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TOC TOC análise filme

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
Estágio Psicanálise
Professora: Dra. Rita Cerioni
Nome: Lucimara Bittencourt Tribossi RA: D13HHe8 Turma: PS8P44
Data: 01/06/2020 Período: Noturno 
Análise do filme: “TOC TOC”
O filme “TOC TOC” nós conta, de maneira leve e até divertida, a história de seis pacientes que estão juntos em uma sala de espera para uma consulta com o Dr. Palomero, especialista em transtorno psicológico.
Durante a longa espera dos 6 pacientes pelo famoso Dr. Palomero, a secretária do consultório informa aos pacientes que, devido a um erro, todos tiveram seus horários marcados para a mesma hora, e além da confusão nos horários, aparentemente o voo de Dr. Palomero estava atrasado, sendo que para que se distraiam, os seis pacientes resolvem fazer um tipo de terapia em grupo, para falarem e lidarem com os seus problemas, e é a partir dessa interação do grupo que a trama caminha e vai ficando cada vez mais interessante.
Cada um dos 6 clientes possui os seus próprios motivos, pelos quais os conduzem a procurarem a ajuda de um especialista.
Começo por Emilio um taxista que em minha opinião analítica possuía aritmomania, e também era um acumulador. A aritmomania consiste em um transtorno que pode ser percebido através do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
O indivíduo que é acometido por esse transtorno TOC, possui uma forte necessidade de contar suas ações ou os objetos em seu redor. São invadidos por pensamentos invasivos, que podem desdobrar-se em verificações inúmeras de fechar a porta do carro, conferindo suas ações, outro exemplo, se sentir forçado a contar os degraus de uma escada ou o número de letras em uma palavra.
Os pacientes que frequentemente sentem que é necessário efetuar determinada ação um certo número de vezes de modo a prevenir uma calamidade hipotética. Outros exemplos incluem contar o número de azulejos em uma parede, o número de faixas pintadas em uma rodovia ou ainda o número de vezes que uma pessoa respira ou pisca. 
A Aritmomania pode se desenvolver num sistema complexo em que o paciente pode determinar valores ou números para as pessoas, objetos e eventos, de forma a deduzir a sua coerência. Esta contagem pode ser realizada em voz alta ou em pensamento.
Já os pacientes acumuladores, possuem a acumulação compulsiva ou disposofobia (fobia em dispor das coisas), consiste na aquisição ou recolha ilimitada de objetos de pouca ou nenhuma utilidade, muitas vezes já deixados no lixo por outras pessoas.
Esse comportamento de acumulação compulsiva normalmente causa, para a pessoa que sofre da doença e para membros da família, prejuízo emocional, social, financeiro, físico e até mesmo legal, colocando em risco a sua qualidade de vida e a saúde, em geral de si e de seus familiares, ou pessoas do seu convívio.
Aponta Agnoleto (2015) que acerca das características mais citadas são as obsessões que causam ansiedade e desconforto emocional e as compulsões que amenizam um desconforto ou previnem algum evento temido. Sendo assim, o TOC interfere no convívio familiar, no trabalho e no lazer da pessoa com este transtorno. 
Acerca do caso do paciente Federico tem possuía, em meu ponto de vista a Síndrome de Tourette, que consiste em ser um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou vocais, que persistem por mais de um ano e geralmente se instalam na infância.
A Síndrome de Tourette, na maioria das vezes, os tiques são de tipos diferentes e variam no decorrer de uma semana ou de um mês para outro. Em geral, eles ocorrem em ondas, com frequência e intensidade variáveis, pioram com o estresse, são independentes dos problemas emocionais e podem estar associados a sintomas obsessivo-compulsivos (TOC) e ao distúrbio de atenção e hiperatividade (TDAH).
No caso da paciente Blanca, que possui compulsão por limpeza e pavor à germes, evita qualquer tipo de contato físico e por isso está constantemente lavando as mãos, sendo muito interessante a correlação com a sua profissão, que consiste em trabalhar em um laboratório, com a análises de microorganismos.
Ana Maria, já por sua vez, demonstra compulsão em conferir várias vezes a mesma coisa, compulsão de verificação, onde acaba perdendo horas do seu dia checando o que está a sua volta, e tem compulsão de repetir o movimento do sinal da cruz.
Já o paciente Otto não consegue pisar na junção entre listras, também é metódico e arruma tudo de forma simétrica.
E finalmente Lili, a paciente que repete tudo que ouve, seja a própria fala ou de outra pessoa.
De maneira muito interessante e ortodoxa, o filme “Toc Toc”, na minha percepção mostra através do gênero de comédia, o como é difícil ter que lidar com um transtorno, socializar, fazer amizades, começar um romance ou até caminhar pelas ruas, que se transformam em verdadeiros desafios comuns para essas pessoas, acometidas pelo Transtorno Obsessivo Compulsivo.
O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é um quadro psiquiátrico caracterizado pela presença de obsessões e compulsões. Obsessões são ideias, pensamentos, imagens ou impulsos repetitivos e persistentes vivenciados como intrusivos e provocam ansiedade. Compulsões são comportamentos repetitivos ou atos mentais que visam reduzir essa ansiedade. As obsessões e compulsões não são características exclusivas deste transtorno, podendo ser verificadas também em depressões e esquizofrenia. Nos portadores de TOC, elas formam um círculo vicioso difícil de ser interrompido, uma vez que as compulsões são uma forma de alívio da ansiedade e da aflição causadas pelas obsessões, ilumina Agnoleto (2015).
Segundo Freud (1913/2010), a fixação da pulsão é decisiva para a escolha da neurose, e o obsessivo regride à posição anal-sádica da libido e à correlativa ambivalência nas relações com o objeto. Por conseguinte, o conflito entre as ideias conflitivas amorosas e hostis em relação ao mesmo objeto se manifesta na constante indecisão, aponta 
Algumas questões genéticas, inatas ao ser humano, de cunho biológico e do meio ambiente, são contextos, hipóteses mais especuladas pelos meios médicos como possíveis causas desse transtorno, e é indicado que quem possua algum dos transtornos citados pelos nossos personagens busque ajuda de profissionais qualificados, tais como especialistas psicólogos e psiquiatras, para tratamento e cuidados adequados, respeitando as peculiaridades subjetivas de cada paciente.
O suporte medicamentoso para tratar do sofrimento psíquico, paliativo por excelência em seu sucesso em calar o sintoma, não teria por que se opor à clínica que considera o saber do sujeito a respeito de seu próprio sofrimento e sua fala como cruciais para seu tratamento.
A psicanálise pode ainda contribuir muito ao campo do saber psicopatológico a partir de seu referencial de escutar o que o sujeito fala através de seus sintomas e o que ele fala sobre seus sintomas, sintomas que tantas vezes expressam uma crítica à cultura que mereceria ser ouvida. Considerar a recomendação freudiana de jamais supor o conhecimento da sua prática como estabelecido e acabado é o que permite à psicanálise avançar e o que moveu este trabalho em seus questionamentos acerca da pertinência de sua teoria para a sociedade atual.
Acredito que esses nossos estudos, no geral, que foram realizados durante todo o nosso Estágio de Psicanálise, através da análise do filme, diálogos durante toda a nossa supervisão, poderão sim nos auxiliar, com os embasamentos teóricos científicos e práticos, enquanto contribuição de construir profissionais, mais capazes, disponibilizando assim, efetuarmos um melhor entendimento, não apenas sobre este transtorno TOC, mas a elaborarmos diversos conteúdos, podendo assim fazer as orientações necessárias para a família e para todos que convivem com as pessoas acometidas por algum tipo de sofrimento ou transtorno em potencial.
Concluo assim, a partir desse nosso Estágio em Psicanálise, composto por todo enriquecimento teórico/prático, que realmente a psicanálise tem muito a contribuir numa abordagem multidisciplinar da psicopatologiana medida em que sua posição teórica particular valoriza a fala e a história do sujeito, em sua singularidade.
Referencial Bibliográfico	
AGNOLETO, T. L. Características das pessoas com transtorno obsessivo compulsivo: revisão da literatura. Trabalho de conclusão. UNIVATES. 2015. Disponível em: https://www.univates.br/bdu/bitstream/10737/1177/1/2015ThaynaraLuzziAgnoleto.pdf. Acessado em: 01 jun. 2020.
LIMA, J. M.; RUDGE, A. M. Neurose obsessiva ou TOC?. PEPSIC. Tempo psicanal. vol.47 no.2 Rio de Janeiro dez. 2015. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-48382015000200012. Acessado em: 06 jun. 2020.

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