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FISIOLOGIA-GERAL-1

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1 
SUMÁRIO 
1 A FISIOLOGIA GERAL ............................................................................... 4 
2 SISTEMA MUSCULAR ............................................................................... 5 
2.1 Classificação ........................................................................................ 6 
2.2 Classificação dos músculos ................................................................. 6 
2.3 Vascularização e inervação .................................................................. 8 
2.4 Anexos musculares .............................................................................. 9 
2.5 Principais músculos do corpo humano ................................................. 9 
3 SISTEMA CIRCULATÓRIO ...................................................................... 11 
3.1 Algumas artérias importantes do corpo humano ................................ 12 
3.2 Sistema Venoso ................................................................................. 14 
3.3 Algumas veias importantes do corpo humano: ................................... 14 
3.4 Coração .............................................................................................. 15 
3.5 Circulação coronariana....................................................................... 17 
3.6 Circulação sistêmica........................................................................... 17 
3.6.1 A Artéria Aorta .............................................................................. 17 
3.7 Drenagem venosa .............................................................................. 18 
3.8 Drenagem linfática ............................................................................. 18 
4 SISTEMA RESPIRATÓRIO ...................................................................... 18 
4.1 Vias aéreas ........................................................................................ 19 
4.2 Mecânica Respiratória ........................................................................ 21 
5 SISTEMA DIGESTÓRIO ........................................................................... 21 
6 SISTEMA EXCRETOR ............................................................................. 29 
6.1 A eliminação de urina ......................................................................... 32 
6.1.1 Ureter ........................................................................................... 32 
6.1.2 Bexiga urinária ............................................................................. 32 
6.1.3 Uretra ........................................................................................... 32 
 
2 
6.1.4 Metabolismo ................................................................................. 32 
7 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO .................................................. 35 
7.1 Formação dos espermatozóides (espermatogênese) ........................ 38 
7.2 Testosterona ...................................................................................... 38 
8 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ..................................................... 39 
8.1 Vagina ................................................................................................ 39 
8.2 Ovários ............................................................................................... 40 
8.3 Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de falópio ................................. 40 
8.4 Útero................................................................................................... 41 
8.5 Hormônios sexuais femininos ............................................................. 41 
8.6 Formação dos óvulos (ovulogênese).................................................. 41 
9 SISTEMA NERVOSO ............................................................................... 42 
9.1 O impulso nervoso ............................................................................. 44 
9.2 Sinapses ............................................................................................. 46 
9.3 Sinapses elétricas .............................................................................. 46 
9.4 Sinapses químicas ............................................................................. 47 
9.5 Neurotransmissores ........................................................................... 48 
9.6 Tipos de neurônios ............................................................................. 50 
9.7 Células da glia (neuróglia) .................................................................. 50 
9.8 Origem do sistema nervoso ................................................................ 51 
9.9 Divisão do SNC .................................................................................. 52 
9.10 Sistema nervoso central .................................................................. 52 
9.11 O telencéfalo ................................................................................... 53 
9.12 O tronco encefálico ......................................................................... 55 
9.13 O cerebelo ....................................................................................... 56 
9.14 Tálamo ............................................................................................ 56 
9.15 Sistema límbico ............................................................................... 57 
 
3 
9.16 A medula espinhal ........................................................................... 57 
9.17 Sistema nervoso periférico .............................................................. 58 
9.18 Nervos cranianos e suas funções ................................................... 60 
10 SISTEMA ENDÓCRINO ........................................................................ 63 
10.1 Constituição dos órgãos do sistema endócrino ............................... 63 
10.2 Tipos de glândulas endócrinas ........................................................ 64 
10.3 Neuro-hipófise ................................................................................. 65 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 68 
 
 
 
4 
1 A FISIOLOGIA GERAL 
Para estudar um organismo, não basta saber quais são os órgãos que o 
compõem, é fundamental compreender todo o seu funcionamento e as atividades 
desenvolvidas por cada uma dessas estruturas. A Fisiologia é o ramo da Biologia 
dedicado à compreensão do funcionamento do corpo, sendo responsável por 
desvendar todos os processos físicos e químicos envolvidos na manutenção da vida. 
O estudo dessa área iniciou-se na Grécia por volta de 2500 anos atrás. O termo 
fisiologia é oriundo das palavras gregas phýsis e logos, que significam literalmente 
“conhecimento da natureza”. 
 
 
Fonte: www.4.bp.blogspot.com 
Uma das figuras mais influentes no campo da Fisiologia da Antiguidade foi 
Cláudio Galeno (129-200 d.C.), um médico conhecido por tratar gladiadores. Galeno 
realizou diversos trabalhos com animais e seguia uma doutrina conhecida como 
“quatro humores”. Essa doutrina partia da ideia de que o corpo era formado por quatro 
diferentes fluidos: sangue, fleuma, bile amarela e bile negra. Segundo esse médico, o 
coração, o fígado e o cérebro eram os principais órgãos do corpo humano. 
Após Galeno, outra figura que merece destaque é Andreas Versalius (1514-
1564), que publicou, em 1543, a obra intitulada De Humani Corporis Fabrica. Esse 
trabalho ficou conhecido como um grande marco tanto no estudo da Anatomia como 
para a Fisiologia moderna, iniciando-se uma nova forma de compreender o 
funcionamento do corpo. 
 
5 
Outro estudo que merece destaque é o de William Harvey (1578-1657). Ele 
propôs a teoria de que o sangue circulava por todo o organismo graças ao 
bombeamento garantido pelo coração. Até esse momento, a teoria mais aceita 
afirmava que o sangueera constantemente produzido, e não que ele circulava. O 
trabalho de Harvey, sem dúvidas, foi fundamental para a compreensão de diversos 
outros processos fisiológicos. 
O maior desenvolvimento dessa área da Biologia aconteceu, no entanto, ao 
longo do século XIX, em especial na Alemanha e na França. Entre os principais 
avanços dessa época, podemos destacar o entendimento da teoria celular e o 
desenvolvimento da Fisiologia Experimental. Nesse último caso, devemos destacar 
os trabalhos de Claude Bernard, que é considerado o pai da Fisiologia Experimental 
Contemporânea e destacava a importância da experimentação. 
No século XX, diversos processos foram desvendados, e o entendimento da 
Bioquímica e da Biologia Molecular foi fundamental para o aprofundamento do 
conhecimento em Fisiologia. Com os avanços tecnológicos, essa área continua a 
crescer e muitos processos ainda serão entendidos. 
Estudar Fisiologia requer dedicação e conhecimento básico de várias áreas 
da Biologia, tais como anatomia, morfologia, citologia, bioquímica, ecologia e biofísica. 
Nessa área são abordados temas como o funcionamento de todos os sistemas do 
corpo dos seres vivos e como eles são capazes de manter esses organismos em 
estado de equilíbrio. Nos textos dispostos logo mais abaixo, você conhecerá vários 
aspectos da Fisiologia, não só a humana, mas também a de diferentes seres. 
2 SISTEMA MUSCULAR 
Podemos entender que o esqueleto precisa de ossos unidos e articulados. 
Mas para esse conjunto funcionar, também necessitamos de um componente que fixe 
as partes do esqueleto entre si e seja o motor de todos os movimentos. Esse 
componente é o sistema muscular, constituído pelos músculos, que são estruturas 
formadas por feixes de células especiais, as células musculares, denominadas 
miócitos. 
 
6 
2.1 Classificação 
Existem três tipos de células musculares e, portanto, três tipos de músculos: 
o liso, o estriado cardíaco e o estriado esquelético. 
A) Músculo Liso: é involuntário e de movimentos lentos contínuos, pois são 
controlados pelo sistema nervoso central; 
B) Músculo Estriado Cardíaco: é o músculo responsável pelas contrações 
do coração, possui movimentos rápidos, porém involuntários, sendo controlado dessa 
forma pelo sistema nervoso central através do Bulbo. 
C) Músculo Estriado Esquelético: é o músculo responsável pelos 
movimentos do corpo, possui movimentos rápidos, e voluntários, pois é comandado 
de acordo com a vontade do indivíduo. 
2.2 Classificação dos músculos 
A - Quanto à forma do ventre. 
Longo: o comprimento predomina sobre a largura. Ex: flexores do carpo e 
dedo. 
Fusiforme: um músculo longo em que o diâmetro do ventre é maior que o 
diâmetro das extremidades. Ex: bíceps braquial. 
Largo: comprimento e a largura são equivalentes. Ex: glúteo máximo. 
Em leque: músculo largo em que as fibras de um lado convergem para um 
tendão. Ex: grande dorsal. 
 
 
Fonte: www.infoescola.com 
 
7 
B - Ao número de cabeças. 
99% dos músculos só apresentam uma cabeça, não havendo classificação. 
Só se classificam as exceções. 
Bíceps – um na região anterior do braço (bíceps braquial) e outro na região 
posterior da coxa (bíceps femural). 
Tríceps – um na região posterior do braço (tríceps braquial) e outro na região 
posterior da perna (tríceps sural = gastrocnêmio + sóleo). 
Quadríceps – região anterior da coxa. É formado por 04 músculos: reto 
femural, e vastos (medial intermédio e lateral). 
Aplica-se injeção intramuscular nos músculos deltoide e glúteo, no adulto. E 
no vasto lateral em criança de pouca idade. 
 
C - Quanto à função: 
Agonista: quando ele é o principal responsável pela execução do movimento. 
Ex: flexores do dedo. 
Antagonista: realizam ações opostas ao agonista, regulando força e 
velocidade do movimento. 
Sinergistas: impedem a ação de movimentos indesejados causados pelo 
agonista durante sua ação. Ex: extensores do carpo. 
Fixadores ou posturais: ação está relacionada a manutenção do corpo em 
posição adequada para realizar o movimento. Ex: músculos que mantêm o corpo de 
pé. 
 
D - Ao número de ventres: 
Monogástricos – apresentam somente um ventre. Correspondem a 99% dos 
músculos. 
Digástricos – apresentam dois ventres unidos por um tendão intermediário. 
Encontrados no pescoço: um da mandíbula para o osso temporal (músculo digástrico) 
e outro, o osso hioide até a omoplata (músculo Omohioideu). 
Poligástrico – apresentam vários ventres unidos por tendões intermediários. 
O único exemplo é o músculo reto do abdômen. 
 
E - Ao número de caudas: 
 
8 
Monocaudado – apresenta somente uma cauda. Corresponde a 99% dos 
músculos. 
Policaudado – apresenta de três a quatro caudas. É encontrado nas 
extremidades dos membros (músculos extensores e flexores dos dedos). No membro 
superior, a flexão (ato de dobrar) é feita por músculos anteriores, e a extensão (ato de 
distender) é feita por posteriores. No membro inferior, flexores são posteriores, e 
extensores são anteriores. 
 
F - À topografia: 
Axial – localiza-se na cabeça, pescoço, tórax e abdômen. 
Apendicular – nos membros. 
 
G - À inserção: 
Esquelético – cabeça e cauda inserem-se no esqueleto. 99% dos músculos. 
Cutâneo – insere-se na tela subcutânea (pelo menos um dos seus tendões). 
Ex: músculos da expressão facial (músculos da mímica). 
2.3 Vascularização e inervação 
A contração dos músculos esqueléticos obedece aos comandos do sistema 
nervoso central e que chegam até a eles por meio dos nervos. Esses nervos se forem 
cortados ou estiverem doentes deixam os músculos sem estímulo para poderem se 
contrair, causando atrofia, ou seja, a diminuição da massa muscular pela falta de uso. 
A energia necessária para realizar as contrações vem através do sangue arterial, 
dentro de cada músculo, na forma de oxigênio e nutrientes. Em injeções 
intramusculares, os músculos servem de reservatório para o medicamento, e os 
músculos mais utilizados são o deltoide e o glúteo máximo. 
Contração isométrica – o músculo entra em estado de tensão e não se 
encurta, auxiliando o músculo que executará o movimento. 
Contração isotônica – o músculo entra em estado de tensão e se encurta, 
executando o movimento desejado. 
 
9 
 
Fonte:www.i.ytimg.com 
2.4 Anexos musculares 
Fáscia Muscular – dispositivo fibroso que envolve um músculo ou grupos de 
músculos. Tem a função de ajudar o trabalho muscular, evitando gasto desnecessário 
de energia. 
Bainha Fibrosa dos Tendões – dispositivo fibroso que se estende de um 
lado a outro do osso, formando um túnel ósteo-fibroso para a proteção dos tendões. 
Se essa bainha não existisse, poderia haver o rompimento da epiderme, derme e 
hipoderme, ou desgaste do tendão, devido o contato com o osso. 
Bainha Sinovial dos Tendões – tem a função de lubrificar esse tubo ósteo-
fibroso para evitar desgaste do tendão devido contato com o osso. 
Bolsa Sinovial dos Tendões – semelhante à Bainha Sinovial dos Tendões 
está presente onde tendões entram em contato com osso, ligamento ou quando a pele 
se move sobre uma superfície óssea, as bolsas sinoviais facilitam os movimentos, 
minimizando a fricção. 
2.5 Principais músculos do corpo humano 
A – Músculos Da Cabeça. 
 Occipito-frontal: Movimentação do couro cabeludo; 
 Orbicular do olho: Fechamento do olho; 
 
10 
 Orbicular da boca: Fechamento da boca; 
 Bucinador: Compressão das bochechas contra as maxilas e 
mandíbula, possibilitando o assobio e o sopro; 
 Masseter, temporal: Elevação da mandíbula, favorecendo a 
mastigação. 
 
B – Músculos Do Pescoço. 
Plastima: Tração da pele do pescoço, tendo um papel estético. 
Esternocleidomastóide: Flexão da cabeça, em atuação conjunta com seu 
par, do outro lado do pescoço; rotação ou inclinação da cabeça, em atuação isolada. 
 
C – Músculos Do Dorso. 
Trapézio: Retração da escápula; 
Grande dorsal: Extensão e adução do braço. 
 
D – Músculos Do Abdomem.Reto abdominal: Flexão do tronco; 
Oblíquo externo, oblíquo interno e transverso abdominal: Flexão, 
inclinação e rotação do tronco. 
 
E – Músculos Do Tórax. 
Peitoral maior: Adução do braço; 
Intercostais internos: Expiração forçada; 
Intercostais externos: Inspiração; 
Diafragma: Principal músculo inspiratório. 
 
F – Músculos Do Membro Superior. 
Deltóide: Abdução do membro superior; 
Bíceps braquial: Flexão e supinação do antebraço; 
Tríceps braquial: Extensão do antebraço; 
Flexor do carpo e dedos: Flexão do carpo ou das falanges; 
Extensor do carpo e dedos: Extensão do carpo ou das falanges. 
 
G – Músculos Do Mebro Inferior. 
 
11 
Glúteo máximo: Extensão e rotação da coxa; 
Quadríceps femoral: Extensão da perna; apresenta quatro porções: reto 
femoral, vasto medial, intermédio e lateral; 
Adutor da coxa: Adução da coxa; 
Posterior da coxa: Flexão da perna; 
Anterior da perna: Participação na dorsiflexão do pé e na extensão dos 
dedos; 
Posterior da perna, como gastrocnêmico (músculo da “batata da 
perna”): Flexão plantar do pé; extensão do pé sobre a perna, com importante função 
na marcha, entre outras. 
3 SISTEMA CIRCULATÓRIO 
Não é apenas o sistema muscular que precisa receber nutrientes e oxigênio 
para desempenhar o seu trabalho. A vida de todas as células de todos os sistemas 
também depende desses recursos, cuja distribuição no complexo organismo, 
composto de bilhões de células, é uma tarefa realizada por um sistema específico O 
sistema circulatório é constituído por uma rede de vasos de vários calibres, que são 
as artérias e as veias, por onde corre o sangue que permeia todo o organismo. O 
coração atua como uma bomba, impulsionando o sangue para as artérias e recebendo 
o que chega pelas veias. 
 
I- ANGIOLOGIA 
Sistema Arterial 
Conjunto de vasos que saem do coração e se ramificam sucessivamente 
distribuindo-se para todo o organismo. Do coração saem o tronco pulmonar (relaciona-
se com a pequena circulação, ou seja, leva sangue venoso para os pulmões através 
de sua ramificação, duas artérias pulmonares uma direita e outra esquerda) e a artéria 
aorta (carrega sangue arterial para todo o organismo através de suas ramificações). 
 
12 
 
Fonte: www.colegiobeka.com.br 
Estrutura 
1- Túnica externa: é composta basicamente por tecido conjuntivo. Nesta 
túnica encontramos pequenos filetes nervosos e vasculares que são destinados à 
inervação e a irrigação das artérias. Encontrada nas grandes artérias somente. 
2- Túnica média: é a camada intermediária composta por fibras musculares 
lisas e pequena quantidade de tecido conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das 
artérias do organismo. 
3-Túnica íntima: forra internamente e sem interrupções as artérias, inclusive 
capilares. São constituídas por células endoteliais. 
3.1 Algumas artérias importantes do corpo humano 
Sistema do tronco pulmonar: o tronco pulmonar sai do coração pelo ventrículo 
direito e se bifurca em duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada 
uma delas ramifica-se a partir do hilo pulmonar em artérias segmentares pulmonares. 
Este sistema leva sangue venoso para os pulmões para que ocorra a troca de gás 
carbônico por oxigênio. 
Sistema da aorta (sangue oxigenado): a artéria aorta sai do ventrículo 
esquerdo e ramifica-se na porção ascendente em duas artérias coronárias, uma direita 
e outra esquerda que vão irrigar o coração. Logo em seguida a artéria aorta encurva-
 
13 
se formando um arco para a esquerda dando origem a três artérias (artérias da curva 
da aorta) sendo elas: 
 Tronco braquiocefálico arterial 
 Artéria carótida comum esquerda 
 Artéria subclávia esquerda 
 
O tronco braquiocefálico arterial origina duas artérias: 
 Artéria carótida comum direita 
 Artéria subclávia direita 
 
Artéria carótida comum (esquerda ou direita): esta artéria se ramifica em: 
 Artéria carótida interna (direita ou esquerda) 
 Artéria carótida externa (direita ou esquerda) 
 
Artéria carótida interna: penetra no crânio através do canal carotídeo dando 
origem a três ramos colaterais: artéria oftálmica, artéria comunicante posterior e 
artéria coriódea posterior. E mais dois ramos terminais: artéria cerebral anterior e 
artéria cerebral média. 
Artéria carótida externa: irriga pescoço e face. Seus ramos colaterais são: 
artéria tireoide superior, a. lingual, a. facial, a. occipital, a. auricular posterior e a. 
faríngea ascendente. Seus ramos terminais são: artéria temporal e artéria maxilar. 
 
 
Fonte: www.wreducacional.com.br 
 
14 
3.2 Sistema Venoso 
É constituído por tubos chamados de veias que tem como função conduzir o 
sangue dos capilares para o coração. As veias, também como as artérias, pertencem 
a grande e a pequena circulação. O circuito que termina no átrio esquerdo através das 
quatro veias pulmonares trazendo sangue arterial dos pulmões chama-se de pequena 
circulação ou circulação pulmonar. E o circuito que termina no átrio direito através das 
veias cavas e do seio coronário retornando com sangue venoso chama-se de grande 
circulação ou circulação sistêmica. 
Em relação à forma: é variável quanto mais cheia mais cilíndrica e quanto 
mais vazia mais achatada. Fortemente distendidas apresentam a forma nodosa 
devido à presença de válvulas. Quanto ao calibre pode ser grande, médio ou pequeno 
calibre. Tributárias ou afluentes: sua formação aumenta conforme está chegando mais 
perto do coração pela confluência das tributárias. O leito venoso é praticamente o 
dobro do leito arterial. Situação: São classificadas em superficiais e profundas e 
também podem receber a denominação de viscerais e parietais dependendo de onde 
estão drenando se é na víscera ou em suas paredes. Válvulas: são pregas 
membranosas da camada interna da veia que tem forma de bolso. 
3.3 Algumas veias importantes do corpo humano: 
Veias da circulação pulmonar (ou pequena circulação): As veias que 
conduzem o sangue que retorna dos pulmões para o coração após sofrer a hematose 
(oxigenação), recebem o nome de veias pulmonares. São quatro veias pulmonares, 
duas para cada pulmão, uma direita superior e uma direita inferior, uma esquerda 
superior e uma esquerda inferior. As quatro veias pulmonares vão desembocar no 
átrio esquerdo. Estas veias são formadas pelas veias segmentares que recolhem 
sangue venoso dos segmentos pulmonares. 
 
15 
 
Fonte: www.infoescola.com 
Veias da circulação sistêmica (ou da grande circulação): duas grandes 
veias desembocam no átrio direito trazendo sangue venoso para o coração são elas 
veia cava superior e veia cava inferior. Temos também o seio coronário que é um 
amplo conduto venoso formado pelas veias que estão trazendo sangue venoso que 
circulou no próprio coração. 
Veia cava superior: origina-se dos dois troncos braquiocefálicos (ou veia 
braquiocefálica direita e esquerda). Cada veia braquiocefálica é constituída pela 
junção da veia subclávia (que recebe sangue do membro superior) com a veia jugular 
interna (que recebe sangue da cabeça e pescoço). A veia cava inferior é formada 
pelas duas veias ilíacas comuns que recolhem sangue da região pélvica e dos 
membros inferiores. O seio coronário recebe sangue de três principais veias do 
coração: veia cardíaca magna, veia cardíaca média e veia cardíaca parva ou menor. 
3.4 Coração 
O coração é um órgão oco, formado por um tipo especial de músculo, o 
músculo estriado cardíaco, que só existe nele e não obedece a comandos voluntários. 
Essa musculatura é chamada de Miocárdio e está recoberta interna e externamente 
por membranas, que são finas camadas de tecido. A membrana interna do miocárdio 
é o endocárdio, e a externa é o epicárdico. O coração fica dentro de um saco fibroso, 
o pericárdio, que tem função de protegê-lo e fixá-lo. Anatomicamente, o coração se 
localiza no tórax, atrás do osso esterno, no espaço chamado de mediastino, situado 
entre os dois pulmões.O coração tem o trabalho de impulsionar o sangue, através do 
 
16 
sistema de vasos sanguíneos, a todos os locais do corpo. Dessa forma podemos 
observar duas etapas no trabalho do coração: 
 A Sístole, momento em que o coração se contrai, expulsando o sangue 
para as artérias; 
 A Diástole, quando o coração se relaxa, enchendo-se passivamente 
com o sangue das veias. 
 
Essas etapas se sucedem gradativamente num movimento de sístole – 
diástole – sístole – diástole..., provocando assim a circulação do sangue. 
O coração não é simplesmente um grande saco muscular contrátil oco, pois, 
se assim fosse, haveria a mistura do sangue arterial com o venoso da grande e 
pequena circulação. Essa mistura não ocorre exatamente porque o coração humano, 
após o nascimento, tem quatro cavidades, a saber: 
Dois Átrios, um esquerdo e um direito, situados acima e atrás no coração. 
Essa localização é determinada pela forma e pela posição do coração: um cone com 
base para cima, situado de modo oblíquo no mediastino, tendo a ponta voltada para 
frente, para baixo e para a esquerda. O átrio direito recebe o sangue da circulação 
pulmonar; 
Dois ventrículos, também um direito e um esquerdo, localizados embaixo e 
na frente dos átrios. O ventrículo direito impulsiona o sangue para a circulação 
pulmonar e o esquerdo para a circulação sistêmica. 
Cada átrio comunica-se com o ventrículo por meio de uma estrutura 
denominada Valva. Popularmente chamada de válvula. Elas são formadas por duas 
ou três partes, as cúspides. Do lado direito do coração temos a Valva tricúspide. E do 
lado esquerdo nos temos a Valva bicúspide (mitral). Os ventrículos expulsam o 
sangue por meio das artérias. A artéria Pulmonar expulsa o sangue do ventrículo 
direito para os pulmões, e a artéria aorta, do ventrículo esquerdo para a grande 
circulação. Ambas possuem valvas em sua origem, tanto a valva pulmonar como a 
aorta têm três cúspides. 
 
17 
 
Fonte:www.image.slidesharecdn.com 
3.5 Circulação coronariana 
Esse tipo de circulação ocorre devido à necessidade do coração de ser 
irrigado, e isso é feito pelas artérias coronárias e veias coronárias. Quando as artérias 
coronárias estão entupidas, ocorre o enfarto do miocárdio. 
3.6 Circulação sistêmica 
A circulação sistêmica ocorre para levar oxigênio dos pulmões para o corpo e 
retirar o gás carbônico encontrado no corpo e levá-lo aos pulmões para serem 
eliminados. 
 
3.6.1 A Artéria Aorta 
 
A Artéria Aorta sai do ventrículo esquerdo levando o sangue que por meio de 
seus ramos, será distribuindo para o corpo. A Aorta subdivide-se em: duas artérias 
subclávias (no braço recebe o nome de braquial, no cotovelo se divide em radial e 
ulnar), duas artérias carótidas comuns, artéria renal, ilíaca interna e externa, femoral, 
poplítea (tibial anterior e a tibial posterior). 
 
18 
3.7 Drenagem venosa 
A drenagem do sangue é feita pelas veias, visto que as mesmas possuem 
válvulas que impedem o refluxo de sangue, fazendo com que o mesmo flua no sentido 
do coração. No membro superior a drenagem é feita pelas veias cefálica e a basílica, 
na cabeça a drenagem é feita pelas veias jugulares externas e internas. No membro 
inferior temos a safena magna (mais longa do corpo – geralmente é retirada e usada 
como enxerto, formando um caminho alternativo para regiões de vasos sanguíneos 
que estão obstruídas) e a safena parva, e a femoral. O sangue do intestino é drenado 
pela veia porta. 
3.8 Drenagem linfática 
Quando o sangue passa nos capilares, ocorre uma perda de líquido que vai 
para o interstício, que as veias não dão conta de recolher. Esse líquido é chamado de 
Linfa, é então drenado por um sistema de vasos especiais, os vasos linfáticos, que 
são estruturas com fundo cego, ou seja, com a forma de dedo de luva. 
4 SISTEMA RESPIRATÓRIO 
O Sistema respiratório é essencial à vida. É por esse sistema que o organismo 
recebe o oxigênio e elimina o gás carbônico. Para realizar esse trabalho, o sistema é 
composto por duas partes: 
 
Fonte:www.i0.wp.com 
 
19 
Uma porção condutora, constituída pelas vias aéreas, que leva o ar do 
ambiente para dentro dos pulmões e também conduz o ar rico em Co2 para fora do 
corpo; 
Uma porção respiratória, nos pulmões, que realiza trocas gasosas. 
Além disso, o sistema respiratório tem outras estruturas que também 
desempenham funções importantes. São elas: 
As pleuras, que revestem os pulmões; 
Os músculos respiratórios, que realizam os movimentos responsáveis pela 
entrada e saída de ar das vias respiratórias; 
4.1 Vias aéreas 
As Vias aéreas são estruturas que compõem o trajeto tubular por onde o ar 
passa desde que entra em nosso organismo até chegar aos alvéolos. Nos pulmões, 
onde ocorre a troca gasosa. É também por esse mesmo trajeto que o ar sai do nosso 
corpo para o ambiente, no momento da expiração. Além de conduzir o ar, as vias 
aéreas ainda o aquecem e o umidificam, o que é muito importante para o bom 
funcionamento do pulmão. As vias aéreas são formadas por: 
 SUPERIORES – nariz, fossas nasais, faringe; 
 INFERIORES – laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos. 
 
I. FOSSAS NASAIS 
As fossas nasais também chamadas de cavidades nasais constituem a 
primeira parte das vias aéreas. Elas se abrem externamente pelas narinas, situadas 
no nariz, um órgão composto de ossos e cartilagens. Os pêlos existentes no nariz são 
chamados de vibrissas. Sua abertura é formada pelas asas do nariz e pelo septo 
nasal. A cavidade nasal é forrada por uma membrana mucosa cujas células possuem 
cílios que se mexem ritmicamente e ajudam na limpeza do ar, retendo suas impurezas, 
no muco que elas produzem. Nas partes laterais das fossas nasais estão às conchas, 
entre as conchas os seios paranasais. A Inflamação da mucosa dos seios paranasais 
é a sinusite. 
 
II. FARINGE 
 
20 
Por meio das coanas, as fossas nasais se abrem para a faringe, um espaço 
situado posteriormente às fossas nasais, a boca e a laringe. A faringe pertence tanto 
ao sistema respiratório quanto ao digestório, e é nela que ocorre o cruzamento aéreo-
digestivo, onde a comida é deglutida, passa pelo mesmo local em que o ar é inspirado. 
É isso que pode provocar o engasgo, ou seja, a entrada de alimento no trato 
respiratório, quando a pessoa fala e deglute ao mesmo tempo. 
 
III. LARINGE. 
Depois de passar pela faringe, o ar chega à laringe – uma estrutura formada 
por várias cartilagens, com importante função na fonação (falar), já que é nela que se 
encontram as cordas vocais. 
 
IV. TRAQUEIA. 
A traqueia é um tubo cilíndrico reto, formado por 16 a 20 anéis de cartilagem 
em forma de C, com a abertura para trás e fechado por uma camada de músculo liso. 
No seu ponto final a traqueia se divide num ponto chamado Carina, dando origem aos 
brônquios primários. 
 
V. BRÔNQUIOS E BRONQUÍOLOS. 
Os brônquios primários são dois, um direito e um esquerdo, sendo um para 
cada pulmão. Nos pulmões eles se subdividem em brônquios secundários ou lobares, 
assim chamados porque correspondem aos lobos pulmonares. Os brônquios 
secundários são cinco, sendo três para o pulmão direito e dois para o esquerdo. Após 
várias divisões dos brônquios, surgem os bronquíolos, com aproximadamente 1 mm 
de espessura e que, por sua vez, também se subdividem, até surgirem os bronquíolos 
respiratórios, que tem alvéolos em sua parede. 
 
VI. PULMÕES. 
São órgãos alongados, de aparência esponjosa, divididos em partes 
denominadas lobos. São dois lobos no pulmão esquerdo (superior e inferior) e três no 
direito (superior, médio e inferior). Os pulmões são revestidos externamente por uma 
membrana dupla: a pleura, que tem função de proteger e permitir o deslizamento dois 
pulmões durante a respiração. A pleura tem um folheto parietal – membrana em 
contato com as costelas- e um visceral – membrana em contato com os pulmões. 
 
21 
Entre esses dois folhetos há um espaço pleural,preenchido pelo líquido pleural, que 
atua como lubrificante. Os pulmões são constituídos por imensa quantidade de 
alvéolos – mais de 500 milhões – aos quais chega o ar que passa pelos bronquíolos. 
Se pudéssemos esticar todos os alvéolos e medir a superfície assim obtida, 
chegaríamos a 100m2, aproximadamente. Os alvéolos são responsáveis pela troca 
gasosa (hematose), onde o ar com gás carbônico é eliminado e o ar com o oxigênio é 
levado para os tecidos pelo sangue. 
4.2 Mecânica Respiratória 
A caixa torácica é relativamente rígida e tem o músculo diafragma em sua 
abertura inferior. Quando o diafragma se contrai, ele baixa e o volume da caixa 
torácica aumenta. Esse aumento de volume faz com que a pressão interna na caixa 
torácica diminua, tornando-se menor que a do ar atmosférico. Isso faz com que o ar 
penetre pelas vias aéreas para igualar a pressão, e aí ocorre uma inspiração. 
O processo de expiração é um pouco diferente: o diafragma se relaxa e a 
elasticidade pulmonar diminui o volume torácico, fazendo com que o ar seja expulso 
pelas vias aéreas. 
5 SISTEMA DIGESTÓRIO 
Quando ingerimos qualquer alimento, o sistema digestório transforma esse 
alimento em substâncias microscópicas, que recebem o nome genérico de nutrientes 
e incluem as proteínas, os lipídios os carboidratos, as vitaminas e os sais minerais. 
Esses nutrientes são então absorvidos por órgãos do sistema digestório, para serem 
utilizados na estruturação de nossas células e tecidos e na produção da energia 
necessária as suas funções. O tubo do sistema digestório leva o alimento da boca até 
o ânus, transformando-o durante todo o caminho e preparando-o para a absorção nas 
partes mais distais. Ele é composto pelos seguintes órgãos: boca, faringe, esôfago, 
estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. Já as glândulas anexas 
despejam suas secreções no tubo digestivo, ajudando a transformar o alimento. São 
elas: as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas. 
 
 
22 
I. BOCA 
A boca, ou cavidade oral é a primeira parte do tubo digestivo. É por ela que o 
alimento entra em estado bruto, é cortado, triturado e sofre a ação enzimática da 
saliva. Externamente ela é limitada pelos lábios e bochechas, superiormente pelo 
palato e inferiormente pelo assoalho. Na parte posterior, a boca se comunica com a 
faringe. Na boca as estruturas auxiliadoras da digestão são os dentes e a língua, 
juntamente com as glândulas salivares. 
 
Características dos dentes 
Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar superior e 
mandíbula, cuja atividade principal é a mastigação. Estão implicados, de forma direta, 
na articulação das linguagens. Os nervos sensitivos e os vasos sanguíneos do centro 
de qualquer dente estão protegidos por várias camadas de tecido. A mais externa, o 
esmalte, é a substância mais dura. Sob o esmalte, circulando a polpa, da coroa até a 
raiz, está situada uma camada de substância óssea chamada dentina. A cavidade 
pulpar é ocupada pela polpa dental, um tecido conjuntivo frouxo, ricamente 
vascularizado e inervado. Um tecido duro chamado cemento separa a raiz do 
ligamento peridental, que prende a raiz e liga o dente à gengiva e à mandíbula, na 
estrutura e composição química assemelha-se ao osso; dispõe-se como uma fina 
camada sobre as raízes dos dentes. Através de um orifício aberto na extremidade da 
raiz, penetram vasos sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo. 
Em sua primeira dentição, o ser humano tem 20 peças que recebem o nome 
de dentes de leite. À medida que os maxilares crescem, estes dentes são substituídos 
por outros 32 do tipo permanente. As coroas dos dentes permanentes são de três 
tipos: os incisivos, os caninos ou presas e os molares. Os incisivos têm a forma de 
cinzel para facilitar o corte do alimento. Atrás dele, há três peças dentais usadas para 
rasgar. A primeira tem uma única cúspide pontiaguda. Em seguida, há dois dentes 
chamados pré-molares, cada um com duas cúspides. Atrás ficam os molares, que têm 
uma superfície de mastigação relativamente plana, o que permite triturar e moer os 
alimentos. 
 
A língua 
A língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta, para 
que seja engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, 
 
23 
cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo, azedo ou 
ácido, salgado e doce. De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A 
distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é 
homogênea. 
 
As glândulas salivares 
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimula as 
glândulas salivares a secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, 
além de sais e outras substâncias. A amilase salivar digere o amido e outros 
polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose 
(dissacarídeo). Três pares de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade 
bucal: parótida, submandibular e sublingual. 
 
Glândula parótida - Com massa variando entre 14 e 28 g, é a maior das três; 
situa-se na parte lateral da face, abaixo e adiante do pavilhão da orelha. 
Glândula submandibular - É arredondada, mais ou menos do tamanho de 
uma noz. 
Glândula sublingual - É a menor das três; fica abaixo da mucosa do assoalho 
da boca. 
Os sais da saliva neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um pH 
neutro (7,0) a levemente ácido (6,7), ideal para a ação da ptialina. O alimento, que se 
transforma em bolo alimentar, é empurrado pela língua para o fundo da faringe, sendo 
encaminhado para o esôfago, impulsionado pelas ondas peristálticas (como mostra a 
figura do lado esquerdo), levando entre 5 e 10 segundos para percorrer o esôfago. 
Através do peristaltismo, você pode ficar de cabeça para baixo e, mesmo assim, seu 
alimento chegará ao intestino. Entra em ação um mecanismo para fechar a laringe, 
evitando que o alimento penetre nas vias respiratórias. Quando a cárdia (anel 
muscular, esfíncter) se relaxa, permite a passagem do alimento para o interior do 
estômago. 
 
II. FARINGE 
É um órgão muscular situado posteriormente às cavidades nasais, à boca, e 
à laringe, com a forma de um tubo de aproximadamente 12 cm de comprimento. Sua 
 
24 
função é conduzir o bolo alimentar para o esôfago, embora ela também atenda ao 
sistema respiratório. 
A faringe é rica em tecido linfoide, ou seja, células do sistema imunológico que 
protegem o nosso organismo das infecções. É esse tecido, inclusive, que constitui as 
tonsilas palatinas, popularmente chamadas de amídalas, e a tonsila faríngea, 
conhecida vulgarmente como adenoide. 
 
III. ESÔFAGO 
É um órgão muscular cilíndrico, em forma de tubo, de aproximadamente 25cm 
de comprimento, que atravessa o pescoço e o tórax e passa por uma abertura do 
diafragma, penetrando no abdome, onde tem uma pequena porção. O esôfago conduz 
o bolo alimentar por meio de movimentos ondulatórios chamados de movimentos 
peristálticos, que empurram o alimento para adiante, no tubo digestivo. O bolo 
alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorrê-lo. 
 
IV. ESTÔMAGO 
Do esôfago, o bolo alimentar chega ao estômago, que é uma dilatação do tubo 
digestivo. Ele se localiza logo abaixo do diafragma, projetando-se medianamente e à 
esquerda, na parte superior do abdome. O estômago serve como reservatório para 
alimentos ingerido, que ali são armazenados e misturados com as secreções 
gástricas. Forma-se, assim uma massa semilíquida denominada quimo, que vai sendo 
progressivamente liberada para o intestino delgado, de acordo com sua capacidade 
de absorção. O estômago está dividido em cinco partes, e segmentos, são elas: 
 Cárdia, a região em que ele se junta ao esôfago; 
 Corpo, a porção central, onde ocorre secreção de enzimas digestivas 
que se misturam com o bolo alimentar; 
 Fundo, porção mais alta, que serve como reservatório; 
Antro, porção mais distal, que ajuda na mistura do alimento com as 
secreções para produzir o quimo; 
 Piloro, que é um esfíncter, um músculo circular. Sua função é regular a 
velocidade de saída do quimo para o intestino delgado. 
O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente 
ácido, que contêm ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O ácido clorídrico mantém 
 
25 
o pH do interior do estômago entre 0,9 e 2,0. Também dissolve o cimento intercelular 
dos tecidos dos alimentos, auxiliando a fragmentação mecânica iniciada pela 
mastigação. A pepsina, enzima mais potente do suco gástrico, é secretada na forma 
de pepsinogênio. Como este é inativo, não digere as células que o produzem. 
 
 
Fonte: www.biowiki.com.br 
Por ação do ácido clorídrico, o pepsinogênio, ao ser lançado na luz do 
estômago, transforma-se em pepsina, enzima que catalisa a digestão de proteínas. A 
pepsina, ao catalisar a hidrólise de proteínas, promove o rompimento das ligações 
peptídicas que unem os aminoácidos. Como nem todas as ligações peptídicas são 
acessíveis à pepsina, muitas permanecem intactas. Portanto, o resultado do trabalho 
dessa enzima são oligopeptídeos e aminoácidos livres. 
A renina, enzima que age sobre a caseína, uma das proteínas do leite, é 
produzida pela mucosa gástrica durante os primeiros meses de vida. Seu papel é o 
de flocular a caseína, facilitando a ação de outras enzimas proteolíticas. A mucosa 
gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege da agressão do suco 
gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem protegidas por essa densa camada 
de muco, as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela 
ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. 
Estima-se que nossa superfície estomacal seja totalmente reconstituída a 
cada três dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a proteção, o que 
resulta em inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no aparecimento de 
feridas dolorosas que sangram (úlceras gástricas). A mucosa gástrica produz também 
 
26 
o fator intrínseco, necessário à absorção da vitamina B12. O bolo alimentar pode 
permanecer no estômago por até quatro horas ou mais e, ao se misturar ao suco 
gástrico, auxiliado pelas contrações da musculatura estomacal, transforma-se em uma 
massa cremosa acidificada e semilíquida, o quimo. 
Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo vai sendo, aos 
poucos, liberado no intestino delgado, onde ocorre a maior parte da digestão. 
 
V. INTESTINO DELGADO 
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 
4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno 
(cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm). A porção superior ou duodeno tem a forma de 
ferradura e compreende o piloro, esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela 
qual este esvazia seu conteúdo no intestino. A digestão do quimo ocorre 
predominantemente no duodeno e nas primeiras porções do jejuno. No duodeno atua 
também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm diversas enzimas 
digestivas. 
Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no fígado e 
armazenada na vesícula biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares têm 
ação detergente, emulsificando ou emulsionando as gorduras (fragmentando suas 
gotas em milhares de microgotículas). O suco pancreático, produzido pelo pâncreas, 
contém água, enzimas e grandes quantidades de bicarbonato de sódio. O pH do suco 
pancreático oscila entre 8,5 e 9. Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise 
da maioria das moléculas de alimento, como carboidratos, proteínas, gorduras e 
ácidos nucleicos. 
A amilase pancreática fragmenta o amido em moléculas de maltose; a lípase 
pancreática hidrolisa as moléculas de um tipo de gordura – os triacilgliceróis, 
originando glicerol e álcool; as nucleases atuam sobre os ácidos nucleicos, separando 
seus nucleotídeos. O suco pancreático contém ainda o tripsinogênio e o 
quimiotripsinogênio, formas inativas em que são secretadas as enzimas proteolíticas 
tripsina e quimiotripsina. Sendo produzidas na forma inativa, as proteases não 
digerem suas células secretoras. 
Na luz do duodeno, o tripsinogênio entra em contato com a enteroquinase, 
enzima secretada pelas células da mucosa intestinal, convertendo-se em tripsina, que 
por sua vez contribui para a conversão do precursor inativo quimiotripsinogênio em 
 
27 
quimiotripsina, enzima ativa. A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam polipeptídios, 
transformando-os em oligopeptídeos. A pepsina, a tripsina e a quimiotripsina rompem 
ligações peptídicas específicas ao longo das cadeias de aminoácidos. A mucosa do 
intestino delgado secreta o suco entérico, solução rica em enzimas e de pH 
aproximadamente neutro. Uma dessas enzimas é a enteroquinase. 
Outras enzimas são as dissacaridades, que hidrolisam dissacarídeos em 
monossacarídeos (sacarase, lactase, maltase). No suco entérico há enzimas que dão 
sequência à hidrólise das proteínas: os oligopeptídeos sofrem ação das peptidases, 
resultando em aminoácidos. 
 
VI. INTESTINO GROSSO 
É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções 
digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 
ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam 
muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus. Mede 
cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, cólon ascendente, cólon 
transverso, cólon descendente, cólon sigmoide e reto. A saída do reto chama-se ânus 
e é fechada por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal. 
 Ceco, porção inicial onde os restos do quilo não absorvido passam do 
intestino delgado para o grosso pela válvula ileocecal. É aí que fica o 
apêndice vermiforme, rico me tecido linfoide e cuja função nos seres 
humanos não está bem determinada. 
 Colo, a maior parte do intestino grosso, onde ocorre a absorção de sais 
minerais e água, reduzindo o volume do bolo fecal. 
 Reto, a parte terminal do intestino grosso, onde o resto do quilo não 
absorvido, e já sob a ação de bactérias que habitam a flora intestinal, 
é eliminado pelo ânus, na forma de fezes. 
 
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho 
consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento 
intestinal e proteger o organismo contra bactérias estranhas, geradoras de 
enfermidades. As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem 
absorvidas, contribuindo com porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm 
água, sua presença torna as fezes macias e fáceis de serem eliminadas. O intestino 
 
28 
grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só absorve 
água, em quantidade bastante consideráveis. Como o intestino grosso absorve muita 
água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são 
evacuados. 
 
VII. GLÂNDULAS ANEXAS 
Pâncreas 
O pâncreas é uma glândula mista, de mais ou menos 15 cm de comprimento 
e de formato triangular, localizada transversalmente sobre a parede posterior do 
abdome, na alça formada pelo duodeno, sob o estômago. O pâncreas é formado por 
uma cabeça que se encaixa no quadro duodenal, de um corpo e de uma cauda afilada. 
A secreção externa dele é dirigida para o duodeno pelos canais de Wirsung e de 
Santorini. O canal de Wirsung desemboca ao lado do canal colédoco na ampola de 
Vater. O pâncreas comporta dois órgãos estreitamente imbricados: pâncreas exócrino 
e o endócrino. 
 
Fígado 
É o maior órgão interno, e é ainda um dos mais importantes. É a mais 
volumosa de todas as vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na mulher 
adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem cor arroxeada, superfície lisa e recoberta por umacápsula própria. Está situado no quadrante superior direito da cavidade abdominal. O 
tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o nome de lobos, 
compostos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais 
diminutos (canalículos), pelos quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos. 
Estes canais se unem para formar o ducto hepático que, junto com o ducto 
procedente da vesícula biliar, forma o ducto comum da bile, que descarrega seu 
conteúdo no duodeno. As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as 
substâncias nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como 
esteroides, estrógenos e outros hormônios. O fígado é um órgão muito versátil. 
Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a partir de lipídios 
ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também 
o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas outras substâncias. O termo hepatite 
é usado para definir qualquer inflamação no fígado, como a cirrose. 
 
 
29 
Funções do fígado: 
 Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras 
ingeridas, facilitando, assim, a ação da lipase; 
 Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente 
para formar glicogênio, que é armazenado; nos momentos de 
necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, que 
são relançadas na circulação; 
 Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células; 
 Metabolizar lipídeos; 
 Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores 
imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de 
oxigênio e gorduras; 
 Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na 
desintoxicação do organismo; 
 Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, 
transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-
esverdeado presente na bile. 
6 SISTEMA EXCRETOR 
Sistema responsável pela eliminação das substâncias do organismo, filtrando 
o plasma e produzindo e excretando a urina - o principal líquido de excreção do 
organismo. É constituído por um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga urinária 
e pela uretra; 
a) Rins: cor vermelho-escuro, forma de grão de feijão, possui milhões de 
néfrons, responsável pela filtração do plasma. 
b) Par de ureteres: levam a urina até bexiga. 
c) Bexiga: armazena a urina temporariamente. 
d) Uretra: elimina a urina, para o ambiente. 
 
Os rins situam-se na parte dorsal do abdome, logo abaixo do diafragma, um 
de cada lado da coluna vertebral, nessa posição estão protegidos pelas últimas 
costelas e também por uma camada de gordura. Têm a forma de um grão de feijão 
 
30 
enorme e possuem uma cápsula fibrosa, que protege o córtex - mais externo, e a 
medula - mais interna. Cada rim é formado de tecido conjuntivo, que sustenta e dá 
forma ao órgão, e por milhares ou milhões de unidades filtradoras, os néfrons, 
localizados na região renal. 
O néfron é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma das 
extremidades, uma expansão em forma de taça, denominada cápsula de Bowman 
(hoje cápsula Glomerular), que se conecta com o túbulo contorcido proximal, que 
continua pela alça de Henle (hoje Alça Nefrítica) e pelo túbulo contorcido distal; este 
desemboca em um tubo coletor. São responsáveis pela filtração do sangue e remoção 
das excreções. 
O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito no 
interior do órgão, originando grande número de arteríolas aferentes, onde cada uma 
ramifica-se no interior da cápsula de Glomerular do néfron, formando um enovelado 
de capilares denominado glomérulo de Malpighi (hoje Glomérulo Renal). Essa 
estrutura está presente no Néfron, que é uma longa estrutura tubular dividida em cinco 
partes. 
O sangue arterial é conduzido sob alta pressão nos capilares do glomérulo. 
Essa pressão, que normalmente é de 70 a 80 mmHg, tem intensidade suficiente para 
que parte do plasma passe para a cápsula de Glomerular, processo denominado 
filtração. Essas substâncias extravasadas para a cápsula de Glomerular constituem o 
filtrado glomerular, que é semelhante, em composição química, ao plasma sanguíneo, 
com a diferença de que não possui proteínas, incapazes de atravessar os capilares 
glomerulares. 
O filtrado glomerular passa em seguida para o túbulo contorcido proximal, cuja 
parede é formada por células adaptadas ao transporte ativo. Nesse túbulo, ocorre 
reabsorção ativa de sódio. A saída desses íons provoca a remoção de cloro, 
diminuindo a concentração do líquido dentro desse tubo (hipotônico) do que do plasma 
dos capilares que o envolvem. Com isso, quando o líquido percorre o ramo 
descendente da alça Nefrítica, há passagem de água por osmose do líquido tubular 
(hipotônico) para os capilares sanguíneos (hipertônicos) – ao que chamamos 
reabsorção. 
O ramo descendente percorre regiões do rim com gradientes crescentes de 
concentração. Consequentemente, ele perde ainda mais água para os tecidos, de 
forma que, na curvatura da alça de Henle, a concentração do líquido tubular é alta. 
 
31 
Esse líquido muito concentrado passa então a percorrer o ramo ascendente da alça 
Nefrítica, que é formado por células impermeáveis à água e que estão adaptadas ao 
transporte ativo de sais. Nessa região, ocorre remoção ativa de sódio, ficando o líquido 
tubular hipotônico. 
Ao passar pelo túbulo contorcido distal, que é permeável à água, ocorre 
reabsorção por osmose para os capilares sanguíneos. Ao sair do néfron, a urina entra 
nos dutos coletores, onde ocorre a reabsorção final de água. Dessa forma, estima-se 
que em 24 horas são filtrados cerca de 180 litros de fluido do plasma; porém são 
formados apenas 1 a 2 litros de urina por dia, o que significa que aproximadamente 
99% do filtrado glomerular é reabsorvido. Além desses processos gerais descritos, 
ocorre, ao longo dos túbulos renais, reabsorção ativa de aminoácidos e glicose. Desse 
modo, no final do túbulo distal, essas substâncias já não são mais encontradas. Os 
capilares que reabsorvem as substâncias úteis dos túbulos renais se reúnem para 
formar um vaso único, a veia renal, que leva o sangue para fora do rim, em direção 
ao coração. 
A regulação da função renal relaciona-se basicamente com a regulação da 
quantidade de líquidos do corpo. Havendo necessidade de reter água no interior do 
corpo, a urina fica mais concentrada, em função da maior reabsorção de água; 
havendo excesso de água no corpo, a urina fica menos concentrada, em função da 
menor reabsorção de água. 
O principal agente regulador do equilíbrio hídrico no corpo humano é o 
hormônio ADH (antidiurético), produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise. A 
concentração do plasma sanguíneo é detectada por receptores osmóticos localizados 
no hipotálamo. Havendo aumento na concentração do plasma (pouca água), esses 
osmorreguladores estimulam a produção de ADH. Esse hormônio passa para o 
sangue, indo atuar sobre os túbulos distais e sobre os túbulos coletores do néfron, 
tornando as células desses tubos mais permeáveis à água. Dessa forma, ocorre maior 
reabsorção de água e a urina fica mais concentrada. Quando a concentração do 
plasma é baixa (muita água), há inibição da produção do ADH e, consequentemente, 
menor absorção de água nos túbulos distais e coletores, possibilitando a excreção do 
excesso de água, o que torna a urina mais diluída. 
Certas substâncias, como é o caso do álcool, inibem a secreção de ADH, 
aumentando a produção de urina, juntamente com ele existe um Hormônio produzido 
pelo coração que promove a liberação de água pelos rins desobstruindo os vasos 
 
32 
sanguíneos tornando mais eficaz a eliminação do álcool, esse hormônio é o FAN 
(Fator Atrial Natriurético). Além do ADH e do FAN, há outro hormônio participante do 
equilíbrio hidro-iônico do organismo: a aldosterona, produzida nas glândulassuprarrenais. Ela aumenta a reabsorção ativa de sódio nos túbulos renais, 
possibilitando maior retenção de água no organismo. A produção de aldosterona é 
regulada da seguinte maneira: quando a concentração de sódio dentro do túbulo renal 
diminui, o rim produz uma proteína chamada renina, que age sobre uma proteína 
produzida no fígado e encontrada no sangue denominada angiotensinogênio (inativo), 
convertendo-a em angiotensina (ativa). Essa substância estimula as glândulas 
suprarrenais a produzirem a aldosterona. 
6.1 A eliminação de urina 
6.1.1 Ureter 
Os néfrons desembocam em dutos coletores, que se unem para formar canais 
cada vez mais grossos. A fusão dos dutos origina um canal único, denominado ureter, 
que deixa o rim em direção à bexiga urinária. 
 
6.1.2 Bexiga urinária 
A bexiga urinária é uma bolsa de parede elástica, dotada de musculatura lisa, 
cuja função é acumular a urina produzida nos rins. Quando cheia, a bexiga pode 
conter mais de ¼ de litro (250 ml) de urina, que é eliminada periodicamente através 
da uretra. 
 
6.1.3 Uretra 
A uretra é um tubo que parte da bexiga e termina, na mulher, na região vulvar 
e, no homem, na extremidade do pênis. Sua comunicação com a bexiga mantém-se 
fechada por anéis musculares - chamados esfíncteres. Quando a musculatura desses 
anéis se relaxa e a musculatura da parede da bexiga contrai-se, urinamos. 
 
6.1.4 Metabolismo 
Em condições de equilíbrio dinâmico, como as exigidas para a homeostasia, 
o volume total dos líquidos corporais e as quantidades totais de solutos e suas 
 
33 
concentrações permanecem relativamente constantes. A ingestão de água deve ser 
cuidadosamente contrabalançada pelas perdas diárias que ocorrem a partir do 
organismo. A evaporação de líquido do trato respiratório e a difusão através da pele 
constituem as denominadas perdas insensíveis através da pele. O restante das 
perdas ocorre principalmente através das fezes, do suor e da urina excretada pelos 
rins constituindo as perdas sensíveis de água. 
Os líquidos corporais totais encontram-se distribuídos em dois 
compartimentos principais: o líquido extracelular e o líquido intracelular. Por sua vez, 
o líquido extracelular é subdividido em líquido intersticial e plasma sanguíneo. No ser 
humano adulto a água corresponde a cerca de 60% da massa corporal. À medida que 
o indivíduo envelhece, a porcentagem de líquido em relação à massa corporal diminui 
gradualmente. O líquido contido em cada célula tem sua própria mistura de diferentes 
constituintes; todavia, as concentrações destas substâncias são razoavelmente 
semelhantes de uma célula para outra. 
Os líquidos intersticiais possuem aproximadamente a mesma composição, 
exceto pelas proteínas, que são encontradas em maior concentração no plasma. O 
sangue contém tanto líquido extracelular (o líquido no plasma) quanto líquido 
intracelular (o líquido contido nos eritrócitos). Todavia, o sangue é considerado como 
um compartimento líquido separado, uma vez que é contido numa câmara própria, o 
sistema circulatório. O volume sanguíneo é especialmente importante no controle da 
dinâmica cardiovascular. O hematócrito refere-se à fração do sangue constituída pelos 
eritrócitos. 
Como o plasma e o líquido intersticial são separados apenas pelas 
membranas altamente permeáveis dos capilares, suas composições iônicas são 
semelhantes. Entretanto, o plasma apresenta maior concentração de proteínas. O 
líquido intracelular é separado do líquido extracelular por uma membrana celular 
seletiva que é altamente permeável a água, mas não à maioria dos eletrólitos 
existentes no organismo. A membrana celular mantém uma composição líquida no 
interior das células que é semelhante para as diferentes células do organismo. Em 
contraste com o líquido extracelular, o líquido intracelular contém apenas pequenas 
quantidades de íons sódio, cloreto e quase nenhum cálcio. Inversamente, contém 
grandes quantidades de íons potássio e fosfato. 
Um problema frequentemente observado no tratamento de pacientes 
gravemente enfermos reside na dificuldade de manter líquidos adequados no 
 
34 
compartimento intracelular, no compartimento extracelular ou em ambos. As 
quantidades relativas de líquido extracelular distribuída entre o plasma e os espaços 
intersticiais são determinadas principalmente pelo equilíbrio das forças hidrostática e 
coloidosmótica através da membrana capilar. Por outro lado, a distribuição de líquido 
entre os compartimentos intracelular e extracelular é determinada principalmente pelo 
efeito osmótico dos solutos que atuam através da membrana celular. As membranas 
celulares são altamente permeáveis a água, de modo que o líquido intracelular 
permanece isotônico em relação ao líquido extracelular. A osmose refere-se à difusão 
efetiva de água de uma região onde ela exista em alta concentração, para uma região 
em que esta concentração de água for menor. 
A osmose de moléculas de água através de uma membrana seletivamente 
permeável pode ser impedida pela aplicação de uma pressão em sentido oposto ao 
da osmose. A quantidade precisa de pressão necessária para impedir a osmose é 
denominada pressão osmótica. Quando uma célula é colocada numa solução de igual 
concentração ou isotônica, o volume da célula permanece inalterado. Quando uma 
célula é colocada numa solução de menor concentração, o volume da célula aumenta. 
 
 
Fonte: www.cespu.pt 
Quando uma célula é colocada numa solução de maior concentração, o 
volume da célula diminui. Quando uma solução salina isotônica é adicionada ao 
líquido extracelular, não ocorre osmose através das membranas celulares. Quando 
adiciona-se uma solução hipertônica ao líquido extracelular ocorre osmose de água 
das células para o compartimento extracelular. Quando uma solução hipotônica é 
 
35 
adicionada ao líquido extracelular, parte da água extracelular difunde-se para o interior 
das células até que os compartimentos intracelular e extracelular tenham a mesma 
osmolaridade. 
São administrados muitos tipos de soluções por via venosa com o objetivo de 
proporcionar nutrição a indivíduos que não podem ingerir quantidades adequadas de 
alimentos. Quando essas soluções são administradas, suas concentrações de 
substâncias osmoticamente ativas costumam ser ajustadas para torná-las quase 
isotônicas, ou são administradas com velocidade lenta o suficiente para não 
comprometer o equilíbrio osmótico dos líquidos corporais. 
7 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
É o sistema responsável pela perpetuação da espécie, sendo o masculino 
formado por: 
 Testículos ou gônadas 
 Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, 
 Uretra. 
 Pênis 
 Escroto 
 Glândulas anexas: próstata, vesículas seminais, glândulas 
bulbouretrais. 
 
 
Fonte: www.s3.amazonaws.com 
 
36 
Pênis: é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo 
formado por dois tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo 
esponjoso (envolve e protege a uretra). Na extremidade do pênis encontra-se a glande 
- cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação 
da pele que a envolve - o prepúcio -acompanhado de estímulo erótico, ocorre a 
inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com 
considerável aumento do tamanho (ereção). 
O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma 
(uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste 
principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do 
prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do 
prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose. 
A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na 
entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no 
sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga. Todos os espermatozoides não ejaculadossão reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo. 
Canais deferentes: são dois tubos que partem dos testículos, circundam a 
bexiga urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas 
seminais. 
Vesículas seminais: responsáveis pela produção de um líquido, que será 
liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e 
espermatozoides, entrarão na composição do sêmen. O líquido das vesículas 
seminais age como fonte de energia para os espermatozoides e é constituído 
principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não proteico, cloretos, 
colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante do complexo vitamínico 
B) e prostaglandinas (hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo. 
Algumas prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na 
dismenorréia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo 
vasodilatação em artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaleias – dores de 
cabeça – da enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos insaturados e podem 
ter a sua síntese interrompida por analgésicos e anti-inflamatórios). 
Próstata: glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias 
alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozoides. 
 
37 
Glândulas Bulbo Uretrais: sua secreção transparente é lançada dentro da 
uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozoides. Também tem 
função na lubrificação do pênis durante o ato sexual. 
Testículos: são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um 
emaranhado de tubos, os ductos seminíferos. Esses ductos são formados pelas 
células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a 
formação dos espermatozoides. Em meio aos ductos seminíferos, as células 
intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga) produzem os hormônios sexuais 
masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos 
genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários: 
 Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba 
masculina e o pêlo pubiano. 
 Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do 
sebo. 
 Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a 
puberdade, pelo aumento do tamanho das fibras musculares. 
 Ampliam a laringe e tornam mais grave a voz. 
 Fazem com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, 
protegendo contra a osteoporose. 
 
Epidídimos: são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os 
espermatozóides são armazenados. 
Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto: A bolsa escrotal também 
chamada de saco escrotal é uma bolsa revestida de pele situada entre as coxas, 
embaixo do pênis, em seu interior ficam os testículos. Um espermatozoide leva cerca 
de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na 
temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte 
externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação 
(aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura 
geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal. 
 
38 
7.1 Formação dos espermatozóides (espermatogênese) 
Esse processo leva a formação de espermatozoides a partir de células 
precursoras chamadas de espermatogônias, localizadas na parede do túbulo 
seminífero. A partir da puberdade as espermatogônias começam a se multiplicar 
intensamente por mitose, isso continuará até os fins da vida de um homem, mas 
diminui a intensidade com o aumento da idade. 
7.2 Testosterona 
Efeito na Espermatogênese 
A testosterona faz com que os testículos cresçam. Ela deve estar presente, 
também, junto com o folículo estimulante, antes que a espermatogênese se complete. 
 
Efeito nos caracteres sexuais masculinos 
Depois que um feto começa a se desenvolver no útero materno, seus 
testículos começam a secretar testosterona, quando tem poucas semanas de vida 
apenas. Essa testosterona, então, auxilia o feto a desenvolver órgãos sexuais 
masculinos e características secundárias masculinas. Isto é, acelera a formação do 
pênis, da bolsa escrotal, da próstata, das vesículas seminais, dos ductos deferentes 
e dos outros órgãos sexuais masculinos. Além disso, a testosterona faz com que os 
testículos desçam da cavidade abdominal para a bolsa escrotal; se a produção de 
testosterona pelo feto é insuficiente, os testículos não conseguem descer; 
permanecem na cavidade abdominal. A secreção da testosterona pelos testículos 
fetais é estimulada por um hormônio chamado gonadotrofina coriônica, formado na 
placenta durante a gravidez. 
 
Efeito nos caracteres sexuais secundários 
Faz com que os pêlos cresçam na face, ao longo da linha média do abdome, 
no púbis e no tórax. Origina, porém, a calvície nos homens que tenham predisposição 
hereditária para ela. Estimula o crescimento da laringe, de maneira que o homem, 
após a puberdade fica com a voz mais grave. 
 
39 
Estimula um aumento na deposição de proteína nos músculos, pele, ossos e 
em outras partes do corpo, de maneira que o adolescente do sexo masculino se torna 
geralmente maior e mais musculoso do que a mulher, nessa fase. 
8 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas tubas 
uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado 
no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que realiza 
uma função protetora. 
 
 
Fonte: www.estudopratico.com.br 
8.1 Vagina 
A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que 
liga o colo do útero aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, 
porém internamente, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que 
secretam um muco lubrificante. A entrada da vagina é protegida por uma membrana 
circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo vaginal e é quase sempre 
perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se 
rompe nas primeiras relações sexuais. 
A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozoides na relação 
sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da 
menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê. A genitália externa ou vulva é 
 
40 
delimitada e protegida por duas pregas cutaneomucosas intensamente irrigadas e 
inervadas - os grandes lábios. Na mulher reprodutivamente madura, os grandes lábios 
são recobertos por pelos pubianos. Mais internamente, outra prega cutaneomucosa 
envolve a abertura da vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra 
e da vagina. Na vulva também está o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil, 
homólogo ao pênis do homem. 
8.2 Ovários 
São as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios 
sexuais femininos que serão vistos mais adiante. No final do desenvolvimento 
embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em 
gametas nos seus dois ovários. Estas células -os ovócitos primários - encontram-se 
dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos. A partir 
da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a 
desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. 
Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a 
maturação, rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gameta feminino): 
fenômeno conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa celular 
resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os 
hormônios progesterona e estrógeno. Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-
se em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá 
permanecer no ovário. O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é 
recolhidopor finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias. 
8.3 Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de falópio 
São dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é 
formado por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos 
peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero. 
 
41 
8.4 Útero 
Órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e 
posteriormente ao reto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de 
pêra invertida. É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em 
glândulas - o endométrio. 
8.5 Hormônios sexuais femininos 
A pituitária (hipófise) anterior das meninas, como a dos meninos, não secreta 
praticamente nenhum hormônio gonadotrópico até à idade de 10 a 14 anos. 
Entretanto, por essa época, começa a secretar dois hormônios gonadotrópicos. No 
início, secreta principalmente o hormônio folículo-estimulante (FSH), que inicia a vida 
sexual na menina em crescimento; mais tarde, secreta o harmônio luteinizante (LH), 
que auxilia no controle do ciclo menstrual. 
1. Hormônio Folículo-Estimulante: causa a proliferação das células 
foliculares ovarianas e estimula a secreção de estrógeno, levando as cavidades 
foliculares a desenvolverem-se e a crescer. 
2. Hormônio Luteinizante: aumenta ainda mais a secreção das células 
foliculares, estimulando a ovulação. 
Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona, são 
responsáveis pelo desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. Esses 
hormônios, como os hormônios adrenocorticais e o hormônio masculino testosterona, 
são ambos compostos esteroides, formados, principalmente, de um lipídio, o 
colesterol. Os estrogênios são, realmente, vários hormônios diferentes chamados 
estradiol, estriol e estrona, mas que têm funções idênticas e estruturas químicas muito 
semelhantes. Por esse motivo, são considerados juntos, como um único hormônio. 
8.6 Formação dos óvulos (ovulogênese) 
Inicia-se antes do nascimento da mulher, em torno do terceiro mês de vida 
intrauterina. 
As células precursoras dos gametas, as ovogônias, que vinham se 
multiplicando ativamente por mitose durante o início da fase fetal feminina. Param de 
 
42 
se dividir, crescem, duplicam seu DNA e entram em meiose. Essas células são 
chamadas de ovócito primário ou ovócito 01, permanecem estacionados na prófase 
01 da meiose até ser estimulado pelo hormônio FSH. Esses ovócitos são cobertos por 
uma camada de células envoltórias, constituindo assim o folículo de ovariano. Ao 
nascer a mulher tem cerca de 05 milhões de folículos em cada ovário: porém mais da 
metade degenera antes da puberdade. 
Após essa idade, aproximadamente a cada 28 dias, alguns folículos são 
estimulados a se desenvolver por ação do FSH. 
9 SISTEMA NERVOSO 
O sistema nervoso, juntamente com o sistema endócrino, capacita o 
organismo a perceber as variações do meio (interno e externo), a difundir as 
modificações que essas variações produzem e a executar as respostas adequadas 
para que seja mantido o equilíbrio interno do corpo (homeostase). São os sistemas 
envolvidos na coordenação e regulação das funções corporais. No sistema nervoso 
diferenciam-se duas linhagens celulares: os neurônios e as células da glia (ou da 
neuroglia). 
Os neurônios são as células responsáveis pela recepção e transmissão dos 
estímulos do meio (interno e externo), possibilitando ao organismo a execução de 
respostas adequadas para a manutenção da homeostase. Para exercerem tais 
funções, contam com duas propriedades fundamentais: a irritabilidade (também 
denominada excitabilidade ou responsabilidade) e a condutibilidade. Irritabilidade é a 
capacidade que permite a uma célula responder a estímulos, sejam eles internos ou 
externos. 
Portanto, irritabilidade não é uma resposta, mas a propriedade que torna a 
célula apta a responder. Essa propriedade é inerente aos vários tipos celulares do 
organismo. No entanto, as respostas emitidas pelos tipos celulares distintos também 
diferem umas das outras. A resposta emitida pelos neurônios assemelha-se a uma 
corrente elétrica transmitida ao longo de um fio condutor: uma vez excitados pelos 
estímulos, os neurônios transmitem essa onda de excitação - chamada de impulso 
nervoso - por toda a sua extensão em grande velocidade e em um curto espaço de 
tempo. Esse fenômeno deve-se à propriedade de condutibilidade. 
 
43 
Para compreendermos melhor as funções de coordenação e regulação 
exercidas pelo sistema nervoso, precisamos primeiro conhecer a estrutura básica de 
um neurônio e como a mensagem nervosa é transmitida. Um neurônio é uma célula 
composta de um corpo celular (onde está o núcleo, o citoplasma e o citoesqueleto), e 
de finos prolongamentos celulares denominados neuritos, que podem ser subdivididos 
em dendritos e axônios. Os dendritos são prolongamentos geralmente muito 
ramificados e que atuam como receptores de estímulos, funcionando, portanto, como 
"antenas" para o neurônio. 
Os axônios são prolongamentos longos que atuam como condutores dos 
impulsos nervosos. Os axônios podem se ramificar e essas ramificações são 
chamadas de colaterais. Todos os axônios têm um início (cone de implantação), um 
meio (o axônio propriamente dito) e um fim (terminal axonal ou botão terminal). O 
terminal axonal é o local onde o axônio entra em contato com outros neurônios e/ou 
outras células e passa a informação (impulso nervoso) para eles. A região de 
passagem do impulso nervoso de um neurônio para a célula adjacente chama-se 
sinapse. 
Às vezes os axônios têm muitas ramificações em suas regiões terminais e 
cada ramificação forma uma sinapse com outros dendritos ou corpos celulares. Estas 
ramificações são chamadas coletivamente de arborização terminal. Os corpos 
celulares dos neurônios são geralmente encontrados em áreas restritas do sistema 
nervoso, que formam o Sistema Nervoso Central (SNC), ou nos gânglios nervosos, 
localizados próximo da coluna vertebral. Do sistema nervoso central partem os 
prolongamentos dos neurônios, formando feixes chamados nervos, que constituem o 
Sistema Nervoso Periférico (SNP). 
O axônio está envolvido por um dos tipos celulares seguintes: célula de 
Schwann (encontrada apenas no SNP) ou oligodendrócito (encontrado apenas no 
SNC) Em muitos axônios, esses tipos celulares determinam a formação da bainha de 
mielina - invólucro principalmente lipídico (também possui como constituinte a 
chamada proteína básica da mielina) que atua como isolante térmico e facilita a 
transmissão do impulso nervoso. Em axônios mielinizados existem regiões de 
descontinuidade da bainha de mielina, que acarretam a existência de uma constrição 
(estrangulamento) denominada nódulo de Ranvier. No caso dos axônios mielinizados 
envolvidos pelas células de Schwann, a parte celular da bainha de mielina, onde estão 
o citoplasma e o núcleo desta célula, constitui o chamado neurilema. 
 
44 
 
 
Fonte: www.static.todamateria.com.br 
9.1 O impulso nervoso 
A membrana plasmática do neurônio transporta alguns íons ativamente, do 
líquido extracelular para o interior da fibra, e outros, do interior, de volta ao líquido 
extracelular. Assim funciona a bomba de sódio e potássio, que bombeia ativamente o 
sódio para fora, enquanto o potássio é bombeado ativamente para dentro. Porém esse 
bombeamento não é equitativo: para cada três íons sódio bombeados para o líquido 
extracelular, apenas dois íons potássio são bombeados para o líquido intracelular. 
Somando-se a esse fato, em repouso a membrana da célula nervosa é 
praticamente impermeável ao sódio, impedindo que esse íon se mova a favor de seu 
gradiente de concentração (de fora para dentro); porém, é muito permeável ao 
potássio, que, favorecido pelo gradiente de concentração e pela permeabilidade da 
membrana, se difunde livremente para o meio extracelular. Em repouso: canais de

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