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Visão Geral da Segurança do Trabalho no Brasil Prof. Dr. João Candido Fernandes Aula 01 Higiene e Segurança do Trabalho Prof. Dr. João Candido Fernandes Aula 01 Visão Geral da Segurança do Trabalho no Brasil Aula 01 Visão Geral da Segurança do Trabalho no Brasil Conteúdo: - Situação até 1978; - Evolução após as medidas de segurança; - Situação atual; - Estatística de acidentes no Brasil; - Subnotificação; - Acidentes de trânsito; Trabalho no Brasil: • Economia baseada no trabalho escravo 1500 - 1888 A segurança do trabalho no Brasil • Legislação relativamente nova • Até 1930 – apenas 4 leis sobre trabalho A segurança do trabalho no Brasil Trabalho no Brasil: A segurança do trabalho no Brasil Trabalho no Brasil: • Após a 1ª Guerra Mundial - proteção dos trabalhadores. A segurança do trabalho no Brasil Trabalho no Brasil: Na década de 1970, o Brasil foi o recordista mundial em acidentes do trabalho. 1971 A segurança do trabalho no Brasil Trabalho no Brasil: Acidentes/segurados: 17,6% Óbitos: 2.256 7.553.472 1.330.523 1972 A segurança do trabalho no Brasil Trabalho no Brasil: Acidentes/segurados: 18,4% Óbitos: 2.852 8.148.987 1.504.723 1973 A segurança do trabalho no Brasil Trabalho no Brasil: Acidentes/segurados: 14,90% Óbitos: 3.173 10.956.956 1.632.696 1974 A segurança do trabalho no Brasil Trabalho no Brasil: Acidentes/segurados: 15,57% Óbitos: 3.883 11.537.024 1.796.761 1975 A segurança do trabalho no Brasil Trabalho no Brasil: Acidentes/segurados: 14,74% Óbitos: 4.001 12.996.796 1.916.187 A segurança do trabalho no Brasil Trabalho no Brasil: PROVIDÊNCIAS URGENTES PRECISAVAM SER TOMADAS A segurança do trabalho no Brasil Trabalho no Brasil: Criou-se uma campanha nacional contra acidentes de trabalho. A segurança do trabalho no Brasil Trabalho no Brasil: PROVIDÊNCIAS A segurança do trabalho no Brasil Trabalho no Brasil: Lei Nº 6514, de 22/12/77 - Altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho. Portaria Nº 3214, de 08/06/78 Aprova as 28 Normas Regulamentadoras - NRs. A segurança do trabalho no Brasil Trabalho no Brasil: Cria a pesquisa em HST: FUNDACENTRO Cria profissionais especializados em HST: - Engenheiro de Segurança do Trabalho - Técnico de Segurança do Trabalho - Médico do Trabalho - Enfermeiro do Trabalho - Aux. de enfermagem do trabalho A segurança do trabalho no Brasil Trabalho no Brasil: Criadas as Delegacias Regionais do Trabalho (DRT), com fiscais do trabalho, para inspecionar as indústrias. Ano Trabalhadores ativos Acidentes liquidados Porcentagem Doenças Mortes 1973 10.956.956 1.632.696 14,90 % 3.173 1974 11.537.024 1.796.761 15.57 % 3.883 1975 12.996.796 1.916.187 14.74 % 4.001 1976 14.945.489 1.743.825 11,67 % 3.900 (.......) 2003 22.721.877 427.744 1,88 % 18.510 2.674 2004 24.279.906 503.920 2,08 % 30.194 2.839 2005 25.820.169 545.703 2,11 % 33.096 2.766 2006 26.576.068 559.109 2,10 % 26.845 2.798 2007 29.306.622 681.972 2,33 % 22.374 2.845 2008 32.107.542 774.473 2,41 % 20.356 2.817 2009 33.083.718 752.121 2,24 % 19.570 2.560 2010 35.841.961 729.413 2,04 % 15.593 2.753 2011 38.205.283 730.585 1,91 % 16.839 2.884 2012 40.786.998 734.434 1,80 % 17.047 2.768 2013 41.683.936 746.608 1,79% 17.030 2.841 2014 42.697.634 722.474 1,69% 13.833 2.783 Acidentes do Trabalho - Brasil Acident/trab ANO A segurança do trabalho no Brasil A segurança do trabalho no Brasil 1º - China – 14.924 2º - USA – 5.754 3º - Rússia – 3.090 4º - Brasil – 2.503 Mortes no Trabalho – OIT - 2012 A segurança do trabalho no Brasil - Ministério da Previdência Social – Anuário estatístico - IBGE - PNAD - Ministério do Trabalho Fontes de informação sobre acidentes: A segurança do trabalho no Brasil Brasil: - População: 206 milhões - 90,6 mi ocupada Fonte: PNAD – IBGE – abr/2016 - 56,0 mi informais (62%) - 34,6 mi com Cart. Trab. assin. A segurança do trabalho no Brasil Brasil – Tipo de Trabalho Pop: 206 milhões; 101 mi Econ. At.; 90,6 mi ocupada Brasil – Acidentes Iceberg 11% visível Acidentes informais Acidentes rurais Acidentes em casa Acidentes sem CAT Doenças sem CAT Pop: 206 milhões; 101 mi Econ. At.; 90,6 mi ocupada 56,0 mi informais A subnotificação é muito grande (trab) A segurança do trabalho no Brasil A segurança do trabalho no Brasil Brasil: - Subnotificação dos acidentes Pesq. Nac. Saúde, M.T. e IBGE - 3,1% foi acometido de algum tipo de acidente - Incluíram perguntas sobre acidente na pesquisa do IBGE - 2013 - Aconteceram 5 milhões de acidentes em 2013 (Dados oficiais: 746 mil.) - Ler texto anexo. A segurança do trabalho no Brasil Acidentes de Trânsito no Brasil Fonte: Michelle Sá – Carplace - Uol A segurança do trabalho no Brasil A segurança do trabalho no Brasil Fonte: Centro Bras. Estudos Latino-Amer., OMS e DPVAT A segurança do trabalho no Brasil Índice de mortes por bilhão de km percorridos (2008) (lembrar que o método de cálculo no Brasil é diferente) Fonte: Bastos, 2011 A segurança do trabalho no Brasil Custo dos acidentes no trânsito: R$ 197 bilhões/ano Aula 01 Higiene e Segurança do Trabalho II Atividades Complementares Aula 01 Visão Geral da Segurança do Trabalho no Brasil Ler os textos: - Subnotificação de acidentes; - Acidentes do trabalho no mundo; - Acidentes no trânsito - Custo dos acidentes Assistir ao filme: - Administração da Saúde e Seg. do Trabalho; em https://www.youtube.com/watch?v=dYIg84T1NJU Exercícios: - Lista de exercícios 1 AULA Nº 2 HIGIENE E SEGURANÇA Terminologia e conceituação de acidentes do trabalho • Riscos e relação entre segurança, higiene e produtividade. •Terminologia básica: desvios, condição perigosa, perigo, dano, incidente, acidente, risco, saúde e segurança. • Processo de gerenciamento de risco, avaliação de risco, análise de risco, ferramentas de análise de risco. • Exercícios propostos. Exemplos. acidentes – segurança do trabalho CPs, incidentes, erro humano, ferramentas, controles, incêndios, eletricidade, etc. Risco doenças – higiene ocupacional agentes químicos, físicos, ergonômicos, LT / TLV, doenças do trabalho, etc. Lucratividade Competitividade Produtividade Segurança Produtividade e competitividade Argumento comum – países pobres / empresas pobres não tem condições de gastar em ações de higiene e segurança. Não existe evidência de que qualquer (empresa / país) tenha se beneficiado a longo prazo com baixos níveis de segurança e higiene. Estudos - World Economics Forum e do Lausanne Institute of Management IMD demonstram que os países mais competitivos são os de maior nível de saúde /segurança. Optar por estratégias de baixa segurança, baixa saúde e baixa renda não levam a alta competitividade e sustentabilidade. Ranking da qualidade da infraestrutura. Fonte: Fórum econômico mundial. 1 – melhor desempenho / 144 - pior Ranking da qualidade da infraestrutura. Fórum econômico mundial. Brasil e o ranking de competividade - 2014 Brasil caiu 3 posições 48 Colômbia 51 Colômbia 51 Brasil 52 RSA 52 Eslovênia 53 Jordânia 53 RSA 54 Brasil 54 Grécia 55 Eslovênia 56 Jordânia 56 Bulgária 57 Bulgária 57 Grécia 58 Croácia 58 Argentina 59 Argentina 59 Croácia 60 Venezuela 60 Venezuela Índice de competitividade mundial 2014 World Competitiviness Yearbook Institute for Management Development (IMD) - Suiça Fundação Dom Cabral colhe os dados brasileiros As 10 economias menos competitivas 2013 2014 Iluminação, produtividade e acidentes Exemplos de agentes físicos iluminação e calor, e sua relação com segurança e produtividade. Um bom sistema de iluminação em subsolo ou céu aberto ou usina ou escritório ou ..... · custa “mais” só é justificável se PROVAR: aumenta produção / produtividade diminui no.acidentes / severidade melhora ambiente geral moral, faltas, rotatividade, etc. · Como provar? Conjunto de provas · já existe corpo suficiente diretas e indiretas relacionando: iluminação / produtividade / segurança / saúde Exemplo: Jensen operadores de teclado E (lux) 1600 540 1600 produtividade100% 88% 100% Iluminação e produtividade · testes em indústrias condições controladas: linha na agulha, etc. Exemplo: Grandjeans usina de algodão E (lux) 170 340 750 produtividade 100% 104,6% 110,5% além de redução de custos (25 a 40%) pela diminuição de rejeitos Produtividade: subsolo x indústria · poucos estudos diretos mas corroboram Exemplo: Halmos só capacete x também sistema de rede 1ª mina 2 meses = + 5% 2ª mina 3 meses = +26% Exemplo: MSA 1 ano, carvão, uma seção iluminada + 17% Acidentes · fábricas, estradas provas diretas: no, e severidade Exemplo: ilumina 3 km e analisa 3 anos antes, 3 anos depois da iluminação Nível de iluminação · evitar acidentes acuidade visual sensibilidade ao contraste velocidade de percepção · US National Safety Council: iluminação insuficiente 5% dos acidentes industriais pouca iluminação + fadiga agem em 20% dos acidentes industriais Acidentes em minas Exemplo: Halmos E (lux) 20 200 250 taxa de acidentes 100% 68% 58% Exemplo: Mishat, etc • 35% dos acidentes menores são atribuídos à má iluminação Exemplo: CIBIE • mina pilar e salão, máquinas fora de estrada • 2 anos, 6 zonas produtoras (realces) • no. de acidentes: zero a 5 zero só no realce com iluminação fixa Conforto térmico, produtividade e acidentes. Conforto termocorporal carga térmica = heat stress condições no ambiente de trabalho que afetam o equilíbrio termocorporal esforço termocorporal = heat strain ajustes orgânicos face à carga térmica imposta Acidentes: menores taxas – T < 21°C maiores taxas – T > 27°C Exemplo: Minas de ouro da RSA. Efeitos do conforto termo corporal no rendimento de trabalhos pesados: perfuradores experientes, trabalhando 3 horas consecutivas. T (°C) 28,9 32,8 35,5 34,4 37 (%) 100 75 50 30 25 Exemplo: Minas de ouro da RSA Efeitos do conforto termo corporal no rendimento de trabalhos pesados: carregamento e empurramento de vagonetas Riscos, acidentes, higiene e segurança tem tudo a ver com sua vida, com lucros da sua empresa, com sua família, com tolerância zero, com tolerância ao stress, com suas decisões no dia a dia, etc. Preço e valor. Dinheiro só compra as coisas baratas. As coisas de valor ele não compra: saúde, meio ambiente saudável, amizade, honestidade, inteligência, ideais, etc. Quanto quer pelo seu carro? • Riscos e relação entre segurança, higiene e produtividade. •Terminologia básica: desvios, condição perigosa, perigo, dano, incidente, acidente, risco, saúde e segurança. • Processo de gerenciamento de risco, avaliação de risco, análise de risco, ferramentas de análise de risco. • Exercícios propostos. Exemplos. Base de terminologia Desvio e não conformidade Condição perigosa – “hazard” Perigo – “danger” Dano / perda – “damage / loss” Incidente / acidente – “incidente / accident” Risco e segurança – “risk / safety” Controles / barreiras – “controls / barriers” Desvio Uma situação em desacordo com leis, normas, regras, boas práticas ou especificações pré-determinadas. Não conformidade – usada em auditorias Em desacordo com norma legal ou da empresa. Exemplo de desvios - não usar óculos de segurança, não deixar as ferramentas no local correto, não estacionar de ré, não segurar no corrimão na escada, jogar cigarro no chão, não parar no semáforo, não escovar os dentes, etc. Tradução errônea de termos “hazard” e “danger” Há décadas: mistura de termos e conceitos em normas e trabalhos. Nomenclatura da área ambiental x ocupacional Hazard = Condição perigosa Uma condição com potencial de causar um dano. Condição perigosa (“hazard”) Condição inadequada, que por exposição ou contato, poderia conduzir a perdas e/ou danos (incidentes, acidentes). Ela independe do contato, da exposição ou da intensidade das consequências. Exemplos de CPs: instalação elétrica com fios desencapados, máquinas em estado precário de manutenção, andaime de obras de construção civil feitos com materiais inadequados, trabalho em altura sem cinto de segurança, soldagem sem máscara, pregos pelo chão da obra, ... Eliminando-se as condições perigosas é possível reduzir os acidentes e as doenças ocupacionais. Esse é um dos papeis do gerenciamento de riscos de segurança. Perigo (“danger”) Exposição ou contato com uma condição perigosa (CP), com relativa visualização dos possíveis danos. A foto só do prego seria a condição perigosa ( “hazard” ). A visualização do pé exposto e da possível consequência, já seria um perigo (“danger”). O perigo do pé ser perfurado ao ter contato com o prego. Damage = dano, quantificável ou não economicamente Harm = dano físico pessoal (lesão e/ou doença na área ocupacional, usada também para dano ambiental) Exemplo: Programas de Zero Harm Incidente (“incident”) Evento não planejado e não desejado, que afeta negativamente os objetivos do projeto, do processo ou da empresa, sendo a materialização da condição perigosa. Acidente (“accident”) Um incidente que provoca lesão ou doença. Exemplo – soldagem sem máscara e sem botas. Temos desvios por não se usar óculos ou botas. Temos uma CP por existirem fagulhas. Uma fagulha voa e cai no chão, temos um incidente sem danos. Uma fagulha voa e queima um pouco a barra da calça. Temos um incidente com apenas danos materiais leves. Uma fagulha voa e queima a face do soldador. Temos um acidente com danos médios. Uma fagulha voa no olho e cega o soldador. Temos um acidente de danos graves. Nem todo desvio gera uma CP. Nem toda CP provem de um desvio de conduta humana. Exemplos: 1 – Um copo de café deixado na mesa da sala de aula é um desvio mas não gera uma condição perigosa de acidente grave. 2 – De repente na estrada começa a nevar. Temos uma CP para dirigir mas não proveio de um desvio humano. 3 - Exceto as atos de Deus, todo o resto provém de erro humano.!! Risk = risco = função (da probabilidade, da consequência, do intervalo de tempo, da percepção) quantificação R = P x C Risco se calcula! É um número. Precisa saber o que é P. Precisa estimar C numericamente. Precisa saber multiplicar. Safety = segurança (um estado de consciência de condições perigosas, perigos e riscos, que permite um relativo controle sobre as condições perigosas, os perigos e os riscos, até um nível que a sociedade define como aceitável. Exemplos 1 – Subir morro do Borel ...... 2 – Criança na janela do 10º andar ...... Segurança - estado de consciência que permite certo controle: • Alterações nas condições perigosas • Redução na probabilidade de exposição ou de contato • Redução da severidade ou intensidade das consequências • Riscos e relação entre segurança, higiene e produtividade. •Terminologia básica: desvios, condição perigosa, perigo, dano, incidente, acidente, risco, saúde e segurança. • Processo de gerenciamento de risco, avaliação de risco, análise de risco, ferramentas de análise de risco. • Exercícios propostos. Exemplos. ESTABELECIMENTO DO CONTEXTO (escopo) IDENTIFICAÇÃO DE CONDIÇÕES PERIGOSAS ANÁLISE DE RISCO VALORAÇÃO DE RISCO TRATAMENTO DO RISCO M O N IT O R A M E N T O E A N Á L IS E C R ÍT IC A C O M U N IC A Ç Ã O E C O N S U L T A AVALIAÇÃO DE RISCO Processo de gerenciamento de riscos Versão adaptada da norma ABNT NBR ISO 31000:2009 (Gestão de Riscos) CPs, energias, eventos indesejados (incidentes) Ferramentas de análise de risco Cálculos, matrizes controles • Riscos e relação entre segurança, higiene e produtividade.•Terminologia básica: desvios, condição perigosa, perigo, dano, incidente, acidente, risco, saúde e segurança. • Processo de gerenciamento de risco, avaliação de risco, análise de risco, ferramentas de análise de risco. • Exemplos. Exercícios propostos. hazard condição perigosa Danger = perigo = exposição, visualização de consequências W. Hammer 13 200 V 440 V hazard condição perigosa danger Perigo (fácil de visualizar) Exemplo - Uma fábrica produz ácido sulfúrico. Este material é por si só já é uma condição perigosa (“hazardous material”). Se não produzir, não se tem condição perigosa. O perigo de se expor é zero. Mas a fábrica fecha, perde-se empregos. A sociedade decide que nível de risco quer aceitar. Se houver produção, tem-se uma condição perigosa e um risco não nulo associado. Medidas de controle podem reduzir o risco, mas não a zero, porque sempre existe probabilidade de algum dano. Mas pode ser tão pequena quanto se queira, depende do custo. Hazard = “condição perigosa” Danger = “perigo” Seja uma lagoa marítima com tubarões. É uma condição perigosa mas ninguém corre perigo. Você entra nela e corre perigo. Teve contato com a condição perigosa. Risco de morte = 50% Risco de lesão séria = 45% Risco de corte na pele = 5% Qual seriam os riscos? Controle de engenharia: na fonte – eliminação da condição perigosa CP (hazard). Retirou os tubarões. Controle de engenharia: substituição da CP. Substituiu os tubarões por patos. Controle de engenharia: barreira de isolamento no trajeto fonte / receptor – impede o contato. Controle via EPI: atua no receptor – mitiga consequência, via boia de aço e armadura de ferro. Controles administrativos: tentando evitar possível exposição / contato via placas, avisos, sinais sonoros, etc. Afaste-se. Proibida entrada. Exemplo – Barragem da Samarco Ler o artigo técnico: Cultura de segurança e acidentes. Revista ABHO de Higiene Ocupacional Ano 14 / no. 4 / Outubro – Dezembro 2015 Autores: Eston, S. M.; Iramina, W. S.; Silva, A. L. M.A. Para qualquer aula, sempre procurar temas similares nas NRs (Normas Regulamentadoras do MTE, disponíveis na Internet) e no livreto da ABHO, para manuseá-los e se familiarizar. Exercícios 1 – Procure no seu quarto desvios e indique quais deles geram condições perigosas . 2 – Procure por desvios na sua casa ou apartamento e identifique quais geram condições perigosas. 3 - Procure por desvios na sua faculdade ou no seu trabalho, e identifique quais geram condições perigosas. 4 - Para os exercícios 1, 2 e 3, como você poderia controlar as condições perigosas? Poderia ser eliminando, reduzindo, substituindo, usando um EPC (equipamento de proteção coletiva como grades, isolamento, barreiras físicas), etc. Testes de avaliação – para nota Escolha a melhor alternativa 1 - Risco é: a) A probabilidade de algo acontecer b) As incertezas associadas a um evento c) A probabilidade de um dada consequência ocorrer d) A exposição a uma condição perigosa e) Um acidente que poderia se materializar 2 - Uma condição perigosa (hazard) é: a) A probabilidade de algo acontecer b) As incertezas associadas a um evento c) A probabilidade de um dada consequência ocorrer d) A exposição a uma condição perigosa e) Uma condição que poderia gerar um dano 3 - Um perigo (danger) é: a) A probabilidade de algo acontecer b) As incertezas associadas a um evento c) A probabilidade de um dada consequência ocorrer d) A exposição a uma condição perigosa e) Uma condição que poderia gerar um dano 4 - Segurança está relacionada a: a) A uma consciência de condições perigosas b) A uma consciência de perigos e riscos c) A um certo controle parcial de condições perigosas, perigos e riscos d) A um nível de risco que as pessoas aceitam estar submetidas e) Todas as anteriores 5 – De acordo com norma ISO 31 000 a avaliação de risco tem quantas etapas: a) 1 b) 3 c) 5 d) 2 e) 4 6 – Se a probabilidade de um evento ocorrer for de 0,00 2 e a consequência provável for estimada em 100 milhões de reais, então o risco estimado seria de: a) 200 000 b) 20 000 c) 2 000 000 d) 50 000 e) Não é possível estimar Riscos e Prevenção de Riscos Prof. Dr. João Candido Fernandes Aula 03 Higiene e Segurança do Trabalho Prof. Dr. João Candido Fernandes Riscos e Prevenção de Riscos Riscos e Prevenção de Riscos Conteúdo: - Riscos físicos, químicos, biológicos. - Riscos de acidentes em máquinas e instalações. - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais – NR 9. Riscos Ambientais Riscos Ambientais São agentes presentes nos ambientes de trabalho, capazes de afetar o trabalhador, provocando acidentes e/ou doenças profissionais ou do trabalho. Riscos Ambientais São agentes que antecedem o acidente Não existe acidente sem haver um risco (ou riscos) antecedendo o acidente Para evitar o acidente é necessário eliminar os riscos. É muito importante a sua identificação na prevenção dos acidentes. Riscos Ambientais Riscos de Acidente Riscos Físicos Riscos Ergonômicos Riscos Químicos Riscos BiológicosRiscos Ambientais Riscos Físicos: - Ruído - Vibrações - Pressões anormais - Radiações ionizantes (raios x, alfa, beta, gama) - Radiações não-ionizantes (infravermelha, ultravioleta,...) - Frio - Umidade - Temperaturas extremas (calor e frio) Riscos Físicos: - reduz a capacidade auditiva do trabalhador; - atua sobre o estado emocional do indivíduo; - causa a surdez profissional (PAIR); - influi negativamente na produtividade; - é causador indireto de acidentes do trabalho; - causa distração; - mau entendimento de instruções; - mascara avisos ou sinais de alarme. Ruído: NR 15 e 17 Riscos Físicos: Ruído: NR 15 e 17 - NR 17 – Conforto – até 65 dB; - NR 15 – Risco de PAIR - NR 15 anexo 1 – Ruído contínuo ou intermitente; - NR 15 anexo 2 – Ruído de impacto; Riscos Físicos: NR 15 As vibrações são também relativamente frequentes na indústria, e podem ser divididas em duas categorias: - vibrações de corpo inteiro (NR 15 anexo 8); - vibrações localizadas (NR 15 anexo 8) Vibrações Riscos Físicos: Vibrações - vibrações de corpo inteiro (NR 15 anexo 8); Riscos Físicos: NR 15 Vibrações - Vibrações localizadas Riscos Físicos: NR 15 As temperaturas extremas são condições térmicas rigorosas em que são realizadas diversas atividades profissionais (NR 15 anexo 3). Temperaturas Extremas Riscos Físicos: As pressões anormais são encontradas em trabalhos submersos ou realizados abaixo do nível do lençol freático (NR 15 anexo 6). Pressões Anormais: Riscos Físicos: - oferecem sério risco à saúde dos indivíduos expostos; - produzem uma ionização nos materiais; - produzem a subdivisão de partículas inicialmente neutras em partículas eletricamente carregadas; - são provenientes de materiais radioativos; - raios alfa (a), beta (b) e gama (g); - produzidas artificialmente (raios X); - NR 15 anexo 5. Radiações ionizantes: Riscos Físicos: São de natureza eletromagnética e seus efeitos dependerão de fatores como duração e intensidade da exposição, comprimento de onda de radiação, região do espectro em que se situam, etc. Ver NR 15 anexo 7. Radiações não ionizantes: Riscos Físicos: As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. Ver NR 15 anexo 9. Frio: Riscos Físicos: As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores. Ver NR 15 anexo 10 e NR 17. Umidade: Riscos Químicos: Nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostosa agentes químicos, a caracterização de insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os limites de tolerância constantes do Quadro nº 1 do anexo 11 da NR 15; Podem ser: - poeiras - fumos - névoas - neblinas - gases - vapores , etc. NR 15 – anexo 12 Riscos Químicos: Microrganismos indesejáveis: bactérias (antraz), fungos (parasitas), protozoários, bacilos (bacilo de Kock) Riscos Biológicos: Riscos Biológicos: São atividades que envolvem agentes biológicos: - pacientes em isolamento por doenças contagiosas; - carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pelos e dejeções de animais portadores de doenças contagiosas; - esgotos (galerias e tanques); - lixo urbano (coleta e industrialização); - hospitais, serviços de emergência, enfermarias; - laboratórios de análise clínica; - gabinetes de autópsias e anatomia; - cemitérios (exumação de corpos); - estábulos e cavalariças; - NR 15 anexo 14. Esforço físico intenso Levantamento e Transporte manual do peso Exigência de postura inadequada Controle rígido de produtividade Imposição de ritmos excessivos Trabalhos em turno ou noturno Jornada prolongada de trabalho Monotonia e repetitividade Outras situações causadoras de “Stress” físico e/ ou psíquico. Riscos Ergonômicos: São as condições ambientais relativas ao processo operacional, como por exemplo, máquinas desprotegidas, ferramentas inadequadas, matérias-primas, etc, que podem causar uma lesão trabalhador. Riscos de Acidentes: Riscos de Acidentes: Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada à natureza da atividade. A iluminação deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são estabelecidos na NBR 5413. Ver NR 17 e NBR 5413. Iluminação: Riscos de Acidentes: Iluminação: NBR 5413 Riscos de Acidente Riscos Físicos Riscos Ergonômicos Riscos Químicos Riscos BiológicosRiscos Ambientais Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR - 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PPRA Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais: Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais. Legislação e Normas Técnicas Prof. Dr. João Candido Fernandes Aula 04 Higiene e Segurança do Trabalho Prof. Dr. João Candido Fernandes Aula 04 Legislação e Normas Técnicas Conteúdo: - Constituição Federal e CLT - Legislação sobre Acidente do Trabalho; - Visão geral das Normas Regulamentadoras - Legislação do INSS (LTCAT, PPP); - Normas Brasileiras (ABNT) Constituição Federal: - CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS -Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. - CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS -Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: -XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; Constituição Federal: Constituição Federal: - CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS -Art. 7º ...: -XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; -XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho Constituição Federal: - CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS -Art. 7º ...: -XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos Constituição Federal: - CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS -Disposições Transitórias: -II - fica vedada a dispensa arbitrária ou (sem justa causa) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes Legislação sobre a Engenharia de Segurança do Trabalho Lei nº 7410 (27/11/85): - Dispõe sobre a especialização de Engenheiros e Arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho, a profissão de Técnico de Segurança do Trabalho. RESOLUÇÃO CREA Nº 359 (31/7/91) O exercício da especialização de Engenheiro de Segurança do Trabalho é permitido, exclusivamente: Aos Engenheiros Arquitetos ou Agrônomos que concluírem o Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho. Portaria nº 3.214 (8/6/78): Portaria nº 3.214 (8/6/78): - Aprova as Normas Regulamentadoras (NR) do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR1 - Disposições Gerais: Estabelece o campo de aplicação de todas as Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho do Trabalho Urbano, bem como os direitos e obrigações do Governo, dos empregadores e dos trabalhadores no tocante a este tema específico. (Art 154 a 159 da CLT). Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR2 - Inspeção Prévia: Estabelece as situações em que as empresas deverão solicitar ao MTb a realização de inspeção prévia em seus estabelecimentos, bem como a forma de sua realização. Art 160 da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR3 - Embargo ou Interdição: Estabelece as situações em que as empresas se sujeitam a sofrer paralisação de seus serviços. Art 161 da CLT. Competência: Delegado Regional do Trabalho NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas, que possuam empregados regidos pela CLT, de organizarem e manterem em funcionamento, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT. Art 162 da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): Portaria nº 3.214 (8/6/78): Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas organizarem e manterem em funcionamento, por estabelecimento, uma comissão constituída exclusivamente por empregados com o objetivo de prevenir os acidentes. Portaria nº 3.214 (8/6/78): Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR6 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI: Estabelece e define os tipos de EPI's a que as empresas estão obrigadas a fornecer a seus empregados, sempre que as condições de trabalho o exigirem, a fim de resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Art 166 e 167 da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional: Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. Artigos 168 e 169 da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR8 - Edificações: Dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham. Artigos 170 a 174 da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais: Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR10 - Instalações e Serviços em Eletricidade: Estabelece as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que trabalham em instalações elétricas (elaboração de projetos, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação internacionais. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR11 - Transporte, Movimentação,Armazenagem e Manuseio de Materiais: Estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais. Art 182 e 183 da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR12 - Máquinas e Equipamentos: Estabelece as medidas prevencionistas de segurança e higiene do trabalho a serem adotadas pelas empresas em relação à instalação, operação e manutenção de máquinas e equipamentos, visando à prevenção de acidentes do trabalho. Artigos 184 e 186 da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR13 - Caldeiras e Vasos de Pressão: Estabelece todos os requisitos técnicos-legais relativos à instalação, operação e manutenção de caldeiras e vasos de pressão, de modo a se prevenir a ocorrência de acidentes do trabalho. Artigos 187 e 188 da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR14 - Fornos: Estabelece as recomendações técnicos-legais pertinentes à construção, operação e manutenção de fornos industriais nos ambientes de trabalho. Artigo 187 da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR15 - Atividades e Operações Insalubres: Descreve as atividades, operações e agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerância, definindo, assim, as situações que ensejam a caracterização do exercício insalubre, e também os meios de proteger os trabalhadores de tais exposições nocivas à sua saúde. Artigos 189 e 192 da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR15 - Atividades e Operações Insalubres: Assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a: 40 % para insalubridade de grau máximo; 20 % para insalubridade de grau médio; 10 % para insalubridade de grau mínimo. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR16 - Atividades e Operações Perigosas: Regulamenta as atividades e as operações legalmente consideradas perigosas, estipulando as recomendações prevencionistas correspondentes. Explosivos; inflamáveis; violência física; energia elétrica, trabalho com motocicletas. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR17 - Ergonomia: Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Artigos 198 e 199 da CLT. (checkouts e tele atendimento). Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção: Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de organização, que objetivem a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil. Artigo 200 inciso I da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR19 - Explosivos: Estabelece as disposições regulamentadoras acerca do depósito, manuseio e transporte de explosivos, objetivando a proteção da saúde e integridade física dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. Artigo 200 inciso II da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: Estabelece as disposições regulamentares acerca do armazenamento, manuseio e transporte de líquidos combustíveis e inflamáveis, objetivando a proteção da saúde e a integridade física dos trabalhadores m seus ambientes de trabalho. Artigo 200 inciso II da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR21 - Trabalho a Céu Aberto: Tipifica as medidas prevencionistas relacionadas com a prevenção de acidentes nas atividades desenvolvidas a céu aberto, tais como, em minas ao ar livre e em pedreiras. Artigo 200 inciso IV da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração: Estabelece métodos de segurança a serem observados pelas empresas que desenvolvam trabalhos subterrâneos de modo a proporcionar a seus empregados satisfatórias condições de Segurança e Medicina do Trabalho. Artigos 293 a 301 e o artigo 200 inciso III, todos da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR23 - Proteção Contra Incêndios: Estabelece as medidas de proteção contra Incêndios, estabelece as medidas de proteção contra incêndio que devem dispor os locais de trabalho, visando à prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores. Artigo 200 inciso IV da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho: Disciplina os preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de trabalho, especialmente no que se refere a: banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamentos e água potável, visando a higiene dos locais de trabalho e a proteção à saúde dos trabalhadores. Artigo 200 inciso VII da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR25 - Resíduos Industriais: Estabelece as medidas preventivas a serem observadas, pelas empresas, no destino final a ser dado aos resíduos industriais resultantes dos ambientes de trabalho de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Artigo 200 inciso VII da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR26 - Sinalização de Segurança: Estabelece a padronização das cores a serem utilizadas como sinalização de segurança nos ambientes de trabalho, de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Artigo 200 inciso VIII da CLT. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho: Estabelece os requisitos a serem satisfeitos pelo profissional que desejar exercer as funções de técnico de segurança do trabalho. Artigo 3° da lei n° 7.410 de 27 de novembro de 1985. Revogada em 29/05/2008. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR28 - Fiscalização e Penalidades: Estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalização trabalhista de Segurança e Medicina do Trabalho, tanto no que diz respeito à concessão de prazos às empresas, correção das irregularidades técnicas, como também, no que concerne ao procedimento de autuação por infração às NRs de Segurança e Medicina do Trabalho. Portaria nº 3.214 (8/6/78): Estas foram as Normas criadas pela Portaria 3.214 em 1978 Novas Normas: NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário: Tem por objetivo Regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, aos trabalhadores portuários. Medida Provisória n° 1.575-6, de 27/11/97 (Convenção n° 152 da OIT). NR 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário: Aplica-se aos trabalhadores de toda embarcação comercial utilizada no transporte de mercadorias ou de passageiros, na navegação marítima (04/12/2002). Novas Normas: NR 31 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura Estabelece os preceitos a serem observados no desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho (03/03/2005). Novas Normas: NR 32 - Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde: Tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde (11/11/2005). Novas Normas: NR 33 - Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados: Tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes (22/12/2006). Novas Normas: NR 34 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e reparação naval: Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval (23 de março de 2012). Novas Normas: NR 35 -Trabalho em altura: Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura (acima de 2,00 m), envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade (18 de abril de 2013). Novas Normas: NR 36 - Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e Processamento de carnes e derivados: Estabelece os requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de forma a garantir permanentemente a segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras - NR do Ministério do Trabalho e Emprego. Novas Normas: Associação Brasileira de Normas Técnicas tem um grande número de Normas Técnicas para a área de Segurança do Trabalho. ABNT: http://www.abnt.org.br/ Normas Brasileiras da ABNT: Ministério da Previdência Social tem uma vasta legislação para conceder benefícios aos trabalhadores. - Normas para aposentadoria especial; - PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário; - LTCAT – Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho Normas do MPS: Os profissionais responsáveis pela Segurança do Trabalho Prof. Dr. João Candido Fernandes Aula 5 Higiene e Segurança do Trabalho Prof. Dr. João Candido Fernandes Os profissionais responsáveis pela Segurança do Trabalho Legislação e Normas Técnicas Conteúdo: - NR-4: Serviços Especializados em Eng. de Seg. e em Medicina do Trabalho - SESMT; - NR-5: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA; - NR-6: Equipam. de Proteção Individual; Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR - 4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas, que possuam empregados regidos pela CLT, de organizarem e manterem em funcionamento, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR4 - SEESMT: O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento, constantes dos Quadros I e II da NR 4. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR4 - SEESMT: - Médico do Trabalho - Engenheiro de Segurança do Trabalho - Técnico de Segurança do Trabalho - Enfermeiro do Trabalho - Técnico em Enfermagem do Trabalho (com registro profissional) Portaria nº 3.214 (8/6/78): Portaria nº 3.214 (8/6/78): Exemplo de dimensionamento - SEESMT: Uma editora de livros com 650 empregados. NR4 – Grau de risco 3 SESMT – 3 Técnicos de segurança, um Engenheiro de Segurança (parcial) e um Médico do Trabalho (parcial) Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR4 - SEESMT: Os profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser empregados da empresa, salvo os casos previstos nos itens 4.14 e 4.15. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR4 - SEESMT: A empresa que contratar outra(s) para prestar serviços em estabelecimentos enquadrados no Quadro II, anexo, deverá estender a assistência de seus SEESMT aos empregados da(s) contratada(s). Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR4 - SEESMT: O dimensionamento do SESMT deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos e a atividade econômica do estabelecimento da contratante. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR4 - SEESMT: Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho das empresas que operem em regime sazonal deverão ser dimensionados, tomando-se por base a média aritmética do número de trabalhadores do ano civil anterior e obedecidos os Quadros I e II anexos. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR4 - SEESMT: Ao profissional especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho é vedado o exercício de outras atividades na empresa, durante o horário de sua atuação nos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR4 - SEESMT: Compete aos profissionais dos SEESMT: a) aplicar os conhecimentos de ESMT; b) Adotar o uso de EPI; c) colaborar nos projetos de novas instalações; d) responsabilizar-se pelo cumprimento das NRs; e) manter permanente relacionamento com a CIPA; f) promover atividades de educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR4 - SEESMT: Os serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho de que trata esta NR deverão ser registrados no órgão regional do MTb. A CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Prof. Dr. João Candido Fernandes Aula 6 Higiene e Segurança do Trabalho Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR - 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas organizarem e manterem em funcionamento, por estabelecimento, uma comissão constituída exclusivamente por empregados com o objetivo de prevenir acidentes. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR5 - CIPA A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR5 - CIPA Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados. Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto O número de membros titulares e suplentes da CIPA, é previsto no Quadro I desta NR. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR5 - CIPA - Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um responsável pelo cumprimento da NR -- O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição. - É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de CIPA . Portaria nº 3.214 (8/6/78): Tabela CNAE – Classif. Nac. Atividade Econômica Exemplo de dimensionamento da CIPA: Exemplo de dimensionamento da CIPA: Instituição: Universidade com 450 funcionários. CNAE – Ensino - C-31 Portanto: 3 membros efetivos e 3 suplentes. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR5 - CIPA - Inspeção do ambiente de trabalho - Confecção do Mapa de Riscos NR5 - CIPA Simbologia – Mapa de Riscos NR5 - CIPA NR5 - CIPA Exemplo de Mapa de Risco Equipamentos de Proteção Individual NR6 Prof. Dr. João Candido Fernandes Aula 07 Higiene e Segurança do Trabalho Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR6 -Equipamentos de Proteção Individual -EPI: O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR6 - Equipamentos de Proteção Individual -EPI: A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco (anexo 1), em perfeito estado de conservação e funcionamento. Portaria nº 3.214 (8/6/78): NR6 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI: EXEMPLOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Luvas de raspa • Luvas de raspa Perneiras de couro • Perneiras de couro Luvas de pvc • Luvas de pvc para alta tensão Protetor Auditivo • Protetor Auditivo, tipo abafador, fabricado com material resistenteque proporciona alta proteção do sistema auditivo e excelente conforto ao usuário. Capacete • Capacete com protetor facial policarbonato Avental, Perneira e Mangote • Avental: Raspa ou PVC Perneira e Mangote: Raspa ou Lona Óculos • Lente de Policarbonato ou Cristal: incolor, fumê, colorido C/ ou S/ Proteção Lateral Cinto de Segurança, Trava-Queda e Talabarte • Cinto tipo Paraquedista, Alpinista e Construção Civil Trava-Queda p/ corda ou cabo de aço Máscara de Solda e Protetor Facial • Máscara de Solda: Celeron, Fibra, Escurecimento Automático Protetor Facial: incolor ou verde Capacete de Segurança Capacete conjugado com protetor facial ou protetor tipo concha Máscara de solda Máscara solda constituída de escudo confeccionado em Celeron. Material plástico com regulagem de tamanho através de catraca com visor fixo ou articulado Respirador Respirador purificador de ar de segurança tipo peça. Um quarto facial composto de borracha e silicone, dotado de um ou dois suportes onde são rosqueados os filtros: mecânicos e químicos ou combinados.
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