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Anatomia e Funções da Pele

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FERNANDA SILVA SANTOS 
INTEGRIDADE CUTÂNEA PREJUDICADA/ COBERTURAS E CURATIVOS - CEFORES/UFTM 
 
1 | P á g i n a 
 
 
Considerada o maior órgão do corpo, indispensável à vida, é responsável pelo revestimento e proteção 
das estruturas internas, promovendo um isolamento das mesmas ao meio externo. Órgão complexo, que se 
diferencia nos diversos ciclos humanos, não podendo se comparar a pele de um recém-nascido com 
prematuridade extrema, de um adulto e de um idoso. Cada idade exige um cuidado específico, em que o 
técnico de enfermagem deve conhecer as especificidades para prestar um melhor cuidado. 
HISTOLOGIA DA PELE 
 A pele humana é dividida em 3 camadas: epiderme, camada externa; derme, camada interna, sendo 
separadas uma da outra por uma estrutura denominada membrana basal; abaixo da derme, há um tecido 
conjuntivo gorduroso chamado hipoderme ou subcutâneo (Figura 1). 
 
1 - Estrutura da Pele 
Epiderme: Avascular, espessura uniforme (75 a 150µm), à exceção da planta dos pés e da palma das mãos, 
que podem chegar a 0,4 a 0,6mm de espessura, constituída por células epiteliais. As principais células 
presentes na epiderme são: ceranócitos (as mais numerosas, sintetizam a ceratina, proteína fibrosa que dá 
firmeza à epiderme, garante a impermeabilização da camada externa e protege contra a desidratação); 
melanócitos (sintetizam melanina, pigmento escuro que protege a pele contra os raios ultravioletas do sol); 
células de Langerhans (células imunitárias gigantes de formato estrelado, atuam como macrófagos e 
Anatomia e 
Fisiologia da pele 
FERNANDA SILVA SANTOS 
INTEGRIDADE CUTÂNEA PREJUDICADA/ COBERTURAS E CURATIVOS - CEFORES/UFTM 
 
2 | P á g i n a 
 
contribuem para a ativação do sistema imunológico, pois ingerem partículas e microrganismos+, saem da 
epiderme e passam para os gânglios linfáticos-satélites, onde apresentam esses antígenos aos linfócitos T); 
células de Merkel (ligam-se às terminações nervosas sensitivas, atuando como receptores de tato e pressão). 
Derme: Cobre e sustenta o organismo, é resistente e flexível, tem espessura variada, sendo em média quatro 
vezes mais espessa que a epiderme (mais delgada nas pálpebras e mais espessas na palma das mãos e na 
planta dos pés). Amplamente vascularizada, é importante para manter a temperatura corporal, com a 
dilatação com constrição dos vasos sanguíneos, que também são responsáveis pela alimentação da epiderme. 
As principais células da derme são os fibroblastos (produzem grande quantidade de fibras conjuntivas de 
colágeno e elastina, que sustentam os elementos dérmicos, a extensibilidade e a resistência da pele e 
diminuem progressivamente com a idade). Também é rica em capilares sanguíneos, fibras nervosas, 
receptores sensitivos de dor, temperatura e tato, glândulas sebáceas e sudoríparas, músculos eretores de 
pelos e tecidos linfoides associados à pele. 
Hipoderme ou Tecido Subcutâneo: faz a interface da derme com estruturas móveis, tais como fáscia muscular, 
tendões, etc. Mantém-se aderida à derme graças às fibras de colágeno e elastina. Constitui-se por células 
especializadas no armazenamento de gordura (adipócitos), que agrupadas formam o tecido adiposo (reserva 
lipídica), cuja função é proteger o organismo de choques e das variações de temperatura, sendo variável 
quanto a localização, sexo e idade. 
 
 
 Proteção mecânica (dada principalmente pela hipoderme, que funciona como “amortecedor”); 
 Proteção contra raios UV e radiação ionizante (parcialmente); 
 Manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico (relativa impermeabilidade à água e a eletrólitos); 
 Função fisico-química (Ph ácido 5,4 a 5,6, garante a integralidade e a coesão tissulares, fazendo com 
que a pele seja menos impermeável à água e seja menos susceptível à ação de microrganismos 
patogênicos); 
 Função química (manto hidrolipídico, uma mistura da gordura produzida pelas glândulas sebáceas e o 
suor das glândulas sudoríparas, com atividade antimicrobiana e proteção contra agressões externas, 
como pó e pólen); 
Quais as funções da 
pele? (1) 
FERNANDA SILVA SANTOS 
INTEGRIDADE CUTÂNEA PREJUDICADA/ COBERTURAS E CURATIVOS - CEFORES/UFTM 
 
3 | P á g i n a 
 
 Função imunológica (células de Langerhans, macrófagos, linfócitos e mastócitos); 
 Termorregulação e hemorregulação (processo de homeotermia – vasoconstrição ou vasodilatação da 
pele; atuação das glândulas sudoríparas, que previnem e controlam a evaporação do calor e a perda 
de água e eletrólitos; ereção dos folículos pilosos, que retardam as trocas de calor); 
 Metabolismo (em especial a síntese e metabolização da vitamina D – a pele desempenha papel ativo 
na síntese e metabolização da vitamina D, nutriente que promove a regulação e a diferenciação de 
órgãos e tecidos, libera agentes inflamatórios, além de interferir no processo de morte celular da pele 
e induzir a expressão de genes que previnem infecções oportunistas da pele); 
 Sensibilidade e percepção (as terminações nervosas livres e os receptores cutâneos geram impulsos 
cutâneos de pressão, temperatura fria, calor e tato, que são interpretados no córtice cerebral, 
contribuindo para o mecanismo de defesa do organismo). 
MECANISMOS DE LESÃO CELULAR 
As lesões celulares podem ser reversíveis ou irreversíveis, sendo o último resultando em morte celular. As 
consequências da lesão celular dependem do tipo, duração e intensidade do estímulo, além do tipo, 
estado e adaptabilidade das células atingidas. Os principais fatores que podem causar uma lesão celular 
são: 
 HIPÓXIA: interfere na respiração celular, sendo uma das principais causas de lesão e morte celular. 
 AGENTES FÍSICOS: traumatismos mecânicos, condições extremas de temperatura (queimaduras e 
frio intenso), choque elétrico e irradiação. 
 AGENTES QUÍMICOS: oxigênio em excesso, cianeto, monóxido de carbono. 
 DROGAS: álcool, drogas narcóticas e terapêuticas. 
 AGENTES INFECCIOSOS: microrganismos. EX: erisipela, pneumonia, síndrome de Fournier. 
 REAÇÕES IMUNOLÓGICAS: reações imunes podem levar a lesões celulares, como na reação 
anafilática, síndrome de Stevens-Johnson. 
 DISTÚRBIOS GENÉTICOS: defeitos genéticos podem resultar em malformações congênitas, 
anormalidades enzimáticas, etc. EX: anemia falciforme, epidermólise bolhosa. 
 DESEQUILÍBRIOS NUTRICIONAIS: deficiências calórico-protéicas (Kwashiorkor) e os excessos 
lipídicos, que causam predisposição à aterosclerose e à obesidade. 
 
 
FERNANDA SILVA SANTOS 
INTEGRIDADE CUTÂNEA PREJUDICADA/ COBERTURAS E CURATIVOS - CEFORES/UFTM 
 
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REFERÊNCIAS 
1. OLIVEIRA, R. A. A pele nos diferentes ciclos da vida. In DOMANSKY, R. C.; BORGES, E. L. Manual para 
prevenção de lesões de pele: recomendações baseadas em evidências. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2012. 
cap. 2, p. 9-41. 
2. Imagem disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pele. Acesso em: 18 jun. 2020. 
3. SILVA, R. C. L.; MEIRELES, I. B. Fundamentos Biológicos para o Atendimento ao Portador de Lesões de Pele. 
In SILVA, R. C. L.; FIGUEIREDO, N. M. A.; MEIRELES, I. B. Feridas: fundamentos e atualizações em 
enfermagem. São Caetanos do Sul, SP: Yendis Editora, 2007. cap. 3, p.55-80. 
 
 
 
O que são Feridas? 
Qualquer lesão que leve à solução de continuidade cutânea prejudicada pode ser chamada de ferida. 
Elas podem ser classificadas de várias maneiras, de acordo com a etiologia, morfologia, grau de contaminação, 
fase de evolução cicatricial, características do leito, do exsudato, entre outros. 
 Em relação às causas, citam-se trauma (mecânico, químico, físico); intencional (cirurgia); isquemia 
(úlceras de perna); pressão (lesão por pressão). As feridas também podem ser rotuladas de acordo com sua 
profundidade: de espessura parcial (parte da derme permanece) e de espessura total (toda a derme é 
destruída, podendo estar envolvidas camadas maisprofundas). 
Outra classificação é quanto ao conteúdo bacteriano: limpa (lesão feita em condições assépticas e 
isenta de microrganismos); limpa contaminada (lesão com tempo inferior a 6 horas entre o trauma e o 
atendimento e sem contaminação significativa); contaminada (lesão com tempo superior a 6 horas entre o 
trauma e o atendimento e com presença de contaminantes, mas sem processo infeccioso local); infectada 
(presença de agente infeccioso local e lesão com evidência de intensa reação inflamatória e destruição de 
tecidos, podendo haver pus). 
 
Vamos estudar 
as FERIDAS? 
Processo de cicatrização de Feridas 
(estágios complexos, interdependentes e sobrepostos)
FERNANDA SILVA SANTOS 
INTEGRIDADE CUTÂNEA PREJUDICADA/ COBERTURAS E CURATIVOS - CEFORES/UFTM 
 
5 | P á g i n a 
 
 
Cicatrização por 
primeira intenção 
 
Ocorre quando não há perda de tecido e 
as bordas da pele se mantêm justapostas, 
tal como a ferida suturada – FERIDAS 
FECHADAS. 
 
Figura 1 - https://pxhere.com/pt/photo/762749 
 
Cicatrização por 
segunda intenção 
 
Significa uma ferida na qual houve perda 
de tecido e as bordas da pele estão bem 
afastadas, tal como uma úlcera de perna 
– FERIDAS ABERTAS. 
 
Figura 2- Foto cedida pela Enf. Fernanda Zuffi 
 
Cicatrização por 
terceira intenção 
 
Ocorre quando intencionalmente a ferida 
é mantida aberta para permitir a 
diminuição ou redução de edema ou 
infecção ou para permitir a remoção de 
algum exsudato através de drenagem 
como, por exemplo, feridas cirúrgicas, 
abertas e infectadas, com drenos. Essas 
feridas cicatrizam por 3ª intenção ou 1ª 
intenção tardia. 
 
 
Figura 3 - https://sutura.com.br/suturas-e-suas-
complicacoes-nao-seja-surpreendido-por-uma-
delas/ 
 
 
 
Outras 
classificações de 
feridas 
FERNANDA SILVA SANTOS 
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6 | P á g i n a 
 
 
FERIDAS 
CRÔNICAS 
 
São de longa duração ou recorrência frequente. Exemplo: 
lesões por pressão, úlceras de perna. Os pacientes podem ter 
problemas de múltiplos fatores que afetam sua capacidade de 
cicatrizar as feridas. Geralmente, ultrapassam a duração de 
seis semanas. Essa condição pode estar associada a diferentes 
fatores, tais como comprometimentos vasculares, Diabetes 
Mellitus, hipertensão arterial sistêmica, neuropatias, 
imobilidade prolongada, neoplasias e alterações nutricionais, 
requerendo tratamento especializado baseado na avaliação 
contínua, precisa e objetiva. 
 
 
Figura 4 - Arquivo pessoal 
 
FERIDAS 
AGUDAS 
 
Geralmente feridas traumáticas, como cortes, abrasões, 
lacerações, queimaduras e outras. Em geral, respondem 
rapidamente ao tratamento e cicatrizam sem complicações. 
 
Figura 5 - 
https://cepelli.com.br/noticias/saiba-
as-principais-recomendacoes-para-o-
tratamento-de-feridas/ 
 
FERIDAS 
CIRÚRGICAS 
 
São feridas agudas intencionais. Podem cicatrizar por primeira 
intenção, caso em que as bordas da pele são mantidas 
próximas. Suturas, grampos ou fitas são usados. Algumas 
feridas cirúrgicas são deixadas abertas para cicatrizarem por 
segunda intenção, a fim de permitirem drenagem de material 
infectado. Áreas doadoras de enxerto são feridas abertas. 
 
Figura 6 - https://www.physio-
pedia.com/Pressure_Ulcers 
 
 
 
 
Fases do processo de cicatrização 
de Feridas
FERNANDA SILVA SANTOS 
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7 | P á g i n a 
 
 
INFLAMAÇÃO: 
 
O processo inflamatório é uma reação local à 
lesão do tecido e/ou invasão bacteriana. É parte 
importante dos mecanismos de defesa do 
organismo, fase essencial do processo de 
cicatrização. Os principais sinais, conhecidos 
como flogísticos, são: dor, calor, rubor (ou 
hiperemia) e edema. Ocorre uma liberação para 
a ferida de anticorpos, plaquetas e células de 
defesa, para proteger de microrganismos e 
promover a migração e o crescimento de células 
no local da ferida. A inflamação dura de 4-5 dias, 
exige recursos energéticos e nutricionais (o que, 
nas feridas grandes, é considerável). Quando 
esse estágio se prolonga por causa da irritação à 
ferida, como infecção, presença de corpos 
estranhos, ou lesões causadas por curativos, 
pode retardar o processo de cicatrização. 
 
 
 
 
Figura 7- arquivo pessoal 
 
RECONSTRUÇÃO 
 
Caracteriza-se pelo desenvolvimento de tecido 
de granulação, que é uma matriz indefinida de 
fibrina, fibronectina, colágeno, ácido 
hialurônico, dentre outros. Há a formação de 
vários novos vasos sanguíneos 
(neoangiogênese). Nas cicatrizações de feridas 
por primeira intenção, pouco pode-se observar 
desse estágio da cicatrização; mas nas de 
segunda intenção, a ferida é preenchida por 
tecido de granulação. O tempo necessário para a 
reconstrução depende do tipo e do tamanho da 
ferida, mas pode ser de 24 dias para a 
cicatrização por primeira intenção. 
 
 
 
Figura 8- Arquivo pessoal 
 
EPITELIZAÇÃO 
 
Descreve a fase em que a ferida está coberta por 
tecidos epiteliais. As células epiteliais só se 
movem sobre tecido viável e exigem um 
ambiente úmido. Nas suturas, as células 
epiteliais migram ao longo da linha de sutura, 
começando no segundo dia; nas abertas, é 
necessário que a cavidade da ferida seja 
preenchida com tecido de granulação antes que 
a epitelização comece. A duração desse estágio 
é muito variável. 
 
 
Figura 9- 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Fe
rida_5.jpg 
FERNANDA SILVA SANTOS 
INTEGRIDADE CUTÂNEA PREJUDICADA/ COBERTURAS E CURATIVOS - CEFORES/UFTM 
 
8 | P á g i n a 
 
 
MATURAÇÃO 
 
A ferida fica menos vascularizada porque reduz-
se a necessidade de levar células até a ferida. Há 
a reorganização das fibras de colágeno, sendo 
que o tecido cicatricial se remodela 
gradualmente, ficando comparável ao tecido 
normal depois de bastante tempo, cerca de 1 
ano para as feridas fechadas e muito mais tempo 
nas feridas abertas. A resistência à tração, que é 
a capacidade de uma ferida resistir à ruptura, 
também aumenta com o tempo. 
 
 
Figura 10 - 
https://super.abril.com.br/mundo-
estranho/como-ocorre-a-cicatrizacao-de-
um-machucado/ 
 
 
 
 
 
Transudato é uma substância altamente fluida que passa através dos vasos e com baixíssimo conteúdo 
de proteínas, células e derivados celulares; já exsudato é um material fluido, composto por células que 
escapam de um vaso sanguíneo e se depositam nos tecidos ou nas superfícies teciduais, como usualmente 
resultado de um processo inflamatório. São tipos de exsudatos: 
 Sanguinolentos: Avermelhados, fluidos, indica danos de vasos sanguíneos ou a formação de 
novos; podem indicar infecção crônica da ferida, se presente em moderada ou alta quantidade. 
 Serossanguinolentos: Rosados ou avermelhados, fluidos, típicos da fase inflamatória e 
proliferativa. 
 Serosos: Amarelados (cor de palha), translúcidos, fluidos, típicos da fase inflamatória e 
proliferativa. 
Aspectos importantes a 
serem avaliados nas 
feridas 
EXSUDATO NA FERIDA 
FERNANDA SILVA SANTOS 
INTEGRIDADE CUTÂNEA PREJUDICADA/ COBERTURAS E CURATIVOS - CEFORES/UFTM 
 
9 | P á g i n a 
 
 Seropurulentos: opacos, amarelados ou acastanhados, fluídos, sinal inicial de infecção. 
 Purulentos (pus): amarelos, acastanhados ou esverdeados, opacos e densos; sinalizam infecção e 
podem estar associados a odor fétido. 
 
 
 
Importante avaliar, pois pode indicar problemas potenciais como o risco de contaminação nas feridas 
na região sacral ou problemas de mobilidade, como as feridas no pé. Também é importante o fato de que um 
curativo permanece no lugar em certas partes do corpo, mas não necessariamente em outras, como por 
exemplo lesões na cabeça, em que a bandagem sai com mais facilidade. 
 
 
 
Indica o estágio da cicatrização alcançado ou de qualquer complicação que possa estar presente. 
Feridas abertas ou que cicatrizam por segunda intenção podem se classificar como: 
 
 
Necrose 
 
Uma área de tecido que se torne isquêmica por um 
períodomorrerá. Essa área forma uma crosta necrótica, 
cor preta ou marrom. Pode estar presente algum tecido 
necrótico sob a forma de uma crosta espessa, marrom, 
cinzenta ou esbranquiçada. A necrose é a principal 
manifestação de lesões celulares irreversíveis; é 
definida como o conjunto de alterações morfológicas 
que se seguem à morte celular. 
 
Figura 11- Foto cedida pelo Serviço de 
Educação em Enfermagem do HC/UFTM 
 
Esfacelo 
 
O esfacelo típico tem cor branca/amarelada. É 
encontrado com mais frequência na forma de 
fragmentos sobre a superfície da ferida, embora possa 
cobrir grandes áreas. É composto de células mortas que 
se acumularam do exsudato. 
 
Figura 12 - 
https://gneaupp.info/colonizacion-critica-
la-gran-invisible/ 
LOCALIZAÇÃO DA FERIDA 
APARÊNCIA DA FERIDA 
FERNANDA SILVA SANTOS 
INTEGRIDADE CUTÂNEA PREJUDICADA/ COBERTURAS E CURATIVOS - CEFORES/UFTM 
 
10 | P á g i n a 
 
 
Tecido de 
granulação 
 
Está relacionado ao estágio de restauração tissular. A 
cor da ferida é vermelha, com aspecto granular. Como 
as paredes dos vasos sanguíneos são finas e facilmente 
lesadas, sangram com facilidade. 
 
Figura 13- arquivo pessoal 
 
Tecido de 
epitelização 
 
À medida em que o epitélio das bordas da ferida começa 
a se dividir rapidamente, as bordas se erguem um pouco 
e adquirem cor rosa-azulada; quando se espalha pelo 
leito da ferida, as bordas se achatam, e o novo tecido 
fica com cor branca-rosada. 
 
Figura 14 - arquivo pessoal 
 
 
 
O odor é proveniente de produtos aromáticos produzido por bactérias e tecidos em decomposição. O 
sentido do olfato pode auxiliar no diagnóstico de infecções (microorganismos) na ferida. Escala de avaliação 
de odor (Haughton and Young, 1995): 
 
FORTE Odor é sentido na entrada da sala (2-3 metros de distância do doente) ainda com o curativo 
intacto 
MODERADO Odor é sentido na entrada da sala (2-3 metros de distância do doente) quando o curativo é 
removido 
LIGEIRO Odor é sentido junto do doente quando o curativo é removido 
SEM ODOR Odor não é sentido, mesmo junto à cabeceira do doente, quando o curativo é removido 
 
 
 
 
Medida simples: Mede-se o seu maior comprimento e largura, e se apropriado, medir também sua 
profundidade. Pode-se usar uma sonda se a ferida tiver formato muito irregular ou se houver formação de 
sinus - cavidade em fundo cego/espaço morto (imagens: https://pt.wikihow.com/Medir-Ferimentos) 
ODOR 
FORMATO E TAMANHO DA FERIDA 
FERNANDA SILVA SANTOS 
INTEGRIDADE CUTÂNEA PREJUDICADA/ COBERTURAS E CURATIVOS - CEFORES/UFTM 
 
11 | P á g i n a 
 
 
 
Desenho da ferida: O material mais utilizado é o acetato, mas também pode-se usar o papel grau cirúrgico -
usado para embalar gazes e compressas estéreis (desenhos: https://pt.wikihow.com/Medir-Ferimentos): 
 
 
Figura 15- http://www.corenpb.gov.br/wp-content/uploads/2016/11/E-book-coren-final-1.pdf 
Fotografia: Oferece claras evidências da aparência de uma ferida e também uma ideia do seu tamanho. 
Interessante acrescentar uma régua às fotos, fornecendo uma escala. Importante que a pessoa com ferida dê 
seu consentimento para a fotografia por escrito, para que nenhum princípio ético seja quebrado. 
 
DOR 
FERNANDA SILVA SANTOS 
INTEGRIDADE CUTÂNEA PREJUDICADA/ COBERTURAS E CURATIVOS - CEFORES/UFTM 
 
12 | P á g i n a 
 
A dor é outro aspecto que merece atenção por parte do profissional que cuida do paciente com ferida. 
No entanto, muitas vezes, é negligenciada devido a crenças equivocadas de que é inofensiva, uma 
consequência inevitável para o paciente que tem a lesão, por atribuir a dor ao exagero do paciente ou ainda, 
caso não exista queixa, que a dor está ausente. A dor é considerada o quinto sinal vital e, como tal, é um 
sintoma que deve ser tratado para humanizar o ato de cuidar. 
A dor no paciente com feridas pode ser decorrente da remoção de coberturas aderentes, irrigação, 
desbridamento, troca do curativo, infecção e até mesmo experiências anteriores desagradáveis por causa do 
medo de sentir dor. A dor da ferida pode ser contínua, mesmo em repouso; incidente, que se manifesta 
durante atividades cotidianas; pode resultar de procedimentos de limpeza rotineiros e de intervenções 
cirúrgicas. Quanto à natureza, a dor se manifesta de maneira cortante, quando envolve a pele; em câimbra, 
quando muscular; como ferroada, quando envolve terminação nervosa; é pulsátil, se envolve vasos, e como 
um aperto, quando é isquêmica. O tratamento inadequado da ferida, o uso de drenos muito apertados, a 
remoção da cobertura e o roçar contra a superfície da lesão podem desencadear dor iatrogênica. 
A investigação da dor deve ser feita de rotina, a cada troca de cobertura, e incluir a avaliação da 
linguagem corporal e dos sinais não verbais, como: mudança de atividade, perda de apetite, expressões faciais 
e gemidos. Nesse sentido, é importante também avaliar quando a dor começou, quanto tempo dura e se é 
aliviada com algum analgésico ou medida não farmacológica, como, sentar-se ou aquecer o membro com a 
ferida. 
 
 
 
 
À presença de um microrganismo sobre a superfície epitelial, sem que haja invasão tecidual ou reação 
fisiológica com o hospedeiro, dá-se o nome de contaminação. Na colonização, há a relação de dependência 
metabólica com o hospedeiro e a formação de colônias, mas sem a expressão clínica e a reação imunológica. 
A infecção, por sua vez, implica parasitismo (com interação metabólica) e reação inflamatória e da imunidade. 
Todas as feridas crônicas são colonizadas por bactérias. Isso não retarda o processo de cicatrização nem que 
a ferida se tornará infectada. 
 
SISTEMA RYB 
(red/yellow/black) 
FERIDA INFECTADA X FERIDA 
COLONIZADA 
FERNANDA SILVA SANTOS 
INTEGRIDADE CUTÂNEA PREJUDICADA/ COBERTURAS E CURATIVOS - CEFORES/UFTM 
 
13 | P á g i n a 
 
Indicado para feridas que cicatrizam por segunda intenção. As feridas são diferenciadas de acordo com 
a coloração, que frequentemente reflete o balanço entre tecidos novos e tecidos necrosados. O sistema RYB 
classifica as feridas em: 
 Vermelhas: incluem sítios doadores de enxerto, feridas pós-desbridamento, crônicas com predomínio 
de tecido de granulação – objetivo do tratamento é favorecer o meio úmido, proteger os tecidos 
recém-formados e prevenir infecções. 
 Amarelas: apresentam exsudato fibroso, e seus tecidos são moles e desvitalizados, podendo estar 
colonizadas, o que favorece a infecção. Deve-se promover o desbridamento dos tecidos 
desvitalizados. 
 Pretas: apresentam necrose tecidual, com presença de escara espessa, de coloração que pode variar 
entre castanho, marrom ou preto. O objetivo do tratamento é remover o tecido necrótico por meio 
do desbridamento. 
 
Vermelhas (RED) Amarelas (YELLOW) Pretas (BLACK) 
 
 
Figura 16- https://rnao.ca/sites/rnao-
ca/files/bpg/translations/D0027_Manejo_LPP
_2016_final.pdf 
 
Figura 17- 
https://gneaupp.info/colonizacion-
critica-la-gran-invisible/ 
 
Figura 18- Imagem cedida pelo Serviço de 
Educação em Enfermagem HC/UFTM 
 
 
 
 Cuidado ao remover frequentemente fitas adesivas, pois a pele fragilizada pode se romper. 
 Observar se o cliente não tem alergias a fitas ou curativos (dermatite de contato), que se manifestam 
como eritemas ou hiperemias no local onde são aplicados. 
 Cuidar para não ocorrer dermatite química, ocorrida quando há forte exsudação e mau controle, seja 
por curativo com absorvência insuficiente, ou por não trocar o curativo quando necessário. 
 Observar desidratação e descamação da pele, especialmente quando bandagens são utilizadas em 
conjunto com o curativo (pode-se acumular células de descamação na área em volta da ferida, sendo 
importante a hidratação da pele). 
 
 
PELE PERILESIONAL – cuidados 
FERNANDA SILVA SANTOS 
INTEGRIDADE CUTÂNEA PREJUDICADA/ COBERTURAS E CURATIVOS -CEFORES/UFTM 
 
14 | P á g i n a 
 
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS QUE PODEM SER OBSERVADAS NA PELE PERILESIONAL: 
 
Hematoma 
 
 
É uma coleção anormal de sangue que se 
forma, geralmente, na camada subcutânea. 
Figura 19 - https://sutura.com.br/suturas-
e-suas-complicacoes-nao-seja-
surpreendido-por-uma-delas/ 
 
Maceração 
 
É decorrente de hidratação excessiva da 
própria ferida que extravasa o exsudato para 
além da borda. A pele se torna branca, 
intumescida e pálida, podendo surgir fissuras, 
o que propicia a infecção e aumento da ferida, 
sendo necessário trocas da cobertura 
secundária mais frequente e utilização de 
cobertura que controle melhor o excesso de 
exsudação. 
 
Figura 20 - Arquivo pessoal 
 
Hiperqueratose 
 
 
É um espessamento excessivo da pele, 
frequentemente causado por atrito crônico, 
comum em paciente com perda da 
sensibilidade, tais como em pé diabético e de 
hanseníase. 
 
Figura 21- 
https://static.fecam.net.br/uploads/834/a
rquivos/1311238_PROTOCOLO_FERIDAS_E
_CURATIVOS.pdf 
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15 | P á g i n a 
 
 
Edema 
 
 
Há um aumento perceptível no volume de 
fluidos da pele e do tecido subcutâneo, 
caracteristicamente recuado com pressão. 
 
 
Figura 22- 
file:///C:/Users/User/Downloads/6.%20Bo
rda-Pele%20Periferida-Infec%20uo.pdf 
 
Dermatite ocre 
 
 
Ocorre devido Insuficiência Venosa: devido ao 
mau funcionamento das veias o sangue fica 
represado na parte inferior da perna, 
aumentando a pressão local. Isso pode levar a 
um extravasamento de sangue e acúmulo de 
um pigmento chamado hemossiderina na 
pele. Este pigmento contém ferro, e isso leva 
a uma coloração amarronzada, enegrecida, 
que aparece principalmente na parte distal da 
perna, a chamada dermatite ocre ou 
dermatite de estase. 
 
Figura 23- http://1.bp.blogspot.com/-
92tLgwR34Ik/VWKtJcU6F-
I/AAAAAAAABaA/rThBmQr-
4IY/s1600/dermatite_ocre._varizesjpg.jpg 
 
Sinais clínicos de 
infecção 
 
 
Aspecto avermelhado, bordas endurecidas e 
doloridas, febre local, edema e drenagem de 
secreções. 
 
Figura 24 - https://sutura.com.br/suturas-
e-suas-complicacoes-nao-seja-
surpreendido-por-uma-delas/ 
 
Descamação 
 
Queda ou eliminação das camadas 
superficiais da pele (epiderme) sob a forma de 
escamas mais ou menos espessas. Pode estar 
associada a doenças ou a falta de hidratação 
da pele. 
 
Figura 25- 
file:///C:/Users/User/Downloads/6.%20Bo
rda-Pele%20Periferida-Infec%20uo.pdf 
 
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16 | P á g i n a 
 
 
 
 
As bordas da ferida apresentam papel fundamental para a evolução do processo de cicatrização; a 
migração celular ocorre a partir da borda, em direção ao centro da ferida, sendo essencial que estejam 
aderidas ao leito. 
 
 
Maceração 
 
Bordas Maceradas 
 
Figura 26- 
file:///C:/Users/User/Downloads/6.%20Borda-
Pele%20Periferida-Infec%20uo.pdf 
Bordas Sem Maceração 
 
Figura 27- Acervo pessoal 
 
Regularidade 
Borda Regular
 
Figura 28- 
file:///C:/Users/User/Downloads/6.%20Borda-
Pele%20Periferida-Infec%20uo.pdf 
Borda Irregular 
 
Figura 29- 
file:///C:/Users/User/Downloads/6.%20Borda-
Pele%20Periferida-Infec%20uo.pdf 
 
 
Adesão ao leito 
Bordas Aderidas 
 
Figura 30-
file:///C:/Users/User/Downloads/6.%20Borda-
Pele%20Periferida-Infec%20uo.pdf 
 
Bordas Descoladas 
 
Figura 31 – Acervo pessoal 
 BORDAS 
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17 | P á g i n a 
 
Também se avaliam os pulsos: tibial posterior e pedioso em úlceras de membros inferiores 
 
Figura 32- http://www.corenpb.gov.br/wp-content/uploads/2016/11/E-book-coren-final-1.pdf 
 
 
 
Triângulo da Avaliação de Feridas – Ferramenta para Auxiliar a Avaliação 
 
Figura 33 - file:///C:/Users/User/Downloads/triangle-of-wound-assessment-made-easy.pdf 
 
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18 | P á g i n a 
 
 
 
 
 
 IDADE: as repostas reparadoras no idoso são mais lentas que nos jovens. Além disso, o idoso tem a 
pele fragilizada, o que o deixa mais susceptível ao desenvolvimento de lesões de pele. 
 VASCULARIZAÇÃO: insuficiências venosas e arteriais favorecem o desenvolvimento de úlceras dos 
membros inferiores; 
 MEDICAMENTOS SISTÊMICOS: alguns fármacos produzem efeitos adversos na cicatrização. São eles: 
corticoides, anti-inflamatórios não-esteroides, quimioterápicos, imunossupressores, anticoagulantes, 
antibióticos, entre outros. 
 DOENÇAS DE BASE: diabetes, neuropatia periférica, problemas cardiovasculares, distúrbios 
hematológicos e doenças autoimunes, por exemplo. 
 TABAGISMO: diminui a quantidade de oxigênio circulante no sangue, reduzindo a oxigenação 
tecidual. 
 FATORES LOCAIS: infecção local, agentes tópicos (antimicrobianos, antissépticos, corticoides); tecido 
necrótico (prolonga a fase inflamatória e favorece a proliferação de microrganismos); suprimento 
sanguíneo inadequado para a ferida; tipo de cobertura inadequada às características da lesão. 
 CONDIÇÃO NUTRICIONAL: alguns nutrientes são essenciais para que o processo de reparação tecidual 
sofra uma evolução satisfatória. Proteínas influenciam a síntese de colágeno e a formação de 
capilares, a vitamina C também favorece a formação de colágenos e possui efeito antioxidante; o zinco 
favorece a epitelização e aumenta a resistência da cicatriz; dentre outros. Cabe aqui uma importante 
observação, relacionada ao importante papel do técnico em enfermagem na necessidade humana 
básica de nutrição. Muitas vezes, não se relata como o cliente se alimenta (quantidade e qualidade 
dos alimentos), o que impede a equipe de saúde de perceber quando o cliente não se nutre 
corretamente, o que influencia negativamente o processo de cicatrização das feridas. Outro ponto a 
se salientar, é quando o cliente necessita de auxílio para a alimentação, e o técnico de enfermagem 
negligencia esse cuidado, o que pode gerar danos irreparáveis a esse cliente. Por fim, outro erro que 
pode ocorrer é o atraso constante em se instalar dieta enteral em clientes com cateter nasoenteral, o 
que também atrasa (ou até impede) o processo cicatricial. 
 
 
FATORES QUE INTERFEREM NA 
CICATRIZAÇÃO 
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19 | P á g i n a 
 
 
 
A terapia tópica é o conjunto de cuidados dispensados in loco a uma ferida, visando proporcionar 
segurança e conforto ao paciente e favorecer a cicatrização. Sua operacionalização envolve três etapas: 
limpeza, desbridamento (quando houver necrose) e cobertura. Esses eventos são denominados 
concomitantemente de curativo. Para o curativo ser eficaz, deve atender aos seguintes critérios: 
 Ser impermeável à água, a outros fluidos e a bactérias; 
 Permitir as trocas gasosas; 
 Ser fácil de aplicar e de remover sem trauma; 
 Auxiliar na hemostasia; 
 Promover desbridamento e um ambiente úmido; 
 Absorver e remover excesso de exsudato; 
 Tratar as cavidades existentes na úlcera; 
 Aliviar a dor; 
 Proteger a úlcera contra traumas mecânicos; 
 Fornecer isolamento térmico; 
 Proporcionar condições favoráveis às atividades da vida diária do doente. 
 
 
 
 
É a primeira etapa do curativo e consiste em remover, com agentes de limpeza, restos celulares, 
tecidos ressecados e necróticos não aderentes, materiais estranhos, exsudato e resíduos de agentes tópicos 
presentes na superfície da úlcera, para promover e preservar o tecido de granulação. A técnica de limpeza 
ideal para a ferida é aquela que respeita o tecido de granulação, preserva o potencial de recuperação, 
minimiza o risco de trauma e/ou infecção. 
Concernente ao método de limpeza ideal, o menos traumático é o da irrigação, que pode ser feita com 
ou sem pressão. Para irrigar com pressão,utilizam-se seringa de 20ml e agulha de grosso calibre de 40/12 ou 
25/8, tendo em vista que proporcionam uma pressão de 8 a 15 pound force per square inch (psi), cuja força 
hidráulica permite a remoção de detritos e/ou bactérias presentes na ferida. Essa força é mais efetiva quando 
se utilizam a seringa e a agulha descritas, porque, se as pressões forem inferiores a 8 psi, podem não fazer 
TERAPIA TÓPICA APLICADA ÀS FERIDAS 
LIMPEZA DA FERIDA 
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20 | P á g i n a 
 
uma limpeza efetiva para essas condições, e maiores do que 15 psi podem traumatizar o tecido e introduzir 
as bactérias em áreas mais profundas no leito da lesão. 
A solução fisiológica (SF 0,9%) é o agente de limpeza mais recomendado, por ser uma solução isotônica 
e ter o mesmo pH do plasma. É menos provável que provoque traumatismo tecidual e inflamação. Deve ser 
preferencialmente aquecida à temperatura corpórea em torno de 37°C, para evitar o resfriamento da ferida, 
tendo em vista que esse grau constante de temperatura estimula a mitose celular durante a granulação e a 
reepitelização. Além da solução fisiológica a 0,9%, também se pode usar água potável como agente de limpeza 
(em curativos feitos no domicílio), por ser facilmente acessível, eficiente e de baixo custo; no entanto a escolha 
deverá ser feita observando-se as condições sistêmicas da pessoa que tem a lesão, as condições de higiene do 
domicílio e a qualidade da água. 
Para proceder o aquecimento do SF 0,9% (frasco de 250 ml), pode-se usar o forno de micro-ondas, por 
cerca de 20 segundos em potência alta, porém este tempo poderá variar de acordo com a potência de cada 
equipamento. É recomendável testar a temperatura da solução na face interna do antebraço (tal qual ao 
verificar a temperatura do leite de mamadeira). 
A irrigação sem pressão é a técnica de limpeza de ferida indicada quando houver tecido de granulação 
friável/sangrante. Podem-se utilizar seringa sem agulha, equipo adaptado diretamente no recipiente do soro 
fisiológico ou jato obtido por pressão manual do frasco (bolsa plástica) de soro fisiológico, furado com agulha 
de grosso calibre (40/12 ou 25/8). Depois de feito o procedimento de limpeza, deve-se manter o leito da ferida 
úmido e sua área adjacente limpa e seca, para evitar maceração da pele íntegra e facilitar a fixação da 
cobertura. Deve-se evitar fricção agressiva da pele periférica, pois pode traumatizá-la, destruindo sua barreira 
protetora, propiciando a penetração de bactérias. 
Assim, limpar a lesão com soro fisiológico aquecido, promover menor exposição da lesão no momento 
da limpeza e usar uma cobertura adequada, são fatores importantes para preservarmos a temperatura local 
e, consequentemente, favorecer a cicatrização da ferida. 
 
 
O desbridamento ou debridamento é utilizado para limpar a ferida e deixá-la em condições adequadas 
para a cicatrização, por possibilitar a remoção do tecido desvitalizado e/ou material estranho ao organismo. É 
essencial por reduzir a contaminação bacteriana, promover o meio adequado para a cicatrização e preparar a 
lesão para intervenção cirúrgica, como o enxerto ou rotação de retalho. O desbridamento deve ser realizado 
pelo médico ou pelo enfermeiro habilitado. O desbridamento de tecido inviável é fator importante na gerência 
de lesões: a cicatrização ocorre até que o tecido necrótico seja removido. 
DESBRIDAMENTO 
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21 | P á g i n a 
 
a) Desbridamento autolítico: significa autodestruição, autodegradação natural do tecido necrótico. 
Consiste na degradação seletiva dos tecidos desvitalizados por meio de enzimas endógenas, em 
virtude de um meio úmido adequado, causado pela aplicação de uma cobertura que permita a 
hidratação da ferida; para que este processo possa acontecer, é necessário que o leito da ferida seja 
mantido com umidade fisiológica e temperatura em torno de 37ºC, utilizando coberturas que são 
detentoras de umidade. Sua vantagem é ser um método indolor, não invasivo e seletivo (destrói 
somente o tecido desvitalizado). Se a ferida estiver infectada, o desbridamento autolítico não é a 
melhor opção terapêutica. 
b) Desbridamento mecânico: é o tipo de desbridamento em que se utilizam os meios mecânicos de 
escovação, hidroterapia e irrigação, como também o esfregaço com a gaze; utilizados normalmente 
em feridas com excesso de tecido necrótico e secreção mínima. 
c) Desbridamento enzimático (químico): método em que são utilizadas enzimas proteolíticas para obter 
remoção mais rápida do tecido desvitalizado. As enzimas são aplicadas topicamente às áreas de tecido 
necrótico, fragmentando os elementos de tecido necrótico. As enzimas digerem somente o tecido 
necrótico e não agridem o tecido saudável. Estes agentes exigem condições especificas que variam 
com o produto, que deve seguir as orientações do fabricante. A aplicação das enzimas deve ser 
interrompida assim que a ferida estive limpa e com tecido de granulação favorável. Exemplo: papaína, 
colagenase. 
d) Desbridamento instrumental cirúrgico: realizado pelo médico-cirurgião, geralmente no centro 
cirúrgico, com anestesia, quando o comprometimento tecidual abrange grandes áreas que tenham 
grau de erosão, tunelização, fistulização, que necessitem de remoção óssea, estejam próximos a 
órgãos vitais, possam provocar dor intensa, estejam em situação de imunossupressão e sepse, dentre 
outras complicações graves, como a osteomielite. 
e) Desbridamento instrumental conservador: é aquele no qual não estão incluídas as situações acima 
citadas, pode ser realizado em ambulatório ou no leito do paciente e por enfermeiros capacitados e 
não deve transpor a fáscia muscular. 
 
 
Cobertura é um recurso empregado para proteger uma ferida, com o objetivo de favorecer o processo 
de cicatrização e de resguardá-la contra agressões externas, para mantê-la úmida e preserva a integridade de 
sua região periférica. As coberturas podem ser classificadas, quanto ao desempenho, em: passivas (protegem 
e cobrem as feridas); interativas ou hidroativas (mantêm um microambiente úmido, o que facilita a 
cicatrização) e bioativas (fornecem elementos necessários à cicatrização, estimulando a cura da ferida). 
TIPOS DE COBERTURA 
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22 | P á g i n a 
 
Quanto ao contato com o leito da ferida, classificam-se em: coberturas primárias (colocadas diretamente 
sobre as feridas) e secundárias (sobre coberturas primárias). 
A eficácia da terapia tópica depende da seleção e aplicação apropriadas. Sua seleção deve ser baseada 
na avaliação da ferida, características do produto, disponibilidade e custos. 
Hoje temos ao nosso dispor uma variedade enorme de produtos para o tratamento e prevenção de 
feridas cujos efeitos terapêuticos se baseiam em princípios favorecedores da cicatrização com menos efeitos 
secundários e maior qualidade. 
 
 
Curativo Composição Mecanismo de 
ação 
Indicações Desvantagens 
Curativo 
não-
aderente 
Tela de acetato de 
celulose e/ou tela de 
raiom com emulsão 
de petrolato 
Promover meio 
úmido, protege 
a ferida; 
preserva o 
tecido de 
granulação; 
evita a 
aderência ao 
leito da ferida 
 
Queimaduras parciais, 
áreas doadoras e 
receptoras de enxertos e 
lacerações 
 
Não deve ser usado 
na presença de 
infecção e 
exsudato ou em 
feridas fechadas; 
necessita de trocas 
frequentes 
Curativo 
não-
aderente 
com silicone 
Tela de poliamida 
com silicone 
Livre fluxo de 
exsudato e 
remoção 
atraumática; 
proporciona 
meio úmido; 
possibilita 
menor número 
de trocas de 
curativo 
 
Queimaduras parciais, 
áreas doadoras e 
receptoras de enxertos e 
lacerações 
Não deve ser usado 
na presença de 
infecção e de 
grande quantidadede exsudato 
Filme 
transparente 
Polímero de 
poliuretano, com 
uma das faces de 
adesivo de acrílico; 
não adere à 
superfície úmida da 
ferida 
Cobertura 
impermeável à 
água e micro-
organismos; 
manutenção do 
leito úmido; 
possibilita 
menor número 
de trocas de 
curativo 
 
Visibilidade do leito, 
feridas superficiais sem 
exsudato; áreas doadoras 
de enxertos (aplicar 
diretamente na lesão 
com a película 
microperfurada voltada 
para a superfície da 
mesma). Também é 
utilizado com frequência 
na fixação de cateteres. 
 
Não deve ser usado 
na presença de 
infecção e de 
grande quantidade 
de exsudato 
 
 
 
 
 
Absorção com 
 
 
 
 
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23 | P á g i n a 
 
 
Espuma 
polimérica 
com ou sem 
prata 
 
Matriz de 
poliuretano e 
silicone com ou sem 
prata 
 
Isolamento 
térmico; ação 
bacteriostática 
da prata; 
possibilita 
trocas menos 
frequentes 
 
 
Feridas exsudativas, 
profundas, úlceras 
residuais com colonização 
bacteriana crônica pós-
enxertia de pele. Não 
precisam de coberturas 
secundárias. 
 
 
Não deve ser usada 
em feridas simples 
e secas 
 
Hidrocoloide 
 
Polímero de 
poliuretano 
semipermeável (face 
externa) e 
carboximetilcelulose, 
gelatina e pectina 
(face interna) 
 
 
Absorve 
pequeno 
volume de 
exsudato; 
mantém o meio 
úmido. Também 
usado para 
proteger áreas 
com 
proeminências 
ósseas 
 
Proteção de 
proeminência óssea e 
feridas com lesão parcial 
de pele, com baixa a 
moderada exsudação 
(deve ser aplicada 
diretamente sobre a 
ferida, deixando uma 
margem de 1 a 2 cm para 
perfeita aderência à pele 
íntegra. Pode ser 
recortada. Troca: quando 
ocorrer extravasamento 
do gel ou descolamento 
das margens da placa, 
não ultrapassando 7 dias) 
 
 
Não deve ser usado 
na presença de 
infecção e de 
grande quantidade 
de exsudato, ou se 
houver exposição 
de músculos, ossos 
ou tendões.; 
necessita de trocas 
frequentes 
 
 
Hidrogel 
 
Polímero de álcool 
de polivinil, 
poliacrilamidas 
e polivinil. Disponível 
em forma de placa, 
granulo, pasta e 
fibra 
 
Mantém 
ambiente 
úmido, 
possibilitando, 
liquefação de 
materiais 
necróticos 
(desbridamento 
autolítico) 
 
 
Queimaduras e feridas 
com tecidos 
desvitalizados - esfacelos 
e necrose 
Úmida (deve ser aplicada 
diretamente sobre a 
ferida e ser usado sempre 
associado a coberturas 
oclusivas ou gaze. 
Troca: de acordo com a 
saturação da cobertura 
associada, ou até 72 
horas quando associado 
com gaze) 
 
 
 
 
 
 
 
Não deve ser usado 
na presença de 
infecção e 
de exsudato, pele 
integra e ferida 
operatória fechada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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24 | P á g i n a 
 
 
Alginato de 
cálcio 
 
Fibras de algas 
marinhas 
impregnadas com 
cálcio 
 
O cálcio induz 
hemostasia; 
capacidade de 
absorver 
exsudatos; 
desbridamento 
autolítico 
 
 
Feridas abertas 
exsudativas, cavitárias e 
sangrantes (pode ser 
recortado, mas deve 
utilizar tesoura estéril, 
manusear com luvas ou 
pinças estéreis. A 
frequência de trocas é de 
acordo com a quantidade 
de exsudato presente na 
ferida podendo ser de até 
7 dias. A cobertura 
secundária deverá ser 
trocada quando houver 
saturação) 
 
 
Não deve ser usado 
em feridas simples 
e secas 
 
Carvão 
ativado com 
prata 
 
Fibras de carvão 
ativado impregnado 
com prata 
0,15% 
 
O carvão 
ativado adsorve 
o exsudato e 
diminui o odor; 
a prata exerce 
função 
bacteriostática 
 
 
Feridas fétidas, 
exsudativas e infectadas 
(é uma cobertura 
primária, com uma baixa 
aderência, podendo 
permanecer de três a 
sete dias quando a lesão 
não estiver mais 
infectada) 
 
 
Não deve ser usado 
em feridas simples 
e secas (nos casos 
de exposição 
osteotendinosa, 
deve ser utilizado 
com restrições, 
devido à 
possibilidade de 
ressecamento do 
local da lesão) 
 
 
Malha com 
prata 
 
Malha com sais de 
prata 
 
Prata iônica 
causa 
precipitação de 
proteínas, 
agindo na 
membrana 
citoplasmática 
da bactéria 
(bacteriostática) 
 
 
Feridas com infecção; 
queimaduras profundas e 
extensas (colocar o 
curativo de carvão 
ativado sobre a ferida e 
oclui-la com cobertura 
secundária estéril. Troca: 
a cada 1-4 dias, 
dependendo da 
quantidade de exsudato) 
 
 
Não deve ser usada 
em pacientes com 
hipersensibilidade 
à prata; não pode 
ser cortado, pois 
ocorre liberação do 
carvão e da prata. 
 
Papaína 
Enzima proteolítica 
retirada do látex do 
vegetal mamão 
papaia (Carica 
Papaya), no qual são 
comercializadas na 
forma de pó, pasta, 
creme e gel, sendo 
que o pó deve ser 
Estimula a 
proliferação 
celular, 
desbridamento 
químico, 
bacteriostático, 
bactericida, 
anti-
inflamatório, 
3% - em granulação; 
De 3% a 10% -
desbridamento em 
tecidos necróticos. 
(umedecer as gazes de 
contato o suficiente para 
manter o leito da ferida 
úmida até a próxima 
troca, ocluir com gazes 
Contraindicado a 
pacientes com 
sensibilidade à 
substância ou 
outro componente 
da formulação e 
feridas com 
exsudato 
sanguinolento. 
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25 | P á g i n a 
 
diluído no momento 
do uso 
aumenta a força 
tênsil da cicatriz. 
estéreis e secas. Troca: 
deverão ser feitas 
conforme a saturação das 
gazes e a umidade da 
ferida ou no máximo a 
cada 24 horas) 
 
Deve ser usado 
com cautela em 
clientes com 
distúrbios de 
coagulação ou em 
uso de 
anticoagulantes. 
 
AGE - Ácidos 
Graxos 
Essenciais 
 
Podem conter 1 ou 2 
AGEs, acrescidos de 
vitaminas E, A, 
lecitina de soja e 
triglicerides de 
cadeia média. 
 
Promove 
quimiotaxia 
(atração de 
leucócitos) e 
angiogênese 
(formação de 
novos vasos 
sanguíneos) 
mantém o meio 
úmido e acelera 
a granulação. 
 
Em granulação, bordas e 
periferida (umedecer as 
gazes de contato o 
suficiente para manter o 
leito da ferida úmida até 
a próxima troca, ocluir 
com gazes estéreis e 
secas. Troca: deverão ser 
feitas conforme a 
saturação das gazes e a 
umidade da ferida ou no 
máximo a cada 24h). A 
aplicação tópica em pele 
íntegra tem grande 
absorção: forma uma 
película protetora, 
previne escoriações – 
devido à alta capacidade 
de hidratação – e 
proporciona nutrição 
celular local. 
 
 
Feridas muito 
exsudativas; feridas 
infectadas ou com 
necrose; prevenção 
e tratamento de 
dermatites. 
 
Sulfadiazina 
de prata a 
1% 
 
Creme de 
sulfadiazina de prata 
 
Bactericida e 
bacteriostática. 
 
Prevenção de colonização 
e tratamento de 
queimaduras. Trocar o 
curativo a cada 12 horas e 
fazer cobertura de 5mm 
de creme. 
(Umedecer as gazes de 
contato o suficiente para 
manter o leito da ferida 
úmida até a próxima 
troca, ocluir com gazes 
estéreis e secas. Manter o 
produto em temperatura 
ambiente entre 15-30ºC 
ou conforme orientação 
descrita na bula 
Troca: a cada 24 horas e 
se gazes saturadas) 
 
 
Hipersensibilidade 
aos componentes, 
disfunção renal ou 
hepática, 
leucopenia 
transitória, 
gestantes, crianças 
menores de 2 
meses de idade e 
RN prematuro 
 
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26 | P á g i n a 
 
 
 
1. Dealey c. Cuidando de Feridas: um guia para as enfermeiras; coordenação e revisão técnica Rúbia 
Aparecida Lacerda; tradução Merle Scoss. 2. Ed – São Paulo: Atheneu Editora, 2001. 
2. Oliveira AC, Rocha DM, Bezerra SM, Andrade EM, Santos AM, Nogueira LT. Qualidade de vida de pessoas 
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REFERÊNCIAS

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