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CASO CONCRETO 2 COMPLETO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DE ITABUNA-BA
Joana, brasileira, estado civil 		, técnica em contabilidade, portadora da carteira de identidade nº ____, expedida pelo , inscrita no CPF sob o n° _____ , endereqo eletronico 	@ , domiciliada na cidade de Itabuna/BA, por seu advogado, com endereqo profissional constante da procuração em anexo, vem, respeitosamente, a este juízo propor a presente
AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO
pelo rito comum, em face de Joaquim, brasileiro, estado civil 	 profissão , portador da carteira de identidade n° , expedida pelo inscrita no CFF sob o n° 	, endereqo eletronico 	@ , domiciliado na cidade de Itabuna/BA, pelos fatos e fundamentos jurídicos abaixo aduzidos.
 
I – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO
 Requer-se que seja designada previamente audiência de conciliação ou de mediação, conforme previsto no artigo 334 do novo Código de Processo Civil/2015.
II – DOS FATOS JURÍDICOS
 
No dia 20/12/2016, a autora foi surpreendida com a notícia em que seu filho Marcos de 18 anos de idade, de forma ilegal havia sido preso e encaminhado ao presídio __. Portanto, no mesmo dia a autora contactou um advogado criminalista para atuar em pleito do direito de seu filho em liberdade, tendo sido cobrado pelo advogado o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelos honorários. 
 
 A autora, ao chegar em casa comentou com o RÉU, seu vizinho, sobre o acontecimento com seu filho e o valor cobrado pelo advogado criminalista e que estava desesperada por não ter a quantia solicitada para que pudesse atuar no caso. 
O réu, ao perceber a necessidade da autora de obter a quantia desejada para arcar com os honorários, aproveitou-se da oportunidade para alcançar uma vantagem patrimonial, sugeriu a autora comprar o seu carro pelo valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), sabendo que o preço de mercado do mesmo modelo do veículo é de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Perante à conjuntura que se apresentava, a autora concordou em celebrar o negócio jurídico. No dia seguinte a realização do negócio jurídico, porém, antes de ir ao advogado criminalista, a autora descobriu que a avó paterna de seu filho já havia contratado outro advogado criminalista para atuar no caso e também já havia conseguido a liberdade de seu filho, através de um Habeas Corpus.
III – DOS FUNDAMENTOS JURIDICOS
É ululante que a relação entre a AUTORA e o RÉU se encontra sob o signo de um vício resultante de dolo, posto que o negócio jurídico entre as partes não teve respeitados princípios fundamentais da lógica civil para celebração do negócio jurídico. Portanto, tal fato se enquadra perfeitamente como exemplo de violação da inteligência do artigo 157 combinado com o artigo 171, inciso II, ambos do Código Civil que prevê a necessidade de boa-fé em todos os momentos do negócio jurídico, o que certamente não ocorreu quando o RÉU utilizou-se da premente necessidade da autora ao comprar seu carro por valor manifestamente desproporcional ao valor real de mercado, sendo anulável o negócio jurídico expressamente declarados na lei, assim como ocorrido por vício resultante de dolo, traduzindo-se assim em um comportamento vil.
Nesse contexto, sabe-se que a boa-fé, princípio marcante das relações contratuais regidas pelo Código Civil, foi claramente violada nesse negócio jurídico celebrado, visto a violação a um dos deveres anexos, capaz de induzir consequências práticas negativas em favor do prejudicado. Desse modo, quando o contratante deixa de cumprir alguns deveres anexos, por exemplo, esse comportamento ofende a boa-fé objetiva e causa assim, inadimplemento do contrato.
Sendo assim, não restam mais provas que esta ação proposta é dotada de legitimidade, e possui todos os amparos legais para a sua proposição e fundamentação, ficando evidente que o autor teve seus direitos violados, razão pela qual busca a proteção do Direito por meio no Poder Judiciário.
IV – DO PEDIDO
Por todo o exposto, requer à Vossa Excelência:
1. Designação de audiência de conciliação e mediação;
2. A citação do Réu;
3. Que seja julgado procedente o pedido para anulação do negócio jurídico, em rito comum;
4. Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu nas custas processuais e nos honorários advocatícios.
V – DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do NCPC, em especial a prova documental, pericial, testemunhal e o depoimento pessoal do RÉU.
VI – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 20.000,00, conforme estabelecido pelo artigo 292, inciso II, do novo Código de Processo Civil.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, 01 de outubro de 2019.
Gabriel Costa Correia
OAB/RJ nº XXXXXXXXX

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