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ESTÁGIO2 PENAL SEÇÃO1

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EXCELENTÍSISMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ/CE
Zé da Farmácia, advogado, inscrito junto à OAB ... sob o nº ... com escritório profissional situado na (endereço), impetra apresente ORDEM DE HABEAS CORPUS COM PEDIDO LIMINAR em favor de JOSÉ PERCIVAL DA SILVA, ora Paciente, (nacionalidade), (estado civil), vereador, residente e domiciliado à (endereço), atualmente recolhido no (nome do local onde o Paciente está preso), com fundamento no art. 5º, LXVIII, da Constituição da República, em combinação com o art. 648, I e IV, do Código de Processo Penal, apontando como autoridade coatora o MM. Juiz da __ª Vara Criminal da Comarca de ...., com base nos argumentos que passa a apresentar para, ao final, requerer:
I-DOS FATOS 
No dia 04 de fevereiro de 2018, na sede da Câmara dos Vereadores da Comarca de Conceição do Agreste/CE, o Paciente foi preso em flagrante delito acusado da prática do crime de corrupção passiva. Comunicada a Autoridade Judiciária, esta determinou a apresentação da paciente, em audiência de custódia, a ser realizada no dia seguinte à prisão. - Na audiência de custódia, o MM. Juiz acatou o pedido ministerial, decretando a prisão preventiva do Paciente, nos termos do art. 310, II, c/c art. 312, c/c art. 313, I, todos do CPP, para garantia da ordem pública. É um breve resumo dos fatos:
 II – DA PRIMEIRA COAÇÃO ILEGAL:
 DA ILEGALIDADE DA PRISÃO EM FL AGRANTE DELITO Ao contrário do que quer fazer crer a douta autoridade policial, não há no presente caso situação de flagrância a justificar a prisão do paciente da forma como foi realizada. Isso porque ele sequer praticou qualquer crime. Não há qualquer nexo de causalidade entre o crime praticado e a conduta do Paciente (de, simplesmente, estar presente à sessão). Sua conduta é absolutamente atípica. Logo, sua conduta não pode se enquadrar àquelas previstas no art. 302, do CPP. Portanto, a decretação da prisão preventiva da Paciente demonstra-se carecedora de justa causa. Assim, evidenciada a coação ilegal, nos termos do art. 648, I, do CPP. Deste modo, a prisão preventiva decretada é ilegal. Cabível, portanto, o pedido de relaxamento de prisão, baseado no art. 5º, LXV, da CF/88, e art. 310, I, do CPP.
 III- DA SEGUNDA COAÇÃO ILEGAL:
a) DO FLAGRANTE PREPARADO
 Não obstante, não restam dúvidas de que o flagrante realizado pela polícia foi preparado. Como se sabe, flagrante preparado (ou provocado) existe quando há uma indução, um estímulo, uma participação fundamental das autoridades estatais para que a situação fática causadora da prisão exista. Isto é, quando o agente, por meio de uma cilada, uma encenação teatral, é impelido à prática de um delito por um agente provocador, normalmente, um policial ou alguém sob sua orientação. E é exatamente essa a hipótese dos autos. 
Afinal, os fatos jamais ocorreriam da forma como ocorreram se não fosse a orientação realizada pelo delegado de polícia. E a Súmula 145, do STF, atesta que não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a consumação do delito. Portanto, a decretação da prisão preventiva do Paciente demonstra-se carecedora de justa causa. Assim, evidenciada a coação ilegal, nos termos do art. 648, I, do CPP. Deste modo, a prisão preventiva decretada é ilegal. Cabível, portanto, o pedido de relaxamento de prisão, baseado no art. 5º, LXV, da CF/88, e art. 310, I, do CPP. III.
III- DO CABIMENTO DA MEDIDA LIMINAR
 A comprovação da plausibilidade do direito substancial invocado, para a concessão do presente pedido liminar, é patente nestes autos. Ora, a simples leitura da presente petição e dos documentos que a ela são anexados evidencia o fumus boni iuris caracterizado ilegalidade decretação, não pela prisão preventiva do paciente. O periculum in mora, por sua vez, evidencia-se pelo fato de ser adequado ao caso a decretação de medidas cautelares diversas da prisão, ao invés da prisão preventiva do Paciente. Assim, o prolongamento do desnecessário cárcere provisório evidencia o risco de dano irreparável. Portanto, recebido o presente writ, impõe-se a concessão liminar da presente Ordem para cessar a flagrante ilegalidade da sua prisão.
 IV. DOS PEDIDOS 
Por todo o exposto, impõe-se a concessão da presente ordem de habeas corpus, com a consequente expedição de alvará de soltura em favor do paciente, nos termos em que se requer: I-A concessão da medida liminar, por estar evidente a existência do fumus boni iuris e periculum in mora, determinando o imediato relaxamento da prisão do paciente.
 II. O regular prosseguimento do feito, oficiando-se a autoridade coatora para prestar as informações de praxe, com posterior remessa dos autos à Procuradoria-Geral de Justiça. Após, que sejam os autos conclusos para julgamento, nos termos do Regimento Interno deste Tribunal.
 III. No mérito, a concessão definitiva do presente writ.
 Termos em que Pede e espera deferimento.
 LOCAL..., DATA...
 ADVOGADO...
 OAB...

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