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AUTORES QUE FALAM DA AQUISIÇÃO DA ESCRITA NA INFÂNCIA (1)

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UNIP
UNIVERSIDADE PAULISTA
PEDAGOGIA/3° SEMESTRE
Dândara Bentes Rodrigues Medeiros
Hynara Coutinho da Silva
Luciana Rodrigues
Maria do Socorro dos Santos Pereira
Zeneide Conceição Pimentel
AUTORES QUE FALAM DA AQUISIÇÃO DA ESCRITA NA INFÂNCIA
Belém/Pá
2020
AUTORES QUE FALAM DA AQUISIÇÃO DA ESCRITA NA INFÂNCIA
Alexander Romanovich Luria
Nasceu em 16 de julho de 1902 em Cazã (Rússia), e morreu aos 75 anos em 14 de agosto de 1977 em Moscou. Sua ocupação foi de Médico, Psicólogo e Antropólogo. Conheceu em 1924, Lev Vygotsky e influenciado por ele apresentou um estudo sobre a aquisição da escrita. Alexander desenvolveu um método bem simples, fez um grupo composto por crianças que não soubesse ler e que nunca haviam tido contato com a escola. Esse estudo teve por objetivo pesquisar e analisar o desenvolvimento da escrita das crianças.
Com base no seu método aplicado, ele identificou as fases do estágio de desenvolvimento da escrita infantil, como:
- Fase dos rabiscos (estágio de desenvolvimento): as crianças rabiscam como se fosse uma brincadeira e ainda não constituem uma escrita.
- Fase do grafismo: se apresenta como sinais primários da escrita e nesta fase a escrita é imitativa.
- Fase topográfica: as crianças começam a fazer relação da escrita com as sentenças faladas e as marcas realizadas por elas no papel representam os primeiros rudimentos que mais tarde se tornaram a escrita.
- Fase pictórica: os desenhos têm uma função simbólica, do que a criança supostamente deseja representar.
Depois que a criança passa dessas fases, outros elementos começam a surgir como números, formas, que influenciam a escrita que se torna diferenciada, e quando a criança chega nesse momento ela dá um grande salto no processo de aquisição da escrita.
LEV SEMYONOVICH VYGOTSKY
Pertencente ao Império Russo e Soviético, ocupava-se como psicólogo suas principais ideias: Psicologia Cultural-histórica, Zona De Desenvolvimento Proximal, Comunicação Interpessoal e Pioneiro no Conceito De Que o Desenvolvimento Intelectual das Crianças Ocorrem Em Função Das Interações Sociais E Condições De Vida. 
Antes de entendermos o ponto de vista de Vygotsky, vale a pena a citação referente da obra o processo de constituição do conhecimento no ser humano: “(...) o fenômeno do conhecimento envolve quatro elementos fundamentais: o sujeito, o objeto, a operação e a representação interna. O conhecimento é uma das potencialidades do ser humano e não é considerado um objeto como pode ser uma cadeira. Sua construção implica um processo intelectual de ensinamento e aprendizagem”.
Prosseguindo, Vygotsky, faz críticas as ideias que diziam que o desenvolvimento estivesse fadado ao tempo e impunha que partia sim, da interação entre as pessoas. Que o conhecimento era concebido de fora para dentro, uma vez, que o indivíduo se apropriava da cultura, este estaria pronto para aprender e interagir socialmente.
Vygotsky, enuncia que na infância a inteligência veio antes do ato da fala; entendido, portanto, como processos separados e simultâneos. Em seu livro “A formação social da mente”. Ele entende que o bom ensino é aquele que faz com que a criança atinja a compreensão e habilidade do que ainda não tem domínio por completo. Fazendo com que esta vá além, porque se ela, é ensinada sobre o que já sabe, nada de novo poderá lhe ser acrescentado. Seus pensamentos eram fortalecidos nisto, tudo o que se aprende só faz ampliar mais o universo mental do aluno. Afirmava: “O ensino de um novo conteúdo não se resume à aquisição de uma habilidade ou de um conjunto de informações, mas amplia as estruturas cognitivas da criança”. Um exemplo disso, o domínio da escrita proporcionava habilidade e capacidade de reflexão e controle do funcionamento psicológico. Outro aspecto observado por ele decorre da sua teoria, zona de desenvolvimento proximal. Ele defendia que, aquilo que a criança conseguia aprender sozinha e o que estava prestes a aprender se insere na percepção do professor em conduzir tanto um quanto o outro processo. 
Referências Bibliográficas:
COELHO, S. M. A Alfabetização na Perspectiva Histórico-Cultural: Presidente prudente. UNESP, 2012-https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexander_Luria-Disponível em: 05 de dez. de 2014.
VYGOTSKY, L. S. et al. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone/EDUSP, 1998.
BORDIGNON, L. H. C; PAIM, M. M. W. Didática: Teorias, Metodologias e Práticas. UFFS, 2015. 
GONTIJO, C. M M. O Processo de alfabetização: Novas contribuições. 1. Ed SP: Martins Fontes, 2002.
Luria, A. Pensamento e Linguagem. As últimas conferências de Luria. Porto Alegre, Artmed, 2001.
NUNES, A. R. Psicologia da educação: O processo de constituição do conhecimento no ser humano. UFB, 2015.

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