Buscar

Avaliação de Filosofia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

1) 
Todas as nossas autoridades confiáveis – Platão, Xenofonte, Aristóteles – concordam que Sócrates, depois de seu desencanto juvenil com relação aos métodos da investigação física, nunca discutiu questões referentes à origem do mundo. Xenofonte apresenta-nos algumas razões para isso. Será que os homens de ciência imaginavam entender as preocupações humanas tão bem que se davam ao luxo de negligenciá-las em favor do estudo de coisas externas à esfera humana e além da capacidade humana de descobrir a verdade? Eles nem sequer concordam entre si, contradizendo-se em pontos fundamentais. Será que, ao estudar o céu, esperavam controlar o tempo; ou será que se contentavam em saber como o vento sopra e a chuva cai?
CORNFORD, Francis Macdonald. Antes e depois de Sócrates. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 27-28.
Ao propor uma Filosofia, Sócrates desloca a investigação cosmológica dos primeiros filósofos para uma investigação
a) cosmogônica.
d) antropológica.
b) física.
e) fisiológica.
c) natural.
2) 
Sócrates — A minha arte obstétrica tem atribuições iguais às das parteiras, com a diferença de eu não partejar mulher, porém homens, e de acompanhar as almas, não os corpos, em seu trabalho de parto. Porém a grande superioridade da minha arte consiste na faculdade de conhecer de pronto se o que a alma dos jovens está na iminência de conceber é alguma quimera e falsidade ou fruto legítimo e verdadeiro. Neste particular, sou igualzinho às parteiras: estéril em matéria de sabedoria, tendo grande fundo de verdade a censura que muitos me assacam, de só interrogar os outros, sem nunca apresentar opinião pessoal sobre nenhum assunto, por carecer, justamente, de sabedoria. E a razão é a seguinte: a divindade me incita a partejar os outros, porém me impede de conceber. Por isso mesmo, não sou sábio não havendo um só pensamento que eu possa apresentar como tendo sido invenção de minha alma e por ela dado à luz.
PLATÃO. Teeteto. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000068.pdf>. Acesso em: 01 mar. 2016.
Duas etapas compõem o método de investigação de Sócrates: a ironia e a maiêutica. Leia estas afirmativas a respeito da maiêutica.
I) O uso dos sentidos é vital para o partejamento de ideias como explicitado no texto.
II) Livre de raciocínios imprecisos, somos passíveis de partejar novos conceitos.
III) O partejamento de ideias é atividade de natureza racional e ajuda na compreensão das ideias.
IV) O partejamento de novas ideias dá-se pelo uso da sensibilidade e afirma a sabedoria absoluta do interlocutor.
É correto apenas o que se afirma em:
a) I e III.
d) III e IV.
b) II e III.
e) I, II e III.
c) I e IV.
3) 
Uma vez, de fato, indo a Delfos, [Querefonte] ousou interrogar o Oráculo a respeito disso e perguntou-lhe, pois, se havia alguém mais sábio do que eu. Ora, a Pitonisa respondeu que não havia ninguém mais sábio. E a testemunha disso é teu irmão, que aqui está. (...) Em verdade, ouvindo isso, pensei: que queria dizer o Deus e qual é o sentido de suas palavras obscuras? Sei bem que não sou sábio, nem muito nem pouco: o que quer dizer, pois, afirmando que sou o mais sábio?
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Disponível em: <http://www.revistaliteraria.com.br/plataoapologia.pdf>. (Adaptado) Acesso em: 01 mar. 2016.
Se Sócrates afirma saber que, acerca de vários assuntos, nada sabe, podemos compreender que sua verdadeira sabedoria consiste em:
a) afirmar saber de tudo e de todos os assuntos.
b) reconhecer-se como o mais sábio de Atenas.
c) compreender sua própria ignorância.
d) defender que o sábio é o que mais sabe.
e) ignorar o conhecimento verdadeiro.
4) 
Hípias: Aonde vai, Sócrates, com tanta pressa?
Sócrates: Resolver uns assuntos... mais tarde nos falamos.
Hípias: Que pena, vou até o ginásio fazer um discurso belíssimo e gostaria que você ouvisse.
Sócrates: Bom, se vai fazer um discurso belíssimo, ninguém melhor do que você pra saber o que é o Belo.
Hípias: Ora, Sócrates, claro que sei. Uma bela jovem. Eis o que é belo.
Sócrates: Bom, sabe você também quando uma égua é bela?
Hípias: Não te entendo, Sócrates, mas vá lá. Sei sim, quando uma égua é bela. De onde venho há éguas belíssimas.
Sócrates: E sabe também quando uma panela é bela?
Hípias: Curioso, você, Sócrates, estamos falando de coisas elevadas e vem você falando de panelas, éguas, coisas tão prosaicas. Onde queres chegar?
Sócrates: Não perca sua calma com um simples homem como eu. Continuemos: uma bela jovem quando comparada com os deuses, o que é mais belo?
Hípias: Os deuses, por óbvio.
Sócrates: E uma bela jovem comparada com panelas, o que é mais belo? 
Hípias: A bela jovem, é evidente.
Sócrates: Não compreendo. Como pode haver beleza numa jovem bela se ela é, simultaneamente, feia e bela? Feia quando comparada aos deuses e bela quando comparada às panelas. Vamos recomeçar. 
Hípias: Infelizmente, agora não posso. Preciso ir.
Texto adaptado do filme Sócrates, de Roberto Rosselini.
O diálogo socrático inicia-se sempre pela etapa da ironia, que, em Sócrates, pode ser definida como
a) momento em que o interlocutor do filósofo reconhece que seus argumentos são vagos e imprecisos.
b) momento em que o filósofo define para o interlocutor o valor contido nos conceitos a serem alcançados.
c) etapa do método socrático em que o interlocutor do filósofo põe para fora de si mesmo as suas próprias ideias.
d) etapa do método socrático em que o interlocutor do filósofo enxerga a validade das ideias trazidas pelos sentidos.
e) instante em que Sócrates indaga o interlocutor acerca das verdades sobre o Kosmos e a natureza da Physis.
5) Analise esta tirinha e o texto que a acompanha:
A adolescência é o prisma pelo qual os adultos olham os adolescentes e pelo qual os próprios adolescentes se contemplam. Ela é uma das formações culturais mais poderosas de nossa época.
CALLIGARIS, Contardo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u351920.shtml>. Acesso em: 01 mar. 2016.
Por que podemos afirmar que a adolescência é, de alguma maneira, resultado de um processo de formação cultural? Justifique sua resposta.
6) 
Da mesma forma que existe uma submissão obrigatória da política à moral, também existe um direito natural, ou seja, uma relação de respeito mútuo entre os homens, que se coloca antes de qualquer relação particular. (...) Podemos falar do direito natural como um direito potencial ou hipotético: é o que se impõe quando existe um encontro de liberdades.
CALVEZ, Jean-Yves. Política: uma Introdução. São Paulo: Ática, 1997, p. 30/31.
Relacione a ideia de respeito mútuo com o advento da pólis grega na concepção de Sócrates.
7) 
Sócrates: Não fiques zangado, Trasímaco, porque, se eu e este jovem cometemos um erro em nossa análise, sabes que foi involuntariamente. Pois, se estivéssemos à procura de ouro, não nos inclinaríamos um para o outro, prejudicando assim as nossas oportunidades de descoberta; portanto, não penses que, procurando a justiça, coisa mais preciosa que grandes quantidades de ouro, façamos tolamente concessões mútuas, em vez de nos esforçarmos o mais possível por descobri-la. Não penses isso de forma alguma, meu amigo. Mas creio que a tarefa ultrapassa as nossas forças. Por isso, é muito mais natural para vós, os hábeis, ter compaixão de nós do que testemunhar-nos irritação. Ao ouvir estas palavras, Trasímaco soltou uma risada sardônica e exclamou: 
Trasímaco: Ô Hércules! Aqui está a habitual ironia de Sócrates! Eu sabia e disse a estes jovens que não quererias responder, que fingirias ignorância, que farias por não responder às perguntas que te fizessem!
PLATÃO. A República. Lisboa: Editora Fundação Calouste Gulbenkian, 1996, 22/23.
Em consonância com esse texto e com os debates em sala de aula, faça o que se pede nos itens a e b.
a) Aponte ao menos uma diferença entre a ironia e a maiêutica, etapas do método socrático de investigação.
b) No fragmento do diálogo anterior,vemos Trasímaco acusar Sócrates de nunca responder às perguntas que ele mesmo elaborava. Por que o filósofo ateniense usava desse expediente?
8) 
Estimado leitor, na Grécia Antiga, as palavras proferidas pelos oráculos não podiam, em hipótese alguma, ser questionadas, pois traduziam a vontade dos deuses.
O mais famoso dos oráculos era o que ficava na cidade de Delfos, no templo de Apolo, para ser mais preciso. E foi para lá que Querefonte, amigo de Sócrates, dirigiu-se certa manhã.
Tinha a intenção de perguntar ao oráculo se havia, em toda a Grécia, um homem mais sábio que Sócrates. E assim foi feito. A sacerdotisa, ao ouvir a pergunta, entrou no seu transe hipnótico, ouviu as palavras das musas e respondeu ao requerente: não, não há homem mais sábio que Sócrates em toda a Grécia.
De volta a Atenas, onde Sócrates residia, Querefonte foi logo lhe contar a novidade. Logo na entrada, encontrou Xantipa, mulher do amigo, cuidando de um dos filhos do casal. Esbaforido e com as palavras saindo da boca aos borbotões, contou a um assustado Sócrates tudo o que o oráculo havia lhe dito. De pronto, Sócrates se perguntou: Como posso ser o homem mais sábio da Grécia se só sei que nada sei?
LACERDA FILHO, Mozart. Filosofia e Espírito de Renúncia. Artigo publicado em 06/06/2010. Disponível em: <http://www.jmonline.com.br/novo/?noticias,22,ARTICULISTAS,28763>. Acesso em: 07 mar. 2016.
Se Sócrates sabia que nada sabia, onde reside a sua verdadeira sabedoria?
9o ano do Ensino Fundamental – 18/03/2016 – 1a Avaliação
Matutino
Filosofia
PONTUAÇÃO
RESOLUÇÃO E RESPOSTA
PONTUAÇÃO
RESOLUÇÃO E RESPOSTA
PONTUAÇÃO
RESOLUÇÃO E RESPOSTA
PONTUAÇÃO
RESOLUÇÃO E RESPOSTA

Continue navegando