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Resumo AV1 Constitucional

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AGU- ADVOCACIA DA UNIÃO
Nos termos do art. 131 da Constituição, “a Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.” 
Atuação Consultiva
A atuação consultiva da Advocacia-Geral da União (AGU) se dá por meio do assessoramento e orientação dos dirigentes do Poder Executivo Federal, de suas autarquias e fundações públicas, para dar segurança jurídica aos atos administrativos que serão por elas praticados, notadamente quanto à materialização das políticas públicas, à viabilização jurídica das licitações e dos contratos e, ainda, na proposição e análise de medidas legislativas (Leis, Medidas Provisórias, Decretos e Resoluções, entre outros) necessárias ao desenvolvimento e aprimoramento do Estado Brasileiro.
Atuação contenciosa
A atuação contenciosa da Advocacia-Geral da União (AGU) se dá por meio da representação judicial e extrajudicial da União (Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e dos órgãos públicos que exercem função essencial à justiça), além de suas autarquias e fundações públicas.
A representação judicial é exercida em defesa dos interesses dos referidos entes nas ações judiciais em que a União figura como autora, ré ou, ainda, terceira interessada. A representação extrajudicial é exercida perante entidades não vinculadas à Justiça, como órgãos administrativos da própria União, Estados ou Municípios.
São responsáveis pelo exercício das atividades de representação os Advogados da União, os Procuradores da Fazenda Nacional e os Procuradores Federais, cada qual na sua respectiva área de atuação.
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Advogado que defende o estado? Procurador do Estado. Fica na Procuradoria. 
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– O que é o Distrito Federal?
O Distrito Federal é um ente federativo autônomo (os outros entes são a União, os Estados e os Municípios) criado para abrigar a sede da União.
 
– Estado ou Município?
Nem um, nem outro.
Na verdade, o DF é uma mistura dos dois (é chamado de ente híbrido). O DF não pode se dividir em Municípios! Ele é “só ele” e pronto! 
 Tutela da União
Apesar de ser um ente autônomo (poder de se auto-organizar, autogovernar e autoadministrar), como também são os Estados e os Municípios, o Distrito Federal é tutelado (ajudado) pela União. Ou seja, o DF recolhe todos os impostos estaduais e municipais, e ainda tem disponíveis para uso, sem gastar nada, o Poder Judiciário, o Ministério Público, a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros, com direito a um fundo próprio de assistência financeira para execução de serviços públicos. Mas essa tutela da União traz uma consequência que cai muito em provas: o DF não pode legislar sobre qualquer um desses órgãos.
Só a União pode mudar a organização, criar cargos, conceder algum benefício, aumentar a remuneração etc.
Meio óbvio, né? Se é a União que paga a conta deles, ela escolhe como o DF deve utilizá-los.
Estrutura do Estado: 
FORMA DE ESTADO: É o modo pelo qual a organização estatal é estruturada. Ex.: Estado Unitário ( poder centralizado) e Estado Federal ( poder descentralizado, temos a existência de unidades federadas autônomas. É o modelo brasileiro).
FORMA DE GOVERNO: É a maneira como se organiza e se exerce o poder político na sociedade. Ex.: Monarquia e República.
SISTEMA DE GOVERNO: É o modo de estabelecer o vínculo político-institucional entre os poderes legislativo e executivo. Alguns autores também o denominam de “sistemas de governo”. Ex.: Parlamentarismo e Presidencialismo
REGIME POLÍTICO: É o mecanismo que define o grau da participação popular na formação da vontade política. Ex.: Ditadura (antidemocracia) e Democracia.
Sistemas de Governo:
PRESIDENCIALISMO: É o sistema no qual a separação das funções dos poderes executivo e legislativo é bem definida.
PARLAMENTARISMO: É o sistema onde as funções do poder executivo depende, ainda que indiretamente da atuação do poder legislativo.
Regimes Politicos: 
DEMOCRACIA: É o regime político onde o poder para as decisões políticas é exercido pelos cidadãos. O regime democrático pode ser direto, representativo ou semidireto. (ver art. 1º, parágrafo-único)
Art. 1º da C.F.
 Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
AUTOCRACIA:  É o regime político de governo absolutista, podendo ser restrito ou irrestrito. É uma expressão de regime político ditatorial ou antidemocrático.
PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE PODERES
ART. 2º da C.F.
 São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
 - A C.F. adotou a teoria da tripartição orgânica dos poderes.
 - É bom lembrar que a separação dos poderes constitui uma das cláusulas pétreas (art. 60, § 4º, inciso III da C.F.)
 - Adiante no estudo da organização dos poderes falaremos mais sobre este tema.
 
Organização dos Estados: Art. 18 
A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
Estado de Defesa e Estado de Sítio:
ESTADO DE DEFESA (art. 136 CF/88)
É uma situação em que se organizam medidas que se destinam a vencer ameaças contra a ordem pública ou à paz social, disposto no art. 136 CF/88. É uma medida mais branda onde para a sua decretação se faz necessária a autorização do Congresso Nacional. O presidente não é obrigado a obedecer a opinião do Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, essas opiniões possuem apenas natureza consultiva.O Poder Executivo consubstancia sua decisão em um decreto, que especificará o prazo, a abrangência e as condições de execução da medida. Com o decreto, será enviada também a sua justificativa para que os componentes do congresso saibam as razões pelas quais foi necessário a decretação do estado de defesa.
Será decretado pelo Presidente da República com o estabelecimento de todas as medidas imediatas, e posteriormente o Congresso Nacional que por maioria absoluta pode confirmá-lo ou manter ou não a sua vigência. Se o Congresso Nacional rejeitar o decreto imediatamente cancela o estado de defesa. A sua duração será de 30 dias no máximo, podendo ainda haver uma única prorrogação por igual período ou se os motivos que levaram à sua decretação ainda persistirem.
ESTADO DE SÍTIO (art. 137 CF/88)
É uma medida provisória de proteção ao Estado quando o mesmo se encontrar, parcial ou totalmente, sobre ameaça de guerra ou calamidade pública. O Presidente da República é quem depois de ouvido pelo Conselho de Defesa Nacional e pelo Conselho da República pode decretar estado de sítio se o Congresso Nacional autorizar o decreto.
MOTIVOS PARA DECRETAR O ESTADO DE SÍTIO
§ Comoção grave de repercussão nacional;
	Ineficácia da medida tomada durante o estado de defesa;
	Declaração de estado de guerra ou resposta à agressão armada estrangeira.
No estado de sítio decretado no estado de guerra ou resposta à agressão armada estrangeira todas as garantias constitucionais poderão ser suspensas. 
Processo Geral da formação dos Estados
Para que isso aconteça, são 2 as condições: primeiramente, deve haver a aprovação pela população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e em seguida aprovação pelo Congresso Nacional, por meio de lei complementar. A convocação de plebiscito, conforme art. 49, XV, da Constituição, é de competência exclusiva do Congresso Nacional. No caso do plebiscito para a formação de um novo Estado, conforme determina art. 3º da Lei nº 9.708/1998, ele dever ser convocado mediante decreto legislativo, por propostade no mínimo 1/3 (um terço) dos membros que compõem qualquer das Casas do Congresso Nacional. A aprovação da população diretamente interessa por plebiscito é condição prévia, essencial e prejudicial para a formação de um novo Estado. Isso quer dizer que se não aprovada em plebiscito, o processo é interrompido. tanto o parlamento quanto o Presidente têm autonomia para avaliar a conveniência e oportunidade política da formação do novo Estado para o país. 
O Congresso Nacional é uma instituição política que exerce o Poder Legislativo. É composto pela Câmara dos Deputados (formada pelos deputados federais) e pelo Senado Federal (formada pelos senadores). As principais atividades dos congressistas relacionam-se às funções de legislação e fiscalização dos outros poderes. A sede do Congresso Nacional localiza-se em Brasília, capital do nosso país.
Deputados e Senadores 
 
Os deputados e senadores são eleitos pelo povo, através do voto direto. Os deputados representam o povo brasileiro e são eleitos pelo sistema proporcional. Já os senadores, que representam os estados brasileiros, são eleitos pelo sistema majoritário. Os deputados possuem um mandado de quatro anos, enquanto os senadores de oito anos.
Para que serve a Defensoria Pública?
É uma forma de garantir que, independentemente de classe social, cor, profissão, gênero ou sexualidade, as pessoas terão a possibilidade de pleitear por seus direitos. Quem atua para esta função é o defensor público, que é um profissional concursado através de uma seleção pública de provas e titulação e já deve possuir ao menos dois anos de experiência jurídica comprovada para ser aprovado (a mesma exigência que concursos para ser juiz, por exemplo).
Estes aprovados tornam-se defensores públicos, recebendo seu salário do Estado para defender de forma ativa e gratuita todos os seus assistidos, que são determinados a eles sem que eles escolham quem receberá a assistência.
Os indivíduos podem recorrer a um defensor público em qualquer situação em que necessitarem de assistência jurídica , caso estejam dentro dos requisitos básicos para o atendimento, que é o limite financeiro de acesso à justiça. 
Designa-se Tribunais de Contas as "Cortes" especializadas em análise das contas públicas dos diversos órgãos da Administração Pública do Estado ou União. Nestes termos, o Brasil apresenta, do ponto de vista da estrutura administrativa, especificações e redistribuição orgânica entre os tribunais desta natureza, cuja finalidade é a fiscalização, inspeção, análise e controle de contas públicas em todo o território nacional, assim, atua neste cenário o Tribunal de Contas da União (TCU), os Tribunais de Contas dos Estados (TCE's), o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e os Tribunais de Contas dos Municípios (TCM's). Entretanto, em alguns estados da federação há, apenas, o Tribunal de Contas do Estado, responsável pelas contas dos estados e municípios, e no Distrito Federal o Tribunal de Contas cuida, tão somente, das contas do Distrito Federal, não abarcando sob sua jurisdição nenhuma conta de  municípios. Trata-se do órgão responsável pela análise dos gastos públicos, cuja ação fiscalizadora denomina-se "Controle Externo". Cabendo ao Poder Legislativo, que compreende o Senado Federal, a Câmara dos Deputados, as Assembleias Legislativas e as Câmaras de Vereadores, exercerem este controle frente aos representantes do Poder Executivo, que por sua vez estão representados pelo Governo Federal, Governos Estaduais e Prefeituras dos Municípios, além dos representantes do Poder Judiciário, que abrangem o Supremo Tribunal Federal (STF), o Superior Tribunal de Justiça (STJ), os Tribunais Regionais Federais (TRF's), os Tribunais Eleitorais (TE's) e os Tribunais de Justiça dos Estados (TJ's), daí dizer da autonomia do Tribunal de Contas, quanto ao auxílio que presta ao Poder Legislativo no sentido de exercer o controle externo fiscalizador dos gastos dos órgãos dos Poderes Executivo, Judiciário e do próprio poder Legislativo.

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