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CAPÍTULO 2 MODELO GERAL PARA O GERENCIAMENTO DE PROJETOS A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: Conceituar planos, programas, projetos e portfólios. Explicar os elementos do gerenciamento de projetos. Constatar os elementos críticos de um projeto. Discutir casos de projetos bem-sucedidos e malsucedidos. 36 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos 37 MODELO GERAL PARA O GERENCIAMENTO DE PROJETOS Capítulo 2 CONTEXTUALIZAÇÃO Este capítulo introduz o gerenciamento de projetos ao discutir seus principais elementos. Primeiramente, explicaremos o conceito dos projetos e faremos uma distinção entre planos, programas, projetos e portfólios. Você sabe explicar o que é cada um? Além disso, apresentaremos um modelo básico para a gestão de projetos que considera os principais componentes dos projetos de uma maneira bem global e abrangente. O intuito é que você consiga distinguir trabalhos rotineiros de um projeto devidamente formalizado. Por fi m, partiremos para uma parte bem aplicada, uma vez que veremos exemplos de projetos reais e discutiremos casos de projetos bem-sucedidos e malsucedidos. OS PROJETOS As pessoas de uma organização buscam atingir um objetivo. Muitas vezes, os projetos fazem parte do planejamento necessário para atingir um objetivo amplo, que pode ser atingir a sustentabilidade fi nanceira da empresa, aumentar as vendas, conquistar novos clientes, lançar novos produtos. Em outras palavras, os projetos são parte de um conjunto de ações que determinam o planejamento de uma organização. De acordo com o Project Management Institute (2010, p. 1), um projeto é “um esforço temporário empreendido para criar um produto ou serviço único”. Keelling (2006, p. 4) complementa que os projetos, em geral, possuem as seguintes características: • Possuem propósito e objetivos determinados. • Possuem duração limitada (com início, meio e fi m). • Apresentam uma data de início e outra de término. • Incluem recursos humanos e fi nanceiros do projeto. • Abrangem administração e estrutura de administrações do projeto. A Figura 3 exemplifi ca a abrangência dos planos, programas, projetos e portfólios, de forma que os planos envolvem objetivos de médio e longo prazo e normalmente são relacionados com a estratégia da organização. Os programas são grupos de projetos relacionados cuja gestão coordenada facilita o controle e a obtenção de benefícios que não estariam disponíveis se os projetos forem geridos individualmente. os projetos são parte de um conjunto de ações que determinam o planejamento de uma organização. 38 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos Um portfólio é composto por projetos, programas e trabalhos que são agrupados com o intuito de facilitar a gestão dos mesmos e atingir objetivos estratégicos. Já os portfólios abrangem tanto os programas quanto os projetos. Um portfólio é composto por projetos, programas e trabalhos que são agrupados com o intuito de facilitar a gestão dos mesmos e atingir objetivos estratégicos. Porém, não necessariamente o portfólio é composto por elementos inter-relacionados ou interdependentes. Por fi m, há também projetos que não fazem parte de planos ou programas, mas um programa sempre será composto de projetos. (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2010). Figura 3 - Abrangência dos projetos Fonte: A autora. Para exemplifi car o contexto do projeto, abordaremos o uso e a ocupação do solo em um município. Todo município deve ter um Plano Diretor, este plano deve conter o planejamento com todas as diretrizes das áreas delimitadas para a preservação ambiental, regiões urbanizadas (limites territoriais dos bairros, por exemplo), zona rural do município e até regiões de interesse turístico. Além disso, o Plano Diretor deve conter informações sobre os padrões das casas, a saber: área mínima de fachada, número máximo de andares, tamanho dos quintais, normas para reformas, entre outros. Por exemplo, em edifi cações tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional há maiores restrições legais de alterações de fachada. Em consonância com o Plano Diretor pode haver programas do município, como programas de arborização, programa de tratamento dos resíduos sólidos, programa de inclusão social etc. Estes programas não podem estar em contraposição com o Plano Diretor, ou seja, devem se basear em suas diretrizes para entrarem em vigor, mesmo sendo de segmentos distintos. 39 MODELO GERAL PARA O GERENCIAMENTO DE PROJETOS Capítulo 2 Por fi m, o mesmo município pode aprovar projetos que se encaixem nesse conjunto de plano e programas. Um projeto pode ser de educação ambiental nas escolas, ou de revitalização de um parque. Isto quer dizer que o projeto é algo aplicado de maneira específi ca e detalhada, fazendo parte de um contexto mais amplo. Aprendemos um pouco do contexto dos projetos, programas e planos e entendemos que um plano é bem mais geral, enquanto um projeto é muito específi co e deve apresentar objetivos e cronogramas claros. Mas existem também os portfólios, você já teve acesso a um? Suponhamos que você quer construir uma casa para sua família e vocês querem contratar um arquiteto para elaborar um projeto. Porém, como você nunca construiu uma casa antes, tem difi culdade em escolher este profi ssional. Então, entra em contato com os arquitetos da sua cidade e pede para eles mostrarem exemplos de trabalhos anteriores. Em outras palavras, você solicitou o portfólio de serviços destes profi ssionais, isto é, os projetos e programas dos quais cada arquiteto participou. A partir do portfólio você pode entender mais sobre o estilo de cada um dos arquitetos, os modelos de casas anteriores e até mesmo entender a qualidade do serviço que cada profi ssional oferece. Por exemplo, se o arquiteto possui um site com informações do escritório e equipe, um cartão de visitas bem feito e fotos e exemplos bem apresentáveis, você pode inferir que este profi ssional é organizado e preza pela qualidade. Já outro arquiteto que não tiver informações disponíveis ou não apresentar projeto fi nalizado pode ser questionado por você quanto à capacidade de entregar um projeto no prazo estabelecido. Além disso, o arquiteto deve estar ciente de todas as leis e diretrizes do Plano Diretor do município, lembra? E entender programas que possam eventualmente limitar ou estimular o uso do seu terreno. O projeto é algo aplicado de maneira específi ca e detalhada, fazendo parte de um contexto mais amplo. Atividades de Estudos: 1) Leia o texto e responda às questões sobre ele. Programa Rio Limpo é lançado em Blumenau Ação busca envolver toda a comunidade ambiental da cidade. [...] Inicia durante a semana do Dia Mundial da Água, promovido em 22 de março, o Programa Rio Limpo Começa na Nossa Casa. 40 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos A proposta consiste em despertar a consciência pela importância da preservação dos recursos hídricos, alertar sobre a necessária separação da água da chuva da ligação de esgoto e verifi car a regularidade das ligações domiciliares. Este trabalho será realizado por técnicos que estarão devidamente uniformizados, identifi cados e que terão acesso às dependências do imóvel. [...]. Selo “Amigo do Rio” Para aqueles que estiverem com as ligações de água de chuva e esgotamento sanitário executadas corretamente será entregue o selo de “Amigo do Rio”, valorizando as ações ambientalmente corretas. Nos casos em que seja preciso alguma adequação nas tubulações existentes, será emitido um documento com compromisso de prazo para regularização e as equipes técnicas do Programa darão todo suporte e orientações necessárias. “Desde 2010 até hoje, evoluímos de menos de 5% para mais de 33% de cobertura do serviço disponível em nossa cidade, o que signifi ca que cercade 15 milhões de litros de esgoto retornam aos rios corretamente tratados diariamente. Fazermos agora nossa parte dentro das nossas casas é fundamental para garantir o melhor aproveitamento deste grande esforço pela cidade”, destaca Cleber Renato Virgínio da Silva, da Odebrecht Ambiental em Blumenau. O Programa Rio Limpo Começa na Nossa Casa é uma ação que busca envolver toda a comunidade ambiental da cidade e conta com o apoio da Agência Intermunicipal de Regulação do Médio Vale do Itajaí (Agir), Fundação do Meio Ambiente de Blumenau (Faema), do Ministério Público de Santa Catarina, da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi), da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), da Caixa Econômica Federal, Prefeitura Municipal de Blumenau, Acaprena e unidade Blumenau da Odebrecht Ambiental. Fonte: <http://www.blumenau.sc.gov.br/secretarias/samae/samae/programa-rio-limpo- e-lancado-em-blumenau92>. Publicado em: 18 mar. 2016. Acesso em: 30 jun. 2016. Depois de ler o texto, tente responder às seguintes perguntas: 1) Você consegue identifi car a partir do texto os stakeholders do Programa Rio Limpo? ____________________________________________________ ____________________________________________________ 41 MODELO GERAL PARA O GERENCIAMENTO DE PROJETOS Capítulo 2 ____________________________________________________ ____________________________________________________ 2) Quais são os objetivos do Programa Rio Limpo? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 3) Quais foram os resultados alcançados até março de 2016 quanto à oferta de serviço de coleta e tratamento de esgoto em Blumenau? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ Você entendeu quais são as diferenças entre Plano, Programa, Projeto e Portfólio? O Quadro 4 reforça a diferença entre eles. Quadro 4 - diferenciação de plano, programa, projeto e portfólio Conceito Descrição Plano Documentos estratégicos e abrangentes que delimitam as diretrizes e sequên- cias de ações, os responsáveis e as principais providências a serem tomadas para atingir um objetivo global e metas de médio e longo prazo. Programa Um programa é um conjunto organizado de projetos, atividades e processos para se alcançar objetivos amplos. Projeto Reunião de esforços em tarefas multidisciplinares e integradas na busca de objetivos específi cos e sob condições de prazos e custos predeterminados (PA- TAH, 2004, p. 14). Portfólio Uma carteira de projetos que representam o conjunto de projetos e programas de um indivíduo, departamento ou organização. Fonte: A autora. 42 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos Um ponto que deve ser considerado é que projetos, programas e portfólios não devem ser geridos da mesma maneira. De acordo com o Project Management Institute (2010), há diferenças na gestão do escopo, das mudanças, do planejamento, na gestão em si, no monitoramento e no sucesso de cada um deles. O Quadro 5 aponta como os elementos do projeto devem ser encarados de maneira mais particular, enquanto a gestão de programas e portfólios apresenta dimensões mais amplas e estratégicas para as organizações. Quadro 5 - Resumo comparativo de gerenciamento de projetos, programas e portfólios Elementos Projetos Programas Portfólios Escopo Projetos possuem objeti- vos defi nidos. O escopo é elabora- do progressivamente durante o ciclo de vida do projeto. Os programas possuem um escopo maior e fornecem benefícios mais signifi cativos. Os portfólios possuem um escopo de negó- cios que muda com os objetivos estratégicos da organização. Mudança Os gerentes de projetos esperam mudanças e implementam processos para manter as mu- danças gerenciadas e controladas. Os gerentes de pro- gramas devem esperar mudanças tanto de dentro como de fora do programa e estar prepa- rados para gerenciá-las. Os gerentes de portfólios monitoram continuamen- te as mudanças ocorri- das no ambiente mais amplo da organização. Planejamento Os gerentes de projetos elaboram progressiva- mente planos detalhados no decorrer do ciclo de vida do projeto a partir de informações de alto nível. Os gerentes de progra- mas desenvolvem o pla- no geral do programa e criam planos de alto nível para orientar o planeja- mento detalhado no nível dos componentes. Os gerentes de portfólios criam e mantêm comu- nicação e processos necessários ao portfólio global. Gerenciamento Os gerentes de projetos gerenciam a equipe do projeto para atender aos objetivos do projeto. Os gerentes de pro- gramas gerenciam a equipe do programa e os gerentes de projetos; eles proveem visão e liderança global. Os gerentes de portfó- lios podem gerenciar ou coordenar a equipe de gerenciamento de portfólios. Sucesso O sucesso é medido pela qualidade do produto e do projeto, pontualidade, conformidade orçamen- tária e grau de satisfação do cliente. O sucesso é medido pelo grau em que o programa atende às necessidades e aos benefícios para os quais foi executado. O sucesso é medido em termos do desempenho agregado dos componen- tes do portfólio. 43 MODELO GERAL PARA O GERENCIAMENTO DE PROJETOS Capítulo 2 Monitoramento Os gerentes de projetos monitoram e controlam o trabalho de elaboração dos produtos, serviços ou resultados para os quais o projeto foi realizado. Os gerentes de pro- gramas monitoram o progresso dos compo- nentes do programa para garantir que os objetivos, cronogramas, orçamento e benefícios globais do mesmo sejam atendidos. Os gerentes de portfólios monitoram o desempe- nho e os indicadores de valor agregado da carteira. Fonte: Project Management Institute (2010, p. 9). Ainda é válido destacar que os projetos são distintos de atividades rotineiras de uma organização, haja vista que o gerenciamento de projetos não envolve a gestão de operações. Em outras palavras, enquanto o gerenciamento de processos de negócios impacta atividades rotineiras da organização, tais como operações de produção, fabricação e contabilidade, o gerenciamento de projetos possui um cronograma defi nido com início, meio e fi m, além de objetivos específi cos. A Figura 4 mostra as diferenças entre um projeto e rotinas contínuas. Ainda é válido destacar que os projetos são distintos de atividades rotineiras de uma organização, Figura 4 – Comparação entre atividades rotineiras e atividades de projetos Fonte: Baseado em Keelling (2006, p. 5). Agora que você já entende a abrangência de um projeto, vamos falar sobre os principais elementos que o compõem. 44 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos ELEMENTOS DOS PROJETOS O número de elementos e a forma como estão organizados podem variar de projeto para projeto. Uma possível classifi cação dos projetos inclui o posicionamento conforme quatro dimensões, apresentadas no Quadro 6. Quadro 6 - Classifi cação dos projetos Dimensão Descrição Inovação Representa a incerteza da meta do projeto e/ou a incerteza no mercado. Tecnologia Representa a incerteza tecnológica. Complexidade Mede a complexidade do produto ou serviço, tarefa e organização. Ritmo Representa a urgência do projeto. Fonte: Adaptado de Marques Júnior e Plonski (2011). Apesar dos projetos poderem assumir classifi cações diferentes, sabe-se que, em geral, há pontos relevantes para o gerenciamento de projetos de qualquer área. Projetos altamente inovadores tendem a apresentar maiores desafi os para a gestão, justamente por evolver produtos, processos ou modelos novos. Por outro lado, a inovação pode se transformar em um fator que gera vantagem competitivaem relação aos concorrentes. O suporte tecnológico pode se basear em equipamentos, softwares e tecnologia necessária para desenvolver o projeto. Em algumas situações, é preciso criar novas tecnologias, em outras são necessárias adaptações e há também casos que utilizam tecnologia e softwares já difundidos e consolidados na organização. A complexidade do projeto pode se associar aos fatores inovação e tecnologia, bem como com a estrutura do projeto, número de envolvidos, orçamento e prazos. Por exemplo, preparar o Rio de Janeiro para as Olimpíadas em 2016 é altamente complexo, envolvendo vários setores e um prazo específi co, que não se pode alterar facilmente. Ainda, o ritmo do projeto envolve o tempo e os prazos estabelecidos, que podem necessitar de medidas urgentes e/ou outras mais fl exíveis. Pensando em uma escala de três pontos: baixa, média e alta, como você classifi caria o último projeto em que trabalhou? 45 MODELO GERAL PARA O GERENCIAMENTO DE PROJETOS Capítulo 2 Porém, agora que você já sabe o que é um projeto, o que seria o gerenciamento de projetos? Sabemos que projetos envolvem ferramentas como softwares, metodologias como a proposta pelo Project Management Institute e habilidades e conhecimento da equipe de projetos. Também estudamos que os projetos são orientados a objetivos específi cos. Assim, o gerenciamento dos projetos envolve a administração dos elementos envolvidos em um projeto determinado, sejam eles recursos humanos ou físicos. “O gerenciamento de projetos consiste na aplicação de conhecimento, competências, ferramentas e técnicas às atividades do projeto, com vista ao cumprimento dos requisitos em pauta” (HELDMAN, 2006, p. 6). O PMBOK (2010) sugere seis componentes a serem gerenciados pela equipe de projetos de uma organização. São eles: 1. Escopo. 2. Qualidade. 3. Orçamento. 4. Recursos. 5. Cronograma. 6. Risco. Para entender melhor o que é cada um dos elementos do projeto, o Quadro 7 apresenta as defi nições de cada elemento crítico para o gerenciamento de um projeto em qualquer organização. O PMBOK (2010) sugere seis componentes a serem gerenciados pela equipe de projetos de uma organização. São eles: 1. Escopo. 2. Qualidade. 3. Orçamento. 4. Recursos. 5. Cronograma. 6. Risco. Quadro 7 - Elementos gerenciáveis dos projetos Elemento Defi nição Fonte Escopo O trabalho que deve ser realizado para entregar um produto, serviço ou resultado, com as características e funções especí- fi cas. PMI (2010, p. 429) Qualidade O grau com que um conjunto de características inerentes aten- de aos requisitos. PMI (2010, p. 440) Orçamento Estimativa aprovada para o projeto ou qualquer componente da estrutura analítica do projeto ou atividade do cronograma. PMI (2010, p. 437) 46 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos Recursos Recursos humanos especializados (disciplinas específi cas, indi- vidualmente ou em grupos ou equipes), equipamentos, serviços, suprimentos, commodities, materiais, orçamentos ou fundos. PMI (2010, p. 441) Cronograma As datas planejadas para realizar as atividades do cronogra- ma e para atingir os marcos do cronograma (ponto ou evento signifi cativo no projeto). PMI (2010, p. 225) Risco Um evento ou condição incerta, que, se ocorrer, provocará um efeito positivo ou negativo nos objetivos de um projeto. PMI (2010, p. 442) Fonte: A autora. A Figura 5 retrata de forma resumida os elementos que devem ser de interesse dos gestores de projetos. Figura 5 - Elementos relevantes no gerenciamento de projetos Fonte: A autora. Agora que já sabemos quais são os principais elementos de um projeto, o gerenciamento deles pode ser benefi ciado. Lembre-se de que alguns projetos podem possuir outros elementos críticos além dos que aprendemos, e que um projeto bem gerido pode seguir um modelo ou metodologia específi co da sua organização. MODELO GERAL DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS O gerenciamento de projetos depende de métodos, pacotes de ferramentas e modelos de projetos. Assim, o gerenciamento de projetos é determinado pela aplicação de processos estruturados de maneira repetida e contínua por uma organização para a gestão de seus negócios. Com isso, o gerenciamento de 47 MODELO GERAL PARA O GERENCIAMENTO DE PROJETOS Capítulo 2 projetos depende de práticas e técnicas padronizadas (PATAH; CARVALHO, 2012). Tais técnicas podem fazer parte da experiência individual e aplicações de conhecimento de um gestor, ou, de outra forma, podem seguir exigências e práticas já estabelecidas em uma empresa. Tendo em vista a particularidade dos projetos, há também, na atualidade, vários modelos e métodos de gerenciamento. Os métodos mais difundidos foram propostos por institutos e associações dedicados ao estudo de projetos. (PATAH; CARVALHO, 2012). O Quadro 7 condensa métodos aplicados mundialmente. Quadro 7 - Principais associações de gerenciamento de projetos e seus conjuntos de métodos Instituto Conjunto de Métodos País de origem Foco da metodologia Project Management Institute (PMI) Project Management Body of Knowledge (PMBOK) Estados Unidos Gestão geral de projetos International Project Management Association (IPMA) ICB – IPMA Competence Baseline União Europeia Gestão geral de projetos Australian Institute of Project Management (AIPM) AIPM – Professional Compe- tency Standards for Project Management Austrália Gestão geral de projetos Association for Project Management (APM) APM Body of Knowledge Reino Unido Gestão geral de projetos Offi ce of Government Commerce (OGC) Project in Controlled Envirnon- ments (Prince 2) Reino Unido Gestão de Projetos de Sistemas de Informação Japan Project Manage- ment Forum ENAA Model Form – Interna- tional Contract for Process Plant Construction Japão Gestão de Projetos de Construções Fonte: Patah e Carvalho (2012, p. 183). O Quadro 7 demonstra que há diferenças nas metodologias conforme o país de origem do Instituto e a natureza do projeto em que se aplica a metodologia. Não existe um melhor modelo ou método ideal para todos os projetos, contudo, as metodologias podem contribuir para o estabelecimento de um padrão ou técnica. Assim, a literatura pode guiar os responsáveis pelos projetos a manterem o foco nos aspectos essenciais dos projetos. Como vimos, gerenciar os elementos escopo, qualidade, orçamento, recursos, cronograma e riscos pode afetar diretamente o objetivo-fi m do projeto, bem como o planejamento e a estratégia empresarial. Uma dica é saber as características dos métodos de gerenciamento de projetos a fi m de aplicá-los da melhor maneira para sua área de atuação. No Não existe um melhor modelo ou método ideal para todos os projetos, contudo, as metodologias podem contribuir para o estabelecimento de um padrão ou técnica. 48 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos Brasil, o Project Managemet Institute é uma das instituições mais reconhecidas pelo mercado. Nesse sentido, aprofundaremos nosso conhecimento sobre o Guia PMBOK no Capítulo 5. Não obstante, o Quadro 8 detalha as diferenças entre cada um dos principais métodos de gerenciamento de projetos existentes no mundo. Quadro 8 - Características dos métodos de gerenciamento de projetos Conjunto de métodos Características Diferenças entre os demais Project Management Body of Knowledge (PMBOK) Conjunto de métodos desenvolvido para diversos tipos de projetos, sendo, portanto, bastante genérico. Estruturado por áreas de conhecimento de um projeto. É complementado por dois conjuntos de métodos adicio- nais: Programa e Portfólio. ICB – IPMA Compe- tence Baseline Estruturado por competências que o projeto necessita desenvolver, divididas em: contextuais, comportamentais e técnicas. Juntamente com a norma australiana, apresenta um grau de profundidade bem maior que os demais métodos nos aspectos humanos da fi gura do gerente doprojeto. AIPM – Professional Competency Stan- dards for Project Management Este documento, publicado pelo Instituto Australiano de Projetos, é bastante similar em sua estrutura ao PMBOK, dividido por áreas de conhecimento. Também possui um enfoque mais profundo nas habilidades humanas. APM Body of Know- ledge Um dos mais completos conjuntos de métodos, este documento apresenta conteúdos relacionados a projetos, valor, escritório de projetos e aspectos estratégicos da gestão de projetos. É o mais abrangente do con- junto de métodos. Project in Controlled Environments (Prince 2) Conjunto de métodos estruturado por etapas de um projeto e nas atividades a serem conduzidas pela equipe de gestão. Conjunto de métodos mais voltado para projetos de tecno- logia da informação. ENAA Model Form – International Contract for Process Plant Construction O documento tem um enfoque muito grande nos aspectos contratuais de um projeto. O foco desse conjunto de métodos são projetos de cons- trução em engenharia. Fonte: Patah e Carvalho (2012, p. 184). Os métodos de gerenciamento de projetos destacam elementos, processos e fases dos projetos em suas metodologias. Aprofundaremos os processos e as fases do ciclo de vida do projeto no capítulo seguinte. Basicamente, vimos que não existe um modelo único de gerenciamento de projetos, apesar de algumas técnicas serem mais conhecidas e difundidas do que outras. O uso de um modelo ou conjunto de técnicas pode contribuir para o sucesso de um projeto justamente por auxiliar na sua formalização e no planejamento das atividades. Porém, haja vista que estamos imersos em 49 MODELO GERAL PARA O GERENCIAMENTO DE PROJETOS Capítulo 2 um contexto de risco e de incertezas, utilizar um modelo não garante um bom desempenho para organizações. Mas, afi nal, o que é necessário para que um projeto seja bem-sucedido? O SUCESSO DOS PROJETOS O sucesso em projetos é usualmente defi nido como cumprir os objetivos de tempo, qualidade e custos, bem como satisfazer os stakeholders do projeto (PATAH; CARVALHO, 2012). Contudo, para verifi car essas questões, em geral é preciso que o projeto já tenha sido fi nalizado. Um projeto é concluído quando: a) suas metas foram alcançadas; b) quando estiver decidido que o projeto não é mais viável. (HELDMAN, 2006) É possível avaliar um projeto sem que ele tenha terminado? Há duas maneiras de se avaliar o sucesso do projeto. A primeira é o critério do sucesso em si, e para tanto é necessário que tenha terminado (MARQUES JÚNIOR; PLONSKI, 2011). Muitas vezes, será necessário envolver os stakeholders para tal avaliação, que podem, inclusive, ter percepções distintas sobre o sucesso de um mesmo projeto. A segunda é o desempenho do projeto, o qual pode ser medido durante a sua execução (MARQUES JÚNIOR; PLONSKI, 2011). Contudo, para se medir o desempenho é necessário um conjunto de métricas (pacote de medidas e indicadores) que buscam avaliar o projeto com acurácia. Em outras palavras, é possível avaliar o projeto de acordo com a gestão dos elementos que o compõem. Por exemplo, o gestor de projetos pode avaliar o projeto com as seguintes refl exões: 1. O escopo defi nido do projeto corresponde à realidade? As metas e objetivos estão sendo alcançados? 2. A qualidade do projeto atende aos requisitos estabelecidos? 3. O orçamento do projeto está em conformidade com o que foi planejado? 4. Os recursos estão em conformidade com o que foi planejado? 5. O cronograma está sendo seguido conforme os prazos estabelecidos? 50 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos 6. Os riscos estão sendo minimizados ou mitigados? Algum risco inviabiliza a continuidade do projeto? Assim, o gerenciamento de projetos envolve refl exões e decisões complexas sobre os elementos dos projetos. Nesse sentido, controlar e monitorar as atividades dos projetos pode contribuir para o desempenho e, consequentemente, para o sucesso deles. Eventualmente, algumas ações não terão sido pré- planejadas e a equipe de projetos precisará de fl exibilidade e de capacidade de adaptação para atingir os objetivos determinados. “A capacidade de executar projetos com sucesso leva à consecução dos benefícios esperados e dos objetivos da empresa. As organizações que executam projetos com sucesso empregam práticas efi cazes de gerenciamento de projetos como uma ferramenta de geração de mudanças” (PCW, 2012, p. 7). Dado o impacto estratégico que os projetos têm sobre os negócios, as organizações devem manter processos efi cazes de gerenciamento de projetos que capitalizem a inovação, monitorem progresso, valor e riscos e confi rmem que os projetos certos podem cooperar com a estratégia organizacional. Vimos que um projeto bem-sucedido precisa atender ou superar as expectativas dos clientes. Mas o que pode interferir para que um projeto não atinja suas metas? De acordo com uma pesquisa do PMO Survey (2010), profi ssionais de empresas brasileiras indicaram as principais fontes de insucesso de projetos, representadas no Gráfi co 1. “A capacidade de executar projetos com sucesso leva à consecução dos benefícios esperados e dos objetivos da empresa. As organizações que executam projetos com sucesso empregam práticas efi cazes de gerenciamento de projetos como uma ferramenta de geração de mudanças” (PCW, 2012, p. 7). Gráfi co 1 - Fontes de insucesso dos projetos Fonte: Adaptado de: PMO Survey (2010). Disponível em: <http://www.mp.go.gov.br/ portalweb/hp/33/docs/benchmarking_gp_2010_geral.pdf>, p. 77. Acesso em: 21 jun. 2016. 51 MODELO GERAL PARA O GERENCIAMENTO DE PROJETOS Capítulo 2 Assim, conforme o Gráfi co 1, as questões culturais são uma das maiores ameaças à gestão de um projeto. Em outras palavras, tanto a cultura individual quanto a cultura organizacional devem ser respeitadas, devendo ser observadas e geridas com cuidado pela equipe de projetos. Além disso, problemas de falta de recursos (fi nanceiros, humanos e conhecimento) também podem acarretar no insucesso dos projetos, merecendo atenção dos gestores. Assim, de maneira geral, falhas no gerenciamento dos principais elementos podem afetar o sucesso de um projeto: • Escopo mal defi nido. • Qualidade dos produtos/serviços deixou a desejar. • Carência ou mau uso de recursos. • Falhas no orçamento do projeto. • Análise indevida dos riscos. • Problemas na gestão do cronograma. Agora veremos alguns casos reais de empresas que desenvolveram projetos. Cada caso é de um setor específi co e apresenta resultados diferentes. Estude os três casos devidamente para fazermos uma atividade ao fi nal do capítulo. CASES a) Case 1 – Viaduto em Belo Horizonte, MG Um case de projeto muito malsucedido foi a construção de um viaduto em Belo Horizonte como parte do programa de Mobilidade Urbana para a Copa do Mundo. O viaduto desabou antes de ser inaugurado e dezenove pessoas foram indiciadas pela morte de duas pessoas decorrentes do desabamento. O Leo mostra uma reportagem que apresenta o triste caso. Viaduto desaba e deixa pelo menos dois mortos em Belo Horizonte Estrutura, que ainda estava sendo levantada, atingiu diversos veículos, incluindo um ônibus. Número de feridos já chega a 23. Pelo menos duas pessoas morreram ao serem atingidas por escombros de um viaduto que desabou no meio da tarde desta quinta-feira (3) em Belo Horizonte. A estrutura que caiu passa por 52 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos cima da Avenida Pedro 1º, uma das mais movimentadas da cidade e que liga o Aeroporto de Confi ns à região do Estádio do Mineirão. Na próxima terça-feira (8) o estádio sediará uma das semifi nais da Copa do Mundo. A construção do viaduto, que ainda não havia sido inaugurado, faz parte das obras do Move, nome dado ao BRT (Bus Rapid Transit) na cidade. Os trabalhos pertencem à Meta 2 das obras de mobilidade urbana da Copa em BH, responsável peloalargamento da Avenida Pedro I. Além de direcionado ao Mineirão e ao Aeroporto de Confi ns, o tráfego da via também leva ao Complexo Arquitetônico da Pampulha e à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) campus Pampulha. A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura não soube informar o valor destinado para a elevação do viaduto. O Portal da Transparência da Copa do Mundo também não disponibiliza os custos exigidos especifi camente para esta obra. O total destinado às quatro metas do conjunto foi de R$ 713,4 milhões. O desabamento de um viaduto na capital mineira foi causado “certamente” por um erro “de projeto ou construção”, disse o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB). Fonte: Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/ viaduto-desaba-e-deixa-pelo-menos-dois-mortos-em-belo-horizonte- eafd4w2sb0dzbissxahv0lt8u>. Publicado em: 3 jul. 2014. Acesso em: 22 jun. 2016. b) Case 2 – Gestão de projetos e uso de software em uma organização No case 2, uma empresa brasileira conta como utiliza a gestão de projetos por meio de um software. Acesse o case por meio do link: Disponível em: <https://www. youtube.com/watch?v=y1GxPT0Ixyg>. 53 MODELO GERAL PARA O GERENCIAMENTO DE PROJETOS Capítulo 2 c) Case 3 – Toyota Celica no Campeonato Mundial de Rali Finalmente, o case 3 apresenta como um projeto pode gerar competitividade de um produto e empresa mediante seus concorrentes. Toyota Celica GT-Four marcou época no WRC com quatro títulos de pilotos Um dos campos de testes mais severos do automobilismo é o Campeonato Mundial de Rali (WRC). E uma peculiaridade da modalidade é que de tempos em tempos uma marca descobre o “caminho das pedras” com um projeto bem-sucedido e domina a competição por várias temporadas. Se, hoje, Volkswagen e Hyundai se engalfi nham pela soberania da categoria, entre meados da década de 1980 e o início dos anos 1990 a briga era entre Lancia e Toyota. Entre 1990 e 1994, o Toyota Celica GT-Four conquistou quatro títulos de pilotos, dois deles foi com o espanhol Carlos Sainz. Em 1982, a Toyota preparou o Celica Twin Cam Turbo para correr no Grupo B do WRC, que era a divisão suicida da categoria, com carros com até 500 cv voando em pistas estreitas e não raramente despencando em barrancos ou se despedaçando em algum obstáculo. Até 1986 a marca conseguiu seis vitórias mesmo sem o auxílio da tração nas quatro rodas, que viria na geração seguinte. GT-Four O Celica GT-Four foi o divisor de águas da Toyota no mundial de rali. Lançado em 1986, a geração ST-165 só estreou na temporada de 1988. A Toyota escalou o fi nlandês Juha Kankkunen, que já tinha corrido pela marca em 1985. A versão de rua do cupê era equipada com motor turbo 2.0 de 190 cv e 24 mkgf de torque, associado a uma caixa manual de cinco marchas. Mas seu destaque era a tração integral, que se mostrava tão efi ciente quando o sistema Quattro da Audi e capaz de peitar o impiedoso Lancia Delta. 54 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos Pódio A primeira vitória do GT-Four ocorreu na etapa australiana de 1989, com Kankkunen, que terminou o ano em terceiro lugar. E no ano seguinte foi a vez de Carlos Sainz faturar o campeonato. Com quatro vitórias, nos ralis de Acrópoles, Nova Zelândia, Finlândia e Grã-Bretanha, fi nalmente a Toyota desbancava a Lancia, que em 1991 daria o troco com o tricampeonato do fi nlandês, mesmo com Sainz ganhando cinco das 14 etapas do WRC. Em 1992, já na geração ST-185, o espanhol chegou ao bicampeonato com quatro vitórias. Naquela época, o Celica GT-Four era o principal garoto-propaganda da Toyota e teve edição especial para a Europa, a CS Limited Edition, com as iniciais do espanhol. O GT-Four deu a Juha Kankkunen seu quarto título no mundial em 1993 e ao francês Didier Auriol, no ano seguinte. Em 1995, a Toyota fazia a estreia da geração ST-205, que se manteve na competição até 1998 ao lado do feioso Corola WRC. Legado Nos 10 anos em que esteve no WRC, o Celica GT-Four conquistou 38 ralis e algumas séries comemorativas para uso urbano, lançadas nos mercados europeu, japonês e australiano. A rivalidade entre o Celica e o Lancia Delta era tão acirrada, que em 1994 a Sega lançou para fl iperamas o game “Sega Rally”, em que os dois carros disputavam provas contra o relógio. Fonte: Disponível em: <http://hojeemdia.com.br/primeiro-plano/toyota- celica-gt-four-marcou-%C3%A9poca-no-wrc-com-quatro-t%C3%ADtulos-de- pilotos-1.396852>. Publicado em: 9 jul. 2016. Acesso em: 11 jul. 2016. Atividade de Estudos: 1) Agora que você já viu os três casos distintos de projetos, complete o quadro com base no que foi citado em cada um dos cases e no que você aprendeu no capítulo. O Leo lhe ajudou 55 MODELO GERAL PARA O GERENCIAMENTO DE PROJETOS Capítulo 2 começando a preencher a primeira linha de forma bem objetiva, em tópicos. Refl ita e preencha o quadro devidamente. Case 1 Case 2 Case 3 Identifi que recursos utilizados no projeto -R$ 713,4 milhões (fi nanceiros) - Project Builder (sof- tware) - Juha Kankkunen (recurso humano) Possível objetivo do projeto (com base nas reportagens) Provável causa de sucesso/ insucesso Stakeholders envol- vidos ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Neste capítulo, você aprendeu que um projeto é um conjunto de esforços para desenvolver tarefas multidisciplinares e integradas na busca de objetivos específi cos e sob condições de prazos e custos predeterminados. Com isso, você deve ser capaz de identifi car processos rotineiros da sua organização e distingui- los dos projetos. Você também pode diferenciar projetos de planos, programas e portfólios. Ainda, você conheceu as possíveis classifi cações e os principais elementos de um projeto. Isso pode lhe auxiliar na organização dos projetos do local onde você trabalha. Vimos exemplos de modelos para o gerenciamento de projetos, que podem contribuir para defi nições de padrões e técnicas organizacionais. Também vimos exemplos de projetos bem-sucedidos e malsucedidos e situações que podem comprometer a estrutura de um projeto, como a falta de recursos diversos e a resistência cultural. No capítulo 3, vamos apresentar o ciclo de vida dos projetos e os cinco processos centrais dos projetos: 1) iniciação, 2) planejamento, 3) execução, 4) monitoramento e controle, e 5) encerramento. 56 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos REFERÊNCIAS GAZETA DO POVO. Viaduto desaba e deixa pelo menos dois mortos em Belo Horizonte. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e- cidadania/viaduto-desaba-e-deixa-pelo-menos-dois-mortos-em-belo-horizonte- eafd4w2sb0dzbissxahv0lt8u>. Acesso em: 14 jul. 2016. HELDMAN, K. Gerência de projetos: guia para o exame ofi cial do PMI. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. HOJE EM DIA. Toyota celica gt-four marcou época no WRC com quatro títulos de pilotos. Disponível em: <http://hojeemdia.com.br/primeiro-plano/ toyota-celica-gt-four-marcou-%c3%a9poca-no-wrc-com-quatro-t%c3%adtulos-de- pilotos-1.396852>. Acesso em: 14 jul. 2016. KEELLING, R. Gestão de projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2006. MARQUES JÚNIOR, L. J.; PLONSKI, G. A. Gestão de projetos em empresas no Brasil: abordagem "tamanho único"? Gestão e Produção, São Carlos, v. 18, n. 1, p. 1-12, 2011. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0104-530X2011000100001&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 21 jun. 2016. MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS. PMsurvey.org. Disponível em: <http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/33/docs/benchmarking_gp_2010_geral. pdf>. Acesso em: 14 jul. 2016. PATAH, L. Alinhamento estratégico de estrutura organizacional de projetos: uma análise de múltiplos casos. (Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção). 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Pensylvania: Project Management, 2010. 58 Tópicos Essenciais em Gestão de Projetos
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