Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Mariana Magalhães – Odontologia UFMG METALO CERÂMICA x CERÂMICA PURA Prof. Marcos Daniel Lanza PLANO DE TRATAMENTO: FASES: - Diagnóstico (avaliar paciente e situação clínica como um todo) -> o que o paciente precisa? - Indicações de tratamento (Cada caso é único) - Contra-indicações - Custo Biológico (qual implicação clínica?) - Custo financeiro RESTAURAÇÃO METALO-CERÂMICA: - É indicada para todos os casos de coroa. Possui desvantagens, mas não contra-indicação - Cerâmica que é estratificada sobre a infra- estrutura metálica - Ampla utilização e baixo custo - “Padrão ouro” – taxa de sucesso a longo prazo (Alta sobrevida) - Versatilidade: Coroas unitárias: Dento suportada Implanto-suportada PPFs médias: Reabilitações orais com PPFs Associação com próteses parciais removíveis: - Apoio da prótese e encaixe do gancho Espaço interoclusal reduzido: - Nem sempre é possível alterar a DVO do paciente Desvantagens: - Margem acizentada na margem cervical das próteses metalo-cerâmicas - Tipo do material e espessura da mucosa influencia na mudança de cor visível. - Em mucosa queratinizada acima de 3mm não há alterações na cor do tecido independente do tipo de material - Sempre preocupar com o biotipo gengival em restaurações de dentes anteriores - Avaliar também a linha do sorriso (sorriso alto) Linha do Sorriso: Infra-estrutura metálica: - Espessura do material: Metal nobre: 0,3mm Metal básico: 0,2mm Aplicação da porcelana: - Tem o intuito de mimetizar o dente natural do paciente Opacidade: - É inerente à presença da infraestrutura e também está relacionada com uma insuficiente redução do preparo dental. - Alergias/hipersensibilidades relacionadas às ligas metálicas podem surgir 2 Mariana Magalhães – Odontologia UFMG CERÂMICA PURA: Vantagens estéticas: - Substituição da infraestrutura metálica por cerâmica - Ausência da cinta metálica na cervical - Maior translucidez: mimetiza melhor o esmalte - Biocompatibilidade - Estabilidade de cor - Estética - Ausência de oxidação Desvantagens: - São altamente friáveis e suscetíveis à fraturas precoces, especialmente quando submetidas a cargas cíclicas em ambiente úmido - Pode desgastar os dentes antagonistas - Alto custo (é relativo) Indicações clínicas: - PPFs extensas: devem ser muito bem indicadas (preparos muito paralelos, bom laboratório – boa sinterização). Melhor não indicar!!! - Coroas unitárias anteriores e posteriores - Facetas indiretas - Restaurações Onlays - PPF Anterior e Posteior até 3 elementos Contra Indicações clínicas: - Dentes mal posicionados - Dentes com coroa clínica curta - Espaço interoclusal pequeno - Hábitos parafuncionais DIFERENÇAS TÉCNICAS ENTRE METALO- CERÂMICA E CERÂMICA PURA: Custo biológico para o dente: - É relativo - A perda de vitalidade pulpar é semelhante entre ambas - Na prática, a necessidade de redução da estrutura dentária em ambos os sistemas é semelhante Desgaste durante o preparo para Metalo-cerâmica - Redução axial: 1,2mm V 0,6mm L Ângulos arredondados - Redução oclusal/incisal: 1,5mm - Término cervical: Chanfrado Desgaste durante o preparo para Cerâmica pura: - Redução axial: Uniforme de 1,3 a 1,5mm Ângulos arredondados - Redução oclusal/incisal: 2mm - Término cervical: Ombro arredondado Desenho das infra-estruturas para metalo- cerâmica: - Elementos unitários: 1/3 do trabalho definitivo (anatomia reduzida) Cinta metálica lingual com altura de 0,5mm (Cinta metálica: Pode ser dispensada dependendo do tipo de cerâmica utilizada) 3 Mariana Magalhães – Odontologia UFMG Desenho das infra-estruturas para Cerâmica pura: - Elementos unitários posteriores - Poste: serve para reforçar a cerâmica de cobertura que virá por cima - Com reforço: Aumenta a resistência à fadiga Complicações x Longevidade: Coroas monolíticas: - Introdução do processamento computadorizado (CAD/CAM) para confecção de restaurações monolíticas - O termo monolítica é derivado da técnica de confecção tendo como resultado final uma estrutura de um mesmo material. - Favorece a taxa de sobrevivência das restaurações (por ser feita apenas de um material/de uma só peça) “Coroas cerâmicas monolíticas de dissilicato de lítio foram capazes de suportar forças excessivamente maiores que as forças fisiológicas da região anterior.” Desenho das infra-estruturas para metalo- cerâmica: - Próteses parciais fixas: Anatomia reduzida Cinta lingual (pode ser dispensada dependendo do tipo de cerâmica utilizada) Desenho das infra-estruturas para cerâmica pura: - Próteses parciais fixas: Infra-estrutura desenhada empiricamente Infra-estrutura das cerâmicas pura com mesmo desenho da metalo-cerâmica Barra corrugada Desenho das infra-estruturas para metalo- cerâmica: - Área de conexão para PPFs: 4mm² região anterior 6mm² região posterior Desenho das infra-estruturas para cerâmica pura: - Área de conexão para PPFs: Contra-indicados em dentes com coroas curtas - Dependendo do fabricante, há uma área geométrica diferente para cada tipo de cerâmica (varia de 12 a 20) Complicações x Longevidade: - Falhas nas áreas de conexão 4 Mariana Magalhães – Odontologia UFMG Qual indicar? Quanto mais estética, menor a resistência. Facetas, onlyas: Preferência por sistemas cerâmicos - Feldspáticas (Vitablocs) - Reforçadas por Leucita (IPS Empress/Esthetic) - Alumina infiltrada (in-Ceram Spinell) - Dissilicato de lítio (IPS Empress 2/e.max)-> Onlays - Alumina densamente sinterizada (Procera All Ceram) Coroa Unitária Anterior: - Avaliar biótipo gengiva - Avaliar tipo de substrato (esmalte/dentina) Núcleo Metálico Fundido: (Dissilicato com alta densidade para conseguir opacificar o metal) Coroa Unitária Posterior: - Metalo-cerâmica - Dissilicato de Lítio (IPSe.mxPress; IPSe.maxCAD) - Coping de YTZP (IPSe.maxZirCAD) + Estratificação Coroas em cerâmica pura: Existe restrição? - Avaliar substrato - Maior tensão no modelo de resina - Menor tensão no modelo de metal (dissipa melhor as forças e não deixa deformar) - O substrato com maior módulo elástico promove um menor deslocamento das estruturas, e, por conseguinte, induz a uma menor geração de tensão; - O tipo de cimento parece não exercer efeito na geração de tensões nas coroas em cerâmicas. - Substrato de Resina: restauração Metalo-cerâmica “Coroas isoladas totalmente em cerâmica exibem taxas de sobrevivência semelhante às coroas metalo- cerâmica após um período de observação médio de pelo menos 3 anos. No entanto, isso é verdade apenas porque as coroas isoladas são feitas de cerâmica de vidro reforçado com leucita ou dissilicato de lítio. Esses materiais apresentam um desempenho semelhante nas regiões anterior e posterior. Coroas feitas de zircônia densamente sinterizada, no entanto, não podem ser recomendadas como opção primária de tratamento, devido ao aumento do risco de lascamento da cerâmica de recobrimento e perda de retenção. Finalmente, as cerâmicas mecanica- mente mais fracas, como a cerâmica vítrea feldspática ou de sílica, só podem ser recomendadas em regiões anteriores com baixa carga funcional.” PPF anterior pequena: - Metalo-cerâmica - Dissilicato de Lítio - Alumina densamente sinterizada - Copping de YTZP + estratificação PPF posterior Pequena: - Metalo-cerâmica Reabilitações extensas: - Metalo-cerâmica SEMPRE 5 Mariana Magalhães – Odontologia UFMG “As próteses fixas metalo-cerâmicas apresentaram menores taxas de falhas do que próteses fixas totalmente cerâmicas após um período médio de observação de pelo menos 3 anos. As fraturas estruturaisforam relatadas com freqüência para as próteses fixas reforçadas com cerâmica vítrea e alumina infiltrada com vidro. A zircônia densamente sinterizada é significativamente mais estável como material de sub-estrutura, mas a desadaptação leva a complicações como descoloração, cáries secundárias e perda de retenção. Além disso, fraturas e lascamento da cerâmica foram frequentes. No futuro, mais esmeros na produção de reconstruções de cerâmica são indicados.” Considerações Finais: - As coroas metalo-cerâmicas permanecem como os materiais mais amplamente utilizados em próteses parciais fixas principalmente devido a sua resistência, versatilidade e longevidade, sendo improvável sua total substituição por outros sistemas restauradores nas situações clínicas rotineiras. (Bottino, 2002) Avaliar sempre: - Preparo cavitário - Volume de cerâmica: estética satisfatória
Compartilhar