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CONTROLE QUÍMICO DO ENCÉFALO E DO COMPORTAMENTO CAPÍTULO 15 - NEUROCIÊNCIAS INTRODUÇÃO ● Neste capítulo, consideraremos três componentes do sistema nervoso que operam de forma expandida no espaço e no tempo ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 ● Um componente é o hipotálamo secretor. Pela liberação de substâncias químicas diretamente na corrente sanguínea, o hipotálamo secretor pode influenciar funções no encéfalo e em todo o corpo. ● Um segundo componente, controlado via neural pelo hipotálamo, é o sistema nervoso visceral (SNV). Empregando extensas interconexões distribuídas pelo organismo, o SNV controla simultaneamente as respostas de muitos órgãos internos, além de vasos sanguíneos e glândulas. ● O terceiro componente está anatomicamente restrito ao sistema nervoso central (SNC) e consiste em diversos grupos celulares interrelacionados, diferindo em função do neurotransmissor utilizado. Todos esses grupos celulares aumentam seu alcance espacial com projeções axonais altamente divergentes e prolongam suas ações utilizando receptores metabotrópicos pós-sinápticos. Os membros desse componente do sistema nervoso são chamados de sistemas modulatórios de projeção difusa do encéfalo . Acredita-se que os sistemas de projeção difusa regulem, entre outras coisas, o nível de alerta e o humor. O HIPOTÁLAMO SECRETOR ● o hipotálamo situa-se abaixo do tálamo, ao longo das paredes do terceiro ventrículo. Ele está conectado por um pedúnculo, ou haste, à glândula hipófise, que pende abaixo da base do encéfalo, logo acima do palato (céu da boca) ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 ● o tálamo dorsal situa-se no caminho de todas as vias ponto a ponto que têm o neocórtex por destino. Assim, a destruição de uma pequena parte do tálamo dorsal pode produzir discretos déficits sensoriais ou motores: um pequeno ponto cego no campo visual ou a perda da percepção em uma parte da pele. ● o hipotálamo integra respostas somáticas e viscerais de acordo com as necessidades do encéfalo. Uma pequena lesão no hipotálamo pode produzir distúrbios dramáticos e, frequentemente, fatais de funções corporais bastante amplas. ● O hipotálamo regula esses níveis em resposta a mudanças no ambiente externo. Esse processo regulador é chamado de homeostasia, a manutenção do ambiente interno do organismo dentro de estreitos limites fisiológicos. ● Células sensíveis à temperatura no hipotálamo detectam variações na temperatura do encéfalo e coordenam as respostas apropriadas. ● Outros exemplos de homeostasia são a fina regulação do volume sanguíneo, assim como da pressão, salinidade, acidez, pressão de oxigênio e concentração de glicose no sangue. As formas pelas quais o hipotálamo realiza esses diferentes tipos de regulação são bastante diversas. ● Cada lado do hipotálamo pode ser dividido em três zonas funcionais: lateral, medial e periventricular ● As zonas lateral e medial apresentam extensas conexões com o tronco encefálico e o telencéfalo, e regulam certos tipos de comportamento ● A zona periventricular é assim denominada porque, com a exceção de uma fina região contendo neurônios deslocados lateralmente pelo tracto óptico (chamada de núcleo supraóptico), as células dessa região situam-se próximas à parede do terceiro ventrículo. Dentro dessa zona existe uma complexa mistura de neurônios com várias funções. Um grupo de células constitui o núcleo supraquiasmático (NSQ), que se situa logo acima do quiasma óptico. Essas células recebem inervação direta da retina, ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 e sua função é sincronizar ritmos circadianos no ciclo diário claro-escuro. Outras células na zona periventricular controlam o SNV e regulam as eferências simpática e parassimpática para os órgãos viscerais. As células em um terceiro grupo, chamadas de neurônios neurossecretores, emitem axônios que seguem para baixo, para a haste da hipófise. ● Em um encéfalo vivo, a hipófise está cuidadosamente inserida em um nicho do osso da base do crânio. A hipófise tem dois lobos, um posterior e um anterior. O hipotálamo controla os dois lobos de diferentes formas. → Controle Hipotalâmico da Neuro-Hipófise ● As maiores entre as células neurossecretoras hipotalâmicas, as células neurossecretoras magnocelulares, enviam seus axônios para baixo ao longo da haste da hipófise, entrando no lobo posterior ● Ernst e Berta Scharrer propuseram que esses neurônios liberam substâncias químicas diretamente nos capilares do lobo posterior. Na época, essa era uma ideia bastante radical. Já estava bem determinado que mensageiros químicos, denominados hormônios, eram liberados por glândulas na corrente sanguínea, mas ninguém havia pensado que um neurônio pudesse atuar como uma glândula, ou que um neurotransmissor pudesse agir como um hormônio. ● Os Scharrer estavam corretos. As substâncias liberadas para o sangue pelos neurônios são agora chamadas de neurormônios . ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 ● As células neurossecretoras magnocelulares liberam dois neurormônios na corrente sanguínea: ocitocina e vasopressina. Ambas as moléculas são peptídeos, e cada um deles consiste em uma cadeia de nove aminoácidos. ● A ocitocina é por vezes chamada de “hormônio do amor”, pois seus níveis aumentam durante comportamentos sexuais ou outros comportamentos íntimos, além de promover vínculos sociais. Nas mulheres, esse neurormônio também desempenha um papel fundamental nos estágios finais da gestação, induzindo a contração do útero e facilitando o parto. Além disso, ela também estimula a ejeção de leite da glândula mamária (A liberação de ocitocina pode ser estimulada pelas sensações somáticas geradas pela sucção que o bebê faz) ● OBS: ver o bebê ou ouvi-lo chorar (mesmo o bebê de outra pessoa) também pode disparar a secreção de leite, independentemente do controle consciente da mãe. Em qualquer um desses casos, informação sobre um estímulo sensorial – somático, visual ou auditivo – chega ao córtex cerebral pela via principal, o tálamo, e o córtex, por fim, estimula o hipotálamo, disparando a liberação de ocitocina. O córtex também pode suprimir funções hipotalâmicas, como, por exemplo, quando a ansiedade inibe a produção de leite ● A vasopressina, também chamada de hormônio antidiurético (ADH), regula os níveis volumétricos e de concentração salina no sangue. Quando alguém está privado de água, o volume sanguíneo diminui, e a concentração de sal no sangue aumenta. Essas mudanças são detectadas por receptores de pressão no sistema circulatório e por células sensíveis à concentração de sal no hipotálamo, respectivamente. Os neurônios que contêm vasopressina recebem informação sobre essas mudanças e respondem liberando vasopressina, que age diretamente nos rins e leva à retenção de água e à redução na produção de urina. ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 ● Quando a pressão e o volume sanguíneos estão baixos, a comunicação entre o encéfalo e os rins ocorre em ambos os sentidos Os rins secretam no sangue uma enzima, chamada de renina. A atividade aumentada de renina desencadeia uma sequência dereações bioquímicas no sangue. O angiotensinogênio , uma proteína grande liberada pelo fígado , é convertido pela renina em angiotensina I, que é posteriormente hidrolisada, formando outro pequeno hormônio peptídico, a angiotensina II. A angiotensina II apresenta efeitos diretos sobre o rim e os vasos sanguíneos, ajudando a aumentar a pressão arterial. Contudo, a presença de angiotensina II no sangue também é detectada pelo órgão subfornicial, uma parte do telencéfalo desprovida de barreira hematencefálica. Células no órgão subfornicial projetam axônios para o hipotálamo, onde ativam, entre outras coisas, células neurossecretoras produtoras de vasopressina. Além disso, o órgão subfornicial ativa células na área lateral do hipotálamo, produzindo uma enorme sede, que motiva o comportamento de beber. → Controle Hipotalâmico da Adeno-Hipófise: ● Diferentemente do lobo posterior, que é uma parte do encéfalo, o lobo anterior da hipófise é, na verdade, uma glândula . As células do lobo anterior sintetizam e secretam uma ampla variedade de hormônios que regulam as secreções de outras glândulas por todo o corpo (constituindo, juntas, o sistema endócrino). Os hormônios hipofisários atuam sobre as gônadas, as tireoides, as suprarrenais e as glândulas mamárias. Por essa razão, a adeno-hipófise foi tradicionalmente descrita como a “glândula mestra” do corpo. ● O que controla, então, a adeno-hipófise? O hipotálamo secretor, o próprio hipotálamo é a verdadeira glândula mestra do sistema endócrino. ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 ● O lobo anterior está sob o controle de neurônios na área periventricular, chamados de células neurossecretoras parvocelulares. Esses neurônios hipotalâmicos não estendem seus axônios até o lobo anterior; em vez disso, comunicam-se com seus alvos por meio da corrente sanguínea . Esses neurônios secretam hormônios hipofiseotróficos em um leito capilar único e especializado, localizado no assoalho do terceiro ventrículo. Esses pequenos vasos sanguíneos correm para baixo pela haste da hipófise e se ramificam no lobo anterior. Essa rede de vasos sanguíneos é chamada de circulação porta hipotalâmica-hipofisária . Os hormônios hipofiseotróficos secretados por neurônios hipotalâmicos nessa circulação porta viajam pela corrente sanguínea até ligarem-se a receptores específicos na superfície das células hipofisárias . A ativação desses receptores faz as células da hipófise ou secretarem ou pararem de secretar hormônios para a circulação geral. ● A regulação das glândulas suprarrenais ilustra como esse sistema funciona. Localizadas sobre os rins, as glândulas suprarrenais consistem em duas partes, um envoltório, chamado de córtex da glândula suprarrenal, e um centro, chamado de medula suprarrenal. O córtex da glândula suprarrenal produz um hormônio esteroide, chamado de cortisol que, quando liberado na corrente sanguínea, atua em todo o organismo, mobilizando reservas de energia e promovendo a imunossupressão, preparando-nos para prosseguir frente a vários agentes estressores. De fato, um bom estímulo para a secreção de cortisol é o estresse, desde o estresse fisiológico, como, por exemplo, uma perda de sangue, até estímulos emocionais positivos, como, por ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 exemplo, apaixonar-se, ou estresse psicológico, como a ansiedade pela proximidade de um exame. ● As células neurossecretoras parvocelulares, que controlam o córtex da glândula suprarrenal, determinam se um estímulo é um estressor ou não (definido pela liberação ou não de cortisol). Esses neurônios se situam no hipotálamo periventricular e liberam um peptídeo, denominado hormônio liberador de corticotrofina (CRH), na circulação porta hipofisária. O CRH circula na curta distância até a adeno-hipófise, onde, dentro de cerca de 15 segundos, estimula a liberação de corticotrofina, ou hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). O ACTH é liberado na circulação geral e viaja até o córtex da glândula suprarrenal, onde, em poucos minutos, estimula a liberação de cortiso l ● Os níveis sanguíneos de cortisol são, em parte, autorregulados. O cortisol é um esteroide, uma classe de biomoléculas relacionadas ao colesterol. Assim, o cortisol é uma molécula lipofílica (“amiga de lipídeos”), difunde-se facilmente em membranas lipídicas e cruza rapidamente a barreira hematencefálica. No encéfalo, o cortisol interage com receptores específicos, que levam à inibição da liberação de CRH, garantindo, assim, que os níveis de cortisol circulante não se tornem demasiadamente altos ● OBS: A prednisona é um medicamento poderoso, frequentemente utilizada como anti-inflamatório. Quando administrada por diversos dias, contudo, a prednisona circulante “engana” o encéfalo, que entende que os níveis do cortisol liberado naturalmente estão muito altos e, consequentemente, inibe a liberação de CRH e a produção de cortisol no córtex da glândula suprarrenal. A interrupção abrupta do ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 tratamento com prednisona não dá ao córtex da glândula suprarrenal tempo suficiente para aumentar a produção de cortisol e pode, então, resultar no que denominamos insuficiência suprarrenal ● Entre os sintomas de insuficiência suprarrenal estão grave dor abdominal e diarreia, pressão arterial extremamente baixa e alterações do humor e da personalidade. ● A insuficiência suprarrenal também é característica de uma doença rara, chamada de doença de Addiso n : degeneração da glândula suprarrenal. ● A contraparte da insuficiência suprarrenal é uma condição denominada doença de Cushing, causada por disfunção da glândula hipófise, o que resulta em níveis elevados de ACTH e, consequentemente, de cortisol. Os sintomas incluem rápido ganho de peso, imunossupressão, insônia, prejuízo da memória e irritabilidade. Não é de se estranhar que os sintomas da doença de Cushing sejam frequentemente efeitos colaterais do tratamento com prednisona. ● A miríade de alterações comportamentais causadas por excesso (ou deficiência) de cortisol pode ser explicada pelo fato de que neurônios contendo receptores para o cortisol encontram-se amplamente distribuídos pelo encéfalo, não apenas no hipotálamo. Nessas outras regiões do SNC, efeitos significantes do cortisol sobre a atividade neuronal têm sido demonstrados. Assim, a liberação de hormônios hipofiseotróficos por células do hipotálamo secretor pode produzir amplas alterações na fisiologia do encéfalo e do resto do organismo → Estresse e o Encéfalo ● As muitas respostas fisiológicas associadas ao estresse ajudam a proteger o corpo e o encéfalo dos perigos que inicialmente desencadearam o estresse. ● O estresse leva à liberação do hormônio esteroide cortisol pelo córtex da glândula suprarrenal. O cortisol viaja pela corrente sanguínea até o encéfalo e liga-se a receptores no citoplasma de muitos neurônios. ● Os receptores ativados viajam para o núcleo da célula, onde estimulam a transcrição gênica e, em seguida, a síntese proteica. Uma consequência da ação do cortisol é que uma maior quantidade de Ca2+ entra na célula através de canaisiônicos dependentes de voltagem. Isso pode ocorrer devido a uma alteração direta nos canais, ou pode ser causado indiretamente, por mudanças no metabolismo energético celular. Seja qual for o mecanismo, o cortisol presumivelmente desencadeia, a curto prazo, mudanças que tornam o encéfalo apto a lidar com o estresse – talvez por ajudá-lo a encontrar uma maneira de evitá-lo! ● E os efeitos do estresse crônico e inevitável? Se os neurônios se sobrecarregarem com cálcio, eles morrem (excito- toxicidade). ● O cortisol pode matar? Bruce McEwen e Robert Sapolsky descobriram que injeções diárias de corticosterona (o glicocorticoide do rato) aplicadas por diversas semanas levam à retração de dendritos em muitos neurônios com receptores para corticosterona. Poucas semanas depois, essas células começaram a morrer. ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 ● Estudos subsequentes sugerem que é o efeito direto do cortisol que lesiona o hipocampo. Esses efeitos do cortisol e do estresse se assemelham aos efeitos do envelhecimento no encéfalo. De fato, pesquisas têm mostrado claramente que o estresse crônico causa envelhecimento prematuro do encéfalo O SISTEMA NERVOSO VISCERAL ● A zona periventricular do hipotálamo também controla o sistema nervoso visceral (SNV) – comumente denominado “autônomo” (SNA) ou “vegetativo” (SNV). ● O SNV é uma extensa rede de neurônios interconectados e amplamente distribuídos nas cavidades do organismo, composto por três divisões, simpática, parassimpática e entérica. ● Muitas vezes as funções do SNV são executadas automaticamente, sem controle voluntário consciente. ● De modo diferente do sistema motor somático, cujos neurônios motores alfa podem rapidamente ativar músculos esqueléticos com uma alta precisão espacial, as ações do SNV são geralmente múltiplas, distribuídas e relativamente lentas, ou seja, é uma divisão funcional que opera em tempo e espaço expandidos. Além disso, ao contrário do sistema motor somático, que pode apenas excitar seus alvos periféricos, o SNV opera principalmente mediante um balanço entre excitação e inibição sináptica s, para, deste modo, obter um controle amplo, coordenado e graduado. CIRCUITOS DO SNV ● O sistema motor somático e o SNV constituem a totalidade das eferências neurais do SNC ● O sistema motor somático tem uma única função: inervar e comandar as fibras musculares esqueléticas. O SNV tem a complexa tarefa de comandar todos os outros tecidos e órgãos inervados no corpo ● OBS: Ambos os sistemas têm neurônios motores superiores no encéfalo, que enviam comandos aos neurônios motores inferiores, os quais inervam as estruturas-alvo fora do sistema nervoso. ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 ● Diferenças: Os corpos celulares de todos os neurônios motores somáticos inferiores situam-se dentro do SNC – no corno ventral da medula espinhal, ou no tronco encefálico. Os corpos celulares de todos os neurônios motores inferiores do SNV situam-se fora do sistema nervoso central, dentro de agrupamentos celulares denomina- dos gânglios viscerais . ● Os neurônios nesses gânglios viscerais são chamados de neurônios pós-ganglionares . Os neurônios pós-ganglionares são controlados por neurônios pré-ganglionares , cujos corpos celulares situam-se na medula espinhal e no tronco encefálico. Assim, o sistema motor somático controla seus alvos (músculos esqueléticos) por meio de uma via monossináptica, ao passo que o SNV influencia seus alvos (músculos lisos, músculo cardíaco e glândulas) usando uma via dissináptica. → Divisões Simpática e Parassimpática. ● Axônios pré-ganglionares da divisão simpática emergem apenas a partir do terço medial da medula espinhal (segmentos torácico e lombar). ● Axônios pré-ganglionares da divisão parassimpática emergem apenas a partir do tronco encefálico e dos segmentos mais inferiores (sacral) da medula espinhal, de forma que os dois sistemas se complementam anatomicamente. ● Os neurônios pré-ganglionares da divisão simpática situam-se dentro da substância cinzenta intermediolateral da medula espinhal. Esses neurônios enviam axônios através das raízes ventrais para estabelecer sinapses com neurônios nos gânglios da cadeia simpática, que se situa próxima à coluna vertebral, ou em gânglios colaterais dentro da cavidade abdominal. ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 ● Já os neurônios pré-ganglionares parassimpáticos situam-se em vários núcleos do tronco encefálico e na porção inferior (sacral) da medula espinhal, e seus axônios “viajam” dentro de diversos nervos cranianos, assim como dentro de nervos da porção sacral da medula espinhal. Os axônios pré-ganglionares parassimpáticos dirigem-se para pontos bem mais distantes do que os axônios simpáticos, uma vez que os gânglios parassimpáticos estão, em geral, localizados nos próprios órgãos-alvo ou próximos deles ● O SNV: - Inerva glândulas secretoras (salivares, sudoríparas, lacrimais e várias glândulas produtoras de muco). - Inerva o coração e os vasos sanguíneos, controlando a pressão e o fluxo sanguíneos. - Inerva os brônquios dos pulmões, de forma a atender às necessidades de oxigênio do corpo - Regula as funções digestivas e metabólicas do fígado, do tracto gastrintestinal e do pâncreas. - Regula as funções dos rins, da bexiga, do intestino grosso e do reto. - É essencial para as respostas sexuais dos órgãos genitais e reprodutores. - Interage com o sistema imune do corpo. ● Circuitos neurais no SNC inibem atividade em uma divisão (simpática ou parassimpática) quando a outra está ativa. ● OBS: Um exemplo de equilíbrio da atividade simpática-parassimpática é o curioso controle neural da resposta sexual masculina. A ereção do pênis humano é um processo hidráulico; ocorre quando o pênis ingurgita-se com sangue, o que é disparado e sustentado pela atividade parassimpática. A parte curiosa é que o orgasmo e a ejaculação são disparados por atividade simpática; a atividade parassimpática o aciona (e mantém em andamento), mas um desvio para a atividade simpática é necessário para uma conclusão bem-sucedida. ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 → Divisão Entérica ● É um sistema neural único, situado em um lugar improvável: o revestimento do esôfago, do estômago, dos intestinos, do pâncreas e da vesícula biliar. ● Consiste em duas redes complicadas, cada uma com nervos sensoriais, interneurônios e neurônios motores neurovegetativos, chamadas de plexo mientérico (de Auerbach) e plexo submucoso (de Meissner) ● Essas redes controlam muitos dos processos fisiológicos envolvidos no transporte e na digestão de alimento, desde a via oral até a anal. ● Os neurônios sensoriais entéricos monitoram a tensão e o grau de estiramento das paredes do tracto gastrintestinal, o estado químico dos conteúdos do estômago e intestinos e os níveis hormonais no sangue. Essa informação é utilizada por circuitos interneuronais entéricos e neurônios motores, que também residem no intestino, para coordenar a motilidade da musculatura lisa, a produção de muco e as secreções digestivas e o diâmetro dos vasos sanguíneos locais. ● A divisão entéricanão é completamente autônoma. Ela recebe aferentes indiretamente do “verdadeiro” encéfalo através de axônios das divisões simpática e parassimpática . Estas fornecem controle suplementar e podem suplantar as funções da divisão entérica em algumas circunstâncias. Por exemplo, o sistema nervoso entérico e as funções digestivas são inibidos pela forte ativação do sistema nervoso simpático, o que ocorre durante o estresse agudo. → Controle Central do SNV ● O hipotálamo é o principal regulador dos neurônios pré-ganglionares do SNV. ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 ● São essenciais para o controle neurovegetativo as conexões da zona periventricular com núcleos do tronco encefálico e da medula espinhal que contêm neurônios pré-ganglionares das divisões simpática e parassimpática. ● O núcleo do tracto solitário , localizado no bulbo (medula oblonga) e conectado com o hipotálamo, é outro centro importante para o controle visceral. ● O núcleo do tracto solitário integra a informação sensorial dos órgãos internos e coordena eferentes para os núcleos vegetativos do tronco encefálico. NEUROTRANSMISSORES E A FARMACOLOGIA DA FUNÇÃO NEURO-VISCERAL ● Os neurônios das partes periféricas do SNV estão fora da barreira hematencefálica , de forma que todos os fármacos que penetram na corrente sanguínea têm acesso direto a eles. Essas relativas simplicidade e acessibilidade do SNV permitiram uma compreensão mais profunda acerca dos mecanismos dos fármacos que influenciam a neurotransmissão sináptica. → Neurotransmissores Pré-Ganglionares ● O principal transmissor dos neurônios periféricos neurovegetativos é a acetilcolina (ACh), o mesmo transmissor utilizado na junção neuromuscular esquelética. ● Os neurônios pré-ganglionares de ambas as divisões, simpática e parassimpática, liberam ACh. ● O efeito imediato é que a ACh liga-se a receptores nicotínicos da ACh (RnACh), os quais são canais ativados pela ACh e que evocam um rápido potencial excitatório pós-sináptico (PEPS), que, habitualmente, dispara um potencial de ação na célula pós-ganglionar. ● No entanto, a ACh ganglionar faz mais do que a ACh neuromuscular. Ela também ativa receptores colinérgicos muscarínicos (RmACh), que são receptores metabotrópicos (acoplados à proteína G) e podem causar tanto abertura quanto fechamento de canais iônicos, levando a PEPS e PIPS muito lentos. ● Esses eventos mais lentos desencadeados pelos RmACo não são tão evidentes, a menos que um nervo pré-ganglionar seja ativado de forma repetitiva. Além de ACh, alguns terminais pré-ganglionares liberam uma variedade de pequenos peptídeos neuroativos, como o neuropeptídeo Y (NPY) e o polipeptídeo intestinal vasoativo (VIP). Esses peptídeos também interagem com receptores acoplados à proteína G, e podem disparar pequenos PEPS que duram diversos minutos. ● Os efeitos dos peptídeos são modulatórios ; eles normalmente não fazem os neurônios pós-sinápticos chegarem ao limiar de disparo, mas os tornam mais responsivos aos efeitos nicotínicos rápidos, quando estes são simultâneos. ● Já que mais de um potencial de ação é necessário para estimular a liberação desses neurotransmissores modulatórios, o padrão de disparo em neurônios pré-ganglionares ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 é uma variável importante na determinação do tipo de atividade pós-ganglionar que será evocada. → Neurotransmissores Pós-Ganglionares ● As células pós-ganglionares – os neurônios motores do SNV, que, de fato, estimulam as glândulas a secretar, os esfincteres a contrair ou relaxar, e assim por diante – usam neurotransmissores diferentes nas divisões simpática e parassimpática. ● Neurônios pós-ganglionares parassimpáticos liberam ACh, mas os neurônios pós-ganglionares da maior parte da divisão simpática liberam noradrenalina (NA) . ● A ACh do sistema parassimpático tem um efeito bastante local em seus alvos e atua inteiramente por meio de RmACo. Por outro lado, a NA do sistema simpático frequentemente se difunde para longe, indo até mesmo para o sangue, onde pode circular amplamente. ● Fármacos que promovem as ações da noradrenalina ou que inibem as ações da acetilcolina em receptores muscarínicos são simpaticomiméticos ; eles causam efeitos que mimetizam a ativação da divisão simpática do SNV. Por exemplo, a atropina, um antagonista muscarínico, produz sinais de ativação simpática, como a dilatação das pupilas. Essa resposta ocorre porque, quando as ações do parassimpático estão bloqueadas, o balanço da atividade do SNV se desloca em direção aos efeitos do simpático. ● Fármacos que promovem as ações muscarínicas da ACh ou inibem as ações da NA são parassimpaticomiméticos ; eles determinam um efeito que mimetiza a ativação da divisão parassimpática do SNV. Por exemplo, o propranolol, um antagonista do receptor β da NA, reduz a frequência cardíaca e diminui a pressão arterial. Por essa razão, o propranolol é, algumas vezes, utilizado para prevenir as consequências fisiológicas do medo de apresentar-se em público. ● Como se dá a liberação de adrenalina? A adrenalina (ou epinefrina) é o composto liberado no sangue pela medula suprarrenal, quando ativada pela inervação pré-ganglionar simpática. A adrenalina é, na verdade, produzida a partir da noradrenalina (ou norepinefrina), e seus efeitos nos tecidos-alvo são quase idênticos àqueles causados pela ativação simpática. Assim, a medula suprarrenal na verdade não é senão um gânglio simpático modificado. OS SISTEMAS MODULATÓRIA DE PROJEÇÃO DIFUSÃO DO ENCÉFALO ● O encéfalo tem diversas dessas coleções de neurônios, cada uma com um determinado neurotransmissor e fazendo conexões bastante dispersas, difusas, quase que serpenteando no tecido. Essas células não carregam informação sensorial detalhada, mas, em vez disso, desempenham funções regulatória s, modulando vastos conjuntos de neurônios pós-sinápticos (em estruturas como o córtex cerebral, o tálamo e a ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 medula espinhal), de modo que esses se tornem mais ou menos excitáveis, mais ou menos ativos sincronicamente, e assim por diante. → Anatomia e Funções dos Sistemas Modulatórios de Projeção Difusa ● Os sistemas modulatórios de projeção difusa diferem em estrutura e função, mas ainda assim têm certos princípios em comum. ● Em geral, o núcleo de cada sistema possui um pequeno conjunto de neurônios (diversos milhares desses). ● Os neurônios dos sistemas modulatórios de projeção difusa situam-se na porção central do encéfalo, a maior parte deles no tronco encefálico . ● Cada neurônio pode influenciar muitos outros, já que cada um deles tem um axônio que pode estabelecer sinapses com mais de 100 mil neurônios pós-sinápticos distribuídos amplamente pelo encéfalo. ● As sinapses estabelecidas por muitos desses sistemas liberam moléculas de neurotransmissores no lado extracelular, de modo que possam se difundir para muitos neurônios, em vez de ficarem confinadas à vizinhança da fenda sináptica. ● Os sistemas modulatórios do encéfalo que utilizam noradrenalina (NA), serotonina (5-HT), dopamina (DA) ou acetilcolina (ACh) como neurotransmissor. Todos esses neurotransmissores ativam receptores metabotrópicos(acoplados a proteínas G) específicos, os quais medeiam a maior parte de seus efeitos. ● As funções dos sistemas modulatórios de projeção difusa dependem de quão ativos eletricamente eles estão, individualmente ou em combinação, e de quanto neurotransmissor está disponível para ser liberado → O Locus Ceruleus Noradrenérgico ● Além de ser um neurotransmissor no SNV periférico, a NA também é utilizada por neurônios do pequeno locus ceruleus, localizado na ponte. Cada locus ceruleus humano apresenta cerca de 12 mil neurônios. Temos dois deles, um de cada lado. ● Os axônios deixam o locus ceruleus em diversos tractos, mas logo depois se espalham, inervando praticamente todas as partes do encéfalo: todo o córtex cerebral, o tálamo, o hipotálamo, o bulbo olfatório, o cerebelo, o mesencéfalo e a medula espinhal ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 ● Para percebermos que o locus ceruleus estabelece algumas das conexões mais difusas no encéfalo, basta considerarmos que um de seus neurônios pode estabelecer mais de 250 mil sinapses e pode ter uma ramificação do axônio no córtex cerebral e outra no córtex cerebelar! ● A organização dessa circuitaria é tão diferente daquilo que anteriormente se conhecia acerca das conexões sinápticas no encéfalo, que levou muitos anos de pesquisas até que a maioria da comunidade de neurocientistas pudesse aceitar que a NA era um neurotransmissor no encéfalo ● As células do locus ceruleus parecem estar envolvidas na regulação da atenção, do alerta e dos ciclos sono-vigília, assim como do aprendizado e da memória, da ansiedade e da dor, do humor e do metabolismo cerebral. ● O locus ceruleus pode participar do alerta geral do encéfalo durante eventos interessantes no mundo exterior. Uma vez que a NA pode tornar neurônios do córtex cerebral mais responsivos a estímulos sensoriais salientes, o locus ceruleus pode funcionar, de uma forma mais geral, aumentando a capacidade encefálica de responder a estímulos, acelerando o processamento da informação ponto a ponto pelos sistemas sensorial e motor e tornando esses estímulos mais eficientes. → Os Núcleos Serotoninérgicos da Rafe ● Os neurônios contendo serotonina estão na maior parte agrupados dentro dos nove núcleos da rafe . ● Os núcleos da rafe alinham-se em ambos os lados da linha medial do tronco encefálico. ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 ● Cada núcleo se projeta para diferentes regiões do SNC. Aqueles mais caudais, no bulbo, inervam a medula espinhal, onde modulam sinais sensoriais relativos à dor. ● Aqueles mais rostrais, na ponte e no mesencéfalo, inervam a maior parte do encéfalo, de forma difusa, assim como fazem os neurônios do locus ceruleus. ● Assim como os neurônios do locus ceruleus, as células dos núcleos da rafe disparam mais rapidamente durante a vigília, quando o animal está ativo e alerta. ● O locus ceruleus e os núcleos da rafe são parte de um conceito venerável, do chamado sistema ativador reticular ascendente (SARA), que implica o “centro” reticular do tronco encefálico em processos que alertam e despertam o prosencéfalo. ● Os neurônios da rafe parecem estar intimamente envolvidos no controle dos ciclos de sono-vigília, assim como em diferentes estágios do sono. ● Os neurônios serotoninérgicos da rafe também têm sido implicados no controle do humor e de certos tipos de comportamento emocional. → Áreas Dopaminérgicas: a Substância Nigra e a Área Tegmentar Ventral ● A dopamina é um neurotransmissor crucial no SNC. ● Embora haja neurônios contendo dopamina espalhados por todo o SNC, incluindo alguns na retina, no bulbo olfatório e no hipotálamo periventricular, dois grupos de células dopaminérgicas bastante relacionados têm as características dos sistemas modulatórios de projeção difusa. Um deles origina-se da substância nigra, no mesencéfalo. Essas células projetam axônios ao estriado (i.e., o núcleo caudado e o putame), onde, de algum modo, facilitam o início de movimentos voluntários. ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 ● OBS: A degeneração de células contendo dopamina na substância nigra é tudo o que é necessário para produzir os distúrbios motores progressivos e assustadores da chamada doença de Parkinson. ● O mesencéfalo é também originado de outro sistema modulatório dopaminérgico, um grupo de células que se situa muito próximo à substância nigra, na área tegmentar ventral. Os axônios desses neurônios inervam uma região circunscrita do telencéfalo, que inclui o córtex frontal e partes do sistema límbico. Essa projeção dopaminérgica do mesencéfalo é algumas vezes chamada de sistema dopaminérgico mesocorticolímbico. ● Várias evidências indicam que essa região está envolvida no sistema de “recompensa”, que de algum modo atribui valor para certos comportamentos (reforça esses comportamentos) que são adaptativos. → Os Complexos Colinérgicos do Prosencéfalo Basal e do Tronco Encefálico ● A acetilcolina é o transmissor que já conhecemos da junção neuromuscular, de sinapses nos gânglios neurovegetativos e de sinapses pós-ganglionares parassimpáticas. ● Há dois importantes sistemas colinérgicos modulatórios de projeção difusa do encéfalo, um dos quais é chamado de complexo do prosencéfalo basal. É um “complexo” porque os neurônios colinérgicos estão dispersos entre diversos núcleos relacionados entre si e localizados no centro do telencéfalo, medial e ventralmente aos núcleos da base. Os mais bem conhecidos entre eles são os núcleos mediais do septo, que fornecem inervação colinérgica ao hipocampo, e o núcleo basal de Meynert, que fornece a maior parte da inervação colinérgica do neocórtex. ● OBS: as células no complexo prosencefálico basal estão entre as primeiras células a morrer durante a evolução da doença de Alzheimer ● Assim como os sistemas noradrenérgico e serotoninérgico, o sistema colinérgico tem sido implicado na regulação geral da excitabilidade cerebral durante o alerta e os ciclos sonovigília. O complexo do prosencéfalo basal também pode ter um papel especial no aprendizado e na formação da memória. ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 ● O segundo sistema colinérgico de projeção difusa é chamado de complexo pontomesencefalotegmentar. Ele inclui células da ponte e do tegmento mesencefálico que utilizam ACh. Esse sistema atua principalmente no tálamo dorsal, onde, juntamente com os sistemas noradrenérgico e serotoninérgico, regula a excitabilidade de núcleos retransmissores (ou relés) sensoriais. Essas células também projetam vias ascendentes ao telencéfalo, fornecendo um elo colinérgico entre o tronco encefálico e os complexos prosencefálicos basais. FÁRMACOS E OS SISTEMAS MODULATÓRIOS DE PROJEÇÃO DIFUSA ● Fármacos psicoativos são compostos capazes de promover a “alteração da mente”, atuando sobre o sistema nervoso central. → Alucinógenos ● O LSD é um potente agonista de receptores da serotonina em terminais pré-sinápticos de neurônios nos núcleos da rafe. A ativação desses receptores inibe fortemente o disparo de neurônios da rafe. Assim, um efeito conhecido do LSD no SNC é a redução da ação do sistema modulatório serotoninérgico de projeção difusa no encéfalo . A esse respeito,vale a pena observar que a atividade diminuída dos núcleos da rafe é também uma característica do estado de sono com sonhos ● Pesquisas atuais sugerem que o LSD cause alucinações por suplantar a liberação naturalmente modulada de serotonina em áreas corticais onde as percepções normalmente são formadas e interpretadas. ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 → Estimulantes ● Os poderosos efeitos dos estimulantes cocaína e anfetamina no SNC ocorrem em sinapses dos sistemas dopaminérgicos e noradrenérgicos. ● Ambas são também simpatomiméticas – elas causam efeitos periféricos que mimetizam a ativação da divisão simpática do SNV: aumento na frequência cardíaca e na pressão arterial, dilatação das pupilas, e assim por diante ● Os neurotransmissores dopamina e noradrenalina são catecolaminas, assim designadas em função de sua estrutura química. As ações das catecolaminas liberadas na fenda sináptica são normalmente encerradas por mecanismos específicos de recaptação. Tanto a cocaína quanto a anfetamina bloqueiam essa recaptação de catecolaminas ● Estudos recentes, no entanto, sugerem que a cocaína atuaria mais seletivamente sobre a recaptação de DA; anfetaminas bloqueiam a recaptação de NA e de DA e também estimulam a liberação de DA. Assim, esses fármacos podem prolongar e intensificar os efeitos da liberação de DA ou NA. CONSIDERAÇÕES FINAIS ● O hipotálamo secretor e o SNV comunicam-se com células por todo o organismo, e os sistemas modulatórios de projeção difusa comunicam-se com neurônios em muitas partes diferentes do encéfalo. Esses componentes também se caracterizam pela duração de seus efeitos diretos, que podem variar de minutos a horas. Por fim, são caracterizados pelos neurotransmissores químicos que utilizam ● Em muitos casos, o transmissor define o sistema. Por exemplo, no sistema nervoso periférico, podemos usar as palavras “noradrenérgico” e “simpático” indistintamente. ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006 O mesmo ocorre para “rafe” e “serotonina” no encéfalo e para “substância nigra” e “DA” nos núcleos da base ● O SNV regula a pressão arterial dentro de limites apropriados. Variações na pressão arterial otimizam o desempenho de um animal sob diferentes condições. De modo semelhante, o locus ceruleus noradrenérgico e os núcleos da rafe serotoninérgicos regulam os níveis de consciência e de humor. Esses níveis também variam dentro de limites que são adaptativos para o organismo. ANNA CLARA MIRANDA MEDRED 006
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