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Aula 09 (Parte III) - Conforto Lumínico

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Aula 09 (Parte lll)
Arquitetura para Concursos - Curso Regular 2017
Professor: Moema Machado
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. Moema Machado – Aula 09 (parte 3)
 
Profa. Moema Machado www.estrategiaconcursos.com.br 1
AULA 09 (parte 3) – CONFORTO LUMÍNICO 
Oi!!!!! Preparados para mais uma aula? Nosso curso é quase 
fazer uma nova faculdade de arquitetura. rs 
A grande vantagem é que podemos aplicar tudo que estamos 
aprendendo, de imediato, na nossa profissão, e, isso, nos dá uma 
alegria imensa, fazendo com que o estudo seja prazeroso. 
“Digo aos jovens arquitetos: Tenham a sensibilidade de fazer com 
que seus edifícios tenham alguma coisa a dizer.” Vilanova Artigas 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Introdução 02 
2. Grandezas e conceitos 11 
3. Lâmpadas 19 
4. Iluminação Natural – NBR 15215-1:2005 32 
5. Iluminação Natural – NBR 15215-2:2005 48 
6. NBR ISO/CIE 8995-1: 2013 – Iluminação de ambientes de
trabalho – Parte 1: Interior
54 
7. Resolução de questões 94 
8. Lista de questões 136 
9. Gabarito 145 
Vamos lá! 
Treinamento difícil, combate fácil! 
moema@moemamachado.com.br
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. Moema Machado – Aula 09 (parte 3)
 
Profa. Moema Machado www.estrategiaconcursos.com.br 2
INTRODUÇÃO 
Em primeiro lugar, o que é Conforto Lumínico? 
Conforto Lumínico ou conforto visual é a existência de um 
conjunto de condições no qual o ser humano pode desenvolver suas 
tarefas visuais com o máximo de acuidade e precisão visual, com o 
menor esforço, com menor risco de prejuízos à vista e com reduzidos 
riscos de acidentes. 
Essas condições podem ser classificadas como seguem 
(European Commission Directorate 1994): 
• Iluminância suficiente;
• Boa distribuição de iluminâncias;
• Ausência de ofuscamento;
• Contrastes adequados (proporção de luminâncias) e
• Bom padrão e direção de sombras.
Lamberts ainda ressalta que a boa distribuição de iluminâncias 
não é sinônimo de uniformidade e que o contraste e o padrão das 
sombras ideal depende, da tarefa visual. 
De acordo com a publicação da OSRAM “Iluminação: Conceitos e 
Projetos”, O primeiro nível para avaliarmos o que é o conforto luminoso 
refere-se à resposta fisiológica do usuário. 
(OSRAM, Iluminação: Conceitos e Projetos) 
Um determinado ambiente provido de luz natural e/ou artificial, 
produz estímulos ambientais, ou seja, um certo resultado em termos 
de quantidade, qualidade da luz e sua distribuição, contrastes etc. 
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. Moema Machado – Aula 09 (parte 3)
 
Profa. Moema Machado www.estrategiaconcursos.com.br 3
Todos esses estímulos ambientais são físicos, objetivos e 
quantificáveis. 
Quanto menor for o esforço de adaptação do indivíduo, maior 
será sua sensação de conforto. 
Mas o que seria este “esforço de adaptação”? Do ponto de vista 
fisiológico, para desenvolvermos determinadas atividades visuais, 
nosso olho necessita de condições específicas e que dependem muito 
das atividades que o usuário realiza. Por exemplo: para ler e escrever, 
é necessária uma certa quantidade de luz no plano de trabalho; para 
desenhar ou desenvolver atividades visuais de maior acuidade visual 
(atividades mais “finas” e com maior quantidade de detalhes), 
necessita-se de mais luz. Mas quantidade de luz não é o único requisito 
necessário. Para essas atividades, a boa distribuição de luz no 
ambiente e a ausência de contrastes excessivos (como a incidência 
direta do sol no plano de trabalho e reflexos indesejáveis) também são 
fatores essenciais. Quanto melhores forem as condições propiciadas 
pelo ambiente, menor será o esforço físico que o olho terá de fazer 
para se adaptar às condições ambientais e desenvolver bem a atividade 
em questão. É o enfoque fisiológico da definição de conforto 
ambiental. (OSRAM, Iluminação: Conceitos e Projetos) 
“Aquilo que vemos depende não somente da qualidade física da 
luz ou da cor presente, mas também do estado de nossos olhos na 
hora da visão e da quantidade de experiência visual da qual temos de 
lançar mão para nos ajudar em nosso julgamento... Aquilo que vemos 
depende não só da imagem que é focada na retina, mas da mente que 
a interpreta” (Hopkinson & Kay, 1969) 
O olho é só um instrumento que capta as imagens, quem 
interpreta é o cérebro. Esta resposta sensorial do indivíduo ao seu meio 
ambiente tem, portanto, um componente subjetivo importante. 
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. Moema Machado – Aula 09 (parte 3)
 
Profa. Moema Machado www.estrategiaconcursos.com.br 4
Conforto é, portanto, a interpretação de estímulos objetivos, 
físicos e facilmente quantificáveis, por meio de respostas fisiológicas 
(sensações) e de emoções, com caráter subjetivo e de difícil avaliação. 
As duas subáreas do conforto ambiental que têm maior grau de 
subjetividade são a ILUMINAÇÃO e a acústica, respectivamente. 
(OSRAM, Iluminação: Conceitos e Projetos) 
Para a Iluminação, tanto natural quanto artificial, a função é o 
primeiro e mais importante parâmetro para a definição de um projeto. 
Ela irá determinar o tipo de luz que o ambiente precisa. Podemos dividir 
a iluminação em função de dois objetivos: a luz da razão e a luz da 
emoção. 
O primeiro objetivo da iluminação é a obtenção de boas 
condições de visão associadas à visibilidade, segurança e orientação 
dentro de um determinado ambiente. Este objetivo está intimamente 
associado às atividades laborativas e produtivas – escritório, escolas, 
bibliotecas, bancos, indústrias etc. É a luz da razão. 
O segundo objetivo da iluminação é a utilização da luz como 
principal instrumento de ambientação do espaço – na criação de efeitos 
especiais com a própria luz ou no destaque de objetos e superfícies ou 
do próprio espaço. Este objetivo está intimamente associado às 
atividades não laborativas, não produtivas, de lazer, estar e religiosas 
– residências, restaurantes, museus e galerias, igrejas etc. É a luz da
emoção. 
Algumas atividades estão, por essência, numa situação 
intermediária, como por exemplo as comerciais. Dependendo do tipo 
de loja, estaremos mais próximos de um caso ou de outro. 
Ainda conforme a publicação da OSRAM, o primeiro passo de um 
projeto luminotécnico é definir o(s) sistema(s) de iluminação, 
respondendo basicamente a três perguntas: 
1ª. Como a luz deverá ser distribuída pelo ambiente? 
2ª. Como a luminária irá distribuir a luz? 
3ª. Qual é a ambientação que queremos dar, com a luz, a este 
espaço? 
Para se responder a primeira pergunta, os sistemas foram 
classificados com a forma que as luminárias são distribuídas pelo 
ambiente e com os efeitos produzidos no plano de trabalho. Esta 
classificação também é conhecida como Sistema Principal. Nela, os 
sistemas de iluminação proporcionam: 
a) Iluminação geral: distribuição aproximadamente regular das
luminárias pelo teto; iluminação horizontal de um certo nível médio; 
uniformidade. Possibilita uma maior flexibilidade na disposição interna 
do ambiente, layout, mas não atende às necessidades específicas de 
locais que requerem níveis de iluminância mais elevados. Acarretando 
grande consumo de energia e, em algumas situações muito específicas, 
podem desfavorecer o controle do ofuscamento pela visão direta da 
fonte. 
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. Moema Machado – Aula 09 (parte 3)
 
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b) Iluminação localizada: concentra-se a luminária em locais
de principal interesse. As luminárias devem ser instaladas 
suficientemente altas para cobrir as superfícies adjacentes, 
possibilitando altos níveis de iluminância sobre o plano de trabalho, ao 
mesmo tempo em que asseguram uma iluminação geral suficiente para 
eliminar fortes contrastes. Para atividades laborativas, necessitam de 
complementação através do sistema geral de controle de uniformidade 
de luz do local. Para outras situações, não necessariamente.Vantagens: maior economia de energia, e podem ser 
posicionadas de tal forma a evitar ofuscamentos, sombras indesejáveis 
e reflexões veladoras, além de considerar as necessidades individuais. 
Desvantagens: em caso de mudança de layout, as luminárias 
devem ser reposicionadas. 
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
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c) Iluminação de tarefa: luminárias perto da tarefa visual e do
plano de trabalho iluminando uma área muito pequena. 
Vantagens: maior economia de energia, maior controle dos 
efeitos luminotécnicos. 
Desvantagens: deve ser complementada por outro tipo de 
iluminação, e apresenta menor flexibilidade na alteração da disposição 
dos planos de trabalho. 
Para responder a segunda pergunta, “Como a luminária irá 
distribuir a luz?”, classificam-se os sistemas de iluminação de acordo 
com a forma pela qual o fluxo luminoso é irradiado pela luminária, ou, 
mais precisamente, de acordo com a quantidade do fluxo luminoso 
irradiado para cima e para baixo do plano horizontal e da luminária 
(e/ou lâmpada). Muitos autores classificam os sistemas simplesmente 
por: direto, indireto e direto-indireto (compreendendo, nesse último 
caso, as classificações intermediárias). 
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. Moema Machado – Aula 09 (parte 3)
 
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O sistema secundário relaciona-se mais à terceira pergunta, 
“Qual é a ambientação que queremos dar, com a luz, a este 
ambiente?”. 
OSRAM – Curso de Iluminação: Conceitos e Projetos 
Luz de destaque: Coloca-se ênfase em determinados aspectos do interior 
arquitetônico, como um objeto ou uma superfície, chamando a atenção do 
olhar. Geralmente, esse efeito é obtido com o uso de spots, criando-se 
uma diferença 3, 5 ou até 10 vezes maior em relação à luz geral ambiente. 
Este efeito pode ser obtido também posicionando a luz muito próxima à 
superficie a ser iluminada. Exemplo: paredes, objetos, gôndolas, displays, 
quadros etc. 
Luz de efeito: Enquanto na luz de destaque procuramos destacar algo, 
aqui o objeto de interesse é a própria luz: jogos de fachos de luz nas 
paredes, contrastes de luz e sombra etc. 
Luz decorativa: Aqui não é o efeito de luz que importa, mas o objeto que 
produz a luz. Ex: Lustres antigos, arandelas coloniais e velas criam uma 
área de interesse no ambiente, destacando o objeto mais do que 
iluminando o próprio espaço. 
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. Moema Machado – Aula 09 (parte 3)
 
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Luz arquitetônica: Obtida quando posicionamos a luz dentro de 
elementos arquitetônicos do espaço, como cornijas, sancas, corrimãos etc. 
Deve-se tomar cuidado com esse termo, pois toda a luz deve ser, por 
definição, arquitetônica. Ou seja, estar em perfeita integração com a 
arquitetura. Neste caso, estão apenas sendo escolhidos elementos 
arquitetônicos para servirem de suporte à luz. 
Modulação de intensidade (dimerização): É a possibilidade de 
aumentar ou diminuir a intensidade das várias luminárias, modificando com 
isso a percepção ambiental. 
O conforto térmico e o conforto visual devem ser considerados 
em conjunto, pois essa visão integrada é que tornará possível o bom 
desempenho energético da arquitetura. 
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
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OSRAM – Curso de Iluminação: Conceitos e Projetos 
5. Critérios de desempenho do ponto de vista do projeto de
iluminação 
Critérios de desempenho do ponto de vista da iluminação, tanto para as 
atividades laborativas quanto para as não laborativas (de lazer, estar, 
religiosas). 
Sete critérios de desempenho nos possibilitam avaliar se os objetivos 
foram cumpridos nessas duas situações: 
Um nível mínimo de iluminância (lux) fixado pela norma NBR 5413: 
para que possamos desempenhar bem uma tarefa qualquer do ponto de 
vista visual, devemos ter uma quantidade de luz satisfatória. Por exemplo, 
para as atividades que envolvem leitura e escrita, a norma estipula valores 
mínimos e máximos de 300 e 750 lux, respectivamente. No caso de 
atividades laborativas, estes níveis adquirem maior importância e maiores 
valores que no caso das não laborativas; 
Uma boa distribuição destes níveis pelo local: quanto menor a 
uniformidade nesta distribuição, maiores os esforços de adaptação do olho 
em função de pontos mais e menos iluminados. Estes esforços levam a um 
cansaço visual e uma queda consequente da produtividade do trabalho. A 
boa uniformidade adquire maior importância no caso de atividades 
laborativas e perde o significado no caso das não laborativas; 
A não presença de ofuscamentos dentro do campo visual: ofuscamento 
significa contrastes fortes e extremos de luminâncias e podem atrapalhar 
ou até inibir a realização de uma tarefa visual laborativa, realizada 
normalmente por longos períodos. No caso das não laborativas, os 
contrastes (e mesmo os deslumbramentos) são absolutamente 
fundamentais. São eles que criam os jogos de luz e de destaque. São, 
consequentemente, os grandes responsáveis pela ambientação do espaço. 
Contrastes de cores, de luminâncias e de claro e escuro; 
Uma boa reprodução de cor (IRC): as fontes de luz artificial 
normalmente são comparadas com a luz natural em função de suas 
capacidades de reproduzir as cores. Em ambos os casos das atividades 
laborativas e não laborativas, a boa reprodução de cor é sempre desejável; 
Uma temperatura de cor (K) adequada à função: as aparências de cor 
quente, neutra e fria das lâmpadas interferem diretamente na 
ambientação e no estímulo das atividades humanas. Para atividades 
laborativas, as cores neutras e frias são as mais recomendadas. Para as 
atividades não laborativas, as quentes são mais acolhedoras e nos levam 
ao relaxamento, intimidade e descanso. 
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. Moema Machado – Aula 09 (parte 3)
 
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Uma mutabilidade/flexibilidade da luz: a luz natural caracteriza-
se muito por grande mutabilidade não somente em termos de quantidade, 
mas também de aparência, cor da luz e de sua projeção no espaço (em função 
das posições do sol). A tecnologia hoje disponível para o controle da luz 
artificial também propicia estes efeitos por meio dos sistemas de automação 
e controle, tanto do ponto de vista de sua intensidade quanto de distribuição, 
espectro e aparência de cor (veja informações sobre os sistemas OSRAM 
DALI); 
Uma economia da instalação: não só do ponto de vista de custos 
iniciais, mas também de manutenção e operação (conta de luz). Sistemas de 
iluminação - luminárias, lâmpadas e equipamentos complementares 
adequados proporcionam uma maior racionalidade a todo o projeto e 
instalação. é sempre desejável, mas torna-se imprescindível no caso das 
atividades laborativas. 
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
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GRANDEZAS E CONCEITOS 
O que é Luz? 
Uma fonte de radiação emite ondas eletromagnéticas. Elas 
possuem diferentes comprimentos, e o olho humano é sensível a 
somente alguns. Luz é, portanto, a radiação eletromagnética capaz de 
produzir uma sensação visual. A sensibilidade visual para a luz varia 
não só de acordo com o comprimento de onda da radiação, mas 
também com a luminosidade. A curva de sensibilidade do olho humano 
demonstra que radiações de menor comprimento de onda (violeta e 
azul) geram maior intensidade de sensação luminosa quando há pouca 
luz (ex. crepúsculo, noite, etc.), enquanto as radiações de maior 
comprimento de onda (laranja e vermelho) se comportam ao contrário. 
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADASProfa. Moema Machado – Aula 09 (parte 3)
 
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O olho humano possui diferentes sensibilidades para a luz. 
Durante o dia, nossa maior percepção se dá para o comprimento de 
onda de 550 nm, correspondente às cores amarelo esverdeadas. Já 
durante a noite, para o de 510 nm, correspondente às cores verdes 
azuladas. 
A sensibilidade visual humana está compreendida entre 380 e 
780 nm, mas não varia só de acordo com o comprimento de onda da 
radiação, mas também com a luminosidade. 
OSRAM – Curso de Iluminação: Conceitos e Projetos 
4.2 Luz e Cores 
Há uma tendência em pensarmos que os objetos já possuem cores 
definidas. 
Na verdade, a aparência de um objeto é resultado da iluminação incidente 
sobre ele. Por exemplo, sob uma luz branca, a maçã aparenta ser de cor 
vermelha, pois ela tende a refletir a porção do vermelho do espectro de 
radiação, absorvendo a luz nos outros comprimentos de onda. Se 
utilizássemos um filtro para remover a porção do vermelho da fonte de 
luz, a maçã refletiria muito pouca luz, parecendo totalmente negra. 
Podemos ver que a luz é composta por três cores primárias. 
A combinação das cores vermelho, verde e azul permite obtermos o branco 
(Sistema RGB: R=Red, G=Green, B=Blue). 
A combinação de duas cores primárias produz as cores secundárias - 
magenta, amarelo e ciano. As três cores primárias, dosadas em diferentes 
quantidades, permitem obtermos outras cores de luz. 
Da mesma forma que surgem diferenças na visualização das cores ao 
longo do dia (diferenças da luz do sol ao meio-dia e no crepúsculo), as 
fontes de luz artificiais também apresentam diferentes resultados. As 
lâmpadas incandescentes, por exemplo, tendem a reproduzir com maior 
fidelidade as cores vermelha e amarela do que as cores verde e azul, 
aparentando ter uma luz mais “quente”. 
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. Moema Machado – Aula 09 (parte 3)
 
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As cores aparentam ser o que refletem do espectro de radiação 
que incide sobre elas. 
O branco, reflete tudo, o preto, absorve tudo. O azul, reflete a 
porção do espectro azul e absorve todo o resto. E, assim por diante. 
Se a ideia é iluminar as carnes da vitrine de um açougue, não 
devemos usar uma lâmpada que tenha no seu espectro, 
preponderantemente, a cor azul, pois ninguém vai querer comprar a 
carne! A carne ficará com uma cor escura, pois não terá a cor vermelha 
para refletir. 
Outro exemplo, uma planta verde, iluminada por uma lâmpada 
verde, ficará super verde, pois não vai absorver nada, só vai refletir o 
verde. 
A sensação de cor está intimamente ligada aos comprimentos de 
onda das radiações. Sensibilidade do olho – espectro visível (380 a 780 
nm). 
Vamos ver, agora, as principais grandezas fotométricas: 
Fluxo luminoso - F ( lumen [lm] ) 
O Fluxo luminoso é a parcela do fluxo radiante que gera uma 
resposta visual. 
Eficiência luminosa ( [lm/W] ) 
É a capacidade da fonte em converter potência em luz. 
(Pereira) 
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. Moema Machado – Aula 09 (parte 3)
 
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OSRAM – Curso de Iluminação: Conceitos e Projetos 
4.4 Fluxo Luminoso 
Símbolo: φ 
Unidade: lúmen (lm) 
Fluxo Luminoso é a radiação total da fonte luminosa entre os limites de 
comprimento de onda mencionados (380 e 780m. É a quantidade de luz 
emitida por uma fonte, medida em lúmens, na tensão nominal de 
funcionamento. 
É chamado também de “pacote de luz”. 
4.5 Eficiência Energética 
Símbolo: ŋw (ou K, conforme IES) 
Unidade: lm / W (lúmen / watt) 
4.5.1 Eficiência energética de lâmpadas 
As lâmpadas se diferenciam entre si não só pelos diferentes Fluxos 
Luminosos que irradiam, mas também pelas diferentes potências que 
consomem. 
Para poder compará-las, é necessário saber quantos lúmens são 
gerados por watt consumido. A essa grandeza dá-se o nome de Eficiência 
Energética (ou “Rendimento Luminoso”). A figura 24 exemplifica as 
eficiências de alguns tipos de lâmpadas. 
Como geralmente a lâmpada é instalada dentro de luminárias, o 
Fluxo Luminoso final disponível é menor do que o irradiado pela lâmpada, 
devido à absorção, reflexão e transmissão da luz pelos materiais com que 
são construídas as luminárias. O Fluxo Luminoso emitido pela luminária é 
avaliado através da Eficiência da Luminária (item 4.5.2). Isto é, o Fluxo 
Luminoso da luminária em serviço dividido pelo Fluxo Luminoso da 
lâmpada. 
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
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Iluminância (lumen/m2 ou lux [lx]) 
É a medida da quantidade de luz incidente numa superfície por 
unidade de área. 
(Pereira) 
A 1m de uma vela 1 lux 
Numa mesa de escritório 500 lux 
No exterior sob céu encoberto 10.000 lux 
No sol no verão 100.000 lux 
4.6 Nível de Iluminância 
Símbolo: E 
Unidade: Lux (lm/m2) 
A luz que uma lâmpada irradia, relacionada à superfície à qual 
incide, define uma nova grandeza luminotécnica denominada de 
Iluminamento, nível de iluminação ou Iluminância (fig. 28). 
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. Moema Machado – Aula 09 (parte 3)
 
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Expressa em lux (lx), indica o fluxo luminoso de uma fonte de 
luz que incide sobre uma superfície situada à uma certa distância dessa 
fonte. 
A equação que expressa esta grandeza é: 
É também a relação entre intensidade luminosa e o quadrado da 
distância (I/h²) (fig.28). Na prática, é a quantidade de luz dentro de 
um ambiente, e pode ser medida com o auxílio de um luxímetro. Como 
o fluxo luminoso não é distribuído uniformemente, a iluminância não
será a mesma em todos os pontos da área em questão. Considera-se, 
por isso, a iluminância média (Em). Existem normas especificando o 
valor mínimo de iluminância média, para ambientes diferenciados pela 
atividade exercida, relacionados ao conforto visual. 
Intensidade luminosa (candela [cd] ou [lm/sr]) 
É a propagação da luz em uma dada direção dentro de um ângulo 
sólido unitário. 
4.7 Intensidade Luminosa 
Símbolo: I 
Unidade: candela (cd) 
Se a fonte luminosa irradiasse a luz uniformemente em todas as 
direções, o Fluxo Luminoso se distribuiria na forma de uma esfera. Tal 
fato, porém, é quase impossível de acontecer, razão pela qual é 
necessário medir o valor dos lúmens emitidos em cada direção. 
Essa direção é representada por vetores, cujos comprimentos 
indicam as Intensidades Luminosas. Portanto, intensidade luminosa é 
o Fluxo Luminoso irradiado na direção de um determinado ponto.
4.7.1 Curva de distribuição luminosa 
Símbolo: CDL 
Unidade: candela (cd) X 1000 lm 
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Se, num plano transversal à lâmpada, todos os vetores que dela 
se originam tiverem suas extremidades ligadas por um traço, obtém-
se a Curva de Distribuição Luminosa (CDL). 
Em outras palavras, é a representação da Intensidade Luminosa 
em todos os ângulos em que ela é direcionada num plano (fig. 32). 
Luminância ([cd/m2]) 
É uma medida física de brilho de uma superfície, sendo através 
dela que os seres humanos enxergam. 
4.8 Luminância 
Símbolo: L 
Unidade: cd/m2 
Das grandezas mencionadas, até então, nenhuma é visível, isto 
é, os raios de luz não são vistos, a menos que sejam refletidos em uma 
superfície e aí transmitam a sensação de claridade aos olhos. Essa 
sensação de claridade é chamada de Luminância (fig. 33). 
É a Intensidade Luminosa que emana de uma superfície, pela 
sua superfície aparente (fig. 34). 
A equação que permite sua determinação é: 
na qual: 
L = Luminância, em cd/m² 
I = Intensidade Luminosa, em cd 
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TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. MoemaMachado – Aula 09 (parte 3)
 
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Tabela resumo: 
(Pereira) 
Grandeza 
Nome Símbolo Significado Unidade 
Fluxo 
luminoso 
Componente do fluxo radiante que gera uma 
resposta visual. 
Esfera de Ulbricht: a fonte luminosa é colocada dentro d
uma grande esfera, cujo o interior é pintado de branc
perfeitamente difusor. Mede-se a iluminância produzida pel
luz difusa através de uma pequena abertura, protegendo o
raios que saem diretamente da fonte, esta iluminância 
proporcional ao fluxo luminoso emitido pela fonte. 
Eficiência 
Luminosa 
É a razão entre o fluxo 
luminoso "φ" produzido por uma 
fonte e a potência "P" consumida. 
A eficiência luminosa é deduzida juntamente com a mediçã
do fluxo luminoso com a esfera de Ulbricht, medindo-se 
potência consumida pela fonte luminosa e seu
equipamentos auxiliares, através de um wattímetro. 
Intensidade 
Luminosa 
É o fluxo luminoso "φ" emitido 
por uma fonte numa certa 
direção, dividido pelo ângulo 
sólido "ω", no qual está contido. 
cd 
Banco fotométrico: a fonte luminosa em exame 
comparada com uma fonte de intensidade conhecida. No
caso de aparelhos de iluminação, a medição é feita por mei
de um fotogoniômetro: uma célula fotovoltaica gira em
volta do aparelho e mede a intensidade luminosa emitida em
todas as direções. 
Iluminância 
É o fluxo luminoso incidente 
"φ" numa dada superfície, dividida 
pela área "A"da mesma. lux 
Luxímetro: é formado por uma fotocélula que transforma 
energia luminosa em energia elétrica, indicada por um
galvanômetro cuja a escala está marcada em lux. 
Luminância 
É a intensidade luminosa 
"I" (de uma fonte ou de uma 
superfície iluminada) por unidade 
de área aparente "A'" numa dada 
direção.
Luminancímetro: aparelho que reproduz a imagem d
superfície projetada e cuja a luminância deve ser medida. A
energia elétrica produzida pelo fotosensor é ampliada 
medida por um galvanômetro calibrado em candelas por m2
Como medir 
P
φ
=η
ω
φ
=I
A
E
φ
=
η
I
E
L
φ lm
W
lm
2
m
cd
'A
I
L =
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TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
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LÂMPADAS 
Lâmpadas Incandescentes 
A iluminação incandescente resulta do aquecimento de um 
filamento até um valor capaz de produzir irradiação na porção visível 
do espectro. O aquecimento se dá pela passagem da corrente elétrica 
pelo filamento que está dentro de um bulbo onde existe vácuo ou um 
meio gasoso apropriado (argônio e nitrogênio e em alguns casos 
criptônio). Este filamento deve possuir um elevado ponto de fusão, 
baixa pressão de vapor, alta resistência e ductibilidade: Tungstênio. 
Temperatura de cor agradável, na faixa de 2700 K (amarelada) 
e reprodução de cor de 100%. 
As lâmpadas incandescentes estão proibidas no mercado hoje, 
por não atingirem os níveis mínimos de eficiência energética. (prazo 
até junho de 2017 para deixarem o mercado) 
“Em 2010, 70% dos lares brasileiros eram iluminados por 
lâmpadas incandescentes. Hoje, esse número inverteu. Agora, 
somente 30% das residências usam as incandescentes, que deixarão 
de ser comercializadas no Brasil, seguindo uma tendência mundial 
recomendada pela Agência Internacional de Energia”, disse em nota o 
responsável pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem, Marcos Borges. 
(29/06/2016 – globo.com) 
Acima, incandescente comum e incandescente espelhada. 
Incandescentes Halógenas 
Tem o mesmo princípio de funcionamento das incandescentes, 
porém foram incrementadas com a introdução de gases halógenos. 
Vantagens: 
- Tamanho reduzido; 
- Funcionamento imediato; 
- IRC 100; (excelente reprodução de cores) 
- Baixo custo inicial; 
d
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- Podem ser facilmente controladas por “dimmers”. 
Desvantagens: 
- Baixa eficiência luminosa (muita dissipação de calor); 
- Possibilidade de ofuscamento; 
- Curta vida útil quando comparadas às fluorescentes; 
- Sensíveis a choques e vibrações; 
- Custo de operação elevado; 
- Sofrem com variação da tensão da rede. 
As que possuem refletor multifacetado coberto com película 
dicroica conseguem transferir 65% da radiação infravermelha 
(térmica) para trás, proporcionando uma luz mais “fria” que aquela 
obtida com refletores comuns. 
Lâmpadas de descarga 
Nessas lâmpadas o fluxo luminoso é gerado pela passagem de 
corrente através de um gás, ou de uma mistura de gases ou vapores, 
sem a existência de filamento. 
As lâmpadas de descarga podem ser: fluorescentes (tubulares, 
compactas ou eletrônicas); vapor de sódio; vapor de mercúrio ou 
multi-vapor metálico. 
• Fluorescentes
Forma clássica para iluminação econômica. 
Vantagens em relação às incandescentes: 
- Custo de manutenção menor, devido à longa vida útil; 
- Eficiência luminosa 4 a 6 vezes maior do que as fluorescentes; 
- Baixa luminância - redução do risco de ofuscamento; 
- Vida média alta (6.000 a 20.000 horas). 
- Efeito estroboscópico. 
Desvantagens em relação às incandescentes: 
- Custo inicial alto; 
- Sensibilidade à temperatura do ambiente; 
- Produção de ruído pelos reatores; 
- Apenas alguns tipos podem utilizar “dimmers”; 
d
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- Necessitam equipamento auxiliar (reatores, que fornecem alta 
voltagem inicial para começar a descarga e rapidamente limitar a 
corrente; e starters, que proporcionam a tensão necessária para a 
descarga inicial através de pulsações da corrente). 
• Lâmpadas de Vapor Mercúrio em Alta Pressão
Utilizada para iluminação de grandes áreas internas (armazéns, 
depósitos, etc.) ou externas. 
Lâmpadas de descargas com aparência branco-azulada, 
eficiência de até 55 lm/W, apresentadas em potências de 80 a 1000 
W. 
• Lâmpadas de Vapor de Sódio em Alta Pressão
São lâmpadas com altíssima eficiência energética, até 130 lm/W, 
longa durabilidade e, consequentemente, longos intervalos para 
reposição. 
Estão gradualmente substituindo as lâmpadas ineficientes em 
iluminação pública, como as de vapor de mercúrio. 
Apresentam-se em versões tubulares e elipsoidais. Estas últimas 
se diferem pela emissão dourada, indicada para iluminação de locais 
onde a reprodução de cor não é um fator importante. 
Amplamente utilizadas na iluminação externa, avenidas, auto-
estradas, viadutos, complexos viários, etc., têm seu uso ampliado para 
área industriais, siderúrgicas e ainda para locais específicoscomo 
aeroportos, estaleiros, portos, ferrovias, pátios e estacionamentos. 
As de baixa pressão provocam distorção das cores pela sua 
emissão monocrática (amarela). 
• Lâmpadas a Vapor Metálico
São lâmpadas que combinam iodetos metálicos, apresentando 
alta eficiência energética e excelente reprodução de cor. Sua luz, 
extremamente branca e brilhante, realça e valoriza espaços e ilumina 
com intensidade, além de apresentar longa durabilidade e baixa carga 
térmica. 
Alta Potência: Para a iluminação de grandes áreas, com níveis de 
iluminância elevados e, principalmente, em locais onde alta qualidade 
de luz é primordial, as lâmpadas de multivapores metálicos de 250 a 
3500W são ideais. As lâmpadas multivapores metálicos apresentam 
durabilidade variada, com índice de reprodução de cor de até 90%, 
eficiência energética de até 100 lm/W, temperatura de cor de 3000 a 
6000K, em versões elipsoidais, tubulares e compactas. 
São indicadas para iluminação de estádios de futebol, ginásios 
poliesportivos, piscinas cobertas, indústrias, supermercados, salas de 
exposição, salões, saguões de teatros e hotéis, fachadas, praças, 
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monumentos, aeroportos,locais onde ocorrem filmagens e 
televisionamentos externos, a exemplo dos “sambódromos”. 
Baixa Potência: Baseando-se nas características das lâmpadas 
de multivapores metálicos de alta potência, foram desenvolvidas as de 
baixa potência de 20 a 70W, em versões compactas. Todas, sem 
exceção, apresentam pequenas dimensões, alta eficiência, ótima 
reprodução de cor, vida útil longa e baixa carga térmica. 
Cada uma, dentro de sua característica, é recomendada tanto 
para uso interno como externo, na iluminação geral ou localizada. 
Ideais para shopping centers, lojas, vitrines, hotéis, stands, museus, 
galerias, jardins, fachadas e monumentos. 
Lâmpada de Led’s (diodo emissor de luz) 
O LED (diodo emissor de luz) é constituído por uma série de 
camadas de material semicondutor. 
Diferentemente do que ocorre com as lâmpadas incandescentes, 
o LED emite luz em uma determinada cor. A cor da luz depende do
material utilizado em sua composição e varia entre as cores vermelho, 
amarelo, verde e azul. A cor branca pode ser produzida através da 
mistura das cores azul, vermelha e verde ou através do LED azul com 
fósforo amarelo. O LED azul proporciona uma excitação do fósforo, 
fazendo com que ele emita luz amarela, resultando na luz branca. 
Com o avanço tecnológico, a eficiência dos LED’s aumentou, 
consideravelmente, nos últimos anos. Dependendo do tipo de cor, 
obtemos em torno de 50 a 60 lm/W, incrementando ainda mais a cada 
ano. A tensão de operação do LED também varia em função da cor, 
variando de 2V a 4V para uma corrente de condução de até 70mA. A 
eficiência máxima é obtida pelo uso de uma fonte de corrente contínua 
(DC). A utilização intensiva de fontes eletrônicas em grandes 
instalações deve merecer atenção especial para aspectos como 
distorção harmônica e fator de potência. 
Os LED’s estão sendo utilizados em semáforos de trânsito, na 
iluminação interna de automóveis e em outros equipamentos de 
sinalização. Já existem iniciativas de utilização em iluminação pública. 
d
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MANUAL DE ILUMINAÇÃO – PROCEL – Agosto 2011 
2.2 EQUIPAMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS EM ILUMINAÇÃO 
SOQUETE/BASE 
Tem como função garantir fixação mecânica e a conexão elétrica da 
lâmpada. 
TRANSFORMADOR 
Equipamento auxiliar cuja função é converter a tensão de rede (tensão 
primária) para outro valor de tensão (tensão secundária). Um único 
transformador poderá alimentar mais de uma lâmpada, desde que o 
somatório das potências de todas as lâmpadas a ele conectadas não 
ultrapasse a potência máxima do mesmo. 
REATORES 
Tem por finalidade provocar um aumento de tensão durante a ignição e 
uma redução na intensidade da corrente, durante o funcionamento da 
lâmpada. Em termos construtivos, podem se apresentar de duas formas: 
reatores eletromagnéticos ou reatores eletrônicos. 
REATORES ELETROMAGNÉTICOS 
São os mais comuns nas instalações antigas. Geralmente compostos de 
núcleo de ferro, bobinas de cobre e capacitores para correção do fator de 
potência. Devido às suas perdas elétricas, emissão de ruído audível, efeito 
flicker e carga térmica elevada, não contribuem para o uso eficiente da 
energia elétrica. 
REATORES ELETRÔNICOS 
São os mais procurados por profissionais voltados ao uso eficiente da 
energia. Trabalham em alta frequência (20 kHz a 50 kHz), sendo mais 
eficientes que os eletromagnéticos na conversão de potência elétrica em 
potência luminosa. A qualidade do produto, no entanto, é um fator que 
deve ser levado em consideração para que se obtenha sucesso na 
execução do projeto. 
Os aspectos básicos a serem considerados são o fator de potência (FP) e 
a distorção harmônica (THD). 
STARTER 
Elemento bimetálico com função de pré-aquecer os eletrodos das 
lâmpadas fluorescentes e fornecer, em conjunto com reator 
eletromagnético convencional, um pulso de tensão necessário para o 
acendimento da lâmpada. Os reatores eletrônicos e partida rápida não 
utilizam starter. 
IGNITOR 
Dispositivo eletrônico com função de fornecer à lâmpada um pulso de 
tensão necessário para o seu acendimento. 
CAPACITOR 
Acessório com função de corrigir o fator de potência de um sistema que 
utiliza reator eletromagnético. Da mesma forma que para cada lâmpada 
de descarga existe seu reator específico, existe também um capacitor 
específico para cada reator. 
DIMMER 
Tem como função variar continuamente a intensidade da luz de acordo 
com a necessidade. 
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Vou inserir, abaixo, parte do livro “Instalações Elétricas”, Hélio 
Creder, 15º Edição, pois, em um recurso que fiz à FGV, a banca citou 
o livro. É um dos livros mais famosos de instalações elétricas e muito
conceituado. Ainda não consegui comprá-lo e as imagens estão ruins. 
Mas, “fica a dica”. 
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MANUAL DE ILUMINAÇÃO – PROCEL – Agosto 2011 
2.3 TIPOS DE LUMINÁRIAS 
A seguir, relacionamos os tipos de luminárias, características e aplicações: 
2.3.1 FECHADAS (LÂMPADAS FLUORESCENTES) 
São luminárias que possuem difusores, que podem ser de vidro 
temperado ou acrílico. Podem ser herméticas ou também podem ser 
encontradas com vários tipos de elemento de controle de luz (refletores 
espelhados com proteção visual, difusor prismático, colmeias, etc.); sua 
manutenção é difícil. Podem ser fixadas sobre a superfície do teto e, em 
alguns casos, podem ser embutidas. 
Têm rendimentos moderados, dependendo do tipo de elemento de 
controle da luz. Os tipos que dispõem de refletores sem elementos de 
controle de luz apresentam melhor rendimento. 
2.3.2 ABERTAS 
Podem ser encontradas com ou sem elementos de controle de luz; 
apresentam rendimento superior ao das luminárias fechadas; fácil 
manutenção; podem ser suspensas, embutidas ou fixadas sobre a 
superfície do teto. Utilizadas para iluminação geral de ambientes de 
escritórios, comerciais, depósitos e iluminação localizada (balcões). 
2.3.3 SPOTS 
São utilizados com vários tipos de lâmpadas incandescentes 
refletoras, halógenas, lâmpadas coloridas e outros dispositivos, como 
filtros e refletores; são utilizados para iluminação direcional, apresentando 
grande flexibilidade no direcionamento do fluxo luminoso; possuem fácil 
manutenção; a fixação pode ser feita sobre superfícies ou embutida. 
Também se aplicam à Iluminação geral com controle de 
ofuscamento. 
2.3.4 PROJETORES 
São encontrados em vários tamanhos; possuem bom rendimento 
luminoso; são fixados sobre as superfícies ou suspensos; podem ser 
usados com diversos tipos de lâmpadas, desde as incandescentes comuns, 
halógenas, até as lâmpadas de vapor de sódio; são de fácil manutenção, 
dependendo das condições do local. 
Podem ser aplicados a fachadas, depósitos, estacionamentos. 
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NBR 15215-1: 2005 – Iluminação Natural – 
Conceitos básicos e definições 
Essa Norma é pequena, são 5 páginas, e traz definições muito 
importantes. Vamos vê-la, integralmente, abaixo. 
Achei essa introdução muito importante! Muito se pode retirar 
dela. 
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Átrio 
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 Cobertura Shed ou Dente de Serra 
(Montero) 
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 Exemplo Duto de Sol 
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(Lamberts & al., Eficiência Energética na Arquitetura, 2012) 
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NBR 15215-2: 2005 – Iluminação Natural – 
Procedimentos de cálculo para a estimativa da 
disponibilidade de luz natural 
Notem que, para efeito desta Norma, não é considerado o 
entorno como fonte de luz. Por isso, sempre digo, cada questão deve 
ser analisada com cuidado. A Norma, também, não descarta outras 
fontes, somente diz que, basicamente, a luz natural é composta pela 
luz direta do sol e a luz difundida na atmosfera. 
Não vamos nos aprofundar nesta Norma, mas a colocarei aqui, 
apenas para “passarem o olho”. 
O que é disponibilidade de luz natural para o efeito dos cálculos 
presentes na NBR 15215-2? 
É a quantidade de luz, em um determinado local, em função de 
suas características geográficas e climáticas, que se pode dispor por 
um certo período de tempo. 
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NBR ISO/CIE 8995-1: 2013 – Iluminação de 
ambientes de trabalho – Parte 1: Interior 
Introdução 
Uma boa iluminação propicia a visualização do ambiente, permitindo 
que as pessoas vejam, se movam com segurança e desempenhem tarefas 
visuais de maneira eficiente, precisa e segura, sem causar fadiga visual e 
desconforto. A iluminação pode ser natural, artificial ou uma combinação de 
ambas. 
Uma boa iluminação requer igual atenção para a quantidade e 
qualidade da iluminação. Embora seja necessária a provisão de uma 
iluminância suficiente em uma tarefa, em muitos exemplos a visibilidade 
depende da maneira pela qual a luz é fornecida, das características da cor da 
fonte de luz e da superfície em conjunto com o nível de ofuscamento do 
sistema. Nesta Norma foi levado em consideração não apenas a iluminância, 
mas também o limite referente ao desconforto por ofuscamento e o índice de 
reprodução de cor mínimo da fonte para especificar os vários locais de 
trabalho e tipos de tarefas. 
Os parâmetros para criar as condições visuais confortáveis estão 
propostos no corpo desta Norma. Os valores recomendados foram 
considerados, a fim de representar um balanço razoável, respeitando os 
requisitos de segurança, saúde e um desempenho eficiente do trabalho. Os 
valores podem ser atingidos com a utilização de soluções energeticamente 
eficientes. 
Existem também parâmetros ergonômicos visuais, como a capacidade 
de percepção e as características e atributos da tarefa, que determinam a 
qualidade das habilidades visuais do usuário e, consequentemente, os níveis 
de desempenho. Em alguns casos a otimização destes fatores de influência 
pode melhorar o desempenho sem ser necessário aumentar os níveis de 
iluminância. Por exemplo, pela melhora do contraste na tarefa, ampliando a 
visualização de própria tarefa através do uso de equipamentos de auxílio à 
visão (óculos) e pela provisão de sistemas de iluminação especiais com 
capacidade de uma iluminação local direcional. 
NOTA BRASILEIRA Entende-se por equipamentos de auxílio à visão: 
óculos, lentes, lupas, protetores de tela etc. 
Vários pontos importantes nessa introdução! Vamos reforçá-los! 
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(Lamberts & al., Eficiência Energética na Arquitetura, 2012) 
Logo na introdução, podemos notar duas novidades em relação 
à antiga, trazendo, não só o valor da iluminância necessária, como o 
limite referente ao desconforto por ofuscamento e o índice de 
reprodução de cor mínimo da fonte. 
Outro ponto que gostaria de ressaltar é a preocupação com a 
eficiência energética. Pois buscou-se um balanço razoável entre os 
requisitos de segurança, saúde e desempenho eficientedo trabalho, 
ressaltando que os valores podem ser atingidos com a utilização de 
soluções energeticamente eficientes. 
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Percebem como conseguimos ler melhor quando temos um 
contraste adequado? Coloquei o primeiro quadro, acima, com fundo 
mais escuro de propósito. 
Exemplos de iluminação local e geral: 
(Lamberts & al., Eficiência Energética na Arquitetura, 2012) 
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Agora, vamos às definições, parte que sempre deve ser lida nas 
Normas para efeito de concurso. 
3 Definições 
Em geral os termos utilizados nesta Norma estão definidos no Vocabulário de 
Iluminação CIE (CIE 17.4 – 1987), mas existem alguns termos a mais que 
estão definidos abaixo: 
3.1 tarefa visual: Os elementos visuais da tarefa a ser realizada. 
3.2 área da tarefa: A área parcial em um local de trabalho no qual a tarefa 
visual está localizada e é realizada. 
3.3 entorno imediato: Uma zona de no mínimo 0,5 m de largura ao redor 
da área da tarefa dentro do campo de visão. 
NOTA BRASILEIRA Entende-se por largura, a área adjacente à área de 
tarefa, seja esta horizontal, vertical ou inclinada. Ver 4.3.1. 
3.4 iluminância mantida (Em): Valor abaixo do qual não convém que a 
iluminância média da superfície especificada seja reduzida. 
3.5 índice de ofuscamento unificado (UGR): Definição da CIE para o nível 
de desconforto por ofuscamento. 
3.6 índice limite de ofuscamento unificado (UGRL): Valor máximo 
permitido do nível de ofuscamento unificado de projeto para uma instalação 
de iluminação. 
3.7 ângulo de corte: Ângulo medido a partir do plano horizontal, abaixo do 
qual a(s) lâmpada(s) é(são) protegida(s) da visão direta do observador pela 
luminária. 
NOTA BRASILEIRA Incluem-se, além de lâmpadas, outros tipos de fontes 
luminosas, como leds e outros. 
3.8 plano de trabalho: Superfície de referência definida como o plano onde 
o trabalho é habitualmente realizado.
4 Critérios do projeto de iluminação 
4.1 Ambiente luminoso 
A prática de uma boa iluminação para locais de trabalho é muito mais que 
apenas fornecer uma boa visualização da tarefa. É essencial que as tarefas 
sejam realizadas facilmente e com conforto. Desta maneira a iluminação deve 
satisfazer os aspectos quantitativos e qualitativos exigidos pelo ambiente. Em 
geral a iluminação assegura: 
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— conforto visual, dando aos trabalhadores uma sensação de bem-estar, 
— desempenho visual, ficando os trabalhadores capacitados a realizar suas 
tarefas visuais, rápida e precisamente, mesmo sob circunstâncias difíceis e 
durante longos períodos, 
— segurança visual, ao olhar ao redor e detectar perigos. 
A fim de satisfazer isto, é requerido que seja dada atenção a todos os 
parâmetros que contribuem para o ambiente luminoso. 
Os principais parâmetros são: 
— distribuição da luminância, 
— iluminância, 
— ofuscamento, 
— direcionalidade da luz, 
— aspectos da cor da luz e superfícies, 
— cintilação, 
— luz natural, 
— manutenção. 
Os valores de projeto para os parâmetros quantificáveis de iluminância, 
desconforto referente ao ofuscamento e reprodução de cor estão 
estabelecidos na Seção 5 para várias atividades. 
NOTA Adicionalmente à iluminação, existem outros parâmetros ergonômicos 
visuais que influenciam o desempenho visual dos operadores, como: 
a) as propriedades intrínsecas da tarefa (tamanho, forma, posição, cor e
refletância do detalhe e do fundo). 
b) capacidade oftálmica do operador (acuidade visual, percepção de
profundidade, percepção da cor). 
A atenção a estes fatores pode otimizar o desempenho visual sem a 
necessidade de um incremento dos níveis de iluminância. 
Então, de novo a importância da qualidade e, não só a 
quantidade em um projeto de iluminação. É importante pensarmos, 
também, não só na visualização da tarefa, mas, que sejam realizadas 
facilmente e com conforto. 
Em geral, a iluminação deve assegurar conforto, desempenho e 
segurança visual. 
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A atenção a estes fatores pode otimizar o desempenho visual 
sem a necessidade de um incremento dos níveis de iluminância. 
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4.2 Distribuição da luminância 
A distribuição da luminância no campo de visão controla o nível de adaptação 
dos olhos, o qual afeta a visibilidade da tarefa. 
Uma adaptação bem balanceada da luminância é necessária para ampliar: 
— a acuidade visual (nitidez da visão), 
— a sensibilidade ao contraste (discriminação das diferenças relativamente 
pequenas de luminância), 
— a eficiência das funções oculares (como acomodação, convergência, 
contrações pupilares, movimento dos olhos etc.). 
ILUMINÂNCIA (E) LUMINÂNCIA (L) 
A luz que uma lâmpada irradia, 
relacionada à superfície à qual incide, 
define uma nova grandeza 
luminotécnica denominada de 
Iluminamento, nível de iluminação ou 
Iluminância. 
Expressa em lux (lx), indica o fluxo 
luminoso de uma fonte de luz que 
incide sobre uma superfície situada à 
uma certa distância dessa fonte. 
Os raios de luz não são vistos, a 
menos que sejam refletidos em 
uma superfície e aí transmitam a 
sensação de claridade aos olhos. 
Essa sensação de claridade é 
chamada de Luminância. 
É a Intensidade Luminosa que 
emana de uma superfície, pela 
sua superfície aparente. 
Unidade: Lux (lm/m2) Unidade: cd/m2 
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A distribuição de luminâncias variadas no campo de visão também afeta o 
conforto visual e convém que sejam evitadas: 
— luminâncias muito altas que podem levar ao ofuscamento. 
— contrastes de luminâncias muito altos causam fadiga visual devido à 
contínua readaptação dos olhos. 
— luminâncias muito baixas e contrastes de luminância muito baixos resultam 
em um ambiente de trabalho sem estímulo e tedioso. 
— convém que seja dada atenção à adaptação na movimentação de zona 
para zona no interior do edifício. 
As luminâncias de todas as superfícies são importantes e são determinadas 
pela refletância e pela iluminância nas superfícies. As faixas de refletâncias 
úteis para as superfícies internas mais importantes são: 
— teto: 0,6 – 0,9 
— paredes: 0,3 – 0,8 
— planos de trabalho: 0,2 – 0,6 
— piso: 0,1 – 0,5 
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Limitação de Ofuscamento 
Duas formas de ofuscamento podem gerar incômodos: 
• Ofuscamento direto, através de luz direcionada diretamente ao campo
visual. 
• Ofuscamento reflexivo, através da reflexão da luz no plano de trabalho,
direcionando-a para o campo visual. Considerando que a Luminância da 
própria luminária é incômoda a partir de 200 cd/m², valores acima deste 
não devem ultrapassar o ângulo de 45º, como indicado na fig. 35. 
O posicionamento e a Curva de Distribuição Luminosa devem ser tais que 
evitem prejudicar as atividades do usuário da iluminação. 
Proporção Harmoniosa entre Luminâncias 
Acentuadas diferenças entre as Luminâncias de diferentes planos 
causam fadiga visual, devido ao excessivo trabalho de acomodação dos 
olhos, ao passar por variações bruscas de sensação de claridade. 
Para evitar esse desconforto,recomenda-se que as Luminâncias de 
piso, parede e teto se harmonizem numa proporção de 1:2:3, e que, no 
caso de uma mesa de trabalho, a Luminância não seja inferior a 1/3 da do 
objeto observado (fig. 36). 
Efeitos Luz e Sombra 
Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma 
luminária, para evitar que sejam criadas sombras incômodas, lembrando, 
porém, que a total ausência de sombras leva à perda da 
identificação da textura e do formato dos objetos. Uma boa iluminação não 
significa luz distribuída por igual. 
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4.3 Iluminância 
A iluminância e sua distribuição nas áreas de trabalho e no entorno imediato 
têm um maior impacto em como uma pessoa percebe e realiza a tarefa visual 
de forma rápida, segura e confortável. Para lugares onde a área específica é 
desconhecida, a área onde a tarefa pode ocorrer é considerada a área de 
tarefa. 
Todos os valores de iluminância especificados nesta Norma são iluminâncias 
mantidas e proporcionam a segurança visual no trabalho e as necessidades 
do desempenho visual. 
4.3.1 Iluminâncias recomendadas na área de tarefa 
Os valores dados na Seção 5 são as iluminâncias mantidas sobre a área da 
tarefa no plano de referência que pode ser horizontal, vertical ou inclinado. A 
iluminância média para cada tarefa não pode estar abaixo dos valores dados 
na Seção 5, independentemente da idade e condições da instalação. Os 
valores são válidos para uma condição visual normal e são levados em conta 
os seguintes fatores: 
— requisitos para a tarefa visual, 
— segurança, 
— aspectos psicofisiológicos assim como conforto visual e bem-estar, 
— economia, 
— experiência prática. 
Aqui, temos outra novidade da Norma nova: ela traz um único 
valor de iluminância média mantida para condições normais, podendo 
ser ajustado caso as condições visuais não sejam normais. A 
iluminância mantida depende das características de manutenção da 
lâmpada, da luminária, do ambiente e do programa de manutenção. A 
NBR 5413 tinha, em sua tabela, 3 valores de iluminância. 
Os valores de iluminância podem ser ajustados em pelo menos um nível na 
escala da iluminância, se as condições visuais forem diferentes das assumidas 
como normais. Convém que a iluminância seja aumentada quando: 
— contrastes excepcionalmente baixos estão presentes na tarefa, 
— o trabalho visual é crítico, 
— a correção dos erros é onerosa, 
— é da maior importância a exatidão ou a alta produtividade, 
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— a capacidade de visão dos trabalhadores está abaixo do normal. 
— A iluminância mantida necessária pode ser reduzida quando: 
— os detalhes são de um tamanho excepcionalmente grande ou de alto 
contraste, 
— a tarefa é realizada por um tempo excepcionalmente curto. 
Em áreas onde um trabalho contínuo é realizado, a iluminância mantida não 
pode ser inferior a 200 lux. 
4.3.2 Escala da iluminância 
Um fator de aproximadamente 1,5 representa a menor diferença signifi cativa 
no efeito subjetivo da iluminância. Em condições normais de iluminação, 
aproximadamente 20 lux de iluminância horizontal é exigida para diferenciar 
as características da face humana, e é o menor valor considerado para a 
escala das iluminâncias. A escala recomendada das iluminâncias é: 
20 – 30 – 50 – 75 – 100 – 150 – 200 – 300 – 500 – 750 – 1 000 – 1 500 – 2 000 – 3 000 – 5 000 lux 
4.3.3 Iluminâncias no entorno imediato 
A iluminância no entorno imediato deve estar relacionada com a iluminância 
da área de tarefa, e convém que proveja uma distribuição bem balanceada 
da luminância no campo de visão. 
Mudanças drásticas nas iluminâncias ao redor da área de tarefa podem levar 
a um esforço visual estressante e desconforto. 
A iluminância mantida das áreas do entorno imediato pode ser mais baixa 
que a iluminância da área da tarefa, mas não pode ser inferior aos valores 
dados na tabela abaixo. 
Adicionalmente à iluminância na área de tarefa, deve ser provida uma 
adaptação adequada da luminância de acordo com 4.2. 
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4.3.4 Uniformidade 
A uniformidade da iluminância é a razão entre o valor mínimo e o valor médio. 
A iluminância deve se alterar gradualmente. A área da tarefa deve ser 
iluminada o mais uniformemente possível. A uniformidade da iluminância na 
tarefa não pode ser menor que 0,7. A uniformidade da iluminância no entorno 
imediato não pode ser inferior a 0,5. 
Lembrando que este curso é anterior à Norma atual, logo, agora, 
devemos consultar a NBR ISSO/CIE 8995:2013. 
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4.6.1 Nível Adequado de Iluminância 
Quanto mais elevada a exigência visual da atividade, maior deverá 
ser o valor da Iluminância Média (Em) sobre o plano de trabalho. Deve-se 
consultar a norma NBR-5413 para definir o valor de iluminância média 
pretendido. Como já foi mencionado anteriormente, deve-se considerar 
também que, com o tempo de uso, se reduz o Fluxo Luminoso da lâmpada 
devido tanto ao desgaste, quanto ao acúmulo de poeira na luminária, 
resultando em uma diminuição da Iluminância. (Fig. 29) Por isso, quando 
do cálculo do número de luminárias, estabelece-se um Fator de 
Depreciação (Fd), o qual, elevando o número previsto de luminárias, evita 
que, com o desgaste, o nível de Iluminância atinja valores abaixo do 
mínimo recomendado. 
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4.4 Ofuscamento 
Ofuscamento é a sensação visual produzida por áreas brilhantes dentro do 
campo de visão, que pode ser experimentado tanto como um ofuscamento 
desconfortável quanto como um ofuscamento inabilitador. O ofuscamento 
pode também ser causado por reflexões em superfícies especulares e é 
normalmente conhecido como reflexões veladoras ou ofuscamento refletido. 
É importante limitar o ofuscamento aos usuários para prevenir erros, fadiga 
e acidentes. 
O ofuscamento inabilitador é mais comum na iluminação exterior, mas 
também pode ser experimentado em iluminação pontual ou fontes brilhantes 
intensas, como uma janela em um espaço relativamente pouco iluminado. 
No interior de locais de trabalho, o ofuscamento desconfortável geralmente 
surge diretamente de luminárias brilhantes ou janelas. Se os limites 
referentes ao ofuscamento desconfortável forem atendidos, o ofuscamento 
inabilitador não é geralmente um grande problema. 
4.4.1 Proteção contra o ofuscamento 
O ofuscamento é causado por luminâncias excessivas ou contrastes no campo 
de visão e pode prejudicar a visualização dos objetos. Convém que isto seja 
evitado, por exemplo, através da proteção contra visão direta das lâmpadas 
ou por um escurecimento nas janelas por anteparos. 
NOTA BRASILEIRA Entende-se por anteparos, os elementos que reduzam 
a intensidade da luminância da superfície, como brises, persianas e outros. 
Para lâmpadas elétricas, o ângulo de corte mínimo para proteção de 
visualização direta da lâmpada não pode ser menor que os valores 
estabelecidos na tabela abaixo: 
NOTA BRASILEIRA Além de lâmpadas elétricas, incluem-se outras fontes 
de luz artificial. 
Não convém que o ângulo de corte mencionado acima seja aplicado para 
luminárias que não apareçam no campo de visão do trabalhador durante o 
trabalho de rotina e/ou não causem ao trabalhador qualquer ofuscamento 
inabilitador perceptível. 
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Relembrando... 
3.7 ângulo de corte: Ângulo medido a partirdo plano horizontal, abaixo 
do qual a(s) lâmpada(s) é(são) protegida(s) da visão direta do observador 
pela luminária. 
(...) 
4.4.3 Reflexão veladora e ofuscamento refletido 
As reflexões especulares em uma tarefa visual, muitas vezes chamadas de 
reflexão veladora ou ofuscamento refletido, podem alterar a visualização da 
tarefa e normalmente são prejudiciais. 
A reflexão veladora e o ofuscamento refletido podem ser evitados ou 
reduzidos se tomadas as seguintes medidas: 
— distribuição de luminárias e locais de trabalho (evitando colocar luminárias 
na zona prejudicada), 
— acabamento superficial (utilizar superfícies com materiais pouco 
reflexivos), 
— luminância das luminárias (limite), 
— aumento da área luminosa da luminária (ampliar a área luminosa), 
— teto e as superfícies da parede (clarear, evitar pontos brilhantes). 
4.5 Direcionalidade 
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A iluminação direcional pode ser utilizada para destacar objetos, para revelar 
texturas e melhorar a aparência das pessoas em um espaço. Isto está 
descrito pelo termo “modelagem”. A iluminação direcional de uma tarefa 
visual pode também aumentar sua visibilidade. 
4.5.1 Modelagem 
A modelagem se refere ao equilíbrio entre a luz difusa e direcional. Isto é um 
critério válido da qualidade da iluminação em praticamente todos os tipos de 
ambientes internos. A aparência geral de um ambiente interno é realçada 
quando sua estrutura, as pessoas e os objetos inseridos nele são iluminados 
de tal forma que as texturas sejam reveladas de forma clara e agradável. Isto 
ocorre quando a luz vem notadamente de uma direção; as sombras formadas 
são essenciais para uma boa modelagem e são formadas sem confusão. 
Não é recomendado que a iluminação seja tão direcional a ponto de poder 
produzir fortes sombras, nem convém que seja tão difusa ou o efeito da 
modelagem se perde por completo, resultando em um ambiente luminoso 
monótono. 
(Lamberts & al., Eficiência Energética na Arquitetura, 2012) 
4.5.2 Iluminação direcional de tarefas visuais 
A iluminação em uma direção específica pode revelar os detalhes de uma 
tarefa visual, aumentando sua visibilidade e fazendo com que a tarefa seja 
realizada mais facilmente. É particularmente importante para tarefas de 
texturização finas e gravações/entalhes. 
4.6 Aspectos da cor 
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As qualidades da cor de uma lâmpada próxima à cor branca são 
caracterizadas por dois atributos: 
— a aparência de cor da própria lâmpada, 
— sua capacidade de reprodução de cor, que afeta a aparência da cor de 
objetos e das pessoas iluminadas pela lâmpada. 
Estes dois atributos devem ser considerados separadamente. 
4.6.1 Aparência da cor 
A “aparência da cor” de uma lâmpada refere-se à cor aparente (cromaticidade 
da lâmpada) da luz que ela emite. Pode ser descrita pela sua temperatura de 
cor correlata. 
As lâmpadas normalmente são divididas em três grupos, de acordo com suas 
temperaturas de cor correlata (Tcp). 
A escolha da aparência da cor é uma questão psicológica, estética e do que é 
considerado natural. 
A escolha depende da iluminância, cores da sala e mobiliário, clima e 
aplicação. Em climas quentes geralmente é preferencial a aparência da cor 
de uma luz mais fria, e em climas frios é preferencial a aparência da cor de 
uma luz mais quente. 
Essa questão da aparência da cor é interessante, e pode se tornar 
uma pegadinha na prova. Quanto mais a aparência da cor é quente, 
menor é sua temperatura e vice-versa. 
Para não se esquecer, imagina uma madeira em brasa, quando 
ela começa a esquentar, fica vermelha, e, a medida que, vai 
esquentando, fica azulada, até ficar branca. 
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Manual Luminotécnico Prático - OSRAM 
Temperatura de cor 
Símbolo: T 
Unidade: K (Kelvin) 
Em aspecto visual, admite-se que é bastante difícil a avaliação 
comparativa entre a sensação de Tonalidade de Cor de diversas lâmpadas. 
Para estipular um parâmetro, foi definido o critério Temperatura de Cor 
(Kelvin) para classificar a luz. Assim como um corpo metálico que, em seu 
aquecimento, passa desde o vermelho até o branco, quanto mais claro o 
branco (semelhante à luz diurna ao meio-dia), maior é a Temperatura de 
Cor (aproximadamente 6500K). A luz amarelada, como de uma lâmpada 
incandescente, está em torno de 2700 K. É importante destacar que a cor 
da luz em nada interfere na Eficiência Energética da lâmpada, não sendo 
válida a impressão de que quanto mais clara, mais potente é a lâmpada. 
Convém ressaltar que, do ponto de vista psicológico, quando 
dizemos que um sistema de iluminação apresenta luz “quente” não 
significa que a luz apresenta uma maior temperatura de cor, mas sim que 
a luz apresenta uma tonalidade mais amarelada. Um exemplo deste tipo 
de iluminação é a utilizada em salas de estar, quartos ou locais onde se 
deseja tornar um ambiente mais aconchegante. Da mesma forma, quanto 
mais alta for a temperatura de cor, mais “fria” será a luz. Um exemplo 
deste tipo de iluminação é a utilizada em escritórios, cozinhas ou locais em 
que se deseja estimular ou realizar alguma atividade. Esta característica é 
muito importante de ser observada na escolha de uma lâmpada, pois 
dependendo do tipo de ambiente há uma temperatura de cor mais 
adequada para esta aplicação. 
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4.6.2 Reprodução de cor 
É importante tanto para o desempenho visual quanto para a sensação de 
conforto e bem-estar que as cores do ambiente, dos objetos e da pele 
humana sejam reproduzidas natural e corretamente, e de modo que façam 
com que as pessoas tenham uma aparência atrativa e saudável. 
As cores para segurança de acordo com a ISO 3864 devem sempre ser 
reconhecíveis e claramente discriminadas. 
Para fornecer uma indicação objetiva das propriedades de reprodução de cor 
de uma fonte de luz, foi introduzido o índice geral de reprodução de cor Ra. 
O valor máximo de Ra é 100. Este valor diminui com a redução da qualidade 
de reprodução de cor. 
Não se recomenda a utilização de lâmpadas com Ra inferior a 80 em interiores 
onde as pessoas trabalham ou permanecem por longos períodos. Pode haver 
exceções para a iluminação de montagem alta (“high-bay” – iluminação 
utilizada em alturas de montagem superior a 6 m) e para iluminação externa. 
Mas mesmo nessas condições devem ser tomadas medidas adequadas para 
garantir que lâmpadas com uma reprodução de cor mais alta sejam utilizadas 
em locais de trabalho continuamente ocupados e também onde as cores para 
segurança têm que ser reconhecidas. 
Os valores mínimos recomendados do índice geral de reprodução de cor de 
diferentes tipos de ambientes internos, tarefas ou atividades estão 
estabelecidos na Seção 5. 
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4.9 Índice de reprodução de cor 
Símbolo: IRC ou Ra 
Objetos iluminados podem nos parecer diferentes, mesmo se as 
fontes de luz tiverem idêntica tonalidade. 
As variações de cor dos objetos iluminados sob fontes de luz 
diferentes podem ser identificadas através de um outro conceito, a 
Reprodução de Cor, e de sua escala qualitativa, o Índice de Reprodução de 
Cor (IRC ou RA). O IRC é estabelecido em função da luz natural que tem 
reprodução fidedigna, ou seja, 100. No caso das lâmpadas, o IRC é 
estabelecido entre 0 e 100, comparando-se a suapropriedade de 
reprodução de cor à luz natural (do sol). 
Portanto, quanto maior a diferença na aparência de cor do objeto 
iluminado em relação ao padrão, menor é seu IRC. Com isso, explica-se o 
fato de lâmpadas de mesma Temperatura de Cor possuírem Índice de 
Reprodução de Cor diferentes (figs. 37 e 38). 
4.9.1 Espectro de Radiação Visível 
Como já mencionamos nos itens 4.1 e 4.2, luz é uma faixa de 
radiação eletromagnética, com comprimento de onda entre 380 a 780 nm 
(nanômetros), ou seja, da cor ultravioleta à vermelha, passando pelo azul, 
verde, amarelo e roxo. As cores azul, vermelho e verde, quando somadas 
em quantias iguais, definem o aspecto da luz branca. Espectros contínuos 
ou descontínuos resultam em fonte de luz com presença de comprimentos 
de ondas de cores distintas. Cada fonte de luz tem, portanto, um espectro 
de radiação próprio que lhe confere características e qualidades 
específicas. 
A cor de um objeto é determinada pela reflexão de parte do espectro 
de luz que incide sobre ele. Isso significa que uma boa Reprodução de Cor 
está diretamente ligada à qualidade da luz incidente, ou seja, à distribuição 
equilibrada das ondas constituintes do seu espectro. Ao lado, apresentam-
se alguns espectros de lâmpadas (figs. 39 a 43). 
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A professora Ana Seroa (UFF) sempre exemplifica, em suas 
aulas, o caso da proibição das lâmpadas de sódio na iluminação de 
estradas, em Londres, para ressaltar a importância da reprodução da 
cor. Embora as lâmpadas de sódio tenham alta eficiência luminosa, seu 
rendimento cromático é ruim. Como a lâmpada de vapor de sódio de 
baixa pressão emite radiação monocromática amarela, o que não for 
amarelo, não terá nada para refletir, ficando escuro e causando 
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confusão em caso de acidente na estrada. Pois, na hora do socorro, 
não se conseguia distinguir uma poça de sangue, de uma poça de óleo, 
por exemplo. 
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(OSRAM, Manual Luninotécnico Prático) 
4.7 Luz natural 
A luz natural pode fornecer parte ou toda a iluminação para execução de 
tarefas visuais. 
A luz natural varia em nível e composição espectral com o tempo e, por esta 
razão, a iluminação de um ambiente interno sofre variações. A luz natural 
pode criar uma modelagem e uma distribuição de luminância específica 
devido ao seu fluxo quase horizontal proveniente das janelas laterais. A luz 
natural pode também ser fornecida por aberturas zenitais e outros elementos 
de fenestração. 
As janelas podem também fornecer um contato visual com o mundo exterior, 
o qual é preferido pela maioria das pessoas. Evitar o contraste excessivo e
desconforto térmico causados pela exposição direta da luz do sol em áreas 
de trabalho. Fornecer um controle adequado da luz do sol, com persianas ou 
brises, de tal forma que a luz do sol direta não atinja os trabalhadores e/ou 
as superfícies no interior do campo de visão. 
Em interiores com janelas laterais, a disponibilidade da luz natural diminui 
rapidamente com o distanciamento da janela. Não é recomendável, nestes 
interiores, que o fator de luz natural seja inferior a 1 % no plano de trabalho 
a 3 m da parede da janela e a 1 m das paredes laterais. Recomenda-se que 
uma iluminação suplementar seja fornecida para garantir a iluminância 
requerida no local de trabalho e o balanceamento da distribuição da 
luminância no interior da sala. Um acionamento automático ou manual e/ou 
um sistema de dimerização pode ser utilizado para garantir uma integração 
apropriada entre a luz artificial e a luz natural. 
A fim de reduzir o ofuscamento causado pelas janelas, uma proteção deve 
ser prevista. 
Muito interessante a Norma nos trazer essa importância da luz 
natural. 
Esse pequeno trecho da Norma traz, além da importância da luz 
natural, importantes conceitos em relação a mesma: 
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• Caracteriza-se muito por grande mutabilidade não somente em
termos de quantidade, mas também de aparência, cor da luz e
de sua projeção no espaço (em função das posições do sol).
• Conforto visual em virtude do contato propiciado com o mundo
exterior.
• Requer cuidados com o contraste excessivo.
• Requer cuidados com os ganhos térmicos.
• Requer cuidados a fim de se prevenir o ofuscamento.
• Necessidade de controle através de persianas ou brises.
• Em janelas laterais, a disponibilidade da luz natural diminui
rapidamente com o distanciamento da janela.
• Ideia da iluminação artificial suplementar para garantir uma boa
distribuição de luminância.
4.8 Manutenção 
NOTA BRASILEIRA Recomenda-se consultar a CIE 97:2005. 
Os níveis de iluminação recomendados para cada tarefa são fornecidos como 
iluminância mantida. A iluminância mantida depende das características de 
manutenção da lâmpada, da luminária, do ambiente e do programa de 
manutenção. 
Convém que o projeto de iluminação seja desenvolvido com o fator de 
manutenção total calculado para o equipamento de iluminação selecionado, 
para o tipo de ambiente e para o cronograma de manutenção especificado. 
Não se recomenda que o fator de manutenção calculado seja inferior a 0,70. 
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4.5.4 Fator de Depreciação (ou Fator de Manutenção) 
Símbolo: Fd 
Unidade: % 
Todo o sistema de iluminação tem, após sua instalação, uma 
depreciação no nível de iluminância ao longo do tempo. Esta é decorrente 
da depreciação do fluxo luminoso da lâmpada e do acúmulo de poeira 
sobre lâmpadas e luminárias. Para compensar parte desta depreciação, 
estabelece-se um fator de depreciação que é utilizado no cálculo do 
números de luminárias. Este fator evita que o nível de iluminância atinja 
valores abaixo do mínimo recomendado. Para efeitos práticos pode-se 
utilizar a tabela (Anexo 4). 
Nesta publicação, iremos considerar uma depreciação de 20% para 
ambientes com boa manutenção / limpeza (escritórios e afins) e de 40% 
para ambientes com manutenção crítica (galpões industriais, garagens 
etc.), dando origem a Fatores de Depreciação, respectivamente, Fd = 0,8 
e Fd = 0,6. 
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. Moema Machado – Aula 09 (parte 3)
 
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4.9 Considerações sobre energia 
Convém que a instalação do sistema de iluminação atenda aos requisitos de 
iluminação de um ambiente específico, de uma tarefa ou de uma atividade 
sem desperdício de energia. Entretanto, é importante não comprometer os 
aspectos visuais de uma instalação de iluminação simplesmente para reduzir 
o consumo de energia.
Isto requer que se considere um sistema de iluminação, equipamentos, 
controles apropriados e a utilização da luz natural disponível. Em alguns 
países são estabelecidos limites de energia disponível para a iluminação, os 
quais devem ser observados. Estes limites podem ser alcançados pela seleção 
criteriosa do sistema de iluminação e pela utilização de acionamento 
automático ou manual ou dimerização das lâmpadas. 
Segundo Lúcia Mascaró, até há um tempo atrás, a iluminação 
natural foi um meio econômico de se economizar energia. Depois, com 
o advento da iluminação barata, com os tubos fluorescentes, houve
dúvida sobre a real necessidade da iluminação natural, tendo em vista 
que a artificial é bem mais fácil de se controlar. Com a crise energética, 
há a retomada dos estudos para o desenvolvimento e divulgação das 
técnicas da iluminação natural. 
4.10 Iluminação de estações de

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