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INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA EM CRIANÇAS COM TDAH

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2
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
 INSTITUTO EDUCACIONAL ALFA
INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA EM CRIANÇAS COM TDAH
Ataniele Cristina Porfírio da Fonseca
Sete Lagoas / MG
		 2018
	CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
INSTITUTO EDUCACIONAL ALFA
INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA EM CRIANÇAS COM TDAH
Ataniele Cristina Porfírio da Fonseca
Artigo científico apresentado a Faveni como requisito parcial para obtenção de titulo de Educação Especial e Inclusiva.
Sete Lagoas / MG
		 2018
INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA EM CRIANÇAS COM TDAH
Ataniele Cristina Porfirio da Fonseca[footnoteRef:2] [2: Graduação em Pedagogia, pela Unicesumar. E-mail do autor: atani_cristina@hotmail.com] 
RESUMO: 
Através da inserção de alunos com necessidades especiais no ensino regular, houve a necessidade de contratar profissionais habilitados para lidar com tal público. No caso dos alunos com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção), o professor de apoio está habilitado para esse trabalho, ele será o intermediário no processo de ensino aprendizagem desse aluno e também irá elaborar estratégias metodológicas específicas para o seu atendimento. Este trabalho buscou discutir sobre a importância do trabalho de intervenção pedagógica com crianças com TDAH nas escolas do ensino regular. Buscou-se também analisar o perfil dos alunos com TDAH, e mostrar a importância do trabalho pedagógico nas escolas do ensino regular e verificar como esse profissional trabalha com esses alunos. A metodologia utilizada foi à pesquisa qualitativa relacionada à educação especial e inclusiva, perfil dos alunos com TDAH e a intervenção necessária com esses alunos. 
PALAVRAS-CHAVE: Inclusão. Transtorno Déficit de Atenção. Intervenção. Educação Especial
1. Introdução.
A intervenção pedagógica nas escolas consiste em uma iniciativa que atende a alunos com necessidades especiais de aprendizado, dentre elas o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). 
O acompanhamento pedagógico não se resume somente ao acompanhamento de um aluno que possui dificuldades de aprendizado devido a algum tipo de transtorno de aprendizado, mas sim um acompanhamento que abrange o ambiente escolar, focado no desenvolvimento integral do aluno com algum
Esse profissional trabalha em várias frentes, nas quais constituem o cotidiano do aluno assistido em termos de aprendizagem. Logicamente, esse acompanhamento inicia-se na escola, mas é importante observar como o seu cotidiano fora dela influencia no seu aprendizado e na assistência ao seu transtorno.
O tema do artigo foi elaborado de acordo com a necessidade de estudo sobre a importância do trabalho pedagógico com crianças que possuem TDAH. Esse acompanhamento se torna essencial, uma vez que, a inclusão nas escolas regulares se tornou latente nos últimos anos, com o surgimento de novas profissões que procuram oferecer o atendimento adequado para os alunos com necessidades especiais de aprendizado.
Justifica-se a escolha pelo tema devido ao aumento do número de crianças com TDAH nas escolas do Ensino Regular e à necessidade da intervenção de especialistas. Através dos estudos realizados nas áreas da Educação Inclusiva, é possível compreender que o trabalho pedagógico é muito importante para esses alunos, pois, este é realizado por um profissional habilitado e apto para a resolução de problemas relativos ao aprendizado dos alunos com TDAH. 
Portanto, o objetivo do mesmo é discutir a importância da atuação do professor de apoio no trabalho com crianças com TDAH nas escolas do ensino regular. Além de analisar o perfil dos alunos com TDAH, mostrar a importância do trabalho pedagógico nas escolas do ensino regular e verificar como esse profissional de apoio educacional trabalha com esses alunos, ou seja, quais os principais métodos utilizados para o seu atendimento.
A metodologia utilizada foi à pesquisa qualitativa relacionada aos assuntos: educação inclusiva, educação especial, intervenção pedagógica e o perfil dos alunos com TDAH. 
2. A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL
Atualmente, a Educação Inclusiva no Brasil tem ganhado um espaço significativo devido ao grande aumento do número de alunos com necessidades especiais que passaram a frequentar as escolas do ensino regular. São alunos que até então eram atendidos por instituições especializadas voltadas para esse público e que estão tendo a oportunidade de serem incluídos em um espaço onde as demais crianças da sua idade estudam. Souto deixa claro que:
O tema Educação Inclusiva surgiu em diferentes momentos e contextos, especialmente a partir da década de 90, época esta marcada pela reforma do sistema educacional e pelo caloroso debate da inclusão escolar. (SOUTO, 2014, p.10).
As escolas do ensino regular atendem a alunos com os mais variados tipos de transtornos de aprendizado, de modo que estes são acompanhados por um profissional especializado na área, que é o professor de apoio. Ao longo dos últimos anos, muito se reivindicou sobre os direitos desses alunos frequentarem uma escola de ensino regular de modo que eles possam ser inseridos na sociedade, juntamente com as demais crianças que não apresentam os mesmos transtornos de aprendizagem. 
Um dos grandes marcos dessa conquista veio através da Declaração de Salamanca (1994) que proclama que: 
• Cada criança tem o direito fundamental à educação e deve ter a oportunidade de conseguir e manter um nível aceitável de aprendizagem,
 • Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que lhe são próprias, 
• Os sistemas de educação devem ser planeados e os programas educativos implantados tendo em vista a vasta diversidade destas características e necessidades, 
• As crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas se devem adequar através duma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro destas necessidades, 
• As escolas regulares, seguindo esta orientação inclusiva, constituem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e solidárias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos; além disso, proporcionam uma educação adequada à maioria das crianças e promove a eficiência, numa ótima relação custo-qualidade, de todo o sistema educativo. 
A inclusão nas escolas do ensino regular visa especialmente dirimir as práticas discriminatórias existentes na sociedade, principalmente quando se trata de crianças com necessidades especiais de aprendizado as quais eram muito discriminadas e até recebendo nomes pejorativos e acabavam por diminuir a sua autoestima e a motivação para os estudos. Hoje, essas crianças merecem atenção e amparo especiais devido à importância da sua inserção na sociedade. 
3. BREVE HISTÓRICO SOBRE O TDAH.
Esse transtorno foi descrito pela primeira vem em 1902, por George Still, que apresentou dados clínicos de crianças com dificuldades comportamentais, que segundo ele, deveriam ser provocadas por algum transtorno cerebral desconhecido naquela época.
De acordo Barkley (2008), interesse foi despertado no assunto, devido a um transtorno que surgiu após uma crise de encefalite epidêmica onde crianças que sobreviveram à infecção cerebral apresentavam seqüelas cognitivas e comportamentais, seqüelas essas que caracterizou ao que hoje se chama de TDAH. Sobre isso o autor descreveu:
Essas crianças eram descritas como limitadas em sua atenção, na regulação das atividades e da impulsividade, bem como em outras capacidades cognitivas, incluindo a memória. Muitas vezes também eram consideradas socialmente perturbadoras. (p. 17).
Nesse mesmo período se identificou também a hiperatividade em crianças, que sofreram lesão dos lobos frontais, e tais lesões tinham como sintoma incapacidade de manter o interesse e a concentração em atividades, inquietude excessiva e várias outras alterações do comportamentais.
Em meados das décadas de 50 e 60, diversos questionamentos sobre a lesão cerebral em crianças foram levantados.Em conseguencia disso, diversas pesquisas acompanharam as crianças com disfunções cerebrais mínimas, e assim reconheceu pelo menos 99 sintomas para o transtorno.
Ao longo destes períodos de estudos, reconheceu através da medicina várias denominações para o transtorno como. Brown (2007) descreve o transtorno como:
“Distúrbio de Déficit de Atenção”, “Disfunção Executiva”, “Disfunção Mínima Cerebral”, “Distúrbio do Controle Regulador” e “Síndrome Disexecutiva”. “O conceito da síndrome do TDA mencionado aqui inclui muitas dificuldades descritas por esses vários rótulos, dificuldades que, muitas vezes, aparecem juntas e têm a tendência de responder a tratamentos semelhantes”. (p.15).
A década de 80 ficou marcada pela publicação do transtorno no DSM-III. Esse manual descreve que para ser portadora de TDAH, a criança tem apresentar no mínimo seis características de uma lista de nove. As subcategorias do TDAH:
• Predominantemente desatenta: quando há mais sintomas da desatenção, é a forma que a população em geral apresenta;
 • Predominantemente hiperativa / impulsiva: os sintomas da hiperatividade e impulsividade são mais evidentes, esta forma é a mais rara.
• Combinada: quando se apresenta os sintomas das duas outras formas mencionadas acima. É a forma mais comum nos consultórios.
Todo o avanço conquistado até hoje levam o TDAH a ser reconhecido e considerado como um problema sério, que requer acompanhamento adequado feito por profissionais capacitados juntamente com a família e a escola.
4. ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO NAS ESCOLAS
	Na escola há regras a ser seguidas, por isso a interação deve acontecer de forma apropriada, o que é ensinado deve ser aprendido, porém quando existem crianças diagnosticadas com TDAH o trabalho de ensinar é ainda mais desafiador, pois os comportamentos característicos desse transtorno interferem diretamente na aprendizagem.
Os profissionais ao se depararem com esse transtorno em sala de aula devem assumir um controle sistemático para a implementação de conteúdo coerentes com abordagens preventivas que possam lidar com os problemas apresentados.
As crianças com TDAH são propensas a dificuldades de aprendizagem no campo acadêmico e social, e esse fato leva os profissionais de Educação a adotarem práticas de intervenção pautadas nas habilidades e conhecimentos apresentados pelos alunos. A necessidade de um plano de apoio ao professor se faz necessário para propor a preparação conceptual e prática que geraram a criação, a oferta e avaliação dos resultados de intervenção.
Para obter um resultado positivo é necessário que tanto a escola quanto o professor de apoio busquem um planejamento de intervenções comportamentais e pedagógicas, que possibilitem a resolução de problemas específicos, sem deixar de lado as necessidades pedagógicas de alunos portadores de TDAH. O conteúdo a ser ensinado deve ser breve e claro, para que seja repetido e aprendido pela criança. O reforço deve ser visto como marco das estratégias de um manejo comportamental na sala de aula, um estimulo que aumenta a probabilidade do aprender. Além do reforço, existem as práticas diárias de intervenção em crianças com TDAH.
O trabalho pedagógico com alunos que têm TDAH precisa ser minucioso, pois, por mais que essas crianças apresentem desatenção, hiperatividade e impulsividade, esses sintomas podem variar ocorrendo à prevalência de apenas um deles. 
O diagnóstico do TDAH é tema constante das digressões e discussões pelos profissionais das áreas da saúde, em especial a mental, e educacional. Apesar de ainda estacionada na esfera da teoria, é de se observar que os resultados dos estudos pelos especialistas convergem para alguns pontos em comum, em especial aquele que rotula o TDAH como um Transtorno Neurobiológico de origem genética, cuja terapêutica, muitas vezes, exige intervenção medicamentosa. (STROH, 2010)
Esse trabalho consiste em uma análise aprofundada do perfil das mesmas. De certa forma, se um aluno é diagnosticado com TDAH caberá um laudo médico relatando o seu perfil e as suas principais dificuldades de aprendizado. 
Uma das principais característica dessa área é o acompanhamento, também de crianças que sofrem com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, que mesmo a criança fazendo o tratamento com o médico e com os outros profissionais, não consegue suprir as suas limitações que estão extremamente ligada a área escolar. O profissional da Psicopedagogia deve tomar a frente para tentar suprir as lacunas que ficam pertinentes referentes ao processo de aprendizagem dessas crianças. (BATISTA, 2013, p.03)
A intervenção se dá de maneira que esse aluno possa aprender de maneira consolidada, por isso, a importância de um trabalho específico, e o profissional se torna intermediário no ensino-aprendizado desse aluno. 
Cabe a esse profissional propor uma intervenção educativa rica e consistente no processo de desenvolvimento das dimensões afetivas, cognitivas, orgânica e psicossocial. É com base na queixa, na avaliação psicopedagógica e nos exames médicos que é possível diagnosticar a criança com TDAH, já que é na escola que o problema tem maior expressão. (CORREIA & LINHARES 2014, p.03 apudAPA, 2013)
Mesmo através do tratamento médico, intervenção medicamentosa e com o apoio da família, essa criança ainda não conseguirá aprender de maneira satisfatória sem acompanhamento especializado. O psicopedagogo é o profissional que está habilitado para auxiliar esses alunos nas suas necessidades dentro do contexto educacional.
O psicopedagogo então possui papel fundamental na avaliação do portador de TDAH, partindo da ideia principal de que este profissional irá trabalhar para adequar um sujeito a obter um melhor resultado (rendimento) em uma Orientação Educacional, bem como possibilitar melhor ajustamento do mesmo com a equipe nessa escola (direção, professores, apoio e outros alunos). A observação de todo o contexto no ambiente escolar é o principal item para buscar respostas na avaliação proposta. (CARVALHO, 2003, p.25)
O trabalho realizado com alunos que possuem TDAH precisa ser preciso de modo que se possa observar o comportamento dele no ambiente e em algumas situações e elaborar estratégias de trabalho nesse sentido. O psicopedagogo nesse caso, não trabalha sozinho, isolado, pois ele deverá contar com o apoio dos demais profissionais da escola como: professores, pedagogo e orientadores para que esse trabalho seja completo.
Toda a equipe escolar deve trabalhar com o professor em sala para desenvolver o aluno com TDAH, o psicopedagogo apoiado com o Orientador Educacional pode sugerir ao professor também atitudes para controlar os impulsos em movimentos nas atividades, estimular o questionamento e participação do aluno, bem como recompensar uma atividade realizada. (CARVALHO, 2003, p.31)
Cabe também ressaltar que o trabalho psicopedagógico com crianças com TDAH não se resume a apenas ao espaço escolar. Esse profissional também poderá orientar os pais dessas crianças de modo que eles possam saber lidar com as características desse transtorno. Além disso, é importante que ele seja devidamente assistido em casa através de atividades específicas e do incentivo dos pais. O trabalho de acompanhamento de um aluno com TDAH deve ser feito de maneira geral, tanto dentro quanto fora da escola. O psicopedagogo é um dos profissionais aptos para a eficácia desse acompanhamento. 
A atuação do psicopedagogo surge para subsidiar o trabalho do professor e da família. Pais e professores precisam colaborar para que o transtorno diminua os impactos na vida da criança e, junto com o auxílio adequado, possa transformar os momentos de aprendizagem mais prazerosos. (CORREIA & LINHARES 2014, p.18)
A especialização do pedagogo é de suma importância para que esse profissional possa atender o seu público com precisão, em especial as crianças com TDAH. A intervenção psicopedagógica nesses casos se torna importante para o desenvolvimento dessas crianças para que elas possam aprender de maneira devida. Através desse trabalho, a sua autoestimaé elevada e esse aluno se sente motivado a aprender cada vez mais.
5. O PERFIL DOS ALUNOS COM TDAH.
O TDAH é um tipo de transtorno caracterizado pela desatenção, hiperatividade e impulsividade. Um indivíduo com TDAH possui muita dificuldade de se concentrar em alguma atividade, monitorar o seu tempo, executar tarefas desde as mais simples até as mais complexas e ainda muitas vezes não possui autocontrole. Um aluno com esse tipo de transtorno precisa ser assistido por um profissional habilitado de maneira constante para que ele possa permanecer focado nas aulas e nas atividades propostas. 
A tríade sintomatológica clássica da síndrome caracteriza-se por desatenção, hiperatividade e impulsividade. Independentemente do sistema classificatório utilizado, as crianças com TDAH são facilmente reconhecidas em clínicas, em escolas e em casa. A desatenção pode ser identificada pelos seguintes sintomas: dificuldade de prestar atenção a detalhes ou errar por descuido em atividades escolares e de trabalho; dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas; parecer não escutar quando lhe dirigem a palavra; não seguir instruções e não terminar tarefas escolares, domésticas ou deveres profissionais; dificuldade em organizar tarefas e atividades; evitar, ou relutar, em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante; perder coisas necessárias para tarefas ou atividades; e ser facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa e apresentar esquecimentos em atividades diárias. (ROHDE, BARBOSA, TRAMONTINA & POLANCZYK, 2000)
As escolas do ensino regular frequentemente têm atendido a uma grande demanda de alunos com TDAH. Por isso, foi preciso que outros profissionais da área da educação especial fossem contratados para que esses alunos fossem devidamente assistidos nas suas necessidades. Uma criança com TDAH necessita desse acompanhamento, ela não conseguirá acompanhar os demais colegas de classe se não houver um apoio especializado para isso. As escolas do ensino regular a cada dia estão se adaptando a essa nova realidade, ofertando o atendimento especializado que esses alunos necessitam. 
O transtorno de Déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um assunto frequente no cotidiano das escolas, decorrente ao grande número de alunos que são diagnosticados com o transtorno. Este aumento de casos causa inquietação nos pais, nos profissionais da educação e em profissionais da saúde, devido ao fato de ser um tema pouco explorado, e que traz consigo muitas incertezas. (ASSIS, 2014, p.07)
Muito se discute sobre o atendimento de crianças com TDAH nas escolas, ou seja, desde a dificuldade do diagnóstico até a elaboração de um plano pedagógico adequado para esse aluno, são questões ainda latentes e muito estudadas atualmente. O psicopedagogo é um profissional no qual estará apto para trabalhar com esse público. O seu conhecimento se solidifica através dos estudos nas áreas da educação associadas à psicologia, psiquiatria e neurologia.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação inclusiva tem propiciado que alunos com necessidades especiais de aprendizado frequentem o ensino regular com o devido amparo especializado. É uma ação muito importante na qual se procura erradicar a exclusão social. Os alunos com TDAH possuem dificuldade extrema de aprendizado, pois não conseguem manter o foco e atenção ao que está sendo proposto em sala de aula devido às suas características hiperativas. Sendo assim, caberá a intervenção de um profissional qualificado para lidar com esse caso. 
O professor de apoio é um intermediário no processo ensino-aprendizagem desse aluno de modo que ele utiliza de recursos metodológicos adequados para o acompanhamento e desenvolvimento desse aluno. O trabalho desse profissional não acontece de maneira isolada, pois, os demais profissionais envolvidos no aprendizado desse aluno também compõem uma equipe para assisti-lo. Além disso, esse profissional trabalha em conjunto com os pais desses alunos para que os mesmos possam acompanhá-los de maneira correta em casa. 
A intervenção pedagógica com alunos com TDAH se tornou importante nas instituições de ensino regular, pois, esses alunos necessitam de um acompanhamento especializado. Esse profissional trabalha em especial com esse público de crianças nas quais apresentam grandes dificuldades de aprendizado devido à sua desatenção e falta de foco. O trabalho nas escolas do ensino regular precisa ser realizado de maneira contínua para que as crianças assistidas possam se desenvolver satisfatoriamente, tornando-se adultos aptos a trabalhar e conviver devidamente em sociedade. 
REFERENCIAS
ANJOS. Elza Karina Oliveira dos. DIAS. Juliana Rocha Adelino. Psicopedagogia: Sua história, origem e campo de atuação. 2015. 
ASSIS. Fernanda Cezar de. TDAH no espaço escolar: Atendimento de alunos por meio da mediação dos professores. 2014. 
BARKLEY, Russell A. Transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade (TDAH): guia completo e autorização para os pais, professores e profissionais da saúde/ Russell A. Barkley; trad. Luís Sérgio Roizman – Porto alegre: Artmed, 2002
SOUTO. MaricéliaTomáz de. Educação Inclusiva no Brasil: Contexto histórico e contemporaneidade. 2014. Disponível em: 
UNESCO. Declaração de Salamanca sobre princípios, política e práticas na área das necessidades educativas especiais. 1994. 
BATISTA. DriellyAdrean. A importância da ação psicopedagógica com crianças com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). 2013. 
CARVALHO. Luiz Cláudio Lopes. TDAH: O que é o transtorno e a contribuição da Psicopedagogia. 2003. 
CORREIA. Aparecida da Paixão. LINHARES. Tatiana Corrêa. A atuação do psicopedagogo com crianças com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH): Intervenção necessária para pais e educadores. 2014. 
GONÇALVES. Luciana dos Santos. Psicopedagogia: Formação, identidade e atuação profissional. 2007. 
LOZADA. Thiago Rodrigues. A intervenção do psicopedagogo do ambiente escolar. 2015. 
ROHDE. Luis Augusto. BARBOSA. Genário. TRAMONTINA. Silzá. POLANCZYK. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. 2000. 
STROH. Juliana Bielawski. TDAH – Diagnóstico psicopedagógico e suas intervenções através da Psicopedagogia e da arte terapia. 2010. Disponível 
.

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