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habeas corpus - secao 01

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EXCELENTÍSISMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ/CE
Xxxxxxxxx xxxxx, advogado, com inscrição junto a OAB/XX, sob o nr. xxxxxxxx, com escritório profissional situado na a rua : xxxxxx, nr. xxx, Cidade, xxxx/XX, com endereço eletrônico : xxxxxxx@gmail.com, onde receberá intimações, vem respeitosamente a Vossa Excelência, com fulcro nos art. 5°, LXVIII, da Constituição Federal/88, e nos art. 648°,I, IV, do Código de Processo Penal, impetrar a presente ordem de :
Art.5°...CF/88
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Art.648. A coação considerar-se-á ilegal:
I – Quando não houver justa causa;
IV- Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação:
 ORDEM DE HABEAS CORPUS COM PEDIDO LIMINAR 
Em favor de Jose Percival da Silva , ora Paciente, Brasileiro, casado, com mandato de vereador, residente e domiciliado a Rua xxxxxxx,xx , atualmente recolhido no cadeia pública da Cidade de Conceição do Agreste/CE, por violenta coação a sua liberdade por ato ilegal e abusivo, do Excelentíssimo Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Conceição do Agreste/SC, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
 
I- DOS FATOS
No dia 04 de fevereiro de 2018, durante a seção, que estava sendo realizada na sede da Câmara dos Vereadores da Comarca de Conceição do Agreste/CE, o Paciente foi dado voz de prisão em flagrante delito acusado da prática do crime de corrupção passiva, e crime de participar de esquema criminoso.
Comunicada a Autoridade Judiciária, esta determinou a apresentação do paciente, em audiência de custódia, a ser realizada no dia seguinte à prisão.
Na audiência de custódia, o MM. Juiz acatou o pedido do Ministério Público de conversão de prisão em flagrante em prisão preventiva, nos termos do art. 310, II, c/c art. 312, c/c art. 313, I, todos do CPP, para garantia da ordem pública, tendo em vista a gravidade e a repercussão do crime, é um breve resumo dos fatos.
AI – DA ILEGALIDADE DA PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO, E DO FLAGRANTE PREPARADO.
No tocante a prisão em flagrante, inexistem os requisitos necessários para a autoridade policial realizar a coação da liberdade do paciente, sendo ilegal e arbitrário, pois no momento ele sequer praticou qualquer crime, ou o tinha praticado. 
Não há qualquer relação entre o que alega a autoridade policial e a conduta do Paciente, haja visto que estava no ato da prisão exercendo suas funções legislativas na sessão da Câmara Municipal. 
Logo, sua conduta não pode se em nada está enquadrada no que protagoniza o art. 302, do CPP.
Art. 302. Considera-se em Flagrante delito quem:
I – Está cometendo a infração penal;
II – Acaba de comete-lo;
III – é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faca presumir ser autor da infração;
IV – é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papeis que façam presumir ser ele autor da infração;
Não obstante a coação Ilegal, por meio do Flagrante preparado pela autoridade policial é claro, e que a consumação do crime não acontece.
A Ilegalidade do flagrante preparado, como o sentido da palavra PREPARADO, algo induzido, forjado, criado, cilada, planejado, com o estimulo a indução a pratica delituosa, com a participação das autoridades para que a situação ocorra, para poder legalizar a prisão.
 Desta forma, o ato da prisão do Paciente, evidencia uma encenação teatral, por um Agende provocador, sendo este terceiro um Policial, ou alguém sob orientação sua.
Em decisão do Supremo Tribunal Federal em sua Sumula 145 “não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”, 
claramente a prisão em flagrante e preventiva decretada é ilegal, com a falta de justa causa. Assim, evidenciada a coação ilegal, nos termos do art. 648, I, do CPP.
Art.648. A coação considerar-se-á ilegal:
I – Quando não houver justa causa;
Deste modo, a prisão preventiva decretada é ilegal. Cabível, portanto, o pedido de relaxamento de prisão, baseado no art. 5º, LXV, da CF/88, e art. 310, I, do CPP.
Art. 5º..CF/88
XV - A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
Art. 310 ...CPP
I - Relaxar a prisão ilegal;
II. DO CABIMENTO DA MEDIDA LIMINAR
Excelência, a liminar é o meio usado para assegurar celeridade aos remédios constitucionais, comprovação do direito invocado, evitando coação ilegal ou impedindo ocorrência desta.
A concessão do presente pedido liminar, está presente nestes autos. Ora, o fumus boni iuris, caracterizado pela ilegalidade na decretação da prisão preventiva do paciente, que seja decretada a soltura do paciente, atendendo a legislação e a jurisprudência e a rápida atuação do Poder Judiciário para que a liberdade seja declarada. 
O periculum in mora, é notório e presente do fato do paciente este preso sem qualquer amparo legal, e qualquer crime cometido, neste sentido não perpetuar a coação ilegal do qual trará prejuízos ao paciente, psicológica e moral.
.
IV. DOS PEDIDOS
Por todas as razoes apresentadas, e de documentos em anexos, o Paciente confia nesta Corte, para a concessão da presente ordem de habeas corpus, com a consequente expedição de alvará de soltura em favor do paciente, nos termos em que se requer:
I. A concessão da medida liminar, por estar evidente a existência do fumus boni iuris e periculum in mora, determinando o imediato relaxamento da prisão do paciente, e liberdade provisória.
II. Conhecer o pedido de Habeas Corpus, para conceder o pedido julgado do feito, tornando definitivos os efeitos da liminar concedida.
AI. O regular prosseguimento do feito, oficiando-se a autoridade coatora para prestar as informações de praxe, com posterior remessa dos autos à Procuradoria-Geral de Justiça. Após, que sejam os autos conclusos para 
Nestes termos,
Pede deferimento, 
Conceição do Agreste/CE xx/xx/xxxx.
[assinado digitalmente]
OAB/PR xxxxx

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