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REVISÃO DE PENAL IV 1) Em que consiste cada um dos delitos abaixo: ➔ Condescendência criminosa: a conduta do funcionário público que, ao tomar conhecimento de um crime ou de uma tentativa de crime, ajuda, favorece ou facilita a impunidade do autor do delito. Trata-se de um tipo de cumplicidade em que alguém, ao invés de denunciar ou tomar medidas para impedir a prática criminosa, age de forma a colaborar com o infrator ou a evitar as consequências legais do ato. art. 320, CP - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente. ➔ Desacato: ofensa ou desrespeito a um funcionário público no exercício de suas funções ou em razão delas. Geralmente, está relacionado a condutas que denigrem, insultam ou menosprezam a autoridade ou a dignidade do servidor público. Art. 331, CP - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela. ➔ Fraude em certame de interesse público: ações ilícitas realizadas para manipular os resultados de um processo seletivo, licitação ou concurso público. Art. 311-A, CP - Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: I - concurso público; II - avaliação ou exame públicos; III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou IV - exame ou processo seletivo previstos em lei Modalidade qualificada - Se da ação ou omissão resulta dano à administração pública Causa de aumento de pena: se o fato é cometido por funcionário público. ➔ Violação de sigilo funcional**: refere-se à conduta de um servidor público que revela ou divulga informações sigilosas que lhe foram confiadas em razão do seu cargo ou função. Esse crime ocorre quando o servidor público quebra o dever de sigilo que é inerente às informações sensíveis ou confidenciais obtidas no exercício de suas atribuições.. Art. 325, CP - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação: § 1° Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: I - permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; II - se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP ➔ Advocacia administrativa: Consiste no ato de patrocinar (no sentido de defender, zelar pelo interesse), direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário público. Art. 321, CP - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário Modalidade qualificada - Se o interesse é ilegítimo ➔ Falsificação de documento público: Refere-se à falsificação, alteração de documento público. Art. 297, CP - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro. Causa de aumento de pena: se o fato é cometido por funcionário público. obs.: a falsificação for grosseira não caracteriza o delito ➔ Falsificação de documento particular: Consiste na falsificação, alteração de documento particular. Art. 298, CP - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro. Falsificação de cartão: Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito. ➔ Falsidade ideológica: consiste em inserir declaração falsa em documento público ou particular, ou omitir declaração que deveria constar, com o objetivo de enganar ou fraudar alguém. Ou seja, é a prática de falsificar informações contidas em documentos, fazendo com que eles não correspondam à verdade. Art. 299, CP - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante - exige um especial fim de agir. Causa de aumento de pena: 1. se o fato é cometido por funcionário público e comete o crime prevalecendo-se do cargo ou 2. se a alteração é de assentamento de registro civil. Observação: A falsidade ideológica difere da falsificação de documento, pois neste crime o foco está na inserção ou omissão de declarações falsas, enquanto na falsificação de documento há a criação, alteração ou uso de documentos falsos. ➔ Uso de documento falso: Trata-se da utilização de um documento falso, sabendo que o mesmo é inautêntico, apenas o porte, sem uso não caracteriza o crime**. Art. 304, CP - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302. CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP ➔ Supressão de documento: refere-se à destruição, ocultação ou eliminação de documento público ou particular verdadeiro que não poderia dispor. Art. 305, CP - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor. ➔ Desobediência: Consiste em não cumprir uma ordem legítima de autoridade pública, desde que essa ordem não seja manifestamente ilegal. Art. 305, CP - Desobedecer a ordem legal de funcionário público. ➔ Resistência: Refere-se à oposição física ou verbal à atuação legítima de autoridade ou de seus agentes no exercício de suas funções. Art. 329, CP - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio. ➔ Tráfico de influência: Consiste em solicitar, receber ou aceitar vantagem indevida para intermediar ou facilitar a obtenção de favores ou benefícios junto a funcionários públicos. Art. 332, CP - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função. Causa de aumento de pena: se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. ➔ Prevaricação: Envolve a conduta de retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato que tem o dever legal de fazer, visando satisfazer interesse pessoal. Art. 319, CP - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal ➔ Corrupção ativa: Trata-se de oferecer, prometer ou dar vantagem indevida a funcionário público, com o objetivo de influenciar em seu ato funcional. Art. 333, CP - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício. ➔ Corrupção passiva: Consiste em solicitar, receber ou aceitar vantagem indevida por funcionário público, em troca de ato relacionado a sua função. Art. 317, CP - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP ➔ Concussão: Refere-se à exigência de vantagem indevida por funcionário público, direta ou indiretamente, em razão de sua função. Art. 316, CP - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. Excesso de exação (art. 316 §1°): caracteriza-se por: 1. exigir tributo a mais do que o previsto ou exigir tributo indevido 2. exigir tributo devido de forma vexatória ou gravosa, não autorizado em lei. Art. 316, § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza obs.: Em ambos os casos, o valor recolhido é repassado aos cofrespúblicos Concussão Desvio (art. 316 §2°): Art. 316 § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos. obs.: Aqui, o funcionário além de receber os valores indevidamente, ainda embolsa kkkkkkkk diwo ➔ Peculato: Envolve a apropriação ou desvio, por funcionário público, de bem móvel ou dinheiro público, em benefício próprio ou de terceiros. Peculato-apropriação e peculato-desvio Art. 312, CP - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Peculato-furto § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Peculato culposo § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: ➔ Peculato mediante erro de outrem: Consiste na apropriação de dinheiro ou qualquer outro bem que o funcionário público tem a posse legítima, mas que lhe foi entregue por erro de outra pessoa. Art. 313, CP - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP 2) Caracterize todos os tipos de peculato colocando informações quanto às suas classificações. O peculato é um crime que envolve a apropriação indevida de dinheiro ou bens públicos por parte de um funcionário público. Ele pode ocorrer de diferentes formas, cada uma delas sendo classificada de acordo com as circunstâncias específicas do delito. Aqui estão os principais tipos de peculato: Modalidade Conceito Peculato-apropriação art. 312, 1a parte Consiste na apropriação, por parte do funcionário público, de dinheiro, valor ou bem móvel público que está sob sua guarda, posse ou administração em razão do cargo que ocupa. Peculato-desvio art. 312, 2a parte Refere-se à conduta do funcionário público que desvia dinheiro, valor ou bem público para finalidade diversa daquela para a qual foi destinado para proveito próprio ou alheio. Peculato-furto art. 312, §1° Ocorre quando o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário Peculato mediante erro de outrem art. 313 Configura-se quando o funcionário público se aproveita de erro cometido por outra pessoa para apropriar-se de dinheiro, valor ou bem público recebido de maneira errônea. Também chamado de peculato estelionato. Peculato culposo art. 312, §2° Ocorre quando o funcionário público, por negligência ou imprudência, permite que ocorra a apropriação ou o desvio de dinheiro, valor ou bem público. Peculato Eletrônico art 313-A O agente público, aproveitando-se de sua posição, desvia recursos públicos através de transações fraudulentas, manipulações de dados ou qualquer outra forma de acesso indevido a sistemas eletrônicos. Essas ações podem ser realizadas com o objetivo de obter vantagens pessoais, transferir recursos para terceiros ou alterar registros e informações para encobrir a fraude. Cada um desses tipos de peculato pode ter suas próprias especificidades e consequências legais, variando de acordo com a legislação do país em que o crime é cometido. É importante ressaltar que o peculato é uma conduta criminosa grave que envolve o uso indevido de recursos públicos, resultando em prejuízo para a sociedade e violando a confiança depositada no funcionário público. CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP 3) Qual a diferença entre o crime de peculato e o de apropriação indébita? O crime de peculato e o crime de apropriação indébita são ambos delitos relacionados à apropriação indevida de bens ou valores, mas apresentam algumas diferenças significativas: Crime Peculato Apropriação Indébita Previsão Legal Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção Sujeito Ativo É cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou em razão delas Pode ser cometida por qualquer pessoa, não se restringindo a funcionários públicos. Objeto Requer que o bem ou valor apropriado seja público, ou seja, pertencente ao Estado ou a entidades públicas. Envolve a apropriação indevida de bens ou valores que foram confiados à pessoa de forma legítima, ou seja, não necessariamente são bens ou valores públicos. Observações Inclui diversas modalidades, como peculato-apropriação, peculato-desvio, peculato-furto, peculato mediante erro de outrem, entre outras. O sujeito ativo do crime é alguém que recebeu o bem ou valor para uma finalidade específica, mas se apropria dele em benefício próprio, deixando de devolvê-lo ou utilizá-lo de acordo com o combinado Em resumo, a principal diferença entre peculato e apropriação indébita reside no fato de que o peculato é um crime específico cometido por funcionário público no contexto de seu cargo, envolvendo apropriação indevida de bens ou valores públicos. Já a apropriação indébita é um crime mais amplo, podendo ser cometido por qualquer pessoa e abrangendo a apropriação indevida de bens ou valores que foram confiados a ela, mesmo que não sejam bens ou valores públicos. 4) De que outra forma o peculato mediante erro de outrem é conhecido? É também chamado de peculato-estelionato. 5) Caracterize os delitos abaixo: a) Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento: Art. 314. Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente b) Emprego irregular de verbas públicas: Art. 315, CP - Dar, às verbas ou rendas públicas, aplicação diversa da estabelecida em lei CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP c) Facilitação de contrabando e descaminho: ocorre quando um agente público, infringindo um dever funcional, auxilia, permite ou colabora ativamente na prática dessas atividades ilícitas. É o ato de auxiliar ou facilitar o transporte, a entrada ou a saída ilegal de mercadorias, bens ou valores, evitando o controle aduaneiro e burlando o pagamento de impostos ou taxas devidas. O contrabando refere-se especificamente à entrada ou saída ilegal de mercadorias, enquanto o descaminho diz respeito à sonegação de impostos sobre mercadorias legalmente importadas. d) Usurpação de função pública: Trata-se do ato de exercer indevidamente uma função pública, ou seja, assumir e desempenhar as atribuições de um cargo ou posição pública sem ter a devida autoridade, nomeação ou qualificação para isso. Pode envolver a falsificação de documentos ou a utilização de identificações falsas para se passar por um funcionário público. Art. 328, CP - Usurpar o exercício de função pública. e) Desacato: O desacato ocorre quando alguém ofende, insulta ou desrespeita um funcionário público no exercício de suas funções ou em razão delas. Geralmente, envolve palavras ou comportamentos que denigrem a dignidade ou autoridade do servidor público. Art. 331, CP - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela. f) Tráfico de influência: Refere-se ao ato de obter vantagens, favores ou benefícios indevidos utilizando-se da influência exercida sobre funcionários públicos no exercício de sua função. Esse crime pode envolver a negociação de cargos, favores políticos e sexuais, contratos ou qualquer outra forma de obtenção de benefícios ilícitos por meio da influência exercida sobre indivíduos com autoridade ou influência. Art 332, CP - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influirem ato praticado por funcionário público no exercício da função g) Corrupção ativa: Trata-se do ato de oferecer, prometer ou dar dinheiro, bens ou qualquer tipo de vantagem indevida a um funcionário público, com o objetivo de obter algum benefício ou privilégio em troca. Art. 333, CP - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP 6) Sobre a Lei de Drogas, responda: a) Qual o teor do art. 28? Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III -medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. § 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica. § 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. b) Qual o teor do art. 33? Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: § 1º Nas mesmas penas incorre quem: I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. c) Qual o teor do art. 34? Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar d) Qual o teor dos arts. 35, 36 e 37? Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei. Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: e) Admite modalidade culposa? Qual o artigo? Sim. Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar f) Qual o teor dos arts. 41, 46 e 66? Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço a dois terços se, por força das circunstâncias previstas no art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da lista mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998. (foi atualizada em 2021 7) Sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, responda: a) O que diz o art. 2º? Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. b) Qual o teor dos arts. 13, 18-A e 18-B? Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. Parágrafo único. Para fins desta lei, considera-se: I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte em: a) sofrimento físico; ou b) lesão; II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que: a) humilhe; ou b) ameace gravemente; ou c) ridicularize. Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; V – advertência; VI - garantia de tratamento de saúde especializado à vítima. Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais. c) O que dizem os arts. 83, 103 e 104? DA AUTORIZAÇÃO PARA VIAJAR Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) anos poderá viajar para fora da comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem expressa autorização judicial. § 1º A autorização não será exigida quando: a) tratar-sede comarca contígua à da residência da criança ou do adolescente menor de 16 (dezesseis) anos, se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana; b) a criança ou o adolescente menor de 16 (dezesseis) anos estiver acompanhado: 1. de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco; 2. de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável DO ATO INFRACIONAL Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal. Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei. Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP d) Qual o teor dos arts. 112, 121 e 122? DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas: I - advertência; II - obrigação de reparar o dano; III - prestação de serviços à comunidade; IV - liberdade assistida; V - inserção em regime de semi-liberdade; VI - internação em estabelecimento educacional; VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI DA INTERNAÇÃO Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. § 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário. § 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses. § 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos. § 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adolescente deverá ser liberado, colocado em regime de semi-liberdade ou de liberdade assistida. § 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade. § 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização judicial, ouvido o Ministério Público. § 7° A determinação judicial mencionada no § 1 o poderá ser revista a qualquer tempo pela autoridade judiciária. Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando: I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa; II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves; III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta. § 1° O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser superior a 3 (três) meses, devendo ser decretada judicialmente após o devido processo legal. § 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida adequada e) O que é possível afirmar sobre a atuação do Conselho Tutelar? O Conselho Tutelar é um órgão previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e tem como principal objetivo zelar pelos direitos das crianças e dos adolescentes. Suas atribuições incluem receber denúncias, atender crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade ou violação de direitos, realizar encaminhamentos, orientar famílias, acompanhar casos, requisitar serviços e, quando necessário, aplicar medidas de proteção. CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP f) O que dizem os artigos 131 e 132? DO CONSELHO TUTELAR Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei. Art. 132. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida recondução por novos processos de escolha. DAS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII; II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII; III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto. 8) Sobre os crimes contra a dignidade sexual, responda: a) Qual o teor do art. 216-B? Registro não autorizado de intimidade sexual Art. 216-B. Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes. b) Em que consiste o crime de corrupção de menores? Corrupção de menores Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem c) Em que consiste o crime de satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente? Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem d) Em que consiste o crime de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável? Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone e) Qual a causa de aumento de pena no crime de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia? Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de estupro. f) Qual a modalidade qualificada do crime de rufianismo? CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça § 2° Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima: g) Caracterize o crime de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual. Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone. § 1° Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. § 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude: h) Caracterize o crime de casa de prostituição. Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente. i) Caracterize o crime de promoção de migração ilegal. Art. 232-A. Promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a entrada ilegal de estrangeiro em território nacional ou de brasileiro em país estrangeiro 9) Sobre os crimes contra a família, responda: a) Em que consiste o crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento a casamento? Art. 236, CP - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior b) Em que consiste o delito de conhecimento prévio de impedimento? Art. 237, CP - Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause a nulidade absoluta. c) Como se caracteriza o crime de simulação de casamento? Art. 238, CP - Atribuir-se falsamente autoridade para celebração de casamento d) Quais os crimes contra o estado de filiação e contra a assistência familiar? Crimes contra oestado de filiação - Registro de nascimento inexistente - Parto suposto. Supressão ou alteração de direito inerente ao estado civil de recém-nascido - Sonegação de estado de filiação CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP Crimes contra a assistência familiar - Abandono material - Entrega de filho menor a pessoa inidônea - Abandono intelectual Art. 249, CP - Subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial e) O crime de simulação de casamento admite modalidade qualificada? f) Qual a classificação dos sujeitos ativo e passivo do crime de subtração de incapazes? - Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive os pais e tutores. - Sujeito Passivo: O menor de 18 anos, o interdito e os que mantêm a guarda do menor g) Quem pode praticar o abandono no crime de sonegação do estado de filiação? O abandono pode ser praticado pelos pais ou responsáveis legais da criança. Ou seja, quem detém a obrigação legal de registrar e reconhecer o estado de filiação da criança, e deixa de fazê-lo intencionalmente, pratica o abandono no contexto desse crime. 10) Qual a diferença entre resistência e desobediência? A resistência e a desobediência são dois tipos de condutas ilícitas relacionadas à atuação de autoridades ou agentes públicos. Embora ambas envolvam a recusa em cumprir ordens ou comandos, há diferenças fundamentais entre elas: Resistência Desobediência Refere-se à oposição física ou verbal à atuação legítima de autoridade ou de seus agentes no exercício de suas funções. Consiste na não observância de uma ordem legítima de autoridade pública, desde que essa ordem não seja manifestamente ilegal. Caracteriza-se pela resistência ativa, ou seja, a pessoa usa da força física, palavras ou outros meios para impedir ou dificultar o cumprimento de uma ordem ou ação de um agente público. Caracteriza-se pela omissão ou não realização do ato determinado pela autoridade, sem que haja uma oposição ativa ou uso de força física. Exemplos: agredir fisicamente um policial durante uma abordagem, recusar-se a ser detido ou criar obstáculos para impedir a execução de uma diligência policial. Exemplos: a recusa em apresentar documentos solicitados por um agente público durante uma fiscalização, ignorar uma ordem para parar em uma blitz de trânsito ou não seguir instruções dadas por um oficial em uma operação policial. CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP Em resumo, a resistência envolve uma oposição física ou verbal ativa contra a atuação de uma autoridade ou agente público, enquanto a desobediência se refere à não observância ou não realização de uma ordem legítima, sem a necessidade de oposição física direta. Ambos os comportamentos podem constituir infrações legais, sujeitas a penalidades de acordo com a legislação de cada país. 11) Qual a diferença entre concussão e corrupção passiva? A concussão e a corrupção passiva são dois crimes relacionados à atuação de agentes públicos, envolvendo a obtenção de vantagens indevidas, porém apresentam algumas diferenças importantes: Concussão Corrupção Passiva Art. 316 – Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida Art. 317 – Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem Consiste no ato de exigir, por parte de funcionário público, vantagem indevida em razão do cargo que ocupa Consiste no ato de solicitar ou receber, por parte de funcionário público, vantagem indevida relacionada ao exercício de sua função. Ocorre quando o agente público utiliza de sua posição de autoridade para obter vantagens pessoais, constrangendo alguém a dar, fazer ou deixar de fazer algo, mediante ameaça de praticar ato contrário ao dever funcional. Diferentemente da concussão, não é necessário o uso de ameaça ou violência. A vantagem indevida pode ser solicitada ou recebida de forma passiva, sem o emprego de coação física ou moral. É necessário o uso de grave ameaça ou violência para a configuração do crime de concussão. A corrupção passiva pode ser praticada tanto por funcionários públicos como por agentes políticos. Em resumo, a concussão é caracterizada pela exigência de vantagem indevida por meio de grave ameaça ou violência, enquanto a corrupção passiva se refere à solicitação ou recebimento de vantagem indevida sem o uso de violência, com o intuito de praticar ou omitir atos relacionados à função pública. Ambos os crimes são considerados graves, atentando contra a probidade e a moralidade no exercício do serviço público. 12) Como se configura a prevaricação? - Art. 319, CP A configuração desse crime ocorre quando o agente público, de forma consciente e deliberada, deixa de praticar ato de sua responsabilidade ou retarda sua execução, visando satisfazer interesses pessoais ou de terceiros. Para que a prevaricação seja caracterizada, é necessário observar os seguintes elementos: CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP ● Qualificação do agente: O crime de prevaricação só pode ser cometido por agente público, ou seja, por alguém que exerça uma função pública, seja ela temporária ou permanente, com ou sem remuneração. ● Inércia ou retardamento do ato: O agente público deve deixar de praticar um ato que é de sua competência, ou atrasar sua execução, mesmo tendo o dever legal de fazê-lo. Esse ato pode ser uma decisão, uma determinação, uma autorização, uma fiscalização, entre outros. ● Intenção dolosa: O agente público precisa agir com intenção deliberada, ou seja, conscientemente, com o propósito de satisfazer interesses pessoais ou de terceiros, em detrimento do interesse público. É importante ressaltar que a prevaricação não se caracteriza apenas pela negligência, falta de eficiência ou erro no exercício da função pública. Ela envolve uma conduta consciente de inércia ou atraso no cumprimento de um dever, com a intenção de obter qualquer tipo de vantagem, inclusive sexual. 13) Como se configura a violência arbitrária? A violência arbitrária ocorre quando o agente, no exercício de suas funções e sem justificativa legal ou legítima defesa, utiliza de força física, abusos, violência ou outros meios de coerção de forma injusta e injustificada contra outra pessoa. 14) Caracteriza os crimes abaixo: a) contratação direta ilegal: Art. 337-E. Admitir, possibilitar ou dar causa à contratação direta fora das hipóteses previstas em lei b) frustração do caráter competitivo de licitação; Art. 337-F. Frustrar ou fraudar, com o intuito de obter para si ou para outrem vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação, o caráter competitivo do processo licitatório. c) modificação ou pagamento irregular de contrato administrativo; Art. 337-H. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou vantagem, inclusive prorrogação contratual, em favor do contratado, durante a execução dos contratos celebrados com a Administração Pública, sem autorização em lei, no edital da licitação ou nos respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da ordem cronológica de sua exigibilidade d) violação de sigilo em licitação; Art. 337-J. Devassar o sigilo de proposta apresentada em processo licitatório ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo. CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP e) fraude em licitação ou contrato; Art. 337-L. Fraudar, em prejuízo da Administração Pública, licitação ou contrato dela decorrente, mediante: I - entrega de mercadoria ou prestação de serviços com qualidade ou em quantidade diversas das previstas no edital ou nos instrumentos contratuais; II - fornecimento, como verdadeira ou perfeita, de mercadoria falsificada, deteriorada, inservível para consumo ou com prazo de validade vencido; III - entrega de uma mercadoria por outra; IV - alteração da substância, qualidade ou quantidade damercadoria ou do serviço fornecido; V - qualquer meio fraudulento que torne injustamente mais onerosa para a Administração Pública a proposta ou a execução do contrato: f) afastamento de licitante; Art. 337-K. Afastar ou tentar afastar licitante por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém ou desiste de licitar em razão de vantagem oferecida. g) contratação inidônea. Art. 337-M. Admitir à licitação empresa ou profissional declarado inidôneo § 1º Celebrar contrato com empresa ou profissional declarado inidôneo: § 2º Incide na mesma pena do caput deste artigo aquele que, declarado inidôneo, venha a participar de licitação e, na mesma pena do § 1º deste artigo, aquele que, declarado inidôneo, venha a contratar com a Administração Pública. CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP
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