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RELATO DE EXPERIENCIA PUERICULTURA - Vancolver

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RELATO DE EXPERIÊNCIA DO FUNCIONAMENTO DO PROGRAMA DE 
PUERICULTURA PELO CURSO DE ENFERMAGEM NA CEPS/IESC 
 
Giullia Bianca Ferraciolli Couto1 
Barbara Núbia Silva Rocha2, Brian Souza Cruz Da Mota3 
 
RESUMO 
 
O termo puericultura configura-se como informação referente aos cuidados no processo de 
evolução e crescimento da criança e para acompanhar esse desenvolvimento foi instituído o 
Programa de Puericultura, que visa acompanhar esse desenvolvimento foi instituído o Programa 
de Puericultura, que visa acompanhar o crescimento do indivíduo, orientando quanto a 
cobertura vacinal, estimulando a prática do aleitamento materno, orientando quanto a 
alimentação complementar e prevenindo as complicações comuns nos bebês no decorrer do 
dezoitos primeiros meses. Diante disso, esse estudo tem por Objetivo geral: relatar a experiência 
quanto ao funcionamento do programa de puericultura acompanhado pelos acadêmicos do 
curso de enfermagem na CEPS/IESC. A metodologia utilizada envolve a análise das fichas de 
acompanhamento às crianças, bem como o relato das atividades desenvolvidas durante o 
acompanhamento, desde a sua implantação, fundamentando os aspectos apresentados por meio 
de publicações referentes ao tema. Estas com critérios pré-definidos, os quais envolvem: 
publicações atualizadas, que contemplem os descritores escolhidos, pesquisa bibliográfica em 
livros de autores clássicos independente da data de publicação e artigos científicos publicados 
nas plataformas de referência como: Scielo, Lilacs, Bireme, Scopus dentre outros, no período 
de 2008 a 2018. Conclusão: Assim, conclui-se que as experiências dissertadas evidenciam que 
o programa atende satisfatoriamente à comunidade e contribuem para que os acadêmicos 
aperfeiçoem seus conhecimentos teóricos prático, ressaltando o compromisso da instituição 
quanto ao comprometimento da formação acadêmica. 
 
Palavras Chave: Puericultura. Experiências. Atendimento. Qualidade. 
 
Introdução 
 
A enfermagem é uma profissão regulamentada pela Lei nº 7.498/86 de 25 de junho de 
1986 que descreve no seu Art. 2º que a Assistência apenas devem ser executadas por indivíduo 
inteiramente capacitado e escritas no órgão que regulamenta a profissão. Contempla ainda no 
Artigo 6º, inciso I que são enfermeiros o portador do documento de bacharel em enfermagem 
concedido por estabelecimento de ensino, conforme publicado na da lei (BRASIL, 2003). 
 
1 Enfermeira. Mestranda Bioengenharia em foco em saúde pelo Universidade Brasil. Profª Assistente 
do curso de Enfermagem do IESC-FAG. 
2 Enfermeira. Graduação pelo Instituto Educacional Santa Catarina – Faculdade Guaraí. 
3 Enfermeiro. Graduação pelo Instituto Educacional Santa Catarina – Faculdade Guaraí. 
 
A história nos mostra que as atividades relacionadas ao cuidado surgiram no Brasil por 
meio da Ana Neri e nos outros países por intermédio de Florence Nightingale. Após a 
organização da Enfermagem na Sociedade Brasileira por volta do final do século XIX, esta foi 
reconhecida como área de saúde, comprometida na prestação dos cuidados realizados antes, 
durante e após qualquer procedimento à vida humana. Assim, a atividade de enfermagem é livre 
em todo território nacional, podendo ser observada as disposições contempladas na lei nº 
7.498/86 (BRASIL, 2002). 
Nesse contexto, os cursos de graduação em enfermagem têm como objetivo durante a 
formação, a preparação de indivíduos íntegros e eficientes, aptos de colaborar para a promoção 
do bem-estar e da e das particularidades de existência dos cidadãos, bem como incrementar as 
formas de evitar danos, colocando em evidência, oportunizando condições para um cuidado 
especializado a saúde, de maneira individualizada ou em no âmbito das instituições de saúde 
(BRASIL, 2009). 
As incessantes mudanças nas normas de saúde, exigem que a graduação dos acadêmicos 
de enfermagem seja um processo evolutivo da atuação profissional. Para que isto ocorra, as 
aulas práticas e os estágios supervisionados, auxiliam diretamente para que estes desenvolvam 
as competências teóricas e apresentem suas habilidades e atitudes práticas, gerando no 
acadêmico um sentimento de segurança, autonomia e confiabilidade para se tornar um 
profissional competente e atuar com responsabilidade no processo de trabalho (LIMA, 2014). 
Assim as Clinicas Escolas (CE), é um modelo utilizado em todo o mundo, que tem como 
objetivo ofertar um aprendizado significativo e aproximar o acadêmico da realidade que será 
submetido, após sua formação, essas se destacam pela oportunidade de proporcionar aos 
acadêmicos momentos de interação com a realidade do processo de atendimento, pois 
possibilita o treinamento dos alunos, com aplicabilidade prática dos conhecimentos teóricos 
adquiridos no contexto de sala de aula, bem como contribui para o exercício da função social, 
pois atende a demanda da comunidade (LIMA, 2014). 
Diante desse contexto, a Clínica de Educação Para Saúde (CEPS/ Espaço Saúde), 
constituída por iniciativa do Instituto Educacional Santa Catarina – Faculdade de Guaraí (IESC-
FAG), fundada em 2012, visa atender toda a população que necessita de assistência à saúde nas 
áreas de pediatria, enfermagem e fisioterapia, atendendo e desenvolvendo atividades que 
objetivam a promoção e prevenção em saúde, proporcionando assim uma melhora na qualidade 
de vida dos seus assistidos. 
 A Faculdade de Guaraí realiza atendimento a comunidade por meio da CEPS, onde os 
acadêmicos do curso de enfermagem realizam o acompanhamento de puericultura, por meio 
das consultas de enfermagem, que constitui como um cuidado preventivo, sendo uma das 
vertentes da atenção à saúde da criança, por meio de orientação e promoção de ações que visem 
o bem-estar infantil e oportuna o tratamento em tempo hábil (LIMA, 2014). 
 O termo puericultura, refere-se aos cuidados prestados ao recém-nascido até os dez anos 
de idade, podendo ser realizado em casa ou instituições de saúde, consiste em uma ferramenta 
oportuna para realização de educação em saúde e o acompanhamento de forma integral ao 
crescimento e desenvolvimento infantil (LIMA, 2014; BRASIL, 2012). 
A puericultura tem um importante papel no sucesso do crescimento e desenvolvimento 
da criança, pois essa proporciona um acompanhamento individual, intimista, integral, holístico 
e humanista. Por essa razão obter uma boa adesão a essas consultas é imprescindível para a 
confirmação de seu sucesso, diante disso é possível afirmar que o Programa de Puericultura do 
curso de enfermagem, realizado na CEPS do IESC-FAG, atende um número satisfatório de 
criança de 0 aos 24 meses de vida? Essas consultas ocorrem de forma integral e assídua? 
 O presente artigo se justifica pela oportunidade de esclarecer a importância do 
programa de puericultura, bem como sua contribuição quanto a experiência para os acadêmicos, 
a fim de que esses aperfeiçoem seus conhecimentos e ainda possa oportunizar um 
acompanhamento sistematizado às crianças. 
 O objetivo geral proposto nesse artigo, pretende relatar as experiências do 
funcionamento do programa de puericultura desenvolvido na CEPS do IESC/FAG. E como 
objetivos específicos descrever o conceito e as ações de enfermagem nas consultas de 
puericultura; narrar o processo de planejamento e organização das consultas de puericulturas 
na CEPS/espaço saúde e apresentar e discutir dados do seu primeiro ano de implantação. 
 Este artigo trata-se de um relato das experiências dos acadêmicos do curso de 
enfermagem, sobre os atendimentos de puericultura na CEPS do IESC, este refere as vivencias 
de um estágio curricular e análise de Ficha Ambulatorial de Enfermagem (FAE). É importante 
considerar que a metodologia utilizada tem caráter descritivo, quantitativo e exploratório uma 
vez que o tipo de pesquisa tem como objetivo favorecer ampla intimidade com a dificuldade, 
para torná-la mais explícita ou constituir novas hipóteses. O estágiofoi realizado entre 
fevereiro e junho de 2018 por dois acadêmicos matriculados no curso de Bacharelado em 
Enfermagem do IESC-FAG. 
Para analisar a efetividade do programa de puericultura na CEPS avaliou-se as FAEs do 
mês de implementação e consequentemente dos 11 meses posteriores, ou seja, de junho de 2017 
a julho de 2018, tornando-se então o critério para uma FAE ser analisada. Em relação aos dados, 
foram analisados sexo, faixa etária e número de consultas mensais de crianças de 0 a 24 meses 
de vida. 
Para embasamento teórico envolveu-se pesquisa bibliográfica permitindo uma relação 
próxima com autores que discorrem do tema. A busca foi feita em fonte que possuíam 
informações de caráter cientifico, sendo eles a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), por meio da 
BIREME (Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde), nas 
Bases Eletrônicas Medline (Medical Literature Analysis and Retrietal System On-Line), Lilacs 
(Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SciELO (Scientific Eletronic 
Library On Line). Será utilizado ainda como fonte de pesquisa o Caderno de Atenção Básica, 
nº 33, do Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica 
bem como as informações dos instrumentos utilizados no atendimento de puericultura. 
 
Apresentação e funcionamento das consultas de enfermagem em puericultura 
 
Implantado em agosto de 2017 na CEPS/ES o projeto de extensão do curso de 
enfermagem que tem base o programa Rede Cegonha do Ministério da Saúde, esse é executado 
através das consultas de enfermagem em Puericultura, através do acompanhamento do 
crescimento e desenvolvimento de lactentes, zero a dois anos de idade, sua cobertura vacinal, 
estimulando a prática do aleitamento materno, orientando sobre a implantação da alimentação 
complementar e prevenindo as desordens que mais afetam as crianças durante os primeiros 
vinte e quatro meses de vida (BRASIL, 2012). 
As consultas de puericultura têm como calendário o acompanhamento da criança a cada 
dois meses, durante as mesmas os pais recebem orientações quando aos primeiros cuidados 
com o recém-nascido, sua higiene corporal, cuidados com o coto umbilical, amamentação e 
introdução alimentar, cuidados com a pele, primeira dentição, vacinação, avaliação e 
informações quanto ao crescimento e desenvolvimento da criança e apoio aos pais nos 
primeiros dois anos de vida do filho, este é realizado pelo docente supervisor de estágio, os 
acadêmicos no 5° período de enfermagem que cursam a disciplina de assistência de 
enfermagem a criança e ao adolescente I e os estagiários do 7° e 9° período de enfermagem na 
disciplina de estágio curricular I. 
Desta maneira a equipe é composta por 1 supervisor, 2 secretárias e estagiários, do curso 
de enfermagem, devidamente matriculados no Instituto Educacional Santa Catarina / Faculdade 
Guaraí. 
 Com o objetivo de oferecer um acolhimento qualificado a CEPS é estruturada com os 
seguintes ambientes: brinquedoteca, que contém um pequeno acervo de livros infantis e 
brinquedos educativos, sala de acolhimento e triagem a criança, uma sala para os acadêmicos 
realizarem o registro nos prontuários e três consultórios. 
A CEPS funciona das 7h30 às 17h30, durante a semana com interrupção no horário de 
almoço, conforme funcionamento da faculdade. As consultas de puericultura são previamente 
agendadas por telefone, e a distribuição de pacientes aos estagiários é realizada por meio da 
quantidade de pacientes agendados. As consultas são realizadas de forma gratuita e tem como 
objetivo alcançar toda a comunidade, respeitando as pessoas de baixa renda. 
A consulta de puericultura, realizada pela enfermagem dentro da CEPS/FAG, visa trazer 
benefícios para o serviço de saúde, pois tem como finalidade a prevenção e promoção de saúde, 
visando na criança de hoje um adulto saudável no futuro; para os acadêmicos, pois possibilita 
aos mesmos uma vivência prática sobre a saúde da criança e para os pais, pois estes recebem 
orientações e esclarecimentos que os deixam mais confiantes e seguros quanto a saúde e aos 
cuidados com seu filho. 
É fundamental considerar que o processo de aquisição da informação ocorre por 
intermédio dos ensinamentos nos atendimentos realizados, sendo esta uma tarefa indispensável 
do enfermeiro pois empenha-se para propiciar a independência dos pais e corroborar com seu 
entendimento quanto ao cuidado a ser realizado (ACIOLI, 2008). 
É importante evidenciar ainda que as orientações para estruturação das atividades que 
devem ser desenvolvidas com o bebê no atendimento de saúde estão disponíveis na Agenda de 
Compromissos com o bem-estar absoluto do bebê para a diminuição da mortandade pueril, cujo 
propósito é envolver o grupo de especialistas atuantes dos quais envolvem: técnicos e 
profissionais de enfermagem, especialistas na saúde da criança para uma ação conjunta e com 
um objetivo em comum, realizar o acompanhamento e desenvolvimento infantil de maneira 
sistematizada (BERNARDY, 2012). 
 
ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO 
 
 As atividades de estágio permitem que se coloque em prática aquilo que foi 
orientado no ambiente escolar, também reforça do desempenho das competências inerentes ao 
fazer do enfermeiro no processo de ampliação dos saberes que contribuirão para melhor 
desempenho e que impossivelmente são aprendidas sem a vivência no meio prático. 
Ao ingressar no curso, o acadêmico se apresenta com o conhecimento empírico e na 
maioria das vezes sente dificuldade em relacionar a teoria à prática, sendo oportuno vivenciar 
momentos reais, para analisar o cotidiano dos acontecimentos de maneira real e 
consequentemente aperfeiçoar seus conhecimentos. E por meio do envolvimento direto e 
contínuo que o estudante analisa se está instruído para adentrar no campo de atividade 
(GUIMARÃES, 1999). 
 Na CESP o estágio ocorreu no período de fevereiro a março de 2018 e o horário 
de funcionamento dos atendimentos é das 7:30 às 12:00 e o estagiário desenvolve as seguintes 
ações: Inicialmente foi feito a contextualização do trabalho realizado na CESP, a supervisora 
explicou o funcionamento do atendimento, apresentou a equipe, o espaço físico e o fluxo de 
agendamento dos pacientes conforme a especialidade do atendimento. 
A supervisora orientou que as consultas se dividem em consulta de enfermagem em 
puericultura realizadas pelos estagiários e pela pediatra, considerando que a consulta com a 
pediatra somente ocorre, quando é apresentado um quando patológico em que seja necessária a 
interferência médica, quanto a prescrição de medicamentos ou outra atribuição exclusiva do 
médico, que não seja possível realizar pelos estagiários de enfermagem. 
No primeiro dia do estágio na clínica, os alunos observam como ocorre a consulta de 
enfermagem. Após essa primeira observação, nos dias que se seguiram, os estagiários é que se 
responsabilizaram pelo atendimento, sempre orientados pela supervisora. Os atendimentos são 
realizados conforme ordem de chegada dos pacientes. No dia da consulta se realiza a 
conferência do agendamento, para se certificar quantos pacientes compareceram e em seguida 
feita a triagem dos mesmos, registrando as medidas antropométricas (peso, a altura, medida do 
perímetro cefálico e torácico), aferido os SSVV (Sinais Vitais), verificando a Temperatura, 
Pressão artéria, Pulso e Respiração. Essas informações são registradas na ficha para consulta 
de enfermagem. 
Após esse processo, as fichas são colocadas no consultório de enfermagem para a 
realização da consulta, essas fichas são numeradas e obedecendo a ordem de chegada, onde o 
estagiário registra as informações referente a realização da consulta, especificando alguns 
procedimentos adotados, como por exemplo: as solicitações de exames ou encaminhamento à 
outras especialidades. 
Ressalta-se que o primeiro atendimento é realizado sob supervisão daprofessora para 
que se compreenda como é realizado todo processo e a partir da segunda consulta os estagiários 
são divididos em grupos de dois e prosseguem com o atendimento conforme foi orientado. 
Nas consultas de enfermagem são repassadas informações quanto a imunização, sono, 
afeto, amor, solicitude e segurança, higiene oral, nasal e íntima das crianças, como proceder no 
caso das cólicas, e ainda quanto a nutrição, evidenciando o aleitamento materno como alimento 
único até o sexto mês de existência da criança. 
As orientações estão fundamentadas em ações que envolvem a educação em saúde, 
sendo este um importante instrumento de trabalho, principalmente quando se busca a 
compreensão dos pais quando a conscientização de sua responsabilidade, oportunizando a troca 
de saberes, no qual o conhecimento profissional e o senso comum se unem em nome do bom 
senso (ACIOLI, 2008). 
As orientações repassadas para os pais quanto ao crescimento e desenvolvimento do 
bebê são efetivadas conforme a idade, visto que as ações como pesar, mensurar a altura, apreciar 
o pico de evolução e alcance de outras capacidades, efetivando o registro no Cartão do bebê, 
que ocorrerá como procedimento rotineiro no período de atendimento (BRANDEN, 2000). 
É importante que seja mantido o vínculo entre família e profissional de saúde, 
reforçando que dessa forma consegue-se prevenir as situações adversas, bem como as 
complicações que podem comprometer o desenvolvimento e crescimento saudável da criança. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Os gráficos apresentados demonstram os atendimentos realizados desde a implantação 
do projeto de extensão das consultas de enfermagem em Puericultura em julho de 2017 a junho 
de 2018 a agosto de 2018. 
 
 Gráfico 1 - Quantidade de atendimento por meses. 
 
0 0
28
35
56
21
18
22
45
38
49
37
0
10
20
30
40
50
60
Consultas/Mês de 2017 a 2018
No primeiro gráfico, visualizam-se os atendimentos realizados no mês de julho do ano 
de 2017 a junho de 2018. Nos meses de julho e agosto de 2017 não houve atendimentos. O mês 
de novembro de 2017 apresentou o mês com maior número de pacientes atendidos. Os meses 
seguintes, ou seja, dezembro do ano de 2017 ao mês de fevereiro de 2018 obtivemos menor 
número de atendimentos em relação aos meses seguintes. Nos meses de março a junho de 2018 
tivemos poucas alterações em relação aos números de consultas de puericultura. 
Nos meses de julho e agosto não foi registrado nenhum atendimento, considerando que 
o programa estava em processo de implantação e, por tanto foi o período de divulgação e ajustes 
do mesmo. Desta maneira o programa ainda estava em processo de construção pelo docente 
supervisor e discente da enfermagem, este era pouco conhecido e não havia uma busca ativa 
dos pacientes. 
Diante desse contexto, o processo de implantação entendido como ação de instaurar, de 
iniciar uma atividade ou ainda instituição de um serviço de atributo singulares geram situações 
peculiares que comprometem a logística e consequentemente dificultam a atuação da equipe. 18 
A implantação do projeto foi um desafio para todos os envolvidos e gerou uma 
expectativa, mesmo sendo um projeto inovador, a certeza dos benefícios que seriam gerados 
tanto para a comunidade local, como para o acadêmico, já era esperado. Visto que a instituição 
teria a oportunidade de envolver seus acadêmicos em um processo contínuo de prestação de 
serviço à comunidade, está por sua vez, usufruiria de um conjunto de ações com uma 
diversidade de profissionais preparados intelectualmente e com habilidade técnica para prestar 
um atendimento de qualidade. 
Nos meses de setembro e outubro o número de atendimentos foi significativo, 
demonstrando sua aceitação e qualidade do serviço, neste momento foi possível notar a 
importância da comunicação direta, paciente e paciente, a busca ativa nas Unidades de Saúde, 
por meio dos agentes comunitários de saúde, enfermeiros da Estratégia Saúde da Família e 
equipe de saúde do Hospital Regional de Guaraí. Por meio dessas equipes foram repassadas 
informações sobre o funcionamento da CESP e os atendimentos realizados, o que elevou o 
número de atendimentos. 
Assim, a divulgação do projeto foi extremamente importante, considerando que essa 
ação oportuniza esclarecimento aos cooperadores quanto a estruturação das atividades que 
precisam ser desenvolvidas, como também busca instituir uma atitude colaborativa dos 
envolvidos em uma relação de proximidade com a comunidade, formando vínculos que 
favorecem a rotina das atividades desenvolvidas e reduzindo as situações de desconfortos 
geralmente ocasionadas pela falta de conhecimento (LIMA, 2014). 
Durante o mês de novembro o atendimento continuou em crescente, fruto de um trabalho 
contínuo dos profissionais. Pois a melhoria ininterrupta dos serviços ofertados, a divulgação do 
projeto foi essencial, visto os inúmeros benefícios, dentre eles a organização, mobilização, e a 
transformação consciente das pessoas envolvidas, que facilita o ciclo das ideias e 
consequentemente promove a mudança de comportamento no que se refere ao cuidado com o 
lactente (AIDPI, 1999). 
 No período relacionado ao término do ano, dezembro de 2017 e no período 
subsequente, janeiro e fevereiro de 2018, se percebem uma queda do atendimento, considerando 
que estes são períodos de férias e muitos pais viajam ou realizam outras atividades e não 
mantém o acompanhamento sistematizado quanto à puericultura. A análise mostrou que além 
do período de férias outros motivos contribuíram para a redução da procura pelo atendimento, 
dentre os quais estão: a longitude entre o local de moradia e o posto de saúde, os inconvenientes 
quanto ao cuidado para com as outras crianças no período do atendimento e outros contratempos 
devido ao trabalho. 
Nesse contexto é preciso reforçar que a responsabilidade dos pais é promover uma 
assistência adequada, visto que a criança ainda é um ser indefeso e precisa ser assistido para 
desenvolver-se bem. A criança encontrará (ou não) na família o carinho, amor, educação e o 
cuidado sistematizado, dentre estes o de alimentá-la, medicá-la quando houver necessidade. 
Assim, quanto maior for à capacidade da família em cuidar dessa criança, mais satisfatório será 
sua potência de desenvolvido (PAIM, 1997). 
Nos meses de março, abril e maio avançou de maneira significativa o número de 
consultas, esse dado reforça o resultado da pesquisa realizada quanto ao número de gravidez, 
considerando que o aumento de nascimentos do país é crescente no mês de maio, isso se 
constitui como uma informação importante, visto que ao antagônico ao que se previa quanto ao 
número de gravidez, tem aumento significativo no mês de agosto, período em que ficou 
comprovada a crescente demanda comparando ao mês do carnaval, como erroneamente se 
acreditava (OMS, 2000). 
Outro fator que cooperou para o aumento das consultas se atribui a efetividade do 
programa de puericultura na comunidade, onde a partir das orientações recebidas nos 
atendimentos as pessoas visualizaram a importância do processo de acompanhamento 
sistematizado à saúde da criança, minimizando as ocorrências de maior complexidade. 
Reconhecer sinais de injúria e a precisão de buscar acolhimento médico é a palavra de 
ordem no contexto das informações e de aprendizados reconhecidos. As orientações repassadas 
favorecem aos pais e vão além do desempenho profissional, pois alcançam melhor leitura prévia 
e garantem maior conhecimento no desenrolar dos atendimentos (ACIOLI, 2008). 
Esse processo por consequência reforça a aceitabilidade da comunidade ao programa, o 
qual promove segurança às famílias, considerando que são capacitados ou orientados nas 
observâncias das alterações que dizem respeito a evolução da criança, atendendo suas 
expectativas no contexto evolutivo de seus filhos. 
Pode-se afirmar que a aceitabilidade é comparávelà satisfação, sendo conceituadas 
como a abrangência entre a atenção à saúde e a situação de saúde, estas condizentes com as 
perspectivas do usufrutuário (OTERO, 2009). 
Quanto a competência acadêmica percebe-se que quanto maior for o envolvimento do 
aluno no processo de atendimento, mais eficaz será a sua atuação frente ao atendimento 
realizado. As situações de aprendizagem têm total relevância e nutrem a estruturação dos 
saberes dos educandos no gerenciamento da aprendizagem. 
Assim, a escola deve ser concebida como ambiente de busca e constituição de 
conhecimentos complementados com as práticas sociais, produzindo significado ao saber 
aprendido. Todo esse processo qualifica o acadêmico quanto a sua participação no mundo 
(PAIM, 1997). 
A análise do gráfico II, estão expostos os números de consultas realizadas conforme a 
idade dos pacientes atendidos. 
 
 
Gráfico 2 - Quantidade de atendimento por idade. 
 
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
0 a 2 2 a 4 4 a 6 6 a 8 8 a 10 10 a 12 12 a 18 18 a 24
Números de Consultas
 O número de lactentes atendidos de 0 a 02 meses de idade obteve um número expressivo 
de atendimentos, de 02 a 06 meses houve uma redução significativa nas consultas de 
puericultura. A partir dos 8 meses os números diminuem drasticamente, em comparação as 
consultas realizadas nos primeiros meses de vida da criança. 
 As consultas ao lactente de 0 a 02 meses de vida tiveram um número bem maior em 
relação às demais consultas, essa diferença pode estar ligada a inexperiência e inseguranças dos 
pais e a busca constante por informações e orientações que ajudem nos primeiros cuidados ao 
recém-nascido. Este demonstrou também que as consultas de puericultura foram iniciadas na 
época adequada, isto é, antes da criança completar 1 mês de idade. 
O desempenho do enfermeiro como agente de promoção do cuidado, se define como 
essencial no início da vida, auxiliando o recém-nascido, na sua adequação extrauterina, de 
cognição dos pais, quanto amparando-os no processo de confrontação diante do novo contexto 
de vida e de todos os desafios interpostos (CRUZ, 2007). 
Durante esta consulta são realizados o acolhimento aos pais e a criança e a aferição dos 
sinais vitais. Os pais são orientados quanto à identificação de problemas, tais como vômitos, 
regurgitações que podem evoluir para um quadro de refluxo, secreções oculares por alteração 
nos ductos lacrimais, a exposição do lactente ao sol, nos horários de sol mais brando e não deve 
exceder a 30 minutos, estímulos adequados para idade, lavagem de nariz, higiene geral, curativo 
do coto umbilical, e avaliado crescimento e desenvolvimento do lactente (AIDPI, 1999; 
BRASIL, 2011). 
Outra informação repassada é quanto ao resultado do Teste do Pezinho, que no caso de 
alteração o médico deverá ser informado para que o procedimento seja realizado o mais 
precocemente, permitindo dessa forma que os agravos sejam minimizados com o tratamento 
adequado. 
O exame do pezinho consente reconhecer patologias importantes, dentre as quais estão: 
o distúrbio endócrino, defeitos nas enzimas e as patologias relacionadas ao sangue como traço 
falcêmico e doença falciforme. Essas enfermidades não exibem indícios ao nascer e, se não 
forem cuidadas precocemente, comprometem o bem-estar do bebê, causando comprometimento 
intelectual grave e irrecuperável. Todos os recém-nascidos vivos até o de 30 dias ocorridos o 
nascimento tem que efetivar o exame do pezinho (OTERO, 2009). 
O procedimento saúde-doença é determinado por fatores múltiplos, abrange razões 
biológicas, sociais e psicológicas. Embora ainda exista um aspecto curativo e de controle das 
patologias na área clínica, o processo de prevenção, especialmente de patologias consideradas 
crônicas, tem-se apontado valiosas informações com o objetivo de favorecer à saúde e condição 
de vida adequada, daí o valor de orientar aos pais quanto aos ocorridos a partir do nascimento 
(LIMA, 2014). 
Nas consultas de 2 a 4 meses, a busca de informações por parte dos pais ainda é uma 
realidade, considerando os números de atendimento realizados. Esse período é considerado 
como a fase das descobertas e os pais buscam saber se seu filho está apresentando conforme 
normalidade, ressaltando a confiança no profissional, a busca por acompanhamento e 
especialmente a pretensão de instruir-se. 
De 2 a 4 meses continuam sendo realizados os procedimentos das medidas 
antropométricas, sempre com anotações no cartão da criança e a mãe é orientada quanto: a 
realização de atividades lúdicas, reforçar quanto a conexão afetiva, autoestima, espaço da 
criança, confiança e assistência contra acidentes. Nessa etapa a criança já deve sustentar a 
cabeça (AIDPI, 1999). 
As medidas antropométricas básicas são estatura, o contorno cefálico e perímetro 
torácico. É notório que essas medidas isoladas não têm relevância, e por esse motivo precisam 
de informações complementares como: idade, sexo ou outros identificadores dimensionais. A 
conjunção desses fatores admite a constituição de informações como: tamanho para a fase, peso 
para a idade, peso para a estatura, contorno cefálico para a idade e perímetro torácico para a 
idade (BRASIL, 2002). 
A instrução dispensada aos pais, sobre as informações quanto a cada fase da criança, 
permite que se estabeleça uma rotina de cuidados, admitindo que os pais tenham consciência 
do que irá acontecer a cada momento e, por tanto esteja preparado para vivenciar com 
intensidade esses momentos (LIMA, 2014). 
Nas consultas de 4 a 6 meses, observa-se uma diminuição, justificado pela não 
observância de problemas aparentes em relação à saúde do bebê. Contudo, apesar da aparência 
saudável pode se ter a falsa ideia de que a criança não precisa de acompanhamento, o que é um 
engano, considerando que o objetivo do acompanhamento de puericultura é justamente a 
prevenção para que o bebê cresça cada vez mais saudável. 
Na consulta de 4 a 6 meses, além dos procedimentos de rotina a mãe é orientada quanto 
ao método da ordenha para a coleta do leite, caso a mãe trabalhe fora, é reforçado ainda quanto 
ao direito de desconto de uma hora no período de trabalho para o aleitamento, que pode ser 
dirimida em dois intervalos de trinta minutos cada. A mãe deve ser aconselhada a amamentar 
antes de retirar-se do seu lar e após a sua chegada (AIDPI, 1999). 
O Regulamento que trata dos direitos da Criança e do Adolescente funda que a 
autoridade pública, os estabelecimentos e patrões acatem as prerrogativas das nutrizes e 
oportunizem meios possíveis para aleitamento, visto que a amamentação específica é indicada 
até o sexto mês de vida do bebê, a lei determina que mães que gozaram de afastamento 
remunerado de 120 dias usufruam de dois repousos recompensados de 30 minutos, no decorrer 
do período de afazeres (BRASIL, 2009). 
Assim, conhecer a criança de forma holística, permite que os pais observem cada 
situação adversa causada por inúmeras condições, sejam elas quanto ao desenvolvimento físico, 
psicológico, alimentar, considerando que a partir dos seis meses outros costumes são inseridos 
ao contexto de desenvolvimento e a criança, como também os pais precisam se adaptar 
(BRASIL, 2009). 
Os números observados nas consultas dos 6, 8 meses foram visualizados com 
preocupação, visto a queda do atendimento quando comparado aos meses anteriores. Contudo, 
há uma explicação lógica que justifica essa queda, dentre as quais estão: a segurança dos pais, 
realizando todas as ações conforme a sua idade. A pouca importância no processo preventivo 
que também é um agravante, visto que a maioria das famílias procuram os médicos pela 
necessidade de tratar o problema e não para evitar que ele ocorra. Outra situação é o padrão 
cultural da população. 
As consultas de 8 aos 10 meses houve uma queda no número de atendimentos quando 
comparado aos meses anteriores, ligadas principalmente a segurançados pais, considerando 
que a criança está se desenvolvendo dentro dos padrões de normalidade e a aceitação da dieta. 
Durante essas consultas são realizadas a aferição dos sinais vitais, avaliação do aumento da 
criança, seguidas de orientações quanto a introdução alimentar, sono e repouso e estímulos ao 
desenvolvimento (TOSCANO, 2003). 
Essa segurança e confiança dos pais estão ligadas em sua maioria ao não adoecimento 
da criança, visualizando que neste momento é oportuno orientar e informa-los que a 
puericultura, é preconizada principalmente para o âmbito preventivo e de agenciamento da 
saúde, age no intuito de preservar a saúde da criança como forma de perpetuar seu completo 
desenvolvimento, de maneira que obtenha uma vida adulta sem prejuízos adversos e/ou 
dificuldades acarretadas pela infância. Suas atuações priorizam a promoção da saúde infantil e 
prevenção de agravos por meio das informações antecipadas aos ímpetos de injúrias à saúde 
(DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA, 2013). 
Os pais têm o compromisso de adaptar a dieta familiar para que a criança aprenda a 
deleitar-se dos alimentos admitidos diariamente, apresentando multiplicidade, de receitas 
culinárias que colaborarão para a aceitabilidade de uma dieta rica nos nutrientes necessários 
para que o bebê cresça de forma benéfica (TOSCANO, 2003). 
As consultas de 10 a 12 meses continuaram reduzindo e a preocupação da equipe é 
resgatar essas famílias para que o atendimento seja retomado, considerando a importância da 
continuidade do acompanhamento. Contudo, apesar da pouca adesão nesses meses, as 
orientações se efetivaram quanto a introdução da alimentação complementares. Também é 
repassado aos pais orientações quanto a adição de ferro, como maneira de prever possíveis 
intercorrências, considerando a introdução de outros alimentos. A prescrição do ferro é na 
dosagem de 1 mg/kg/dia e deve ser conservada até os 18 meses. É importante ressaltar que se 
o bebê tiver alguma patologia que concentre ferro, como no caso da anemia falciforme e 
talassemia, não deverá admitir a administração extra de ferro (TOSCANO, 2003). 
De 12 e 18 meses os números do atendimento foram bem baixos, contundo não 
desestimulou as equipes e foi possível apresentar informações relevantes quanto ao 
desenvolvimento da criança nesses meses. 
No período de 18 a 24 meses não foi possível a identificação do número de consultas, 
visto que a coleta de dados para estruturar esse trabalho ocorreu em setembro de 2018 e os 
mesmos ainda não tinham sido realizado, contudo o atendimento continuou sendo realizado, 
sendo constatado por meio das fichas de agendamentos, que foram efetivados conforme a 
proposta do projeto. 
Dados referentes ao atendimento por sexo não foram demonstrados, ressaltando que não 
obteve diferença significativa. O atendimento às pacientes do sexo feminino alcançou uma 
média de 15,5 representando cerca de 9,7% e aos pacientes do sexo masculino foram em média 
de 14,4 representando 9,4%. Isso demonstra que há uma equiparação quanto aos números de 
crianças atendidas indiferente do sexo. 
É pertinente ressaltar que o responsável por realizar as consultas de puericultura na 
maioria são as mães e, portanto, a diferença de sexo não influencia nas orientações, 
considerando que as informações repassadas durante as consultas observando as fases do 
desenvolvimento da criança, não há divergência quanto ao sexo, pois ambos obedecem ao 
mesmo critério de desenvolvimento. 
CONCLUSÃO 
 
O estudo nos permitiu contatar que o acompanhamento ao desenvolvimento da criança 
durante as consultas de puericultura é de fato essencial e tem como objetivo, dentre outros, o 
agenciamento, amparo e a constatação antecipada de alterações passíveis de mudança que 
repercutem de forma negativa na vida futura do recém-nascido. As atividades educativas como 
as informações repassadas em cada atendimento se constituem como fundamentais, 
considerando que permite à família sanar dúvidas quanto as mais diversas situações, admitindo 
um acompanhamento sistematizado e integral à saúde da criança. (BRASIL, 2002) 
Assim, de modo geral os resultados apresentados foram satisfatório, mesmo ficando 
aquem do que se estabelece como ideal, quando se refere ao acompanhamento do lactente 
conforme determina as orientações do programa de puericultura do Ministério da Saúde. 
Diante desse fato, o desafio para a enfermagem fica evidenciado, considerando que esse 
profissional precisa estruturar melhor suas estratégias para alcançar o objetivo deste e de outros 
programas, para que a comunidade possa enxergar que o cuidado prestado pelos profissionais 
de saúde não se realiza apenas no âmbito da cura, mais principalmente no sentido de previnir e 
fazer com que os sujeitos se percebam como responsável pela promoção de sua saúde. 
Assim é pertinente destacar que o trabalho desenvolvido pela CESP, ainda é 
embrionário e precisa de ajustes, mas que já tem refletido consideravelmente tanto na prática 
educativa quanto para a comunidade, pois proporciona aos acadêmicos a oportunidade de 
vivenciar situações da vida real e consequentemente a resolução dos possíveis problemas que 
envolvem a comunidade. 
Ressalta-se, no entanto, que é importante realizar a avaliação do atendimento prestado 
por meio da análise gradativa dos dados, pois permite que as ações sejam implementadas e 
dessa forma atenda aos princípios definidos pela Constituição Federal, ou seja, que visem 
principalmente a equidade e ao progresso das situações de vida para a comunidade. 
Diante do que foi abordado, ajuizar na saúde o bebê é pensar em um acompanhamento 
que deve ser realizado considerando sua estrutura física, motora e intelectual, visto que é um 
indivíduo que está em constante desenvolvimento e, portanto, necessita ser cuidado para que 
tenha uma vida saudável. 
 Assim, as ações para que haja uma maior adesão da comunidade nos programas envolve 
vários aspectos dentre os quais estão: as políticas públicas como fundamento da proposta de 
desenvolvimento humano, melhor divulgação quanto a importância dos programas, capacitação 
de recursos humanos principalmente quanto as orientações de como e onde realizar as consultas 
de puericultura, dando continuidade ao cuidado iniciado no pré-natal. Dessa forma, o esforço 
contínuo dos profissionais com as famílias das crianças, deve ser de transmitir segurança e 
envolvê-lo no processo de cuidado, visto que são corresponsáveis no contexto saúde doença. A 
elaboração de protocolos e estruturação de estratégias de qualidade, incorporado ao esforço 
conjunto da equipe gestora e dos profissionais se configura como tática de qualidade dentro de 
uma visão integrada da saúde, considerando o acolhimento como princípio básico da 
humanização do atendimento. 
 
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