Buscar

Romantismo Resumo

Prévia do material em texto

Romantismo
· Era colonial;
· Teve um papel importante no momento de independência no Brasil, e bem próximo a independência; 
· O Romantismo vem na tentativa de marcar a identidade da nação brasileira;
· Impotência do ser humano diante da natureza, o ser humano e muito pouco, impotente perto da natureza, e isso vai se expressar nas obras artísticas (literárias: pintura, música, arquitetura e literatura);
· Nessa ideia de impotência do ser humano diante a natureza surge a idealização da natureza, q no arcadismo era vista como um refúgio e no romantismo ela e um lugar de inspiração. 
Contexto de produção:
- Queda do Antigo Regime;
* No trovadorismo tinha uma estrutura social (pirâmide com vassalos e senhores), q e rompida no romantismo, porque a burguesia começa a se mover e não aceita mais não ter influência, então a burguesia se revolta (Ex: revolução francesa, q traz o ideal de liberdade) e da na queda do Antigo Regime. 
- Ascensão da burguesia;
- Aristocracia perde espaço e burguesia ascende;
- Romantismo como movimento artístico que representou essa mudança de aristocracia para burguesia;
- A liberdade guiando o povo (DELACROIX).
Contexto histórico:
 - Burguesia vai refutar os privilégios da nobreza e ao clero e vai reivindicar os direitos de igualdade liberdade; 
* então essa noção de igualdade liberdade vindo dos iluministas fica muito forte e faz os burgueses realizarem várias revoluções. 
- As revoluções burguesas tiveram origem na Inglaterra no final do século XVII;
- Essa luta somente se consolidou quase um século depois (1789), quando se tornou um marco histórico contra o regime absolutista;
- A ascensão da burguesia só foi conquistada com armas pela Franca;
- No restante do continente europeu, isso deveu-se, sobretudo, a revolução industrial;
- Com a evolução do sistema fabril, a burguesia enriqueceu e começou a dominar os estados.
* Assim, conquistaram representatividade e os direitos que antes eram só da nobreza.
- O novo quadro econômico acelerou a vida das classes pobres, pois os trabalhadores do campo vão para a cidade para trabalhar nas fabricas; 
- Duas classes: burgueses e operários.
* A literatura representa tudo isso em seus textos.
Contexto cultural:
Quais eram os princípios filosóficos que guiavam tudo isso?
· Liberalismo (ideal de liberdade está em tudo): principal corrente filosófica da época.
· Liberalismo na política: defendia a capacidade do cidadão de buscar sua realização pessoal sem desrespeitar os direitos da coletividade;
· Liberalismo na economia: prezava a liberdade de iniciativa e a livre concorrência, atacando os privilégios comerciais que era concedidos a nobreza;
* Esse liberalismo na política e economia se reflete na arte.
· Liberalismo na arte: coloca o artista com posição de rebeldia contra o sistema instituído. 
· Enquanto a maioria das obras antigas representava episódios religiosos ou mitológicos, as românticas escolhiam cenas de obras literárias, episódios históricos ou heroicos e paisagens, pintados de modo a despertar a imaginação;
· As pinturas ignoravam os padrões dos mestres acadêmicos e valorizavam a expressão da individualidade.
· Valorização da subjetividade (tudo que vem do eu, do próprio artista).
O sistema literário do romantismo:
· A incorporação dos valores burgueses levou os românticos a produzirem uma arte mais intelectualizada, mais simples;
· Liberdade estética (falta de regras pré-estabelecida);
· Valorização da originalidade e individualidade;
· Verossimilhança (texto que pode ser real);
· Prosa (Ex: romance) e epistolas (cartas, romances feitos em cartas) (a imprensa favorece);
· Uma das características do Romantismo e` um tipo de personagem considerado O herói romântico: - Rebelde e apaixonado; vai contra as convenções e comportamentos sociais para conquistar o amor. Ex: honrado e honesto, mas ingênuo; algo acontece (injustiça/traição); O Herói deixa de ser ingênuo, pois percebe as maldades a sua volta; O Herói planeja seu renascimento com auxílio de alguém mais sábio; O herói volta astuto e faz valer seus ideais. OBS: esse exemplo e muito comum nos romances do romantismo, textos em prosa e poéticos também.
· Ex: Marinheiro, noivo da bela Mercedes; ele e muito ingênuo e é vítima de um complô para tirar dele Mercedes e o posto de Capitão. Tiram dele e ele vai para prisão onde passa 10 anos e conhece Abade Faria, com quem aprende varias coisas e ouve falar de um tesouro. Então, ele deixa de ser ingênuo e planeja sua volta, mais astuto, bem rico e sábio, volta e assume diversos disfarces, dentre eles, o de Conde de Monte Cristo. Coloca, então, em pratica um engenhoso plano de vingança. 
Pag. 67 exercícios
O romantismo em Portugal
· 1820 – Revolução do Porto com vitória do liberalismo Português;
· Até 1838 – as forcas conservadoras resistiam, mas foram derrotadas neste ano pela queda do rei Português dom Miguel;
· A partir dai Portugal abriu-se para o liberalismo europeu, e de fato começa a acontecer o Romantismo em Portugal;
· Apesar de na Franca (Europa) os ideais de liberdade já estarem lá, em Portugal não chegou, porque eles estavam sob o comando de um rei conservador que não aceitava esses princípios de liberdade.
Sistema literário:
· 1825 – Primeiro texto a marcar o inicio do romantismo (“Camões” – de Almeida Garret);
* O romantismo começou em 1838 em Portugal, mas durante o governo do dom Miguel, Garret teve que ser exilado, expulso do país, e teve contato, principalmente, com a Franca e já em 1825 tinha acesso ao liberalismo. 
· As contribuições vieram de autores (ex. Alexandre Herculano e Almeida Garret) que foram exilados no governo de Dom Miguel e por isso tiveram contato com a arte que se fundia na Franca e na Inglaterra;
· 1840 a 1850 já tem o domínio do romantismo na literatura, com temas como melancolia e morte e sentimentalismo exagerado.
Principais autores do romantismo Português:
- Almeida Garret: o símbolo da transição
· Ativista em favor do liberalismo;
· Exilou-se na Franca por isso;
· La teve contato com o romantismo;
· Escreve seu primeiro poema “Camões”, assumindo os princípios românticos e liberais de não se prender a regras;
· Apesar da intenção, no começo ainda não conseguiu fugir totalmente as regras, só depois sua poesia começa a ficar mais desinibida.
- Camilo Castelo Branco
· Escreveu novelas e romances (público já estava habituado as traduções de folhetins ingleses e franceses);
· Tornou-se celebre por causa de suas novelas passionais;
· Novelas passionais: conflitos entre os irrefreáveis impulsos do coração e os tirânicos valores racionais da sociedade; que representam o conflito entre os impulsos do coração e a sociedade. Ex: Há um amor genuíno entre duas pessoas; elas não podem se casar por causa da família ou da comunidade; enfrentam vários obstáculos tanto criado por essas pessoas quanto pela própria consciência; dois desfechos comuns: ou (1) aceitam a moralidade burguesa e encontram tranquilidade em um casamento de conveniência ou (2) são levados a loucura e ao suicídio, tornam-se símbolo do amor trágico. 
Romantismo no Brasil
- No arcadismo no Brasil era um momento de refugio na natureza, era expressada pelo indígena, e esse personagem passa a ser importante novamente.
Contexto: 
· Politicamente: processo de independência do Brasil (1822); 
· Um pouco antes (1808) tem a vinda da família portuguesa para o RJ; 
· Com vinda da família portuguesa para o RJ, ela é muito pressionada a ter a independência. O Brasil se torna independente, mas a política ainda funciona como colônia; 
· Para que essa independência realmente se efetivasse, havia uma necessidade de uma identidade nacional; 
· Essa identidade é marcada por algumas características: refúgio na natureza, exaltação do índio;
· Principais temas do romantismo: individualismo, refúgio da natureza, na religião ou na morte; exaltação do amor e valorização do passado nacional (nacionalismo – precisamos de uma identidade para sermos uma nação e nos desvincular de Portugal).
Contexto de produção do romantismo no Brasil:
· Independência do Brasil;· 1821 o Rei Dom Joao VI volta a Portugal e deixa o Brasil na condição de colônia novamente;
* Ele tinha vindo em 1808 e 1821 deixa de novo o Brasil sem ninguém. 
· 1822 Dom Pedro I declara independência e começa o regime imperial;
· Dom Pedro II deu continuidade, mas não houve ruptura com a tradição colonial (manteve latifúndios, produção de gêneros primários para exportação e escravidão);
· A crescente urbanização, aliada a necessidade de consolidar a independência favoreceu o surgimento e o desenvolvimento do Romantismo no Brasil.
· A burguesia e as cidades estavam apenas começando a se formar no Brasil;
· Logo, o romantismo no Brasil não serviu como expressão da burguesia (como acontecia na Europa); 
· Serviu como expressão da classe rural (formada por exportadores de produtos agrícolas que, procurando ampliar sua participação nas decisões do governo, estabeleciam-se nos centros urbanos).
Uma sociabilidade inédita:
· Deslocamento dos grandes proprietários de terras para as cidades;
· Novos segmentos sociais: artesãos, profissionais liberais, funcionários públicos, dentre outros; 
· Ver “Rua do Ouvidor” (que faz uma descrição minuciosa de como funcionava a sociedade do RJ nesse momento), de Joaquim Manoel Macedo;
· A nova sociabilidade (descrita na Rua do Ouvidor) é concomitante ao auge do romantismo na Europa;
· Os artistas aproveitam a atitude contestadora e o espirito livre do romantismo para alinhar a arte brasileira as produções europeias;
· O novo cenário nacional tbm favoreceu o romantismo por causa (a) da libertação da imprensa e (b) do surgimento de um novo público, formado principalmente por jovens estudantes e mulheres que passaram a frequentar os espaços comerciais. 
Sistema literário: 
- Organizado em duas frentes principais:
1- Poesia: três sensibilidades
· Nacionalista (1 fase do romantismo)
- Fase onde usam a ideia da natureza do índio para construir a identidade nacional necessária no momento de independência;
- Cultivou temas necessários a construção de um ideário nacional;
- Temas como saudades da pátria, exaltação da natureza local e idealização do indígena;
- Gonçalves Dias é o principal poeta.
· Ultrarromântica (2 fase)
- Fase mais gótica, com apego a morte muito forte, depressiva, triste, fuga para a infância;
- Individualismo confessual extremado;
- Temas como apego a morte; fuga para a infância ou para a natureza; relação ambígua com a mulher (sexualizada mais inatingível);
- Alvares de Azevedo é o principal poeta.
· Condoreira (3 fase)
- O poeta começa a ter engajamento social e aponta para o realismo, vê os problemas sociais e tenta orientar os outros;
- Engajamento social;
- O poeta, com sua visão distanciada e superior (condor) orienta os indivíduos comuns;
* Se colocavam como um condor, observando a sociedade de cima, de fora e tentava orientar os “indivíduos comuns”.
- Luta pela abolição da escravatura;
- Castro Alves é o principal poeta
2- Prosa: amplo painel do Brasil
· Romance Indianista
- Figura principal é o indígena;
- Indígena é comparado aos heróis europeus;
- Iracema e O Guarani são as principais obras;
- José de Alencar é o principal autor.
· Romance Histórico
- Reinterpretação dos fatos e personagens do passado brasileiro;
- As Minas de Prata e A Guerra dos Mascates são as principais obras;
- José de Alencar é o principal autor.
· Romance Urbano
- Conflitos da burguesia carioca (ainda atrelada a elite rural);
- Temas comuns: casamento por interesse e ascensão social a todo custo;
- Moreninha, Lucíola, Senhora, Memorias de um sargento de milícias; 
- José de Alencar, Joaquim Manoel Macedo e Manuel Antônio de Almeida como principais autores.
· Romance Regionalista
- Volta-se para as diferenças étnicas, linguísticas, sociais e culturais que marcavam as regiões do Brasil;
- O Sertanejo e O Gaúcho;
- José de Alencar.
Resumo das principais características do romantismo:
· Individualismo e subjetivismo;
· Sentimentalismo;
· Culto a natureza;
· Culto ao passado;
· Liberdade artística.
05/08/2020
Romantismo: Poesia
Poesia: três sensibilidades 
1° fase (poesia nacionalista) 
- Gonçalves Dias
· Poeta, advogado, teatrólogo, etnógrafo e jornalista;
· Filho de uma união não oficializada de um comerciante português com uma mestiça;
· Foi estudar em Portugal em 1838 e ficou até 1845;
· Conheceu Ana Amélia Ferreira Vale por quem se apaixonou;
· Não pode se casar com Ana porque a família dela não aceitou sua ascendência mestiça;
· 1849 fundou a revista Guanabara junto com Joaquim Manoel Macedo. La, eles divulgavam o movimento romântico da época;
* Os autores desse período geralmente faziam direito e medicina e fundavam revistas literárias para publicar seus contos, poesias, etc.
· 1852 casa-se com Olimpia Costa;
*Após se casar com Olimpia de quem não gostava muito, ele tem um reencontro com Ana e isso o inspira a escrever um dos seus principais poemas.
· Morreu em um naufrágio quando voltava de uma viagem que fez para a Europa para tratamento de saúde;
· Principal poema: “Primeiros Cantos”;
· Canção de Exilio: escreve no período em que foi estudar em Portugal e ficou muito tempo lá, começando a sentir muita saudade do Brasil. No poema fica marcado a idealização da pátria. 
Sobre o indianismo:
 - Antes do Goncalves o indianismo já estava sendo criado por outros:
· O Primeiro indianista foi Padre Anchieta (peças catequistas no século XVI);
· Basílio da Gama (O Uruguai) – 1769;
· Santa Rita Durão, século XVIII (O Caramuru);
· Na Europa, Montaigne é o primeiro a introduzir na literatura francesa a ideia do “bom selvagem”, que vai ser retomado com ênfase no sentido social por Rosseau.
Gonçalves Dias – inovações na poesia 
(o canto indígena)
· O poema “Marabá”: é o nome de uma mulher mestiça que é rejeitada na tribo por ser mestiça.
(Lírica contida)
· Aqui Gonçalves descreve o sentimento que teve no momento do encontro com Ana.
· Com bastante melancolia; ideia de saudade; poesia mais equilibrada (mais clássica, apesar do romantismo prezar o desapego as regras); busca de palavra precisa e imaginação contida;
· Influência de autores neoclássicos (Almeida Garret e Alexandre Herculano).
Poema “I-Juca Pirama” 
· I-Juca Pirama significa, na língua Tupi, “o que há de ser morto, o que é digno de ser morto”;
· 10 cantos de versos decassílabos, mantendo um pouco da influência neoclássica;
· Conta a história de um índio Tupi, aprisionado pela tribo Timbira e condenado ao sacrifício por ser um bravo guerreiro;
· Segundo os costumes do povo Timbira, um bravo guerreiro deve se submeter ao ritual antropofágico e ser devorado pelos inimigos que o capturam, oferecendo, assim, sua força e coragem para aqueles que comerão sua carne;
· No entanto, na hora da morte, I-Juca Pirama chora ao lembrar do pai, que estava velho e cego e os Timbiras desistem de comê-lo por perceber sua fragilidade;
· Seu pai fica terrivelmente desapontado por seu filho ter sido “fraco”. 
2° fase do romantismo
- Álvares de Azevedo: o individualismo extremado
· 1831-1852 (morreu aos 20 anos);
· 1847 - Vai para São Paulo para cursar direito e ganha fama por suas produções literárias;
· Traduziu obras de Shakespeare e Byron;
· 1849 - Fundou a revista “sociedade ensaio filosófico paulistano”.
Medalha de duas faces – único livro de poesias do autor
· No “Lira dos vinte anos” há um alto grau de consciência do autor sobre sua postura ultra romântica, o texto tem uma “pegada” pessimista, gótica.
Medalha de duas faces – Lira dos 20 anos
· A obra é dividida em duas partes (uma terceira parte é tardiamente adicionada)
- Parte 1:
· Idealismo;
· Parte mais longa (33 poemas);
· Temas mais comuns `a Álvares de Azevedo: atração pela morte; morbidez, tedio, pessimismo e autodestruição;
· Erotismo reprimido pela culpa;
· Os temas são tratados de forma séria e exageradamente sentimental;
· No exemplo: Diante da dificuldade de realizar seus impulsos, o eu-lírico sublima os desejos, refugiando-se em um mundo imaginário de virgens idealizadas, de anjos. Para isso, a atmosfera noturna é o ambiente preferido: na noite, os contornos sedesvanecem, os limites se desmaterializam.
- Parte 2:
· Realismo;
· Temas irônicos, baseados na realidade, presença de humor;
· “em vez de céu, há terra; substituindo o anjo, a lavadeira; passa-se do lamento amoroso para a ironia sarcástica”;
· Defende a necessidade de renovar a literatura, criticando os autores sentimentais e se inspirando nas narrativas satíricas autores como Bocaccio e Shakespeare;
· No exemplo: tom jocoso; os tormentos amorosos perdem valor perto dos aborrecimentos práticos. 
Noite na Taverna: byronismo brasileiro
· É um texto em prosa, mas pertence a segunda fase do romantismo por conta das temáticas;
· Inspirada em Lord Byron;
· Essa obra quebra toda a imagem de literatura romântica, cafona, que fala de coisas idealizadas, ela trata de temas como: vicio, alcoolismo, necrofilia, abuso sexual...
· Na obra tem um clima de suspense; vicio, descontrole; assassinatos são praticados em ambientes corrompidos e povoados por figuras fantasmagóricas; o amor romântico se associa ao prazer desmedido e `a morte; a obra é composta por sete capítulos e tem o primeiro com “moldura” dos demais.
Noite da taverna 1° capítulo:
· Apresentação da taverna, da roda de bebedeira e do clima de devassidão e vampiresco em que se encontram as personagens;
· Entre as taças, apresenta-se as personagens e elas tomam a palavra para contar histórias pessoais;
· Divulgações filosóficas;
· Alguns dormem embriagados;
· Comentam sobre orgias e noites passadas em embriaguez, violência sexual, canibalismo...
· O primeiro a tomar a palavra é Solfieri.
No 2° capítulo:
· Há um caso de necrofilia. 
No 3° capítulo:
· A mulher mata o marido e o filho para ficar com Bertran, mas depois o abandona.
· Ele para se salvar não faz amor com ela, por estar fraco e saber que se fizer vai morrer, e então mata ela. 
Sobre Byron:
· Byron exerceu grande influência sobre os jovens artistas e intelectuais do século XIX;
· Desperdiçava dinheiro (com bebidas, prostitutas...), participava de orgias, e atirava-se ao prazer e ao perigo;
· Escandalizou a sociedade com seus envolvimentos amorosos, como uma forma de resistência ao “padrão” da época criado pela burguesia, que oprimia, de certa forma, a liberdade dos jovens;
· Suas vivencias marcaram suas obras com rebeldia, pessimismo, irreverência e satanismo.
3° fase do romantismo
· Principal texto: Navio negreiro 
- Castro Alves: a superação do egocentrismo
· 1847-1871 - 24 anos;
· Maior nome da poesia social romântica;
· Conhecido como “o poeta dos escravos”, “o poeta dos republicanos”;
· 1865 - Aos 16 anos, escreve o poema “Os escravos” e dá início a um movimento que, mais tarde, resultaria na abolição da escravatura;
· Anuncia o realismo;
· Em sua época, o Império estava em decadência e a juventude acadêmica pendia para a causa republicana e abolicionista;
· Entre os temas abordados, o mais importante é a enuncia da escravidão;
· Negro passa a ser protagonista;
· Mudou os rumos do romantismo: ao invés do escritor voltado para si (individualismo e subjetividade), ele passa a olhar para os problemas e injustiças sociais.
Castro Alves: postura crítica
· Poema: Ao romper d’alva;
· O cenário natural é tratado com olhar crítico;
· A crítica é feita pelo confronto dos sons naturais com os sons dos ruídos de ferro que amarravam os negros;
· Revela um aspecto que havia sido ignorado. 
Tipos de poesia de Castro Alves
- Social
· Sua poesia pretendia sensibilizar o leitor para a questão do trabalho escravo;
· Preferia persuadir com base na emoção;
· Convencia pela argumentação;
· Linguagem com tom emocional e grandioso;
· No geral, eram declamados;
· Ex: navio negreiro.
- Amorosa
· Em alguns poemas, ele se alinha `a segunda geração;
· Traços da morbidez, sensualidade reprimida e melancolia byroniana;
· Não é, contudo, o que acontece na maioria de seus poemas.
Romantismo: Prosa
- José de Alencar
· Escritor e político brasileiro;
· Nasceu de uma relação ilegítima entre um sacerdote da igreja católica e sua prima de primeiro grau;
· 1846 – Começou a faculdade de direito;
· Fundou a revista Ensaios Literários;
· 1856 – Publica o primeiro romance Cinco Minutos, mas fica conhecido com O guarani (1857) o qual alcançou notoriedade;
· 1860 – Foi deputado do Ceará;
· 1868 – Tornou-se ministro da justiça;
· Foi o mais celebre romancista do indianismo.
Alencar indianista
· O guarani faz parte de uma trilogia indigenista pela qual Alencar tem notoriedade;
· As três obras são: O Guarani, Iracema e Ubirajara;
· Iracema é a mais importante porque trata do contexto do momento da colonização e também do surgimento da raça miscigenada;
· O Guarani e Iracema mostram o contexto depois do Brasil ter sido colonizado pelos europeus. Já Ubirajara retrata o cenário antes da chegada dos portugueses, antes dos navios chegarem (teve a Carta de Pero Vaz).
O Guarani
· A obra trata do processo de povoamento português, de como eram a relação deles com os índios quando vieram para o Brasil.
· Gira em torno do envolvimento de Peri em uma luta entre indígenas e brancos, causada pela morte acidental de uma jovem amoiré por um jovem português. Totalmente devotado a Cecília (Ceci), filha do Fidalgo Dom Antônio de Mariz, Peri recebe a incumbência de garantir a sobrevivência da moça. 
Principais características/fatos:
· Devoção/fidelidade e Peri `a Ceci;
· Amor não correspondido de Isabel, irmã bastarda de Ceci, por Álvaro, amigo da família e pretendente de Ceci;
· A morte de uma índia da tribo Amoiré, causada acidentalmente por Diogo, irmão de Ceci;
· A vingança dos Amoriés, tribo antropofágica, que pretende atacar a casa de D. Mariz;
· Motim dos homens de D. Antônio, liderados por Loredano, um ex-frei ambicioso e devasso que pretende saquear a casa e raptar Cecilia, a quem ardentemente desejava. 
· Esse fatores faz com que eles não tem mais para onde correr e PERI acha que a única forma de proteger Ceci é tomar um remédio, já que a tribo Amoiré é antropofágica e que ia comer ele depois de matar ele, então ele irrita a tribo para ser comido e, assim extermina-los e proteger a Ceci. Porém, como ela fica sabendo e fica triste, a família dela vai atrás do Peri e faz ele tomar um antídoto para se livrar do veneno.
· Chega um momento que estão todos atacando e Mariz então batiza Peri e permite que a sua filha fuja com ele, pedindo que a leve ate os parentes no RJ.
· Índio = herói. O herói indígena é muito construído aqui e elevado ao mesmo nível dos heróis europeus. 
· Amor genuíno entre duas pessoas que não pode se concretizar por conta da sociedade;
· Ao final, Peri e Ceci ficam juntos, livres das convenções sociais, habitando o paraíso natural idealizado por Rosseau (ideia do “bom selvagem”);
Iracema
· Essa obra retrata a chegada dos primeiros brancos e miscigenação (o filho dela é um dos 1° miscigenados).
· Conta a história da jovem tabajara que deveria permanecer virgem a fim de cumprir seu papel de sacerdotisa. Ao se apaixonar pelo colonizador português Martim, entrega-se a ele, sendo considerada traidora da tribo. Sua breve vida é marcada de tristeza. O nascimento de seu filho, Moacir, determina sua morte.
· Iracema é uma índia da nação Tabajara. Ela é filha do pajé da tribo (Araquém) e está prometida como esposa ao chefe guerreiro (Irapuã). A moca tbm é detentora do segredo da Jurema. Ela produz uma bebida alucinógena que é dada aos guerreiros em rituais específicos. Este segredo está condicionado `a sua virgindade. Ela não pode se entregar a nenhum homem antes de passar a outra virgem o segredo de fabricação dessa bebida.
· Martim é um guerreiro português que vive entre a tribo Pitiguara e tem a missão de fiscalizar a costa cearense contra as invasões estrangeiras. Junto com seu fiel amigo, Poti, lidera os guerreiros pitiguaras nas batalhas contra invasores, principalmente holandeses. Os pitiguaras, que vivem na costa cearense, são inimigos naturais dos tabajaras, que vivem mais para o interior.
· Um dia na mata ela estava caçando e atira em Martin, então o leva para se tratar e acaba se apaixonando por ele.
· Eles se apaixoname ela perde a virgindade, assim, não pode voltar mais para sua tribo. Ele tbm não pode voltar para Portugal, pois não quer abandoná-la com o filho e se sente triste por isso. Iracema decide que a única forma de libertar seu amado dessa tristeza é morrendo, pois, dessa forma, ele poderia ir para Portugal. Definha, então, em tristeza e morre assim que seu filho nasce. Ela o chama de Moacir, que significa “filho da dor”. Martim leva o filho para Portugal e, anos depois funda uma cidade onde enterrou Iracema;
· Índio = herói. Iracema foi tão altruísta que morreu de tristeza para deixar seu amado feliz.
· Amor genuíno entre duas pessoas que não pode se concretizar por conta da sociedade;
· As convenções sociais vencem, pois Iracema morre de tristeza frente a impossibilidade de viver plenamente o seu amor.
Ubirajara
· A obra trata da convivência das nações indígenas quando os brancos ainda não haviam chegado, antes da colonização.
· Narra as provas vividas pelo herói indígena que dá me ao romance para liderar a união dos povos inimigos em uma única nação fortalecida;
· Ubirajara (Jaguaré): é o protagonista e herói do romance. É um índio valente, guerreiro e leal, que acaba unindo as tribos Araguaia e tocantim e transformando-as na nação Ubirajara.
- Então vai mostrar como era a sociedade e as relações indígenas antes de ter influência europeia aqui.
· Araci: filha do chefe tocantim, Itaquê. É cobiçada por cem guerreiros, que Ubirajara derrota. Acaba se apaixonando por Ubirajara e é prometida para ele depois que o índio vence as lutas contra seus pretendentes. Seu nome significa “a estrela do dia”.
· Pojucã: irmão de Araci. Perde uma luta para Jaguarê e é levado para a sua aldeia, fazendo com que o outro ganhe o título de Ubirajara. Seu nome significa “eu mato gente”.
· Jandira: bela índia araguaia, é prometida a Ubirajara, que a despreza e a promete para Pojucã. Indignada, ela foge para a floresta e, vendo Araci, tenta matá-la, porém, Ubirajara salva sua amada e transforma Jandira em uma escrava.
· Itaquê: líder dos tocantins e pai de Araci e Pojucã. Acaba ficando cego por causa do filho dos líderes tapuias e perde sua liderança, passando-a para Ubirajara, que foi o único que conseguiu dobrar seu arco.
· Jaguarê (Ubirajara) acaba se casando com as duas mulheres, Araci e Pojucã, que eram de tribos inimigas e como as duas tribos passam a ser lideradas por ele, se formam uma tribo só chamada Ubirajara. 
· Em Ubirajara teve uma tentativa de colocar o índio no mesmo patamar do branco europeu, heroicizando o índio para que os miscigenados tivessem orgulho de quem eram, de seus pais (Ex: mãe índio e pai português), de sua história, da sua nação, do Brasil, da sua identidade (o que o Brasil precisava na sua independência).
Heróis brasileiros
· O herói indígena não supera o branco, mas equivale-se a ele para que seus descendentes, frutos da miscigenação, possam justificar o orgulho patriótico;
· A abordagem era etnocêntrica, pois a valorização do indígena acontecia com o que o europeu considerava bom e belo;
· Alencar se aproximava do universo do nativo com vocabulário próprio e informações históricas;
· Com isso, cumpria seu projeto de criar heróis capazes de ser assimilados pelo povo brasileiro.
Alencar histórico: a recriação do passado
· Obras que tratam da riqueza das terras brasileiras, de sua posse definitiva e do alargamento de suas fronteiras territoriais;
· São romances que relatam episódios históricos que mostram as origens do povo brasileiro.
As Minas de Prata
· Em meio a duelos, conspirações, perseguições e outras peripécias, o romance retrata a saga dos desbravadores do sertão brasileiro na busca por metais preciosos;
- Mostra o que estava por trás dessa busca de riqueza, o sofrimento das pessoas, como era o cenário, as minas e como os escravos, índios estariam atuando nessa busca.
· A ação passa-se no século XVIII, uma época marcada pelo espirito aventureiro;
· A fortuna prometida pelas lendárias minas de prata de Robério Dias teria o poder de decidir o destino da colônia e a honra da família. No entanto, para defender o Brasil e o grande amor que sente por Inês ou Inesita, Estácio filho de Robério, teria que resgatar o roteiro das minas. Tal roteiro que fora deixado pelo pai de Robério, Moribeca, antes de morrer;
- O roteiro era como um “mapa do tesouro” que ele fica o tempo todo no meio de problemas tentando conseguir esse roteiro. E tbm tinha o Padre Molina que queria o roteiro. 
· Passados alguns anos, o padrinho de Estácio repassa uma carta deixada pelo próprio Robério, pai do rapaz. A carta escrita `a mãe do moço, há cerca de 4 anos, ainda estava selada, mas trazia grandes informações;
· Contuso, o maior problema do rapaz é o de ter um grande poder nas mãos sem saber usá-lo corretamente. Em meio a muitos altos e baixos, Estácio sempre justo, acaba por não desejar a riqueza material, mas salvar a honra do pai e casar-se com Inês. Enquanto, que Padre Molina, ambicioso, visa destruir um império católico fazendo coisas pecaminosas.
· Nessa obra há uma critica muito forte ao clero, quando coloca o Padre. E talvez isso tenha surgido pela sua história já que ele é filho de um sacerdote com sua prima. 
Alencar Regional
· Figuras masculinas de áreas distantes dos centros mais desenvolvidos, cuja autêntica brasilidade estaria preservada, devido ao menor contato com europeus;
· Sertanejos, gaúchos, fluminenses e paulistas interioranos;
· Particularidades culturais da sociedade rural;
· No romance regionalista, assim como no indianista, os elementos do cenário nativo – a liberdade dos pássaros e das feras – são incluídos na composição da personagem para criar um mito;
- A natureza era muito ressaltada como se fizesse parte desse “personagem” (a construção de um herói), e a junção desses dois era perfeito para construir uma identidade nacional pátria.
· As virtudes do indivíduo são destacadas e, muitas vezes, confrontadas com as características do morador da cidade, considerado vil ou insignificante. 
· O livro O Sertanejo (principal obra desse período) de Alencar retrata a realidade do sertão brasileiro sob a perspectiva do personagem-narrador Severino, um homem pobre e simples que representa o povo que luta contra a fome e a miséria;
· A história é narrada em 3° pessoa e se passa no ano de 1764 em Quixeramobim no Ceará;
· O personagem principal da história é Arnaldo Loureiro, um jovem vaqueiro que trabalha para o capitão Arnaldo Campelo, sendo tido como misterioso e funcionário exemplar;
· O Capitão Arnaldo Campelo é casado com D. Genova, tendo uma única filha de nome Flor; 
· Arnaldo nutre amor e profunda devoção por Flor, porém, Arnaldo é um simples vaqueiro, não estando ao nível da filha do patrão;
· Assim, Flor é prometida em casamento a Leandro Barbalho, porém, na data do casamento inimigos do capitão assassinam o futuro marido de Flor;
· Arnaldo consola Flor e com o tempo o capitão passa a considerá-lo permitindo que este tenha o mesmo sobrenome da família.
· Esse tipo de obra mostra como era a cultura rural e o amor que não pode acontecer por causa das convenções da sociedade.
Alencar Urbano
· Foi o que fez mais sucesso nessa época.
· Romance que retratava principalmente a figura feminina, que recebe caracterização psicológica repleta de sutilezas e ambiguidades;
· Em seus primeiros romances do ciclo urbano, o autor trata de mulheres de personalidade forte, responsáveis por seu próprio destino;
· Essa tendência poderia ter levado o romance urbano de Alencar em direção ao realismo;
· Mesmo movido pela idealização romântica, os romances de Alencar registram de forma crítica os valores da época, que prezava por uma mulher pura e homens cavalheiros.
Principais obras:
 - Lucíola
· Lucíola é uma cortesã (prostituta) que passa a viver essa vida para poder salvar a irmã mais nova. Paulo a vê como meiga e inocente e se apaixona por ela, mesmo ela vivendo uma vida conturbada. Ela larga tudo para viver com ele, mas morre após ter problemas na gravidez. Antes de morrer, ele pede que Paulo se case comAna, mas ele se nega a fazer isso. Paulo termina o livro sozinho e triste por ter perdido o único amor de sua vida;
· Transformação da cortesã em heroína;
· Crítica social a moral e preconceito.
- Senhora
· Aurélia e Fernando Seixas, jovens pobres, apaixonam-se, mas ele desiste de casar com ela para ganhar o dote, casando-se com Adelaide;
· Aurélia recebe uma herança de seu avô, fica rica e pede para seu tio e tutor oferecer um dote ainda maior;
· Seixas aceita casar-se pelo dote de 100 mil reis e descobre que a esposa seria Aurélia. Fica feliz, mas Aurélia o trata com frieza e disse que o comprou;
· Ela o trata como um empregado e eles passam a viver um casamento de aparências até que Seixas consegue juntar o dinheiro que recebeu pelo dote e paga Aurélia, declarando-se livre;
- Até aqui teve umas duas situações pelo menos em que eles quase se beijaram e ficaram juntos, mas ela estava recuando porque precisa ter certeza de que ele realmente gosta dela.
· Nesse momento, Aurélia se declara a ele e eles passam a formar um casal de verdade.
· Destaques: crítica a sociedade burguesa (vida de aparências, faz tudo por ascensão social; casamento por interesse).
- Manuel Antônio de Almeida
· Médico formado, mas nunca exerceu a profissão;
· Trabalhou em jornais e na política;
· Escreveu um único livro “Memorias de um Sargento de Milícias”; 
Características:
· Tom coloquial, mais próximo da linguagem jornalística mais simples;
· Não há idealização nem do protagonista nem da figura feminina;
· Não há exageros de rebuscamento, metáforas e palavras difíceis;
· O espaço retratado é pertencente `a classe média baixa (pessoas que viviam nas periferias) e não os espaços pertencentes `a burguesia;
· Manoel apresenta uma versão satírica e irônica das relações de interesse entre as personagens;
· Ex: algumas personagens nem tinham nome, o que já é uma forma de crítica e ironia. Sua designação se dava pelo papel social (lavadeira, barbeiro, parteira, etc.);
· Ao contrário do herói romântico, Leonardo, o protagonista é um malandro.
Memorias de um Sargento de Milícias
· A narrativa, que se apresenta como uma sucessão de aventuras do jovem Leonardo, tem início antes mesmo de seu nascimento, relatado o 1° contato entre seus pais, Maria da Hortaliça e Leonardo Pataca, no navio que os traz de Portugal para o Brasil. Ambos trocam “uma pisadela” e um “beliscão” como sinais de interesse mútuo e passam a namorar. Maria abandona o marido e retorna para a terra natal. Pataca, por sua vez, recusa-se a criar o filho, deixando-o com o padrinho, o Barbeiro, que passe a dedicar ao menino cuidados de pai.
· Pataca se envolve com uma cigana, que tbm o abandona. Para tentar recuperá-la, recorre `a feitiçaria, prática proibida na época. Flagrado pelo Major Vidigal, conhecido e temido representante da lei, vai para a prisão, sendo solto em seguida.
· Enquanto isso, seu filho Leonardo, pouco afeito aos estudos, convence o padrinho a permitir que ele frequente a Igreja na condição de coroinha. O Barbeiro vê ali uma oportunidade para dar um futuro ao afilhado. No entanto, Leonardo continua aprontando das suas e acaba expulso. Conhece o amor na figura de Luisinha, uma rica herdeira, mas sua aproximação é interrompida pela ação do interesseiro José Manuel, que conquista e casa com a moça.
- Apesar dele ter contato para a família de Luisinha que a outra pessoa interessada nela se importava só com o dinheiro, isso dá uma série de problemas, eles não podem se casar, mas ainda assim Leo não fica com ela. Ai^ ele se envolve com uma mulher mulata (negra), vive na casa dela, mas tem dois primos interessados nela e denunciam ele de ser um “infiltrado” na casa, e ele é preso e a madrinha vai salvar ele. E o responsável (delegado talvez) de lá vai dar o cargo de sargento de milícias para ele. 
· Como era um romance de folhetim, cada semana saia um capítulo no jornal, tinha que ter várias peripécias para quererem ler o próximo capitulo;
· Aqui é criado de novo um protagonista as margens da sociedade e um novo toque, começo para o realismo, com linguagem coloquial, personagens tratados de verdade, família desestruturada que não entra nos “padrões burgueses”.

Continue navegando