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LIBÂNEO, José Carlos [2000] Cap_14 - As áreas de atuação do sistema de organização e gestão escolar

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LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: Teoria e Prática. São Paulo: Heccus Editora, 2015. [6ª Ed., Orig. 2000]
Capítulo 14 – “As áreas de atuação do sistema de organização e gestão escolar – Ações, procedimentos e técnicas de coordenação do trabalho escolar”, pp. 231-264.
1. Síntese da argumentação do livro. (p. 233)
1.1. Tese fundamental: “uma escola bem organizada e gerida é aquela que cria e assegura as melhores condições organizacionais, operacionais e pedagógico-didáticas de desempenho profissional dos professores, de modo que seus alunos tenham efetivas possibilidades de serem bem sucedidos em suas aprendizagens”. (p. 233)
	1.1.1. A razão de ser da organização e gestão da escola é a melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos.
1.2. Este capítulo sintetiza os assuntos tratados neste livro:
	1.2.1. Áreas de atuação da organização e gestão da escola.
	1.2.2. Ações de coordenação do trabalho pedagógico.
	1.2.3. Procedimentos e técnicas.
2. Áreas de atuação do sistema de organização e gestão. (pp. 233-241)
2.1. Sugestão de 6 áreas de atuação articuladas entre si, sob responsabilidade das funções de direção e coordenação:
	2.1.(1). Planejamento, formulação e execução do projeto pedagógico-curricular.
	2.1.(2). Organização e desenvolvimento do currículo.
	2.1.(3). Organização e desenvolvimento do ensino.
	2.1.(4). Práticas de gestão técnico-administrativas e pedagógico-curriculares.
	2.1.(5). Desenvolvimento de profissional.
	2.1.(6). Avaliação institucional e da aprendizagem.
		2.1.6.1. Os itens 1, 2 e 3 foram um bloco; 4 e 5, um segundo bloco; 6, um terceiro bloco.
		2.1.6.2. Esses três blocos se realizam dentro de uma dada cultura organizacional/comunidade de aprendizagem. 
2.2. Planejamento, formulação e execução do projeto pedagógico-curricular:
2.2.1. Projeto pedagógico-curricular = documento com intenções, objetivos e ações para a realização da escolarização de todos os alunos.
	2.2.1.1. É a concretização do processo de planejamento.
2.2.2. Competências desta área de atuação:
	2.2.2.1. Coordenar a formulação, desenvolvimento e avalição do projeto.
	2.2.2.2. Apresentar ideias e diretrizes relacionadas aos objetivos, às orientações curriculares e aos planos de ensino.
	2.2.2.3. Auxiliar tecnicamente na prática de elaboração do projeto pedagógico-curricular e dos planos de ensino.
	2.2.2.4. Acompanhar e avaliar o desenvolvimento do projeto pedagógico-curricular e das atividades curriculares e de ensino.
2.3. Organização e desenvolvimento do currículo.
	2.3.1. Currículo = conjunto dos conteúdos escolares e das práticas formativas trabalhados pela escola, de modo implícito ou explícito.
		2.3.1.1. Ele põe em ação as intenções expressas no projeto pedagógico-curricular.
	2.3.2. Competências dessa área de atuação:
		2.3.2.1. Fornecer elementos para formulação dos objetivos e do papel da escola em face das necessidades da sociedade.
2.3.2.2. Ajudar na elaboração dos planos de ensino (objetivos por disciplina, adequação dos conteúdos à realidade da escola e às necessidades dos alunos).
2.4. Organização e desenvolvimento do ensino.
	2.4.1. Provimento de condições intelectuais, afetivas, materiais que favoreçam o desempenho dos professores.
	2.4.2. Competências dessa área de atuação:
2.4.2.1. Oferecer aos professores capacitação em metodologias e procedimentos específicos, gestão de classe, orientação da aprendizagem, diagnósticos de dificuldades dos alunos, práticas da avaliação da aprendizagem etc.
2.4.2.2. Fornecer assistência profissional direta aos professores (observação das aulas, aconselhamento, avaliação).
2.4.2.3. Fornecer apoio na adoção de medidas pedagógicas diferenciadas e reforço de domínios das didáticas das disciplinas.
2.4.2.4. Auxiliar os professores na análise e solução de problemas de disciplina, conflitos e outros problemas.
2.4.2.5. Apoiar diretamente os alunos com dificuldades transitórias na aprendizagem.
2.5. Práticas de gestão.
	2.5.1. Atividades-meio, instrumentais, da ação educativa. Dois tipos:
		2.5.1.1. Ações de natureza técnico-administrativa: legislação, normas, recursos, rotinas administrativas.
2.5.1.2. Ações de natureza pedagógico-curricular: gestão dos elementos que constituem a natureza da atividade escolar (projeto pedagógico-curricular, ensino, desenvolvimento profissional, avaliação).
	2.5.2. Envolve a intermediação da relação entre a escola e as instâncias superiores do sistema e entre a escola e a comunidade.
	2.5.3. Competências dessa área de atuação:
		2.5.3.1. Prestar assistência pedagógico-didática aos professores para se chegar a uma situação ideal de qualidade de ensino.
		2.5.3.2. Coordenar a formulação e desenvolvimento do projeto pedagógico-curricular.
		2.5.3.3. Aplicar procedimentos de liderança democrático-participativa e coordenação do esforço coletivo.
		2.5.3.4. Responsabilizar-se pela efetivação das atividades de rotina (reuniões pedagógicas, conselhos de classe etc.).
		2.5.3.5. Criar as condições necessárias para integrar os alunos na vida da escola.
		2.5.3.6. Cuidar dos relacionamentos da escola com pais e comunidade.
2.6. Desenvolvimento profissional (formação continuada).
	2.6.1. Desenvolvimento profissional = formação continuada no próprio contexto de trabalho.
2.6.1.1. Articulação do desenvolvimento pessoal (trabalho crítico-reflexivo sobre sua identidade) e do desenvolvimento organizacional (condições de exercício do trabalho).
	2.6.2. Competências dessa área de atuação:
		2.6.2.1. Identificar necessidades de formação dos docentes e promover ações de desenvolvimento profissional.
		2.6.2.2. Promover momentos de análise e de reflexão sobre as orientações e as práticas docentes em seu contexto concreto.
2.7. Avaliação institucional da escola e da aprendizagem.
	2.7.1. Avaliação é requisito para a melhoria das condições da organização escola e da prática do professor.
	2.7.2. Competências dessa área de atuação:
		2.7.2.1. Acompanhar as ações de avaliação da organização escolar, do rendimento dos alunos e da própria coordenação.
		2.7.2.2. Ajudar os professores a diagnosticar dificuldades dos alunos e formar meios didáticos e técnicos para enfrentá-las.
		2.7.2.3. Indicar critérios e formas de avaliação da aprendizagem conforme diferenciação pedagógica dos alunos.
		2.7.2.4. Prover os professores de meios de elaboração de instrumentos e procedimentos de avaliação da aprendizagem.
3. Ações de coordenação do trabalho escolar. (pp. 241-245)
3.1. Gestão da escola como vertentes básicas de atividade: racionalização do trabalho e coordenação do trabalho.
3.1.1. Vitor Paro, Administração escolar: uma introdução crítica, 1988: mútua dependência entre o uso racional dos recursos e o uso racional das relações entre os profissionais da instituição.
3.1.1.1. Questão da competência técnica: mesmo comprometido com a transformação da sociedade, o educador responsável pela gestão da escola deve ter familiaridade tanto do domínio da coisa administrada (o pedagógico) como métodos administrativos mais adequados aos fins da educação (uma “nova administração”).
3.2. Sugestão de práticas administrativas de gestão democrática:
	3.2.(1). Formação de uma boa equipe de trabalho, colaborativa e solidária, com meta comum a formação e aprendizagem dos alunos.
		3.2.1.1. Mais formais: reuniões, conselhos de classe, cursos etc.
		3.2.1.2. Menos formais: conversas de sala dos professores, troca de informações, observação de aulas uns dos outros.
	3.2.(2). Construção de uma comunidade democrática de aprendizagem: escola como lugar de aprendizagem para todos.
		3.2.2.1. Transformar a cultura do individualismo em cultura da colaboração, pela participação nas decisões sobre a vida escolar.
	3.2.(3). Promoção de ações de formação continuada visando o desenvolvimento profissional e pessoal de todos os funcionários.
		3.2.3.1. Ações de formação dentro da jornada de trabalho.
		3.2.3.2. Ações de formação fora da jornada de trabalho.
	3.2.(4). Instituição de formas de associação e participação dos alunos que os envolvam na solução dos problemase tomada de decisões.
3.2.4.1. Boa estratégia para integrar os alunos efetivamente à escola, contornando as dificuldades dos professores em se relacionar com eles.
	3.2.4.1.1. Encontros de orientação educacional em grupo.
	3.2.4.1.2. Participação dos alunos na discussão de normas disciplinares e de convivência.
	3.2.4.1.3. Ações de fortalecimento dos laços com as famílias e a comunidade.
	3.2.4.1.4. Ações de capacitação dos professores para lidar com os comportamentos dos alunos na escola.
	3.2.(5). Implementação de iniciativas e ações visando a presença e envolvimento dos pais na vida da escola.
		3.2.5.1. Informalmente: contato diário com os professores, no acompanhamento do desempenho escolar dos filhos.
		3.2.5.2. Formalmente: associação de pais e mestres, conselho de escola.
	3.2.(6). Criação e manutenção de formas de difusão de informações na escola.
		3.2.6.1. Todos devem estar informados sobre as diretrizes do sistema de ensino, eventos da escola, decisões tomadas etc.
	3.2.(7). Criação e manutenção de práticas comunicativas visando melhorar as relações interpessoais na escola.
		3.2.7.1. Competências comunicacionais.
	3.2.(8). Estabelecer e aprimorar procedimentos e instrumentos de avaliação do sistema escolar, da escola e aprendizagem dos alunos.
3.2.8.1. Objetivo da avaliação: aferir a qualidade do ensino e das aprendizagens, percebendo a relação entre o que é ofertado e os resultados do rendimento escolar dos alunos.
3.2.8.2. Os educadores devem conhecer extraordinariamente bem a elaboração de instrumentos de aferição dessa qualidade.
4. Procedimentos e técnicas. (pp. 246-264)
4.(1). Planejamento e elaboração de projetos.
	4.1.1. Planejamento escolar = instrumento de trabalho e atividade de reflexão, envolvido na tomada de uma decisão (intencionalidade).
	4.1.2. Ele cumpre três funções: a) definição de objetivos / b) previsão de resultados e meios / c) avaliação das decisões tomada e correção.
	4.1.3. Segue uma ordem lógica:
		4.1.3.1. Coleta de informações (sobre uma situação a modificar, um problema a resolver)
		4.1.3.2. Análise e interpretação dos dados (critérios baseados nos objetivos da instituição).
		4.1.3.3. Tomada de decisão sobre metas, prioridades, melhores ações.
		4.1.3.4. Elaboração de um plano de ação.
	4.1.4. Deve contemplar algumas questões:
		4.1.4.1. Em geral, ele deve resultar de uma necessidade sentida pela equipe escolar.
		4.1.4.2. É preciso prever formas concretas de se realizar o que se propõe (responsabilidades, prazos, recursos).
		4.1.4.3. Entender que nem sempre a necessidade do grupo é a necessidade real da instituição.
		4.1.4.4. É preferível buscar o consenso ao invés de tentar resolver as coisas no voto.
	4.1.5. Processo de elaboração do projeto: (extraído de Loureimi Saldanha, Planejamento e organização do ensino, 1974).
		4.1.5.1. Definição do problema: coleta de dados quantitativos e qualitativos e formulação da problematização.
			4.1.5.1.1. Situação não satisfatória -> Problema -> Obstáculos para resolvê-lo -> Problema real.
		4.1.5.2. Determinação de necessidades e objetivos: debate público sobre o que precisa ser feito.
			4.1.5.2.1. Diagnóstico -> Necessidades -> Negociação -> Objetivos.
		4.1.5.3. Levantamento e escolha de alternativas de solução possíveis e coerentes com o problema.
			4.1.5.3.1. Além de critérios humanos, educacionais, sociológicos, psicológicos e éticos, é preciso definir as opções:
				4.1.5.3.1.1. De qual nível de qualidade.
				4.1.5.3.1.2. De maior eficiência, sem prejuízo dos objetivos.
				4.1.5.3.1.3. Mais próximas das condições reais de realização.
				4.1.5.3.1.4. De menor risco, sem prejuízo da inovação e ousadia.
		4.1.5.4. Organização do projeto: cronograma de execução com detalhamento dos aspectos técnicos e conceituais.
		4.1.5.5. Implementação do projeto: mobilização dos esforços organizacionais e metodológicos.
		4.1.5.6. Acompanhamento, avaliação e realimentação do projeto: monitoramento, avaliação somativa, exame dos dados.
4.(2). Reuniões de professores.
	4.2.1. Encontro formal para troca de ideias e tomada de decisões sobre questões da escola.
	4.2.2. É tanto parte da organização da escola como espaço de formação continuada e promoção da participação.
	4.2.3. Tipos de reunião:
		4.2.3.1. Informativa (formal): transmissão de informações e questões já decididas, com espaço para pedidos de esclarecimentos.
		4.2.3.2. Coleta de opiniões (informal): subsídios para uma ação que já está decidida (busca de informações e sugestões).
		4.2.3.3. Opinativo-deliberativa (formal): discussão de um assunto e tomada de decisão coletiva.
		4.2.3.4. De estudo: leitura e discussão de um texto, de um documento ou elaboração conjunta de aulas.
4.2.4. Jamais se devem fazer reuniões improvisadas: falta de planejamento, organização e condução adequada tornam as reuniões malvistas e desconfortáveis.
4.2.5. Sugestões para o planejamento e organização de reuniões:
	4.2.5.1. Escolher local e verificar condições físicas e materiais.
	4.2.5.2. Reunir pessoas mais ou menos do mesmo nível hierárquico ou interesses.
	4.2.5.3. Preparar rigorosamente objetivos, pautas, local, horários; antecipar divergências.
	4.2.5.4. Programar pauta possível de ser cumprida; submeter à apreciação prévia, para priorização de urgências.
	4.2.5.5. Evitar pautar assuntos que podem ser resolvidos individualmente ou com outros protocolos de ação.
	4.2.5.6. Dispor o espaço de forma confortável, em círculo talvez.
	4.2.5.7. Cumprir rigorosamente o horário e não abusar da quantidade de reuniões.
4.2.6. Técnicas de condição da reunião: (variadas, de acordo com o tipo).
	4.2.6.1. Apresentação dos assuntos.
	4.2.6.2. Apresentação do problema (pelo coordenador ou alguém convidado).
	4.2.6.3. Discussão.
	4.2.6.4. Apresentação de soluções alternativas.
	4.2.6.5. Conclusões
	4.2.6.6. Delegação de responsabilidades.
4.2.7. Dicas úteis:
4.2.7.1. Clima: ter segurança e confiança de si, para passar segurança aos participantes; se o grupo não se conhecer, promover uma breve apresentação; controlar conversas paralelas.
4.2.7.3. Condução: fazer uma boa introdução é vital; fazer perguntas iniciais aos participantes e estimular a participação; pedir esclarecimentos, dados concretos, para manter o clima de debate e aprofundamento da discussão; manter o grupo dentro do assunto, ligando a discussão ao tema proposto; pontuar as conclusões que se vai chegando; equilibrar a participação (os que falam demais, os tímidos); ficar atento aos proteladores, diversionistas; ter paciência para ouvir todos; não monopolizar a palavra; aprender a persuadir, com argumentos seguros, envolventes, baseados em dados concretos.
4.(3). Entrevistas individuais.
	4.3.1. Entrevista para analisar situações ou resolver problemas, e não analisar as pessoas envolvidas.
	4.3.2. Tipos de entrevista:
		4.3.2.1. Dirigida: há roteiro prévio.
		4.3.2.2. Não-dirigida: sem roteiro prévio.
		4.3.2.3. Mista: há roteiro, mas com flexibilidade.
	4.3.3. Procedimentos (sempre peculiares por definição):
		4.3.3.1. Entrevistador e entrevistado devem estar munidos de informações sobre o assunto a tratar.
		4.3.3.2. Convém informar o motivo do convite para a entrevista.
		4.3.3.2. Informalidade é algo desejável.
4.3.3.3. Entender que há pontos da conversa que são inegociáveis quando se está dentro de uma organização com filosofia, normas de trabalho, objetivos, compromissos.
	4.3.4. Objetivos da entrevista do coordenador pedagógico com o professor:
		4.3.4.1. Ajudar os professores a tomar consciência do seu desempenho e a encontrar caminhos para a melhoria da atuação.
		4.3.4.2. Auxiliar no desenvolvimento de habilidades de análise, avaliação e interpretação dos problemas da escola.
		4.3.4.3. Ouvir o professor sobre suas dificuldades, limitações e anseios.
		4.3.4.4. Combinar a ida do coordenador à sua classe.
		4.3.4.5. Análise e interpretação dos dados colhidos durante a observação de aula.
		4.3.4.6. Acerto de novas observações, novas discussões, para um plano de autoaperfeiçoamento.
	4.3.5. Observações importantes:4.3.5.1. As entrevistas precisam esta fundamentadas em dados, evidências.
		4.3.5.2. As entrevistas precisam ocorrer imediatamente após a observação das aulas.
		4.3.5.3. A entrevista deve ter caráter eminentemente profissional (ignorar relações pessoais).
		4.3.5.4. Necessidade de intercâmbio de pontos de vista, compreensão do outro.
		4.3.5.5. Dar atenção especial aos professores iniciantes, sem formação pedagógica, com mais dificuldades na sala de aula.
		4.3.5.6. Considerar que a entrevista é encontra de duas pessoas com suas especialidades, visando a melhoria mútua.
	4.3.6. É importante elaborar previamente um roteiro de observação e fazer apontamentos (escritos, gravados, filmados).
4.(4). Observação de aulas.
	4.4.1. Observação é um método científico de coleta de dados sobre algum fenômeno; na escola, o fenômeno é o desempenho do prof.
	4.4.2. Tipos de observação:
		4.4.2.1. Assistemática: ocasional, espontânea, sem intervenção planejada; mas ajudam a revelar problemas.
		4.4.2.2. Sistemática: delimita uma rotina de observação, com objetivos e etapas.
		4.4.2.3. Participante: o observador faz parte do grupo, e pode intervir.
		4.4.2.4. Não participante: o observador não intervém em nada (pode nem estar presente fisicamente no local).
		4.4.2.5. Estruturada: procura determinar a frequência de certo aspecto a ser analisado.
		4.4.2.6. Não estruturada: procura registrar diferentes ocorrências.
		4.4.2.7. Quantitativas: os dados são registrados em fichas, segundo escalas.
		4.4.2.8. Qualitativas: os dados são interpretados segundo categorias teóricas.
			4.4.2.6.1. Em geral, as observações da coordenação pedagógica são um misto de todos esses tipos.
4.4.2.6.1. Embora, o ideal seja ajudar o professor a refletir no significado das ocorrências (portanto, privilégio dos métodos qualitativos).
	4.4.3. Qualidades do observador:
		4.4.3.1. A principal: saber prestar atenção – um olhar aguçado, com focos de atenção diferentes.
			4.4.3.1.1. Olhar o todo, o coletivo, as partes, os individuais, os detalhes, o que está por trás do que se vê.
		4.4.3.2. Capacidade de escuta das falas e das reações.
	4.4.4. Fases da observação de sala de aula:
		4.4.4.1. Definição do que será efetivamente observado.
		4.4.4.2. Realização de encontros prévios para combinar a observação.
		4.4.4.3. “Observar” a própria atividade de observação (repercussões).
		4.4.4.4. Analisar, interpretar e discutir os dados coletivos.
	4.4.5. Recomendações:
		4.4.5.1. O observador deve ter objetivos muito claros e categorias explícitas.
		4.4.5.2. Os dados deverão ser discutidos imediatamente, para não perderem sentido.
		4.4.5.3. Informar aos alunos com clareza as razões da presença do observador, para minimizar as repercussões.
		4.4.5.4. É preciso um tempo extra para o coordenador registrar suas observações com precisão.
		4.4.5.5. Tomar cuidado com o efeito de halo (julgar com base em impressões pessoais).
		4.4.5.6. Transparência na comunicação, manutenção da naturalidade e das boas relações.
4.(5). Modelo clínico de formação continuada.
4.5.1. “Modelo clínico” (P. Perrenoud, Práticas pedagógicas, profissão docente e formação, 1993): articulação entre prática e reflexão sobre a prática pela análise das próprias práticas.
4.5.1.1. Selecionar experiências pertinentes, a partir de necessidades significativas dos professores, e definição de uma problemática a debater.
	4.5.1.1.1. Analisar a prática, entender porque a intervenção foi bem ou mal sucedida e realizar novos ensaios.
4.(6). Seminários.
	4.6.1. Estudo planejado de um tema, estruturando conceitos e ideias.
	4.6.2. Recomendações:
		4.6.2.1. Partir de interesses comuns sobre um tema, ou de um nível semelhante de conhecimentos.
		4.6.2.2. Todos os membros devem participar igualmente do trabalho.
		4.6.2.3. O seminário deve socializar conclusões com o grupo todo.
		4.6.2.4. Buscar a diversificação de fontes: estudo de um capítulo não justifica um seminário.
4.(7). Conselho de Classe.
	4.7.1. Órgão colegiado que permite o acompanhamento do rendimento dos alunos, da evolução da turma e do desempenho docente.
		4.7.1.1. Responsabilidade de formular ações educativas e didáticas e propiciar investigações.
	4.7.2. Incluir pais e alunos no Conselho de Classe pode gerar conflitos de interesses; mas isso não deve impedi-los de participar.
	4.7.3. Objetivos do Conselho de Classe:
		4.7.3.1. Aprimoramento do diagnóstico dos problemas e dificuldades.
		4.7.3.2. Obtenção de informações para facilitar o aconselhamento ao aluno.
		4.7.3.3. Busca de soluções alternativas para dificuldades apresentadas.
		4.7.3.4. Elaboração de programas de recuperação e outras atividades de apoio.
		4.7.3.5. Reformulação do plano de ensino.
		4.7.3.6. Identificação de progressos e mudanças de comportamento de alunos.
	4.7.4. Tudo isso subsidiado por registros e informações.
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