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Atores em Relações Internacionais Estado e atores principais (influenciam o SI) Realizam ações: diretas (que cruzam fronteiras nacionais); indiretas (quando realizadas dentro de um país, com efeito de transbordamento para o SI). Conjunto de temas que são consolidados no debate: a) o papel predominante do Estado; b) importância fundamental da nacionalidade do ator; c) existência de atores transnacionais e; d) heterogeneidade dos atores. O papel predominante do Estado independente da visão a respeito do funcionamento do SI, o Estado é visto como ator principal; Fundamentos: território, população e governo (monopólio da força, moeda e tributação) Não é hegemônico e unitário: luta de classes; conflito entre grupos de interesse; e rivalidade nas unidades administrativas Importância tão central que o 1º “corte analítico” é em relação ao Estado: atores estatais; Paraestatais; interestatais e; não-estatais. Atores paraestatais Estados que não têm os três atributos básicos do Estado moderno (território, população e governo) ou são atores que, dentro de cada país representam um forte desafio à autoridade do Estado. Organizações que têm (apenas) o formato de um Estado. No caso da ocupação militar, o conquistador indica uma entidade que não é, efetivamente, um Estado. movimentos de libertação nacional, que têm legitimidade ou aceitação legal internacional, também são atores paraestatais (ex. Autoridade Palestina). Atores interestatais OIs (bilaterais ou multilaterais) que existem por delegação dos Estados. Exs. ONU, o FMI, o BIRD e a OMC. Atores não-estatais Ampla gama de atores com alcance nacional ou transnacional: Legais ou ilegais com interesse público (não estatais) ou privado (de indivíduos, grupos sociais, de interesse e empresas) Alcance nacional ou transnacional. Indivíduos: podem se tornar atores internacionais de alguma relevância se influenciam, em maior ou menor medida, o SI (ator nacional com projeção internacional). Ex: perito ou personalidade de destacada influência em sua área (ex. vencedores do Prêmio Nobel). Transnacionalidade refere-se ao alcance de atuação dos atores ONGs, empresas transnacionais, igrejas, opinião pública internacional: caráter extraterritorial e multifacetado ultrapassam as fronteiras dos Estados e envolvem movimentos de origem privada O que caracteriza a transnacionalidade? falta de uma referência nacional predominante em termos de interesses (econômicos e políticos) e valores, ou seja, uma relação orgânica entre nacionalidade, interesses e valores. Grau da transnacionalidade: alto ou baixo Alto => ator sem identidade nacional que atue diretamente em um pequeno número de países (greenpeace, transparência internacional) Baixo => ator que opera diretamente em dezenas de países, porém tem uma forte referência nacional Igreja Igrejas que representam as mais importantes religiões do planeta ator transnacional típico ausência de uma referência nacional predominante sistema de rede em escala mundial Vaticano (Santa Sé) não tem relação direta com os recursos ou elementos ‘duros’ do poder: território, população, PIB ou forças armadas tem personalidade jurídica própria (sujeito de Direito internacional). Vaticano mantém relações diplomáticas com mais de 170 países Empresas transnacionais ou multinacionais: grandes grupos econômicos que operam em escala global pelo menos dois países Controle de quantidade relevante de ativos específicos (tecnologia, capital, etc) que são recursos de poder econômico e político. Estados Poder potencial e relativo; hegemon, potências mundiais, potências regionais e papel local OIGs Bilaterais, multilaterais. Empresas Transnacionais Privadas, públicas e mistas Bancos Internacionais Privados, públicos e mistas ONGs Direitos humanos, ambientalistas, antiliberalismo, contra discriminação de raça e gênero, economia solidária etc. Opinião pública e mídia Governantes, massa e militantes Grupos de interesses / valores Partidos políticos, igrejas, organizações e movimentos religiosos, étnicos, culturais e políticos, crime organizado, máfias, lavagem de dinheiro Grupos sociais Burocratas, estamento militar, castas e corporações profissionais Indivíduos Peritos, personalidades importantes Evolução da percepção dos atores relevantes em RI Anos 20, 30, 40: Estados e indivíduos Anos 50 e 60: Órgãos burocráticos (Graham Allison) Anos 70: Empresas (Keohane & Nye) Anos 80: OIGs e ONGs Para grande parte das teorias de RI, o principal ator continua sendo o Estado.
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