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1 
 
Índice 
Declaração do autor ....................................................................................................................... 3 
Declaração do Supervisor.............................................................................................................. 4 
Dedicatória .................................................................................................................................... 5 
Agradecimentos ............................................................................................................................. 6 
Capitulo I ....................................................................................................................................... 7 
1.Introdução .................................................................................................................................. 7 
2.Objectivo Geral .......................................................................................................................... 8 
2.1 Objectivos específicos ............................................................................................................. 8 
3. Problema ................................................................................................................................... 9 
3.2 HIPOTESE ............................................................................................................................ 10 
3.3 Metodologia .......................................................................................................................... 10 
3.4 Localização geográfica do bairro onde se pretende fazer o projecto (torrone novo) ............ 11 
4. Cronograma ............................................................................................................................. 12 
4.1 Material necessário ................................................................................................................ 12 
Capitulo II ................................................................................................................................... 13 
5. Cabos subterrâneos isolados .................................................................................................... 13 
5.1.1 Todos os elementos dum cabo subterrâneo .................................................................. 15 
6. Tipos de Cabo Subterrâneo ..................................................................................................... 16 
6.1 Monopola .............................................................................................................................. 16 
6.2 Tripolar .................................................................................................................................. 16 
6.3 Cabos subterrâneos actualmente usados................................................................................ 16 
6.3.1 Alma condutora (núcleo do cabo subterrâneo) ................................................................... 17 
6.3.2 Isolamentos ........................................................................................................................ 17 
6.3.3 Cabos com isolamento de papel impregnado ..................................................................... 18 
6.3.4 Cabos com isolamento seco ............................................................................................... 18 
6.3.5 Camadas semicondutoras ................................................................................................... 20 
6.3.6 Blindagem ou ecrã metálico ............................................................................................... 20 
6.3.7 Bainhas externas e armaduras ............................................................................................ 21 
Capitulo 3 .................................................................................................................................... 22 
7. Técnicas de Colocação dos Cabos .......................................................................................... 22 
7.2 Colocação ao ar livre ou em galeria ...................................................................................... 24 
 
2 
 
Capitulo IV .................................................................................................................................. 25 
8. Acessórios: Junções, Terminais, e caixas. ............................................................................... 25 
8.2 Caixas de derivação ............................................................................................................... 27 
8.3 Junção pré-fabricada ............................................................................................................. 28 
8.4 Terminais ............................................................................................................................... 28 
9. Protecção dos cabos contra roedores ....................................................................................... 28 
10. Sinalização de Cabos Subterrâneos ....................................................................................... 29 
10. 1 Sinalização da passagem duma linha subterrânea .............................................................. 29 
10.2 Profundidade de enterramento dos cabos ............................................................................ 30 
Capitulo V ................................................................................................................................... 31 
11. Cálculos eléctricos................................................................................................................. 31 
11.1 Intensidade de corrente........................................................................................................ 31 
11.2 Queda de tensão nas linhas .................................................................................................. 32 
11.3 Queda de tensão em percentagem: ...................................................................................... 32 
Capitulo VI .................................................................................................................................. 33 
12. Principais avarias (defeitos) nos cabos subterrâneos ............................................................ 33 
12.1 Os defeitos de origem interna .............................................................................................. 33 
12.2 Os defeitos de origem externa ............................................................................................. 34 
12.3 Defeitos de isolamento ........................................................................................................ 34 
12.4 Defeitos de continuidade ..................................................................................................... 34 
12.4.1 Reparação ......................................................................................................................... 35 
12.5 Sistemas de Ligação à Terra ................................................................................................ 36 
Capitulo VII ................................................................................................................................ 37 
13. Procedimentos detalhados para a construção da linha subterrânea. ...................................... 37 
14.Orçamento da linha. ............................................................................................................... 39 
15. Conclusão .............................................................................................................................. 40 
16. Sugestão para a empresa EDM .............................................................................................. 41 
17. Referencias. ...........................................................................................................................42 
Anexos......................................................................................................................................... 43 
 
 
 
 
3 
 
Declaração do autor 
Declara-se que Chawale Ramadane Mussa Cassimo, efectuou em estágio de 90 dias 
na empresa EDM (electricidade de Moçambique), onde teve a oportunidade de 
aprender, realizar e implementar diversos actividades como manutenção, reabilitação de 
redes eléctricas, montagem de acessórios nas mesma e etc. nas áreas de Baixa Tensão 
(BT), Media Tensão (MT); Iluminação Pública (IP). O autor declara por sua honra, que 
o presente projecto é da sua autoria e que toda informação nele contida é verídica 
(verdadeira) adquirida através de pesquisas, do conhecimento colhido durante o estagio 
e ao longo dos anos lectivos). Declara por conseguinte, que o mesmo nunca foi 
apresentado em nenhum estabelecimento de ensino para obtenção de qualquer grau 
académico. 
 
 Quelimane, Agosto de 2019. 
Autor 
-------------------------------------------------------------------- 
(Chawale Ramadane Mussa Cassimo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Declaração do Supervisor 
 
Eu Miguel Dramusse Júnior, docente do Instituto Industrial e Comercial 1° de Maio-
Quelimane. Declaro para os devidos efeitos que actuei como supervisor do estágio e da 
laboração do relatório do fim do curso do estudante Chawale Ramadane Mussa 
Cassimo finalista do curso de Sistemas Eléctricos e Industriais no Instituto Industrial e 
Comercial 1° de Maio-Quelimane. 
 
 
 Quelimane, Agosto de 2019. 
Supervisor 
 -------------------------------------------------------------------- 
(Dr. Miguel Dramusse Júnior) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Dedicatória 
Dedico o presente projecto aos meus amigos, colegas e em especial a meus pais pela 
força moral e apoio financeiro que recebi ao longo dessa grande jornada de facto não 
teria chegado a este nível se não tivesse recebido ajuda da vossa parte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Agradecimentos 
Em primeiro lugar agradeço a Deus, que derramou as suas graças e permitiu com a sua 
divina força que fosse possível a realização do presente projecto e da finalização do 
curso que não foi fácil. Aos meus pais e encarregados de educação pelo esforço 
financeiro e muito mais. Agradecer aos docentes do Instituto Industrial e Comercial 1° 
de Maio-Quelimane pelos conhecimentos em diversas áreas da electricidade dados a 
mim por eles desde o nível básico até o actual nível (médio). A todos aqueles que, 
directa ou indirectamente, contribuíram para a realização deste trabalho, os meus 
renovados votos de agradecimentos. 
Também agradeço: 
 À minha família. 
 Ao supervisor Dr. Miguel Dramusse Júnior pela orientação na elaboração do 
projecto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muito obrigado 
 
 
 
7 
 
Capitulo I 
1.Introdução 
Desde a existência dos sistemas de transmissão e distribuição de energia eléctrica, 
existiu uma grande revolução na forma de vidas das populações e do mundo em geral. 
Esses sistemas de transmissão e distribuição de energia eléctrica tem sido de muita 
importância desde então, dai que surge a ideia de se ter muito cuidado na sua 
implementação pois não só dependem dela a vida das pessoas e das indústrias, mas 
também os sistemas de telecomunicações, a tecnologia, a internet e muitos meios de 
transporte. Isso quer dizer é necessário que a sua implementação seja cada vez mais 
viável segura e com muita qualidade para que os fornecedores bem como os 
consumidores se sintam satisfeitos. 
A energia é uma das bases do desenvolvimento do mundo. É por isso que a empresa 
EDM pretendi expandir todo o pais o desenvolvimento sócios económico da sociedade. 
É com essa visão que me leva a fazer uma proposta de melhoria duma linha de média 
tensão aérea usando cabos subterrâneos. 
As linhas subterrâneas são mais dispendiosas (caras) que as linhas aéreas. As linhas 
aéreas são as mais usadas para o transporte de energia eléctrica de longas distâncias em 
cabos nus para media tensão (MT) de 11 a 33KV e são as linhas de transporte e 
alimentação dos postos de transformação e seccionamento (PTS) e dos transformadores 
comuns, já a alimentação dos consumidores é feita com cabos isolados e troçados baixa 
tensão (BT). Geralmente as linhas de média tensão são feitas com linhas aéreas 
suportadas por postes de madeira por serem menos dispendiosas mas também existem 
desvantagens destes tipos de linhas e uma delas é o facto de estarem expostas aos 
agentes atmosféricos e serem muito propensas a avarias dai surge a ideia de se fazer 
uma rectificação aos poucos nesse tipo de linha por uma mais duradoura e menos 
perigosa (linhas subterrâneas). 
 
 
8 
 
2.Objectivo Geral 
 Propor melhoria da linha de distribuição de média tensão substituindo por cabos 
subterrâneos no bairro torrone novo (Quelimane). 
2.1 Objectivos específicos 
 Descrever as linhas de distribuição subterrâneas; 
 Avaliar o desempenho da linha distribuição subterrânea em causa; 
 Proporcionar maior segurança aos moradores; 
 Usar novas técnicas de colocação dos cabos subterrâneos; 
 Melhorar a aparência do bairro; 
 Descrever os cabos subterrâneos e suas vantagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
3. Problema 
O troço em causa apresenta vários obstáculos para uma linha aérea de média tensão, 
existem muitas árvores ao longo da linha. Como uma árvore tem vida mesmo ela sendo 
podada (desmatação como chamamos ao longo do estagio) crescem novamente, e essas 
árvores ao tocarem nas linhas criam curto-circuito ao longo da linha. Oque implica 
intervenções constantes na manutenção correctiva ao longo da linha, e essas 
manutenções acarretam custos a empresa fornecedora de energia no local (EDM). 
E além do mais a linha em causa foi construída com a disposição triangular que 
actualmente não è usada pois ela apresenta uma altura menor em relação ao chão 
diferente da disposição esteira horizontal (actualmente mais usada), e quando as linhas 
ficam amolecidas (desisticadas) a distancia entre os condutores (DMG) diminui e assim 
a linha core riscos de criar curto-circuito entre as fases. No outro caso as linhas 
triangulares não se usam cantoneiras para suportar os isoladores, eles ficam fixos 
directamente aos postes. E assim que ele perder a sua propriedade e passar a conduzir a 
corrente eléctrica seja por sujidade ou outro motivo a ferragem colocada no mesmo 
aquece e pode até queimar o poste, visto que são de madeira. 
3.1Justificativa 
O motivo da escolha do tema deve-se ao facto de tentar se fazer a mudança (melhoria) 
da linha antes dos problemas tornarem-se graves uma vez que ao usarmos os cabos 
subterrâneos os problemas iram diminuir drasticamente pois elas têm a vantagem de não 
ocuparem muito espaço aéreo não havendo mais necessidade de intervenção na 
desmatação ao longo da linha. Uma linha subterrânea bem-feita e bem protegida 
apresenta um índice muito mas muito baixo de avarias que as linhas aéreas com mesma 
tensão, corrente e comprimento. Por outra parte essas linhas aéreas são sujeitas a varias 
avarias pois estão sujeitas a vários factores do ambiente como o vento, a chuva, as 
descargas atmosféricas, (lembrando que no local aonde esta situada a linha existem 
muitas árvores ao longo da linha) uma vez que a cidade (Quelimane) esta situada na 
zona costeira ela é propensa a ciclones ou ventos ligeiramente fortes e por ela estar 
nessas condições não é tão aconselhável o uso das linhas aéreas. Em quanto que as 
linhas subterrâneas que è a que esta em causa no projecto são as mais dispendiosas 
(caras), geralmente as mais duradouras, as seguras e as que menos apresentam avariase 
o melhor não estão sujeitas a agentes externos ambientais (chuva, vento, ciclones, etc.). 
10 
 
3.2 HIPOTESE 
H0 Uma linha subterrânea ira melhorar o troço em causa e ira diminuir as avarias 
constantes que são verificadas e consequentemente terá um fornecimento contínuo da 
corrente eléctrica pois esse tipo de linha tem a vantagem não apresentarem um índice 
elevado de avarias. 
H1 Usando as linhas aéreas não melhora o troço em causa mesmo que se mude a 
disposição da mesma pois tem-se verificado interrupções naquela zona (embora que 
sejam poucas) devido a situações de curto-circuito causados pelos obstáculos existentes 
ao longo da mesma. 
3.3 Metodologia 
O presente projecto foi elaborado com pesquisas feitas na internet, informações 
retiradas de manuais que relatam sobre o mesmo assunto, assim como por uma visão 
realista vivida num estágio feito na empresa Electricidade de Moçambique (EDM). 
Vantagens da linha aérea 
 Facilidade na manutenção; 
 Facilidade na detecção de avarias e anomalias; 
 Muito mais barata em relação a outra; 
Desvantagens da linha aérea 
 Exposição aos agentes atmosféricos e a mudanças climáticas; 
 Constantes avarias; 
 Perigo que ela apresenta. 
Vantagens da linha subterrânea 
 Durabilidade da linha; 
 Segurança que a linha apresenta; 
 Não apresenta muitas avarias; 
Desvantagens da linha subterrânea 
 È dispendiosa a sua colocação; 
 Dificuldade na detecção de avarias e sua posterior manutenção; 
 Para se fazer a manutenção requer uso de equipamentos especiais. 
11 
 
3.4 Localização geográfica do bairro onde se pretende fazer o projecto (torrone 
novo) 
O bairro esta situado em Zambézia concretamente no distrito de quelimane, o troço em 
causa tem como inicio de linha na Av. Julius Nyerere e continua até o interior do bairro 
em causa (torrone novo). Com uma tensão de 11KV. 
 
Figura 1. Foto do bairro tirada por gps. 
Onde: 
 1= Inicio de linha (onde será iniciado o projecto) 
 2= A linha vermelha é o troço do projecto em causa a rede de 11KV. 
 3= Localização do fim de linha (onde esta instalado o transformador). 
12 
 
4. Cronograma 
O presente projecto terá duração de 2 meses (após a aquisição completa do material 
necessário) 
No 1º mês serão executadas a primeira e a segunda fase do projecto. 
No 2º e ultimo mês ira se proceder a execução da terceira fase do projecto. E a sua 
posterior entrega. 
Para a implementação da linha serão seguidas as seguintes fases: 
A primeira fase do projecto será feito o estudo do terreno onde consistirá na remoção de 
todos os obstáculos que possam impedir o processo de escavação e a medição da área 
que o projecto ira abranger. De seguida cava-se ao longo do troço onde estará situada o 
novo tipo de linha. 
Na segunda fase far-se-á a construção da vala onde os cabos iram passar e vala è feita 
de placas betão armado para protecção os cabos. 
Na terceira fase ira se colocar os cabos na vala e serão feitas as ligações nos terminais 
de ligação do início e fim de linha. O fim de linha è onde esta o transformador que se 
pretende alimentar e è também onde estão os seccionadores fusíveis. E só depois ira se 
fazer a energização da linha, os testes e a entrega do projecto. 
 
4.1 Material necessário 
Primeiramente serão necessários os seguintes materiais: 
 Cabos subterrâneos monopolares de 95 ; 
 Terminais de ligação 120 ; 
 Placas de betão; 
 Arreia mina; 
 Cimento. 
 
 
 
13 
 
Capitulo II 
5. Cabos subterrâneos isolados 
Cabos subterrâneos utilizados para transmissão e/ou distribuição de energia eléctrica 
consistem de condutores trançados formados por metais de alta condutividade como o 
cobre ou alumínio, os quais são isolados com papel Kraft impregnado com fluido ou 
materiais poliméricos. O arranjo singular ou de múltiplos núcleos é encapsulado por um 
ou mais invólucros externos. Quando necessário, os condutores podem ser revestidos 
por camadas impermeáveis a água ou protegidos por uma armadura metálica. 
 
É importante salientar que o núcleo, abainha e a armadura são tipicamente elementos 
com propriedades condutoras, embora as bainhas e armaduras possam também ter 
propriedades simultaneamente condutoras e isolantes. O núcleo é o elemento mais 
importante no cabo pois, é nele que circula a maior parte da corrente que percorre o 
cabo subterrâneo. 
 
A bainha é um elemento, cuja função essencial é a protecção eléctrica do cabo, 
enquanto a armadura, caso exista, serve quase exclusivamente para protecção mecânica 
do mesmo. Os restantes elementos servem para isolar o campo eléctrico proveniente de 
cada um dos condutores. 
5.1 Constituição básica de um cabo subterrâneo isolado 
As três partes essenciais constituintes de um cabo subterrâneo são: 
 A alma condutora, que transporta a energia 
 O isolamento, que permite isolar os condutores nus uns dos outros, e dos seus 
envolventes 
 A protecção exterior (blindagem), para proteger contra acções mecânicas, 
químicas e electrolíticas, o fogo e qualquer outro tipo de influências externas 
que possam ser prejudiciais 
figura 2. Constituição básica dum cabo subterrâneo. 
14 
 
Segundo (H.Orton, "História dos cabos subterrâneos. vol. 29, pp. 52-57, 2013. "), A 
operação de linhas de transmissão e distribuição subterrâneas foi consolidada 
mundialmente ao longo dos séculos passado com a utilização de cabos de isolação a 
papel impregnado de óleo. A implantação de projectos envolvendo linhas de 
transmissão subterrâneas ao longo das últimas décadas mostra, todavia, uma evolução 
dos sistemas que utilizam isolação polimérica. conforme apresentado na figura abaixo. 
Figura 5. Evolução e uso de tecnologias de isolação para cabos subterrâneos por nível 
de tensão nos séculos anteriores. 
Onde: 
 Volage = tensão que è aplicada no condutor/cabo; 
 Year = anos de utilização e implementação dos diferentes cabos subterrâneos; 
 Paper = cabos com isolamento de papel impregnado de óleo (contorno preto); 
 Polymer = cabos com isolação polimérica (contorno vermelho). 
As principais razões que contribuíram para o aumento da tecnologia concernente a 
isolação polimérica em detrimento da queda na utilização de cabos isolados a óleo 
podem ser listadas como se segue. 
 Questões ambientais envolvendo o invólucro de chumbo utilizado nos cabos 
isolados com papel impregnado de óleo; 
 Custos de manutenção reduzidos para o dielétrico da isolação polimérica; 
 Baixa disseminação do conhecimento para cabos isolados com papel 
impregnado de óleo; 
 Custos de instalação reduzidos para cabos de isolação polimérica; 
 Sem necessidade de localização e reparo para vazamento de fluidos; 
15 
 
 Riscos reduzidos de incêndios durante tremores de terra; 
 Perdas dielétricas reduzidas. 
Diante do exposto acima, actualmente, um dos cabos mais utilizados em linhas de 
transmissão e distribuição subterrâneas são aqueles com isolação XLPE (Polietileno 
Reticulado). 
Uma das funções importante da blindagem é o isolamento contra humidade. A não 
existência da blindagem facilitaria a penetração de humidade. Quando esta é exposta a 
campos eléctricos intensos pode causar deterioração no isolamento do mesmo. 
5.1.1 Todos os elementos dum cabo subterrâneo, 
Acima estão citados os principais elementos que constituem esses cabos, nessa parte irei 
falar de todos os elementos do mesmo. 
 
figura 3. Exemplo dum monopolar cabo subterrâneo. 
Legenda da figura 3. 
Item Descrição 
 1 Condutor, composto por fios trançados, constituído de alumínio ou cobre. 
2 Semicondutor que envolve o condutor. 
3 Isolamento XLPE. 
4 Semicondutor que envolve o isolamento. 
5 Fita semicondutorapara o bloqueio de água. 
6 Blindagem metálica, constituída de fios de alumínio. 
7 Fita semicondutora para o bloqueio de água. 
8 Barreira contra humidade, constituída por camada de alumínio. 
9 Armadura externa, polietileno. 
16 
 
6. Tipos de Cabo Subterrâneo 
Segundo (DOS SANTOS, Neves), existem dois (2) tipos de cabos subterrâneos da 
média tensão que são: Monopolar e tripolar. 
 
Monopolar 
são aqueles que apresentam único pólo na sua composição, mostrado na figura 3. 
 
Tripolar 
são aqueles que apresentam três pólos na sua configuração. A constituição dos cabos 
tripolares quanto ao isolamento e a protecção mecânica são iguais. 
 
Figura 4. Cabos subterrâneos. 1=monopolar e 2= tripolar. 
 
6.3 Cabos subterrâneos actualmente usados 
Desde que os cabos com isolamento em XLPE surgiram, o processo de instalação e 
manutenção de linhas subterrâneas tem-se tornado mais simples, se comparado às 
antigas instalações isoladas a óleo, por exemplo. Tal fato tem impulsionado a utilização 
dessa tecnologia na indicação de novos empreendimentos da Rede Básica de 
transmissão/distribuição. Esse tipo de cabo com esse isolamento também è usado ca em 
Moçambique pela empresa EDM que faz o sistema de abastecimento da energia 
eléctrica. 
 
 
17 
 
6.3.1 Alma condutora (núcleo do cabo subterrâneo) È o condutor propriamente dito 
geralmente são usados os condutores de alumínio e cobre. 
 O cobre (que se apresenta nas variantes de cobre nu recozido, cobre recozido e 
cobre duro). 
 O alumínio, cujo uso é cada vez maior nos cabos de energia eléctrica devido o 
seu peso mecânico e seu preço no mercado. 
No presente projecto usar-se-ão cabos de alumínio pois o custo de aquisição è muito 
mais barato em relação ao cobre. No fabrico dos condutores de cabos isolados de Média 
e Alta Tensão devem ser utilizadas matérias-primas de grande pureza de acordo com as 
normas nacionais e internacionais, garantindo desta forma os valores de condutividade 
eléctrica exigidos. Qualquer presença de impurezas, aumenta em grande medida a 
resistência eléctrica do material condutor, e como consequência aumentam as perdas por 
efeito de Joule, pondo em perigo a vida útil deste. 
6.3.2 Isolamentos 
Os isolamentos devem-se fabricar com materiais em que os electrões estão fortemente 
ligados aos seus núcleos, ou seja, materiais com uma elevada resistência eléctrica. 
Além das características eléctricas, os isolamentos devem cumprir outras funções 
dependendo das influências externas a que o cabo vai estar submetido durante a sua vida 
útil. Os isolamentos dos cabos devem ter características algumas características tais 
como: 
 Resistência à humidade; 
 Resistência ao frio/calor; 
 Resistência ao fogo; 
 Temperaturas máximas de serviço; 
 Resistência ao envelhecimento; 
 Resistência aos hidrocarbonetos, agentes corrosivos, ambiente salinos; 
 Resistência ao ozono, à acção solar, radiação ultravioleta. 
 
Em função do tipo de isolamento, os cabos isolados podem-se classificar em dois 
grupos: 
 Cabos com isolamento de papel impregnado; 
 Cabos de isolamento a seco. 
18 
 
6.3.3 Cabos com isolamento de papel impregnado 
O isolamento está formado por uma mistura de resinas e óleos minerais, que utiliza 
como suporte físico um freio de papel celulósico desmineralizado. Esta mistura 
caracteriza-se por estar praticamente solidificada à temperatura ambiente, e mais fluida 
para temperaturas superiores. Por isso o conjunto deve ser cercado por um tubo de 
chumbo para evitar a perda da mistura. 
 
Este tipo de isolamento tem a vantagem de apresentar uma vida útil muito superior à 
dos cabos com isolamento seco. Uma desvantagem deste material, registada no passado, 
ocorria quando à temperatura de serviço, a fluidez da mistura tornava-se tão elevada que 
esta vazava do tubo de chumbo através de fissuras produzidas por cristalizações do 
chumbo que se formavam por vibrações ou falhas na soldadura das junções dos cabos. 
 
A partir dos anos 70-80 o fabrico de cabos com isolamento de papel impregnado foi 
gradualmente substituído pelos cabos com isolamento seco. Na actualidade ainda 
existem em serviço quilómetros de cabos isolados com papel impregnado, devido à 
grande vida útil deste tipo de cabos 
 
 
Figura 6. Cabo subterrâneo isolado com papel impregnado a óleo. 
1. Condutor; 
2. Isolamento (papel impregnado); 
3. Bainha externa; 
4. Blindagem (tubo de chumbo). 
6.3.4 Cabos com isolamento seco 
Os isolamentos secos são constituídos por isolantes sintéticos tais como o PVC, o EPR 
(etilenio propileno) ou o XLPE. Apresentam características que os diferenciam dos 
isolamentos de papel impregnado tais como: 
19 
 
 Não apresentam vertimento de material na posição vertical; 
 Não precisam do tubo de chumbo como protecção mecânica para evitar perdas 
de fluido ou a entrada de humidade; 
 Apresentam boa resistência à humidade; 
 Suportam bastante bem as vibrações etc. 
Polietileno reticulado (XLPE): o XLPE è o tipo de isolamento mais usado actualmente 
(o condutor que foi usado no projecto tem esse tipo de isolamento), ele foi desenvolvido 
como consequência da necessidade de obter um isolamento com as mesmas 
propriedades do polietileno termoplástico (PE), mas que superasse os seus limites. As 
limitações que o PE tem são o baixo ponto de fusão, representando riscos de propagação 
da chama. 
 
O XLPE não é um termoplástico, de modo que ao aumentar a temperatura não se torna 
líquido, mantendo a sua forma, mesmo com propriedades de material elástico. Como 
consequência aumenta a temperatura admissível do condutor, que passa de 75ºC no PE 
a 90ºC no XLPE, o que permite a circulação de maiores intensidades de corrente em 
regime permanente. No caso de curto-circuitos, pode-se alcançar até 250ºC durante 
curtos períodos de tempo. 
Ao ser um isolamento seco, é especialmente sensível à penetração da humidade, 
acabando por danificar o cabo quando está enterrado em terrenos húmidos devido ao 
aumento progressivo de arborescentes que penetram através do isolamento. Por essa 
razão os cabos de XLPE podem ser fabricados com uma ou duas barreiras longitudinais 
(fitas hidroexpansivas), que evitam a propagação da água no interior do cabo mediante 
obstrução tanto sobre o condutor como sobre a blindagem. 
 
Actualmente tem sido desenvolvido o isolamento (EPR): com a finalidade de melhorar 
as desvantagens do XLPE, já que apresenta uma elevada rigidez mecânica. 
20 
 
 
Figura 7. Cabo com isolamento a seco. 
6.3.5 Camadas semicondutoras 
As camadas semicondutoras dos cabos eléctricos isolados são camadas finas de 
polímero, geralmente da mesma composição básica do material do isolamento, que se 
mistura com produtos condutores, como o carbono, para reduzir a sua resistência de 
isolamento. As camadas semicondutoras internas e externas são dispostas para 
homogeneizar o campo eléctrico na superfície do condutor e na blindagem metálica 
respectivamente, com a missão de impedir que as zonas ocas nas superfícies interiores e 
exterior do isolamento suportem campos eléctricos intensos, que poderiam causar 
descargas parciais na presença de ar ou vapor de água, degradando o isolamento. 
 
6.3.6 Blindagem ou ecrã metálico 
Esta camada tem várias funções uma vez que permite assegurar o escoamento das 
correntes capacitivas, bem como das correntes de curto-circuito concretamente da 
componente homopolar da corrente de curto-circuito. Protege contra as perturbações 
Electromagnéticas, garante a protecção de pessoas, em caso de perfuração do cabo, já 
que este é colocado ao potencial da terra e, por fim, permite criar uma superfície 
equipotencial eorientar as linhas de força do campo eléctrico. Esta componente é 
aplicada sobre uma camada semicondutora e pode apresentar-se de várias formas. Tais 
com: 
 Uma ou várias fitas, enroladas em hélice, de maneira a que nenhum espaço livre 
seja visível do exterior; 
21 
 
 Uma fita enrolada de cobre ou alumínio, eventualmente associada a uma fita de 
aço também enrolada, colocada a todo o comprimento do cabo; 
 Uma fita em alumínio ou cobre de fraca espessura, colocada ao comprimento e 
revestida numa das faces com um produto destinado a assegurar a sua aderência à 
bainha exterior. Este produto é do mesmo tipo que o da bainha externa. 
 
6.3.7 Bainhas externas e armaduras 
As bainhas externas dos cabos eléctricos isolados são elementos de protecção mecânica 
contra a corrosão, geralmente não metálicas, que isolam a blindagem (de cobre ou 
alumínio) do terreno. A sua função é proteger o cabo contra agentes externos 
prejudiciais, tais como químicos, biológicos, atmosféricos, entre outros. 
Também se utilizam para melhorar as características internas do cabo que permitam 
satisfazer as suas prestações 
 Como enchimentos para dar forma cilíndrica a cabos multicondutores 
(tripolares); 
 Como elementos de apoio que suportam esforços de tracção; 
 De barreiras anti-chama em cabos resistentes ao fogo. 
Por vezes utilizam-se armaduras como material de protecção. A armação assegura a 
protecção mecânica do cabo, quando este é submetido a esforços transversais ou 
longitudinais. Os principais tipos de armaduras usadas são as seguintes. 
 Armadura em dupla fita de aço, aplicada helicoidalmente; 
 Armadura em fios de aço aplicados helicoidalmente; 
 Armadura em trança de fios de aço, a usar em situações em que se requer maior 
flexibilidade. 
Nos cabos monopolares em alta tensão não são usadas armaduras em aço já que as 
características magnéticas deste tipo de armaduras desaconselham o seu uso em corrente 
alternada, por haver redução da capacidade de transporte. Como alternativa, podem ser 
usadas armaduras em dupla fita de alumínio aplicada helicoidalmente, ou utilizar uma 
protecção mecânica exterior (por exemplo, um tubo dentro do qual o cabo é instalado). 
A dupla fita de alumínio é revestida por um material igual ao da bainha exterior. 
 
 
22 
 
Capitulo III 
7. Técnicas de Colocação dos Cabos 
Em regra os cabos subterrâneos são colocados em contacto directo com o terreno, 
excepto em locais onde necessitam de uma maior protecção, como é o caso de 
cruzamentos de ruas, estradas, caminhos-de-ferro. Etc. 
O seu percurso deve ser o mais curto e o mais económico possível. Deve também ter-se 
em conta a agressividade química e corrosiva do solo, e de substâncias prejudiciais aos 
cabos que possam ser trazidas, por exemplo, através de esgotos de indústrias químicas. 
Também se deve verificar se o local onde o cabo vai ser instalado, está sujeito a obras 
de construção civil, de modo a tentar evitar que este seja atingido mecanicamente. 
Habitualmente os cabos são colocados sob o passeio ou na rua, paralelamente ao 
passeio. 
Depois de estar definido o projecto do traçado, a entidade instaladora deve contactar 
todas as entidades que já utilizam o subsolo, para se estudar o impacto que pode causar, 
com as canalizações já existentes, de modo a encontrar soluções para problemas que 
possam ter surgido com o projecto. 
Para que o projecto tenha todas as garantias de sucesso, é necessário que exista uma 
planta com precisão do percurso do cabo de modo a facilitar possíveis reparações, ou 
outro tipo de intervenções, nomeadamente por outras entidades. 
 
Os cabos isolados subterrâneos de média/alta tensão podem ser instalados de quatro 
formas: 
 Colocação directamente no solo; 
 Colocação em tubos; 
 Colocação ao ar livre ou em galeria; 
 Colocação na vala de betão. 
 
7.1 Colocação directamente no solo 
Esta técnica de colocação de cabos, é amplamente usada em muitos países e em 
Moçambique essa técnica è bastante usada devido a sua rapidez e o baixo custo, são as 
principais vantagens desse tipo de colocação 
Nos termos da regulamentação portuguesa, os cabos que constituem as canalizações 
subterrâneas devem ser protegidos contra as deteriorações resultantes do abatimento de 
23 
 
terras, do contacto com corpos duros, do choque das ferramentas metálicas manipuladas 
pelo homem, e se tal tiver lugar, da acção química causada pelos elementos do solo. 
Os cabos que comportam uma armadura em aço colocada sobre uma bainha de 
estanqueidade podem, por este facto, ser directamente enterrados. Uma protecção 
mecânica independente, constituída por caleira de betão, tubos, lajes, é em princípio, 
necessária no caso de cabos não armados. No entanto, estes podem ser directamente 
enterrados, sem protecção complementar, desde que eles próprios possam suportar o 
efeito de esmagamento da terra e o contacto com corpos duros e, além disso, comportem 
um ecrã metálico ligado à terra. 
A profundidade de colocação deverá ser determinada em função das condições locais e 
da tensão de serviço da canalização. Os cabos são enterrados directamente no solo, a 
uma profundidade não inferior a 1,2m, ficando envolvidos de areia adequada, ou em 
terra fina, e mecanicamente protegidos por placas de betão, ou de material equivalente, 
colocadas 0,2 m acima dos mesmos. Tanto as canalizações enterradas directamente 
enterradas no solo como as caleiras ou tubos deverão possuir por cima, a uma altura 
mínima de 0,2m (de preferência 0,30m), um dispositivo avisador constituído por uma 
grelha metálica, protegida contra a corrosão, ou uma grelha plástica 
Sempre que numa mesma vala exista outra canalização, desaconselha-se a sobreposição 
das mesmas. Além de ser uma solução desfavorável no aspecto térmico, torna delicada 
qualquer intervenção posterior nos cabos das camadas inferiores. Recomenda-se, em 
cada caso, a definição da disposição relativa das canalizações colocadas lado a lado, no 
seguimento de um estudo que tenha em conta, nomeadamente, a redução das 
capacidades de transporte, o espaço disponível e o custo da obra civil. Será previsto pelo 
menos um espaçamento de 0,20m entre os bordos mais próximos de duas canalizações 
vizinhas, permitindo estabelecer um compromisso, a fim de minimizar a influência 
térmica entre as canalizações, a largura da vala e os riscos de deterioração durante a 
colocação ou em caso de incidente. 
 
 
Figura 8. Ilustração dos cabos subterrâneos colocados directamente na terra. 
24 
 
7.2 Colocação ao ar livre ou em galeria 
Este tipo de canalização é a mais benéfica do ponto vista eléctrico, na medida em que é 
máxima a evacuação do calor, o que equivale a uma maior capacidade de transporte de 
energia por parte dos cabos isolados. Além disso, caracteriza-se pela facilidade de 
instalação de cabos e por causar pouco desconforto ao executar o trabalho. 
No entanto, a canalização em galeria é evitada sempre que possível, pois envolve um 
custo de construção elevado. Só se utiliza em casos especiais em que não se possa 
realizar outro tipo de canalizações, Outra desvantagem desta canalização é tornar os 
cabos muito vulneráveis. 
Os cabos estão dispostos ao longo da parede da galeria com braçadeiras para evitar 
movimentos produzidos por ciclos térmicos de serviço ou esforços electrodinâmicos 
produzidos pelas correntes de curto-circuito. As abraçadeiras devem ser colocadas a 
uma distância tal que garanta que os cabos não se soltem. As galerias devem ser de 
betão ou outro material de rigidez, estanqueidade e duração equivalentes. As paredes 
devem permitir uma fixação segura das estruturas de apoio dos cabos e permitir a 
fixação dos meios de instalação do cabo. 
É aconselhável prever um intervalo livre entre canalizações vizinhas, colocadas num 
mesmo tabuleiro, a fim de limitar a influência térmica, de possibilitar às canalizações 
uma certa liberdade demovimentos e de favorecer a manipulação dos cabos. É 
desaconselhável a colocação de várias canalizações, sobre um mesmo tabuleiro, em 
camadas sobrepostas. Pelo contrário, é possível prever vários tabuleiros sobrepostos, 
sendo guardada uma distância de 30cm entre tabuleiros, o que tornará desprezável a 
influência térmica e permitirá uma manipulação fácil dos cabos. Para evitar 
sobretensões nas protecções metálicas dos cabos, todos os elementos metálicos que 
seguram o cabo estão ligados à terra. No caso de existirem cabos pertencentes a redes de 
tensão diferentes, os circuitos de terra deverão ser independentes. Nunca se instalam 
cabos eléctricos em galerias onde existam condutas de gases ou líquidos inflamáveis 
 
 
Figura 9. Cabos subterrâneos colocados em galeria (ao ar livre). 
25 
 
Capitulo IV 
8. Acessórios: Junções, Terminais, e caixas. 
Os acessórios são utilizados para dar continuidade ao cabo, devem ser adequados à 
natureza, composição e secção dos cabos, nunca aumentando a resistência eléctricas 
destes. Também devem ser adequados às características do ambiente: no interior, 
exterior, ou em caso de poluição. 
Em instalações subterrâneas, os acessórios dos cabos subterrâneos aplicam-se de acordo 
com as instruções do fabricante, utilizando os materiais adequados para garantir a 
perfeita continuidade do condutor e o seu isolamento. Cabe destacar que nestas 
instalações os acessórios são elementos muito críticos do ponto de vista do isolamento 
porque suportam uma descontinuidade do campo eléctrico, isto deve-se a 
interromperem o isolamento principal do cabo, que é reconstituído mediante a 
montagem na obra dos diferentes componentes do acessório. 
Há que ter em atenção que estes acessórios devem ser ligados por forma a não diminuir 
Significativamente as qualidades mecânicas, químicas e eléctricas dos cabos 
envolvidos. Para tal devem respeitar as seguintes condições: 
 A condutividade eléctrica no interior do acessório não deve ser inferior à 
correspondente a um condutor sem ligações e de comprimento idêntico. O 
acessório também não deve diminuir significativamente a condutividade 
eléctrica da bainha de chumbo e da armadura metálica 
 O isolamento que o acessório garante deve ser tão eficiente como o dos próprios 
condutores 
 O acessório deve resistir aos esforços electromecânicos originados pelas 
correntes de curto-circuito, ou pelos efeitos térmicos das correntes em regime 
normal ou anormal da carga 
 A protecção contra a humidade deve ser garantida, apesar da interrupção 
existente na bainha de chumbo, tal como também deve ser garantida a protecção 
metálica. 
 
O processo de execução deste tipo de acessórios em cabos com isolamento a papel 
Impregnado é mais complexo do que em cabos com isolamento constituído por 
materiais sintéticos (isolamentos XLPE). Esta é uma das razões para o progressivo 
abandono daqueles cabos. 
26 
 
8.1 Junções ou caixa de junção (união) 
As junções devem ser concebidas e fabricadas para garantir uma ligação correcta de 
todos os elementos que constituem o cabo, sem sofrerem deformações e sem alterar as 
suas propriedades mecânicas e eléctricas. As junções a instalar devem estar em 
conformidade com as normas em vigor para acessórios de cabos de Média/Alta Tensão. 
Segundo( “Regulamento de consignações da rede de distribuição AT, MT e BT”, EDP , 
Outubro de 2005). As instalações que precisem de um grande comprimento de cabo 
subterrâneo, vão necessitar de fazer várias ligações entre os diferentes troços de cabo. 
Normalmente são necessárias 2 a 4 junções por quilómetro de cabo. Para tal, existem as 
caixas de junção. 
Como são elementos que não limitam a capacidade de transporte da instalação, as 
junções e os terminais devem cumprir uma série de condições que garantam a não 
diminuição das características eléctricas e mecânicas do cabo: 
 A condutividade da junção ou terminal deverá ser igual ou superior à de um só 
condutor de mesmo comprimento; 
 O isolamento deve ser tão eficaz como o isolamento do próprio cabo; 
 A junção ou terminal deve ser protegido para evitar a deterioração mecânica e a 
entrada da humidade; 
 A junção ou terminal deve resistir aos esforços electrodinâmicos em caso de 
curto-circuito, assim como o efeito térmico da corrente, tanto em regime normal 
como em caso de sobrecargas ou curto-circuitos. 
 
Figura 10. Caixa de junção de união de um cabo isolado com papel impregnado. 
Hoje em dia, já se abandonou esse tipo de estrutura, e nas caixas de junção são 
utilizadas mangas termorrectráteis, como é o exemplo da figura abaixo. 
 
27 
 
 
 
Estas caixas devem ocupar o mínimo de espaço possível, não devem introduzir 
nenhuma diminuição quer no isolamento, quer na condutividade eléctrica do cabo, e 
devem assegurar uma boa protecção mecânica, sem diminuir a do próprio cabo. 
Estas devem estar sempre muito bem protegidas contra a humidade, de forma a não 
permitirem a sua entrada. 
As caixas de junção podem ser de dois tipos: 
 Caixa de junção de união 
 Caixa de junção de transição 
No caso de se ter um cabo com o mesmo tipo de isolamento, é necessária uma caixa de 
junção de união. 
No caso de se ter um cabo com isolamento a papel impregnado a óleo e um cabo com 
Isolamento constituído por materiais sintéticos, é necessária uma caixa de junção de 
transição. 
8.2 Caixas de derivação 
Caixas são equipamentos fornecidos para dar continuidade o cabo ou para derivar 
ramificações que vão alimentar outros locais elas devem ser fabricadas de modo a 
garantir o isolamento eléctrico, mecânico e termino completo da linha pois è onde são 
feitas algumas ligações. 
As caixas de derivação têm como objectivo efectuar ramificações secundárias a partir de 
um cabo principal, para permitirem distribuir a alimentação por vários cabos. As caixas 
de derivação podem ter uma ou duas derivações. No caso de ter uma derivação são 
normalmente designadas por caixas em T, pois a derivação faz um ângulo recto. Se a 
derivação não for feita segundo um ângulo de 90º, então deve-se usar uma caixa de 
derivação em Y. No caso de ter duas derivações, e são normalmente designadas por 
caixas em cruz, isto no caso de as derivações fazerem um ângulo recto. Se as derivações 
não forem feitas segundo um ângulo de 90º, então deve-se usar uma caixa de derivação 
em duplo Y. 
28 
 
8.3 Junção pré-fabricada 
A junção pré-fabricada é feita de materiais isolantes e semicondutores para altas tensões 
( também podem ser usadas para media tensão ), em que a conexão dos condutores pode 
ser por compressão ou soldados. Têm excelentes características eléctricas, mecânicas e 
térmicas e a sua cobertura assegura uma perfeita protecção. 
 
Figura 11. Junção pré-fabricada. 
8.4 Terminais 
São peças feitas de Al e Al Cu, e o seu uso depende da secção condutor para esta rede 
usou-se terminais de 120m e Al e Cu, estes terminais são compostos por dois 
materiais o Al e Cu o alumínio para facilitar ao cravamento dos cabos e a parte de cobre 
maior condutividade, e maior resistência a oxidação e a parte que trás um olhal onde 
entra o parafuso e faz se o aperto, extensão usadas para fixação de cabos aos terminais 
dos seccionadores, em terminais da fonte das cargas ou transformadores. 
 
Figura 12. Terminais para cravamento dos cabos. 
9. Protecção dos cabos contra roedores 
É sabido que os roedores podem atacar os cabos, quer seja com o objectivo de superar o 
obstáculo que o cabo se torna à sua passagem, quer seja apenas por uma necessidade 
fisiológica de afiar os dentes. 
Geralmente o enterramento simples dos cabos numa vala com 0,80m de profundidade, é 
uma protecção suficiente. A colocação de uma camada de areia sobre os cabos também 
ajuda a dissuadi-los de eventuais investidas. No entanto, há que ter em atenção os 
pontos em que os cabos abandonam o solo para entrar nos postos de transformação ou 
nos prédios.Nestes casos a prevenção pode ser feita através da colocação de tubos 
metálicos ou enfitagem exterior em fitas de aço. 
29 
 
10. Sinalização de Cabos Subterrâneos 
De acordo com a rede em construção será necessário utilizar cabos condutores 
sinalizados de acordo com as fases de modo a garantir a segurança no caso de uma 
avaria, será sinalizada esta rede com a finalidade de facilitar na procura da avaria e na 
sua posterior manutenção pois o cabo usado no projecto será do tipo monopolar oque 
implica a passagem de 3 cabos iguais na vala. 
 
Figura 13. Exemplo de sinalização dos cabos subterrâneos monopolares. 
10. 1 Sinalização da passagem duma linha subterrânea 
Para evitar que os cabos sejam destruídos ou sofram golpes mecânicos as linhas 
subterrâneas são sinalizadas canalizações subterrâneas enterradas directamente no solo 
(ou numa vala) devem ser sempre sinalizadas. Elas podem ser sinalizadas por tijolos, 
placas metálicas ou lousa colocados a 0,10 m acima da canalização, ou por redes 
metálicas plastificadas ou por redes ou fitas plásticas de cor vermelha colocadas a 0,30 
m. a EDM nas sua grande parte das linhas subterrâneas são enterradas directamente no 
solo oque exige uma grande atenção na hora de fazer a sinalização da linha. 
 
 
30 
 
10.2 Profundidade de enterramento dos cabos 
Os cabos de baixa tensão e de média tensão devem ser enterrados a uma profundidade 
mínima de 0,70 m. Normalmente, os cabos de baixa tensão, da EDP Distribuição, estão 
enterrados a uma profundidade de 0,80 m, e os cabos de média tensão, da EDP 
Distribuição, estão enterrados a uma profundidade de 1,10 m. No caso de serem 
enterrados na faixa de rodagem, bem como nas travessias subterrâneas de auto-estradas, 
estradas, ruas ou caminhos a sua profundidade mínima deve ser de 1 m e as travessias 
devem ser perpendiculares ao eixo da via e no caso de travessias de Caminhos-de-ferro 
devem estar enterrados a 1,30 m de profundidade. Nestes dois últimos casos, os cabos 
devem ser entubados. 
 
Segundo (Bruno Alberto Ramos, “Projecto e exploração de redes de média e baixa 
tensão”, FEUP, 2004) Relativamente à influência da profundidade, pode-se dizer que, 
para cabos enterrados entre 0,70 m a 1,20 m, ela é normalmente desprezável. Se por um 
lado, quanto mais próximo o cabo estiver da superfície do solo, maior é a temperatura e 
as variações sazonais a que vai estar exposto, por outro lado, quanto mais enterrado 
estiver, maior é a humidade e a compacticidade do solo o que faz com que a 
resistividade térmica deste diminua. Nos cabos de média tensão, a alma condutora deve 
suportar temperaturas máximas de: 90º C, permanentemente, à sua tensão nominal; de 
120º C em sobrecarga de curta duração, ou seja, 24h por ano, em fracções máximas de 3 
horas; de 250º C para um curto-circuito trifásico com duração máxima de 5 segundos. 
Deste modo, os materiais utilizados, as condições de instalação e os respectivos 
acessórios dos cabos devem suportar as temperaturas máximas e condições, acima 
descritas. 
 
NOTA 01: Os cabos subterrâneos, como estão enterrados, praticamente, não requerem 
manutenção preventiva; essencialmente, a sua manutenção é correctiva. Esta é uma das 
vantagens, comparativamente às linhas aéreas, as quais necessitam de manutenção, 
tanto preventiva como correctiva. 
 
 
 
31 
 
Capitulo V 
11. Cálculos eléctricos 
O cálculo eléctrico tem como objectivo a determinação da tensão nominal da linha e da 
secção transversal dos condutores que a constituem, de forma a assegurar que não 
sejam excedidas as limitações técnicas impostas pelos condutores, relativamente á 
intensidade de corrente máxima admissível, à intensidade de corrente de curto-circuito 
máxima admissível, quedas de tensão, perdas de energia e também a resistência 
mecânica. 
O procedimento relativo ao cálculo eléctrico envolve as seguintes tarefas: 
 Cálculo da intensidade de corrente de serviço; 
 Cálculo das quedas de tensão; 
 Cálculo das perdas de energia. 
 
O cálculo eléctrico não será alvo de atenção durante a realização deste projecto, pois a 
tensão e a secção dos condutores a utilizar encontra-se normalizada, e o projecto só 
actuara na parte da troca da linha aérea para subterrânea tendo em conta que já existe 
uma linha aérea com uma potencia já instalada e uma tensão que se tem o 
conhecimento desde o inicio do projecto. Como existem padrões para a escolha de 
secção dos cabos tendo em vista a tensão da linha a empresa define uma secção de 
95 de alumínio para tensões de 6.6 a 20KV. 
11.1 Intensidade de corrente 
No presente projecto o transformador têm uma potência de 315KVA, a tensão composta 
é 11KV e o facto de potência considerado será 0,8.O valor da intensidade de corrente de 
serviço é determinado a partir da seguinte Expressão: 
 
 
 
√ 
 .70A 
 
 
 
 
√ 
 
32 
 
11.2 Queda de tensão nas linhas 
 
√ 
 
 
 
 11.3 Queda de tensão em percentagem: 
 
 
 
 
 
 
Como pode de verificar a queda de tensão na linha é de apenas 0,09 KV, o que 
corresponde a cerca de 0,81% em relação à tensão nominal (11KV). Isto deve-se ao 
facto de possuirmos uma tensão elevada e uma corrente baixa, o que faz com que mais 
uma vez se prove o porquê, para pequenos ramais, “ são desprezíveis” os cálculos 
eléctricos. 
‟Segundo (Solidal,2007) ”, Para as redes de média tensão considera-se uma queda de 
tensão máxima admissível inferior ou igual a 7%. Portanto a queda de tensão calculada 
está dentro de valores aceitáveis 
 
 
 
 
 
 
 
 
√ 
 
 
 
 
 
 
33 
 
Capitulo VI 
12. Principais avarias (defeitos) nos cabos subterrâneos 
Os defeitos que ocorrem numa rede subterrânea podem ser classificados, quanto à sua 
origem: 
 Defeito interno; 
 Defeito externo. 
 
Quanto à sua natureza, em 
 Defeitos eléctricos. 
 
Defeitos eléctricos podem ser: 
 Defeito de isolamento; 
 Defeito de continuidade. 
12.1 Os defeitos de origem interna 
 ocorrem essencialmente devido a defeitos de fabrico (pequenas cavidades ou partículas 
estranhas nos cabos de isolamento com materiais termoplásticos, má impregnação nos 
cabos isolados a papel), alterações da qualidade dieléctrica do material isolante ao longo 
do tempo (envelhecimento), aquecimento excessivo do cabo (originado pela potência 
transmitida, temperatura ambiente ou resistência térmica do solo muito elevadas) ou 
aparecimento de elevadas solicitações dieléctricas (sobretensões). Convém salientar que 
os defeitos de fabrico nos cabos, são cada vez menos frequentes, devido aos cada vez 
mais rigorosos ensaios de qualidade a que estes estão sujeitos na hora da sua fabricação. 
 
34 
 
12.2 Os defeitos de origem externa 
Ocorrem devido a uma penetração progressiva de humidade no isolante do cabo devido 
a uma deterioração da bainha de chumbo, que pode ser resultante de mau 
manuseamento durante o transporte ou instalação, movimento do solo, vibrações, ou em 
algum dos acessórios como as caixas de junção (má concepção ou montagem 
defeituosa). 
Podem também ser originados por uma modificação acentuada da espessura do isolante, 
a qual pode ter origem no esmagamento do cabo, aparecimento de fendas ou quebras no 
papel impregnado (para cabo com isolamento a papel impregnado a óleo). 
Outro defeito que ocorre devido a factores externos à rede, e que é frequente acontecer, 
é o caso da destruição acidental, por acção de uma escavadora. Regra geral, estes 
defeitos por agressão mecânica, são facilmente localizados. 
 
12.3 Defeitos de isolamento 
Ocorrem devido ao envelhecimento dos mesmos assim o cabo corre riscos de conduzir 
uma pequena quantidade de corrente para o seu exterior criando assim quedas de tensão 
acentuadas. 
 
12.4 Defeitos de continuidade 
 esses defeitos são originados através do rompimento do cabo ao longo da linha que 
podemter varias origens em especial o envelhecimento do cabo, pois depois deste estar 
velho e perder algumas das suas propriedades ele tende a romper-se porque já não 
suporta a passagem de corrente ao mesmo nível do que quando estava novo. 
Segundo (Nuno André Rocha, “Pesquisa, detecção e reparação de avarias na rede de 
distribuição MT/BT”, FEUP, 2002) Existem inúmeros factores dos quais depende a 
frequência com que ocorrem defeitos numa rede de cabos subterrâneos. Os mais 
relevantes são a idade e a estrutura da rede, o tipo de cabos e quando estes foram 
fabricados, e a tensão de serviço. A frequência média com que ocorrem defeitos nas 
redes subterrâneas tende cada vez mais a diminuir, e se há cerca de 40 anos variava, 
35 
 
sensivelmente, entre 1 a 5 defeitos em cada 100 KM de cabo, ao longo de um ano, 
actualmente as redes tendem a não ter mais de 1 defeito por ano, para cada 100 KM de 
ligação trifásica. Esta diminuição deve-se, em grande parte, ao facto de hoje em dia 
usar-se cabos de isolamento sintético. 
 
Porém, quando surgem avarias, localizá-las e repará-las, torna-se mais demorado, uma 
vez que o seu traçado não está visível. Se por um lado os defeitos surgem como menor 
frequência nas redes subterrâneas, por outro lado o seu tempo de eliminação é mais 
elevado e os defeitos eléctricos são do tipo permanente, pois a estrutura do dieléctrico é 
profundamente modificada na região do defeito, o que faz com que seja impossível a 
sua regeneração. 
A localização dos defeitos nas redes de cabos subterrâneos, só pode ser feita a partir das 
extremidades dos cabos da rede. Normalmente, as avarias surgem por uma interrupção 
da continuidade dos circuitos eléctricos, ou então pela redução a um valor baixo da 
resistência de isolamento e os condutores, ou entre estes e a terra. 
12.4.1 Reparação 
Na rede de distribuição subterrânea, quando ocorre um defeito, a maioria das reparações 
requer a construção de caixas de junção. Estas caixas servem para ligar electricamente 
dois troços de cabo, de modo a retomar a sua continuidade. A construção destas caixas 
deve obedecer a determinadas regras na sua execução de modo a que a estanquidade e o 
isolamento do cabo sejam garantidos. Deve também assegurar-se a continuidade das 
bainhas metálicas e das armaduras dos cabos, no caso de existirem. É usado um material 
termorretráctil, constituído por uma manga que envolve cada condutor individualmente, 
por uma manga exterior que envolve todos os condutores, por ligadores de cravação e 
por uma trança de cobre para a interligação das bainhas de aço dos cabos. 
Todos estes componentes são fornecidos em conjunto e vêem embalados em sacos de 
plástico bem fechados, para estarem bem protegidos contra impurezas. 
Na execução de caixas de junção, a limpeza dos equipamentos, das ferramentas e do 
local de trabalho, são essenciais para um trabalho bem realizado, assim como o 
conhecimento das indicações dadas pelo fabricante. As reparações são geralmente caras 
nesse tipo de linha pois para além do custo de aquisição do material para fazer a 
reparação ser alto também a aquisição da maquinaria que detecta o tipo de avaria 
36 
 
também é muito alto. (a empresa EDM tem somente uma maquina detectora funcionado 
em toda a zona centro). 
12.5 Sistemas de Ligação à Terra 
Nestes sistemas, as blindagens das três fases ligam-se directamente entre si e à terra 
para que, em todos os pontos da linha, as tensões das blindagens entre si e em relação à 
terra se mantenham próximas de zero. Não se adopta nenhuma disposição para evitar a 
circulação de correntes pelas blindagens em regime permanente. Estas correntes, 
induzidas pelos condutores principais, originarão uma produção adicional de calor, com 
a consequente diminuição da capacidade de transporte da linha. As blindagens devem 
unir-se entre si e à terra nos dois extremos da linha. Se for preciso, de forma a limitar as 
tensões de blindagem que poderiam ocorrer em caso de defeito na própria linha, as 
blindagens unir-se-ão entre si noutros ponto. 
Segundo ( General Cable, “Ligações à terra em circuitos de Alta e Media Tensão”. 
ICAT 2005 CO/VAR/PRO/ICA/080/022, 2005).Diz é prudente ligar as blindagens entre 
si e à terra cada 2 a 3km, mas é exigível ligar as blindagens entre si e a terra nos inicios 
e fims de linha, (isso vale tambem para linhas de comprimento menor a 2/3km). 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
Capitulo VII 
13. Procedimentos detalhados para a construção da linha subterrânea. 
Como já existe uma linha e um transformador instalado a sua potência è de 315KVA os 
cálculos para o dimensionamento do mesmo será desprezado a secção dos condutores 
escolhida foi de 95 isolado e com núcleo de alumínio. Depois de serem feitos 
todos os estudos da linha a construir e depois de se conhecer detalhadamente os 
materiais constituintes da linha chegamos a etapa da construção da linha que consistira 
em três fases seguintes: 
1ª Fase abertura da cova onde será construída a vala para a passagem dos cabos 
Nesta fase com a ajuda de enxadas, pás e outros acessórios será feita a cova com um 
comprimento aproximadamente igual a 300m e uma largura de 0.7m a uma 
profundidade de 1.4m para facilitar a colocação do material para construção da vala 
(betão), como a linha ira passar duma estrada já alcatroada será necessário usar picaretas 
para partir o asfalto. 
2ª Fase construção da vala de betão armado 
Com placas feitas de betão armado com espessuras de 5cm, comprimento de 1m e altura 
de 20cm e com a ajuda do cimento faz-se a colagem de todas as placas ao longo do 
buraco uma por uma (assim se constrói a vala). 
3ª Fase colocação dos cabos na vala. 
Os cabos isolados de media tensão serão colocados na vala sem necessidade de seguir 
nenhuma regra de distancias entre eles (para cabos subterrâneos de alta tensão è 
necessário seguir alguns regulamentos de segurança e protecção) E com as tampas 
(outras placas de betão) fecha-se a vala e coloca-se 0.20m de terra e depois vão os 
sinalizadores da linha subterrânea. Depois dos sinalizadores coloca-se arreia até fechar o 
buraco. De seguida far-se-á a ligação do início de linha (na saída dos seccionadores 
fusíveis) que alimentam a linha que se encontra colocada naquela zona e só depois será 
feita a ligação no fim de linha e a alimentação do transformador. Uma vez que todos os 
elementos do principio e fim de linha já estão montados (os seccionadores fusíveis) só 
será necessário fazer a ligação dos terminais dos cabos na saída dos seccionadores 
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fusíveis (inicio de linha) para protecção da linha e para fazer a interrupção da linha no 
caso de avarias. Na entrada (fim de linha) para protecção do transformador. 
NOTA02: Por ser uma linha subterrânea é recomendo que a sua montagem seja no mês 
mais seco (meses como Setembro, Outubro e Novembro). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14.Orçamento da linha. 
Tabela 01. Custo na aquisição dos materiais para a construção da linha. 
Item 
(N°) 
Material Quant/
Uni 
Preço unitário 
em metical 
Preço total 
1 Cabo monopolar XLPE 1x95 20Kv 920m 2975mts 2.722.125mts 
2 Placas de betão armado 1200 180mts 216.000mts 
3 Arreia mina 300kg 7mts 2.100mts 
4 Cimento 10 520mts 5.200mts 
5 Terminais de Cu 120 6 875mts 5.250mts 
6 Uniões circulares Al/Cu 185 3 452mts 1.136mts 
Total: 2.949.711mts 
 
Tabela 02. Custo de mão-de-obra 
Quantidade Categoria Salário por mês Salário total 
2 Tec. Sistemas eléctricos 24,345,00mts 97.380,00mts 
1 Tec. Construção civil 22,142,00mts 44.284,00mts 
2 Tec. Básico de electricidade 16,724,00mts 66.896,00mts 
1 Motoristas 12,436,00mts 24.872,00mts 
18 Tec. Auxiliares 2,500,00mts 75.000,00mts 
Total: 308.432,00mts 
 
Tabela 03. Custo de transporte. 
Quantidade Tipo de viatura Preço de aluguer/mês Preço total1 Camião pesado 15,574,00mts 31.148,00mts 
6 Carrinhas de mão 1,200,00mts 1.200,00mts 
 Total: 32.248,00mts 
Tabela 04. Custo total da linha. 
Categoria Designação Custos 
A Aquisição dos materiais 2.949.711,00mts 
B Custo total de mão-de-obra 308.432,00mts 
C Custo de transporte 32.248,00mts 
A+B+C Total 3.290.391,00mts 
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15. Conclusão 
 
Chegado ao término deste projecto conclui-se para que um projecto de canalização 
subterrânea ou aéreas quaisquer que seja tenha os rendimentos desejados há que 
primeiro obedecer a todas etapas e ou normas recomendadas pelos regulamentos que 
retratam estas actividades, numa rede subterrânea devido a sua complexidade é preciso 
ser prudente no acto da colaboração e materialização do projecto para evitar falhas 
durante a transmissão da energia eléctrica promovendo assim a eficiência e qualidade no 
fornecimento da mesma. 
Verificou-se que a implementação duma linha subterrânea è mais dispendiosa em 
relação a uma linha aérea de igual comprimento pois para além do custo com a 
aquisição de materiais também os custos são verificados na hora da contratação de 
pessoal pois exige muita atenção cuidada e uma equipe muita bem treinada e qualificada 
para este tipo de operação. 
Com tudo é muito mais importante aquisição de um material de qualidade tendo em 
conta sobre tudo na quilo que é a durabilidade dos mesmos, um outro aspecto muito 
fundamental é a previsão de um plano de manutenção para complementar aquilo que é a 
durabilidade da rede porque a manutenção é um factor chave de qualquer actividade 
industrial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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16. Sugestão para a empresa EDM 
Uma vez tendo feito o estagio num período de 90dias pude verificar que a empresa em 
causa não uso todos os métodos para colocação e protecção dos cabos subterrâneos e è 
com essa visão que tive a ideia de dar algumas sugestões. Tais como: 
 A E.D.M ao construir uma rede subterrânea de média tensão optasse em fazer 
valas de betão para facilitar durante a manutenção da mesma; 
 Após a construção da rede fosse sinalizada a área por onde passou os cabos de 
modo a facilitar na identificação do percurso da linha; 
 A E.D.M ao fazer a ligação dos cabos subterrâneos para dar continuidade no 
caso de avaria ou pela necessidade de aumentar o cabo deveriam usar material 
adequado para o isolamento do cabo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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17. Referencias. 
 “Regulamento de consignações da rede de distribuição AT, MT e BT”, EDP 
Distribuição, Outubro de 2005. 
 “Manual de Operação UNISAT SPG 32”, Seba Dynatronic, 1995. 
 http://www.ine.pt Acesso em Junho de 2008 
 “Regulamento de Segurança de Linhas de Alta Tensão”, DGE, Abril de 1993. 
 GONÇALVES, Filipe João Parada, projecto de execução de linhas de média 
tensão, Coimbra, Setembro, 2011 
 Programa CYMCAP. Disponível 
em:<http://www.cyme.com/software/cymcap/> Acesso em 14/02/2017. 
 Nuno André Rocha, “Pesquisa, detecção e reparação de avarias na rede de 
distribuição MT/BT”, FEUP, 2002 
 José Pereira da Silva, “Qualidade de Serviço em Sistemas de Produção 
Transporte e Distribuição de Energia Eléctrica” 
 Cabo de 66-500kV XLPE. Disponível em http://portuguese.alibaba.com/. 
 EDP. DMA-C33-281/N, “ Condutores isolados e seus acessórios para redes: 
Cabos, isolados com dieléctrico sólido extrudido e de tensão estipulada 36/60 
(72,5) KV – Características e ensaios”, 3ª edição. Lisboa, 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anexos 
 
Figura 01. Terminais e saídas dum cabo subterrâneo tripolar 
 
 
Figura 02. Caixa de junção de um cabo subterrâneo 
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Figura 03. Capas para montagem e isolamento de caixa junção. 
 
Figura 04. Terminal cravado no fim dum cabo subterrâneo monopolar. 
 
 
 
 
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Figura 05. Ferragem colocada no isolador rígido STV usado nas linhas aéreas.

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