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Folha de Resposta Estética e Sociedade AVC_2020 (3)

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AVC – AVALIAÇÃO CONTÍNUA
FOLHA DE RESPOSTA
Disci
	INFORMAÇÕES IMPORTANTES! LEIA ANTES DE INICIAR!
	A Avaliação Contínua (AVC) é uma atividade que compreende a elaboração de uma produção dissertativa. 
Esta avaliação vale até 10,0 pontos. 
Atenção1: Serão consideradas para avaliação somente as atividades com status “enviado”. As atividades com status na forma de “rascunho” não serão corrigidas. Lembre-se de clicar no botão “enviar”.
Atenção2: A atividade deve ser postada somente neste modelo de Folha de Respostas, preferencialmente, na versão Pdf. 
Importante:
Sempre desenvolva textos com a sua própria argumentação. Nunca copie e cole informações da internet, de outro colega ou qualquer outra fonte, como sendo sua produção, já que essas situações caracterizam plágio e invalidam sua atividade. 
Se for pedido na atividade, coloque as referências bibliográficas para não perder ponto.
	CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES - DISSERTATIVAS
	Conteúdo: as respostas não possuem erros conceituais e reúnem todos os elementos pedidos.
Linguagem e clareza: o texto deve estar correto quanto à ortografia, ao vocabulário e às terminologias, e as ideias devem ser apresentadas de forma clara, sem incoerências. 
Raciocínio: o trabalho deve seguir uma linha de raciocínio que se relacione com o material didático. 
Coerência: o trabalho deve responder às questões propostas pela atividade. 
Embasamento: a argumentação deve ser sustentada por ideias presentes no conteúdo da disciplina. 
A AVC que atender a todos os critérios, sem nenhum erro conceitual, de ortografia ou concordância, bem como reunir todos os elementos necessários para uma resposta completa, receberá nota 10. Cada erro será descontado de acordo com sua relevância.
	CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES - CÁLCULO
Caminho de Resolução: O trabalho deve seguir uma linha de raciocínio e coerência do início ao fim. O aluno deve colocar todo o desenvolvimento da atividade até chegar ao resultado final.
Resultado Final: A resolução do exercício deve levar ao resultado final correto. 
A AVC que possui detalhamento do cálculo realizado, sem pular nenhuma etapa, e apresentar resultado final correto receberá nota 10. A atividade que apresentar apenas resultado final, mesmo que correto, sem inserir as etapas do cálculo receberá nota zero. Os erros serão descontados de acordo com a sua relevância.
	Resolução / Resposta
	Análise crítica do filme O Diabo Veste Prada
O filme começa mostrando a trajetória de três mulheres para chegar ao trabalho, elas tem em comum a classe social e o estilo (todas estão usando roupas de grife e salto alto).
Logo em seguida, o filme apresenta a trajetória de Andrea Sachs (vivida por Anne Hathaway), uma jornalista recém-formada em busca de uma oportunidade de trabalho. Andrea tem um estilo totalmente pessoal e despojado, e um total desconhecimento das esferas da moda, que por ironia do destino, ela vai para Nova York e consegue uma entrevista na Runway, que é uma revista de moda bem conceituada.
A Runway tem como diretora chefe Miranda Priestly (interpretada magistralmente por Meryl Streep) uma mulher temida, que queria sempre o melhor de tudo e de todos, extremamente exigente. Miranda, que já tinha se frustrado ao tentar contratar várias assistentes esteticamente estilosas, resolve mudar seu requisito de perfil e dar uma chance a Andrea que estava totalmente fora desse padrão.
Miranda tem como sua 1ª assistente Emily (Emily Blunt), que é muito competente, dava a vida pela Runway. Emily desde o início trata Andrea com desdém, e fica surpresa quando Miranda decide contratá-la. 
A jornalista entra diretamente em confronto com seu ambiente de trabalho, pelo seu estilo de se vestir, como se ela desprezasse literalmente o figurino feminino. Andrea se sentia deslocada em relação as suas colegas de trabalho, que se vestiam com roupas de grife e salto alto, mas ao mesmo tempo decide encarar o desafio, e aos poucos, vai dominando seu trabalho.
Miranda solicitava tarefas árduas de Andrea, e sentia que nada que ela fazia era bom o bastante, diante dessa situação, a jornalista passa a questionar sua capacidade para exercer suas atividades, já que desconhece o ramo da moda e gera uma imagem de ineficiência. Em seguida, expõe suas queixas e indignação a Nigel, estilista da revista, amigo de Miranda e que depois também se torna seu amigo.
Nigel diz a ela que ela não está se esforçando o bastante e que nem mesmo quer o emprego, e enfatiza que “milhões de garotas se matariam por esse emprego”. É assim que Andrea, com a ajuda do estilista, começa a entender sobre o mundo da moda e a importância de se adequar ao seu local de trabalho, e em seguida muda totalmente de aparência, corta e alisa os cabelos, começa a usar maquiagem, botas de grife e roupas consideradas estilosas pelas colegas da revista Runway.
A mudança no visual e nas atitudes faz com que Miranda a promovesse e a queira na maior semana da Moda de Paris, sendo essa viagem tudo ou nada na vida de Emily (Emily Blunt), a outra assistente de Miranda.
Seu sucesso na vida profissional e a conquista da confiança de Miranda, Andrea acaba ficando a disposição dela o tempo todo, tanto para trabalhos profissionais como para pessoais. Com isso acaba afetando sua vida pessoal, resultando no fim do seu relacionamento.
Nesse momento tão importante de sua carreira, após envolver-se de maneira ainda mais pessoal com Miranda e preocupar-se com uma conspiração que Andrea descobriu para derrubar sua chefa, Andrea aos poucos vai se decepcionando com o mundo da moda, ainda mais quando descobriu a estratégia de Miranda para não permitir que os planos do proprietário da revista dessem certo. Para que isso ocorresse, ela prejudicou e decepcionou Nigel que estava esperançoso e com expectativas de ser promovido, um antigo e leal funcionário da Runway, que também era seu amigo.
Para completar sua decepção, Andrea ouve de Miranda uma comparação que a deixa extremamente preocupada: a afirmação de que “Eu vejo muito de mim em você”.
Abalada por reconhecer que realmente virou uma garota superficial, dedicada somente para a aparência, e o quão distante ficou de seus valores, suas crenças e seus objetivos de vida, Andrea desiste de ser assistente de Miranda.
Na cena seguinte, Andrea joga na “Fonte dos Desejos”, o telefone linha direta com Miranda a jovem prova a si mesma, ser capaz de caminhar com as próprias pernas e seguir pelo próprio faro.
Na volta à Nova York, Andrea reata seu relacionamento e consegue um emprego como repórter do New Yorker. Enfim, ela consegue trabalhar num veículo no qual ela pode desempenhar o que sempre desejou: jornalismo.
Contextualização
A estética é um fator determinante no filme. O tempo todo é salientado a importância de se vestir bem, com roupas caras, estar maquiada e com o cabelo impecável. Miranda é tida como uma pessoa referência, onde muitos gostariam de presenciar e estar naquele lugar, trabalhando ao seu lado, independente dos sacrifícios. 
A estética ganhou contornos ainda mais sedutores com a publicidade. Anúncios em revistas, jornais, outdoors cada vez mais requintados, retratam as mulheres com formas perfeitas. Na televisão e as novelas lançam tendências e celebridades.
Enfim, a mídia é uma arma de grande poder neste mundo, sendo ela quem comunica quem anuncia e quem leva as necessidades ao receptor, o que gera o consumo exacerbado da população receptora destas mensagens.
O Belo e o Feio em O Diabo Veste Prada
Quem ama o feio, bonito se parece? Essa expressão popular significa que não há uma única forma de tratar o que é feio e o que é bonito. No meu ponto de vista, o que pode ser considerado belo e feio, eu concordo com o pensamento de dois filósofos, David Hume (séc. XVII), que diz que a beleza é algo pessoal, portanto não pode ser discutido racionalmente, como diz o ditado popular “gosto não se discute”. Assim como a personagem Andrea que tinha um gosto considerado feio para maioria das pessoas, mas que pra ela, era belo. E compartilho do mesmo pontode vista filosófico de Georg Hegel (séc. XIX), para Hegel a arte, o gosto e a noção do que é belo muda de acordo com o tempo, portanto, a definição de algo como belo depende mais da cultura de uma determinada época, ou seja, contexto histórico, o que pode ser considerado feio em certo período pode ser belo em outro. Assim podemos perceber no filme que, no ano em que se passa (2016) as roupas de Andrea eram consideradas por muitos, ultrapassadas, mas se por ventura fossem usadas em outra cultura ou época poderiam ser vistas de outra forma. 
Essas discussões sobre beleza e feiura “alimentam” a mídia, que percebem um interesse natural do público por estes temas. A mídia influencia diretamente sobre o que achamos belo e feio. No filme, a influência é retratada através de capas de revistas, no caso, a Runway. Utilizam na capa mulheres magras altas e bonitas. A partir disso as pessoas idealizam que a magreza é o belo e o ideal. Ao longo dos anos, modelos plus size começaram a ter maior visibilidade, mas, no entanto, não simbolizam a grande maioria das pessoas. Este padrão pode ser evidenciado em novelas e propagandas.
Mas a mídia não exerce apenas uma influência ruim sobre as pessoas, hoje em dia temos programas de televisão e na internet com muita diversidade, se nos permitirmos e deixarmos o nosso julgamento e o preconceito de lado, podemos abrir nossas mentes a artistas, culturas, religiões, obras e conseguir compreender o belo naquilo que não é considerado padrão estético.
No filme, Andrea está totalmente fora do padrão estético da época, que eram garotas magras altas, roupas de grife de marcas famosas e caras, cabelos lisos e rosto sempre maquiado, homens de corpos musculosos e bem definidos. Ao folear revistas, assistirem novelas e propagandas que mostram esse padrão de beleza, mulheres e homens que não se encaixam nesses parâmetros começam a se sentirem deslocados, com baixa autoestima, correndo um grande risco de entrar em depressão. A jornalista era considerada acima do peso, “cafona” e desleixada, por não se importar com os padrões impostos pela mídia e pela sociedade.
Andrea que até então achava moda uma bobagem e futilidade, se sente influenciada pela revista e pelas colegas de trabalho e decide mudar seu estilo e se adequar ao padrão estético imposto pela sociedade da época. Ela muda não só suas vestimentas, mas também seu comportamento, e começa a entender e enxergar o mundo da moda com outros olhos.
O reforço dos estereótipos na mídia, em especial na televisão e na internet, tanto com pessoas que se encaixam dentro dos padrões da sociedade de consumo, ‘os belos’, quanto com pessoas como Andrea que, sem a aparência dentro dos padrões, e com grande talento, são percebidas como o surpreendente, o anormal, o que não é convencional.
Disciplina: Estética e Sociedade.

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