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RESUMO DE ECOTOXICOLOGIA-Introdução de agentes químicos no ambiente

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RESUMO DE ECOTOXICOLOGIA
Introdução de agentes químicos no ambiente
POLUIÇÃO DA ÁGUA
1. O que é poluição da água?
A poluição pode ser entendida como qualquer alteração das características do ambiente que afete as diversas formas de vida da biosfera. Ela pode ser de natureza física, química e biológica e é consequência da introdução ou do aumento de algum elemento ou material que leve a tais modificações.
Podemos dividir a poluição em dois tipos:
POLUIÇÃO NATURAL - causada por fenômenos naturais, como a erupção de um vulcão;
POLUIÇÃO ANTROPOGÊNICA - causada pela interferência do homem, desequilibrando um ecossistema, normalmente em nome do progresso, como a emissão de gases na atmosfera.
A poluição antropogênica pode ser observada tanto no ar, como na terra e na água.
A contaminação da água dá-se pela introdução de microrganismos, substâncias químicas e/ou resíduos no meio ambiente numa concentração superior para desequilibrar as características desse meio.
A água pode ser poluída de variadas formas:
- esgoto das grandes concentrações urbanas, que terminará atingindo mares, lagos e lagoas até a aplicação excessiva e, muitas vezes desnecessária; 
- agrotóxicos ou fertilizantes inorgânicos, que podem comprometer as reservas subterrâneas de água, como os lençóis freáticos.
- resíduos de usinas de açúcar ( vinhoto), matadouros, serrarias e indústrias de papel.
- derramamentos de petróleo, um dos principais poluentes dos oceanos e mares e de outros produtos lançados pelas indústrias, principalmente os indesejáveis metais pesados.
- As indústrias contribuem para a poluição térmica, causada pelo aquecimento e resfriamento das águas residuais. As águas aquecidas provocam a queda de oxigênio, elevando o crescimento de algas. Simultaneamente, o consumo de O2 dos microorganismos, devido ao aumento do metabolismo, será 4 vezes maior.
Água poluída – é a água que apresenta alterações físicas, como: cheiro, turbidez, cor ou sabor. Normalmente, a alteração física é consequência da contaminação química, geralmente devido à presença de substâncias, como: elementos estranhos ou tóxicos.
Água contaminada – é a água que contém agentes patogênicos vivos, sejam bactérias, vermes, protozoários ou vírus. Essa água não é potável, logo não deve ser utilizada.
2. Quais os principais agentes químicos contaminantes na água e quais seus meios de entrada?
As causas da crescente poluição das águas são numerosas. Destacam-se os esgotos dos grandes centros urbanos, os efluentes químicos lançados pela indústria, os fertilizantes e pesticidas utilizados pela agricultura, etc. Os esgotos lançados pelos grandes centros urbanos nos rios ou no mar muito têm contribuído para a poluição de certas regiões. É um perigo, não só para a fauna aquática, mas também para o homem.
Os detergentes sintéticos de utilização doméstica, que se generalizaram depois da 2ª Guerra Mundial, constituem um elemento de poluição grave. São substâncias orgânicas complexas, nem sempre facilmente biodegradáveis. Os efluentes químicos, lançados pela indústria nos rios, lagos e mares podem assumir aspectos de extrema gravidade. Certos produtos químicos são altamente tóxicos, como o chumbo(Pb), o mercúrio(Hg), o cobre(Cu), o zinco(Zn), o crómio(Cr), o níquel(Ni), o cádmio(Cd), etc., mas mesmo assim são lançados para as águas fluviais e marítimas.
Os fertilizantes e os pesticidas utilizados pela agricultura em escala crescente são arrastados, em parte, pelas águas de escorrência, e assim lançados a rios e lagos e eventualmente no mar.
Nos oceanos, o principal perigo ambiental é o transporte de petróleo pelos grandes petroleiros. Para além dos acidentes que, infelizmente por vezes ocorrem, um fato é que os petroleiros, depois de descarregarem a sua carga, procedem, na viagem de retorno, à lavagem dos seus tanques. A água de lavagem, com petróleo é lançada ao mar, poluindo-o. Convenções internacionais delimitaram as zonas marítimas onde tal operação é permitida.
para não continuarem a poluir como os nossos antepassados poluíram.
A maior parte dos poluentes atmosféricos reage com o vapor de água na atmosfera e volta à superfície sob a forma de chuvas, contaminando, pela absorção do solo, os lençóis subterrâneos. Nas cidades e regiões agrícolas são lançados diariamente cerca de 10 bilhões de litros de esgoto que poluem rios, lagos, lençóis subterrâneos e áreas de mananciais.
Os oceanos recebem boa parte dos poluentes dissolvidos nos rios, além do lixo dos centros industriais e urbanos localizados no litoral.
O excesso de material orgânico no mar leva à proliferação descontrolada de microrganismos, que acabam por formar as chamadas "marés vermelhas" - que matam peixes e deixam os frutos do mar impróprios para o consumo do homem. Anualmente 1 milhão de toneladas de óleo se espalham pela superfície dos oceanos, formando uma camada compacta que demora para ser absorvida.
Parte da poluição é muito visível: rios espumosos, um brilho oleoso à superfície de um lago, cursos de água atulhados de lixo doméstico (como é o caso do nosso rio Douro). Mas grande parte é invisível. Lagos afectados pelas chuvas ácidas podem ainda parecer muito bonitos mas sem vida.
As grandes formas de poluição aquática:
Esgotos pluviais e escoamento urbano - Escoamento de superfícies impermeáveis incluindo ruas, edifícios e outras áreas pavimentadas para esgotos ou tubos antes de descarregarem para águas superficiais.
Industrial
Fábricas de polpa e de papel, fábricas de químicos, fábricas de têxteis, fábricas de produtos alimentares.
Agrícola
Excesso de fertilizantes que vão infiltrar-se no solo e poluir os lençóis de água subterrâneos e por sua vez os rios ou ribeiros onde estes vão dar Extração de recursos Minas... - Modificações hidrológicas Canalizações, construção de barragens.
Uma forma comum de poluição das águas é causada pelo lançamento de dejetos humanos nos rios, lagos e mares. Sendo constituídos de matéria orgânica, esses resíduos levam ao aumento da quantidade de nutrientes disponíveis no ambiente, fenômeno denominado eutrofização.
O problema dos resíduos industriais e agrícolas
O lançamento de resíduos industriais nas águas e nos solos constitui um sério problema ecológico. Substâncias poluentes, como detergentes, ácido sulfúrico e amônia, envenenam os rios onde são lançados, causando a morte de muitas espécies da comunidade aquática. Outras formas de poulição se caracterizam pelas queimadas e lixo em locais indevidos.
Acúmulo de detritos domésticos e industriais não-biodegradáveis na atmosfera, no solo, subsolo e nas águas continentais e marítimas provoca danos ao meio ambiente e doenças nos seres humanos. As substâncias não-biodegradáveis estão presentes em plásticos, produtos de limpeza, tintas e solventes, pesticidas e componentes de produtos eletroeletrônicos.
As fraldas descartáveis demoram mais de cinqüenta anos para se decompor, e os plásticos levam de quatro a cinco séculos. Ao longo do tempo, os mares, oceanos e manguezais vêm servindo de depósito para esses resíduos.
Resíduos radiativos – Entre todas as formas de lixo, os resíduos radiativos são os mais perigosos. Substâncias radiativas são usadas como combustível em usinas atômicas de geração de energia elétrica, em motores de submarinos nucleares e em equipamentos médico-hospitalares.
1. Óleos e Graxas
Os óleos e graxas são substâncias orgânicas de origem mineral, vegetal ou animal. Estas substâncias geralmente são hidrocarbonetos, gorduras, ésteres, entre outros. São raramente encontrados em águas naturais, normalmente oriundas de despejos e resíduos industriais, esgotos domésticos, efluentes de oficinas mecânicas, postos de gasolina, estradas e vias públicas.
Os despejos de origem industrial são os que mais contribuem para o aumento de matérias graxas nos corpos d’água, entre eles os de refinarias, frigoríficos, saboarias, etc. A pequena solubilidade dos óleos e graxas constitui um fator negativo no que se refere à sua degradação em unidades de tratamento de despejos por processos biológicos e, causam problemas no tratamentod’água quando presentes em mananciais utilizados para abastecimento público. A presença de material graxo nos corpos hídricos, além de acarretar problemas de origem estética, diminui a área de contato entre a superfície da água e o ar atmosférico, impedindo, dessa maneira, a transferência do oxigênio da atmosfera para a água.
2. Fenóis
Os fenóis e seus derivados aparecem nas águas naturais através das descargas de efluentes industriais. Indústrias de processamento da borracha, colas e adesivos, resinas impregnantes, componentes elétricos (plásticos) e as siderúrgicas, entre outras, são responsáveis pela presença de fenóis nas águas naturais.
Os fenóis são tóxicos ao homem, aos organismos aquáticos e microrganismos que tomam parte dos sistemas de tratamento de esgotos sanitários e de efluentes industriais.
Nas águas naturais, os padrões para os compostos fenólicos são bastante restritivos, tanto na legislação federal quanto na do Estado de São Paulo. Nas águas tratadas, os fenóis reagem com o cloro livre formando os clorofenóis que produzem sabor e odor na água.
3. Metais
a) Alumínio (Al)
O alumínio e seus sais são usados no tratamento da água, como aditivo alimentar, na fabricação de latas, telhas, papel alumínio, na indústria farmacêutica, etc. O alumínio atinge a atmosfera como particulado, derivado de poeiras dos solos e por erosão originada da combustão do carvão. Na água, o metal pode ocorrer em diferentes formas e é influenciado pelo pH, temperatura e presença de fluoretos, sulfatos, matéria orgânica e outros ligantes.
O aumento da concentração de alumínio está associado com o período de chuvas e, portanto, com a alta turbidez. Outro aspecto da química do alumínio é sua dissolução no solo para neutralizar a entrada de ácidos com as chuvas ácidas. Nesta forma, ele é extremamente tóxico à vegetação e pode ser escoado para os corpos d’água.
A principal via de exposição humana não ocupacional é pela ingestão de alimentos e água. Não há indicações de que o alumínio apresente toxicidade aguda por via oral, apesar de ampla ocorrência em alimentos, água potável e medicamentos. Não há indicação que o alumínio seja carcinogênico.
b) Bário (Ba)
Os compostos de bário são usados na indústria da borracha, têxtil, cerâmica, farmacêutica, entre outras. Ocorre naturalmente na água, na forma de carbonatos em algumas fontes minerais. 
Não é um elemento essencial ao homem e em elevadas concentrações causa efeitos no coração, no sistema nervoso, constrição dos vasos sangüíneos, elevando a pressão arterial. A morte pode ocorrer em poucas horas ou dias dependendo da dose e da solubilidade do sal de bário.
c) Cádmio (Cd)
O cádmio é liberado ao ambiente por efluentes industriais, principalmente, de galvanoplastias, produção de pigmentos, soldas, equipamentos eletrônicos, lubrificantes e acessórios fotográficos, bem como por poluição difusa causada por fertilizantes e poluição do ar local.
A ingestão de alimentos ou água contendo altas concentrações de cádmio causa irritação no estômago, levando ao vômito, diarreia e, às vezes, morte. Na exposição crônica o cádmio pode danificar os rins.
É um metal que se acumula em organismos aquáticos, possibilitando sua entrada na cadeia alimentar.
d) Chumbo (Pb)
O chumbo está presente no ar, no tabaco, nas bebidas e nos alimentos. Nestes, o chumbo tem ampla aplicação industrial, como na fabricação de baterias, tintas, esmaltes, inseticidas, vidros, ligas metálicas etc. A presença do metal na água ocorre por deposição atmosférica ou lixiviação do solo. O chumbo raramente é encontrado na água de torneira, exceto quando os encanamentos são à base de chumbo, ou soldas, acessórios ou outras conexões. A exposição da população em geral ocorre principalmente por ingestão de alimentos e bebidas contaminados. O chumbo pode afetar quase todos os órgãos e sistemas do corpo, mas o mais sensível é o sistema nervoso, tanto em adultos como em crianças.
e) Cobre (Cu)
O cobre tem vários usos, como na fabricação de tubos, válvulas, acessórios para banheiro e está presente em ligas e revestimentos. Na forma de sulfato (CuSO4.5H2O) é usado como algicida. As fontes de cobre para o meio ambiente incluem minas de cobre ou de outros metais, corrosão de tubulações de latão por águas ácidas, efluentes de estações de tratamento de esgotos, usa de compostos de cobre como algicidas aquáticos, escoamento superficial e contaminação da água subterrânea a partir do uso agrícola do cobre e precipitação atmosférica de fontes industriais.
f) Cromo
O cromo e utilizado na produção de ligas metálicas, estruturas da construção civil, fertilizantes, tintas, pigmentos, curtumes, preservativos para madeira, entre outros usos. A maioria das aguas superficiais contem entre 1 e 10 µ/L de cromo.
g) Ferro
O ferro aparece principalmente em águas subterrâneas devido à dissolução do minério pelo gás carbônico da água.
O carbonato ferroso é solúvel e freqüentemente encontrado em águas de poços contendo elevados níveis de concentração de ferro. Nas águas superficiais, o nível de ferro aumenta nas estações chuvosas devido ao carreamento de solos e a ocorrência de processos de erosão das margens. Também poderá ser importante a contribuição devida a efluentes industriais, pois muitas indústrias metalúrgicas desenvolvem atividades de remoção da camada oxidada (ferrugem) das peças antes de seu uso, processo conhecido por decapagem, que normalmente é procedida através da passagem da peça em banho ácido.
Nas águas tratadas para abastecimento público, o emprego de coagulantes a base de fe-ro provoca elevação em seu teor.
O ferro, apesar de não se constituir em um tóxico, traz diversos problemas para o abastecimento público de água. Confere cor e sabor à água, provocando manchas em roupas e utensílios sanitários. Também traz o problema do desenvolvimento de depósitos em canalizações e de ferro-bactéria, provocando a contaminação biológica da água na própria rede de distribuição.
h) Manganês
O manganês e seus compostos são usados na indústria do aço, ligas metálicas, baterias, vidros, oxidantes para limpeza, fertilizantes, vernizes, suplementos veterinários, entre outros usos. Ocorre naturalmente na água superficial e subterrânea, no entanto, as atividades antropogênicas são também responsáveis pela contaminação da água.
A principal exposição humana ao manganês é por consumo de alimentos, entretanto devido ao controle homeostático que o homem sobre o metal, geralmente o manganês não é considerado muito tóxico quando ingerido com a dieta.
i) Mercúrio
O mercúrio é usado na produção eletrolítica do cloro, em equipamentos elétricos, amalgamas e como matéria prima para compostos de mercúrio. No Brasil é largamente utilizado em garimpos para extração do ouro.
Entre as fontes antropogênicas de mercúrio no meio aquático destacam-se as indústrias cloro-álcali de células de mercúrio, vários processos de mineração e fundição, efluentes de estações de tratamento de esgotos, indústrias de tintas, etc.
A principal via de exposição humana ao mercúrio é por ingestão de alimentos. O metal é altamente tóxico ao homem, sendo que doses de 3 a 30 gramas são letais. Apresenta efeito cumulativo e provoca lesões cerebrais.
j) Níquel
O níquel e seus compostos são utilizados em galvanoplastia, na fabricação de aço inoxidável, manufatura de baterias Ni-Cd, moedas, pigmentos, entre outros usos. Concentrações de níquel em águas superficiais naturais podem chegar a 0,1 mg/L; valores elevados podem ser encontrados em áreas de mineração.
A maior contribuição antropogênica para o meio ambiente é a queima de combustíveis, além da mineração e fundição do metal, fusão e modelagem de ligas, indústrias de eletrodeposição, fabricação de alimentos, artigos de panificadoras, refrigerantes e sorvetes aromatizados. Doses elevadas de níquel podem causar dermatites nos indivíduos mais sensíveis. A principal via de exposição para a população não exposta ocupacionalmente ao níquel e não fumante é o consumo de alimentos.
k) Potássio
Potássio é encontrado em baixas concentrações naságuas naturais, já que rochas que contenham potássio são relativamente resistentes às ações do tempo. Entretanto, sais de potássio são largamente usados na indústria e em fertilizantes para agricultura, entrando nas águas doces através das descargas industriais e lixiviação das terras agrícolas.
l) Sódio
Todas as águas naturais contêm algum sódio já que é um dos elementos mais abundantes na Terra e seus sais são altamente solúveis em água, encontrando-o na forma iônica (Na+), e nas plantas e animais, já que é um elemento ativo para os organismos vivos. O aumento dos níveis na superfície da água pode provir de esgotos, efluentes industriais e uso de sais em rodovias para controlar neve e gelo. A última fonte citada também contribui para aumentar os níveis de sódio nas águas subterrâneas. Nas áreas litorâneas, a intrusão de águas marinhas pode também resultar em níveis mais elevados.
O sódio é comumente medido onde a água é utilizada para dessedentação de animais ou para agricultura, particularmente na irrigação. Quando o teor de sódio em certos tipos de solo é elevado, sua estrutura pode degradar-se pelo restrito movimento da água, afetando o crescimento das plantas.
m) Zinco
O zinco e seus compostos são muito usados na fabricação de ligas e latão, galvanização do aço, na borracha como pigmento branco, suplementos vitamínicos, protetores solares, desodorantes, xampus, etc.
O zinco só se torna prejudicial à saúde quando ingerido em concentrações muito elevadas, o que é extremamente raro, e, neste caso, pode acumular-se em outros tecidos do organismo humano. Nos animais, a deficiência em zinco pode conduzir ao atraso no crescimento. A água com elevada concentração de zinco tem aparência leitosa e produz um sabor metálico ou adstringente quando aquecida.
4. Cloreto (Cl)
O cloreto é o ânion Cl- que se apresenta nas águas subterrâneas, oriundo da percolação da água através de solos e rochas. Nas águas superficiais são fontes importantes as descargas de esgotos sanitários, sendo que cada pessoa expele através da urina cerca 6 g de cloreto por dia, o que faz com que os esgotos apresentem concentrações de cloreto que ultrapassam a 15 mg/L. Diversos são os efluentes industriais que apresentam concentrações de cloreto elevadas como os da indústria do petróleo, algumas indústrias farmacêuticas, curtumes, etc. Nas regiões costeiras, através da chamada intrusão da cunha salina, são encontradas águas com níveis altos de cloreto. Nas águas tratadas, a adição de cloro puro ou em solução leva a uma elevação do nível de cloreto, resultante das reações de dissociação do cloro na água.
Da mesma forma que o sulfato, sabe-se que o cloreto também interfere no tratamento anaeróbio de efluentes industriais, constituindo-se igualmente em interessante campo de investigação científica. O cloreto provoca corrosão em estruturas hidráulicas, como por exemplo, em emissários submarinos para a disposição oceânica de esgotos sanitários, que por isso têm sido construídos com polietileno de alta densidade (PEAD).
Também eram utilizados como indicadores da contaminação por esgotos sanitários, podendo-se associar a elevação do nível de cloreto em um rio com o lançamento de esgotos sanitários. Hoje, porém, o teste de coliformes fecais é mais preciso para esta função. O cloreto apresenta também influência nas características dos ecossistemas aquáticos naturais, por provocarem alterações na pressão osmótica em células de microrganismos.
5. Fluoreto
Traços de fluoreto são normalmente encontrados em águas naturais e concentrações elevadas geralmente estão associadas com fontes subterrâneas.
Alguns efluentes industriais também descarregam fluoreto nas águas naturais, tais como as indústrias de vidro e de fios condutores de eletricidade.
No ar, a presença de fluoreto deve-se principalmente a emissões industriais e sua concentração varia com o tipo de atividade.
Outras fontes de fluoreto são pasta de dente, gomas de mascar, vitaminas e remédios. O uso tópico de fluoreto contribui para uma absorção maior.
O fluoreto pode ser excretado pela urina e sua eliminação é influenciada por uma série de fatores tais como o estado de saúde da pessoa e seu grau de exposição a esta substância. O fluoreto é adicionado às águas de abastecimento público para conferir-lhes proteção à cárie dentária. O fluoreto reduz a solubilidade da parte mineralizada do dente, tornando mais resistente à ação de bactérias e inibe processos enzimáticos que dissolvem a substância orgânica protéica e o material calcificante do dente.
6. Fósforo Total
O fósforo aparece em águas naturais devido principalmente às descargas de esgotos sanitários. Nestes, os detergentes superfosfatados empregados em larga escala domesticamente constituem a principal fonte. Alguns efluentes industriais, como os de indústrias de fertilizantes, pesticidas, químicas em geral, conservas alimentícias, abatedouros, frigoríficos e laticínios, apresentam fósforo em quantidades excessivas. As águas drenadas em áreas agrícolas e urbanas também podem provocar a presença excessiva de fósforo em águas naturais.
Ainda por ser nutriente para processos biológicos, o excesso de fósforo em esgotos sanitários e efluentes industriais conduz a processos de eutrofização das águas naturais.
7. Série de Nitrogênio - (amônia, nitrato, nitrito e nitrogênio orgânico)
As fontes de nitrogênio nas águas naturais são diversas. Os esgotos sanitários constituem em geral a principal fonte, lançando nas águas nitrogênio orgânico devido à presença de proteínas e nitrogênio amoniacal, pela hidrólise da uréia na água, etc. Alguns efluentes industriais também concorrem para as descargas de nitrogênio orgânico e amoniacal nas águas, como algumas indústrias químicas, petroquímicas, siderúrgicas, farmacêuticas, conservas alimentícias, matadouros, frigoríficos e curtumes.
Nas áreas agrícolas, o escoamento das águas pluviais pelos solos fertilizados também contribui para a presença de diversas formas de nitrogênio. Também nas áreas urbanas, a drenagem das águas pluviais, associada às deficiências do sistema de limpeza pública, constituem fonte difusa de difícil caracterização.
Quando descarregados nas águas naturais, conjuntamente com o fósforo e outros nutrientes presentes nos despejos, provocam o enriquecimento do meio, tornando-o mais fértil e possibilita o crescimento em maior extensão dos seres vivos que os utilizam, especialmente as algas, o que é chamado de eutrofização. Quando as descargas de nutrientes são muito fortes, dá-se o florescimento muito intenso de gêneros que predominam em cada situação em particular. Estas grandes concentrações de algas podem trazer prejuízos aos múltiplos usos dessas águas, prejudicando seriamente o abastecimento público ou causando poluição por morte e decomposição.
8. Série de Enxofre (Sulfeto e Sulfato)
O sulfeto de hidrogênio (H2S) é um composto liberado em vários processos industriais, tais como o de produção de celulose e papel, curtumes, petroquímicas e cervejarias.
Ele é altamente tóxico para a vida aquática, mesmo em baixas concentrações. Também o é para a vida humana, podendo causar até a morte. Além disso, suas propriedades corrosivas quando em contato com metais e seu forte odor o tornam um subproduto indesejável.
O sulfato é um dos íons mais abundantes na natureza. Em águas naturais, a fonte de sulfato ocorre através da dissolução de solos e rochas e pela oxidação de sulfeto.
As principais fontes antrópicas de sulfato nas águas superficiais são as descargas de esgotos domésticos e efluentes industriais. Nas águas tratadas é proveniente do uso de coagulantes.
É importante o controle do sulfato na água tratada pois a sua ingestão provoca efeito laxativo. Já no abastecimento industrial, o sulfato pode provocar incrustações nas caldeiras e trocadores de calor. E na rede de esgoto, em trechos de baixa declividade onde ocorre o depósito da matéria orgânica, o sulfato pode ser transformado em sulfeto, ocorrendo à exalação do gás sulfídrico, que resulta em problemas de corrosão em coletores deesgoto de concreto e odor, além de ser tóxico.
9. Pesticidas Organoclorados
Os pesticidas podem ser constituídos por substâncias inorgânicas, como enxofre, mercúrio, flúor, etc. Como esses pesticidas possuem toxicidade muito elevada, foram substituídos pelos pesticidas orgânicos sintéticos, classificados em clorados ou organoclorados, piretrinas, fosforados, clorofosforados e carbamatos.
Os pesticidas organoclorados apresentam baixa toxicidade aguda, porém apresentam problemas de toxicidade crônica devido a sua capacidade de acumulação ao longo da cadeia alimentar e em tecidos biológicos.
10. O DDT e seus metabólitos podem ser transportados de um meio para outro, no ambiente, por processos de solubilização, adsorção, bioacumulação ou volatilização.
Na água, a maior parte do DDT encontra-se firmemente ligada a partículas e assim permanece indo depositar-se no leito de rios e mares.
Quando presente na água, o DDT é bioconcentrado no plâncton marinho e de água doce, em insetos, moluscos, outros invertebrados e peixes.
11. Surfactantes
Os esgotos sanitários possuem de 3 a 6 mg/L de detergentes. As indústrias de detergentes descarregam efluentes líquidos com cerca de 2000 mg/L do princípio ativo. Outras indústrias, incluindo as que processam peças metálicas, empregam detergentes especiais com a função de desengraxante, como o percloretileno.
As descargas indiscriminadas de detergentes nas águas naturais levam a prejuízos de or-dem estética provocados pela formação de espumas.
Os detergentes podem exercer efeitos tóxicos sobre os ecossistemas aquáticos.
Os detergentes têm sido responsabilizados também pela aceleração da eutrofização. Além de a maioria dos detergentes comerciais empregados ser rica em fósforo, sabe-se que exercem efeito tóxico sobre o zooplâncton, predador natural das algas.
A maioria destes detergentes vai parar em rios através da rede de esgoto, eles são responsáveis pela poluição conhecida como cisnes de detergentes: espumas esbranquiçadas e densas que impedem a entrada de gás oxigênio na água, o que afeta as formas aeróbicas aquáticas.
POLUIÇÃO DO AR
3. O que é a poluição do ar?
A poluição do ar pode ser definida como a "alteração das propriedades físicas, químicas ou biológicas normais da atmosfera que possa causar danos reais ou potenciais à saúde humana, à flora, à fauna, aos ecossistemas em geral, aos materiais e à propriedade, ou prejudicar o pleno uso e gozo da propriedade ou afetar as atividades normais da população ou o seu bem estar".
4. Quais os principais agentes químicos contaminantes do ar e quais seus meios de entrada?
A determinação sistemática da qualidade do ar restringe-se a um grupo de poluentes universalmente consagrados como indicadores da qualidade do ar, devido a sua maior frequência de ocorrência e pelos efeitos adversos que causam ao meio ambiente.
São eles: dióxido de enxofre (SO2), partículas totais em suspensão (PTS), partículas inaláveis (PM10), monóxido de carbono (CO), oxidantes fotoquímicos expressos como ozônio (O3), hidrocarbonetos totais (HC) e dióxido de nitrogênio (NO2).
Uma das formas mais perigosas de poluição do ar é causada pelo CFC (clorofluorcarbono) usado nos aerossóis, refrigeradores e embalagens de poliestireno para hambúrgueres. Uma vez liberados na atmosfera, direcionam-se para a camada de ozônio muito acima da superfície terrestre, onde quebram suas moléculas.
A camada de ozônio protege a Terra dos efeitos nocivos dos raios solares. Tornando-se mais fina, mais raios ultravioleta passam por essa camada, produzindo um aumento na temperatura terrestre e agravando o efeito estufa, além de acarretar maior incidência de câncer de pele nas pessoas. Seu efeito nos animais e plantas é dificilmente previsível.
O combustível radioativo usado nas usinas nucleares desprende radioatividade extremamente perigosa se lançada no ar. Mesmo em pequena quantidade, pode danificar células humanas, causando o câncer e interferindo no desenvolvimento dos fetos.
Os poluentes podem ser classificados também conforme:
a) Forma física
• Partículas (ou material particulado) – matéria sólida ou líquida pequena e discreta, como exemplo temos; poeiras, fumos e névoas. Chama-se de partículas respiráveis, as que possuem diâmetro aerodinâmico menor que 10 μm.
• Gases e vapores- moléculas muito separadas com grande mobilidade. Não tem forma ou volume, como exemplo temos: monóxido de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO2), vapores de hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio (NOx).
b) Origem
• Primários – são emitidos diretamente de fontes identificáveis e permanece na atmosfera na forma em que foram emitidos, pelo menos por certo tempo.
• Secundários – são formados na atmosfera como resultado de reações entre dois ou mais poluentes. Como exemplo clássico tem os oxidantes fotoquímicos, principalmente o ozônio, formado nas reações durante a ocorrência de “smog” fotoquímico, pela reação entre óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis.
1. Material particulado
Material Particulado (MP), Partículas Totais em Suspensão (PTS), Partículas Inaláveis (MP10) e Fumaça (FMC).
Sob a denominação geral de Material Particulado se encontra um conjunto de poluentes constituídos de poeiras, fumaças e todo tipo de material sólido e líquido que se mantém suspenso na atmosfera por causa de seu pequeno tamanho. As principais fontes de emissão de particulado para a atmosfera são: veículos automotores, processos industriais, queima de biomassa, ressuspensão de poeira do solo, entre outros. O material particulado pode também se formar na atmosfera a partir de gases como dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e compostos orgânicos voláteis (COVs), que são emitidos principalmente em atividades de combustão, transformando-se em partículas como resultado de reações químicas no ar.
2. Monóxido de Carbono (CO)
É um gás incolor e inodoro que resulta da queima incompleta de combustíveis de origem orgânica (combustíveis fósseis, biomassa, etc.). Em geral é encontrado em maiores concentrações nas cidades, emitido principalmente por veículos automotores. Altas concentrações de CO são encontradas em áreas de intensa circulação de veículos.
Pertencente ao grupo de poluentes gasosos, o monóxido de carbono (CO) é um gás inodoro, incolor e insípido. Tal poluente é produzido tanto por processos naturais quanto por processos provocados pelo ser humano. Têm-se como exemplos de fontes de emissão naturais, as queimadas florestais espontâneas, as erupções vulcânicas e a decomposição de clorofila.
3. Hidrocarbonetos: C- H
É uma classe de composto formado por hidrogênio e carbono. Não são necessariamente perigosos, mas na presença da luz solar formam óxidos de nitrogênio e daí sim produzem compostos secundários que são nocivos à saúde humana.
São gases e vapores resultantes da queima incompleta e evaporação de combustíveis e de outros produtos orgânicos voláteis. Diversos hidrocarbonetos como o benzeno são cancerígenos e mutagênicos, não havendo uma concentração ambiente totalmente segura. Participam ativamente das reações de formação da “névoa fotoquímica”.
4. NOx - Óxido de Nitrogênio (NO) e Dióxido de Nitrogênio (NO2)
São formados durante processos de combustão. Em grandes cidades, os veículos geralmente são os principais responsáveis pela emissão dos óxidos de nitrogênio. O NO, sob a ação de luz solar se transforma em NO2 e tem papel importante na formação de oxidantes fotoquímicos como o ozônio. Dependendo das concentrações, o NO2 causa prejuízos à saúde.
5. Ozônio (O3) e Oxidantes Fotoquímicos
“Oxidantes fotoquímicos” é a denominação que se dá à mistura de poluentes secundários formados pelas reações entre os óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis, na presença de luz solar, sendo estes últimos liberados na queima incompleta e evaporação de combustíveis e solventes. O principal produto desta reação é o ozônio, por isso mesmo utilizado como parâmetro indicador da presença de oxidantes fotoquímicos na atmosfera. Tais poluentes formam a chamada névoa fotoquímica ou “smog fotoquímico”,que possui este nome porque causa na atmosfera diminuição da visibilidade.
Além de prejuízos à saúde, o ozônio pode causar danos à vegetação.
6. Dióxido de carbono (CO2)
É um óxido presente na atmosfera, é associado ao chamado efeito estufa e por isso é considerado prejudicial ao ambiente.
Os veículos movidos a combustível de petróleo são os principais fornecedores de CO2. A própria natureza tem uma solução para o problema: a remoção do gás através da fotossíntese. Mas infelizmente o homem novamente interfere no processo, o corte indevido de árvores faz com que a vegetação diminua e consequentemente fica mais difícil ocorrer a purificação do ar pela fotossíntese. E o pior é que além de acabar com as plantas, o homem ainda se encarrega de realizar as queimadas de extensas áreas verdes, gerando ainda mais gás carbônico.
7. Enxofre Reduzido Total (ERT)
Sulfeto de hidrogênio, metil mercaptana, dimetil sulfeto, dimetil dissulfeto, são, de maneira geral, os compostos de enxofre reduzido mais frequentemente emitido em operações de refinarias de petróleo, fábricas de celulose, plantas de tratamento de esgoto e produção de rayon - viscose, entre outras. As demais espécies de enxofre reduzido são encontradas em maior quantidade perto de locais específicos. O dissulfeto de carbono, por exemplo, é usado na fabricação de rayon-viscose e celofane.
3.5.8. Smog
O Smog é proveniente da queima incompleta dos combustíveis fósseis (à base de petróleo). Os gases lançados pelos carburadores dos carros não se acumulam somente ao nível do solo, eles tendem a subir e formar uma densa neblina. Com certeza a paisagem fica prejudicada com a presença da fumaça escura, e o pior é que não é só por uma questão de beleza. O Smog causa sérios danos à saúde do homem, mais precisamente ao aparelho respiratório. Problemas como irritação constante na garganta e narinas, são problemas comuns aos moradores de capitais onde o tráfego de automóveis se intensifica a cada dia.
Os tipos de Smog que existem:
a) Smog urbana: a mais comum é uma mistura de poluentes gasosos, neblina e partículas sólidas (poeira). A coloração escura se deve à junção destes materiais.
b) Smog Industrial: presença de compostos mais nocivos à saúde, como H2SO4 (ácido sulfúrico), SO2 (dióxido de enxofre), cinzas, fuligem, entre outros. É por isso que a poluição industrial é considerada um risco à humanidade.
c) Smog fotoquímica: o próprio nome já define, ela ocorre em presença de luz. Esta neblina é comum nos dias muito quentes e secos, em sua composição encontramos dióxido de nitrogênio (NO2) provindo de escapamentos de automóveis.
POLUIÇÃO DO SOLO
5. O que é poluição do solo?
A poluição do solo é causada pelo contato com ar ou águas poluídas com resíduos industriais ou agrícolas e principalmente por lixo e substâncias tóxicas jogadas diretamente sobre ele, transportados pelo ar, pela chuva e pelo homem. O uso indevido do solo e de técnicas ultrapassadas na agricultura, os desmatamentos, as queimadas, o lixo, os esgotos, a chuva ácida, a mineração são agentes causadores do desgaste de nossa litosfera.
Até pequenos desmatamentos podem causar sérios problemas de erosão. A Mata Atlântica já perdeu 93% de sua área original, e essa destruição agora avança sobre o Cerrado e a Amazônia.
O uso inadequado da terra e práticas de agricultura impróprias (queimadas, desmatamentos, etc.) causa a desertificação, ausência de vegetação pelo empobrecimento dos solos.
6. Quais os principais agentes químicos contaminantes do solo e quais seus meios de entrada?
A poluição do solo tem como principal causa o uso de produtos químicos na agricultura chamados de agrotóxicos. Eles são usados para destruir pragas e até ajudam na produção, mas causam muitos danos ao meio ambiente, alterando o equilíbrio do solo e contaminando os animais através das cadeias alimentares.
É, mas não são apenas os agrotóxicos que poluem os solos. Existem outros responsáveis que causam muitos problemas ao solo.
São eles:
Aterros
Os aterros são terrenos com buracos cavados no chão forrados com plástico ou argila onde o lixo recolhido na cidade é depositado. A decomposição da matéria orgânica existente no lixo gera um líquido altamente poluidor, o chorume, que mesmo com a proteção da argila e do plástico nos aterros, não é suficiente e o liquido vaza e contamina o solo.
Lixo Tóxico
É outro problema decorrente dos aterros. Como não há um processo de seleção do lixo, alguns produtos perigosos são aterrados juntamente com o lixo comum, o que causa muitos danos ao lençol freático, uma camada do solo onde os espaços porosos são preenchidos por água.
Lixos Radioativos
Este lixo é produzido pelas usinas nucleares e causam sérios problemas à saúde.
O solo ou terra é composto por quatro partes: ar, água, matéria orgânica e mineral.
Estes minerais se misturam uns com os outros.
A matéria orgânica se mistura com a água e a parte mineral e o ar fica guardado em buraquinhos que chamamos de poros do solo, onde também fica a água. São destes poros que as raízes das plantas retiram o ar e a água que necessitam.
Por isso é tão importante que não tenha poluição no solo.
Uso excessivo de adubos sintéticos
A fim de atender à crescente necessidade de alimentos, acarretada pelo crescimento populacional, a produção e o uso de adubos sintéticos, que normalmente contém impurezas que podem contaminar os solo, vêm sendo intensificados progressivamente. Para a produção desses adubos a indústria de fertilizantes retira elevadas quantidades de nitrogênio do ar e fosfato das rochas.
O emprego excessivo de fertilizantes gera um desequilíbrio ecológico. Os agentes decompositores não conseguem reciclá - la na mesma proporção em que são adicionados ao solo provocando eutrofização, bem como alterações caracterizadas pelo decréscimo de matérias orgânicas e retenção de água.
Uso de Praguicidas
Praguicidas ou defensivos agrícolas são substâncias venenosas utilizadas no combate às pragas, organismos considerados nocivos ao homem.
Os principais praguicidas são:
Herbicidas, usados para matar ervas daninhas (parasitas).
Fungicidas, utilizados no combate de fungos parasitas.
Inseticidas, usados contra insetos.
Neumatócidos, que controlam nematócidos parasitas.
Acontece que os defensivos químicos empregados no controle de pragas são muito pouco específicos, destruindo indiferentemente espécies nocivas e úteis.
Outro problema reside no acúmulo ao longo das cadeias alimentares. Assim, por exemplo, as minhocas, alimentando- se de grandes quantidades de folhas mortas e ingerindo partículas do solo, acumulam no seu organismo grandes quantidades de inseticidas clorados; as aves que se alimentam de minhocas, como as galinhas, passam a ingerir altas concentrações de veneno.
Problema do lixo
O lixo urbano é constituído predominantemente por matéria orgânica e como tal sofre intensa decomposição, permitindo a reciclagem.
Sofrem quatro processos: Iixões, aterros sanitários, compostagem e incineração.
No caso dos "Iixões", o lixo simplesmente é levado para terrenos baldios onde fica exposto e é aproveitado pelos "catadores de lixo" que correm o risco de contrair doenças. Por outro lado o lixão provoca intensa proliferação de moscas e outros insetos. Outro inconveniente é o "corume", Iíquido que resulta da decomposição do Iixo e que polui o solo e os lençóis d'água.
O aterro sanitário é o modo mais barato de eliminar resíduos, mas depende da existência de locais adequados. Esse método consiste em armazenar resíduos, dispostos em camadas, em locais escavados. Uma incoerência do mesmo é a possibilidade de contaminação das águas subterrâneas, além da não reciclagem dos materiais para os locais de origem.
Os incineradores convencionais são fornos nos quais se queimam resíduos. Além de calor, a incineração gera dióxido de carbono, óxidos de enxofre e nitrogênio, dioxinas e outros contaminantes gasosos, cinzas voláteis que podem ser utilizadas na fabricação de fertilizantes.
No processo de compostagem, o material orgânico do lixo sofre um tratamento biológico do qual resultao chamado "composto", material utilizado na fertilização e recondicionamento do solo.
É possível controlar a emissão de poluentes mediante processos adequados de limpeza dos gases.
1. Lixo
O lixo constitui-se de uma grande diversidade de resíduos sólidos de diferentes procedências, gerados por aglomerações urbanas ou processos produtivos, incluindo o resíduo sólido urbano que é gerado em nossas residências. O IPT/CEMPRE (1995) define-o como restos das atividades humanas, consideradas pelos geradores inúteis, indesejáveis ou descartáveis. Normalmente apresenta-se em estado sólido, semisólido ou semilíquido
2. Resíduos industriais
Geralmente, sob a denominação de resíduos industriais se enquadram sólidos, lamas e materiais pastosos oriundos do processo industrial metalúrgico, químico ou petroquímico, papeleiro, alimentício etc. e que não guardam interesse imediato pelo gerador que deseja, de alguma forma, se desfazer deles. Há três classes de resíduos industriais: os inertes, os não inertes e os perigosos.
Cada uma dessas classes traz dificuldade diferenciada ao empresário para se vir livre do resíduo, desde o transporte até o destino final. Os métodos clássicos empregados vão, desde a reciclagem no próprio processo em outra unidade da fábrica, passando pela venda ou doação, a incineração e a disposição em aterros. Cada um desses destinos guarda procedimentos bem definidos na legislação ambiental.
3. Resíduos domésticos e hospitalares
Os resíduos domésticos são aqueles resíduos sólidos ou pastosos gerados nos lares, escritórios, escolas, hotéis, restaurantes, nas varreduras etc. Constituído de restos de alimentos, poeira doméstica, embalagens e vasilhames que são eliminados no cotidiano. Já, os chamados resíduos hospitalares são aqueles gerados nos hospitais, incluindo-se aí os oriundos dos laboratórios de análises clínicas, consultórios odontológicos, médicos e de ambulatórios que causam danos à saúde humana. As destinações desses resíduos domésticos podem ser os aterros sanitários, as usinas de reciclagem ou a incineração. Já, os resíduos hospitalares devem ter destinação mais cuidadosa, seguindo princípios específicos, desde sua coleta até a sua destruição.
4. Resíduos Agrícolas
Os resíduos sólidos das atividades agrícolas e da pecuária, como embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de colheita, esterco animal, etc., constituem uma crescente preocupação.
5. Resíduos de Portos, Aeroportos, terminais Rodoviários e Ferroviários e Postos de Fronteira.
Os resíduos gerados nos portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários, constituem resíduos sépticos, ou seja, aqueles que contêm ou podem conter germes patogênicos trazidos a esses locais basicamente através de material de higiene, asseio pessoal, e restos de alimentação que podem veicular doenças provenientes de outras cidades, estados, ou países.
7. Parâmetros mais Comuns por Atividade Poluidora.
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