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NOME DA INSTITUIÇÃO Unama NOME DO CURSO Arquitetura e Urbanismo NOME DA DISCIPLINA Estética (Arquitetura) NOME DO PROFESSOR EXECUTOR Ariadne Paulo Silva NOME DO TUTOR Juliane Alves Melo NOME DO ALUNO Jovelina Barbosa Ribeiro ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA Mac – Niterói – Fonte: Pinterest 2016 O Museu de Arte Contemporânea de Niterói conhecido como Mac, localizado no mirante Boa Vista, foi o local escolhido pelo arquiteto Oscar Niemeyer, juntamente com João Sattamini empresário que sugeriu o projeto de um museu contemporâneo na cidade e o prefeito da época Jorge Roberto Silveira pela sua vista e exuberância. Niemeyer ficou tão admirado com o local pela sua vista exuberante que foi logo elaborando o projeto e disse: “ É aqui. E já tenho a forma, algo como uma flor ou um pássaro” (Niemeyer, 1997, p 22). A obra foi inaugurada no dia 2 de setembro de 1996 e fica localizada na orla de Niterói, contendo uma vista privilegiada do Cristo Redentor e do Corcovado (Figura 1) o qual potencializa ainda mais a obra. O sítio está no nível da rua e tem 2.500m² de extensão e sua construção levou cinco anos de execução da obra com 300 operários em três turnos. A arquitetura futurista que assemelha a um Cálice ou uma nave espacial propicia o piso livre para a admiração da paisagem local, trazendo uma leveza no ambiente e elegância ao partido arquitetônico. Figura 1 – Museu de Arte Contemporânea de Niterói com os fundos do Pão de Açúcar. Fonte: Pinterest Estrutura A estrutura do volumétrico Museu de Arte Contemporânea de Niterói com mais 16 metros de altura, nasce do chão uma estrutura cilíndrica de 9 metros de diâmetro que faz toda a sustenção da parte superior de todo o prédio. Essa estrutura foi projetada para suportar cerca de 400km/m², ventos de aproximadamente 200km/h e também uma imensa sapata de dois metros de altura. Para a realização do projeto como um todo foram gastos 3.200,000 m³ de concretos, uma quantidade suficiente para a construção de um prédio de 10 andares e também foram retiradas 5.500 toneladas de material de escavação para a execução da parte de sapatas e estruturações dos pilares de sustenção. O térreo da praça tem 2.400 metros de área livre e possui um espelho d’água que tem 817 m² de superfície com 60 centímetros de altura e que fica localizado na base da parte cilíndrica com o intuito de associar a arquitetura construída ao ambiente natural da Baia de Guanabara. A cobertura circular recebeu um tratamento térmico e impermeabilização especial que é o mesmo utilizado para proteção nas construções da Nasa, com capacidade de uma variação térmica de menos de 50° centígrados a 250° centígrados nos seus 50 metros de diâmetro e com uma área de quase 2 mil metros quadrados de extensão. Foram gastos 3.000m² de carpete azul para revestir o piso interno e as paredes de pintura branca. O projeto estrutural ficou sob responsabilidade do engenheiro Bruno Contarini, que já foi parceiro no projeto de Oscar Niemeyer em várias outras obras e o projeto mobiliário fico a cargo de Anna Maria Niemeyer. O edifício é composto por subsolo onde fica o restaurante, cozinha, serviços sanitários, auditório, escada para acesso ao nível da praça e escada que dá acesso ao acervo, contém duas áreas de exposições, varanda, mezanino, salas de trabalho, hall, elevadores e escadas (Figura 2). A rampa de 98 metros de comprimento possui um piso vermelho rubi com um design alongado curvo que conduz ao visitante a entrada principal do monumento. A iluminação da rampa é resultado de uma iluminação que passa através de um orifício da estrutura que auxilia na condução dos visitantes aos pavimentos a cima. Os vidros super-resistentes foram fabricados exclusivamente para o projeto do MAC com inclinação de 40° na linha horizontal e aos ventos fortes. São 70 placas de vidros com 18,5m de espessuras e 4,80m de altura. Figura 2 - Museu de Arte Contemporânea de Niterói – Estrutura – Corte Transversal Fonte: Site Mac Niterói Subsolo Ao adentrar ao subsolo da arquitetura, se deparará com o restaurante, serviços sanitários, cozinha, auditório, e as escadas de acesso ao nível superior e acesso ao acervo. O auditório tem 1.100m² e capacidade para 60 pessoas, e no restaurante possui uma janela horizontal estreita onde permite apreciar a linda vista da baia de Guanabara (Figura 3). O subsolo também possui bombas hidráulicas, central de energia com 800 KVA e dois reservatórios de águas com capacidade de 6.000 m³ cada uma. Figura 3 - Museu de Arte Contemporânea de Niterói – Subsolo Fonte: Site Mac Niterói Térreo O sítio possui 2500 m² de um ambiente agradável e um contraste visual muito diferenciado entre uma paisagem de natureza e uma obra grandiosa de concreto. O terraço é composto por mesas e escadas de apoio ao restaurante, escadas de acesso ao acervo e módulo de acesso a cozinha (Figura 4). Figura 4 - Museu de Arte Contemporânea de Niterói – Térreo Fonte: Fundação Oscar Niemeyer / reprografia da planta original em papel vegetal. 1- Terraço 2- Escada de acesso ao restaurante 3- Escada de acesso ao acervo 4- Módulo de acesso a cozinha 1° Pavimento O primeiro pavimento por conter o formato de uma concha invertida é utilizado de apoio central, onde se divide radialmente em seis partes por toda a sua extensão. É composto pelo hall de entrada, sala da diretoria e salas de trabalhos onde são envolvidas por um corredor estreito com uma abertura de luz envidraçados do teto ao piso oferecendo luz natural as salas e estendendo até o segundo pavimento (Figura 5). Figura 5 - Museu de Arte Contemporânea de Niterói – 1° Pavimento Fonte: Site Mac Niterói 2° Pavimento O segundo pavimento acomoda o salão de exposição com dupla altura, envolvido por cinco paredes em formato hexagonal, onde cada parede é independente entre si, permitindo a circulação das pessoas no salão principal e no corredor circular durante as exposições, sendo um dos lados aberto para possibilitar um acesso da rampa (Figura 6). Figura 6 - Museu de Arte Contemporânea de Niterói – 2° Pavimento Fonte: Site Mac Niterói http://culturaniteroi.com.br/blog/imagens/2035_planta01.jpg http://culturaniteroi.com.br/blog/imagens/2035_planta02.jpg 3° Pavimento A varanda envidraçada que se prolonga até o terceiro piso vem para compor o mezanino que por sua vez sofre um alargamento no fechamento das paredes do salão. A comunicação entre os andares se dá estritamente por elevadores e escadas externas. A vistas do salão central é possível por onde não há parede através de um balcão que ao se debruça hexagonal virtual. Iluminação O projeto de iluminação foi elaborado por Peter Gasper. Na parte na interna foram utilizadas 400 lâmpadas fluorescentes e 200 dicroicas que foram usadas para as exposições das obras de artes. Para o mezanino foram instaladas 200 lâmpadas fluorescentes e 200 dicroicas. Para o salão central a claridade é por meio da iluminação ambiental junto com as claraboias que ajudam na tonalidade do ambiente. Extremamente são utilizados 34 faróis de aviões para iluminar o espelho d’água dando leveza ao projeto. A luz tangencial se prolonga acima do topo e se dirige para o céu. 5- Mezanino 6- Espaço vazio 7- Escada de acesso ao mezanino 8- Elevadores REFERÊNCIAS: PEASE, CELMA.; JARDIM, MARIANA COMERLATO. Estética. Porto Alegre: Editora Sagah, 2018. https://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_modernista_no_Brasil https://i.pinimg.com/originals/12/88/6f/12886f9d66bac1e5671bdce743656a3d.jpg http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/oculum/article/viewFile/775/755 http://culturaniteroi.com.br/blog/?id=2035&equ=macniteroi https://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_modernista_no_Brasilhttps://i.pinimg.com/originals/12/88/6f/12886f9d66bac1e5671bdce743656a3d.jpg http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/oculum/article/viewFile/775/755 http://culturaniteroi.com.br/blog/?id=2035&equ=macniteroi
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