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Greve de ônibus no Rio de Janeiro

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-graduação em Direito e Processo do Trabalho e Direito Previdenciário
Resenha Crítica do Artigo ou Caso: Sem acordo, ônibus voltam a parar nesta terça-feira
 
Henrique Uliano Haubert
Trabalho da disciplina de Direito e Processo Coletivo do Trabalho
Tutor: Prof. Claudia Abbass Correa Dias
Gravataí.
2020
SEM ACORDO, ÔNIBUS VOLTAM A PARAR NESTA TERÇA-FEIR
REFERÊNCIA: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/sem-acordo-onibus-voltam-a-parar-nesta-terca-feira-no-rio-de-janeiro
O artigo trata-se de uma matéria emitida pela revista VEJA, em que discorre sobre a greve de 48 horas realizada pelos motoristas e cobradores de ônibus do Rio de Janeiro, que reivindicavam o reajuste salarial de 40% e aumento no valor da cesta básica, de 150 para 400 reais, sendo que o artigo ainda traz detalhes sobre a audiência e decisão preferidas pelo TRT-RJ.
Conforme informado no artigo, a greve foi iniciada sem a anuência Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do município do Rio (Sintraturb), pois os grevistas não concordavam com o dissídio coletivo assinado pelo Sindicado.
Ainda, na audiência presidida pela desembargadora Maria das Graças Paranhos, do TRT-RJ, os representantes do Rio Ônibus, sindicato das empresas da capital, não aceitaram negociar com a comissão, alegando que o grupo não tem legitimidade para representar os motoristas e cobradores.
O direito de greve está fundamentado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da liberdade de trabalho, uma vez que ninguém é obrigado a trabalhar se não por vontade própria, conforme disposto na Constituição da República Brasileira e Consolidação das Leis do Trabalho, em seus artigos específicos.
Com relação a legitimidade dos grevistas em dissídio coletivo, a Constituição da República atribui aos sindicatos legitimidade para a defesa dos direitos e interesses individuais e coletivos da categoria, inclusive em juízo, e a ele confere legitimidade para o ajuizamento de dissídio coletivo de natureza econômica, conforme o art. 8º, inciso III, e art. 114, § 2º, da CF.
Conforme o transcrito acima, podemos concluir que a greve é um direito constitucionalmente subjetivo do empregado que visa reivindicação de direitos, podendo ser exercido livremente, dentro dos moldes da lei, sendo que não deve prejudicar ou interferir na esfera individual de outras pessoas, porém, os grevistas não detém legitimidade para agir em dissídio coletivo, pois não representam se enquadram nos artigos que dispõe sobre esta legitimidade. 
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