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MÓDULO 2

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MÓDULO 2
RECONHECER A IMPORTÂNCIA DA NOTIFICAÇÃO IMEDIATA DE CASOS SUSPEITOS DE SARAMPO.
Reconhecendo a notificação compulsória
Historicamente, a notificação compulsória é conhecida como a comunicação de determinada doença ou agravo à saúde feita à autoridade sanitária. É importante fonte de vigilância no processo informação-decisão-ação.
A lista das doenças de notificação compulsória é regulamentada em portarias e obedece a alguns critérios, razão pela qual é periodicamente revisada em função da situação epidemiológica ou pela emergência de novos agentes.
No Brasil a lista é estabelecida pelo Ministério da Saúde e atualmente está definida pela 'PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 4, DE 28 DE SETEMBRO DE 2017 - Consolidação das normas sobre os sistemas e os subsistemas do Sistema Único de Saúde.'
Critérios de inclusão de doenças na lista de notificação compulsória
São critérios de inclusão de doenças na lista de notificação compulsória:
a) Magnitude: doenças de elevada frequência que afetam grandes contingentes populacionais;
b) Potencial de disseminação: elevado poder de disseminação da doença colocando sob risco a saúde da população;
c) Transcendência: relevância econômica, falta ao trabalho, custos assistenciais... ;
d) Vulnerabilidade: instrumentos concretos de prevenção e controle;
e) Compromissos internacionais: eventos de emergência em saúde pública e de importância internacional.
O sarampo preenche estes critérios, portanto integra a lista de doenças de notificação compulsória.
Notificação Compulsória Imediata
Figura 3- Elaborado por Andréia Oliveira - Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Portaria de consolidação n.º, de 28 de setembro de 2017, anexo V - Capítulo. Consolidado das normas sobre os sistemas e subsistemas do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União Brasília DF,29set. 2017. Disponível em
Notificar qualquer suspeita de sarampo, não devendo aguardar resultados de laboratório ou a confirmação do caso.
O SINAN
O sarampo na região das Américas é objeto de um plano de sustentabilidade da eliminação, portanto é importante que as informações obtidas no nível local sejam transmitidas de forma hierarquizada para os demais níveis através de instrumentos e sistemas padronizados pela SVS/MS entre os quais:
Sistema Nacional de Agravos de Notificação - SINAN, sistema informatizado que tem como objetivo coletar, transmitir e disseminar dados gerados rotineiramente pelo sistema de vigilância epidemiológica das três esferas de governo, em cujo banco de dados devem ser inseridas as informações de notificação compulsória e investigação dos casos.
A partir da alimentação do banco de dados pode se calcular a incidência, prevalência, letalidade e mortalidade, bem como realizar análises de acordo com as características de pessoa, tempo e lugar, particularmente em relação às doenças de notificação compulsória.
O SINAN é um instrumento relevante para auxiliar no planejamento em saúde, definir prioridades de intervenção e avalição do impacto das intervenções.
Quem notifica?
Profissional de saúde de serviços públicos e privados, filantrópicos ou qualquer cidadão para fins de adoção de medidas de intervenção e controle pertinentes.
Figura 4– Elaborado pelo Autor Fonte:Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: volume único [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia e Serviços. – 3. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019. Fonte :Brasil .Manual de Vigilância para Erradicação do sarampo e para Controle da Rubéola.1ed.Brasilia: Fundação Nacional de Saúde.2001, 131p
Segundo disposto no Art. 9º a SVS/MS e as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios divulgarão, em endereço eletrônico oficial, o número de telefone, fax, endereço de e-mail institucional ou formulário para notificação compulsória. Notificação imediata ou semanal seguirá o fluxo de compartilhamento entre as esferas de gestão do SUS estabelecido pela SVS/MS, MS -Ministério da Saúde, SES -Secretaria Estadual de Saúde ou SMS -Secretaria Municipal de Saúde. A notificação imediata no Distrito Federal é equivalente à SMS.
Dificuldades quanto à notificação de casos
Falhas na notificação de casos suspeitos de sarampo são fatores determinantes para a propagação de surtos, o desconhecimento pelas equipes de vigilância de possíveis casos implica principalmente na perda de oportunidades para adoção das medidas de controle.
Sabe-se que a notificação de casos nem sempre é realizada, o que ocorre por desconhecimento de sua importância e também do descrédito nas ações que dela devem resultar.
Como notificar
A notificação de uma doença indica que os profissionais e os sistemas de vigilância da área estão alertas para ocorrência de tais eventos, é imprescindível para a vigilância epidemiológica e gera informação para a tomada de decisão quanto a medidas de prevenção, controle, coleta de espécimes clínicos. Particularmente em uma suspeita de sarampo quanto mais precisa e rápida for a notificação do caso, melhor será a qualidade da investigação considerando as características da doença e sua alta infectividade e transmissibilidade.
A notificação antecede a investigação e para que seja efetiva é fundamental que:
1- os dados coletados atendam minimamente à definição de caso;
2- o registro correto do endereço da pessoa que está sendo notificada, pois norteia as equipes de vigilância para que possam localizar geograficamente a área de abrangência do caso e desencadear as ações pertinentes à doença notificada.
Como notificar / Instrumento de Notificação
A ficha individual de notificação compulsória de doenças -FIN padronizada pelo Ministério da Saúde -MS por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde -SVS é pré-numerada e utilizada em todo o território nacional. Deve ser preenchida pelas unidades notificadoras públicas e privadas de todos os municípios.
Os dados coletados na ficha são inseridos no cadastro individual de notificação do Sistema Nacional de Agravos Notificáveis (SINAN)http://portalsinan.saude.gov.br/)
Como notificar / Boletim de Notificação Semanal (BNS)
Instrumento padronizado pela SVS/MS que compreende a notificação negativa e atualização semanal de casos.
Informação repassada da instância municipal à estadual e, semanalmente, enviada à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
 Boletim de Notificação Semanal - Leitura recomendada - PDF, 31 KB
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Como notificar / Notificação negativa
A não ocorrência de casos de sarampo deve ser notificada semanalmente.
A notificação negativa é um sistema especial, mais comumente utilizado para doenças que são objeto de erradicação/eliminação.
A finalidade da notificação negativa é manter o sistema alerta para o sarampo.
O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de casos, além de ser um indicador de eficiência do sistema de informação, a atualização semanal permanente permite monitorar o comportamento da doença pelas equipes de vigilância em toda a rede.
Informações negativas e positivas semanais são registradas no Boletim de Notificação Semanal -BNS. Este boletim não substitui, de forma alguma, o sistema SINAN
COMUNICAR IMEDIATAMENTE ÀS AUTORIDADES DE SAÚDE OS CASOS SUSPEITOS DE SARAMPO.
Alta infectividade e transmissibilidade
A alta infectividade e transmissibilidade do sarampo são justificadas pela sua forma direta de transmissão que ocorre por meio de secreções nasofaringeas expelidas ao tossir, falar, espirrar e também, por meio de aerossóis e suas partículas virais no ar. Por esta razão há necessidade da notificação imediata às autoridades de saúde para início da investigação do caso e adoção de medidas de controle.
Todo caso notificado à secretaria municipal de saúde deve ser informado à Secretaria de Estado da Saúde (SES) para monitoramento da situação junto ao município, conforme fluxos de compartilhamentoem cada esfera de governo.
São consideradas autoridades de saúde no Brasil o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e Municípios, responsáveis pela vigilância em saúde em cada esfera de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS).
Comunicação dos casos suspeitos e ou confirmados
Casos suspeitos e ou confirmados de sarampo devem ser comunicados imediatamente às autoridades de saúde nas diferentes esferas de governo/SUS.
Essas autoridades dispõem de equipes multidisciplinares que desenvolvem ações integradas de vigilância, assistência, gestão e comunicação com objetivo de manter a ausência de casos endêmicos de sarampo no país.
A identificação do comportamento da doença nos diferentes níveis é norteada pelo boletim de notificação semanal -BNS, pelo Sistema Nacional de notificação de Agravos -SINAN e também de informações notificadas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância e Saúde do Ministério da saúde -Cievs que disponibiliza um canal de comunicação onde qualquer cidadão pode comunicar doenças e agravos.
O telefone 08006446645 é destinado aos profissionais de saúde, para notificação de potenciais emergências em saúde pública, doenças de notificação imediata, de acordo com a portaria vigente (PRC n° 4, de 28 de setembro de 2017, Anexo 1 do Anexo V (Origem: PRT MS/GM 204/2016, Anexo 1) e/ou à notificação de surtos. http://www.saude.gov.br/vigilancia-em-saude/emergencia-em-saude-publica/cievs
Competências das Autoridades de Saúde (Municipal, Estadual e Federal)
As competências das autoridades de saúde (municipal estadual e federal) em relação a casos de sarampo abrangem todo o espectro das funções de vigilância epidemiológica com graus de especificidade variável.
Nível local é o responsável direto por implementar as ações operacionais de campo para investigação e implementação das medidas de controle do surto além da organização de resposta rápida com os recursos humanos e a logística necessários.
Níveis nacional e estadual conduzem ações de caráter estratégico, de coordenação em seu âmbito de ação além da atuação de forma complementar ou suplementar nos demais níveis através de:
Ativação de planos de contingência
'Documento que registra o planejamento elaborado a partir do estudo de uma determinada hipótese de emergência em saúde pública'. No plano de contingência são analisados diversos cenários epidemiológicos e as medidas que devem ser tomadas em cada nível de gestão; estão previstas as responsabilidades de cada organização, as prioridades e medidas iniciais a serem tomadas e a forma como os recursos serão empregados para uma determinada tipologia de emergência em saúde pública.
Avaliação de risco
A avaliação de risco serve para facilitar o controle do surto de sarampo, é fundamental realizar uma análise prévia do risco para atentar aos determinantes da importação e propagação em um cenário em que existe grande probabilidade de reintrodução e dispersão do vírus. O risco está relacionado às características da doença, exposição ao caso importado e vulnerabilidade da área ou país receptor. Avaliação de risco subsidia a tomada de decisão e aponta recomendações para conter a propagação da doença.
Alertas epidemiológicos nacionais e internacionais
O objetivo do alerta epidemiológico é informar sobre a ocorrência de um evento de saúde pública que tenha implicações ou possa ter implicações para os países e territórios, deve conter mensagens claras descrevendo a situação atual da doença, avaliação do risco efetivo de disseminação, medidas de vigilância e medidas de controle etc.
Instalação de sala de situação
Espaço físico e virtual onde uma equipe de trabalho analisa as informações de saúde para apoiar a gestão, são reunidos os dados e analisada a informação produzida pela descrição de situações pontuais ( ex: surto de sarampo, campanha de vacinação, medidas de controle etc ).É uma ferramenta que favorece o uso da informação para a tomada de decisões.
Fornecimento de vacinas
A única maneira de evitar o sarampo é através da vacinação. É de competência do Programa Nacional de Imunização o provimento contínuo dos imunobiológicos/vacinas considerados insumos estratégicos. Cabe ao Programa Nacional de Imunizações organizar toda a política nacional de vacinação da população brasileira, e tendo como missão o controle, a erradicação e a eliminação de doenças imunopreveníveis.
Constituem competências da esfera estadual: o provimento de seringas e agulhas, itens que também são considerados insumos estratégicos para vacinação.
A inserção de um imunobiológico no programa e o estabelecimento de grupos populacionais são decisões respaldadas em bases técnicas e científicas, tais como: evidência epidemiológica; eficácia e segurança da vacina; e garantia da sustentabilidade da estratégia, como, por exemplo, pela capacidade de produção dos laboratórios públicos nacionais e a capacidade institucional de armazenamento e distribuição.
Insumos de laboratórios e garantia do diagnostico laboratorial
A garantia de insumos de laboratórios e as ações de vigilância laboratorial estão sob a coordenação e supervisão da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública -CGLAB, sendo a execução das provas sorológicas realizadas pelos Laboratórios Centrais de Saúde Pública - Lacens, enquanto o Instituto Oswaldo Cruz - IOC-Fiocruz é o responsável pelo reteste das sorologias reagentes e execução da provas virológicas. Essa informação é uma prévia do que você verá na Unidade 5, sobre o Diagnóstico laboratorial do sarampo.
INVESTIGAR IMEDIATAMENTE OS CASOS SUSPEITOS DE SARAMPO
Investigação do caso suspeito
O sarampo é uma doença de alta infectividade e contagiosidade, e que portanto, todo caso suspeito deve ser investigado pela equipe de vigilância municipal em até 48 horas a partir da notificação.
A investigação adequada de um surto de sarampo é um dos pilares fundamentais para uma resposta rápida na interrupção da circulação do vírus. É um trabalho de campo realizado a partir de casos notificados clinicamente, declarados ou suspeitos, e seus contatos.
Tem como principal objetivo proceder a coleta oportuna dos dados clínicos epidemiológicos e laboratoriais necessários para instituir medidas de controle.
A investigação deve ser realizada de maneira fluida e rápida, para que as medidas de controle sejam eficazes
A investigação de sarampo começa quando o sistema de saúde detecta notificações/situações que se enquadram na definição de caso suspeito.
Todo paciente que apresentar febre e exantema maculo papular morbiliforme de direção cefalo caudal, acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite, independentemente da idade e situação vacinal, ou todo indivíduo suspeito com história de viagem para locais com circulação do vírus do sarampo, nos últimos 30 dias, ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou para local com circulação viral.
Investigação Epidemiológica do Caso
A investigação epidemiológica do caso complementa as informações da notificação quanto às fontes de infecção, mecanismos de transmissão, situação vacinal entre outras variáveis. No momento da investigação pode se descobrir também novos casos ainda não notificados.
Ao investigar um caso suspeito de sarampo as equipes de vigilância epidemiológica dos municípios (nível local) deverão responder às demandas básicas de análise epidemiológica:
Pessoa: Quem foi afetado ?
Tempo: Quando ocorreram os casos?
Lugar: Onde se localizam?
O preenchimento da ficha de investigação deve ser criterioso registrando com máximo de exatidão possível as informações em todos os campos. No espaço destinado a observações o investigador poderá acrescentar informações relevantes que possam colaborar para o esclarecimento do caso.
A investigação de casos e epidemias constitui-se em uma atividade obrigatória de todo o sistema local de vigilância epidemiológica.
Investigação Epidemiológica do Caso
A investigação é realizada mediante entrevista com o paciente, familiares médicos e outros informantes.O instrumento utilizado para coletar os dados é a ficha de investigação de doenças exantemáticas febris, padronizada para todo o território nacional e que deve ser registrada no sistema de informação de agravos de notificação -SINAN.
O SINAN (sistema de informação de notificação de agravos de notificação) disponibiliza a ferramenta 'dicionário de dados-SINAN' que orienta as equipes de vigilância epidemiológica sobre o preenchimento da ficha de investigação
Roteiro da investigação epidemiológica
Figura 08 - Fonte :Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde : volume único [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia e Serviços. – 3. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2019. Pg. 140(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_3ed.pdf
A investigação de sarampo oportuna em até 48 horas permite que as equipes de investigação possam agir em tempo oportuno encontrem possíveis novos casos suspeitos, identifiquem a ocorrência de surto, identifiquem a área e fonte de transmissão, coletem espécimes clínicas para sorologia e identificação viral, realizem medidas de controle e emitam alertas epidemiológicos com o objetivo de se anteceder a propagação do vírus para outros locais e pessoas.
Dados coletados na entrevista da investigação
Os dados coletados na entrevista no momento da investigação permitem ao investigador obter informações sobre a:
Identificação do paciente.
Anamnese.
Exame físico.
Suspeita diagnóstica.
Situação vacinal.
Histórico recente de viagens.
Contato com casos suspeitos e ou confirmados além de identificar a possível fonte de infecção, mecanismos de transmissão entre outros.
A equipe deve conhecer bem os instrumentos de coleta de dados para ter uma entrevista bem estruturada, com perguntas-chave e com sequência lógica, com uma linguagem apropriada para obter respostas adequadas segundo os períodos de exposição, transmissibilidade, aparição de casos secundários.
Encerramento da investigação
A investigação de um caso suspeito e ou confirmado de sarampo se encerra quando todas as variáveis da ficha forem adequadamente preenchidas, incluindo os registros das medidas de controle, datas das coletas de espécimes clínicos, resultados laboratoriais etc.
As informações sobre a classificação final dos casos como descartado e ou confirmado é determinante para o desfecho da investigação.
As fichas de investigação têm até 60 dias para serem encerradas oportunamente no Sistema Nacional de notificação de agravos -SINAN.
Parabéns! Nesta unidade que teve como objetivo geral qualificar os profissionais de saúde para identificar prontamente o caso suspeito de sarampo e conduzir ações de vigilância e atenção de forma oportuna, você aprendeu a:
Reconhecer a importância da notificação imediata de casos suspeitos de sarampo. A notificação imediata dos casos suspeitos de sarampo se faz necessária em função da alta transmissibilidade da doença, quanto mais precoce forem tomadas as medidas de controle menor será a dispersão do vírus entre as pessoas.
Comunicar imediatamente às autoridades de saúde os casos suspeitos de sarampo: as autoridades de saúde em todas as esferas de gestão do Sistema Único de Saúde dispõem de equipes multidisciplinares que desenvolvem ações integradas de vigilância, laboratório, logística, comunicação etc. Essas equipes dispõem de estratégias para agirem com rapidez na investigação de casos e controle de surtos.
Investigar imediatamente os casos suspeitos de sarampo: tão importante quanto notificar é investigar os casos prioritariamente em até 48 horas após a notificação a fim de assegurar a interrupção da transmissão do vírus.
Importante lembrar que:
Para assegurar a eliminação do sarampo no Brasil é imprescindível o cumprimento de protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde quanto à notificação e investigação que têm por objetivo evitar o restabelecimento da transmissão endêmica do vírus.
Atividades de notificação e investigação adequadas e oportunas são imprescindíveis para a contenção da doença lembrando que “Informação promove decisão e ação”.

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