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Estudo Dirigido – Livro: Terapia Cognitiva: teoria e prática – Judith Beck Nome: Luciene Alves Pereira dos Santos Matrícula: 201510489444 1 – Apresente a estrutura da conceituação cognitiva que deve ser montada em cada caso atendido. Dados relevantes da infância Crenças Centrais/Nucleares Pressupostos/Crenças/Regras Condicionais Estratégias Compensatórias de Enfrentamento Situação Pensamento Automático Significado do Pensamento Automático Emoção Comportamento 2 – Apresente a estrutura das sessões da terapia cognitiva, fazendo um breve comentário sobre os problemas que podem surgir nesta estruturação. Primeira parte da sessão: Restabelecer o rapport; verificação do humor (e medicação caso haja); definir uma pauta inicial; atualização da semana; revisão dos exercícios de casa. Parte intermediária da sessão: A seguir, você irá listar os nomes dos problemas na pauta e perguntar ao paciente em qual deles ele quer trabalhar primeiro. Fazer assim dá ao paciente a oportunidade de ser ativo e assumir a responsabilidade. Às vezes, no entanto, você pode assumir a liderança e sugerir um item da pauta por onde começar, especialmente quando julgar que um problema em particular é o mais importante. Resumo e feedback: O objetivo do resumo e do feedback é focalizar a atenção do paciente de forma positiva nos pontos mais importantes da sessão. Nas sessões iniciais, geralmente você é quem fará o resumo. Possíveis problemas que podem surgir na estrutura da sessão: Cognições do terapeuta: Dificuldade do terapeuta, devido a inexperiência por exemplo, na estrutura, interrupção do paciente e a implementação da estrutura padrão. Interrompendo o paciente: Para estruturar as sessões efetivamente para que a terapia possa avançar de forma eficiente, você precisará usar a interrupção de forma delicada. Familiarizando o paciente: O paciente pode não está familiarizado com o funcionamento e estrutura da TCC. É preciso com frequência descrever, apresentar uma análise racional e monitorar com um feedback gentil e corretivo cada um dos elementos da sessão. Engajando o paciente: Dificuldade que surge quando o paciente apresenta crenças disfuncionais que interferem na sua capacidade para se comprometer com o trabalho no tratamento. O terapeuta deve estar alerta para a possibilidade desses tipos de interferência das cognições e ajudar o paciente a responder a elas de modo que ele seja mais suscetível à estrutura e às tarefas do tratamento. Fortalecendo a aliança terapêutica: Diz respeito a relutância do paciente em se adequar à estrutura prescrita devido às suas percepções e crenças disfuncionais sobre si mesmo, sobre a terapia ou sobre você. Você pode reconhecer o desconforto do paciente, mas estimulá-lo a aceitar como uma experiência e também pode também permitir que o paciente domine e controle o andamento da sessão – inicialmente. A atitude mais comum, no entanto, é negociar um acordo satisfatório para vocês dois, e com o passar do tempo tentar encaminhar o paciente para a estrutura padrão. Verificação do humor: Os problemas comuns envolvem o paciente não preencher os formulários, aborrecimento por ter que preencher formulários ou dificuldade em expressar subjetivamente o seu humor geral durante a semana. Se a dificuldade for simplesmente uma familiarização deficiente em relação ao preenchimento dos formulários, você poderá perguntar ao paciente se ele se lembra e concorda com a lógica do preenchimento e identificar se existe uma dificuldade prática que precisa ser resolvida. Atualização rápida: Uma dificuldade comum surge quando o paciente faz um relato muito detalhado ou fica divagando sem um foco ao falar da sua semana. Se isso acontecer, você pode interromper gentilmente e pedir para que detalhe mais os acontecimentos e dizer como se sentiu. Ponte entre as sessões: Quando o paciente dá informações a mais ou de menos e isso gera um problema. Dificuldades típicas na definição da pauta surgem quando o paciente não contribui para a pauta, quando divaga na definição da pauta ou quando não tem esperanças quanto à discussão desses problemas. O paciente que não contribui para a pauta pode estar familiarizado inadequadamente (ou muito confuso para nomear problemas específicos) ou pode atribuir um significado especial negativo à contribuição. Exame dos exercícios de casa: Um problema típico surge quando o terapeuta, na sua pressa para obter os assuntos da pauta do paciente, não pergunta sobre o exercício de casa feito na semana anterior, uma solução é manter e essa verificação como um item permanente na pauta e examinar as suas anotações da última sessão antes de o paciente entrar no consultório. Um problema oposto surge, às vezes, quando o terapeuta examina o exercício de casa (que não está relacionado à angústia do paciente naquele dia) em muitos detalhes antes de se voltar para os tópicos da pauta do paciente. Discussão dos itens da pauta: Os problemas típicos aqui incluem desânimo, discussão sem foco ou tangencial, ritmo ineficiente e falha na intervenção terapêutica. A discussão sem foco geralmente resulta quando você não estrutura a sessão adequadamente por meio de interrupções gentis (guiando o paciente de volta ao assunto em questão), quando você não enfatiza os pensamentos automáticos, emoções, crenças e comportamentos principais e quando você não faz o resumo com frequência. Definindo um novo exercício de casa: É menos provável que o paciente faça o exercício de casa quando o terapeuta: Sugere uma tarefa muito difícil ou que não está relacionada às preocupações do paciente; não apresenta uma boa justificativa; esquece de revisar o exercício de casa prescrito nas sessões anteriores, entre outros erros. Resumo final: Periodicamente, você fará resumos ao longo da sessão para certificar-se de que entende o que o paciente expressou. Se você seguiu o procedimento padrão e assegurou que os pontos importantes da sessão sejam registrados à medida que vocês avançam, então o resumo final poderá consistir de uma rápida revisão dessas anotações e um resumo verbal de algum outro tópico que foi discutido e das prescrições de exercícios de casa. Sem as anotações da terapia para usar como referência, o paciente geralmente tem dificuldade em resumir a sessão e lembrar-se das conclusões importantes a que chegou. Feedback: Surgem problemas quando o paciente está angustiado no fim de uma sessão e você não reservou tempo suficiente para resolver essa angústia, ou quando o paciente está perturbado, mas não consegue relatar seu sofrimento a você. Uma solução prática para evitar que o tempo acabe é começar a encerrar a sessão 5 a 10 minutos antes do fim. Você poderá, então, revisar o exercício de casa prescrito de forma mais efetiva, discutir se alguma outra tarefa seria útil, resumir a sessão ou pedir que o paciente faça isso e solicitar e responder ao feedback. 3 – Suponhamos que você receba um paciente que não consegue identificar nem avaliar os seus pensamentos automáticos. O que você poderia fazer para ajudá-lo a identificar, avaliar e responder aos mesmos. Para ajudar o paciente e identificar os pensamentos automáticos é preciso fazer a pergunta básica da TCC: O que estava passando pela minha cabeça naquele momento, para isso utilizamos a técnica do registro de pensamentos disfuncionais. Em caso de dificuldades, podemos utilizar algumas estratégias como intensificar a resposta emocional e fisiológica, estimular uma descrição mais detalhada, ajudar o paciente a visualizar a situação, recriar uma situação interpessoal através do Role-Play, evocar uma imagem, sugerir um pensamento oposto, revelar o significado da situação, refazer a pergunta básica da TCC de uma forma diferente. Na fase de avaliação desses pensamento, o objetivo é validar sua veracidade e para isso nos utilizamos de um questionário, também conhecido como Questionamento Socrático, quem contém perguntas sobre evidências, explicaçõesalternativas, descatastrofização, impacto desses pensamentos, distanciamento e por fim soluções de problemas. Por fim, para o paciente conseguir responder a esses pensamentos, podemos utilizar a técnica do cartão de enfrentamento, onde o paciente escreve a situação que evoca o pensamento ou o próprio pensamento e coloca pensamentos e comportamentos alternativos para se basear quando se deparar novamente com a situação. 4 – Como deve ser feito o trabalho sobre as crenças? Primeiro devemos educar o paciente sobre as crenças, que já foram identificadas e confirmadas pelo paciente na conceituação cognitiva. Após isso, transformamos regras e atitudes para a forma de pressupostos, examinamos, junto com o paciente, as vantagens e desvantagens destas crenças e por fim começamos o processo para modificá-las. Para isso utilizamos técnicas como questionamento Socrático, experimentos comportamentais, continuum cognitivo, role-play intelectual-emocional, usar outros como um ponto de referência, agir “como se”, autoexposição. 5 – Relacione as principais técnicas apresentadas pela autora indicando as características das mesmas. Solução de problemas e treinamento de habilidades: Tomando Decisões: Muitos pacientes, especialmente os que estão deprimidos, têm dificuldade para tomar decisões. Quando o paciente quer a sua ajuda nessa área, você pedirá que ele liste as vantagens e desvantagens de cada opção e, então, ajudará ele a imaginar um sistema para pesar cada item e tirar uma conclusão sobre qual opção parece ser a melhor. Refocalizar: Quando o paciente apresenta dificuldade em focar em alguma atividade, essa técnica ensina o paciente a reconhecer que está tendo pensamentos automáticos e que apesar do desconforto, ele é capaz de voltar sua atenção a atividade que estava executando, e deliberadamente voltar ao que estava fazendo. Medindo os humores e o comportamento por meio do uso da planilhas de atividades: As planilhas ajudam os pacientes a se organizarem e a visualizar as mudanças que têm tido no decorrer do tratamento e também é verificarem padrões. Relaxamento e Mindfulness: Muitos pacientes se beneficiam com o aprendizado de técnicas de relaxamento. Existem muitos tipos de exercícios de relaxamento, incluindo o relaxamento muscular progressivo, o uso do imaginário e o controle da respiração. As técnicas de Mindfulness ajudam o paciente a observar e aceitar sem julgamentos suas experiências internas, sem avaliar ou tentar mudá-las. Prescrição gradual de tarefas: Para atingir um objetivo, geralmente é necessário executar vários passos durante essa caminhada. O paciente tende a ficar apreensivo quando foca no quanto está distante de um objetivo, em vez de focar no seu passo atual. Uma descrição gráfica dos passos, como o desenho de uma escada, costuma ser tranquilizadora. Exposição: Quando o paciente está ansioso e significativamente evitativo, você apresenta uma forte razão lógica para se expor às situações temidas. Ajude-o a identificar uma atividade que esteja associada a um baixo ou moderado desconforto e peça que se envolva nessa atividade até que sua ansiedade tenha diminuído significativamente. Role-play: É uma dramatização. Uma técnica que pode ser usada para uma ampla variedade de propósitos. Torta ou Pizza: Quando o paciente tem dificuldade para especificar seus problemas e as mudanças que gostaria de fazer na sua vida ou quando não tiver insight sobre o desequilíbrio na sua vida, ele poderá se beneficiar com uma representação gráfica do seu gasto de tempo ideal versus real. Autocomparações: Pacientes com transtornos psiquiátricos têm uma propensão negativa no processamento da informação, especialmente quando se autoavaliam. Eles tendem a notar dados que poderiam ser interpretados como negativos e a ignorar, não valorizar ou até mesmo esquecer informações que sejam positivas. Além disso, frequentemente fazem comparações disfuncionais: eles se comparam no presente a como eram antes do início do seu transtorno, a como gostariam de ser, ou se comparam com outras pessoas que não têm um transtorno psiquiátrico. Essa parcialidade negativa da atenção ajuda a manter ou aumentar a disforia. Listas de Méritos: As listas de méritos são listas diárias (mentais ou por escrito) de coisas positivas que o paciente está fazendo ou de itens pelos quais merece crédito.
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