, consequentemente, a morbimortalidade. 
Algumas espécies de escorpiões são adaptadas a ambientes alterados pelo homem. 
Já nas áreas urbanas, medidas devem ser adotadas para evitar sua proliferação, por meio de ações de controle, captura (busca ativa) e manejo ambiental. 
Identificar e conhecer a distribuição de escorpiões prevalentes permitirá planejar e dimensionar as estratégias adequadas de controle para uma determinada área.
 Dessa forma, é possível realizar o serviço de conscientização da população e prevenção dos acidentes por escorpião 
A quem compete fazer o controle?
Deacor com oinciso10 do art 3° da portaria MS\GM n° 1.172, de 15 de junho de 2004 refere-se a organização do sistema única de saúde ( SUS ) e as atribuições relacionadas a vigilância em saúde, compete ao municipio o registro, a capitura, a apreensão e a eleminação de animais que represente á saúde do homem, cabendo ao estado a supervisão, acompanhamento e orientação dessas ações
Ações de controle de escorpiões Intervenção nas áreas de risco
Identificação de áreas prioritárias
OBS: A intervenção para o controle de escorpiões consiste na busca ativa em todo e qualquer imóvel (área interna e externa) visando a captura de exemplares 
Como proceder na busca ativa? 
Havendo ocorrência de escorpiões, causador de acidente ou não, ou no monitoramento de áreas priotárias , deve ser realizada a busca ativa. 
Devido ao tipo de serviço que a busca ativa envolve – manipulação de entulho, material de construção, etc, esta não deve ser realizada por apenas um profissional, sendo necessário no mínimo dois. Para realizar as atividades de busca ativa, os profissionais devem fazer uso dos equipamentos de segurança (EPI)
Escorpiões - Controle 
As medidas de controle e manejo populacional de escorpiões baseiam-se na retirada/coleta dos escorpiões e modificação das condições do ambiente a fim de torná-lo desfavorável à ocorrência, permanência e proliferação destes animais.
Manter limpos quintais e jardins, não acumular folhas secas e lixo domiciliar; 
Não jogar lixo em terrenos baldios; 
Limpar terrenos baldios situados a cerca de dois metros (aceiro) das redondezas dos imóveis; 
Eliminar fontes de alimentos para os escorpiões: baratas, aranhas, grilos e outros pequenos animais invertebrados; 
Telar as aberturas dos ralos, pias ou tanques; 
Telar aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos calafetados 
Rebocar paredes para que não apresentem vãos ou frestas 
ARANHAS 
Animais invertebrado da Ordem Araneae possuem um 
Exoesqueleto de quitina 
Cabeça e o tórax - cefalotórax ou prossoma
Quatro pares de patas
Pedipalpos que funciona como órgão sensorial 
Queliceras – aparelho inoculador de toxias 
Fiandeiras – seda situado no abdômen 
BIOLOGIA E COMPORTAMENTO 
Corpo formado por cefalotórax (cabeça e tórax) e o abdomen
Quelíceras segurar, picar e triturar a presa – injetam a toxina
Todas as aranhas produzem seda, mas só algumas constroem teias para capturar os animais de que se alimentam. As outras usam as teias como moradas e para proteger seus ovos 
Carnívoras 
alimentando-se principalmente de insetos (grilos e baratas)
Trocam de pele – 5 a 7 vezes durante a vida
Aranhas de interesses na saúde publica 
Aranha armadeira (Phoneutria sp). 
Aranha marrom (Loxosceles sp). 
Viúva negra (Latrodectus sp). 
BIOLOGIA E COMPORTAMENTO 
Aranha armadeira ou macaca (Phoneutria) 
Bastante agressiva, assume posição de defesa saltando até 40 cm de distância. O corpo pode atingir 4 cm, com 15 cm de envergadura. Ela é caçadora, com atividade noturna, não fazem teias. Abriga-se sob troncos, palmeiras, bromélias e entre folhas de bananeira. Pode se alojar também em sapatos, atrás de móveis, cortinas, sob vasos, entulhos, materiais de construção, etc. 
Acidentes são comuns – crianças graves
Dor intensa no local
Tratamento – anestésico no local ou soro antiaracnídio 
BIOLOGIA E COMPORTAMENTO Aranha-marrom (Loxosceles) 
Não é agressiva, pica geralmente quando comprimida contra o corpo. Tem um centímetro de corpo e até três de comprimento total. Possui hábitos noturnos, constrói teia irregular como “algodão esfiapado”. Esconde-se em telhas, tijolos, madeiras, atrás ou embaixo de móveis, quadros, rodapés, caixas ou objetos armazenados em depósitos, garagens, porões, e outros ambientes com pouca iluminação e movimentação. 
BIOLOGIA E COMPORTAMENTO Viúva-negra (Latrodectus) 
Não é agressiva. A fêmea pode chegar a 2 cm e o macho de 2 a 3 cm. Tem atividade noturna e hábito de viver em grupos. Faz teia irregular em arbustos, gramíneas, cascas de coco, canaletas de chuva ou sob pedras. É encontrada próxima ou dentro das casas, em ambientes sombreados, como frestas, sob cadeiras e mesas em jardins. 
Os acidentes com aranhas do gênero Lycosa (aranha de grama), apesar de frequentes, e pelas caranguejeiras (subordem Mygalomorphae), não constituemgrave problema de Saúde Pública, pois seu veneno é pouco ativo para o ser humano. 
Medidas de controle
Limpeza periodicamente do pirimetro domicilia, evitando-se o acúmulo de materiais como lenha, tijolo, pedras para evitar alojamentos e proliferação de aranhas
Cuidados de hygiene das residências, mannejo adequado do lixo, vedação da soleira das portas são medidas auxiliaries importantes na prevenção de acidentes por aranhas
O uso de inseticidas no controle desses animais é muito discutido
OBS: O uso periódico de inseticidas não é solução. Além do alto custo, a aplicação desses produtos tem pouquíssimo efeito e pode provocar intoxicações em seres humanos e animais domésticos. O ideal é remover o material acumulado onde as aranhas estavam alojados, o que evitará a reinfestação

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