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REVISÃO DIREITO PENAL IV

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REVISÃO DIREITO PENAL IV.
· CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO.
O que é considerado um funcionário público ?
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
Obs: o parágrafo primeiro desse artigo fala também sobre quem trabalha em empresa paraestatal e para quem trabalha terceirizado.
O estagiário pode responder processo administrativo como se fosse funcionário público?
Estagiários que atuam no serviço público podem ser considerados agentes públicos para fins de responsabilização por improbidade administrativa. A decisão é da 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça ao reformar acórdão que havia afastado a aplicação da Lei de Improbidade a duas estagiárias da Caixa Econômica Federal.
DO PECULATO – ART. 312 DO CP
Apresentando duas condutas típicas previstas no caput: a primeira delas consiste no peculato-apropriação, isto é, apropriar-se, tomar como propriedade sua, dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que o funcionário público tem a posse em razão do seu cargo. A segunda conduta consiste no peculato-desvio, ou seja, desviar em proveito próprio ou alheio, no sentido de alterar o destino ou desencaminhar a coisa.
	Não se pode perder de vista que existem ainda dois subtipos de peculato, previstos respectivamente nos parágrafos 1º e 2º do art. 312: o peculato-furto e o peculato culposo. No peculato-furto, embora o agente não tenha a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se da sua qualidade de funcionário público. Já no peculato culposo, o agente permite culposamente a apropriação, desvio ou subtração. Em outras palavras, o agente cria uma oportunidade para a ocorrência do peculato doloso por negligência, imprudência ou imperícia.
	Entretanto, como lecionam Júlio Fabbrini Mirabete e Renato Fabbrini (2015), não constitui crime o uso de mão de obra ou de serviços que não constituam coisa corpórea inscrita no tipo penal, uma vez que a lei penal não prevê o chamado peculato de uso, de coisa infungível, a não ser nos casos de crime de responsabilidade de Prefeitos Municipais, como dispõe o art. 1º, II, do Decreto-lei nº 201, de 27 de fevereiro de 1967.
	Há ainda o peculato mediante erro de outrem ou peculato impróprio, também chamado pela doutrina de peculato-estelionato, previsto no art. 313do CP, cuja conduta típica incide em apropriar-se o funcionário público no exercício do cargo, de dinheiro ou qualquer outra utilidade que tenha recebido por erro de outrem. Aqui a posse é decorrente de erro de quem faz a entrega do dinheiro ou da utilidade, podendo esse erro ser sobre a coisa, a obrigação ou sobre a quantidade da coisa devida.
	Observe-se que o peculato nada mais é do que um tipo peculiar de apropriação indébita, cometida por funcionário público em razão do seu ofício ou do cargo que ocupa, cujo momento consumativo se dá no momento em que o funcionário torna seu o dinheiro ou o bem móvel de que tem posse em razão do cargo. 
	É crime próprio em relação ao sujeito ativo, tendo em vista que somente o funcionário público poderá praticá-lo. Já em relação ao sujeito passivo, o Estado sempre será o sujeito passivo constante, enquanto o sujeito passivo eventual estará ligado ao objeto material: se este for de natureza pública, o sujeito passivo será o Estado ou outra entidade de direito público, como um Estado-Membro ou Município. Por outro lado, sendo o objeto material bem particular, o sujeito passivo será proprietário ou possuidor. Nesse prisma, Damásio de Jesus (2014) assevera que os objetos jurídicos são a Administração Pública e, secundariamente e eventualmente, o patrimônio do particular, quando o objeto material lhe pertença.
DA CONCUSSÃO – ART. 316 DO CP
A concussão está tipificada no art. 316 do CP, in verbis: “Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida”. Cuida-se também de crime próprio, já que somente o funcionário público pode ser sujeito ativo.
	Júlio Fabbrini Mirabete e Renato Fabbrini (2015) explicam que a conduta típica implica em exigir, impor como obrigação, reclamar vantagem indevida, apropriando-se o agente do metus publicae potestatis, isto é, do medo da represália a que a vítima fica constrangida, sem necessidade de promessa de mal determinado, sendo suficiente o temor que a autoridade inspira. Frise-se que a vantagem poderá ser exigida pelo próprio funcionário público (concussão direta), ou por pessoa interposta (concussão indireta), ainda que esta pessoa não seja funcionária pública. Por se tratar de crime formal, a simples exigência da vantagem indevida basta para sua consumação, sendo o recebimento da vantagem mero exaurimento da infração penal.
	Quanto à natureza da indevida vantagem, Cézar Roberto Bitencourt (2012) aduz que tanto a doutrina quanto a jurisprudência, de um modo geral, têm sustentado a necessidade de a vantagem ser de natureza econômico-patrimonial, relacionando-se a qualquer ganho, lucro ou benefício de natureza patrimonial.
	O § 1º do art. 316 trata do excesso de exação. Pela redação que lhe foi dada pela Lei n.º 8.137/1990, haverá excesso de exação se o funcionário exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, não autorizado por lei. Trata-se de modalidade específica de concussão na qual se observam duas condutas típicas do agente: na primeira delas, o funcionário exige ou determina o recolhimento de tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido. Rogério Greco (2015) ensina que nessa situação o funcionário não almeja, para si ou para outrem, qualquer vantagem indevida, mas recolher aos cofres públicos tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevida. Na segunda situação o tributo ou a contribuição social são de fato devidos, porém o agente emprega cobrança vexatória ou gravosa, não condizente com as determinações legais, pois o agente se utiliza de meios constrangedores sem, no entanto, visar vantagem para si ou para outrem.
	A forma qualificada, por sua vez, está prevista no § 2º do art. 316 do CP, ocorrendo quando o funcionário desviar, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos.
	Argumenta Rogério Greco (2015) que a concussão pode ser percebida como uma modalidade especial de extorsão praticada por funcionário público, estando as diferenças entre ambas as figuras típicas no modo de execução: na extorsão, a vítima é constrangida, mediante violência ou grave ameaça, a entregar a indevida vantagem econômica ao agente; na concussão, o funcionário público exige a vantagem indevida sem o uso de violência ou de grave ameaça, valendo-se da autoridade do cargo.
	Na esfera processual civil, a decisão de mérito transitada em julgado pode ser rescindida, quando for verificada que foi proferida por força de concussão do juiz, consoante se verifica no art. 966, caput e inciso I, do Novo Código de Processo Civil, haja vista que não pode prosperar uma decisão judicial fundamentada em crime.
DA CORRUPÇÃO PASSIVA – ART. 317 DO CP
A corrupção passiva está caracterizada quando o funcionário público solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. Mirabete e Fabbrini (2015) destacam as três condutas típicas descritas no art. 317. A primeira delas é a de solicitar, ou seja, pedir ou manifestar o desejo de receber vantagem indevida, por meio de solicitação explícita ou insinuada; a segunda é a de receber, obter ou adquirir essa vantagem; e a terceira é a de aceitar a promessa dessa vantagem indevida, ou seja, estar de acordo com o futuro recebimento.
	Greco (2015) enfatiza que a corrupção passiva é muito parecida com o crimede concussão, residindo a diferença fundamental nos núcleos constantes das duas figuras típicas. Na concussão, há uma exigência ou imposição do funcionário para obtenção da vantagem indevida, já na corrupção passiva existe uma solicitação ou um pedido (na primeira hipótese).
	É imprescindível para a caracterização do delito que a prática do ato esteja relacionada com a função desempenhada pelo sujeito ativo, pouco importando que o objeto do ilícito, isto é, a vantagem indevida, tenha origem lícita (corrupção imprópria) ou ilícita (corrupção própria).
	Como ocorre com a concussão, a corrupção passiva do juiz dará ensejo à rescisão da decisão de mérito transitada em julgado, no âmbito do processo civil (art. 966, I, NCPC).
DA PREVARICAÇÃO – ART. 319 DO CP
	Dispõe o art. 319 do Diploma Penal: “Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”.
	Da análise da norma penal, verifica-se que são três as condutas típicas praticadas pelo agente. A primeira é retardar, atrasar ou procrastinar o ato de ofício. A segunda é deixar de praticá-lo, ou seja, desistir da execução. A terceira consiste em realizar ou praticar o ato de ofício, porém contrariamente ao que determina a lei e aos seus deveres funcionais. Nucci (2015) explica que a conduta “retardar” pode ser cometida por ação, como esconder os autos de um processo para que a certidão não saia a tempo, ou por omissão se o agente simplesmente não expedir a certidão no prazo certo; a conduta “deixar de praticar” é uma abstenção; já a conduta “praticar” implica em ação. É indispensável que a conduta do sujeito ativo seja motivada por interesse ou sentimento pessoal ou, em outras palavras, qualquer proveito, ganho ou vantagem que venha a obter, não necessariamente de natureza econômica.
	Ato de ofício, diga-se, é o ato que o funcionário público está obrigado a praticar em razão dos seus deveres funcionais. Desse modo, a configuração do crime de prevaricação exige que o agente esteja no exercício de suas funções.
  CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA
        Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
        Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
    ADVOCACIA ADMINISTRATIVA
        Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
        Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
        Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:
        Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.
        VIOLÊNCIA ARBITRÁRIA
        Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la:
        Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente à violência.
        ABANDONO DE FUNÇÃO
        Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
        Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
        § 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
        Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
        § 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:
        Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
        EXERCÍCIO FUNCIONAL ILEGALMENTE ANTECIPADO OU PROLONGADO.
        Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso:
        Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
        VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL
        Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
        Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.
        § 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
        I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
        II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
        § 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
        Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
        VIOLAÇÃO DO SIGILO DE PROPOSTA DE CONCORRÊNCIA
        Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:
        Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa.
DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULARES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
SUJEITO PASSIVO: Estado/ Funcionário Público.
Artigo 328 – Usurpar – Apoderar-se, tomar para si.
A ação do crime é exercer indevidamente a função pública. Para que se configure é necessário que o sujeito realize ao menos um ato oficial. Se somente alega que é funcionário público, está incurso no crime do artigo 45 da Lei de Contravenções Penais (Art. 45. Fingir-se funcionário público).
Consuma-se o crime no momento em que o sujeito pratica o primeiro ato próprio de funcionário público.
Tentativa: É possível quando o agente, após tê-lo iniciado não consegue praticar o que pretendia.
Art. 329 – Resistência.
A conduta criminosa é a oposição de execução de ato funcional, ou seja, resistir à ordem de servidor público.
Para caracterizar-se é necessário que haja violência física ou ameaça de causar-lhe mal.
Obs: O ato deve ser legal e o funcionário que o executa competente para tanto. 
Art. 330 – Desobediência.
Desobedecer é não cumprir ordem de funcionário público. Se a ordem não for legal, não é considerado crime.
Não há fato típico quando a ordem proveio de funcionário público.
Ex: Guarda Municipal não concursado.
Art 331 – Desacato (Voltou a ser considerado crime em 2017)
Desacatar é desprestigiar o funcionário público. Nesse caso, para se caracterizar como crime, o agente agride a honra, por meio de palavras, escritas ou orais, gestos, meios simbólicos ou até mesmo através de vias de fato que significam ultraje, desprestígio ou desmoralização do servidor público. 
Obs: É indispensável que a ofensa verbal, escrita ou até mesmo com gestos seja na presença do ofendido e percebidas por ele.
Art 332 – Corrupção passiva. 
Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.
Obs: Para caracterizar-se como consumado não é preciso receber o que foi solicitado, só o ato de solicitar já se caracteriza como crime consumado.
Art. 333 – Corrupção Ativa.
Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.
Por exemplo: Oferecer dinheiro à um juiz em troca de sentença favorável.
DIFERENÇA ENTRE DESCAMINHO E CONTRABANDO.
A diferença entre descaminho e contrabando reside na possibilidade ou não da mercadoria circular. 
	Contrabando nada mais é do que o ato de trazer ao país (ou exportar) mercadoria proibida, ao passo que, no descaminho, a mercadoria não é proibida no país, sendo certo que o crime ocorre pela introdução (ou saída) de mercadoria com alteração (iludir o pagamento do imposto, deixar de pagar ou pagar valor diverso do normal) no valor do imposto sobre referida mercadoria.
	Além da modificação topográfica dos crimes, narrada alhures, a alteração legislativa que separou os delitos de contrabando e descaminho, colocando-os em tópicos próprios, também modificou a pena do crime de contrabando, que passou de 1 (um) ano a 4 (quatro) anos, para 2 (dois) anos a 5 (cinco) anos.
	Essa mudança na pena do crime de contrabandotrás implicações processuais relevantes, como o fato de não mais se admitir suspensão condicional do processo, pois a pena mínima é superior a 1 (um) ano, bem como tem-se a possibilidade de prisão preventiva, visto que a pena máxima é superior a 4 (quatro) anos.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA.
· Denunciação Caluniosa (Art. 339)
	Visa a norma manter a regular administração da justiça que deve ficar a salvo de falsas imputações de crime. Protege-se também a liberdade e a honra daquele que poderá ser objeto da investigação ou acusado de crime que não praticou.
	Exige-se que a acusação falsa objetive pessoa determinada, pois o crime também exige a certeza da inocência da pessoa a quem se atribui a prática do crime.
	A falsa imputação de um crime sem a vontade de provocar a instauração de investigação policial, administrativa ou processo criminal constitui apenas o crime de calúnia. Questão polêmica na doutrina e jurisprudência diz respeito ao dolo posterior, ou seja, na hipótese de se ter imputado a alguém a prática de crime e somente no decorrer da ação penal teve a certeza da inocência da pessoa denunciada. Teria essa pessoa a obrigação de comunicar o fato ou seu silêncio caracteriza o crime? Como dito, há interpretação em ambos os sentidos. (Majoritária é no sentido de que se descobrir a verdade depois e se silenciar estará configurado o crime)
- Diferentemente da calúnia, deve ser contado para uma autoridade com o intuito de movimentar a máquina judiciária (se a pessoa que deu causa tiver dúvida não configura o crime)
- Complexo: calunia contra uma pessoa e falsa denunciação (sujeitos passivos: pessoas e a Justiça) - "Dar início": BO já é considerado consumado (crime material) - A absolvição desse crime não impende da instauração de ação privada do crime de calúnia por parte do ofendido (se ainda houver prazo)
· Comunicação Falsa de Crime (Art. 340)
	A falsa comunicação de infração penal ofende o prestígio e a eficácia da atividade judiciária, provocando investigações ou diligências inúteis, embaraçando o seu normal desenvolvimento.
	O dolo é a vontade de comunicar a ocorrência da infração penal inexistente, com o fim de provocar ou aceitar o risco de causar a ação da autoridade. Logo, não ocorre o crime quando houver dúvida por parte do agente ou atuando ele com dolo eventual.
	Distingue-se do crime de denunciação caluniosa porque neste delito não há acusação contra pessoa certa e determinada.
- Informar um crime que não aconteceu, sem indicar pessoa certa, pois se informar enquadraria o crime do Art. 339 (ex: trote)
- "Provocar ação" (crime material)
· Auto-acusação Falsa (Art. 341)
Este tipo penal pressupõe a existência de um crime antecedente e deve ocorrer perante a autoridade, que pode ser a policial, do MP, Judiciária ou qualquer autoridade administrativa que tenha condição de provocar a ação da demais autoridades anteriormente destacadas.
- Formal: basta assumir o crime para a consumação (independentemente de as autoridades acreditarem ou iniciar-se a ação)
- Dolo malus: assumem por dinheiro ou interesse
- Dolo bonus: assumem por bondade (marido assume por esposa/pai assume pelo filho)
Diferenças entre os artigos 339, 340 e 341: O Art. 339 exige pessoa certa e determinada, exigindo, também, dolo direto, enquanto que o Art. 340 exige infração penal inexistente e contra pessoa indeterminada, contentando-se com o dolo eventual. Já no Art. 341 o agente atua, na verdade, como o substituto do verdadeiro criminoso, e, ao contrário dos crimes anteriores que são materiais, este não existe inicio de investigação, pois se trata de crime formal.
· Falso Testemunho - art. 342, CP
	Trata-se de crime de mão própria, significando que só pode ser praticado pelo sujeito em pessoa (testemunha, perito, interprete ou tradutor), excluindo-se a coautoria. Todavia, é possível a participação por intermédio da instigação, auxilio, ajuste, etc. Como por exemplo, no caso do advogado que induz a testemunha a mentir. Caso essa indução ocorra com a promessa de dinheiro ou outra vantagem ocorrerá o crime previsto no art. 343 do Código Penal.
	Alguns julgados, entendem necessária a relevância do depoimento falso na influência da decisão, afirmando não ocorrer o crime se não houver potencialidade lesiva. Todavia, é entendimento majoritário que em se tratando este delito de crime formal, basta para a sua configuração a simples possibilidade de dano, sendo irrelevante que tenha ou não influido na decisão da causa.
	A retratação do agente (§ 2º) é possível e comunica-se ao partícipe.
O § 1º prevê causa de aumento de pena, notadamente se o falso testemunho destina-se a influir em julgamento penal.
Consumação: como dito, por tratar-se de crime formal, o momento consumativo do delito, técnicamente, seria o momento da entrega do laudo pericial, ou ao término do depoimento falso. Muito se discutiu na doutrina e jurisprudência sobre o momento da retratação, até que lei recente, estabeleceu o momento da retratação como sendo o momento da “prolação da sentença”.
Crime doloso e em se tratando de depoimentos falsos em várias etapas do mesmo processo, entende a doutrina e jurisprudência, ocorrer na hipótese, crime único.
Pena: 2 a 4 anos e multa
Crime próprio - classe ou categoria de pessoas
Crime de Mão Própria - só o próprio sujeito
· Coação do Curso do Processo- art. 344, CP
	O crime em estudo é um tipo especial de constrangimento ilegal em que não se exige, para a sua concretização, que o coacto (coagido) se submeta ao sujeito ativo. A conduta típica é constituída pelo emprego de violência ou grave ameaça contra a autoridade, parte ou qualquer outra pessoa que intervém no processo: delegado de polícia, promotor de justiça, juiz, autor, réu, testemunha, perito, jurado, interprete, oficial de justiça, etc.
Sem prejuízo das penas correspondentes à violência, ex: se o criminoso coage a vítima, e posteriormente, a agride, haverá concurso entre este crime e o de lesão corporal.
Tipo Subjetivo: Além da vontade de pratica a violência ou grave ameaça, exige-se o dolo consistente na finalidade de favorecer interesse próprio ou alheio. Exemplos: intimidação de testemunha, ameaças ao juiz e ao advogado da parte contrária, coação destinada a evitar o oferecimento da denúncia, etc.
Crime formal, consumando-se independentemente de lograr o a gente, o fim pretendido.
A reiteração de ameaças para se conseguir o mesmo objetivo, não implica continuidade da infração ou concurso de crimes, mas sim crime único.
De acordo com a violência poderá o a gente incorrer no crime de coação e o correspondente à lesão proporcionada.
A pena é de 1 a 4 e multa, sem prejuízo das penas correspondentes à violência
· Exercício Arbitrário das Próprias Razões - art. 345, CP
	A conduta típica, se apresenta pela expressão “fazer justiça pelas próprias mãos” que equivale à exercer arbitrariamente a sua pretensão sem buscar a via judicial adequada, o a gente ao inves de buscar a tutela jurisdicional resolve empregar a autotutela, fazendo por conta própria, aquilo que entende por justiça.
Não existirá o crime se a lei permitir a satisfação da pretensão pelas próprias mãos do agente, como por exemplo na hipótese prevista no artigo 1210 do CC. Trata-se de crime formal, sendo que a ação penal, em regra é privada, podendo ser pública apenas se houver emprego de violência contra pessoa.
Crime expressamente subsidiário, pois poderá ocorrer conduta mais grave (tentativa de homicídio, furto, lesão corporal).
· Favorecimento Pessoal - art. 348, CP
A conduta típica, vem caracterizada pela expressão “auxiliar a subtrair-se”, que significa, ajudar a escapar a ocultar-se, a furtar-se. O auxilio deve prestar-se à favorecer o autor do crime (não inclui contravenção penal), ao qual é cominada pena de reclusão à subtrair-se da ação da autoridade pública (judicial, policial, ou administrativa).
O auxílio admite qual quer forma de realização e deve ser prestado após a consumação do delito anterior.
Sujeito ativo: pode ser qualquer pessoa, salvo o coautor e o partícipe do crimeanterior.
O advogado pode ser autor deste crime quando ao invés de prestar auxilio jurídico, acaba empregando, efetivo auxílio ao criminoso, para este escapar da autoridade pública.
Não se admite favorecimento pessoal por omissão. Assim, não configura o delito, a atitude do agente que deixa de informar à autoridade policial sobre o paradeiro ou esconderijo de um criminoso. A única omissão não permitida é a do agente que favorecer.
Crime material, admite tentativa.
· Favorecimento Real - art. 349, CP
	A conduta típica, vem expressa pelo verbo “prestar” que significa conceder, dedicar, render. O objeto da prestação deve ser auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime.
	O crime de consuma, com a prestação do auxílio, independentemente do êxito da empreitada.
	Não se confunde a figura da receptação dolosa com a do favorecimento real. Na primeira o agente visa o proveito econômico próprio ou de terceiro, enquanto que no favorecimento ele visa assegurar o proveito do autor do crime, ou seja, beneficiar indiretamente o criminoso, garantindo-lhe o proveito do crime praticado. O crime de receptação é contra o patrimônio, esta relacionado ao próprio uso do agente da receptação sobre objeto que ele tem conhecimento de ser produto de crime.
Ex: Michel furtou rolex, e pediu para professor esconder o relogio até que a poeira baixasse. Professor se esconder incorre em favorecimento real.
Já se Michel oferecer o relógio ao professor para que o professor compre, ou fique com o relogio, e o professor aceita, deixa de ser favorecimento para ser crime de receptação dolosa.
	Observe-se que se o agente criminoso e o favorecedor combinarem anteriormente a conduta, o favorecedor deixará de responder pelo crime de favorecimento real, e passará a ser coautor ou partícipe do crime anterior.
Crime formal, não admite tentativa.
Valido para ambas condutas (Favorecimento Real e Favorecimento Pessoal): Combinar com o agente o favorecimento, antes da pratica de qualquer um dos crimes, deixa de caracteriza-los. Estando os crimes de favorecimento descaracterizados, e o favorecedor sujeito a ser taxado como coautor ou partícipe do crime anterior.
Art. 348 § 2º - Escusas Absolutórias: pessoas que não terão pena ainda que realizem o favorecimento.
	A contravenção penal não implica em favorecimento. Ex: se o Michel é bicheiro (jogo do bicho) e o professor o esconde das autoridades, o professor não incorre no crime de favorecimento, isso pois Michel não se trata de autor de crime, mas sim autor de Contravenção Penal
Art. 348>>>Termo “Autor de Crime” —— importante ressalvar que este é o termo utilizado na lei pois, para o autor do crime não é necessário que haja contra ele já o trânsito em julgado (caso fosse no tipo chamado de criminoso, seria necessário aguardar o trânsito em julgado de sentença penal condenatória que o decretasse culpado pelo crime)
Art. 349>>> Termo “Criminoso” na época (1940) quando código foi feito, criminoso e autor de crime ainda eram a mesma coisa.
· Patrocínio Infiel - art. 355, CP
Trata-se de crime próprio, somente praticável pelo advogado.
A conduta típica vem expressa pelo verbo “trair” que significa enganar por traição, ser infiel, tramar contra o cliente. Trata-se de crime doloso, podendo a forma culposa ser apurada apenas no âmbito administrativo da OAB.
§ Único: Patrocínio Simultâneo ou Tergiversação - há previsão de duas condutas típicas, quais são, defender simultaneamente ou defender sucessivamente. Na primeira conduta o advogado defende, na mesma causa, ao mesmo tempo, o interesse de partes contrárias.
Defender sucessivamente, significa que o advogado deixou de patrocinar a parte autora e passou a patrocinar o interesse da parte ré, como por exemplo no caso do advogado que propõe ação de separação judicial em nome da esposa e depois resolve contestar a ação, em favor do marido.
A conduta do caput, depende da produção de prejuízo (crime material), enquanto que nas hipótese do parágrafo único o prejuízo é presumido pela lei (crime formal).
Tergiversação implica que ele não estava ao mesmo tempo nos dois polos, ele renunciou uma parte e ingressou com a contraria em seguida.
A lei não fala que deve ser no “mesmo processo”, ela fala na mesma “causa”. Causas são ações conexas. Ex: inventário >>> inventariante patrocina simultaneamente o inventário e um terceiro com interesses diversos sobre o patrimônio do de cujos.
Quando se tratar de escritório com vários advogados defendem interesses conflitantes, isso será uma questão de ética, que é reservada à OAB, mas não configura o crime.
É necessário o intuito personi, deve ser a figura da pessoa do advogado no qual você depositou a sua confiança.
FRAUDE PROCESSUAL.
Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:   Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
        Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as penas aplicam-se em dobro.
Inicialmente faz-se necessário observar a que corresponde à conduta de "inovar artificiosamente", que se dá quando o agente altera, modifica, substitui e deforma. Ocorre que a inovação de estado de lugar, de coisa ou de pessoa deve ocorrer na constância de processo civil ou administrativo em andamento, com a ressalva trazida pelo parágrafo único do tipo, o qual prevê a majoração da pena ao dobro se praticada no âmbito de processo penal. 
RECEPTAÇÃO X FAVORECIMENTO REAL 
art. 180 – Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
O elemento principal do tipo penal é ter coisa que sabe ser produto de crime (ou fazer com que terceiro de boa fé tenha), ou seja, há o conhecimento de que houve um delito antecedente. O outro elemento dessa infração é que há proveito próprio ou alheio. Há esse animus de ser beneficiado com essa recepção.
Por sua vez, o crime de favorecimento real não segue a mesma linha. O núcleo desse crime é “prestar auxílio“. Pode ser qualquer conduta, bastando, nesse caso, ter o intuito de ajudar a pessoa que tenha, anteriormente, praticado algum outro crime, in verbis:
Art. 349 – Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime:
Pena – detenção, de um a seis meses, e multa.
Podem ser percebidas semelhanças em relação aos dois tipos penais. Uma delas é quanto ao sujeito ativo, que pode ser qualquer pessoa, desde que não tenha contribuído, de nenhuma forma, para o crime anterior. A outra, obviamente, é quanto à existência de crime antecedente.
DIFERENÇAS ENTRE OS CRIMES
	A principal diferença entre receptação e favorecimento real é o bem jurídico tutelado com a tipificação dessas condutas. De um lado, previsto dentro do Título “Dos Crimes Contra o Patrimônio“, em capítulo próprio para tratar desses crimes, está a receptação. Por sua vez, o favorecimento real está localizado no capítulo “Dos Crimes Contra a Administração da Justiça“, dentro do Título “Dos Crimes Contra a Administração Pública“.
	No primeiro caso, protege-se o patrimônio das pessoas. É tutelado o direito fundamental à propriedade. Assim, reprime-se a conduta de ter produto de crime praticado por outro. De modo diverso, no caso de favorecimento real há uma tentativa de prejudicar o Estado, buscando tornar ineficaz a pretensão punitiva.
	Prosseguindo, as próximas distinções estão na finalidade. Na receptação, pretende-se um proveito econômico próprio ou de terceiro. Na outra conduta, a ação é exclusivamente em favor do autor do crime antecedente, tendo havido benefício econômico, moral, ou até ser mera tentativa da prática de delito anterior.
	Nessa esteira, o crime predecessor para a configuração do tipo penal previsto no Art. 180 do Código penal tem, necessariamente,natureza econômica. Por sua vez, na conduta do Art. 349 há a abrangência de qualquer que for a primeira infração, ou seja, é muito mais amplo. O que se busca não é o proveito econômico em si; é frustrar a pretensão punitiva do Estado, prestando auxílio ao outro infrator para tornar seguro o proveito do crime anterior.
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA X ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA.
	As organizações criminosas constituem-se em associações de grupos estruturalmente ordenados e caracterizados pela divisão de tarefas, com a finalidade de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais.
	São empresas, sociedades/organizações empresárias voltadas à prática de crimes, as quais não limitam seus lucros a territórios controlados, possuindo riquezas móveis, espalhadas e diversificadas, com alta capacidade de multiplicação (ZANLUCA, 2017), já que a todo momento “lavadas” e mascaradas em atividades, serviços e produtos lícitos.
	Nesse sentido, extrai-se que o objetivo das organizações criminosas, com a devida vênia ao que está positivado e exposto em contrário, é o resultado advindo da prática criminosa, e não a prática do crime em si: lucro, vantagem, benefícios, facilidades. O ponto não é infringir por infringir, mas sim o que acompanha tais transgressões ao ordenamento penal.
	Em tal aspecto, é que se retira a principal diferença com as associações criminosas, cuja finalidade é, simplesmente, o cometimento de crime por 3 pessoas ou mais, sem qualquer prévio e/ou aprofundado planejamento.
	Por esse fator é que a associação criminosa atrai, em concurso material, o crime objetivado pelo grupo, visto que a mera associação já está enquadrada como crime (art. 228, do Código Penal), não sendo necessário cometimento de (outro) crime posterior.
	Entretanto, na organização criminosa não, pois nesta, o crime, independentemente de sua natureza, é atividade meio para obtenção de sua finalidade. Com isso, ao cometer a conduta de organizar-se criminosamente, os delitos “de meio” devem ser englobados ao primeiro, se de pequeno potencial ofensivo, ou, em concurso formal, se de grande capacidade lesiva.
	Por fim, não há que se falar em predefinição de um rol de condutas delitivas a serem praticadas pelos membros das organizações criminosas, tendo em vista a própria incapacidade de constatação de quantas práticas delituosas tais grupos são capazes de efetuar.
LEI DE DROGAS
Conceito: o art 1° da lei, em seu parágrafo único complementado pelo art 66, é uma legislação penal em branco, pois necessita da portaria 344 do Ministério da saúde que vai classificar a substância comom droga.
Usuário: Criou 2 novas condutas: Transportar e ter em depósito. A nova lei despenalizou e não descriminalizou.
A nova legislação ao que tange ao usuário, acrescentou duas novas condutas em relação a lei 6368, ou seja, transportar e ter em depósito para fins de uso. Diante das penas impostas ao usuário, verifica-se que em legislação anterior teve despenalização do crime. Porém, não há o que se falar em descriminalização, já que sanções são aplicadas aos usuários.
Já no que tange a sanção/multa caso o agente não cumpra, é de entendimento doutrinário que não cabe conversão em pena privativa de liberdade. Nesse caso, a multa não paga será encaminhada para a Fazenda Pública para ser cobrada através de divida ativa. 
Penas impostas a usuários:
1) Advertência;
2) Prestação de serviço a comunidade
· 5 meses, se primário;
· 10 meses, se reincidente
3) Medidas educativas
· Em caso de descumprimento: multa, advertência verbal.
OBS: Não cabe o princípio da transcedentalidade, haja vista que, o uso da droga causa um mal estar a coletividade, não só ao usuário.
OBS 2: Não cabe o princípio da insignificância, já que por menor que seja a quantidade da droga, o mal é causado à sociedade.4
TRÁFICO:
 
· Tipo misto alternativo ou de conteúdo variado: 18 verbos de ação.
· Momento fático: define se há ou não concurso de crimes;
· Princípio da insignificância: Não se aplica;
· Prescrever: Médicos e dentistas.
Lei de drogas x ECA
· Substância descrita na portaria do Ministério da Saúde: Tráfico de drogas;
· Substância não descrita na portaria do MS: Aplica-se o ECA.
· Quando o menor estiver no polo passivo: Princípio da especialidade.
Contrabando (art 334 CP) x Lei de Drogas
Se a substância estiver descrita na portaria do Ministério da saúde: Lei de drogas. Caso contrário, aplica-se o CP.
Modalidades:
Importar, Exportar, Remeter, Preparar, Produzir, Fabricar, Adquirir, Vender, Expor a venda, Ter em depósito, Transportar, Guardar, Prescrever, Ministrar, Entregar a consumo, Fornecer. 
CRIMES HEDIONDOS
Conceito: São os crimes mais nefastos, vis, repulsivos e repugnantes, que devem sofrer tratamento mais rígido pelo ordenamento jurídico.
Sistema de classificação:
· Legal: Adotado pelo sistema penal brasileiro, significa que para estar no rol dos crimes hediondos, só através de lei ordinária.
· Judicial: Os crimes nesse caso fariam parte do rol de crimes hediondos através do prudente critério do juiz, analisando caso a caso. Não aceito no nosso ordenamento.
· Misto: Aqui o crime hediondo pode ser constituido tanto pela lei ordinária quanto pelo juiz. Não aceito pelo nosso ordenamento jurídico.
Causas extintivas de punibilidade:
Anistia: É o esquecimento jurídico de uma ou mais infrações penais. É atributo do congresso nacional. Tem efeito retroativo, ou seja, se cometer novo delito não será considerado reincidente. É coletivo.
Graça: É a concessão de clemência, de perdão ao criminoso pelo presidente da república, é sempre individual;
· Induto: Também representa clemência, um perdão concedido também pelo presidente da república. É coletivo.
Fiança:
· Não cabe aos crimes hediondos.
Liberdade provisória:
· A sem fiança é permitida.
Irretroatividade dos crimes hediondos:
Com a progressão do regime adotada pela lei de crimes hediondos, o agente sobre e égide da hediondez passou a cumprir 2/5 da pena se for réu primário e 3/5 se for reincidente específico.
Entende-se como reincidência especifica quando o agente cometeu um crime hediondo e posteriormente outro crime hediondo.
Suspensão condicional da pena:
Não é possível em casos de crimes hediondos e assemelhados, em razão da natureza destes crimes e, ainda, porque a lei determina regime inicial fechado.
Livramento condicional:
É permitido desde que o agente cumpra os requisitos genéricos do art 83 CP e mais dois requisitos específicos: Cumprimento de mais de 2/5 em regime fechado e Ausência de reincidência específica.
Prisão domiciliar X Crimes hediondos:
Poderá ser concedida ao preso que cometeu o crime hediondo desde que cumpridos os requisitos e quando estiver com direito a progressão don regime aberto. 
Os requisitos são: Maior de 70 anos na data da sentença; ter doença grave; condenada com filho menor ou com deficiência física ou mental; condenada gestante.
Delação premiada eficaz ou traição benéfica X Crimes hediondos:
A delação premiada pode ser aplicada aos crimes hediondos, mas tão somente no que se refere a quadrilha ou bando. O ordenamento jurídico brasileiro aponta 3 espécies de quadrilha ou bando, também conhecido como associação para o crime: 1) Bando ou quadrilha genérica (art 288 CP); 2) Quadrilha ou bando específico para práticas de crimes hediondos (art 8 da lei 8072/90), 3) Quadrilha ou bando específicos para a prática do crime de entorpecentes.
ESTATUTO DO DESARMAMENTO

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