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Trabalho Direito Constitucional

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL
CURSO DE DIREITO
MARIA JULIA FERREIRA PEGORARO
TRABALHO DE DIREITO CONSTITUCIONAL
Trabalho Complementar
NAVIRAÍ/MS
2019
MARIA JULIA FERREIRA PEGORARO
TRABALHO DE DIREITO CONSTITUCIONAL
Trabalho Complementar
Trabalho Complementar apresentado no Curso de Direito da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul como sendo um requisito para obtenção de nota na Disciplina de Direito Constitucional.
Professor: Esp. Wellington Gonçalves.
NAVIRAÍ/MS
2019
PERGUNTAS:
1) Para Meirelles (1997, p. 87) a ação popular é o meio constitucional posto à disposição de qualquer cidadão para obter a invalidação de atos ou contratos administrativos – ou a estes equiparados - ilegais e lesivos do patrimônio federal, estadual e municipal, ou de suas autarquias, entidades paraestatais e pessoas jurídicas subvencionadas com dinheiro público. Nesse sentido explique se os atos lesivos praticados pelo Poder Judiciário e Ministério Público podem ser objeto de ação popular. Para fundamentar a resposta utilize doutrinas, jurisprudência e exemplos práticos.
2) Explique o motivo para as ações constitucionais que visam efetivar as garantias individuais ser denominada de “remédios constitucionais”. Para fundamentar sua resposta utilize 2 (duas) doutrinas.
RESPOSTAS:
1) Em continuidade com a reflexão de Meirelles, Maria Sylvia Zanella di Pietro, em sua doutrina sobre Direito Administrativo expõe a seguinte observação, vejamos:
Ação Popular é a ação civil pela qual qualquer cidadão pode pleitear a invalidação de atos praticados pelo poder público ou entidades de que participe, lesivos ao patrimônio público, ao meio ambiente, à moralidade administrativa ou ao patrimônio histórico e cultural, bem como a condenação por perdas e danos dos responsáveis pela lesão. (PIETRO, 2018, p. 1070).
Desse modo, é possível observar que a ação popular tem como objeto a proteção dos direitos da coletividade contra atos ilegais e lesivos ao patrimônio público, sendo, portanto, uma garantia fundamental dos cidadãos, os quais possuem legitimidade ativa, para efetiva realização do direito à proteção do patrimônio público. Nesse sentido, dispõe o art. 6º da Lei nº 4.717/65, que regula a ação popular:
A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo. (art. 6º da Lei nº 4.717 de 29 de junho de 1965).
Isto posto, pode-se analisar que todos os atos lesivos ao patrimônio público, até mesmo os atos perpetrados pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público podem ser objeto de ação popular. Nessa linha, será cabível a ação popular toda vez que houver ação ou omissão ilegítima e lesiva ao patrimônio público, independentemente de quem seja a autoria desse ato. Nesse sentido, a jurisprudência do egrégio Tribunal Regional Federal da 2ª Região:
ADMINISTRATIVO. AÇÃO POPULAR. CONCURSO PÚBLICO. MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO. SERVIDORES REQUISITADOS DE OUTROS ÓRGÃOS. INEXISTÊNCIA DE VAGAS. CADASTRO DE RESERVA. Pretensão de usar a ação popular como meio de fazer com que candidatos logrem convocação e posse em concurso, aberto para cadastro de reserva. Inviabilidade. De outro lado, a mera existência de servidores requisitados de outros órgãos não implica direito a quem não foi chamado, tanto mais quando o fato não é óbice para a nomeação de candidatos aprovados, e nem a sua devolução dos requisitados asseguraria tal direito aos candidatos. O prazo de validade do concurso já foi prorrogado uma vez e já se encerrou, os candidatos foram aprovados para cadastro de reserva, e os servidores requisitados são remunerados pelos respectivos órgãos de origem, de modo que devolvê-los não significaria a existência de cargos vagos ou dotação orçamentária suficiente para provê-los. A Lei n.º 12.321/10 meramente previu que as despesas decorrentes dos cargos ali autorizados seriam escalonadas no prazo mínimo de quatro anos (podendo, evidentemente, ocorrer em prazo superior), no percentual máximo de 25% (podendo ser inferior a este percentual), a partir de 2011 (art. 2º), e, como não poderia deixar de ser, a criação de cargos foi expressamente condicionada à sua previsão em lei orçamentária anual, com a respectiva dotação (art. 3º). O Judiciário não pode invadir a discricionariedade administrativa e determinar o provimento de cargos. Remessa necessária desprovida.
(TRF-2 - APELRE: 201251010492525 RJ, Relator: Desembargador Federal GUILHERME COUTO, Data de Julgamento: 15/10/2014, SEXTA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação: 30/10/2014)
No entanto, não é cabível a ação popular em face de atos que não são ilegais e lesivos ao patrimônio público, pois o objetivo deste remédio constitucional é a proteção do mesmo. Além disso, a ação popular é também incabível contra ato de conteúdo jurisdicional, sendo inadmissível seu ajuizamento, conforme a decisão do STF (Ação Originária nº 672/DF): 
AJUIZAMENTO DE AÇÃO POPULAR CONTRA ATOS DE CONTEÚDO JURISDICIONAL. INADMISSIBILIDADE. AÇÃO POPULAR DE QUE NÃO SE CONHECE. – Os atos de conteúdo jurisdicional – precisamente por não se revestirem de caráter administrativo – estão excluídos do âmbito de incidência da ação popular, porque se acham sujeitos a um sistema específico de contestação, quer por via recursal, quer mediante utilização de ação rescisória. (STF – AO: 672 DF, Relator: Min. CELSO DE MELLO, Data de Julgamento: 09/03/2000, Data de Publicação: DJ 16/03/2000 PP-00028).
	
2) Infere-se que, o termo “remédio” tem o significado de solução, saída, recurso, socorro. Em uma pesquisa ao Dicionário da Plataforma Google, podemos obter a seguinte definição: “substância ou recurso utilizado para combater uma dor, uma doença” ou ainda “o que serve para aplacar sofrimentos morais, para atenuar os males da vida”. 
	Nesse seguimento, o autor Sylvio Motta, em sua doutrina sobre Direito Constitucional, discorre seu pensamento sobre o tema, destacando a função dos referidos dispositivos: “os remédios constitucionais representam os instrumentos definidos para garantia de direitos; são os meios para o cidadão defender seus direitos” (MOTTA, 2018, p. 225).
	No mesmo diapasão, Walber de Moura Agra, apresenta sua consideração sobre o assunto, discorrendo que “os remédios constitucionais ocupam papel relevante na teoria constitucionalista porque são mecanismos necessários para garantir os direitos constitucionais, velando para sua concretização normativa” (AGRA, 2018, p. 258).
	Por fim, é importante mencionar que estes dispositivos, ou seja, ações constitucionais que visam efetivar as garantias individuais, estão previstos na Constituição Federal, em seu artigo 5º, nos seguintes incisos: Habeas Corpus (incs. LXVIII e LXXVII); Mandado de Segurança (incs. LXIX e LXX); Mandado de Injunção (inc. LXXI); Habeas Data (incs. LXXII e LXXVII); Ação Popular (inc. LXXIII). 
REFERÊNCIAS
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di - Direito administrativo / Maria Sylvia Zanella Di Pietro. – 31. ed. rev. atual e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2018.
Vade Mecum Saraiva / obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Livia Céspedes e Fabiana Dias da Rocha – 27. ed. Atual. E ampl. – São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
MOTTA, Sylvio - Direito Constitucional: Teoria, Jurisprudência e Questões / Sylvio Motta. 27. ed. rev. E atual. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
AGUA, Walber de Moura. Curso de Direito Constitucional / Walber de Moura Agra. – 9. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2018.

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