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1 Índice Declaração do autor ....................................................................................................................... 3 Declaração do Supervisor.............................................................................................................. 4 Dedicatória .................................................................................................................................... 5 Agradecimentos ............................................................................................................................. 6 Capitulo I ....................................................................................................................................... 7 1.Introdução .................................................................................................................................. 7 2.Objectivo Geral .......................................................................................................................... 8 2.1 Objectivos específicos ............................................................................................................. 8 3. Problema ................................................................................................................................... 9 3.2 HIPOTESE ............................................................................................................................ 10 3.3 Metodologia .......................................................................................................................... 10 3.4 Localização geográfica do bairro onde se pretende fazer o projecto (torrone novo) ............ 11 4. Cronograma ............................................................................................................................. 12 4.1 Material necessário ................................................................................................................ 12 Capitulo II ................................................................................................................................... 13 5. Cabos subterrâneos isolados .................................................................................................... 13 5.1.1 Todos os elementos dum cabo subterrâneo .................................................................. 15 6. Tipos de Cabo Subterrâneo ..................................................................................................... 16 6.1 Monopola .............................................................................................................................. 16 6.2 Tripolar .................................................................................................................................. 16 6.3 Cabos subterrâneos actualmente usados................................................................................ 16 6.3.1 Alma condutora (núcleo do cabo subterrâneo) ................................................................... 17 6.3.2 Isolamentos ........................................................................................................................ 17 6.3.3 Cabos com isolamento de papel impregnado ..................................................................... 18 6.3.4 Cabos com isolamento seco ............................................................................................... 18 6.3.5 Camadas semicondutoras ................................................................................................... 20 6.3.6 Blindagem ou ecrã metálico ............................................................................................... 20 6.3.7 Bainhas externas e armaduras ............................................................................................ 21 Capitulo 3 .................................................................................................................................... 22 7. Técnicas de Colocação dos Cabos .......................................................................................... 22 7.2 Colocação ao ar livre ou em galeria ...................................................................................... 24 2 Capitulo IV .................................................................................................................................. 25 8. Acessórios: Junções, Terminais, e caixas. ............................................................................... 25 8.2 Caixas de derivação ............................................................................................................... 27 8.3 Junção pré-fabricada ............................................................................................................. 28 8.4 Terminais ............................................................................................................................... 28 9. Protecção dos cabos contra roedores ....................................................................................... 28 10. Sinalização de Cabos Subterrâneos ....................................................................................... 29 10. 1 Sinalização da passagem duma linha subterrânea .............................................................. 29 10.2 Profundidade de enterramento dos cabos ............................................................................ 30 Capitulo V ................................................................................................................................... 31 11. Cálculos eléctricos................................................................................................................. 31 11.1 Intensidade de corrente........................................................................................................ 31 11.2 Queda de tensão nas linhas .................................................................................................. 32 11.3 Queda de tensão em percentagem: ...................................................................................... 32 Capitulo VI .................................................................................................................................. 33 12. Principais avarias (defeitos) nos cabos subterrâneos ............................................................ 33 12.1 Os defeitos de origem interna .............................................................................................. 33 12.2 Os defeitos de origem externa ............................................................................................. 34 12.3 Defeitos de isolamento ........................................................................................................ 34 12.4 Defeitos de continuidade ..................................................................................................... 34 12.4.1 Reparação ......................................................................................................................... 35 12.5 Sistemas de Ligação à Terra ................................................................................................ 36 Capitulo VII ................................................................................................................................ 37 13. Procedimentos detalhados para a construção da linha subterrânea. ...................................... 37 14.Orçamento da linha. ............................................................................................................... 39 15. Conclusão .............................................................................................................................. 40 16. Sugestão para a empresa EDM .............................................................................................. 41 17. Referencias. ...........................................................................................................................42 Anexos......................................................................................................................................... 43 3 Declaração do autor Declara-se que Chawale Ramadane Mussa Cassimo, efectuou em estágio de 90 dias na empresa EDM (electricidade de Moçambique), onde teve a oportunidade de aprender, realizar e implementar diversos actividades como manutenção, reabilitação de redes eléctricas, montagem de acessórios nas mesma e etc. nas áreas de Baixa Tensão (BT), Media Tensão (MT); Iluminação Pública (IP). O autor declara por sua honra, que o presente projecto é da sua autoria e que toda informação nele contida é verídica (verdadeira) adquirida através de pesquisas, do conhecimento colhido durante o estagio e ao longo dos anos lectivos). Declara por conseguinte, que o mesmo nunca foi apresentado em nenhum estabelecimento de ensino para obtenção de qualquer grau académico. Quelimane, Agosto de 2019. Autor -------------------------------------------------------------------- (Chawale Ramadane Mussa Cassimo) 4 Declaração do Supervisor Eu Miguel Dramusse Júnior, docente do Instituto Industrial e Comercial 1° de Maio- Quelimane. Declaro para os devidos efeitos que actuei como supervisor do estágio e da laboração do relatório do fim do curso do estudante Chawale Ramadane Mussa Cassimo finalista do curso de Sistemas Eléctricos e Industriais no Instituto Industrial e Comercial 1° de Maio-Quelimane. Quelimane, Agosto de 2019. Supervisor -------------------------------------------------------------------- (Dr. Miguel Dramusse Júnior) 5 Dedicatória Dedico o presente projecto aos meus amigos, colegas e em especial a meus pais pela força moral e apoio financeiro que recebi ao longo dessa grande jornada de facto não teria chegado a este nível se não tivesse recebido ajuda da vossa parte. 6 Agradecimentos Em primeiro lugar agradeço a Deus, que derramou as suas graças e permitiu com a sua divina força que fosse possível a realização do presente projecto e da finalização do curso que não foi fácil. Aos meus pais e encarregados de educação pelo esforço financeiro e muito mais. Agradecer aos docentes do Instituto Industrial e Comercial 1° de Maio-Quelimane pelos conhecimentos em diversas áreas da electricidade dados a mim por eles desde o nível básico até o actual nível (médio). A todos aqueles que, directa ou indirectamente, contribuíram para a realização deste trabalho, os meus renovados votos de agradecimentos. Também agradeço: À minha família. Ao supervisor Dr. Miguel Dramusse Júnior pela orientação na elaboração do projecto. Muito obrigado 7 Capitulo I 1.Introdução Desde a existência dos sistemas de transmissão e distribuição de energia eléctrica, existiu uma grande revolução na forma de vidas das populações e do mundo em geral. Esses sistemas de transmissão e distribuição de energia eléctrica tem sido de muita importância desde então, dai que surge a ideia de se ter muito cuidado na sua implementação pois não só dependem dela a vida das pessoas e das indústrias, mas também os sistemas de telecomunicações, a tecnologia, a internet e muitos meios de transporte. Isso quer dizer é necessário que a sua implementação seja cada vez mais viável segura e com muita qualidade para que os fornecedores bem como os consumidores se sintam satisfeitos. A energia é uma das bases do desenvolvimento do mundo. É por isso que a empresa EDM pretendi expandir todo o pais o desenvolvimento sócios económico da sociedade. É com essa visão que me leva a fazer uma proposta de melhoria duma linha de média tensão aérea usando cabos subterrâneos. As linhas subterrâneas são mais dispendiosas (caras) que as linhas aéreas. As linhas aéreas são as mais usadas para o transporte de energia eléctrica de longas distâncias em cabos nus para media tensão (MT) de 11 a 33KV e são as linhas de transporte e alimentação dos postos de transformação e seccionamento (PTS) e dos transformadores comuns, já a alimentação dos consumidores é feita com cabos isolados e troçados baixa tensão (BT). Geralmente as linhas de média tensão são feitas com linhas aéreas suportadas por postes de madeira por serem menos dispendiosas mas também existem desvantagens destes tipos de linhas e uma delas é o facto de estarem expostas aos agentes atmosféricos e serem muito propensas a avarias dai surge a ideia de se fazer uma rectificação aos poucos nesse tipo de linha por uma mais duradoura e menos perigosa (linhas subterrâneas). 8 2.Objectivo Geral Propor melhoria da linha de distribuição de média tensão substituindo por cabos subterrâneos no bairro torrone novo (Quelimane). 2.1 Objectivos específicos Descrever as linhas de distribuição subterrâneas; Avaliar o desempenho da linha distribuição subterrânea em causa; Proporcionar maior segurança aos moradores; Usar novas técnicas de colocação dos cabos subterrâneos; Melhorar a aparência do bairro; Descrever os cabos subterrâneos e suas vantagens. 9 3. Problema O troço em causa apresenta vários obstáculos para uma linha aérea de média tensão, existem muitas árvores ao longo da linha. Como uma árvore tem vida mesmo ela sendo podada (desmatação como chamamos ao longo do estagio) crescem novamente, e essas árvores ao tocarem nas linhas criam curto-circuito ao longo da linha. Oque implica intervenções constantes na manutenção correctiva ao longo da linha, e essas manutenções acarretam custos a empresa fornecedora de energia no local (EDM). E além do mais a linha em causa foi construída com a disposição triangular que actualmente não è usada pois ela apresenta uma altura menor em relação ao chão diferente da disposição esteira horizontal (actualmente mais usada), e quando as linhas ficam amolecidas (desisticadas) a distancia entre os condutores (DMG) diminui e assim a linha core riscos de criar curto-circuito entre as fases. No outro caso as linhas triangulares não se usam cantoneiras para suportar os isoladores, eles ficam fixos directamente aos postes. E assim que ele perder a sua propriedade e passar a conduzir a corrente eléctrica seja por sujidade ou outro motivo a ferragem colocada no mesmo aquece e pode até queimar o poste, visto que são de madeira. 3.1Justificativa O motivo da escolha do tema deve-se ao facto de tentar se fazer a mudança (melhoria) da linha antes dos problemas tornarem-se graves uma vez que ao usarmos os cabos subterrâneos os problemas iram diminuir drasticamente pois elas têm a vantagem de não ocuparem muito espaço aéreo não havendo mais necessidade de intervenção na desmatação ao longo da linha. Uma linha subterrânea bem-feita e bem protegida apresenta um índice muito mas muito baixo de avarias que as linhas aéreas com mesma tensão, corrente e comprimento. Por outra parte essas linhas aéreas são sujeitas a varias avarias pois estão sujeitas a vários factores do ambiente como o vento, a chuva, as descargas atmosféricas, (lembrando que no local aonde esta situada a linha existem muitas árvores ao longo da linha) uma vez que a cidade (Quelimane) esta situada na zona costeira ela é propensa a ciclones ou ventos ligeiramente fortes e por ela estar nessas condições não é tão aconselhável o uso das linhas aéreas. Em quanto que as linhas subterrâneas que è a que esta em causa no projecto são as mais dispendiosas (caras), geralmente as mais duradouras, as seguras e as que menos apresentam avariase o melhor não estão sujeitas a agentes externos ambientais (chuva, vento, ciclones, etc.). 10 3.2 HIPOTESE H0 Uma linha subterrânea ira melhorar o troço em causa e ira diminuir as avarias constantes que são verificadas e consequentemente terá um fornecimento contínuo da corrente eléctrica pois esse tipo de linha tem a vantagem não apresentarem um índice elevado de avarias. H1 Usando as linhas aéreas não melhora o troço em causa mesmo que se mude a disposição da mesma pois tem-se verificado interrupções naquela zona (embora que sejam poucas) devido a situações de curto-circuito causados pelos obstáculos existentes ao longo da mesma. 3.3 Metodologia O presente projecto foi elaborado com pesquisas feitas na internet, informações retiradas de manuais que relatam sobre o mesmo assunto, assim como por uma visão realista vivida num estágio feito na empresa Electricidade de Moçambique (EDM). Vantagens da linha aérea Facilidade na manutenção; Facilidade na detecção de avarias e anomalias; Muito mais barata em relação a outra; Desvantagens da linha aérea Exposição aos agentes atmosféricos e a mudanças climáticas; Constantes avarias; Perigo que ela apresenta. Vantagens da linha subterrânea Durabilidade da linha; Segurança que a linha apresenta; Não apresenta muitas avarias; Desvantagens da linha subterrânea È dispendiosa a sua colocação; Dificuldade na detecção de avarias e sua posterior manutenção; Para se fazer a manutenção requer uso de equipamentos especiais. 11 3.4 Localização geográfica do bairro onde se pretende fazer o projecto (torrone novo) O bairro esta situado em Zambézia concretamente no distrito de quelimane, o troço em causa tem como inicio de linha na Av. Julius Nyerere e continua até o interior do bairro em causa (torrone novo). Com uma tensão de 11KV. Figura 1. Foto do bairro tirada por gps. Onde: 1= Inicio de linha (onde será iniciado o projecto) 2= A linha vermelha é o troço do projecto em causa a rede de 11KV. 3= Localização do fim de linha (onde esta instalado o transformador). 12 4. Cronograma O presente projecto terá duração de 2 meses (após a aquisição completa do material necessário) No 1º mês serão executadas a primeira e a segunda fase do projecto. No 2º e ultimo mês ira se proceder a execução da terceira fase do projecto. E a sua posterior entrega. Para a implementação da linha serão seguidas as seguintes fases: A primeira fase do projecto será feito o estudo do terreno onde consistirá na remoção de todos os obstáculos que possam impedir o processo de escavação e a medição da área que o projecto ira abranger. De seguida cava-se ao longo do troço onde estará situada o novo tipo de linha. Na segunda fase far-se-á a construção da vala onde os cabos iram passar e vala è feita de placas betão armado para protecção os cabos. Na terceira fase ira se colocar os cabos na vala e serão feitas as ligações nos terminais de ligação do início e fim de linha. O fim de linha è onde esta o transformador que se pretende alimentar e è também onde estão os seccionadores fusíveis. E só depois ira se fazer a energização da linha, os testes e a entrega do projecto. 4.1 Material necessário Primeiramente serão necessários os seguintes materiais: Cabos subterrâneos monopolares de 95 ; Terminais de ligação 120 ; Placas de betão; Arreia mina; Cimento. 13 Capitulo II 5. Cabos subterrâneos isolados Cabos subterrâneos utilizados para transmissão e/ou distribuição de energia eléctrica consistem de condutores trançados formados por metais de alta condutividade como o cobre ou alumínio, os quais são isolados com papel Kraft impregnado com fluido ou materiais poliméricos. O arranjo singular ou de múltiplos núcleos é encapsulado por um ou mais invólucros externos. Quando necessário, os condutores podem ser revestidos por camadas impermeáveis a água ou protegidos por uma armadura metálica. É importante salientar que o núcleo, abainha e a armadura são tipicamente elementos com propriedades condutoras, embora as bainhas e armaduras possam também ter propriedades simultaneamente condutoras e isolantes. O núcleo é o elemento mais importante no cabo pois, é nele que circula a maior parte da corrente que percorre o cabo subterrâneo. A bainha é um elemento, cuja função essencial é a protecção eléctrica do cabo, enquanto a armadura, caso exista, serve quase exclusivamente para protecção mecânica do mesmo. Os restantes elementos servem para isolar o campo eléctrico proveniente de cada um dos condutores. 5.1 Constituição básica de um cabo subterrâneo isolado As três partes essenciais constituintes de um cabo subterrâneo são: A alma condutora, que transporta a energia O isolamento, que permite isolar os condutores nus uns dos outros, e dos seus envolventes A protecção exterior (blindagem), para proteger contra acções mecânicas, químicas e electrolíticas, o fogo e qualquer outro tipo de influências externas que possam ser prejudiciais figura 2. Constituição básica dum cabo subterrâneo. 14 Segundo (H.Orton, "História dos cabos subterrâneos. vol. 29, pp. 52-57, 2013. "), A operação de linhas de transmissão e distribuição subterrâneas foi consolidada mundialmente ao longo dos séculos passado com a utilização de cabos de isolação a papel impregnado de óleo. A implantação de projectos envolvendo linhas de transmissão subterrâneas ao longo das últimas décadas mostra, todavia, uma evolução dos sistemas que utilizam isolação polimérica. conforme apresentado na figura abaixo. Figura 5. Evolução e uso de tecnologias de isolação para cabos subterrâneos por nível de tensão nos séculos anteriores. Onde: Volage = tensão que è aplicada no condutor/cabo; Year = anos de utilização e implementação dos diferentes cabos subterrâneos; Paper = cabos com isolamento de papel impregnado de óleo (contorno preto); Polymer = cabos com isolação polimérica (contorno vermelho). As principais razões que contribuíram para o aumento da tecnologia concernente a isolação polimérica em detrimento da queda na utilização de cabos isolados a óleo podem ser listadas como se segue. Questões ambientais envolvendo o invólucro de chumbo utilizado nos cabos isolados com papel impregnado de óleo; Custos de manutenção reduzidos para o dielétrico da isolação polimérica; Baixa disseminação do conhecimento para cabos isolados com papel impregnado de óleo; Custos de instalação reduzidos para cabos de isolação polimérica; Sem necessidade de localização e reparo para vazamento de fluidos; 15 Riscos reduzidos de incêndios durante tremores de terra; Perdas dielétricas reduzidas. Diante do exposto acima, actualmente, um dos cabos mais utilizados em linhas de transmissão e distribuição subterrâneas são aqueles com isolação XLPE (Polietileno Reticulado). Uma das funções importante da blindagem é o isolamento contra humidade. A não existência da blindagem facilitaria a penetração de humidade. Quando esta é exposta a campos eléctricos intensos pode causar deterioração no isolamento do mesmo. 5.1.1 Todos os elementos dum cabo subterrâneo, Acima estão citados os principais elementos que constituem esses cabos, nessa parte irei falar de todos os elementos do mesmo. figura 3. Exemplo dum monopolar cabo subterrâneo. Legenda da figura 3. Item Descrição 1 Condutor, composto por fios trançados, constituído de alumínio ou cobre. 2 Semicondutor que envolve o condutor. 3 Isolamento XLPE. 4 Semicondutor que envolve o isolamento. 5 Fita semicondutorapara o bloqueio de água. 6 Blindagem metálica, constituída de fios de alumínio. 7 Fita semicondutora para o bloqueio de água. 8 Barreira contra humidade, constituída por camada de alumínio. 9 Armadura externa, polietileno. 16 6. Tipos de Cabo Subterrâneo Segundo (DOS SANTOS, Neves), existem dois (2) tipos de cabos subterrâneos da média tensão que são: Monopolar e tripolar. Monopolar são aqueles que apresentam único pólo na sua composição, mostrado na figura 3. Tripolar são aqueles que apresentam três pólos na sua configuração. A constituição dos cabos tripolares quanto ao isolamento e a protecção mecânica são iguais. Figura 4. Cabos subterrâneos. 1=monopolar e 2= tripolar. 6.3 Cabos subterrâneos actualmente usados Desde que os cabos com isolamento em XLPE surgiram, o processo de instalação e manutenção de linhas subterrâneas tem-se tornado mais simples, se comparado às antigas instalações isoladas a óleo, por exemplo. Tal fato tem impulsionado a utilização dessa tecnologia na indicação de novos empreendimentos da Rede Básica de transmissão/distribuição. Esse tipo de cabo com esse isolamento também è usado ca em Moçambique pela empresa EDM que faz o sistema de abastecimento da energia eléctrica. 17 6.3.1 Alma condutora (núcleo do cabo subterrâneo) È o condutor propriamente dito geralmente são usados os condutores de alumínio e cobre. O cobre (que se apresenta nas variantes de cobre nu recozido, cobre recozido e cobre duro). O alumínio, cujo uso é cada vez maior nos cabos de energia eléctrica devido o seu peso mecânico e seu preço no mercado. No presente projecto usar-se-ão cabos de alumínio pois o custo de aquisição è muito mais barato em relação ao cobre. No fabrico dos condutores de cabos isolados de Média e Alta Tensão devem ser utilizadas matérias-primas de grande pureza de acordo com as normas nacionais e internacionais, garantindo desta forma os valores de condutividade eléctrica exigidos. Qualquer presença de impurezas, aumenta em grande medida a resistência eléctrica do material condutor, e como consequência aumentam as perdas por efeito de Joule, pondo em perigo a vida útil deste. 6.3.2 Isolamentos Os isolamentos devem-se fabricar com materiais em que os electrões estão fortemente ligados aos seus núcleos, ou seja, materiais com uma elevada resistência eléctrica. Além das características eléctricas, os isolamentos devem cumprir outras funções dependendo das influências externas a que o cabo vai estar submetido durante a sua vida útil. Os isolamentos dos cabos devem ter características algumas características tais como: Resistência à humidade; Resistência ao frio/calor; Resistência ao fogo; Temperaturas máximas de serviço; Resistência ao envelhecimento; Resistência aos hidrocarbonetos, agentes corrosivos, ambiente salinos; Resistência ao ozono, à acção solar, radiação ultravioleta. Em função do tipo de isolamento, os cabos isolados podem-se classificar em dois grupos: Cabos com isolamento de papel impregnado; Cabos de isolamento a seco. 18 6.3.3 Cabos com isolamento de papel impregnado O isolamento está formado por uma mistura de resinas e óleos minerais, que utiliza como suporte físico um freio de papel celulósico desmineralizado. Esta mistura caracteriza-se por estar praticamente solidificada à temperatura ambiente, e mais fluida para temperaturas superiores. Por isso o conjunto deve ser cercado por um tubo de chumbo para evitar a perda da mistura. Este tipo de isolamento tem a vantagem de apresentar uma vida útil muito superior à dos cabos com isolamento seco. Uma desvantagem deste material, registada no passado, ocorria quando à temperatura de serviço, a fluidez da mistura tornava-se tão elevada que esta vazava do tubo de chumbo através de fissuras produzidas por cristalizações do chumbo que se formavam por vibrações ou falhas na soldadura das junções dos cabos. A partir dos anos 70-80 o fabrico de cabos com isolamento de papel impregnado foi gradualmente substituído pelos cabos com isolamento seco. Na actualidade ainda existem em serviço quilómetros de cabos isolados com papel impregnado, devido à grande vida útil deste tipo de cabos Figura 6. Cabo subterrâneo isolado com papel impregnado a óleo. 1. Condutor; 2. Isolamento (papel impregnado); 3. Bainha externa; 4. Blindagem (tubo de chumbo). 6.3.4 Cabos com isolamento seco Os isolamentos secos são constituídos por isolantes sintéticos tais como o PVC, o EPR (etilenio propileno) ou o XLPE. Apresentam características que os diferenciam dos isolamentos de papel impregnado tais como: 19 Não apresentam vertimento de material na posição vertical; Não precisam do tubo de chumbo como protecção mecânica para evitar perdas de fluido ou a entrada de humidade; Apresentam boa resistência à humidade; Suportam bastante bem as vibrações etc. Polietileno reticulado (XLPE): o XLPE è o tipo de isolamento mais usado actualmente (o condutor que foi usado no projecto tem esse tipo de isolamento), ele foi desenvolvido como consequência da necessidade de obter um isolamento com as mesmas propriedades do polietileno termoplástico (PE), mas que superasse os seus limites. As limitações que o PE tem são o baixo ponto de fusão, representando riscos de propagação da chama. O XLPE não é um termoplástico, de modo que ao aumentar a temperatura não se torna líquido, mantendo a sua forma, mesmo com propriedades de material elástico. Como consequência aumenta a temperatura admissível do condutor, que passa de 75ºC no PE a 90ºC no XLPE, o que permite a circulação de maiores intensidades de corrente em regime permanente. No caso de curto-circuitos, pode-se alcançar até 250ºC durante curtos períodos de tempo. Ao ser um isolamento seco, é especialmente sensível à penetração da humidade, acabando por danificar o cabo quando está enterrado em terrenos húmidos devido ao aumento progressivo de arborescentes que penetram através do isolamento. Por essa razão os cabos de XLPE podem ser fabricados com uma ou duas barreiras longitudinais (fitas hidroexpansivas), que evitam a propagação da água no interior do cabo mediante obstrução tanto sobre o condutor como sobre a blindagem. Actualmente tem sido desenvolvido o isolamento (EPR): com a finalidade de melhorar as desvantagens do XLPE, já que apresenta uma elevada rigidez mecânica. 20 Figura 7. Cabo com isolamento a seco. 6.3.5 Camadas semicondutoras As camadas semicondutoras dos cabos eléctricos isolados são camadas finas de polímero, geralmente da mesma composição básica do material do isolamento, que se mistura com produtos condutores, como o carbono, para reduzir a sua resistência de isolamento. As camadas semicondutoras internas e externas são dispostas para homogeneizar o campo eléctrico na superfície do condutor e na blindagem metálica respectivamente, com a missão de impedir que as zonas ocas nas superfícies interiores e exterior do isolamento suportem campos eléctricos intensos, que poderiam causar descargas parciais na presença de ar ou vapor de água, degradando o isolamento. 6.3.6 Blindagem ou ecrã metálico Esta camada tem várias funções uma vez que permite assegurar o escoamento das correntes capacitivas, bem como das correntes de curto-circuito concretamente da componente homopolar da corrente de curto-circuito. Protege contra as perturbações Electromagnéticas, garante a protecção de pessoas, em caso de perfuração do cabo, já que este é colocado ao potencial da terra e, por fim, permite criar uma superfície equipotencial eorientar as linhas de força do campo eléctrico. Esta componente é aplicada sobre uma camada semicondutora e pode apresentar-se de várias formas. Tais com: Uma ou várias fitas, enroladas em hélice, de maneira a que nenhum espaço livre seja visível do exterior; 21 Uma fita enrolada de cobre ou alumínio, eventualmente associada a uma fita de aço também enrolada, colocada a todo o comprimento do cabo; Uma fita em alumínio ou cobre de fraca espessura, colocada ao comprimento e revestida numa das faces com um produto destinado a assegurar a sua aderência à bainha exterior. Este produto é do mesmo tipo que o da bainha externa. 6.3.7 Bainhas externas e armaduras As bainhas externas dos cabos eléctricos isolados são elementos de protecção mecânica contra a corrosão, geralmente não metálicas, que isolam a blindagem (de cobre ou alumínio) do terreno. A sua função é proteger o cabo contra agentes externos prejudiciais, tais como químicos, biológicos, atmosféricos, entre outros. Também se utilizam para melhorar as características internas do cabo que permitam satisfazer as suas prestações Como enchimentos para dar forma cilíndrica a cabos multicondutores (tripolares); Como elementos de apoio que suportam esforços de tracção; De barreiras anti-chama em cabos resistentes ao fogo. Por vezes utilizam-se armaduras como material de protecção. A armação assegura a protecção mecânica do cabo, quando este é submetido a esforços transversais ou longitudinais. Os principais tipos de armaduras usadas são as seguintes. Armadura em dupla fita de aço, aplicada helicoidalmente; Armadura em fios de aço aplicados helicoidalmente; Armadura em trança de fios de aço, a usar em situações em que se requer maior flexibilidade. Nos cabos monopolares em alta tensão não são usadas armaduras em aço já que as características magnéticas deste tipo de armaduras desaconselham o seu uso em corrente alternada, por haver redução da capacidade de transporte. Como alternativa, podem ser usadas armaduras em dupla fita de alumínio aplicada helicoidalmente, ou utilizar uma protecção mecânica exterior (por exemplo, um tubo dentro do qual o cabo é instalado). A dupla fita de alumínio é revestida por um material igual ao da bainha exterior. 22 Capitulo III 7. Técnicas de Colocação dos Cabos Em regra os cabos subterrâneos são colocados em contacto directo com o terreno, excepto em locais onde necessitam de uma maior protecção, como é o caso de cruzamentos de ruas, estradas, caminhos-de-ferro. Etc. O seu percurso deve ser o mais curto e o mais económico possível. Deve também ter-se em conta a agressividade química e corrosiva do solo, e de substâncias prejudiciais aos cabos que possam ser trazidas, por exemplo, através de esgotos de indústrias químicas. Também se deve verificar se o local onde o cabo vai ser instalado, está sujeito a obras de construção civil, de modo a tentar evitar que este seja atingido mecanicamente. Habitualmente os cabos são colocados sob o passeio ou na rua, paralelamente ao passeio. Depois de estar definido o projecto do traçado, a entidade instaladora deve contactar todas as entidades que já utilizam o subsolo, para se estudar o impacto que pode causar, com as canalizações já existentes, de modo a encontrar soluções para problemas que possam ter surgido com o projecto. Para que o projecto tenha todas as garantias de sucesso, é necessário que exista uma planta com precisão do percurso do cabo de modo a facilitar possíveis reparações, ou outro tipo de intervenções, nomeadamente por outras entidades. Os cabos isolados subterrâneos de média/alta tensão podem ser instalados de quatro formas: Colocação directamente no solo; Colocação em tubos; Colocação ao ar livre ou em galeria; Colocação na vala de betão. 7.1 Colocação directamente no solo Esta técnica de colocação de cabos, é amplamente usada em muitos países e em Moçambique essa técnica è bastante usada devido a sua rapidez e o baixo custo, são as principais vantagens desse tipo de colocação Nos termos da regulamentação portuguesa, os cabos que constituem as canalizações subterrâneas devem ser protegidos contra as deteriorações resultantes do abatimento de 23 terras, do contacto com corpos duros, do choque das ferramentas metálicas manipuladas pelo homem, e se tal tiver lugar, da acção química causada pelos elementos do solo. Os cabos que comportam uma armadura em aço colocada sobre uma bainha de estanqueidade podem, por este facto, ser directamente enterrados. Uma protecção mecânica independente, constituída por caleira de betão, tubos, lajes, é em princípio, necessária no caso de cabos não armados. No entanto, estes podem ser directamente enterrados, sem protecção complementar, desde que eles próprios possam suportar o efeito de esmagamento da terra e o contacto com corpos duros e, além disso, comportem um ecrã metálico ligado à terra. A profundidade de colocação deverá ser determinada em função das condições locais e da tensão de serviço da canalização. Os cabos são enterrados directamente no solo, a uma profundidade não inferior a 1,2m, ficando envolvidos de areia adequada, ou em terra fina, e mecanicamente protegidos por placas de betão, ou de material equivalente, colocadas 0,2 m acima dos mesmos. Tanto as canalizações enterradas directamente enterradas no solo como as caleiras ou tubos deverão possuir por cima, a uma altura mínima de 0,2m (de preferência 0,30m), um dispositivo avisador constituído por uma grelha metálica, protegida contra a corrosão, ou uma grelha plástica Sempre que numa mesma vala exista outra canalização, desaconselha-se a sobreposição das mesmas. Além de ser uma solução desfavorável no aspecto térmico, torna delicada qualquer intervenção posterior nos cabos das camadas inferiores. Recomenda-se, em cada caso, a definição da disposição relativa das canalizações colocadas lado a lado, no seguimento de um estudo que tenha em conta, nomeadamente, a redução das capacidades de transporte, o espaço disponível e o custo da obra civil. Será previsto pelo menos um espaçamento de 0,20m entre os bordos mais próximos de duas canalizações vizinhas, permitindo estabelecer um compromisso, a fim de minimizar a influência térmica entre as canalizações, a largura da vala e os riscos de deterioração durante a colocação ou em caso de incidente. Figura 8. Ilustração dos cabos subterrâneos colocados directamente na terra. 24 7.2 Colocação ao ar livre ou em galeria Este tipo de canalização é a mais benéfica do ponto vista eléctrico, na medida em que é máxima a evacuação do calor, o que equivale a uma maior capacidade de transporte de energia por parte dos cabos isolados. Além disso, caracteriza-se pela facilidade de instalação de cabos e por causar pouco desconforto ao executar o trabalho. No entanto, a canalização em galeria é evitada sempre que possível, pois envolve um custo de construção elevado. Só se utiliza em casos especiais em que não se possa realizar outro tipo de canalizações, Outra desvantagem desta canalização é tornar os cabos muito vulneráveis. Os cabos estão dispostos ao longo da parede da galeria com braçadeiras para evitar movimentos produzidos por ciclos térmicos de serviço ou esforços electrodinâmicos produzidos pelas correntes de curto-circuito. As abraçadeiras devem ser colocadas a uma distância tal que garanta que os cabos não se soltem. As galerias devem ser de betão ou outro material de rigidez, estanqueidade e duração equivalentes. As paredes devem permitir uma fixação segura das estruturas de apoio dos cabos e permitir a fixação dos meios de instalação do cabo. É aconselhável prever um intervalo livre entre canalizações vizinhas, colocadas num mesmo tabuleiro, a fim de limitar a influência térmica, de possibilitar às canalizações uma certa liberdade demovimentos e de favorecer a manipulação dos cabos. É desaconselhável a colocação de várias canalizações, sobre um mesmo tabuleiro, em camadas sobrepostas. Pelo contrário, é possível prever vários tabuleiros sobrepostos, sendo guardada uma distância de 30cm entre tabuleiros, o que tornará desprezável a influência térmica e permitirá uma manipulação fácil dos cabos. Para evitar sobretensões nas protecções metálicas dos cabos, todos os elementos metálicos que seguram o cabo estão ligados à terra. No caso de existirem cabos pertencentes a redes de tensão diferentes, os circuitos de terra deverão ser independentes. Nunca se instalam cabos eléctricos em galerias onde existam condutas de gases ou líquidos inflamáveis Figura 9. Cabos subterrâneos colocados em galeria (ao ar livre). 25 Capitulo IV 8. Acessórios: Junções, Terminais, e caixas. Os acessórios são utilizados para dar continuidade ao cabo, devem ser adequados à natureza, composição e secção dos cabos, nunca aumentando a resistência eléctricas destes. Também devem ser adequados às características do ambiente: no interior, exterior, ou em caso de poluição. Em instalações subterrâneas, os acessórios dos cabos subterrâneos aplicam-se de acordo com as instruções do fabricante, utilizando os materiais adequados para garantir a perfeita continuidade do condutor e o seu isolamento. Cabe destacar que nestas instalações os acessórios são elementos muito críticos do ponto de vista do isolamento porque suportam uma descontinuidade do campo eléctrico, isto deve-se a interromperem o isolamento principal do cabo, que é reconstituído mediante a montagem na obra dos diferentes componentes do acessório. Há que ter em atenção que estes acessórios devem ser ligados por forma a não diminuir Significativamente as qualidades mecânicas, químicas e eléctricas dos cabos envolvidos. Para tal devem respeitar as seguintes condições: A condutividade eléctrica no interior do acessório não deve ser inferior à correspondente a um condutor sem ligações e de comprimento idêntico. O acessório também não deve diminuir significativamente a condutividade eléctrica da bainha de chumbo e da armadura metálica O isolamento que o acessório garante deve ser tão eficiente como o dos próprios condutores O acessório deve resistir aos esforços electromecânicos originados pelas correntes de curto-circuito, ou pelos efeitos térmicos das correntes em regime normal ou anormal da carga A protecção contra a humidade deve ser garantida, apesar da interrupção existente na bainha de chumbo, tal como também deve ser garantida a protecção metálica. O processo de execução deste tipo de acessórios em cabos com isolamento a papel Impregnado é mais complexo do que em cabos com isolamento constituído por materiais sintéticos (isolamentos XLPE). Esta é uma das razões para o progressivo abandono daqueles cabos. 26 8.1 Junções ou caixa de junção (união) As junções devem ser concebidas e fabricadas para garantir uma ligação correcta de todos os elementos que constituem o cabo, sem sofrerem deformações e sem alterar as suas propriedades mecânicas e eléctricas. As junções a instalar devem estar em conformidade com as normas em vigor para acessórios de cabos de Média/Alta Tensão. Segundo( “Regulamento de consignações da rede de distribuição AT, MT e BT”, EDP , Outubro de 2005). As instalações que precisem de um grande comprimento de cabo subterrâneo, vão necessitar de fazer várias ligações entre os diferentes troços de cabo. Normalmente são necessárias 2 a 4 junções por quilómetro de cabo. Para tal, existem as caixas de junção. Como são elementos que não limitam a capacidade de transporte da instalação, as junções e os terminais devem cumprir uma série de condições que garantam a não diminuição das características eléctricas e mecânicas do cabo: A condutividade da junção ou terminal deverá ser igual ou superior à de um só condutor de mesmo comprimento; O isolamento deve ser tão eficaz como o isolamento do próprio cabo; A junção ou terminal deve ser protegido para evitar a deterioração mecânica e a entrada da humidade; A junção ou terminal deve resistir aos esforços electrodinâmicos em caso de curto-circuito, assim como o efeito térmico da corrente, tanto em regime normal como em caso de sobrecargas ou curto-circuitos. Figura 10. Caixa de junção de união de um cabo isolado com papel impregnado. Hoje em dia, já se abandonou esse tipo de estrutura, e nas caixas de junção são utilizadas mangas termorrectráteis, como é o exemplo da figura abaixo. 27 Estas caixas devem ocupar o mínimo de espaço possível, não devem introduzir nenhuma diminuição quer no isolamento, quer na condutividade eléctrica do cabo, e devem assegurar uma boa protecção mecânica, sem diminuir a do próprio cabo. Estas devem estar sempre muito bem protegidas contra a humidade, de forma a não permitirem a sua entrada. As caixas de junção podem ser de dois tipos: Caixa de junção de união Caixa de junção de transição No caso de se ter um cabo com o mesmo tipo de isolamento, é necessária uma caixa de junção de união. No caso de se ter um cabo com isolamento a papel impregnado a óleo e um cabo com Isolamento constituído por materiais sintéticos, é necessária uma caixa de junção de transição. 8.2 Caixas de derivação Caixas são equipamentos fornecidos para dar continuidade o cabo ou para derivar ramificações que vão alimentar outros locais elas devem ser fabricadas de modo a garantir o isolamento eléctrico, mecânico e termino completo da linha pois è onde são feitas algumas ligações. As caixas de derivação têm como objectivo efectuar ramificações secundárias a partir de um cabo principal, para permitirem distribuir a alimentação por vários cabos. As caixas de derivação podem ter uma ou duas derivações. No caso de ter uma derivação são normalmente designadas por caixas em T, pois a derivação faz um ângulo recto. Se a derivação não for feita segundo um ângulo de 90º, então deve-se usar uma caixa de derivação em Y. No caso de ter duas derivações, e são normalmente designadas por caixas em cruz, isto no caso de as derivações fazerem um ângulo recto. Se as derivações não forem feitas segundo um ângulo de 90º, então deve-se usar uma caixa de derivação em duplo Y. 28 8.3 Junção pré-fabricada A junção pré-fabricada é feita de materiais isolantes e semicondutores para altas tensões ( também podem ser usadas para media tensão ), em que a conexão dos condutores pode ser por compressão ou soldados. Têm excelentes características eléctricas, mecânicas e térmicas e a sua cobertura assegura uma perfeita protecção. Figura 11. Junção pré-fabricada. 8.4 Terminais São peças feitas de Al e Al Cu, e o seu uso depende da secção condutor para esta rede usou-se terminais de 120m e Al e Cu, estes terminais são compostos por dois materiais o Al e Cu o alumínio para facilitar ao cravamento dos cabos e a parte de cobre maior condutividade, e maior resistência a oxidação e a parte que trás um olhal onde entra o parafuso e faz se o aperto, extensão usadas para fixação de cabos aos terminais dos seccionadores, em terminais da fonte das cargas ou transformadores. Figura 12. Terminais para cravamento dos cabos. 9. Protecção dos cabos contra roedores É sabido que os roedores podem atacar os cabos, quer seja com o objectivo de superar o obstáculo que o cabo se torna à sua passagem, quer seja apenas por uma necessidade fisiológica de afiar os dentes. Geralmente o enterramento simples dos cabos numa vala com 0,80m de profundidade, é uma protecção suficiente. A colocação de uma camada de areia sobre os cabos também ajuda a dissuadi-los de eventuais investidas. No entanto, há que ter em atenção os pontos em que os cabos abandonam o solo para entrar nos postos de transformação ou nos prédios.Nestes casos a prevenção pode ser feita através da colocação de tubos metálicos ou enfitagem exterior em fitas de aço. 29 10. Sinalização de Cabos Subterrâneos De acordo com a rede em construção será necessário utilizar cabos condutores sinalizados de acordo com as fases de modo a garantir a segurança no caso de uma avaria, será sinalizada esta rede com a finalidade de facilitar na procura da avaria e na sua posterior manutenção pois o cabo usado no projecto será do tipo monopolar oque implica a passagem de 3 cabos iguais na vala. Figura 13. Exemplo de sinalização dos cabos subterrâneos monopolares. 10. 1 Sinalização da passagem duma linha subterrânea Para evitar que os cabos sejam destruídos ou sofram golpes mecânicos as linhas subterrâneas são sinalizadas canalizações subterrâneas enterradas directamente no solo (ou numa vala) devem ser sempre sinalizadas. Elas podem ser sinalizadas por tijolos, placas metálicas ou lousa colocados a 0,10 m acima da canalização, ou por redes metálicas plastificadas ou por redes ou fitas plásticas de cor vermelha colocadas a 0,30 m. a EDM nas sua grande parte das linhas subterrâneas são enterradas directamente no solo oque exige uma grande atenção na hora de fazer a sinalização da linha. 30 10.2 Profundidade de enterramento dos cabos Os cabos de baixa tensão e de média tensão devem ser enterrados a uma profundidade mínima de 0,70 m. Normalmente, os cabos de baixa tensão, da EDP Distribuição, estão enterrados a uma profundidade de 0,80 m, e os cabos de média tensão, da EDP Distribuição, estão enterrados a uma profundidade de 1,10 m. No caso de serem enterrados na faixa de rodagem, bem como nas travessias subterrâneas de auto-estradas, estradas, ruas ou caminhos a sua profundidade mínima deve ser de 1 m e as travessias devem ser perpendiculares ao eixo da via e no caso de travessias de Caminhos-de-ferro devem estar enterrados a 1,30 m de profundidade. Nestes dois últimos casos, os cabos devem ser entubados. Segundo (Bruno Alberto Ramos, “Projecto e exploração de redes de média e baixa tensão”, FEUP, 2004) Relativamente à influência da profundidade, pode-se dizer que, para cabos enterrados entre 0,70 m a 1,20 m, ela é normalmente desprezável. Se por um lado, quanto mais próximo o cabo estiver da superfície do solo, maior é a temperatura e as variações sazonais a que vai estar exposto, por outro lado, quanto mais enterrado estiver, maior é a humidade e a compacticidade do solo o que faz com que a resistividade térmica deste diminua. Nos cabos de média tensão, a alma condutora deve suportar temperaturas máximas de: 90º C, permanentemente, à sua tensão nominal; de 120º C em sobrecarga de curta duração, ou seja, 24h por ano, em fracções máximas de 3 horas; de 250º C para um curto-circuito trifásico com duração máxima de 5 segundos. Deste modo, os materiais utilizados, as condições de instalação e os respectivos acessórios dos cabos devem suportar as temperaturas máximas e condições, acima descritas. NOTA 01: Os cabos subterrâneos, como estão enterrados, praticamente, não requerem manutenção preventiva; essencialmente, a sua manutenção é correctiva. Esta é uma das vantagens, comparativamente às linhas aéreas, as quais necessitam de manutenção, tanto preventiva como correctiva. 31 Capitulo V 11. Cálculos eléctricos O cálculo eléctrico tem como objectivo a determinação da tensão nominal da linha e da secção transversal dos condutores que a constituem, de forma a assegurar que não sejam excedidas as limitações técnicas impostas pelos condutores, relativamente á intensidade de corrente máxima admissível, à intensidade de corrente de curto-circuito máxima admissível, quedas de tensão, perdas de energia e também a resistência mecânica. O procedimento relativo ao cálculo eléctrico envolve as seguintes tarefas: Cálculo da intensidade de corrente de serviço; Cálculo das quedas de tensão; Cálculo das perdas de energia. O cálculo eléctrico não será alvo de atenção durante a realização deste projecto, pois a tensão e a secção dos condutores a utilizar encontra-se normalizada, e o projecto só actuara na parte da troca da linha aérea para subterrânea tendo em conta que já existe uma linha aérea com uma potencia já instalada e uma tensão que se tem o conhecimento desde o inicio do projecto. Como existem padrões para a escolha de secção dos cabos tendo em vista a tensão da linha a empresa define uma secção de 95 de alumínio para tensões de 6.6 a 20KV. 11.1 Intensidade de corrente No presente projecto o transformador têm uma potência de 315KVA, a tensão composta é 11KV e o facto de potência considerado será 0,8.O valor da intensidade de corrente de serviço é determinado a partir da seguinte Expressão: √ .70A √ 32 11.2 Queda de tensão nas linhas √ 11.3 Queda de tensão em percentagem: Como pode de verificar a queda de tensão na linha é de apenas 0,09 KV, o que corresponde a cerca de 0,81% em relação à tensão nominal (11KV). Isto deve-se ao facto de possuirmos uma tensão elevada e uma corrente baixa, o que faz com que mais uma vez se prove o porquê, para pequenos ramais, “ são desprezíveis” os cálculos eléctricos. ‟Segundo (Solidal,2007) ”, Para as redes de média tensão considera-se uma queda de tensão máxima admissível inferior ou igual a 7%. Portanto a queda de tensão calculada está dentro de valores aceitáveis √ 33 Capitulo VI 12. Principais avarias (defeitos) nos cabos subterrâneos Os defeitos que ocorrem numa rede subterrânea podem ser classificados, quanto à sua origem: Defeito interno; Defeito externo. Quanto à sua natureza, em Defeitos eléctricos. Defeitos eléctricos podem ser: Defeito de isolamento; Defeito de continuidade. 12.1 Os defeitos de origem interna ocorrem essencialmente devido a defeitos de fabrico (pequenas cavidades ou partículas estranhas nos cabos de isolamento com materiais termoplásticos, má impregnação nos cabos isolados a papel), alterações da qualidade dieléctrica do material isolante ao longo do tempo (envelhecimento), aquecimento excessivo do cabo (originado pela potência transmitida, temperatura ambiente ou resistência térmica do solo muito elevadas) ou aparecimento de elevadas solicitações dieléctricas (sobretensões). Convém salientar que os defeitos de fabrico nos cabos, são cada vez menos frequentes, devido aos cada vez mais rigorosos ensaios de qualidade a que estes estão sujeitos na hora da sua fabricação. 34 12.2 Os defeitos de origem externa Ocorrem devido a uma penetração progressiva de humidade no isolante do cabo devido a uma deterioração da bainha de chumbo, que pode ser resultante de mau manuseamento durante o transporte ou instalação, movimento do solo, vibrações, ou em algum dos acessórios como as caixas de junção (má concepção ou montagem defeituosa). Podem também ser originados por uma modificação acentuada da espessura do isolante, a qual pode ter origem no esmagamento do cabo, aparecimento de fendas ou quebras no papel impregnado (para cabo com isolamento a papel impregnado a óleo). Outro defeito que ocorre devido a factores externos à rede, e que é frequente acontecer, é o caso da destruição acidental, por acção de uma escavadora. Regra geral, estes defeitos por agressão mecânica, são facilmente localizados. 12.3 Defeitos de isolamento Ocorrem devido ao envelhecimento dos mesmos assim o cabo corre riscos de conduzir uma pequena quantidade de corrente para o seu exterior criando assim quedas de tensão acentuadas. 12.4 Defeitos de continuidade esses defeitos são originados através do rompimento do cabo ao longo da linha que podemter varias origens em especial o envelhecimento do cabo, pois depois deste estar velho e perder algumas das suas propriedades ele tende a romper-se porque já não suporta a passagem de corrente ao mesmo nível do que quando estava novo. Segundo (Nuno André Rocha, “Pesquisa, detecção e reparação de avarias na rede de distribuição MT/BT”, FEUP, 2002) Existem inúmeros factores dos quais depende a frequência com que ocorrem defeitos numa rede de cabos subterrâneos. Os mais relevantes são a idade e a estrutura da rede, o tipo de cabos e quando estes foram fabricados, e a tensão de serviço. A frequência média com que ocorrem defeitos nas redes subterrâneas tende cada vez mais a diminuir, e se há cerca de 40 anos variava, 35 sensivelmente, entre 1 a 5 defeitos em cada 100 KM de cabo, ao longo de um ano, actualmente as redes tendem a não ter mais de 1 defeito por ano, para cada 100 KM de ligação trifásica. Esta diminuição deve-se, em grande parte, ao facto de hoje em dia usar-se cabos de isolamento sintético. Porém, quando surgem avarias, localizá-las e repará-las, torna-se mais demorado, uma vez que o seu traçado não está visível. Se por um lado os defeitos surgem como menor frequência nas redes subterrâneas, por outro lado o seu tempo de eliminação é mais elevado e os defeitos eléctricos são do tipo permanente, pois a estrutura do dieléctrico é profundamente modificada na região do defeito, o que faz com que seja impossível a sua regeneração. A localização dos defeitos nas redes de cabos subterrâneos, só pode ser feita a partir das extremidades dos cabos da rede. Normalmente, as avarias surgem por uma interrupção da continuidade dos circuitos eléctricos, ou então pela redução a um valor baixo da resistência de isolamento e os condutores, ou entre estes e a terra. 12.4.1 Reparação Na rede de distribuição subterrânea, quando ocorre um defeito, a maioria das reparações requer a construção de caixas de junção. Estas caixas servem para ligar electricamente dois troços de cabo, de modo a retomar a sua continuidade. A construção destas caixas deve obedecer a determinadas regras na sua execução de modo a que a estanquidade e o isolamento do cabo sejam garantidos. Deve também assegurar-se a continuidade das bainhas metálicas e das armaduras dos cabos, no caso de existirem. É usado um material termorretráctil, constituído por uma manga que envolve cada condutor individualmente, por uma manga exterior que envolve todos os condutores, por ligadores de cravação e por uma trança de cobre para a interligação das bainhas de aço dos cabos. Todos estes componentes são fornecidos em conjunto e vêem embalados em sacos de plástico bem fechados, para estarem bem protegidos contra impurezas. Na execução de caixas de junção, a limpeza dos equipamentos, das ferramentas e do local de trabalho, são essenciais para um trabalho bem realizado, assim como o conhecimento das indicações dadas pelo fabricante. As reparações são geralmente caras nesse tipo de linha pois para além do custo de aquisição do material para fazer a reparação ser alto também a aquisição da maquinaria que detecta o tipo de avaria 36 também é muito alto. (a empresa EDM tem somente uma maquina detectora funcionado em toda a zona centro). 12.5 Sistemas de Ligação à Terra Nestes sistemas, as blindagens das três fases ligam-se directamente entre si e à terra para que, em todos os pontos da linha, as tensões das blindagens entre si e em relação à terra se mantenham próximas de zero. Não se adopta nenhuma disposição para evitar a circulação de correntes pelas blindagens em regime permanente. Estas correntes, induzidas pelos condutores principais, originarão uma produção adicional de calor, com a consequente diminuição da capacidade de transporte da linha. As blindagens devem unir-se entre si e à terra nos dois extremos da linha. Se for preciso, de forma a limitar as tensões de blindagem que poderiam ocorrer em caso de defeito na própria linha, as blindagens unir-se-ão entre si noutros ponto. Segundo ( General Cable, “Ligações à terra em circuitos de Alta e Media Tensão”. ICAT 2005 CO/VAR/PRO/ICA/080/022, 2005).Diz é prudente ligar as blindagens entre si e à terra cada 2 a 3km, mas é exigível ligar as blindagens entre si e a terra nos inicios e fims de linha, (isso vale tambem para linhas de comprimento menor a 2/3km). 37 Capitulo VII 13. Procedimentos detalhados para a construção da linha subterrânea. Como já existe uma linha e um transformador instalado a sua potência è de 315KVA os cálculos para o dimensionamento do mesmo será desprezado a secção dos condutores escolhida foi de 95 isolado e com núcleo de alumínio. Depois de serem feitos todos os estudos da linha a construir e depois de se conhecer detalhadamente os materiais constituintes da linha chegamos a etapa da construção da linha que consistira em três fases seguintes: 1ª Fase abertura da cova onde será construída a vala para a passagem dos cabos Nesta fase com a ajuda de enxadas, pás e outros acessórios será feita a cova com um comprimento aproximadamente igual a 300m e uma largura de 0.7m a uma profundidade de 1.4m para facilitar a colocação do material para construção da vala (betão), como a linha ira passar duma estrada já alcatroada será necessário usar picaretas para partir o asfalto. 2ª Fase construção da vala de betão armado Com placas feitas de betão armado com espessuras de 5cm, comprimento de 1m e altura de 20cm e com a ajuda do cimento faz-se a colagem de todas as placas ao longo do buraco uma por uma (assim se constrói a vala). 3ª Fase colocação dos cabos na vala. Os cabos isolados de media tensão serão colocados na vala sem necessidade de seguir nenhuma regra de distancias entre eles (para cabos subterrâneos de alta tensão è necessário seguir alguns regulamentos de segurança e protecção) E com as tampas (outras placas de betão) fecha-se a vala e coloca-se 0.20m de terra e depois vão os sinalizadores da linha subterrânea. Depois dos sinalizadores coloca-se arreia até fechar o buraco. De seguida far-se-á a ligação do início de linha (na saída dos seccionadores fusíveis) que alimentam a linha que se encontra colocada naquela zona e só depois será feita a ligação no fim de linha e a alimentação do transformador. Uma vez que todos os elementos do principio e fim de linha já estão montados (os seccionadores fusíveis) só será necessário fazer a ligação dos terminais dos cabos na saída dos seccionadores 38 fusíveis (inicio de linha) para protecção da linha e para fazer a interrupção da linha no caso de avarias. Na entrada (fim de linha) para protecção do transformador. NOTA02: Por ser uma linha subterrânea é recomendo que a sua montagem seja no mês mais seco (meses como Setembro, Outubro e Novembro). 39 14.Orçamento da linha. Tabela 01. Custo na aquisição dos materiais para a construção da linha. Item (N°) Material Quant/ Uni Preço unitário em metical Preço total 1 Cabo monopolar XLPE 1x95 20Kv 920m 2975mts 2.722.125mts 2 Placas de betão armado 1200 180mts 216.000mts 3 Arreia mina 300kg 7mts 2.100mts 4 Cimento 10 520mts 5.200mts 5 Terminais de Cu 120 6 875mts 5.250mts 6 Uniões circulares Al/Cu 185 3 452mts 1.136mts Total: 2.949.711mts Tabela 02. Custo de mão-de-obra Quantidade Categoria Salário por mês Salário total 2 Tec. Sistemas eléctricos 24,345,00mts 97.380,00mts 1 Tec. Construção civil 22,142,00mts 44.284,00mts 2 Tec. Básico de electricidade 16,724,00mts 66.896,00mts 1 Motoristas 12,436,00mts 24.872,00mts 18 Tec. Auxiliares 2,500,00mts 75.000,00mts Total: 308.432,00mts Tabela 03. Custo de transporte. Quantidade Tipo de viatura Preço de aluguer/mês Preço total1 Camião pesado 15,574,00mts 31.148,00mts 6 Carrinhas de mão 1,200,00mts 1.200,00mts Total: 32.248,00mts Tabela 04. Custo total da linha. Categoria Designação Custos A Aquisição dos materiais 2.949.711,00mts B Custo total de mão-de-obra 308.432,00mts C Custo de transporte 32.248,00mts A+B+C Total 3.290.391,00mts 40 15. Conclusão Chegado ao término deste projecto conclui-se para que um projecto de canalização subterrânea ou aéreas quaisquer que seja tenha os rendimentos desejados há que primeiro obedecer a todas etapas e ou normas recomendadas pelos regulamentos que retratam estas actividades, numa rede subterrânea devido a sua complexidade é preciso ser prudente no acto da colaboração e materialização do projecto para evitar falhas durante a transmissão da energia eléctrica promovendo assim a eficiência e qualidade no fornecimento da mesma. Verificou-se que a implementação duma linha subterrânea è mais dispendiosa em relação a uma linha aérea de igual comprimento pois para além do custo com a aquisição de materiais também os custos são verificados na hora da contratação de pessoal pois exige muita atenção cuidada e uma equipe muita bem treinada e qualificada para este tipo de operação. Com tudo é muito mais importante aquisição de um material de qualidade tendo em conta sobre tudo na quilo que é a durabilidade dos mesmos, um outro aspecto muito fundamental é a previsão de um plano de manutenção para complementar aquilo que é a durabilidade da rede porque a manutenção é um factor chave de qualquer actividade industrial. 41 16. Sugestão para a empresa EDM Uma vez tendo feito o estagio num período de 90dias pude verificar que a empresa em causa não uso todos os métodos para colocação e protecção dos cabos subterrâneos e è com essa visão que tive a ideia de dar algumas sugestões. Tais como: A E.D.M ao construir uma rede subterrânea de média tensão optasse em fazer valas de betão para facilitar durante a manutenção da mesma; Após a construção da rede fosse sinalizada a área por onde passou os cabos de modo a facilitar na identificação do percurso da linha; A E.D.M ao fazer a ligação dos cabos subterrâneos para dar continuidade no caso de avaria ou pela necessidade de aumentar o cabo deveriam usar material adequado para o isolamento do cabo. 42 17. Referencias. “Regulamento de consignações da rede de distribuição AT, MT e BT”, EDP Distribuição, Outubro de 2005. “Manual de Operação UNISAT SPG 32”, Seba Dynatronic, 1995. http://www.ine.pt Acesso em Junho de 2008 “Regulamento de Segurança de Linhas de Alta Tensão”, DGE, Abril de 1993. GONÇALVES, Filipe João Parada, projecto de execução de linhas de média tensão, Coimbra, Setembro, 2011 Programa CYMCAP. Disponível em:<http://www.cyme.com/software/cymcap/> Acesso em 14/02/2017. Nuno André Rocha, “Pesquisa, detecção e reparação de avarias na rede de distribuição MT/BT”, FEUP, 2002 José Pereira da Silva, “Qualidade de Serviço em Sistemas de Produção Transporte e Distribuição de Energia Eléctrica” Cabo de 66-500kV XLPE. Disponível em http://portuguese.alibaba.com/. EDP. DMA-C33-281/N, “ Condutores isolados e seus acessórios para redes: Cabos, isolados com dieléctrico sólido extrudido e de tensão estipulada 36/60 (72,5) KV – Características e ensaios”, 3ª edição. Lisboa, 2006. 43 Anexos Figura 01. Terminais e saídas dum cabo subterrâneo tripolar Figura 02. Caixa de junção de um cabo subterrâneo 44 Figura 03. Capas para montagem e isolamento de caixa junção. Figura 04. Terminal cravado no fim dum cabo subterrâneo monopolar. 45 Figura 05. Ferragem colocada no isolador rígido STV usado nas linhas aéreas.
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