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ÚNICO CETEB – Centro de Ensino Tecnológico de Brasília TÉCNICAS DE ESTUDO EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Caderno ENSINO MÉDIO DOCUMENTO DE PROPRIEDADE DO CETEB TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Nos termos da legislação sobre direitos autorais, é proibida a reprodução total ou parcial deste documento, por qualquer forma ou meio – eletrônico ou mecânico, inclusive por processos xerográficos de fotocópia e de gravação – sem a permissão expressa e por escrito do CETEB. Elaboração E Compilação dE TExTos: Equipe Técnica do CETEB CoordEnação E avaliação: Maria Teresa Caballero Brügger Colaboração E rEvisão linguísTiCa: Ana Paula Porfirio Edir Tourinho de Bittencourt Pereira Magda Maria de Freitas Querino Maria Teresa Caballero Brügger EdiToração ElETrôniCa: Alinne Paula da Silva Divaneia Paula do Nascimento Jorim Caetano Ferreira dEsEnho EduCaCional: Alinne Paula da Silva Divaneia Paula do Nascimento Jorim Caetano Ferreira ilusTração/TraTamEnTo dE imagEns: Alinne Paula da Silva Divaneia Paula do Nascimento Jorim Caetano Ferreira dEsign EdiTorial: Alinne Paula da Silva Divaneia Paula do Nascimento Jorim Caetano Ferreira rEalização: EQUIPE TÉCNICA DO CETEB ÚNICO Técnica de Estudos SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ....................................7 MÓDULO 1 ............................................9 ESTUDAR PARA APRENDER .............................................................. 9 Capítulo 1 – Estudo e Aprendizagem ........................................................................9 Capítulo 2 – Leitura ..............................................................................................18 MÓDULO 2 ..........................................25 TEXTOS ......................................................................................... 25 Capítulo Único – Leitura do Texto ...........................................................................25 MÓDULO 3 ..........................................41 RECURSOS DIDÁTICOS .................................................................. 41 Capítulo 1 – Livro .................................................................................................41 Capítulo 2 – Dicionário .........................................................................................49 Capítulo 3 – Caderno de Estudos ...........................................................................56 Capítulo 4 – Outros Recursos para o Estudo ...........................................................59 MÓDULO 4 ..........................................67 TÉCNICAS DE REDUÇÃO DE TEXTO ................................................. 67 Capítulo 1 – Esquema ..........................................................................................67 6 Técnicas de Estudo Capítulo 2 – Resumo e Resenha ............................................................................76 Capítulo 3 – Quadro Sinótico .................................................................................81 Capítulo 4 – Como Registrar as Informações ...........................................................84 MÓDULO 5 ..........................................91 QUADROS,TABELAS E GRÁFICOS ................................................... 91 Capítulo 1 – Leitura de Quadros, Tabelas e Gráficos .................................................91 Capítulo 2 – Leitura de Mapas ...............................................................................97 REFERÊNCIAS ...................................105 O CURSO Apresentação Você deve estar se perguntando o que vem a ser Técnicas de Estudo. Afinal, sempre pensou que, para estudar, não fosse preciso algo especial. Não se assuste; não é nada complicado. Este Caderno inicia sua caminhada nos próximos estudos. Nele você vai aprender regras simples, mas muito im portantes para tornar seu estudo mais proveitoso, isto é, para que você realmente aprenda. Explicando melhor: estudar não é o mesmo que aprender. Podemos estudar muito, durante horas e horas, passar noites em claro, fazer um esforço muito grande e não aprender quase nada. Isso acontece porque estudar de maneira inteligente não é simplesmente ler, decorar conteúdos passivamente, nem procurar aprender partes isoladas de conhecimentos. Estudar é bem diferente. Significa compreender o que se lê, organizar mentalmente as informações recolhidas, refletir sobre seus pontos principais, reter o fundamental. Estudar exige uma postura de investigação que proporcione habilidade e compreensão e todo um processo de construção e reconstrução de conceitos, de análise reflexiva dos conteúdos e incorporação de significados, de requisitos essenciais para uma aprendizagem mais profunda e duradoura. É essencial, portanto, escolher, além da hora certa e do lugar certo, a maneira e a técnica certa de fazê-lo. Afinal, o que é técnica? É a maneira, o jeito ou a habilidade especial de executar, de fazer algo. Mas como se faz uso da técnica? Cada unidade desta disciplina vai ensinar-lhe algo a respeito do estudo e a melhor maneira de realizá-lo. Ao final, você terá conhecimento de um conjunto de técnicas úteis para fazer seu estudo render mais. Estude com atenção e não deixe de fazer todas as atividades. Objetivos • Aplicar técnicas que facilitem a aprendizagem. • Utilizar recursos didáticos capazes de tornar o estudo eficiente, com economia de tempo e esforço. Organização da Disciplina A disciplina apresentada neste Caderno está estruturada em cinco unidades e cada unidade em um ou mais capítulos, apresentados pedagogicamente para serem atraentes e dinâmicos, visando a prepará-lo para o alcance de um estudo eficiente. 8 Módulo 1 As unidades têm uma sequência, pois a compreensão de uma delas é fundamental para o bom desempenho nas seguintes. O conteúdo da disciplina reúne diferentes recursos didáticos. Ao final de cada capítulo, você realizará exercícios para checar seu aprendizado. Para isso lhe serão apresentadas técnicas adequadas e específicas de estudo que devem ser utilizadas, favorecendo sua confiança, motivação e aprendizagem. Você conhecerá a diferença entre estudar e aprender e analisará tipos e técnicas de leitura que concorrem para a obtenção do êxito na sua compreensão. Analisará considerações gerais sobre a leitura de textos, incluindo o texto didático. Entre os recursos didáticos que lhe serão apresentados, você verá a importância do Livro Didático, sua história, seus componentes, do Dicionário, como precioso auxiliar de quem estuda, do Caderno de Estudos, como tipo especial de material didático e, ainda, dos Recursos Audiovisuais, como meios que favorecem a durabilidade da aprendizagem. As novas tecnologias poderão tornar seu estudo uma atividade produtiva a partir da informação automática que substitui o seu tratamento manual, processando-a por intermédio de ferramentas do computador. Estude para aprender. O conhecimento é um fator de economia e sucesso na sua vida. MÓDULO 1 Capítulo 1 – Estudo e Aprendizagem Objetivos: Diferenciar “estudar” de “aprender”; identificar condições favoráveis ao estudo eficiente, à aprendizagem significativa. Fonte: Editoração Eletrônica do CETEB. Quantas vezes estudamos durante muitas horas, porém, algum tempo depois, ao precisarmos aplicar esses conhecimentos em outras situações, não conseguimos nos lembrar das informações lidas. Deduzimos, pois, que nosso estudo não foi eficiente, isto é, estudamos, mas não assimilamos o suficiente, não aprendemos. Significa que estudar e aprender não caminham juntos. Afinal, o que é estudar? Existem diferentes formas de estudar. Vejamos a diferença entre o estudo inteligente e o estudo mecânico. Estudar de maneira inteligente é buscar com empenho, dedicação e perseverança alguma coisa. É ter curiosidade, vontade ou necessidade de encontrar uma resposta para um problema. Não é simplesmente decorar conteúdos, passivamente, para reproduzi-los. Quando isso acontece, não há o desenvolvimentode competências e habilidades e nós permanecemos no estado passivo de expectador. Como não há compreensão, não conseguimos utilizar nossos conhecimentos para solucionar problemas que necessitam de sua aplicação. Estudar é concentrar nossa atenção e nossos recursos pessoais para entender e assimilar um assunto. Estudar é um processo. Como estudamos? Estamos estudando quando lemos um texto, um mapa, um gráfico, uma lista com nomes de instrumentos; observamos um fenômeno; ouvimos instruções; aplicamos técnicas adequadas à resolução de um problema; seguimos passos de um roteiro para a construção de um kit. Estudamos quando nos colocamos alerta para observar o material do estudo, interpretá-lo e compreendê-lo. E o que é aprender? Aprender é buscar, comparar, pesquisar, produzir. Não é receber tudo pronto, mas, sim, ir atrás de novos caminhos, produzir novas sínteses, buscar as informações que necessitamos, e compreendê- las em sua totalidade. UNIDADE I ESTUDAR PARA APRENDER 10 Módulo 1 Nesse sentido, para que uma aprendizagem aconteça, ela necessita de um sentido dinâmico, motivador, de ser vista como a compreensão de significados, relacionando-os com os conhecimentos prévios de quem aprende. Para que ela seja significativa, viva, enriquecedora, deve incorporar informações e reflexões e ainda fazer pontes entre o que se aprende intelectualmente e as situações reais, experimentais, ligadas aos estudos, contribuindo para a utilização do que é aprendido em diferentes situações. Assim, a habilidade e a capacidade de estudar e aprender estão muito relacionadas. O estudo puramente mecânico consiste em procurar aprender partes isoladas de conhecimentos. Essas frações de conhecimentos, por serem estudadas isoladamente, tornam-se sem sentido. Diferente do estudo inteligente, que consiste em organizar os conhecimentos em unidades, com sentido, relacionando-os com os conhecimentos já existentes em nossa estrutura cognitiva. Para nos convencermos de que aprendemos e recordamos mais facilmente o que tem sentido, vamos realizar uma experiência. Leia três vezes as sílabas sem sentido apresentadas a seguir; depois, feche este Caderno e veja quantas sílabas você é capaz de escrever. bep fev rib cuj jid paf seb zin fix mui leb ruz Leia, agora, três vezes as dez palavras seguintes, com a intenção de decorá-las, e tente depois reproduzi-las oralmente. bebida café campo casa xícara nadar pato pires ponte regato Notou como obteve melhores resultados com a lista de palavras do que com a lista sem sentido? Isso é devido à familiaridade das palavras usadas. Podemos facilitar ainda mais a aprendizagem e a memorização se utilizarmos cadeias de associações, se as relacionarmos às experiências prévias e às nossas vivências pessoais. Quando isso não acontece, a aprendizagem torna-se mecânica, incorporando isoladamente o conteúdo. Vejamos uma possibilidade de reunião das seguintes palavras. 1. casa campo ponte regato nadar pato Você observou como as palavras do grupo acima relacionam-se a campo? 2. café bebida xícara pires No segundo grupo, reunimos palavras que se associam à bebida. Poderemos, ainda, organizá-las em frases que as incluam na ordem em que se apresentam, e a retenção será ainda melhor: 1. A casa fica no campo. 2. Há uma ponte sobre um regato onde nada um pato. 3. Café é uma bebida servida numa xícara sobre um pires. Com essa pequena experiência, compreen demos que deveríamos sempre tentar agrupar os dados em sistemas de ideias, para recordá-los. 11Módulo 1 Quanto mais associações fizermos, maior será a possibilidade de que algumas venham a atuar no momento da recordação. Se estivermos estudando Geografia, por exemplo, poderemos relacionar o assunto a lugares onde já estivemos. Então, podemos afirmar que o estudo é mais proveitoso quando temos consciência do que estamos estudando. Quando nosso estudo é eficiente, podemos dizer que aprendemos. Entretanto, isso só não basta. Precisamos, também, garantir que, no futuro, poderemos aplicar novamente o que já aprendemos. Para isso, é necessário incorporar as informações ao nosso conhecimento e não utilizar somente a memorização. Precisamos saber o que é memória. Memória é a capacidade de recordar, em outras ocasiões, algo que aprendemos antes. Podemos aperfeiçoar nossa capacidade de recordar utilizando proce dimentos, como: • manter a vivacidade e a concentração (um enorme desejo de aprender); • recitar o que foi estudado; • fazer associações entre o que aprendemos e o que já sabemos (associar data histórica a aniversário de parente); • aplicar o que aprendemos (em exercícios, conversas, situações novas); • registrar o que aprendemos (fazendo anotações). Dado o esforço mental despendido durante uma leitura para estudo, é necessário que sejam levados em conta alguns fatores indispensáveis a um bom rendimento. Como o nosso conhecimento é, em grande parte, resultado de nossos esforços no sentido de aprender e adquirir novas informações, veremos alguns procedimentos de estudo que demonstraram aumentar a rapidez e a permanência da fixação e da retenção. São eles: planejar o estudo, estabelecer horário e local fixos, realizar movimentos oculares corretos, ter postura adequada, participar ativamente, distribuir racionalmente os períodos de estudo, estudar buscando a compreensão, ter atenção e concentração. Planejar o estudo Geralmente, existe muito a ser feito em pouco tempo. Todos os dias, temos uma série de tarefas a realizar: obrigações domésticas, profissionais, diversões e, para os estudantes, também o estudo. Como conseguir realizar, nas 24 horas do dia, tudo isso? A resposta está em planejar a nossa vida diária, propondo-nos horários. Muitas pessoas têm prevenção contra horários, dizem que eles inibem a criatividade e a espontaneidade, que tornam as tarefas mecânicas e desinteressantes. Mas não é bem assim. Todas as pessoas que têm inúmeros compromissos diários, com horários exatos, sabem da importância da previsão do que precisam fazer, para que possam realizar tudo a tempo. Além disso, planejar não é propor planos rígidos; é elaborar uma proposta de uso racional e eficiente do tempo disponível. Na verdade, quem pensa que deve trabalhar ou estudar apenas quando tem vontade parece desconhecer que viver impõe prazos, como o dia de entregar um trabalho, o horário do ônibus ou do médico, a hora do almoço, a data de pagamento da luz, da água ou do carnê de prestação. Ao desconhecer que certas tarefas requerem mais tempo que outras, acumula-as e, ao final, descobre que, por mais que se esforce, não haverá tempo para concluí-las. 12 Módulo 1 O planejamento é uma necessidade para quem tem muitos afazeres. Ajuda a formar hábitos de trabalho e a obter como resultado eficiência, economia de tempo e de esforço e maior tempo livre. Planejar é decidir, antecipadamente, o que, como e quando fazer. Mas, não é suficiente planejar o estudo para horas determinadas. É preciso ter certeza que o tempo será bem utilizado para resolver o que fazer; precisamos conhecer as tarefas que temos a cumprir, ou seja, os objetivos de nosso trabalho ou estudo. Você não deverá planejar mais atividades do que será capaz de executar. Reserve o tempo que necessitará para realizar suas atividades de aprendizagem e só, então, planeje atividades extras. Reserve, também, uma pausa para descanso. Estudar fatigado é “antieconômico”. Alguns poucos minutos de descanso conduzirão você a utilizar com maior eficiência as horas de estudo que se seguirão. Decidir como fazer significa conhecer os recursos necessários para o trabalho e escolher o método de fazê-lo. Recursos são os instrumentos necessários à realização de uma tarefa. Para que você não perca tempo procurando localizá-los, faça sempre uma previsão e não deixe de ter sempre à mão lápis ou caneta, papel de rascunho, dicionário, atlas... Faça uso também do computador como uma ferramenta que vai agilizar seus estudos. Com o recurso tecnológico, talcomo um programa de processamento de textos, você deixará de fazer rascunhos em que terá de escrever e reescrever e, assim, terá ampliado seu rendimento nos estudos, reduzindo sua carga de trabalho, facilitando suas ações ou substituindo determinadas tarefas. Com o computador, você também poderá utilizar dicionários, processadores de texto, planilhas eletrônicas, gerenciadores de banco de dados, atlas e outros recursos disponíveis na Internet. Método é a maneira de realizar a tarefa. Existem vários métodos. Cada pessoa escolhe o que for melhor para si. Porém, todo método precisa ser eficiente, isto é, alcançar o objetivo proposto inicialmente, resultando em aprendizagem. Estamos indicando-lhe uma série de procedimentos de estudo, ou seja, sugerindo-lhe um método de estudo que deve ser eficiente para que você consiga aprender o que lhe é proposto. Você pode segui-lo ou, de acordo com seus hábitos, restringi-lo ou ampliá-lo. Temos que considerar que o aprendizado de qualquer tópico de estudos somente é eficaz quando, durante o processo de fazer, ocorre também o de pensar o que se faz. Isso é alcançado quando se relacionam a teoria apresentada a exemplos ou a exercícios que concorrem para o alcance dos objetivos propostos no estudo. Um método é eficiente quando resulta no alcance desses objetivos. Para isso, deve ser adequado ao que vai ser feito e a quem o fará, bem como deve ser o mais simples e direto possível. Por fim, definir quando fazer significa determinar o momento adequado para iniciar a tarefa e por quanto tempo nos dedicaremos a ela. Para determinar esse aspecto, você tem que considerar dois fatores: o seu ritmo próprio de trabalho intelectual e o tempo que cada tarefa requer. Então, para distribuir as tarefas no tempo, terá que fazer um levantamento de seus afazeres, para saber quais são, e quanto tempo gastará para realizá-los. Estabelecer horário e local fixos A organização de um horário é útil para criar hábitos regulares de estudo e utilizar, ao máximo, seu tempo e energia. 13Módulo 1 Sempre que possível, deve estudar em um local que lhe permita dedicar toda a atenção ao texto em estudo, que lhe garanta ler sem interrupções e ter todo o material disponível. Mesmo tendo um horário, isso não significa ainda que você vai conseguir aproveitar todo o tempo proposto. Às vezes, uma hora de trabalho não rende uma hora verdadeiramente, nem trinta minutos de estudo correspondem a trinta minutos de aprendizagem. Ocorre, muitas vezes, que desperdiçamos tempo em preparativos e distrações e, de cada hora de atividades, só aproveitamos alguns minutos. Se isso acontece com você, seguem algumas sugestões. • Procure um lugar que evite distrações e que permita o uso dele todos os recursos necessários ao estudo ou trabalho: lápis, caneta, borracha, cadernos, módulos, dicionário, e, se possível, um computador. • Organize esses recursos, de modo a saber exatamente onde se encontram quando precisar deles e poder localizá-los rapi damente. Aqueles que você costuma usar com mais frequência devem estar próximos. Cadernos, módulos e livros de determinada disciplina devem estar juntos e ser facilmente diferenciados dos demais. • Estude ou trabalhe desde o primeiro momento, pois você fez um horário e sabe que terá tempo depois para descansar, tomar café, conversar, passear. • Faça esquemas, gráficos, mapas, resumos quando o conteúdo a ser estudado for muito extenso. Em relação ao local de estudo, precisamos, ainda, destacar outro elemento importante: a iluminação. A iluminação ideal recai sobre o texto sem sombreá-lo, evitando, assim, cansaço e desinteresse. Realizar movimentos oculares corretos Ao ler, devemos mover os olhos, procurando enxergar o maior número de palavras de uma só vez, porque somente um grupo de palavras pode formar uma ideia completa. Precisamos evitar ler em voz alta, acompanhar a leitura silenciosa com movimentos dos lábios, dos dedos ou da cabeça, pois essas ações retardam a leitura, dificultando a compreensão do texto. Ter postura adequada O ideal para quem estuda é sentar-se comodamente, com o tronco ereto, para não sentir sono nem dores no corpo. Se nos sentarmos assim em frente a uma mesa onde possamos colocar o material para consulta e fazer anotações, teremos uma condição favorável ao estudo eficiente. Participar ativamente Participar ativamente no estudo significa estabelecer os mais variados tipos de contato com o material. A aprendizagem requer a participação de vários sentidos. Ela se processa, com nossa profunda participação, sobre o que vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experienciamos, lemos e compartilhamos. A pesquisa de novos caminhos de integração do humano e da tecnologia e os variados tipos de contato com o material facilitam a reprodução da matéria, integrando o humano e o tecnológico, o presencial e o virtual, o sensorial, o emocional e o racional. A procura por informações, a pesquisa na Internet, em livros ou em contato com experiências significativas, com pessoas ligadas ao tema, e o uso de recursos, como atlas para localizar lugares, dicionário para conhecer o sentido das palavras desconhecidas. O uso de recursos tecnológicos, meios digitais, como a multimídia, a telemática, são importantes e, muitas vezes, imprescindíveis. 14 Módulo 1 Podemos, ainda, usar técnicas que facilitem nossa aprendizagem, como as associações e os resumos. Consultar tabelas e gráficos, seja em livros, seja no computador, tem enorme importância. Muitas vezes eles valem mais do que várias páginas de um texto explicativo e facilitam nossa assimilação, retenção e, em consequência, nossa aprendizagem. Distribuir racionalmente os períodos de estudo Se estudarmos durante um longo período de tempo, Matemática, por exemplo, ao final do estudo, provavelmente, pouco do que foi lido foi compreendido e assimilado. Além disso, estaremos física e mentalmente exaustos. Precisamos, portanto, organizar nosso programa de estudos, alternando as disciplinas de acordo com as atividades a serem realizadas (ler, escrever, resolver problemas). Se tivermos uma lista de coletivos a memorizar, obteremos melhores resultados se a repetirmos em intervalos de uma hora do que durante uma tarde, sem realizar outra atividade. Estudar buscando a compreensão Como vimos no início deste capítulo, estudar, de maneira inteligente, não é simplesmente ler, decorar conteúdos, passivamente, nem procurar aprender partes isoladas de conhecimentos, que, por isso, tornam-se sem sentido. É incorporar habilidades e capacidades para criar e formar nossas próprias impressões, buscar novas informações, novos caminhos, analisar ideias, avaliá-las, refletir sobre elas, isto é, compreendê-las, para que possamos compor novos conceitos e desenvolver autonomia. Compreensão e aprendizagem significam, portanto, construir significados, transformando-nos progressivamente em sujeitos de nossa própria aprendizagem. É participar ativamente do estudo, firmando os mais diversos contatos com o material a ser estudado. Com a associação dos vários sentidos, que nos permitem participar do que estamos vendo, ouvindo, tocando, experimentando e lendo, ocorre a aprendizagem. Não é raro alguns estudantes dizerem que, quando não entendem a matéria, decoram o contéudo. Mas não é bem assim. Se não entendemos o que lemos, dificilmente conseguiremos, depois de algum tempo, repetir o que foi lido. Dessa maneira, pense sobre o que está fazendo, resolva todos os exercícios sugeridos, procure outros em livros ou no computador, resolva-os e, também, crie os seus. Quando vemos significado na aprendizagem, quando vamos observando e aplicando o que aprendemos, nossa memorização acontece sem esforço, integrando o novo com o que já conhecemos, estusiasmando-nos pelo assunto. Quando percebemos a aplicação do que aprendemos em nossa vida diária, nossa facilidade para aprender aumenta. Por isso, a “boa” leitura, leva-nos a compreender o que lemos, a ponderar os pontos principais epredominantes, a perceber a linha argumentativa, a indicar relações entre suas partes, a guardar o essencial e a interagir com o texto de forma dinâmica, ativa e progressiva. Ao lermos, ao analisarmos o conteúdo, ao elaborarmos mentalmente conexões, conferimos-lhes um significado particular. Para atender nossos objetivos, recolhemos e traduzimos as informações em consonância com nossas vivências, nossa motivação e nossos conhecimentos sobre o tema, 15Módulo 1 relacionando-os à informação que está sendo lida, a fim de atribuir-lhe significado. Ler bem é, portanto, fundamental, para o estudo eficiente. Nesse sentido, a compreensão resulta não só de nossas capacidades cognitivas, mas também de nossos conhecimentos anteriores a respeito da língua e dos temas abordados no texto. Pelos conceitos que já adicionamos à nossa compreensão, vamos interagir com o que lemos, interpretar seu conteúdo, conferindo-lhe um significado próprio. Vamos correlacionar, comentar, conferir, ajustar e transformar nossas representações da realidade, que se relacionam e se influenciam mutuamente, incrementando nosso processo de compreensão e de desenvolvimento. Por tudo isso, um estudo bem compreendido e a incorporação de habilidades requerem tempo maior do que o de uma simples leitura e seus resultados são mais profundos e estáveis. Se, ainda assim, você encontrar um tema que não entende, deve pesquisar em livro indicado em seu Caderno de Estudos ou na Internet e, sobretudo, discutir com seu professor para que ele o oriente. Ter atenção e concentração Atenção e concentração são importantes para quem estuda. Quanto mais nos concentramos em uma única tarefa, maior é a possibilidade de aprendermos o que estamos fazendo e de recordá-lo mais tarde. Isso varia, naturalmente, de uma pessoa para outra; algumas conseguem se concentrar durante um tempo mais longo; outras, em intervalos mais curtos. Faça sempre uma coisa de cada vez. Procurar concentrar-se em várias tarefas simultâneas produz erros, perda de tempo e deficiência no aprendizado. A dificuldade de concentração, ou seja, a impossibilidade de manter o pensamento voltado apenas para o estudo, é um dos problemas mais comuns dos estudantes. Como consequência da falta de concentração, temos de estudar durante maior número de horas e o produto final – a aprendizagem – é muito pequeno. É possível eliminar, pelo menos, as causas externas de perturbação da concentração, e, ao mesmo tempo, reduzir as dificuldades internas por meio de treinamento. No primeiro caso, podemos evitar, enquanto estivermos estudando, visitas, telefonemas e acesso a redes sociais, por exemplo. Difícil mesmo é vencer os fatores internos de distração. O que são esses fatores? São preocupações de ordem afetiva ou não, que tornam difícil a concentração no estudo. Se verificarmos que nossas dificuldades de estudar estão nesse campo, não devemos hesitar em deixar por alguns momentos o estudo e tentar solucionar as dificuldades antes de retomá-lo. É provável que, para pôr em prática os procedimentos aqui sugeridos, você demore algum tempo. Mas se tiver interesse, empenho, dedicação, entusiasmo, confiança e persistência, imprescindíveis em seus estudos e em tudo o que se dispõe a fazer, você alcançará êxito. Para refletir Diante do que foi apresentado, você pode dizer que estuda de maneira inteligente? 16 Módulo 1 Exercícios Para realizar estes exercícios, você deverá saber: • distinguir “estudar” de “aprender”; • identificar condições favoráveis ao estudo eficiente. Se tiver dúvidas, volte ao texto. I – Complete as lacunas, escolhendo, no retângulo, as palavras ou expressões que se referem às seguintes definições. Estudar mecanicamente – Planejar – Aprender – Memorizar – Ler – Estudar – Estudar inteligentemente 1. Concentrar toda a atenção e todos os recursos pessoais para entender e assimilar um assunto. ___________________________________________________________________________________________ 2. Agrupar os conteúdos em unidades com sentido. ___________________________________________________________________________________________ 3. Buscar, comparar, pesquisar, produzir. ___________________________________________________________________________________________ II – Preencha os espaços, indicando as condições favoráveis ao estudo eficiente. 1. ______________________________________________________________________________________________ 2. _____________________________________________________________________________________________ 3. _____________________________________________________________________________________________ 4. ______________________________________________________________________________________________ 5. _____________________________________________________________________________________________ 6. ______________________________________________________________________________________________ 7. ______________________________________________________________________________________________ 8. ______________________________________________________________________________________________ III – Assinale, com um X, as afirmações corretas. 1. ( ) Planejar é decidir antecipadamente o que, como e quando fazer, o que possibilita economia de tempo e esforço. 2. ( ) O planejamento impõe planos rigorosos a serem cumpridos em prazos determinados. 3. ( ) Um método é eficiente quando permite o alcance dos objetivos no menor tempo possível. 4. ( ) Quando estabelecemos um horário de estudo, conseguimos sempre aproveitar o tempo proposto. 5. ( ) A aquisição de bons hábitos de leitura facilita o estudo eficiente. 6. ( ) Devemos ler em voz alta, acompanhar a leitura silenciosa com movimentos dos lábios, dos dedos ou da cabeça. 7. ( ) Por ser mais cômodo e confortável, devemos ler deitados. 8. ( ) A participação ativa no estudo permite-nos chegar melhor à compreensão do assunto lido. 9. ( ) A distribuição racional dos períodos de estudo evita a fadiga. 17Módulo 1 10. ( ) Atenção e concentração facilitam a aprendizagem. 11. ( ) A utilização de uma cadeia de associações, relacionando-as às nossas experiências prévias facilita a aprendizagem. IV – Responda. 1. Podemos aperfeiçoar nossa capacidade de recordar de diversas maneiras. Que estratégia(s) você costuma utilizar? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 2. Ela(s) é/são eficiente(s) para sua aprendizagem? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ Reveja suas respostas I – 1. Estudar 2. Estudar inteligentemente 3. Aprender II – Em qualquer ordem, você deve ter indicado as condições a seguir: planejar o estudo; estabelecer horário e local fixos; realizar movimentos oculares corretos; ter postura adequada; participar ativamente; distribuir racionalmente os períodos de estudo; estudar buscando a compreensão; ter atenção e concentração. III – 1. (X) 2. (X) O planejamento propõe uma distribuição de tarefas de acordo com o tempo disponível; deve ser flexível e adequado à execução de tais tarefas. 3. (X) 4. (X) Nem sempre conseguimos utilizar todo o tempo previsto para o estudo, pois ocorrem interferências como a chegada de pessoas, comunicações telefônicas etc. 5. (X)6. (X) Não devemos agir assim, pois esses hábitos retardam a leitura, dificultando a compreensão do texto. 7. (X) O ideal para quem estuda é sentar-se em frente de uma mesa, com o tronco ereto para não sentir sono nem dores no corpo. 8. (X) 9. (X) 10. (X) 11. (X) IV – Respostas pessoais. 18 Módulo 1 Capítulo 2 – Leitura Objetivos: Conceituar leitura; distinguir atividades que envolvem o processo da leitura; identificar tipos de leitura e diferenciar suas características. Diariamente, deparamo-nos com a necessidade de leitura de jornais, revistas, avisos, comunicados, textos didáticos, cartas, placas, cartazes e até mesmo de realizar pesquisas no computador em busca de fatos, situações, expressões, imagens e muitos outros tipos de informações. O que é saber ler? Será que saber ler é saber decifrar? É, simplesmente, ser capaz de transformar uma mensagem escrita noutra sonora? Saber ler é muito mais do que isso. A leitura exige habilidade e compreensão e todo um processo de construção e reconstrução de conceitos e incorporação de significados, requisitos essenciais para a aprendizagem. Ela é a combinação da apreensão visual, na percepção das palavras ou dos elementos, com a compreensão que deles se tem; é o trabalho conjunto dos olhos e da mente que conduz a uma “boa leitura”. À medida que se reconhecem as palavras escritas, passa-se à fase de interpretar o pensamento do autor. Ler é um ato de opção, percepção, seleção, tradução, interpretação e compreensão, que exige distinção entre os elementos mais importantes e os que não o são, para se escolher os mais representativos e os mais sugestivos. Sobre esse ponto de vista, verificamos que não é suficiente aprender a ler. Ler não é, simplesmente, um ato mecânico de juntar letras e formar palavras, mas um diálogo de coparticipação entre quem lê e o autor do texto. É necessário interpretar os conteúdos, conferindo-lhes significados, para que a leitura, enquanto atividade de inteligência, desempenhe seu papel. Uma leitura proveitosa pressupõe, portanto, não só o conhecimento linguístico com a identificação dos signos que compõem a linguagem escrita e a compreensão do seu significado, como também um conjunto de informações exteriores ao texto, que se costuma chamar de conhecimento de mundo, ou conhecimentos prévios. O que você pensa disto? É imprescindível que seja substituída a postura de decorar conteúdos por outra investigativa, prática e de observação, que nos leve a compreender o sentido do que lemos. Há necessidade de se aprender com o que se lê, observando todos os ângulos, interpretando os conteúdos, tentanto descobrir novas perspectivas e relações e atribuindo-lhes significado, para que a leitura, enquanto exercício de inteligência, cumpra o seu papel. Adaptado de: <mauricio.amormino.com.br>. 19Módulo 1 Tipos de leitura Assim como há diversas coisas para se ler, há diversas maneiras de se ler, definidas de acordo com a finalidade da leitura. Vejamos, a seguir, algumas delas. 1. Leitura recreativa – É a que proporciona prazer, diversão. Um exemplo de leitura recreativa é a que normalmente se faz de revistas de histórias em quadrinhos ou de romances, quando o objetivo é apenas a distração. 2. Leitura exploratória – É a leitura rápida que se faz para se encontrar determinado assunto ou elemento. Quando se procura um endereço na lista telefônica, por exemplo, ou se folheia o jornal, faz-se uma leitura exploratória. 3. Leitura compreensiva – É a leitura que se faz quando se quer entender, sem a preocupação de assimilação, o assunto do texto. Como exemplo podemos citar a leitura que se faz de comunicados em quadros de avisos. 4. Leitura assimilativa – É a que o leitor procura aprender, esforça-se para aceitar o que lê e para assimilar ao máximo a leitura. Por isso, leitura assimilativa e estudo são sinônimos. Como exemplo podemos citar a leitura que normalmente se faz de textos didáticos. 5. Leitura crítica – É a que se faz buscando afirmar ou negar os argumentos contidos no texto. Assim, avalia-se o pensamento do autor e posiciona-se em relação a ele. É dessa forma que se leem, ou que se devem ler, editoriais de jornais, por exemplo. Como vimos, há diversas maneiras de se ler. A leitura tem sempre um alvo, um objetivo. A principal finalidade da leitura para um aluno é, sem dúvida, estudar, assimilar, aprender aquilo que leu. Por esse motivo, vamos nos aprofundar mais no estudo da leitura assimilativa. Links Para fazer leituras virtuais, você pode adquirir o aparelho eletrônico, chamado Kindle, e assessar o site <www.amazon.com.br>, para visualizar e selecionar os livros. Leitura assimilativa Conceito Já dissemos que, normalmente, quando se lê um texto didático, a finalidade é o estudo, ou seja, a leitura assimilativa. Leitura assimilativa é a que objetiva a aquisição de novos conhecimentos, que serão reordenados de maneira pessoal e utilizados quando for oportuno. Tudo isso só será possível se fizermos uma leitura eficiente seguindo algumas etapas. 20 Módulo 1 Etapas da leitura assimilativa Quando se lê, deve-se seguir determinados passos para que o conteúdo seja bem assimilado. Esses passos são mentais, sequenciais e, às vezes, torna-se difícil delimitá-los. Toda leitura que se faz para estudo apresenta cinco etapas hierarquizadas, indispensáveis à assimilação. 1a – Reconhecimento das palavras ou dos vocábulos do texto Dominar o vocabulário do texto é a primeira exigência que se faz ao leitor. Isso porque quanto maior for a quantidade de palavras conhecidas maior será a facilidade de leitura. O que fazer, então, quando você não reconhece as palavras do texto? Interrompa a leitura e recorra ao dicionário. Mas será que é preciso consultar o dicionário a cada palavra desconhecida? Não. Isso seria um trabalho muito extenso. Às vezes, não sabemos bem o sentido de uma palavra, mas a frase ou o restante do texto esclarecem-nos, dão-nos pistas para que a compreendamos, não precisamos recorrer ao dicionário. 2a – Compreensão das ideias do autor Compreender um texto é compreender as ideias do autor. E, para compreendê-las, é preciso que tenhamos conhecimento de outros textos, entendidos como quaisquer conjuntos de informações, orais ou escritas, com que entramos em contato – na família, na escola, nas conversas com os amigos, nas leituras – durante nossa vida. 3a – Interpretação das ideias do autor Interpretamos as ideias do autor quando, uma vez compreendidas, passamos a inferir, a tirar conclusões sobre elas. É uma etapa, portanto, de superação, em que, por meio de deduções, se vai além do conteúdo exposto. 4a – Retenção e reprodução das ideias mais importantes Devemos nos acostumar a, ao final de uma leitura, escrever um resumo contendo as principais informações sobre o texto. Uma vez relacionadas de forma breve, elas poderão ser, a qualquer tempo, reativadas. Além disso, quando reconstituímos e ordenamos os dados, organizando-os a partir de um critério pessoal, fixamos melhor o conteúdo aprendido. 5a – Aplicação das ideias em situações novas Todo conhecimento adquirido não deve ficar só na teoria. Se quisermos aprimorá-lo, devemos, sempre, aplicá-lo a problemas do dia a dia. É claro que essas etapas de assimilação são cumpridas de forma mais ou menos rápida, de acordo com a prática de leitura de cada um. No entanto, guarde bem: aquele que lê para estudar não pode dar seu trabalho por pronto com apenas uma leitura. Por isso, habitue-se a ler várias vezes um texto. Somente assim poderá assimilar bem os conhecimentos que quer adquirir. 21Módulo 1 Causas da má leitura Muitas vezes não obtemos êxito na leitura por não conseguirmos identificar a(s) causa(s) que pode(m) estar comprometendo o aprendizado. Vejamos algumas delas. • Má disposição para a leitura A leitura não é proveitosa quando se está cansado, com sono, maldisposto, preocupado ou doente. • Prevenção contra a leitura Pensar na extensão ou na dificuldade de compreensãodaquilo que se lê antes do início da leitura também compromete o entendimento do texto. • Leitura apressada A pressa pode prejudicar a concentração, fazendo com que pulemos palavras, frases, parágrafos inteiros, ou, até mesmo, com que leiamos a mesma linha duas vezes. • Vista fraca Olhos ardendo, dor de cabeça, enjoo com pouco tempo de leitura podem ser sinais de problemas visuais. A solução é procurar um especialista o quanto antes. • Posição inadequada Deve-se evitar ler deitado ou em posições desconfortáveis que causam cansaço e dores no corpo. • Vocabulário pobre Ter um vocabulário pobre é outro motivo comprometedor da leitura, pois torna-a mais difícil e lenta. Para refletir Você se identificou com alguma(s) causa(s) que compromete(m) a leitura eficiente? Planeja eliminá-la(s)? Como? Exercícios Para realizar estes exercícios, você deverá saber: • conceituar leitura e distinguir as atividades que envolvem seu processo; • identificar os tipos de leitura e diferenciar suas características; • entender o processo da leitura assimilativa. Se tiver dúvidas, volte ao texto. I – Assinale, com um (X), a resposta certa. 1. “Saber ler” é saber a. ( ) decorar a ideia principal do texto. b. ( ) reconhecer o texto. c. ( ) recitar de memória o texto. d. ( ) compreender e interpretar o texto. 2. A leitura proveitosa exige essencialmente: 22 Módulo 1 a. ( ) habilidade e compreensão. b. ( ) memorização mecânica de regras gramaticais. c. ( ) que se decifre o texto, juntando letras para formar palavras. d. ( ) que se transforme uma mensagem escrita em uma sonora. II – Escreva, nos parênteses, a letra correspondente ao tipo de leitura. (A) Leitura crítica (B) Leitura compreensiva (C) Leitura assimilativa (D) Leitura exploratória (E) Leitura recreativa 1. ( ) O objetivo da leitura é o estudo. 2. ( ) O objetivo da leitura é a diversão. 3. ( ) O objetivo da leitura é fornecer elementos para discussões. 4. ( ) O objetivo da leitura é fornecer rápidas informações para se encontrar determinado assunto. 5. ( ) O objetivo da leitura é entender a mensagem sem a preocupação de assimilação. III – Conceitue leitura assimilativa. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ IV – Escreva V ou F, nos parênteses, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmativas. 1. ( ) Para ler é preciso reconhecer as palavras do texto. 2. ( ) Para ler é preciso procurar todas as palavras no dicionário. 3. ( ) Saber ler é saber decorar todo o texto. 4. ( ) Na leitura, é necessário entender o que o autor quer dizer. 5. ( ) As aquisições mais importantes na leitura não precisam ser utilizadas em momento algum de nossas vidas. V – Cite três razões que levam a uma leitura mal-feita. 1. ______________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 2. ______________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 3. ______________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ Reveja suas respostas I – 1. d. (X) 2. a. (X) 23Módulo 1 II – 1. (C) 2. (E) 3. (A) 4. (D) 5. (B) III – Leitura assimilativa é a que objetiva a aquisição de novos conhecimentos, que serão reordenados de maneira pessoal e utilizados quando preciso. Você pode dizer isso com outras palavras. O que importa é que o faça corretamente. IV – 1. (V) 2. (F) Muitas vezes compreendemos o sentido de palavras desconhecidas pelo contexto. 3. (F) “Saber ler” é saber compreender o texto. 4. (V) 5. (F) As ideias mais importantes adquiridas pela leitura devem sempre ser aplicadas a situações do nosso dia a dia. V – Você deve ter colocado três das seguintes razões. Má disposição para a leitura. Prevenção contra a leitura. Leitura apressada. Vista fraca. Posição inadequada. Vocabulário pobre. MÓDULO 2 Capítulo Único – Leitura do Texto Objetivos: Definir texto; conhecer elementos indispensáveis à compreensão, organização e estrutura; distinguir o texto didático e suas características para melhor aproveitamento de seus estudos. O que você pensa disto? A boa leitura baseia-se no texto como um todo. O que isso significa? Fonte: <www.colegioweb.com.br>. Quando se fala de leitura, o material básico é o texto. Texto é um conjunto de elementos significativos que, ordenados segundo um critério, formam um todo, uma unidade, e transmitem uma mensagem. Mensagem é o conteúdo de um texto; pode ser uma informação, um comunicado, uma opinião, uma história. Vê-se, pela definição acima, que o conceito de texto não se limita a textos escritos. Qualquer conjunto de elementos significativos ordenados segundo um critério, como, por exemplo, uma pintura, uma fotografia, um desenho, pode ser considerado texto. Destaca-se na definição a ideia conjunto ordenado de elementos significativos. Se considerarmos, por exemplo, o conjunto de uma frase, as palavras serão os elementos significativos que deverão estar ordenados para que tenhamos um texto. Já em um parágrafo, as frases serão os elementos significativos que deverão obedecer a um critério de ordenamento. Sendo o texto um livro, uma notícia de jornal, um capítulo, uma carta, os parágrafos serão os elementos significativos do todo, que deverão estar organizados para que compreendamos a mensagem. E assim por diante. Para entender textos, precisamos levar em consideração alguns dados relevantes. UNIDADE II TEXTOS 26 Módulo 2 Elementos indispensáveis à compreensão de um texto O texto compõe-se de frases inter-relacionadas. Apresenta uma organização constituída de tal modo que as frases não têm significado sozinhas, pois o sentido de uma é dado pela ligação que ela mantém com as demais. Na busca de sua compreensão, devemos nos basear, portanto, no texto como um todo e não em fragmentos isolados. A compreensão de um texto depende fundamentalmente do vocabulário e da experiência de quem o lê (leitor). Muitas vezes, para um melhor esclarecimento do assunto, um texto faz referência a outro(s) texto(s). O texto traz a opinião de quem o produziu (o autor), oferecendo o seu posicionamento, isto é, o que ele pensa sobre o assunto apresentado (visão de mundo). As ideias da sociedade e da época em que foi escrito são apresentadas direta ou indiretamente, pois o texto reproduz, discute ou nega os fatos contemporâneos. E para despertar o interesse do leitor, seu assunto deve ser atual. Mas como pode ser atraente uma obra escrita há 300 anos? Pode, sim. Não devemos nos esquecer de que, em todas as épocas, existe um interesse geral por política, economia, liberdade, amor. Levando em conta essas considerações, podemos dizer que uma boa leitura baseia-se no texto como um todo, pois as frases que o compõem se encontram inter-relacionadas; o leitor deve procurar estabelecer relações entre as citações e o texto que está sendo lido; deve perceber a intenção do autor e, ainda, captar as ideias da época em que o texto foi escrito. Ao escrever, os autores possuem um objetivo, por isso pode variar a maneira como abordam um mesmo assunto. Há textos baseados na realidade. Têm a função única de informar. São objetivos (admitem apenas uma interpretação) e apresentam, predominantemente, linguagem formal(correta) e/ou específica (própria do assunto). É o caso dos textos didáticos, científicos e jornalísticos. Existem aqueles que traduzem as opiniões, os sentimentos e a imaginação das pessoas. São textos subjetivos (admitem, às vezes, mais de uma interpretação), geralmente escritos de forma mais elegante. Nesse grupo, encontramos poemas, crônicas, romances. Outros objetivam influir no comportamento de quem os lê, por meio de um apelo, uma ordem ou uma sugestão. São os textos publicitários. Seja qual for o objetivo do autor, o texto precisa ser bem escrito para ser compreendido e apreciado. Mostramos alguns elementos necessários à boa compreensão de um texto. A exercitação de nossos ensinamentos, em suas leituras diárias, ajudará você a se tornar um bom leitor e, consequentemente, um bom estudante. Prosseguindo nossos estudos, vejamos como se organiza e se estrutura o texto. Organização de um texto Parágrafos Seja qual for o texto, o autor distribui suas ideias em grupos chamados parágrafos, que são frases ordenadas para constituir uma unidade. E por que as frases são agrupadas em parágrafos? Porque os parágrafos correspondem a momentos dentro do texto. Existe, no texto, um momento para cada coisa: para apresentar uma personagem, para descrever uma casa, para relatar um acontecimento. Há, também, o momento de cada personagem 27Módulo 2 falar e, nesse caso, cada um fala em sua vez, ou em seu momento, ou em seu parágrafo. O parágrafo caracteriza-se, graficamente, por começar com um pequeno afastamento da margem esquerda e letra maiúscula e por terminar por ponto-final, após o qual fica o restante da linha em branco, conhecido como branco paragráfico. Atualmente, no entanto, aceita-se o parágrafo em forma de blocos, sem o pequeno afastamento da margem esquerda, que passa a existir entre os blocos, e termina também por um ponto-final. É o tipo de parágrafo que você está vendo nos nossos Cadernos de Estudos. Observe o texto a seguir. O TRABALHO Dado que vivemos em comunidade, cada um deve contribuir com o seu trabalho para o bem comum. O trabalho não deve ser visto apenas como obrigação ou como meio de sobrevivência. Devemos considerá-lo também como um motivo de satisfação pessoal e como utilidade para a sociedade. Precisamos sentir que aquilo que realizamos é útil para nós e para os outros. Como podemos constatar, esse texto é composto de dois parágrafos. O primeiro começa em “Dado que vivemos”... e termina em ...“bem comum”. O segundo começa em “O trabalho não deve”... e termina em ...“para os outros”. O parágrafo, portanto, é uma parte do texto formada por uma ou várias frases relacionadas pelo sentido, podendo ser curto ou longo, conforme a conveniência. É composto de uma ideia principal e de ideias secundárias em número bastante variável. A ideia principal é aquela que representa a declaração mais importante do parágrafo. As ideias secundárias são as que comprovam, explicam ou exemplificam a ideia principal, sendo, pois, importantes no texto. Vamos mostrar isso no exemplo a seguir. Finalmente, vamos ter mesmo a nossa indústria do lixo. Capitais brasileiras fizeram a experiência com os melhores resultados. Com isso, teremos um incremento na produção de fertilizantes; surgirão mais empregos e contaremos com mais uma grande indústria. • Qual é a declaração mais importante desse parágrafo? “Finalmente, vamos ter mesmo a nossa indústria do lixo.” Essa frase representa a ideia principal do parágrafo em questão. • Que outras ideias explicam o que foi declarado? “Capitais brasileiras fizeram a experiência com os melhores resultados. Com isso, teremos um incremento na produção de fertilizantes; surgirão mais empregos e contaremos com mais uma grande indústria.” Temos aí as frases que representam as ideias secundárias que compõem o desenvolvimento e a conclusão do referido parágrafo. • Repare que o título é uma pista que o autor nos fornece para a compreensão do tema. Em textos pequenos o título é dispensável. Vejamos. Finalmente, vamos ter mesmo a nossa indústria do lixo. – introdução 28 Módulo 2 Capitais brasileiras fizeram a experiência com os melhores resultados. – desenvolvimento Com isso, teremos um incremento na produção de fertilizantes; surgirão mais empregos e contaremos com mais uma grande indústria. – conclusão As ideias com as quais acabamos de trabalhar formam o que denominamos de parágrafo-padrão, ou seja, formam a introdução, o desenvolvimento e a conclusão das ideias contidas no parágrafo. A introdução é representada pela ideia principal (apresentação do assunto), o desenvolvimento e a conclusão pelas ideias secundárias (explicação e conclusão do assunto). Posição da ideia principal Em geral, os parágrafos escritos em português apresentam a ideia principal em uma frase inicial, representada na maioria dos casos por um ou dois períodos curtos, em que se expressa de maneira sumária a ideia-núcleo ou o tópico frasal. A maioria dos autores prefere o tópico frasal inicial, porque ele leva a um processo de raciocínio dedutivo, ou seja, parte-se da generalização (ideia principal) para as especificações (ideias secundárias). Às vezes, o parágrafo possui sua estrutura completa, mas em outra ordem. Veja a alteração sofrida pelo parágrafo que acabamos de estudar. Capitais brasileiras fizeram a experiência com os melhores resultados. Com isso, teremos um incremento na produção de fertilizantes; surgirão mais empregos e contaremos com mais uma grande indústria. Finalmente, vamos ter mesmo a nossa indústria do lixo. Nesse caso, ao fazermos a identificação da sua estrutura, precisamos de mais atenção, pois a sequência das ideias está alterada. Observe que a ideia principal é a última frase do texto. Analisemos, agora, o seguinte texto. A PELE O corpo humano é revestido pela pele. A pele é um revestimento que tem qualidades excepcionais: ela não se deixa atravessar pelas substâncias do ambiente; defende o organismo contra os micróbios; protege o corpo contra o aquecimento e o resfriamento. A pele compreende uma parte externa, formada por tecido epitelial – a epiderme – e uma outra, situada por baixo, constituída por tecido conjuntivo – a derme. A pele é um órgão que reveste externamente o corpo humano. O texto está dividido em quatro grupos de ideias, que correspondem a quatro parágrafos não padronizados. 1o O corpo humano é revestido pela pele. Aqui há somente uma declaração, que corresponde à ideia principal; representa, portanto, apenas a introdução do parágrafo. 2o A pele é um revestimento que tem qualidades excepcionais: ela não se deixa atravessar pelas substâncias do ambiente, defende o organismo contra os micróbios, protege o corpo contra o aquecimento e o resfriamento. Ideia principal – “A pele é um revestimento que tem qualidades excepcionais”... Representa a introdução do parágrafo. Ideias secundárias – (...) “ela não se deixa atravessar pelas substâncias do ambiente; defende o 29Módulo 2 organismo contra os micróbios; protege o corpo contra o aquecimento e o resfriamento.” Representa o desenvolvimento do parágrafo. 3o A pele compreende uma parte externa, formada por tecido epitelial – a epiderme – e uma outra, situada por baixo, constituída por tecido conjuntivo – a derme. Ideia principal – “A pele compreende uma parte externa (...) – a epiderme – e uma outra, situada por baixo (...) – a derme.” Representa apenas a introdução do parágrafo. Ideias secundárias – ... “formada por tecido epitelial (...) constituída por tecido conjuntivo”... Representa o desenvolvimento do parágrafo. Um detalhe a ser percebido nesse parágrafo: a ideia principal aparece intercalada pelas ideias secundárias. 4o A pele é um órgão que reveste externamente o corpo humano. Nesse parágrafo, também, só há uma ideia: a ideia principal. Representa a introdução do parágrafo. Já conhecemos um pouco da organização do parágrafo, o que nos facilita a compreensão da estrutura do texto, nosso próximoobjetivo. Você é o autor Escreva um parágrafo padrão a respeito de um tema do seu interesse. Estrutura de um texto Os textos geralmente apresentam a mesma estrutura de um parágrafo: introdução, desenvolvimento e conclusão. Observemos no texto, a seguir, essa organização. Este texto é composto de três parágrafos. Como é pequeno, cada parágrafo corresponde a um momento do texto. 1o Parágrafo A televisão, apesar de nos trazer uma imagem concreta, não fornece uma reprodução fiel da realidade. 2o Parágrafo Uma reportagem de tevê é o resultado de vários pontos de vista: do realizador, que controla e seleciona imagens num monitor; do produtor, que efetua cortes arbitrários; do câmara, que seleciona ângulos de filmagens e, finalmente, de todos aqueles que intervêm no processo de transmissão. 3o Parágrafo Dessa forma, o veículo impõe ao receptor a sua maneira especialíssima de ver o real. O primeiro parágrafo corresponde ao primeiro momento do texto, ou seja, a sua introdução: a televisão não fornece uma reprodução fiel da realidade. 30 Módulo 2 O segundo parágrafo corresponde ao segundo momento do texto, seu desenvolvimento: a imagem fornecida pela televisão é o resultado de vários pontos de vista. O terceiro parágrafo corresponde ao terceiro momento do texto, a conclusão: a televisão impõe ao receptor uma realidade deturpada. Percebeu como os parágrafos funcionam no texto? Eles são a sua essência, a sua própria estrutura. Estudamos um pequeno texto e vimos que cada parágrafo correspondeu a um momento do texto. Mas, se o texto for maior, como dividi-lo? Vamos a um novo texto. 1o Parágrafo Quatro funções básicas têm sido convencionalmente atribuídas aos meios de comunicação de massa: informar, divertir, persuadir e ensinar. 2o Parágrafo A primeira diz respeito à divulgação de notícias, relatos, comentários sobre a realidade, acompanhada ou não de interpretações ou explicações. 3o Parágrafo A segunda função atende à procura de distração, de evasão, de divertimento, por parte do público. 4o Parágrafo Uma terceira função é persuadir o indivíduo – convencê-lo a adquirir determinado produto, a votar em certo candidato, a se comportar de acordo com os desejos do anunciante. 5o Parágrafo A quarta função – ensinar – é realizada de modo direto ou indireto, intencional ou não, por meio de material que contribui para a formação do indivíduo ou para ampliar seu acervo de conhecimento, planos, destrezas etc. 6o Parágrafo Diante de tantas funções, só nos resta concluir que os meios de comunicação de massa são necessários à nossa vida. O primeiro parágrafo corresponde ao seu primeiro momento, a introdução: atribui quatro funções básicas aos meios de comunicação de massa. O segundo, o terceiro, o quarto e o quinto parágrafos correspondem ao segundo momento, o desenvolvimento: explica as funções dos meios de comunicação. O sexto parágrafo corresponde ao terceiro momento, a conclusão: reconhece a importância dos meios de comunicação de massa. Os elementos que acabamos de estudar facilitam o entendimento de qualquer texto. Mas há, ainda, uma importante informação a ser vista sobre texto. Assim como o parágrafo tem uma ideia principal, o texto tem uma ideia central, ideia que é desenvolvida para o texto todo. Para encontrá-la, basta perguntar do que trata o texto. Se fizermos essa pergunta sobre os dois textos que acabamos de ver, teremos as seguintes ideias centrais, respectivamente: • A reprodução da realidade pela televisão. • As funções básicas dos meios de comunicação. Se você aplicar em suas leituras as informações aqui sugeridas, com certeza obterá bons resultados. 31Módulo 2 Exercícios Para responder estes exercícios você deverá saber: • definir texto; • identificar os elementos indispensáveis à sua compreensão e organização; • conhecer a estrutura do parágrafo. Se tiver dúvidas, volte ao texto. I – Responda. Que fatores devem ser observados na realização de uma boa leitura? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ II – Assinale, com um X, as alternativas cujo conteúdo é verdadeiro. 1. ( ) Os textos possuem sempre os mesmos objetivos. 2. ( ) Os textos científicos têm como função principal a informação. 3. ( ) Os textos literários são subjetivos e escritos de forma elegante. 4. ( ) Os textos publicitários procuram influenciar seus leitores. III – Escreva V ou F nos parênteses, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmativas. 1. ( ) O parágrafo é constituído por uma ou mais frases, ordenadas segundo um critério qualquer. 2. ( ) Um parágrafo pode ser formado por uma única frase ou palavra. 3. ( ) Os parágrafos correspondem a explicações de um texto. 4. ( ) Um texto cujas ideias estão desordenadas é mais fácil de ser entendido. IV – Verifique se o parágrafo seguinte pode ser considerado padrão e justifique sua resposta. As plantas verdes, dotadas de clorofila, possuem a propriedade de combinar a água com o gás carbônico, para formar as substâncias orgânicas de que necessitam para crescer. Essa função recebe o nome de função clorofiliana e, por realizar-se somente em presença da luz solar, também é conhecida como fotossíntese. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ V – Faça o que se pede, baseando-se no texto proposto. Nos últimos dez anos do século passado, todo o litoral brasileiro já estava ligado pelo telégrafo. A floresta Amazônica, no entanto, era um obstáculo para a extensão dos fios ao Norte e ao Oeste. Um descendente de índios – o mato-grossense Cândido Rondon – tomou a si a tarefa de colocar a atual área de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Amazonas em contato com o resto do país. Enfrentou todos os perigos, colocou milhares de postes entre árvores gigantescas. Enquanto trabalhava, ia conquistando a amizade dos índios que viviam na região. Rondon deixou, em frase que sempre repetia, uma grande lição para todos os brasileiros: “ Morrer, se for preciso; matar nunca”. Em sua barraca, numa região de condições de vida das mais difíceis, Rondon, com seus auxiliares, ajudava o Brasil a dar os primeiros passos no caminho da verdadeira integração nacional. 1. Esse texto é composto de quatro parágrafos. Indique onde começam e onde terminam, transcrevendo as expressões que iniciam e finalizam cada um. 32 Módulo 2 1o parágrafo Começa em: ____________________________________________________________________________ Termina em: _____________________________________________________________________________ 2o parágrafo Começa em: ____________________________________________________________________________ Termina em: _____________________________________________________________________________ 3o parágrafo Começa em: ____________________________________________________________________________ Termina em: _____________________________________________________________________________ 4o parágrafo Começa em: ____________________________________________________________________________ Termina em: _____________________________________________________________________________ 2. Responda à pergunta a seguir. Qual é o parágrafo formado somente por uma frase? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 3. Transcreva a ideia principal do terceiro parágrafo. ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 4. Transcreva a ideia secundária do segundo parágrafo. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 5. Apresente, com suas palavras, as ideias principais de cada parágrafo. 1o parágrafo: ______________________________________________________________________________ 2o parágrafo: ______________________________________________________________________________ 3o parágrafo: ______________________________________________________________________________ 4o parágrafo: ______________________________________________________________________________ 6. Indique os parágrafos que correspondem à estrutura do texto. Introdução: ________________________________________________________________________________ Desenvolvimento: __________________________________________________________________________ Conclusão: ________________________________________________________________________________ Reveja suas respostas I – Os fatores que contribuem para a realização de uma boa leitura são: basear-se no texto como um todo e não em fragmentos isolados; relacionar corretamente suas citações; procurar perceber a intenção do autor; captar as ideias da época em que foi escrito. 33Módulo 2 II – 1. ( ) Todos os textos possuem objetivos, mas não os mesmos. 2. (X) 3. (X) 4. (X) III – 1. (F) 2. (F) 3. (V) 4. (V) IV – O parágrafo não é padrão porque não possui a estrutura devida. A ideia principal (1ª frase) representa a introdução do parágrafo. A ideia secundária (2ª frase) representa seu desenvolvimento. Portanto está faltando a conclusão deste parágrafo. V – 1. 1o parágrafo Começa em: “Nos últimos dez anos”... Termina em: ...“ao Oeste.” 2o parágrafo Começa em: “Um descendente de índios”... Termina em: ...“árvores gigantescas.” 3o parágrafo Começa em: “Enquanto trabalhava”... Termina em: ...“matar nunca”. 4o parágrafo Começa em: “Em sua barraca”... Termina em: ...“integração nacional.” Observe que transcrevemos expressões e não palavras isoladas, o que facilita sua localização no texto. 2. O quarto, ou o último parágrafo, é formado por apenas uma frase. 3. “Enquanto trabalhava, ia conquistando a amizade dos índios que viviam na região.” 4. “Enfrentou todos os perigos, colocou milhares de postes entre árvores gigantescas.” 5. 1o parágrafo: A floresta Amazônica foi um obstáculo à extensão dos fios telegráficos ao Norte e ao Oeste. 2o parágrafo: Cândido Rondon muito fez para colocar Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Amazonas em contato com o resto do país. 3o parágrafo: Conquistou a amizade dos índios durante sua luta ou trabalho. 4o parágrafo: Colaborou com o início da integração nacional. 6. Introdução: 1o parágrafo Desenvolvimento: 2o e 3o parágrafos Conclusão: 4o parágrafo Momentos do texto Ordem das ideias: início/meio/fim Atualmente, aceita-se que não há extensão para um texto. Desde que se faça a comunicação da mensagem, diz-se texto. Um texto pode ser formado por uma única palavra. Como exemplo podemos citar uma mensagem de texto enviada para comunicar o resultado de uma partida de futebol em que se diz: Vencemos! Normalmente, porém, associamos a palavra texto a um comunicado com vários parágrafos. Nesses textos maiores, em que a divisão em frases ou parágrafos não é suficiente, precisamos, também, de divisões maiores. Como fazer, então, para dividi-los em momentos maiores que um parágrafo? É fácil: vamos agrupar vários parágrafos, ou vários momentos pequenos, e formar o 1o momento maior ou início do texto. Depois, faremos a mesma coisa com mais alguns parágrafos, juntando-os para que formem o 2o momento maior ou meio do texto. E, finalmente, o resto do texto formará o 3o momento maior ou fim do texto. 34 Módulo 2 Mas quando é que termina um momento e começa outro? Preste atenção ao texto seguinte. Nele vamos aprender a dividir um texto em momentos maiores. Havendo dúvida em relação a qualquer palavra, consulte o dicionário. Fonte: <www.tocadacotia.com> O canário Carlos Drummond de Andrade Pr in cí pi o do te xt o 1o – Casara-se havia duas semanas. E por isso, em casa dos sogros, a família resolveu que ele é que daria cabo do canário: 2o – Você compreende. Nenhum de nós teria coragem de sacrificar o pobrezinho, que nos deu tanta alegria. Todos somos muito ligados a ele, seria uma barbaridade. Você é diferente, ainda não teve tempo de afeiçoar-se ao bichinho. Vai ver que nem reparou nele durante o noivado. 3o – Mas eu também tenho coração, ora essa. Como é que vou matar um pássaro só porque o conheço há menos tempo do que vocês? 4o – Porque não tem cura, o médico já disse. Pensa que não tentamos tudo? É para ele não sofrer mais e não aumentar o nosso sofrimento. Seja bom; vai. 5o – O sogro, a sogra apelaram no mesmo tom. Os olhos claros de sua mulher pediram-lhe com doçura: 6o – Vai, meu bem. 35Módulo 2 M ei o do t ex to 7o – Com repugnância pela obra de misericórdia que ia praticar, ele aproximou-se da gaiola. O canário nem abriu o olho. Jazia a um canto arrepiado, morto-vivo. É, esse está mesmo na última lona e dói ver a lenta agonia de um ser tão gracioso, que viveu para cantar. 8o – Primeiro me tragam um vidro de éter e algodão. Assim ele não sentirá o horror da coisa. 9o – Embebeu de éter a bolinha de algodão, tirou o canário para fora com infinita delicadeza, aconchegou-o na palma da mão esquerda e, olhando para outro lado, aplicou-lhe a bolinha no bico. Sempre sem olhar para a vítima, deu-lhe uma torcida rápida e leve, com dois dedos, no pescoço. 10o – E saiu para a rua, pequenino por dentro, angustiado, achando a condição humana uma droga. As pessoas da casa não quiseram se aproximar do cadáver. Coube à cozinheira recolher a gaiola, para que sua vista não despertasse saudade e remorso em ninguém. Não havendo jardim para sepultar o corpo, depositou-o na lata de lixo. 11o – Chegou a hora de jantar, mas quem é que tinha fome naquela casa enlutada? O sacrificador ficara rondando por aí, e seu desejo seria não voltar para casa nem para dentro de si mesmo. Fi m d o te xt o 12o – No dia seguinte, pela manhã, a cozinheira foi ajeitar a lata de lixo para o caminhão e recebeu uma bicada voraz, no dedo. 13o – Ui! 14o – Não é que o canário tinha ressuscitado, perdão, reluzia vivinho da silva, com uma fome danada? 15oo – Ele estava precisando mesmo era de éter – concluiu o estrangulador, que se sentiu ressuscitado por sua vez. A divisão em três momentos maiores é a seguinte. 1o – início O marido é convencido pela família a matar o canário. (até o 6o parágrafo) 2o – meio O marido mata (ou pensa que mata) o canário e sofre com isso. (do 7o ao 11o parágrafo) 3o – fim O canário “ressuscita”, e o marido reanima-se. (do 12o parágrafo em diante) Por que dividimos assim o texto? Acompanhe a explicação. Até o 6o parágrafo, ainda não se sabe o que o marido vai fazer: se vai ou não aceitar a tarefa de matar o canário. Estamos ainda no princípio do texto. Do 7o ao 11o parágrafo, o fato mais importante acontece: a “morte” do canário. Colocamos a palavra morte entre aspas, porque já se sabe que, afinal, o canário não tinha morrido. Nos quatro últimos parágrafos (repare que contamos a exclamação “– Ui!” como parágrafo), fica-se, então, sabendo que o canário não morreu. Chegamos ao fim do texto. A compreensão da divisão do texto em princípio, meio e fim é necessária para que possamos entender a ordem em que os fatos acontecem. Quando um autor conta uma história, ele vai distribuindo os parágrafos de acordo com um certo critério, para que o leitor possa compreendê-la mais facilmente. Guarde bem isto: A ordem das ideias no texto é muito importante para que se compreenda o que o autor quer mostrar. 36 Módulo 2 Texto didático Dissemos, anteriormente, que, conforme os objetivos dos autores, surgem textos didáticos, científicos, jornalísticos, poéticos, literários, publicitários, entre outros. No entanto,o texto que, no nosso caso, merece atenção especial é o didático. O que vem a ser um texto didático? Os textos didáticos tratam de assuntos para estudo, ou seja, textos que têm como finalidade maior a transmissão de conhecimentos específicos. Aqui, o texto constitui o instrumento básico de que se serve o aluno. Vamos conhecer alguns elementos que o caracterizam. O texto didático apresenta: • parágrafos curtos, preferencialmente, pois é preocupação de seus autores dividir o assunto em pequenas informações, para que haja maior facilidade na leitura; • conteúdos bem explicados, sem deixar informação incompleta; • conteúdos que tenham a ver com a realidade dos alunos; • vocabulário específico, ou seja, próprio de cada disciplina (daí a necessidade de o aluno dominá- lo; caso contrário, sentirá dificuldade na interpretação do texto). Além disso, exige uma leitura mais atenta, concentrada, ou seja, uma leitura assimilativa. Nós já lhe apresentamos o conceito de leitura assimilativa e as etapas para a sua assimilação. Critérios de ordenação Já sabemos que em um texto os elementos significativos devem obedecer a um critério de ordenamento, para que compreendamos a mensagem. Mas que critério seria este? Em um texto, os elementos significativos podem estar ordenados segundo critérios cronológicos ou lógicos, os mais comuns, entre outros. Ordenação cronológica Uma das formas mais comuns de ordenação é a cronológica. Ordenação cronológica é a exposição dos fatos segundo a ordem em que acontece no tempo: primeiro, o que acontece antes; depois, o que acontece em seguida. Vamos ver um exemplo. – Coitado! O leão dormiu na jaula! De repente, ouviu-se alguém dizer: O palhaço tinha gritado, de brincadeira: Houve um desfile grande, mostrando as feras, os trapezistas, os palhaços e os cães amestrados. – Cuidado! O leão fugiu da jaula! Mais tarde, depois que tudo ficou calmo, descobriu-se a verdade. As pessoas que assistiam ao desfile correram assustadas. O circo chegou à cidade. 37Módulo 2 Assim como está, o texto não pode ser compreendido, porque as frases não estão obedecendo a um critério de ordenamento. Entretanto, organizando-as cronologicamente ganham sentido. Observe. O circo chegou à cidade. Houve um desfile grande, mostrando as feras, os trapezistas, os palhaços e os cães amestrados. De repente, ouviu-se alguém dizer: – Cuidado! O leão fugiu da jaula! As pessoas que assistiam ao desfile correram assustadas. Mais tarde, depois que tudo ficou calmo, descobriu-se a verdade. O palhaço tinha gritado, de brincadeira: – Coitado! O leão dormiu na jaula! Ordenação lógica A ordenação lógica é a que segue o encadeamento dos componentes da frase pela associação de ideias. Esse encadeamento implica substancialmente um processo de raciocínio dedutivo ou indutivo. • O raciocínio dedutivo parte da generalização para os fatos ou detalhes que a fundamentam, ou seja, parte de uma ideia básica para, em seguida, desenvolver o que foi exposto. Exemplo. O homem transformou seu meio ambiente para torná-lo adequado às suas necessidades. Dominou a natureza, mas, ao fazê-lo, escravizou-se ao ambiente que construiu. O homem condenou-se a viver em cidades, trabalhando em escritórios e em fábricas. O trabalho urbano é fisicamente mais fácil do que o rural: cultivar a terra, cuidar do gado e de animais domésticos. É menos cansativo do que a caça, a pesca ou a colheita de raízes e frutos comestíveis. Menos difícil e menos árduo, o trabalho urbano é, no entanto, mais monótono. A caça era certamente perigosa e o alimento assim obtido mais precário do que o que obtemos atualmente com a agricultura mecanizada. Mas espalhar inseticidas é menos excitante do que dar tiros ou preparar armadilhas para mamutes e mastodontes, ou arpoar baleias. Podemos notar que as pessoas que têm tempo e dinheiro disponíveis dedicam-se à caça e à pesca por esporte. Sentem a nostalgia de seu passado pré-histórico, quando caça e pesca eram ocupações normais. (Arnold Toynbee) • O raciocínio indutivo parte dos detalhes (especificação) para se chegar à conclusão, ou seja, vai da análise para a ideia básica. Exemplo. A mosca deu longo voo e pousou sobre a mesa. O menino, com muito cuidado, levantou a mão para apanhá-la, mas a mosca voou imediatamente. O garoto ficou pensando: “Se a mosca não me viu, pois eu estava por detrás dela, por que voou quando eu fiz um movimento para pegá-la?” 38 Módulo 2 Isso acontece porque a mosca, assim como outros insetos, vê, simultaneamente, à frente, atrás, ao alto, abaixo e dos lados. (Revista Novo Conhecer) Exercícios Para realizar este exercício, você deverá saber o que é: • reconhecer os momentos que compõem o texto; • identificar o texto didático. • ordem cronológica; • ordem lógica; • raciocínio indutivo; • raciocímio dedutivo. Se tiver dúvidas, volte ao texto. I – Identifique os momentos apresentados no texto a seguir. 1o – Luís saiu de casa, acompanhado de Maria. Quando chegou à rua, parou, olhando para o céu. 2o – Acho que vai chover, disse ele. 3o – Bobagem! Exclamou Maria. É melhor irmos andando: já estamos atrasados. 4o – Não, teimou Luís, vou voltar e apanhar o guarda-chuva. 5o – Entrou rapidamente em casa, deixando Maria à espera. Ela estava impaciente e pensava: “Luís é um bobo, vive pensando no que ainda vai acontecer”. 6o – Luís voltou com o guarda-chuva no braço. 7o – Ao chegarem à esquina, começou a chover. Maria ficou calada, mas enfiou-se embaixo do guarda-chuva de Luís. Ele também não disse nada, mas havia um sorrisozinho de satisfação em seus lábios. II – Escolha, entre as alternativas, após o texto, aquela que poderia ser utilizada para mudar o final da história. Fagundes saiu de casa pela manhã muito mal-humorado. Não sabia por que, mas há dias estava assim: acordava “com o pé esquerdo”, como dizia sua mãe. Primeiramente, ao chegar ao ponto de ônibus, tomou um banho de lama: um carro passara rente à calçada e deixara-lhe o terno claro todo sujo. “Não há de ser nada”, pensou Fagundes. “Chego ao escritório e dou um jeito de limpar o terno.” Mas quem disse que ele conseguia chegar ao escritório? O ônibus enguiçou no meio do caminho e levou mais de meia hora para ser consertado. Fagundes chegou ao trabalho bastante atrasado, sujo e irritado. Vendo-o naquele estado, os colegas começaram a rir. Então Fagundes parou, pensou um pouco e viu que não valia a pena se desesperar à toa. Afinal, pode haver sempre um lado engraçado em tudo o que acontece. E caiu na gargalhada. 1. ( ) Então Fagundes olhou para sua mulher e disse-lhe que estava muito cansado. 2. ( ) Então Fagundes começou a brigar com seus colegas. O chefe do escritório chegou e, ao presenciar a discussão, chamou-lhe a atenção. 3. ( ) Então Fagundes disse a seus filhos que parassem de rir, pois ele estava de muito mau-humor. 39Módulo 2 III – Faça o que se pede. 1. Conceitue texto didático. ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 2. Como devem ser os parágrafos do texto didático? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 3. Apresente duas outras características de um texto didático. ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ IV – Escreva nos parênteses a letra correspondente. (A) Ordem lógica (B) Ordem cronológica (C) Raciocínio dedutivo (D) Raciocínio indutivo 1. ( ) Os fatos são expostos segundo a ordem em que acontecem no tempo. 2. ( ) Parte-se da generalização para fatos ou detalhes que a fundamentam. 3. ( ) Segue-se o encadeamento dos componentes da frase pela associação de ideias.4. ( ) Parte-se da especificação para se chegar à conclusão. V – Escreva um pequeno texto usando um dos raciocínios: indutivo ou dedutivo. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ Reveja suas respostas I – Nesse pequeno texto, identificam-se diversos momentos. Primeiro momento corresponde à saída de casa. É o primeiro parágrafo e nele há duas frases. Segundo momento é o momento em que Luís fala. Você deve ter notado que cada vez que um(a) personagem fala muda-se de linha, porque cada um(a) fala em seu momento. Terceiro momento é o momento em que Maria fala. Quarto momento corresponde à resposta de Luís para Maria. Quinto momento Luís entra em casa e Maria fica à espera. Sexto momento corresponde à volta de Luís. Sétimo momento é o último parágrafo do texto e também o maior. Corresponde ao começo da chuva. II – 2. (X) III – 1. Texto didático é aquele que tem como finalidade a transmissão de conhecimentos específicos. 2. Devem ser curtos para que o assunto seja dividido em pequenas informações, apresentando maior facilidade na leitura. 3. Devem ter vocabulário específico dominado pelo aluno e conteúdo que tenha a ver com a sua realidade. IV – 1. (B) 2. (C) 3. (A) 4. (D) V – Resposta pessoal. MÓDULO 3 Capítulo 1 – Livro Objetivo: Identificar as principais partes do livro e suas finalidades. Desde cedo, fazemos uso do livro, mesmo não tendo consciência de sua importância na nossa vida. Mas, mesmo depois de alfabetizados, continu amos a manusear o livro sem saber quase nada sobre ele. Então, vamos conhecer, um pouco melhor, esse personagem que nos acompanha desde a infância. Sabemos que existem livros para todas as áreas e atividades – informativos, didáticos, de poesia, de culinária, de lazer, enfim, livros para todos os momentos. Do ponto de vista técnico, livro é uma reunião de páginas de papel, em geral, retangulares, e protegidas, na frente, nas costas e no dorso, por capa de material durável. Do ponto de vista funcional, livro é um conjunto de comunicações gráficas, contendo ideias, descrições ou alusões a vários assuntos, com o propósito de divulgar conhecimentos ou de garantir o registro de fatos de qualquer natureza. O que você pensa disto? É importante, para a leitura, conhecermos os elementos que fazem parte do livro? História do livro O livro tem, aproximadamente, 6 mil anos de história, que constitui uma página voltada para a evolução da escrita, desde as primeiras gravações feitas pelos homens até a revolução tecnológica dos dias de hoje. Antes de existir o papel, eram vários os materiais de que se serviam os homens para confeccionar os seus livros. Primitivamente, utilizaram-se pedras, lâminas de madeira ou de vegetal, como cortiças e folhas. Já na Antiguidade Clássica, papiros e pergaminhos foram os principais materiais empregados. Finalmente, por volta do ano 123 a.C., passou-se a utilizar o papel, invenção atribuída aos chineses, da qual não poderia abrir mão o homem moderno. UNIDADE III RECURSOS DIDÁTICOS Fonte: <biblioideias.blogspot.com>. 42 Módulo 3 Quanto à forma, apresentaram-se inicialmente em rolo que chegava a ter 20 metros de comprimento, uso que se conservou na Idade Média para colecionar os atos judiciários. Na época de Augusto, teve-se a ideia de dobrar o pergaminho em folhas, dobrá-las e costurá-las em cadernos, para dar ao livro, ou códice (como o chamavam os romanos), o aspecto retangular, que se conserva desde então até a atualidade. Na Idade Média, em consequência do extraordinário fervor religioso, ele foi apreciado como um objeto de salvação. Nesse período, surgem os monges copistas, que reproduziam as obras e conservavam a cultura da Antiguidade. Surgem, nessa época, os textos didáticos voltados para a formação religiosa. No limite da Idade Média, no século XIV, foi desenvolvida a xilografia, impressão com matriz de madeira, e a metalografia, com matriz de metal. Mas, a qualidade final era tão ruim que a inovação virou letra morta, ou seja, sem valia. Tal qual os chineses, a Europa já conhecia, no princípio do século XV, o papel, a tinta e a matriz. Faltava apenas uma ideia “luminosa” que juntasse isso tudo num equipamento. Em 1405, surgiu, na China, com Pi Sheng, a máquina impressora de tipos móveis. Em 1455, Johannes Gutenberg, um ourives culto e curioso, nascido na Alemanha, a princípio imprimiu várias imagens de São Cristóvão, e, após muita dedicação, inventou a imprensa com tipos móveis reutilizáveis, a tipografia, imprimindo seu primeiro livro – a Bíblia, em latim, popularizando definitivamente o livro, tornando-o mais acessível pela redução de seus custos e possibilitando a impressão de exemplares em grande quantidade. De lá para cá, múltiplos aprimoramentos técnicos da arte de fazer livros transformaram, completamente, a indústria do livro, tendo-se hoje, no mundo, uma produção anual considerável. Com características diferentes, surgiu, no final do século XX, e vem ganhando espaço, o livro eletrônico, ou seja, livro em suporte eletrônico. Pesquisas vêm sendo feitas no sentido de aperfeiçoar a sua visualização. Embora mais moderno, mais acessível, o livro eletrônico tem uma desvantagem em relação ao livro comum – a população nem sempre pode ter acesso a ele por razões econômicas ou por se encontrar em locais de difícil acesso. Já o livro comum é fácil de ser encontrado em escolas, bibliotecas, por empréstimo, não necessitando de tecnologia avançada para sua leitura. Para melhor conhecer o livro, vamos estudá-lo em suas partes externas e internas. Partes de um livro Partes externas Das partes externas do livro, a que deve mos obser var com maior atenção é a orelha. A orelha do livro é um prolongamento da capa e da contracapa, dobrado para dentro. É usa da para prestar informações sobre o autor, a obra ou o editor. Por isso, é bom consultarmos a orelha antes de iniciarmos a leitura de um livro, pois teremos, assim, uma rápida visão da obra ou do autor. O dorso, ou lombada, também é um elemen to a ser considerado. É a parte que une a ca pa da frente a das costas. É a face visível do livro quando está corretamente colocado na estante. Nela costumam estar reproduzidos o nome da obra, do autor e da editora, o que facilita sua localização. 43Módulo 3 A capa é a proteção externa do livro que serve como apresentação da obra. Nela estão registrados, normalmente em dizeres chamativos, o nome do autor, o título do livro e o nome da editora. A contracapa é a parte interna da capa. Não apresenta qualquer dizer. Partes internas O livro, em sua estrutura interna, contém várias partes ou seções, cada uma com finalidades específicas. Vejamos cada uma das partes e sua respectiva finalidade. A folha de anterrosto aparece logo no início do livro. Pode conter o título da obra ou vir simplesmente em branco. Chama-se, assim, porque vem antes da folha de rosto. A folha de rosto tem por finalidade prestar informações que permitam identificar a obra, tais como: • título e subtítulo da obra; • nome do autor, com ou sem os títulos profis sionais que ele possui; • nome do tradutor (se a obra for de origem estrangeira); • nome do ilustrador ou do revisor, ou de outro profissional que tenha participado da produção do livro; • número da edição (muitas obras são editadas mais de uma vez); • local e data da publicação. Alguns desses dados, como local e data, podem vir apresentados no verso da folha de rosto. Ainda, no verso da folha de rosto, podem ser relacionadas outras obras do autor, bem como outras informações sobre a obra, o autor ou o editor. Em edições mais recentes, usa-se apresentar, no verso da folha de rosto, a ficha catalográfica do livro. Essa ficha apresenta todos os dados referentes à obra, com o fim de permitir seu registro em bibliotecas. FOLHA DEROSTO CELSO CUNHA LUÍS F . L INDLEY C INTRA N O V A G R A M Á T I C A D O P O R T U G U Ê S C O N T E M P O R Â N E O 3a EDIÇÃO / 28a IMPRESSÃO EDITORA NOVA FRONTEIRA Celso Ferreira da Cunha e Luís Filipe Lindkey Cintra Direitos de edição da obra em Língua Portuguesa no Brasil, adquiridos pela EDITORA NOVA FRONTEIRA Rua Bambina, no 25 – CEP 22251 – Botafogo Endereço telegráfico: NEOFRONT – Telex: 34695 ENFS BR Rio de Janeiro, RJ Revisão tipográfica OSCAR LOPES HENRIQUE TRNAPOLSKY PAULO GUANAES CIP – Brasil. Catalogação na fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ Cunha, Celso C977n Nova gramática do Português contemporâneo/ Celso Cunha e Luís F. Lindley Cintra. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira Bibliografia 1. Português – Gramática I. Cintra, Luís F. Lindley II. Título 85-0258 CDD – 469.5 VERSO DA FOLHA DE ROSTO ORELHACONTRACAPA CONTRACAPA DORSO CAPA ORELHA CAPA DORSO A. SOUTO MAIOR HISTÓRIA GERAL Fonte: Editoração Eletrônica do CETEB. 44 Módulo 3 As folhas complementares apresentam-se no início do livro, após a folha de rosto, contendo dedicatória, prefácio, introdução, sumário ou, ao seu final, trazendo apêndice, bibliografia etc. Às vezes, as folhas complementares recebem numeração romana, ao contrário das folhas de texto propriamente ditas, que recebem numeração arábica. Vejamos alguns exemplos. Dedicatória – Apresentada, em geral, após a folha de rosto, a dedicatória tem por finalidade expressar o agradecimento do autor a uma ou mais pessoas que o apoiaram ou contribuíram para a concepção da obra. Observe o exemplo a seguir. À memória de Serafim da Silva Neto, amigo comum e mestre da Filologia Portuguesa. A Joseph M. Piel, Jacinto do Prado Coelho, José V. de Pina Martins, companheiros e amigos. Prefácio ou prólogo – Escrito pelo autor, pelo editor ou por um crítico, é a parte inicial da obra que tem como finalidade básica apresentar os objetivos, as observações preliminares e as circunstâncias em que foi concebida. O prefácio, quando escrito pelo próprio autor, pode substituir a introdução. Veja um exemplo de prefácio elaborado por outro escritor que não o autor do livro. PREFÁCIO Vimos acompanhando há muito tempo o trabalho do Prof. Rebouças Macambira no campo da Linguística Aplicada, com tanto maior interesse quanto sabemos a oportunidade dos seus estudos, ante a carência de obras linguísticas concernentes à morfologia e à sintaxe do nosso idioma pelo menos sob o influxo da Linguística Moderna. Na direção do Centro de Cultura Portuguesa fa- cilitamos tudo para que se mimeografassem as suas pesquisas, que tantos aplausos têm merecido no Ceará e noutros Estados brasileiros. A Classificação dos Vo- cábulos, A Língua pela Língua, A Estrutura da Oração Interrogativa e A Forma Simples do Verbo nasceram e cresceram ao calor do Centro de Cultura Portuguesa conforme o declara frequentemente o próprio autor. Já na Pró-Reitoria de Extensão, colaboramos com a Faculdade de Letras e a Inspetoria Seccional de Fortaleza para a realização do 3º Seminário de Português e dois Cursos de Extensão Universitária, um em janeiro e o outro em julho de 1970. Restava-nos a publicação de A Estru- tura Morfo-Sintática do Português, que recomendamos a quantos estudam e cultivam a nossa língua, de tão longa tradição e de tanta glória. Prof. Carlos D'Alge Pró-Reitor de Extensão Introdução – Denominada também de apresentação ou advertência, antecede ainda o texto do livro, sendo, às vezes, considerada como o primeiro capítulo. Sua finalidade é apresentar ao leitor a estrutura da obra, familiarizá-lo com as abreviaturas e os termos técnicos usados. 45Módulo 3 Sumário – O sumário ou índice geral é um elemento que complementa a identificação do livro. Em geral, vem no início da obra e tem por finalidade apresentar suas diversas partes, com as respectivas páginas, na ordem em que nele se apresentam. Observe que no sumário consta toda a estrutura da obra, desde a introdução até a bibliografia, passando por todos os capítulos, bem como pelo apêndice e anexo. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................... 13 2. A TEORIA DO LUGAR CENTRAL SEGUNDO WALTER CHRISTALLER ........ 21 3. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES À TEORIA DO LUGAR CENTRAL .......................... 63 4. TENTATIVAS DE COMPROVAÇÃO EMPÍRICA ......................................... 99 5. ALGUNS ASPECTOS DA INFLUÊNCIA DA ÁREA DE MERCADO NA INDÚSTRIA SOBRE O SISTEMA DE CIDADES .................................... 145 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................... 187 7. BIBLIOGRAFIA ................................... 209 Apêndice e anexo – São suplementos da obra. Neles o autor apresenta assuntos relacionados com a obra, mas que não puderam fazer parte do seu corpo. Colocados, ao final do livro, entre o corpo propriamente dito e a bibliografia, o apêndice e o anexo têm por objetivo fundamentar e complementar o raciocínio do autor, mas sem prejudicar o núcleo do trabalho. São exemplos: listas de palavras, exercícios práticos. A diferença existente entre eles é que o apêndice é elaborado pelo próprio autor do livro, enquanto o anexo é extraído de outras obras. Referências – Geralmente colocada ao final do livro, é uma relação de livros apresentada ao leitor com a finalidade de oferecer-lhe uma ideia geral de toda a documentação consultada pelo autor para a execução da obra, possibilitando-lhe, assim, condições para uma consulta mais aprofundada sobre o assunto, quando precisar. Referências CEREJA, William Roberto et al. Texto e interação: uma proposta de produção de texto a partir de gêneros e projetos. São Paulo: Atual, 2000. KATZ, Laurence C. et al . Mantenha o seu cérebro vivo. Tradução de Patrícia Lehmann. Rio de Janeiro: Sextante, 2000. PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática, 2004. WEIL, Pierre. TOMPAKOW, Roland. O corpo fala ; a l inguagem s i lenc iosa da comunicação não verbal. 10.ed. Petrópolis: Vozes, 1980. 46 Módulo 3 Das partes internas do livro, resta-nos ver apenas aquela que compõe o núcleo: o capítulo. Capítulo é cada subdivisão da matéria do livro com a finalidade de separá-la de acordo com os assuntos, o que torna mais fácil seu entendimento e assimilação por parte do leitor. Os capítulos são formados de textos escritos e podem apresentar ilustrações, se necessárias. Ilustrações são recursos visuais utilizados pelo autor para auxiliar a leitura ou despertar o interesse do leitor. Constituem ilustrações: estampas, fotografias, desenhos, tabelas, gráficos, mapas, diagramas etc. Embora a palavra seja um dos mais eficazes meios de comunicação, às vezes, a utilização de materiais ilustrativos leva-nos a uma compreensão mais rápida. Por isso, nunca deixe uma ilustração de lado, observe-a com atenção. Ela pode ser-lhe muito útil. As ilustrações normalmente são acompanhadas de legendas. Legendas são trechos curtos que indicam o significado da ilustração ou explicam os símbolos usados. Outro recurso comum nos capítulos de livros são as notas de rodapé ou notas de pé de página. Essas notas são explicações apresentadas na parte inferior da página, normalmente impressas em letra diferente (menor) da do texto. As finalidades das notas de rodapé são: • indicar o autor de um trecho citado, bem como a obra de onde foi copiado; • prestar esclarecimentos que não cabem no corpo do trabalho; • comentar palavras ou expressões do texto; • recomendar ao leitor a consulta a outros capítulos da mesma obra ou a outras obras. As notas de rodapé podem ser feitas pelo autor do texto, pelo tradutor (em obras estrangeiras) ou pelo próprio editor. Para assinalá-las, coloca-se, acima da palavra ou ao final do trecho sobre o qual se tem comentário a fazer, um pequeno número ou um asterisco, que é repetido no pé da página, antes da nota. Asterisco é o sinal (*). Seu nome quer dizer “estrelinha” devido àforma que tem. Quando no texto existem outras notas além das do autor, são usadas as seguintes abreviaturas: N. do T. (nota do tradutor), N. do A. (nota do autor), N. do E. (nota do editor), N. da R. (nota da redação). Entretanto, se as notas existentes forem só as do autor, não é necessário o uso da abreviatura N. do A. Falaremos, agora, de uma folha complementar que, algumas vezes, acompanha o livro: a errata. Errata é uma lista em que se corrigem os erros de impressão ocorridos no livro e percebidos somente após sua publicação. Apresentada em folha solta dentro do livro ou, então, presa ao final dele, antes da capa, a errata é constituída da seguinte forma: • apresentação dos dados da obra; • indicação do(s) erro(s) verificado(s) e da(s) respectiva(s) página(s); • correção do erro. 47Módulo 3 Exemplo de errata. ERRATA PÁGINA 07 – rodapé 08 10 – XXXI – XXXV 12 – LXXIII 14 – XXIX a) 15 – Art. 8o - II ONDE SE LÊ ... visando à TÍTULO III ... a lei pessoal do de cujos a lei excluirá... ... histórico e cultural, fincado o autor, ... anos após e extinção do contrato; é vedada a criação de uma... LEIA-SE ... visando à formação de uma comunidade latino- americana de nações. TÍTULO II ... a lei pessoal dqo de cujus. a lei não excluirá... histórico e cultural, ficando o autor, ... anos após a extinção do contrato; é vedada a criação de mais de uma Para refletir Você pode dizer que explora todas as informações contidas no livro que lê? Exercícios Para realizar estes exercícios, você deverá saber: • identificar as principais partes de um livro e suas finalidades. Se tiver dúvidas, volte ao texto. I – Escreva, nos espaços, os nomes das partes do livro referentes aos seguintes conceitos. 1. _________________________. Prolongamento da capa no qual são prestadas informações sobre o autor, a obra ou o próprio editor. 2. _________________________. Folha que apresenta título do livro, nome do autor, editora, número e ano da edição, local e data da publicação. 3. _________________________. Ficha, geralmente impressa no verso da folha de rosto, contendo todos os dados sobre a obra, para auxiliar seu registro em bibliotecas. 4. _________________________. Parte em que o autor, ou o editor, ou o crítico, apresenta a obra, seus objetivos, a história de sua elaboração, bem como agradecimentos a colaboradores. 48 Módulo 3 II – Relacione as colunas de modo a identificar algumas partes do livro, escrevendo nos parênteses, a letra adequada. (A) Capítulo (B) Sumário (C) Nota de rodapé (D) Introdução (E) Ilustração 1. ( ) Parte introdutória que informa ao leitor sobre a estrutura da obra, como deve ser lida, abreviaturas e termos específicos empregados. 2. ( ) Relação dos assuntos na ordem em que são apresentados, com a indicação das páginas onde começam. 3. ( ) Cada subdivisão da matéria da obra. 4. ( ) Recurso visual que auxilia na leitura. 5. ( ) Explicação impressa na parte inferior da página. III – Complete, corretamente, as lacunas com a palavra ou expressão escolhida entre os parênteses. 1. Relação de livros que o autor pesquisou para redigir sua obra. ___________________________________________________________________________________________ (Bibliografia/Sumário) 2. Suplemento da obra. ___________________________________________________________________________________________ (Apêndice/Folha de Rosto) 3. Lista em que se corrigem os erros verificados somente após a impressão do livro. ___________________________________________________________________________________________ (Nota de Rodapé/Errata) Você é o autor Você acabou de escrever um livro e precisa escrever as folhas complementares de sua obra. Como apresentaria as partes: dedicatória, prefácio e introdução? Diário Registre seus textos no Diário. Reveja suas respostas I – 1. Orelha 2. Folha de rosto 3. Ficha catalográfica 4. Prefácio ou prólogo II – A sequência correta é: 1. (D) 2. (B) 49Módulo 3 3. (A) 4. (E) 5. (C) III – 1. Bibliografia 2. Apêndice 3. Errata Capítulo 2 – Dicionário Objetivo: Demonstrar competência para consultar um dicionário. O que você pensa disto? O dicionário pode ser dispensado em uma leitura? Conceito Algumas vezes, durante a leitura de nossos textos, encontramos palavras cujo sentido des conhecemos. O que fazer então? Existe um pre cioso auxiliar de todo estudante: o dicionário. Mas o que é e para que serve um dicionário? Dicionário. [Do lat. medieval dictionariu]. S.m. Conjunto de vocábulos duma língua ou de termos próprios duma ciência ou arte, dispostos alfabeticamente, e com o respectivo significado, ou a sua versão em outra língua. [Sin. (bras., pop.): pai-dos-burros.] [Cf. dicionario, do v. dicionariar]. Dicionário vivo. Pessoa de largos conhecimentos, de muito saber. Essa é a definição do vocábulo dicionário, na forma como se encontra no Novo Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Tipos Há vários tipos de dicionários: • os comuns, que registram o(s) significado(s) da palavra na língua; • os especializados, que, como o próprio nome indica, tratam de assuntos específicos relacionados a várias áreas do conhecimento (dicionários de sinônimos e antônimos, dicionários de termos técnicos ou científicos, dicionários de termos jurídicos etc.); • os dicionários bilíngues, que traduzem os termos de uma língua para outra, como um dicionário de francês-português, por exemplo. Vimos apenas alguns tipos de dicionários, mas existem muitos outros. Os dicionários podem ter vários tamanhos. Os pequenos dicionários de mil páginas são os mais indicados para os estudantes porque se apresentam em um só volume, o que facilita a consulta. 50 Módulo 3 Uma vez que já sabemos o que é um dicionário, é interessante saber também para que serve. Finalidade O dicionário, além do significado das palavras, fornece-nos a classificação delas quanto à classe gramatical (substantivo, verbo, adjetivo...), quanto à pronúncia correta, quanto à origem (latim, grego, francês...), entre outros. No entanto, antes de usá-lo, é preciso ler os prefácios e as notas prévias, que esclarecem a intenção do dicionarista ao confeccioná-lo. Tão im portante quanto o prefácio e a nota prévia é a re lação de abreviaturas, siglas e sinais mais usados, que vem apresentada na introdução do dicionário. Adaptado de: <www.livrarialoyola.com.br>. Veja algumas abreviaturas, siglas e sinais. adj. = adjetivo AM = Amazonas p = Antecede elemento de composição Se você observar um dicionário, verá que a relação de abreviaturas e siglas vem em ordem alfabética e os sinais, logo após ela. Assim, querendo saber mais sobre um vocábulo, você terá de prestar atenção, também, às abreviaturas e aos sinais que aparecem no verbete. Verbete é o conjunto de significados e exemplos referentes a um vocábulo que se encontra em dicionário, glossário, enciclopédia. Vejamos como compreender os verbetes, utilizando para isso o da palavra dicionário, referida na página anterior. Observe: a. [Do lat. medieval dictionariu]. Dicionário é uma palavra que tem sua origem no latim medieval. b. S.m. É um substantivo masculino. c. Conjunto de vocábulos duma língua ou de termos próprios duma ciência ou arte, dispostos alfabeticamente, e com o respectivo significado ou a sua versão em outra língua. Essa é a explicação do vocábulo dicionário. d. [Sin.(bras.,pop.): pai-dos-burros]. Em linguagem popular brasileira, é sinônimo de pai dos burros. e. [Cf. dicionario do v. dicionariar]. Compara (confronta) a palavra dicionário com a palavra dicionario (sem acento) que pertence ao verbo dicionariar. f. Dicionário vivo. Pessoa de largos conhecimentos, de muito saber. (O vocábulo dicionário forma uma expressão ao ser usado com a palavra vivo). Para que não haja dúvidas, observemos outro exemplo. Trabalho. [Dev.de trabalhar] S.m. 1. Aplicação das forças e faculdades humanas para alcançarum determinado fim: O trabalho permite ao homem certo domínio sobre a natureza; Divide bem o tempo entre o trabalho e o lazer. 2. Atividade coordenada, de caráter físico e/ou intelectual, necessária à realização de qualquer tarefa, serviço ou empreendimento: trabalho especializado; trabalho de responsabilidade. 3. O exercício dessa atividade como ocupação, ofício, profissão etc.: trabalho de uma dona de casa, de uma costureira, de um advogado. 51Módulo 3 Considerando que o verbete do vocábulo trabalho é muito maior, apresentamos apenas uma parte, para estudá-la com você. Note: a. [Dev. de trabalhar.] A palavra trabalho é derivada do verbo trabalhar. b. S.m. É um substantivo masculino. c. 1. Aplicação das forças e das faculdades humanas para alcançar um determinado fim: O trabalho per mite ao homem certo domínio sobre a na tureza. Divide bem o tempo entre o trabalho e o lazer. Veja como, após cada significado, há exem plos do uso da palavra, isto é, frases em que se emprega o vocábulo com o sentido indicado. Como consultar Consultar um dicionário é muito simples, mas pode tornar-se um grande problema para pessoas que desconhecem o método, ou seja, a maneira adequada de utilizá-lo. Vejamos, então, como fazê-lo. A – B – C – D – E – F – G – H – I – J – K – L – M – N – O – P – Q – R – S – T – U – V – W – X – Y – Z (Observe que as letras k, w e y foram introduzidas em nosso alfabeto pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, em vigor, a partir de 2009). As palavras estão relacionadas, no dicionário, em ordem alfabética. Por ordem alfabética entende-se a sequência de palavras de acordo com a ordem em que aparecem no alfabeto. A ordem alfabética é adotada nos dicionários para facilitar a consulta. Mas ela não é usada somente em dicionários. Normalmente, todas as listagens de nomes seguem essa ordem como, por exemplo, a lista telefônica. Num dicionário ou numa lista de palavras em ordem alfabética, aparecem primeiro todas as palavras começadas por a, seguidas pelas começadas por b, c, d e, assim, sucessivamente, até a letra z. Atenção! A ordem alfabética não diz respeito só à primeira letra da palavra; ela se estende às demais letras. Observe o exemplo seguinte. 5a letra 6a letra comum m – comunhão n h comunicação n i comutativo t a Note que as primeiras letras das palavras dadas como exemplo são iguais – comu. É a partir da quinta letra que começa a diferença. Examinando o quadro em que são mostradas a quinta e a sexta letras das palavras, podemos verificar como funciona a ordem alfabética. Veja que o m vem antes do n e o n antes do t. Mas, na segunda e na terceira palavras, temos de ir além e verificar a sexta letra, já que as duas têm como quinta letra o n. Como o h vem antes do i, comunhão vem antes de comunicação. 52 Módulo 3 Sendo os dicionários livros volumosos, é melhor adotarmos um método prático para localizar com maior rapidez as palavras que procuramos. Assim, se imaginarmos o dicionário dividido em três partes (começo, meio e fim), nossa busca será bem mais rápida. Veja como é simples. começo A - B - C - D meio E - F - G - H - I - J - K - L - M - N - O fim P - Q - R - S - T - U - V - W - X - Y - Z Basta abrirmos o dicionário na parte desejada, conforme a letra inicial da palavra. Por exemplo, se a palavra que buscamos for diamante, devemos abrir o dicionário na primeira parte, ou seja, no começo, e buscar as palavras iniciadas pela letra d. Se a palavra for maluco, então, abriremos o dicionário na parte do meio. Se a palavra for quintal, abriremos o dicionário na parte final. Não ficou bem mais fácil? Mas ainda há um dado que nos ajuda muito a encontrar as palavras no dicionário: são as chamadas palavras-guias. Palavras-guias são duas palavras que aparecem na parte superior de cada página do dicionário, uma à direita e outra à esquerda, indicando a primeira e a última palavras de cada página. Vejamos um exemplo para ficar mais claro. Se formos procurar a palavra maluco, devemos agir da seguinte forma. • Abrir o dicionário na parte do meio, onde encontraremos as palavras iniciadas pela letra m. • Observar as palavras-guias, na parte superior das páginas, e aplicar o método da ordem alfabética. A palavra “maluco” deverá estar entre aquelas que se iniciam pelas suas três primeiras letras — mal. Por exemplo, no Dicionário Houaiss – guia da Língua Portuguesa, as palavras são latifundiário e latitude. Então, “latim” estará em algum lugar, entre elas. • Por fim, aplicar novamente a ordem alfabética para localizá-la na página. Bem, agora sabemos consultar um dicionário, pois já conhecemos um método para utilizá-lo. O que não se encontra no dicionário – como procurar? Você deve ter percebido que nem todas as palavras aparecem no dicionário. Então, como fazer para localizar uma palavra que esteja no feminino ou no plural, o nome de uma pessoa, de uma cidade ou de um país? É muito simples. Se o dicionário tem a palavra bondoso, por exemplo, e nos diz o que significa, não é necessário que tenha bondosa ou bon dosos, porque o significado é o mesmo. Varia apenas a forma da palavra no plural e no feminino. Os substantivos e adjetivos, portanto, aparecem sempre no masculino e no singular. Também com os verbos acontece o mesmo. Em “Os meninos divertem-se muito”, se quisermos saber o significado da palavra “divertem”, como se trata de um verbo, temos que procurar o nome do verbo 53Módulo 3 no infinitivo – divertir. Os verbos, portanto, encontram-se sempre no infinitivo. Quanto aos nomes próprios de pessoas, de cidades ou de países, é melhor termos em mão uma enciclopédia. No entanto, algumas vezes, o próprio dicionário pode nos ajudar. Se estivermos lendo um artigo de jornal e encontrarmos o nome Freud, como saberemos o que significa? Precisamos verificar no dicionário se existem palavras semelhantes à que estamos procurando ou que pareçam ter sido formadas a partir dela. Para isso, devemos seguir o método aprendido para consultar um dicionário. Vamos, então, segui-lo passo a passo. • Primeiro abrimos o dicionário na parte do meio, porque a palavra Freud inicia-se pela letra F. • Depois observamos as palavras-guias na parte superior da página. • E, por fim, procuramos, na ordem alfabética, uma palavra que se pareça com a palavra Freud. Encontramos a palavra freudiano. Vejamos o seu significado. Freudiano (frói). Adj. 1. Pertencente ou relativo a Sigmund Freud, neuropsiquiatra austríaco (1856- 1939), ou próprio dele. 2. Que é partidário do freudismo. l S.m. 3. Partidário do freudismo. Foi bem proveitosa essa pesquisa. Observe quantas informações adquirimos sobre Freud: • seu primeiro nome era Sigmund; • sua nacionalidade era austríaca; • sua formação era neuropsiquiatria; • nasceu em 1856 e morreu em 1939. Observe que (frói) se refere à pronúncia do verbete “freudiano”. Caso não encontre o nome desejado no dicionário, busque-o na enciclopédia. Concluindo essa leitura sobre o dicionário, não se esqueça de que ele é um instrumento muito importante para qualquer tipo de estudo. 54 Módulo 3 Exercícios Para realizar estes exercícios, você deverá saber: • consultar um dicionário. • Se tiver dúvidas, volte ao texto. Confira suas respostas na chave de correção. I – Leia os verbetes e responda ao que se pede. 1. Fortificar. [Do lat. fortificare.] V.t.d. 1. Tornar forte; fortalecer. 2. Guarnecer de fortes ou fortalezas; dar meios, condições de defesa, a: fortificar uma cidade. 3. Auxiliar, coadjuvar. 4. Corroborar; animar. 5. Tornar-se forte; fortalecer-se. 6. Manter-se firme. [Conjuga-se como trancar.]. a. De que língua se originou a palavra fortificar? _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ b. Quais são os sinônimos da palavra? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ c. Qual foi o exemplo dado? _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ d. O que significa a abreviatura V.t.d.? (Consulte a lista de abreviaturas do seu dicionário.) _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ 2. Estranheza (ê). S.f. 1. Qualidade de estranho. 2. Pasmo, surpresa, espanto. 3. Esquivança. a. Qual é a origem da palavra? _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ b. A que se dá o nome de paisagem? _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________ 55Módulo 3 3. Paisagem. [Do fr. paysage.] S.f. 1. Espaço de terreno que se abrange num lance de vista. 2. Pintura, gravura ou desenho que representa uma paisagem natural ou urbana: As paisagens de Ruysdael descortinam vastos horizontes. a. Quais são os sinônimos apresentados no verbete? _________________________________________________________________________________________ b. O que significa (ê)? _________________________________________________________________________________________ II – Coloque em ordem alfabética as seguintes palavras. parede – paralelo – paraibano – parasitar – para-lama – paralisia – parcial – paralisar – para-raios – pardal – virada – abricó – inclinar – enfezar – complemento – parcelar – parecer – paralela – geral – paralelepípedo – bucha – quatrocentos – parapeito – paranormal – lancha – parcela – parceiro – nação – parceria – parar ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ III – As seguintes formas não aparecem no dicionário. Indique que outra palavra você deveria procurar. 1. impetuosamente ___________________________________________________________________________________________ 2. extinguindo ___________________________________________________________________________________________ 3. reiteraria ___________________________________________________________________________________________ 4. majestosas ___________________________________________________________________________________________ 5. altaneiros ___________________________________________________________________________________________ 6. “fazer um cavalo de batalha” ___________________________________________________________________________________________ 7. Pirenópolis ___________________________________________________________________________________________ Reveja suas respostas I – 1. a) Do latim. b) Tornar forte; fortalecer. Guarnecer de fortes ou fortalezas; dar meios, condições de defesa. Auxiliar, coadjuvar. Corroborar; animar. Tornar-se forte; fortalecer-se. Manter-se firme. c) Fortificar uma cidade. d) Verbo transitivo direto. 2. a) Do francês. b) A um espaço de terreno, a uma pintura, gravura ou um desenho que representa uma paisagem. 3. a) Pasmo, surpresa, espanto, esquivança. b. Significa que a vogal e da palavra estranheza deve ser pronunciada fechada. 56 Módulo 3 II – abricó – bucha – complemento – enfezar – geral – inclinar – lancha – nação – paraibano – para-lama – paralela – paralelepípedo – paralelo – paralisar – paralisia – paranormal – parapeito – parar – para-raios – parasitar – parceiro – parcela – parcelar – parceria – parcial – pardal – parecer – parede – quatrocentos – virada III – O dicionário não registra advérbios terminados em – mente, verbos flexionados, vocábulos no feminino ou no plural, nomes próprios de pessoas e lugares, nem expressões. Para procurá-los, devemos buscar palavras semelhantes, as formas masculinas e singulares, os verbos no infinitivo. Portanto: 1. impetuoso – palavra sem a terminação mente 2. extinguir – infinitivo de verbo 3. reiterar – infinitivo de verbo 4. majestoso – forma masculina e singular 5. altaneiro – forma masculina e singular 6. cavalo – procuramos a palavra mais específica da expressão 7. pirenopolino – palavra formada de Pirenópolis Capítulo 3 – Caderno de Estudos Objetivo: Reconhecer a importância do Caderno de Estudos. O que você pensa disto? Existe diferença entre um Livro Didático e um Caderno de Estudos? O Caderno de Estudos é um material didático específico, que vem sendo utilizado com frequência, por atender às necessidades mais urgentes dos alunos e facilitar sua aprendizagem. Características do Caderno de Estudos O Caderno diz claramente o que você, cursista, vai estudar (assunto) e, consequentemente, as competências que precisa demonstrar em cada unidade (habilidades). Assim como para viajarmos de carro, por exem plo, necessitamos saber que estrada(s) percorrer para chegar onde pretendemos, também para estudar e aprender, precisamos saber o caminho a seguir. E estudar por Cadernos é seguir um caminho objetivo, sabendo exatamente onde vamos chegar. Por isso, em todos os Cadernos, você encontrará em destaque, logo no início de cada uni dade, uma parte do conteúdo da disciplina em estudo, ou seja, o assunto. Os Cadernos apresentam conteúdos por área de conhecimentos. Os conteúdos são ordenados dos mais simples para os mais complexos. Assim, o cursista segue passo a passo, na disciplina, e tem que dominar bem o conteúdo de cada Caderno, pois só será aprovado nele se obtiver o rendimento mínimo de 50 pontos na avaliação. 57Módulo 3 Os conteúdos são apresentados em pequenos textos e, sempre que necessário, ilustrados. Aprende-se melhor e mais depressa se houver motivação e atitude ativa em relação ao assunto a estudar. É necessário que se selecionem as informações relevantes, organizando-as para que possam ser aprendidas. Capítulo 1 – Estudo e Aprendizagem Objetivos: Diferenciar “estudar” de “aprender” e identificar condições favoráveis ao estudo eficiente, à aprendizagem significativa. Quantas vezes estudamos durante muitas horas, porém, algum tempo depois, ao precisarmos aplicar esses conhecimentos em outras situações, não conseguimos nos lembrar das informações lidas. Deduzimos, pois, que nosso estudo não foi eficiente, isto é, estudamos, mas não assimilamos o suficiente, não aprendemos. Signiifca que estudar e aprender não caminham juntos. Afinal, o que é estudar? Existem diferentes formas de estudar. Vejamos a diferença entre o estudo inteligente e o estudo mecânico. Estudar de maneira inteligente é buscar com empenho, dedicação e perseverança alguma coisa. É ter curiosidade, ou vontade, ou necessidade de encontrar uma resposta para um problema. Não é simplesmente decorar conteúdos, passivamente, para reproduzi-los. Quando isso acontece, não há o desenvolvimento de competências e habilidades e nós permanecemos no estado passivo de expectador. Como não há compreensão, não conseguimosutilizar nossos conhecimentos para solucionar problemas que necessitam de sua aplicação. Estudar é concentrar nossa atenção e nossos recursos pessoais para entender e assimilar um assunto. Estudar é um processo. Como estudamos? Estamos estudando quando lemos um texto, um mapa, um gráfico, uma lista com nomes de instrumentos; observamos um fenômeno; ouvimos instruções; aplicamos técnicas adequadas à resolução de um problema; seguimos passos de um roteiro para a construção de um kit. Estudamos quando nos colocamos alerta para observar o material do estudo, interpretá-lo e compreendê-lo. E o que é aprender? Aprender é buscar, comparar, pesquisar, produzir. Não é receber tudo pronto, mas, sim, ir atrás de novos caminhos, produzir novas sínteses, buscar as informações que necessitamos, e compreendê- las em sua totalidade. Estudo Eficiente Programa Correção de Fluxo – Técnicas de Estudo Unidade I Fo nt e: E di to ra çã o El et rô ni ca d o C ET EB . Unidade Assunto Objetivo Fonte: Editoração Eletrônica do CETEB. Seguindo essa teoria, o Caderno é estruturado em unidades e estas em capítulos. Cada um dos capítulos analisa um aspecto do conteúdo e é sempre seguido de exercícios. Você estuda um capítulo e aplica o que aprendeu. Ao estudar utilizando o Caderno de Estudos, você deve ler os textos das unidades, sublinhando, no próprio texto, as informações mais importantes e anotando-as em um caderno; observar gravuras e gráficos; consultar dicionários, atlas, enciclopédias, livros; pesquisar no computador, sempre que necessário; realizar cálculos e ex- perimentações; resolver os exercícios propostos e conferir suas respostas com as indicadas no Caderno. Você realiza, pois, uma série de atividades. Mas não deixe de procurar ajuda do professor sempre que tiver dúvidas. Você, cursista, é o autor de sua aprendizagem. Aprendizagem é uma mudança no comporta men to das pessoas e pode acontecer das mais variadas formas: vendo alguma coisa, ouvindo al guma informação, realizando alguma experi ência. No entanto, só podemos dizer que apren de mos realmente, se somos capazes de aplicar o que aprendemos. Aprende-se fazendo. O Caderno, por tanto, exige uma atitude ativa sua, cur sista, autor de sua própria aprendizagem. O Caderno sempre lhe oferece exercícios para que você avalie se aprendeu, se domina todos os objetivos e se pode, então, submeter-se à avaliação. O ensino pelo Caderno de Estudos é chamado de “en sino para a competência”, ensino para que a aprendizagem ocorra verdadeiramente. Se a meta é aprender, a aprovação é uma consequência direta da aprendizagem. Assim, se você não conseguir o mínimo exi gido na avaliação, 50 pontos, reestude a parte ou partes do Caderno em que teve dificuldades, refaça os exercícios e tire suas dúvidas com o professor. Responda, depois, a uma nova avaliação em que você deverá obter também 50 pontos. Esses procedimentos devem ser sempre seguidos por você. 58 Módulo 3 Exercícios Para realizar os exercícios você deverá saber: • caracterizar o Caderno de Estudos. Se tiver dúvidas, volte ao texto. I – Complete adequadamente as lacunas com as palavras que se encontram no retângulo a seguir. Avaliação – Atividades – Objetivos – Unidades 1. Divisões do conteúdo do Caderno constituídas de textos e exercícios. ___________________________________________________________________________________________ 2. Conjunto de habilidades ou capacidades que o cursista deve adquirir com o estudo do Caderno. ___________________________________________________________________________________________ 3. Conjunto de ações que o cursista realiza para atingir os objetivos do Caderno de Estudos. ___________________________________________________________________________________________ 4. Teste que o cursista resolve após o estudo do Caderno de Estudos e no qual deve obter, no mínimo, 50 pontos. ___________________________________________________________________________________________ II – Escreva (V) ou (F) nos parênteses, conforme as afirmativas sejam verdadeiras ou falsas. 1. ( ) Os instrumentos de ensino personalizado são livros didáticos especialmente elaborados para se estudar sem professor. 2. ( ) Uma característica dos instrumentos de ensino personalizado é a definição clara do assunto a ser estudado e daquilo que o estudante deve ser capaz de fazer após o estudo. 3. ( ) Os instrumentos de ensino personalizado apresentam exercícios que permitem ao estudante verificar se aprendeu. 4. ( ) Estudar um assunto em pequenas partes é uma das características do ensino utilizando Caderno de Estudos. 5. ( ) O desempenho mínimo para que o cursista seja considerado eficiente na avaliação é 50 pontos. Reveja suas respostas I – As palavras que completam corretamente os espaços são, respectivamente: 1. Unidades 2. Objetivos 3. Atividades 4. Avaliação II – Se você escreveu V em todas as afirmativas, acertou. 59Módulo 3 Capítulo 4 – Outros Recursos para o Estudo Objetivo: Identificar recursos facilitadores do estudo. O que você pensa disto? Os recursos disponíveis (de metacognição) são importantes para a aprendizagem? Para não ficarmos defasados, necessitamos acompanhar as mudanças da atualidade. Para realizarmos pesquisas de aprofundamento e atualização de conteúdos, precisamos buscar, cada vez mais, outras informações além das fornecidas pelo material didático de que dispomos. O que fazer, então? Devemos nos lembrar de que existem alguns meios de comunicação que podem nos auxiliar nessas tarefas. Nessa perspectiva de otimização do ensino e da aprendizagem, destaca-se o incremento daquilo que se convencionou chamar de material ilustrativo ou recursos audiovisuais. Recursos audiovisuais são meios, de caráter instrumental, que procuram aproximar o ensino da experiência direta, dirigindo-se, inicialmente, aos órgãos sensoriais. Ressalte-se, na definição acima, a expressão “inicialmente”, pois não devemos pensar nesses recursos apenas como apelativos aos órgãos sensoriais, como se fosse possível uma aprendizagem puramente sensorial, que não chegasse à mobilização de esquemas mentais elevados. Uma pesquisa psicológica demonstra que, com o emprego de audiovisuais, a aprendizagem aumenta 35% e permanece na memória por um período maior de tempo. Segundo investigação da UNESCO*,1a memorização efetua-se nas seguintes proporções: 30% do que se ouve; 40% do que se vê; 50% do que se ouve e se vê; 70% do que se faz diretamente. Ou seja, quando apenas ouvimos, retemos na memória 30% do que foi dito; quando apenas vemos, 40%; quando vemos e ouvimos, 50% e quando participamos diretamente do que estamos vendo e ouvindo, como, por exemplo, realizando exercícios, retemos cerca de 70% do aprendido. Assim: Os recursos audiovisuais aumentam a durabilidade da aprendizagem e estimulam a imaginação e a capacidade de abstração do indivíduo. Mas quais são os recursos audiovisuais? Os recursos audiovisuais podem ser visuais, auditivos ou audiovisuais. Como exemplos de recursos visuais temos quadro de giz, slide (dispositivo), cartaz, diagrama, gráfico, mapa. Dos recursos puramente auditivos temos rádio, disco (CD), fita magnética e vídeos. Dos recursos audiovisuais propriamente ditos, que são, por excelência, uma reunião dos estímulos visuais e auditivos, damos, como exemplos, o diapositivo e a diafilme com som, o cinema sonoro, a televisão, o rádio, o microputador, com seus inumeráveis recursos de multimídia. *UNESCO quer dizer Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. Dessa organização, com sede em Paris, fazem parte inúmeros países, entre eles o Brasil. 60 Módulo 3 Abordaremos, a seguir, em linhas gerais, os seguintes: o computador, o jornal, a revista, o rádio, a televisão e o telefone. O computador Desde a Antiguidade, o homem fabrica ferramentas, domestica animais e constrói máquinas que o ajudam a vencer o mundo que o rodeia. Na sequência de intervençõesque tiveram lugar, desde o aparecimento do ábaco, da máquina de calcular, até o computador de hoje, que surge como uma descoberta significativa da era moderna, a evolução tem sido considerável. Como havia ocorrido antes, com o aparecimento e a generalização do livro, vivemos na era da informação, do desenvolvimento de ideias novas, em um mundo globalizado em que se desenvolvem profundas alterações tecnológicas, que estruturam, facilitam e ampliam nossas ações, o que implica novas mentalidades, novas destrezas e novas exigências. Elas causam alterações não só no que fazemos, mas também em nosso comportamento, na forma como elaboramos conhecimentos e no nosso relacionamento com o mundo, tornando a aprendizagem mais motivadora e interessante. Uma multiplicidade de recursos pedagógicos são oferecidos aos estudantes, com novas tecnologias e técnicas de ensino, estimulando-os a utilizar sua capacidade intelectual, num ritmo acelerado e num ambiente altamente agradável, constituindo-se em uma ótima opção para quem tem alguma dificuldade no estudo e na aprendizagem de alguma disciplina, e, permitindo que o estudo e a aprendizagem se desenvolvam não só no prédio físico da escola, mas em casa, no escritório de trabalho, em qualquer lugar onde se possa ter acesso às informações. Na atualidade em que temos como suporte do processo de ensino e aprendizagem uma grande diversidade de equipamentos, ninguém mais duvida que o computador é coisa do presente. O que parecia futuro há pouco tempo, já é realidade em nossos estudos. Não podemos dizer que ele é um “cérebro eletrônico” capaz de conhecer todas as coisas, de fazer tudo sozinho, de fazer milagres. Ele é uma ferramenta que nos apoia no processo de reflexão e de construção do conhecimento, destacando-se a sua aplicação na educação presencial, na educação a distância e na autoaprendizagem. No entanto, a mais rica utilidade do computador está na produção e no tratamento de informações. Ele permite que se mecanize seu processamento, tornando-o mais rápido, barato, completo e confiável. Por isso, vem adquirindo cada vez mais relevância no cenário educacional, como instrumento de apoio às matérias e aos conteúdos estudados, sendo capaz de realizar uma grande variedade de tarefas, como distribuir sons, imagens e textos, armazenar enorme quantidade de informações e manipulá-las, disponibilizando-as para todos. Como estamos no século XXI, na Pós-Modernidade, sua utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vêm aumentando de forma rápida como apoio às matérias e aos conteúdos que temos de estudar, dando oportunidade para a aquisição de novos conhecimentos, servindo de complemento aos conteúdos escolares, concorrendo para o desenvolvimento integral do estudante. Em uma sociedade em que o saber firmado simplesmente na memorização e na assimilação de técnicas repetitivas, na “decoreba”, vai-se desvalorizando, o computador incrementa um certo grau de responsabilidade do estudante pela sua educação, contribuindo para a motivação, a autonomia e a valorização pessoal, estimulando a Fonte: <www.hiperativo.com>. 61Módulo 3 imaginação e criatividade, permitindo que ele se envolva na formação do seu próprio conhecimento, aprendendo, descobrindo, examinando, produzindo, solucionando problemas, lançando hipóteses, experimentando erros e corrigindo-os. Estimula o gosto pela pesquisa e pelo aprendizado, a elaboração e a compreensão de textos, de gráficos, de quadros, a descoberta e a aprendizagem nas mais diversas áreas do saber. Facilita a manipulação de imagens e informações, trazendo-as para as salas de aula, obtendo dados atualizados, disseminando experiências e uma quantidade progressiva de conhecimentos, incentivando a aprendizagem de novas formas de ler, de escrever, e, portanto, de pensar e de agir. O potencial pedagógico da Informática começou a ser explorado com ilimitadas possibilidades. A cada dia surge um novo aspecto de seu emprego. Por seu intermédio, os estudantes passam de receptores passivos da mensagem a agentes ativos e participativos da comunicação, exercitam a capacidade de procurar e selecionar informação, resolver problemas e aprender independentemente. Sua criatividade é privilegiada, seus estudos, aprofundados, suas experiências difundidas e uma interação eficaz com o mundo que o rodeia é incentivada. Seu efeito positivo é, portanto, revelado nas estimulações e nos recursos que oferece quando propicia uma estrutura de capacitação e armazenamento de informações e uma capacidade enorme de veiculação do conhecimento, quando facilita uma aprendizagem mais autônoma, quando a informação é processada de maneira crítica e reflexiva, ou mesmo quando se utiliza o computador para lazer. Adaptado de: <www.dgequipment.com>. Trabalhar com o computador Usar o computador é o primeiro passo para aprender a fazer isso. Uma vez que ele é um equipamento eletrônico que dispõe, avalia, calcula, experimenta, pesquisa e edita dados e informações, dirigido por um conjunto de instruções norteadas, com um mínimo de participação humana, até os não especialistas o utilizam facilmente, pois isso requer cada vez menos conhecimentos técnicos em informática. Precisamos primeiro descobrir o que ele pode fazer, para depois saber o que fazer com ele. Isso não significa que precisamos conhecer todos os mecanismos desse equipamento. No princípio, há necessidade, pelo menos, de nos familiarizarmos com os recursos mais frequentemente usados no editor de textos, porque tudo o mais vamos aprendendo aos poucos, com a prática. Além disso, saber receber e enviar e-mails e saber navegar na Internet são condições indispensáveis para quem quer usar o computador em seus estudos. A oferta de cursos virtuais é grande na rede. Basta ter acesso à Internet e vontade de aprender. E cada vez mais instituições de renome exploram essa ferramenta. Se tiver interesse, busque mais infirmações sobre este recurso de estudo tão atual. O jornal O jornal é um grande divulgador de notícias nacionais e internacionais, sendo, por isso, um instrumento precioso na formação de nossa “bagagem” cultural. Suas reportagens abrangem assuntos de política, economia, ciência, esporte, entretenimento, entre outros, mantendo-nos bem informados. Adaptado de: <www.bibliotecaescolardojk.blogspot.com>. 62 Módulo 3 Atualmente, existem versões online, acompanhando as mudanças culturais que têm ocorrido com as informações. O acesso às notícias de qualquer lugar do mundo quase em tempo real está ficando mais fácil e rápido para as pessoas que utilizam a Internet. São colocados ainda à disposição dos internautas textos de literatura, científicos, documentais e diferentes oportunidades de ler o que está acontecendo no mundo. Por toda essa variedade, podemos recorrer a ele na hora de pesquisar sobre algum assunto. A revista Adaptado de: <www.antares.com.br>. A revista também é uma grande divulgadora de informações indispensáveis à nossa vida, constituindo-se maneira prática de nos manter informados. Mas, como há um grande leque de opções, especializando-se cada uma em determinado assunto, o leitor deve buscar aquela que supra suas necessidades. A revista constitui-se, de acordo com a sua periodicidade, em um conjunto de informações relevantes e aprofundadas, que contribuem para o esclarecimento de fatos ocorridos próximos à data de sua emissão. Por isso, ela é oportuna para quem não tem tempo e oportunidade de ler, diariamente, o noticiário dos jornais. Muitas revistas, como o jornal, colocam à disposição, na Internet, uma versão online, que, apesar de reduzida, oferece uma ideia de seu conteúdo total. Ao ler uma revista, você deve procurar sua área de maior interesse, unindo o útil ao agradável, a informação ao prazer. Observe o quadro a seguir. Ele se refere ao mapeamento realizado por Caroline CASALI em que são classificados os gêneros, subgêneros e formatos da mídia impressa revista no Brasil.CATEGORIZAÇÃO DA MÍDIA IMPRESSA REVISTA NO BRASIL DE ACORDO COM GÊNEROS, SUBGÊNEROS E FORMATOS GÊNEROS SUBGÊNEROS FORMATOS REFERENCIAL Masculina Playboy, Vip, PHT, Um etc. Feminina Nova, Capricho, Uma, Ouse, Cláudia etc. Infanto-juvenil Witch, Atrevidinha, Smack, Teenmania etc. Étnica Raça Brasil etc. Científica National Geographic, Ciência Rural etc. Noticiosa Veja, Época, Carta Capital etc. Temática Casa & Jardim, Bizz, Crochê, Escola etc. Artística-Cultural Bravo, Aplauso etc. FICCIONAL Fotonovela Love Story, Grande Hotel etc. HQ Cebolinha, Mônica, Pato Donald, Superman etc. CREDUAL Astrológica Guia Astral, Horóscopo etc. Religiosa Família Cristã, Diálogo, Eclésia etc. EXPOSICIONAL Fofocagem Contigo, Caras, Conta Mais etc. 63Módulo 3 LÚDICO Desenho Pinte Legal, Pinte e Brinque etc. Jogo Coquetel Sudoku, Cross Words, Letrão etc. Fonte: CASALI, Caroline (2007). O rádio Adaptado de: <diariocatarinense.clicrbs.com.br>. O rádio tornou-se importantíssimo na difusão de ensino a distância. É o meio de comunicação que envolve menos gastos, tanto na aquisição do aparelho quanto na sua manutenção, e sua comunicação atinge locais de difícil acesso. Assim, ele democratiza a educação, tornando os conteúdos de mais fácil compreensão, tendo por isso maior poder de motivação para as pessoas com menor grau de escolaridade, podendo ser usado para lazer, para obter informações, atingindo os menos favorecidos e isolados geograficamente. No Brasil, a Presidência da República – PR, por meio de sua Secretaria de Comunicação Social – Secom, tem implementado um programa de rádio que traz benefícios para a população dos locais mais afastados e de difícil acesso. São divulgadas matérias sobre saúde, aleitamento materno, vacinação das crianças, orientações sobre os alimentos regionais e prevenção de certas doenças. Em pesquisa feita pela Fundação Nacional da Saúde – Funasa, constata-se que várias doenças estão sendo eliminadas, sendo o programa de rádio um dos grandes responsáveis por esse feito. Adaptado de: <diariocatarinense.clicrbs.com.br>. A televisão A televisão, atualmente, é um recurso de comunicação muito importante no meio educativo. Como o problema de instruir grandes massas humanas tornou-se urgente, passou-se a utilizar a televisão que, junto de sua programação jornalística e de lazer, apresenta programas educacionais, como os telecursos de Ensino Fundamental e Médio e de língua estrangeira; os documentários geográficos, históricos e científicos. As aulas dadas por meio da televisão são minuciosamente planejadas e primorosamente ilustradas, o que desperta e mantém o interesse do estudante. A utilização desse moderno auxiliar do ensino tem sido um verdadeiro sucesso. Do ponto de vista di dático, já foi demonstrado que os alunos a prendem tão bem por meio da TV como assistindo às aulas com a presença do professor. 64 Módulo 3 Entre seus aspectos positivos, podemos dizer que a televisão apresenta acontecimentos reais e atuais no local e no momento em que ocorrem (por exemplo, a descida do homem na Lua); amplia ou reduz uma imagem para apresentá-la no tamanho mais adequado à sua observação; apressa ou retarda um processo, para que ele possa ser bem compreendido (por exemplo, o desabrochar de uma flor ou o voo de um pássaro); recons titui fatos passados, mediante documentários, minisséries e telenovelas; mostra paisagens dis tan tes; apresenta usos e costumes de outros povos. A televisão é chamada “síntese audiovisual”, pois, por seu intermédio, recebemos vários recursos audiovisuais como som, imagem, cor etc. Em 2007, na cidade de São Paulo, foi realizada a primeira transmissão terrestre em sinal digital da TV aberta no Brasil. É a nova tecnoloiga – A TV DIGITAL – que possibilita a transmissão da programação com melhor qualidade de som e imagem. As emissoras também poderão utilizar novos recursos, como interatividade, exibição de informações sobre a programação, transmissão para aparelhos móveis como celulares e notebooks. Há também a possibilidade de transmitir até seus programas simultaneamente ou exibir um mesmo programa de vários ângulos – é a multiprogramação. Adaptado de: <blogconectajovem.blogspot.com>. O telefone / celular O telefone é outro importante auxiliar de nossas pesquisas. Além de podermos sanar dúvidas com outras pessoas, já existem serviços que nos socorrem quando encontramos dificuldades no uso da Língua Portuguesa. Exercícios Para realizar estes exercícios seguintes, você deverá saber: • identificar os recursos facilitadores do estudo. Se tiver dúvidas, volte ao texto. I – Explique a frase a seguir. 1. Na busca de conhecimentos, o material didático deve ser enriquecido. ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ II – Responda. 1. Quais são os principais meios de comunicação enriquecedores do material didático? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 2. Por que o jornal é um instrumento precioso na formação de nossa bagagem cultural? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 65Módulo 3 III – Faça o que se pede. 1. Cite três gêneros de revistas brasileiras. ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 2. Apresente os dois fatores que contribuem para a importância do rádio. ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 3. Indique dois aspectos positivos da televisão como recurso educativo. ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 4. Cite duas vantagens do uso do computador como recurso educacional. ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ Reveja suas respostas I – 1. A resposta é pessoal, mas você deve ter escrito sobre a constante mudança que ocorre na atualidade, obrigando-nos a buscar, cada vez mais, informações fora do material didático de que dispomos. II – 1. Os principais meios de comunicação enriquecedores do material didático são: jornal, revista, rádio, televisão, telefone e computador. 2. O jornal é um instrumento precioso na formação de nossa bagagem cultural porque, nos mantém bem informados e atualizados. III – 1. Você pode ter citado dois gêneros entre os especificados no quadro exposto nesta unidade.Confira: referencial, ficcional, credual, exposicional, lúdico. 2. O rádio é um meio de comunicação de baixo custo e alcança locais de difícil acesso. 3. Veja se citou dois dos seguintes aspectos registrados ao final desta unidade: a televisão apresenta acontecimentos reais e atuais no local e no momento em que ocorrem; amplia ou reduz uma imagem para apresentá-la no tamanho mais adequado à sua observação; apressa ou retarda um processo para que ele possa ser bem compreendido; reconstitui fatos passados; mostra paisagens distantes; apresenta usos e costumes de outros povos. 4. São muitas as vantagens do uso do computador como recurso educacional. Verifiquese você respondeu duas delas: torna a aprendizagem mais motivadora e interessante; as novas tecnologias e técnicas de ensino estimulam o aluno a utilizar sua capacidade intelectual, num ritmo acelerado e num ambiente altamente agradável; é ferramenta importante de pesquisa; facilita a elaboração de textos, gráficos, quadros, entre outros; permite trazer imagens e informações distantes para as salas de aula: permite obter dados atualizados; possibilita a obtenção de mapas e imagens detalhados; estimula o gosto pela pesquisa e pelo aprendizado. MÓDULO 4 Capítulo 1 – Esquema Objetivos: Identificar e elaborar esquemas. O que você pensa disto? Esquematizar é uma forma de registrar ideias que precisam ser memorizadas. Você utiliza esse recurso em seus estudos? Esquema é a forma simplificada de registro das ideias de um texto, que nos permite compreender a relação existente entre elas: ideia central (assunto), ideias principais e secundárias. O esquema tem por objetivo facilitar o entendimento do conteúdo e possibilitar a rápida recordação da leitura no caso de consultas futuras. Por isso, um esquema bem feito deve ter as características seguintes. • Ser fiel ao texto original. Conter as ideias do autor, sem alteração, mesmo quando usarmos as próprias palavras para reproduzir as do autor. • Obedecer a estrutura lógica do assunto. De posse de todas as ideias do texto, é possível organizá--las a partir das mais importantes. • Ser funcional. O esquema tem de ser expresso de forma que, numa simples olhada, possamos ter uma visão clara e precisa do conteúdo de nossa leitura, assim como do relacionamento entre as ideias. • Possuir cunho pessoal ou estilo pessoal. Cada um esquematiza a seu modo, desde que observadas as normas necessárias. Fazer um esquema é, então, subdividir as ideias contidas no texto, sem alterá-las. Devemos ordená- las, partindo das de sentido mais amplo para as de sentido restrito, evitando os pormenores. Formas de organização de um esquema Várias são as formas de organização das ideias do texto em um esquema. Entre as mais importantes, destacamos: os esquemas em chave, em numeração progressiva e em gráfico. Seja qual for a escolhida, devemos seguir a estrutura básica: título (ideia central) e corpo (ideias principais e secundárias distribuídas). UNIDADE IV TÉCNICAS DE REDUÇÃO DE TEXTO 68 Módulo 4 Esquema em chave O esquema em chave é um dos mais utilizados. Como todo esquema, apresenta título, que expressa a ideia central (o assunto do texto). A ordenação de suas ideias obedece à seguinte distribuição: as ideias de sentido mais amplo ficam à esquerda das de sentido menos amplo; as ideias que têm o mesmo tipo de relação ficam umas sob as outras. Abre-se chave à medida que as ideias vão sendo encontradas. Veja esse tipo de esquema aplicado a um texto de Geografia. Meios de transporte são os meios que o homem utiliza para se locomover de um lugar para outro. Os meios de transporte são de três tipos: terrestres, por meio de ferrovias e rodovias; aquáticos, que podem ser lacustres, fluviais e marítimos. Os marítimos podem ser costeiros e transoceânicos. O outro tipo de meio de transporte é o aéreo, que é considerado o mais rápido. O texto está dividido em dois parágrafos. 1. Meios de transporte são os meios que o homem utiliza para se locomover de um lugar para outro. Essa, além de ser a única ideia do primeiro parágrafo, a ideia principal, é também a ideia central do texto. 2. Os meios de transporte são de três tipos: terrestres, por meio de ferrovias e rodovias; aquáticos, que podem ser lacustres, fluviais e marítimos. Os marítimos podem ser costeiros e transoceânicos. O outro tipo de meio de transporte é o aéreo, que é considerado o mais rápido. Ideia principal Os meios de transporte são de três tipos: terrestres, aquáticos e aéreos. Ideias secundárias por meio de ferrovias e rodovias; que podem ser lacustres, fluviais e marítimos. Os marítimos podem ser costeiros e transoceânicos e o aéreo é considerado o mais rápido. Ao pensar sobre essas ideias, notamos que elas se relacionam com a ideia central – meios de transporte –, ora indicando o conceito, ora indicando os tipos de meios de transporte. Logo, a nossa estrutura de esquema já está pronta. Título: Meios de transporte Meios de transporte: conceito e tipos Devemos continuar o esquema, procurando palavras ou expressões que completem palavras, conceito e tipos. Conceito: meios de locomoção utilizados pelo homem Tipos: terrestres, aquáticos e aéreos Completando essa estrutura com as ideias do texto, temos, finalmente: Meios de transporte Conceito: meios de locomoção utilizados pelo homem Tipos Terrestres Aquáticos Aéreos 69Módulo 4 De acordo com o texto apresentado, o esquema não está completo, pois faltam, ainda, as ideias secundárias, que irão explicar e exemplificar as palavras já organizadas no esquema. Vamos, então, completar o esquema, incluindo nele todos os dados obtidos do texto. Título: Meios de transporte Meios de transporte Conceito: meios de locomoção utilizados pelo homem Tipos Aéreos Ferrovias Rodovias Terrestres Costeiros Transoceânicos Marítimos Lacustres FluviaisAquáticos O esquema em chave não é um esquema minucioso. Ele objetiva, sobretudo, a visualização da estrutura das ideias do texto e da forma como as ideias se relacionam. Esquema em numeração progressiva Como o próprio nome sugere, no esquema em numeração progressiva, utilizam-se números para hierarquizar (colocar em ordem de importância) as ideias tratadas em um texto. Esses números são dispostos conforme as prioridades das ideias. Observe o esquema abaixo para uma melhor compreensão. TÍTULO 1. (Representa a primeira ideia principal.) 1.1. (Representa uma ideia secundária da principal 1.) 1.1.1. (Representa uma subdivisão da ideia secundária 1.1.) 1.1.2. (Representa outra subdivisão da ideia secundária 1.1.) 1.2. (Representa outra ideia secundária da principal 1.) 1.2.1. (Representa uma subdivisão da ideia secundária 1.2.) 1.2.2. (Representa outra subdivisão da ideia secundária 1. 2.) 1.2.3. (Representa mais uma subdivisão da ideia secundária 1.2.) 1.3. (Representa mais uma ideia secundária da principal 1.) 1.3.1. (Representa uma subdivisão da ideia secundária 1.3.) 1.3.2. (Representa outra subdivisão da ideia secundária 1.3.) 1.3.3. (Representa mais uma subdivisão da ideia secundária 1.3.) .......................................................................................................................................... *1 Vejamos como esquematizar, dessa forma, um texto de História. *A linha pontilhada significa que o texto foi interrompido, ou seja, tem continuação. 70 Módulo 4 FASES DA FORMAÇÃO TERRITORIAL E ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL Descoberto e incorporado às colônias portuguesas a partir de 1500, o Brasil passou por várias fases, na formação de seu território e organização de sua forma de governo. Essas fases podem ser assim resumidas: • Colonial — de 1500 a 1807 — quando ocorreu a grande expansão territorial para oeste do meridiano de Tordesilhas e regularizou-se esse crescimento pelos tratados de limites. • De Transição — de 1808 a 1821 — quando a Família Real Portuguesa, aqui sediada, inverteu as relações (de colônia – metrópole) entre o Brasil e Portugal. O Brasil ocupou o território da Guiana Francesa e incorporou o Uruguai, com o nome de Província Cisplatina. • De Independência — a partir de 1822. O Brasil passou a contar com governo autônomo, primeiro sob o regime monárquico (1822 - 1889), depois sob o republicano (1889 até hoje). Nessa fase, ocorreram a perda da Cisplatina (1828) e a anexação do Acre (1903). ............................................................................................................ FASES DA FORMAÇÃO TERRITORIAL E ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL 1. Desde sua descoberta, em 1500, o Brasil passou por várias fases em sua formação territorial e organização política.1.1. A fase colonial foi de 1500 a 1807. 1.1.1. Nessa fase, houve grande expansão territorial. 1.1.2. O crescimento territorial foi regularizado pelos tratados de limites. 1.2. A fase de transição foi de 1808 a 1821. 1.2.1. Inverteram-se as relações entre Brasil e Portugal, com a vinda da Família Real. 1.2.2. Houve a ocupação da Guiana Francesa. 1.2.3. O Uruguai foi incorporado ao Brasil. 1.3. A fase de independência teve início em 1822. 1.3.1. O governo passou a ser autônomo. 1.3.2. Houve a perda do Uruguai, em 1828. 1.3.3. Ocorreu a anexação do território do Acre, em 1903. O esquema que acabamos de ler se presta a uma redução mais minuciosa do texto, que é praticamente escrito de novo, mas sob um visual que facilita a compreensão memorização. Muitas vezes, encontramos esquemas organizados por algarismos romanos, letras maiúsculas, algarismos arábicos e letras minúsculas. 71Módulo 4 TÍTULO I – (Utilizam-se algarismos romanos para as divisões principais.) A. (Letras maiúsculas designam as subdivisões.) 1. (Algarismos arábicos indicam itens das subdivisões.) a. (Letras minúsculas para qualquer outra especificação.) b. c. 2. 3. B. 1. 2. II – A. B. ............................................................................................................................................. Observe, agora, um texto em que aplicamos essa ordem. O CORPO HUMANO O corpo humano divide-se em cabeça, tronco e membros. Na cabeça, temos o crânio e a face; o tronco subdivide-se em pescoço, tórax e abdômen; os membros são superiores e inferiores. Os superiores compõem-se de cintura escapular, braço, antebraço e mão; e os inferiores subdividem-se em cintura pélvica, coxa, perna e pé. .................................................................................................................................. ............................................................................................................................................. O CORPO HUMANO I – Partes do corpo humano A. Cabeça 1. Crânio 2. Face B. Tronco 1. Pescoço 2. Tórax 3. Abdômen C. Membros 1. Superiores a. Cintura escapular b. Braço c. Antebraço d. Mão 72 Módulo 4 2. Inferiores a. Cintura pélvica b. Coxa c. Perna d. Pé ............................................................................................................................................. Esquema em gráfico O esquema em gráfico obedece ao mesmo princípio dos outros: as ideias reduzidas devem ser dispostas logicamente, segundo o seu relacionamento no texto. A apresentação desse esquema é inteiramente pessoal. Podemos usar: setas, quadros, triângulos, círculos, desenhos... Não nos esqueçamos, no entanto, de que tudo deve ser bem organizado. Leia um texto de Português e veja como foi esquematizado graficamente. OS TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO As frases que possuem verbo ou locução verbal são geralmente estruturadas a partir de dois elementos essenciais: sujeito e predicado. Sujeito é o ser de quem se declara algo, o tema do que se vai comunicar. Concorda com o verbo em número e pessoa. Os sujeitos das orações podem ser determinados ou indeterminados. Determinados são os sujeitos que podemos identificar com precisão. Podem ser simples (quando possuem um só núcleo) ou compostos (quando possuem mais de um núcleo). Indeterminados são os sujeitos que não podemos identificar. Predicado é tudo aquilo que se atribui ao sujeito. Os predicados podem ser verbais (têm como núcleo um verbo), nominais (têm como núcleo um nome) ou verbo-nominais (têm como núcleos um verbo e um nome ao mesmo tempo). 1 NÚCLEO 2 OU MAIS NÚCLEOS NOME VERBO VERBO + NOME SIMPLES COMPOSTO VERBO-NOMINAL NOMINAL VERBAL INDETERMINADO DETERMINADO SUJEITO PREDICADO TERMOS ESSENCIAIS TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO Os desenhos utilizados nesse tipo de esquema podem ser geométricos ou não, desde que consigam relacionar corretamente as ideias do texto. Vejamos, a seguir, um texto de Ciências, em gráfico muito sugestivo, pois empregamos o desenho da própria árvore a ser esquematizada. AS UTILIDADES DA CARNAUBEIRA A carnaubeira, chamada pelos nordestinos de árvore da Providência, possui muita utilidade, pois, obtemos produtos derivados de todas as suas partes. 73Módulo 4 De suas raízes, obtém-se um suco medicinal; do caule, fazem-se pilares para pontes, postes telegráficos, barrotes para a construção de casas; seus talos são utilizados para fazer vassouras, escovas e samburás; da polpa do fruto, faz-se doce e, de suas sementes, extrai-se um óleo. CERA ISOLANTE DE ELETRICIDADE FABRICAÇÃO DE VELAS PREPARO DE COURO E DE LUBRIFICANTES CONFECÇÃO DE FILMES E DISCOS Polpa doce Semente óleo Vassouras Escovas Samburás Pilares Postes telegráficos Barrotes Suco medicional UTILIDADES DA CARNAUBEIRA Mas são suas folhas que nos fornecem o principal produto da carnaubeira — a cera, que tem diversas e importantes aplicações: como isolante de eletricidade, na fabricação de velas, no preparo de couro e de lubrificantes e na confecção de filmes e discos. Ao estudarmos os esquemas aqui apresentados, você deve ter observado que, para representar as ideias mais importantes dos textos originais, usamos palavras, expressões e até sentenças (frases), o que determina se o esquema será por tópicos ou por sentenças. O esquema por tópicos é representado por palavras ou expressões. A primeira palavra de cada item deve ser iniciada por letra maiúscula. Devemos evitar o uso de verbos, porém, se necessários, só podem aparecer na forma impessoal (gerúndio, particípio e infinitivo). ROCHAS 1. Tipos de rochas 1.1. Magmáticas: originárias do magma 1.1.1. Granito 1.1.2. Basalto O esquema por sentenças é representado por frases verbais (com verbos), ou seja, períodos completos, iniciados por letra maiúscula e concluídos por ponto. Aqui os verbos devem aparecer na forma pessoal (que não esteja no gerúndio, particípio ou infinitivo). ROCHAS 1. As rochas podem ser classificadas em: magmáticas, sedimentares e metamórficas. 1.1. As rochas magmáticas são originárias do magma, tais como: granito e basalto. 74 Módulo 4 Concluindo nosso estudo sobre esquemas, seguem mais estes dados: os esquemas em chave e em gráfico servem melhor a uma visualização do texto, sem entrar em detalhes; já os esquemas em numeração progressiva se prestam a uma redução rica em pormenores. Quanto ao uso de tópicos ou sentenças no esquema, é uma questão de gosto pessoal. No entanto, saiba que não devemos misturá-los: se o esquema é por tópicos, não use sentenças e vice-versa. Exercícios Para realizar estes exercícios você deverá saber: • elaborar esquemas; • identificar os tipos de esquema. Se tiver dúvidas, volte ao texto. I – Responda às questões a seguir. 1. O que é um esquema? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 2. Que vantagens o esquema oferece? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 3. Quais os elementos que caracterizam o esquema? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ II – Complete corretamente as frases que se seguem. 1. Quanto à sua organização, o esquema classifica-se: ___________________________, __________________________ e ___________________________. 2. Quanto à sua redação, o esquema podeser por _________________________ e por _________________________. III – Faça o que se pede dos textos seguintes. 1. Um esquema em chaves, por tópicos. OS BATRÁQUIOS Os batráquios, animais entre os quais se inclui o sapo, apresentam uma série de características. São animais vertebrados, de pele nua, que vivem tanto na água como na terra, isto é, são anfíbios. Têm quatro membros, sendo que os dedos não apresentam unhas. Durante sua vida, os batráquios sofrem metamorfoses, isto é, transformações que compreendem três fases: na primeira fase, apresentam o corpo desprovido de membros, guelras desenvolvidas e pulmões elementares; na segunda, dá-se o aparecimento dos membros e os pulmões se desenvolvem; na terceira fase, a respiração é aérea. 2. Um esquema em numeração progressiva, por sentenças. 75Módulo 4 A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA Com a proclamação da República a 15 de novembro de 1889, foi preciso redigir nova Constituição para o país. Ela entrou em vigor no dia 24 de fevereiro de 1891, instituindo três poderes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Transformou as províncias em estados com grande autonomia. Instituiu a República Federativa e denominou nosso país Estados Unidos do Brasil. Em 1926, a Constituição Republicana sofreu reformulação parcial e vigorou até 24 de outubro de 1930. Nessa data, foi abolida pela revolução que levou Getúlio Vargas ao poder. ........................................................................................................................................................... IV – Elabore um parágrafo, baseando-se no esquema gráfico a seguir 46% RENDA FAMILIAR DE ATÉ R$1.356 16% R$2.034 a R$3.390 20% R$1.356 a R$2.034 1% R$13.560 a R$33.900 4% R6.780 a R$13.560 9% R3.390 a R$6.780 Adaptado de: Datafolha/nov. 2013 ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ V – Responda, com base nos dados apresentados na questão anterior. 1. Podemos concluir que o Brasil é um país pobre? Por quê? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 2. Em que porcentagem você ou sua família se encontram? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ Reveja suas respostas I – 1. Esquema é uma forma simplificada de registrar as ideias de um texto, estabelecendo a relação existente entre elas. 2. As vantagens oferecidas pelo esquema são as de facilitar o entendimento do conteúdo e possibilitar a rápida recuperação das ideias sem a necessidade de lermos novamente o texto. 3. O esquema é caracterizado pela fidelidade ao texto original, estrutura lógica do assunto, funcionalidade e pelo estilo (cunho pessoal). 76 Módulo 4 II – 1. ... em chave, em numeração progressiva e em gráfico. 2. ... tópicos ... sentenças. III – 1. OS BATRÁQUIOS Características dos batráquios Vertebrados Pele nua Anfíbios Quatro membros Metamorfose 1a fase 2a fase 3a fase Respiração aérea Corpo desprovido de membros Gueiras desenvolvidas Pulmões elementares Aparecimento de membros Pulmões em desenvolvimento 2. A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA 1. Com a proclamação da República, nova Constituição foi redigida. 1.1. Entrou em vigor em 24 de fevereiro de 1891. 1.2. Estabeleceu três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. 1.3. Transformou as províncias em Estados com grande autonomia. 1.4. Instituiu a República Federativa e denominou o nosso país Estados Unidos do Brasil. 1.5. Sofreu reformulação parcial em 1926. 1.6. Foi abolida em 1930. .................................................................................................................................................................. IV – Resposta pessoal. Verifique se o texto escrito contém os dados especificados no esquema gráfico. V – 1. Sim . Porque 2. Resposta pessoal. Seus esquemas não precisam estar iguais aos apresentados, mas devem coincidir com as orientações. Capítulo 2 – Resumo e Resenha Objetivos: Conceituar; caracterizar e elaborar resumo. O que você pensa disto? Por que o resumo e a resenha são recursos importantes quando estudamos? Resumo Conceituação Resumo é a condensação fiel de ideias ou fatos contidos em um texto. Resumir significa reduzir o texto às informações mais importantes sem perder de vista: a) cada uma das suas partes essenciais; b) o encadeamento que ele estabelece entre cada uma dessas partes. Como o resumo deve servir de substituto do texto original, precisamos ser fiéis a ele, ou seja, não podemos modificar as ideias nele apresentadas. Para isso, utilizamos parágrafos compostos de frases objetivas e inteligíveis, isto é, de boa compreensão. O resumo é especialmente útil quando necessitamos, numa rápida leitura, recordar o mais importante 77Módulo 4 do que estudamos, pois o resumo é formado pelas ideias principais do texto. Só devemos registrar as ideias secundárias que forem indispensáveis à compreensão das principais. Precisamos, também, evitar, tanto quanto possível, a repetição de frases do texto original. Apresentamos suas ideias fundamentais em poucas palavras e encadeadas em sequência, não utilizando símbolos, abreviaturas e palavras soltas. Caso haja necessidade absoluta de transcrições (cópias de trechos originais), elas devem ser colocadas entre aspas. O resumo pode oferecer todos os elementos necessários à consulta ao material original. Nesse caso, deve ser precedido da respectiva referência bibliográfica. São vários os tipos de resumo, mas, em se tratando de estudo, só nos interessa saber sobre o resumo informativo. Trata-se do tipo de resumo que dispensa uma nova leitura do texto, porque oferece o essencial do que está contido no original. Elaboração Já de posse dessas informações, passemos à elaboração propriamente dita de um resumo. Para fazer um resumo, aconselhamos as seguintes etapas. 1. Ler o texto ininterruptamente. A primeira leitura deve ser feita do começo ao fim, com uma única intenção: a de verificar do que trata o texto. 3. Numerar os parágrafos dos textos e destacar suas ideias principais. 4. Reproduzir as ideias destacadas sem emitir opiniões. Devemos, entretanto, usar nossas próprias palavras e manter a relação entre as ideias, estabelecida pelo autor. Vamos à prática? Observe essas etapas no texto proposto. O PAPEL 1o Antes de conhecer o papel, o homem já escrevia. Escrevia em cascas de árvores, em argila mole, em peles de animais. 2o Foram os chineses que inventaram o papel. Durante muito tempo, somente eles conheciam a técnica de fabricação de papel. 3o Os árabes foram os responsáveis pela divulgação dessa invenção na Europa e no Oriente Médio, depois de terem dominado uma cidade onde haviam encontrado uma fábrica de papel. 4o Havia inicialmente dois tipos de papel: o papel de trapos (partindo de tecidos de algodão ou linho) e o papel de madeira (a partir da casca da amoreira). 5o Nos dias atuais, o papel comum é feito de madeira (geralmente resinosa, como o pinho), mas o melhor papel ainda é fabricado com trapos. Há também papéis especiais fabricados em segredo para evitar falsificação. 6o A invenção da máquina de fazer papel, em 1799, por Louis Robert, possibilitou o aumento da produção de livros e facilitou a expansão da cultura. Veja como ficou o resumo desse texto. O PAPEL O homem começou a escrever antes mesmo de conhecer o papel. 78 Módulo 4 O papel foi inventado pelos chineses, mas divulgado pelos árabes, na Europa e no Oriente Médio. No início, havia dois tipos de papel: de trapos e de madeira. Este mais usado atualmente, apesar de a qualidade melhor ser do de trapo. A máquina de fazerpapel trouxe progresso para a produção de livros e para a cultura. As orientações dadas facilitaram nossa tarefa, não é mesmo? Siga-as sempre que for preciso. E não se esqueça das vantagens do resumo: facilidade na revisão e recapitulação do estudo; redução do texto, mantendo sua essência; realce dos elementos significativos. Resenha Diferença entre resumo e resenha Resumo é a síntese de um texto, em que as ideias principais são apresentadas de forma compacta, direta e objetiva. Resenha é uma síntese um pouco diferente; trata-se de um texto opinativo. Além de apresentar os fatos seletivos de um texto ou uma obra, apresenta também um conteúdo crítico-analítico, ou seja, traz as impressões do autor sobre aquele material, bem como uma variedade de dados e informações que possibilitem ao leitor estabelecer uma relação correta entre o objeto analisado e suas características. Simplificamente: A resenha traz em si o resumo mais um conteúdo crítico. Elaboração Antes de começar a escrever sua resenha, certifique-se de ter feito uma boa leitura do texto ou da obra, identificando o seguinte. – Qual o tema tratado pelo autor? – Qual o problema que ele coloca? – Qual a posição defendida pelo autor em relação a esse problema? – Quais os argumentos centrais e complementares utilizados pelo autor para defender sua posição? No entanto, para se fazer uma resenha, ainda falta sua análise sobre o texto ou a obra. Análise é a capacidade de relacionar os elementos do texto lido com outros textos, outros autores e outras ideias sobre o tema em questão, contextualizando o texto que está sendo analisado. Para tanto, observe o seguinte. • Informações sobre o autor, suas obras e sua relação com outros autores. • Elementos para contribuir com um debate acerca do tema em questão. • Condições de escrever um texto coerente e em organicidade. Agora, você pode escrever sua resenha que, em linhas gerais, deve se apresentar assim. 79Módulo 4 1. NOS PARÁGRAFOS INICIAIS, UMA INTRODUÇÃO À OBRA RESENHADA, APRESENTANDO: a. o assunto/tema; b. o problema elaborado pelo autor; c. a posição do autor diante deste autor. 2. NO DESENVOLVIMENTO, A APRESENTAÇÃO DO CONTEÚDO DA OBRA, ENFATIZANDO: a. as ideias centrais do texto; b. os argumentos e as ideias secundárias. 3. NA CONCLUSÃO, APRESENTANDO UMA CRÍTICA PESSOAL: a. uma avaliação das ideias do autor frente a outros textos e autores; b. uma avaliação da qualidade do texto (coerência, validade, originalidade, profundidade...). Seguindo as orientações apresentadas, certamente você escreverá uma ótima resenha. Exercícios Para realizar estes exercícios você deverá saber: • elaborar um resumo; • elaborar uma resenha. Se tiver dúvidas, volte ao texto. I – Escreva C (certo) ou E (errado), nos parênteses, conforme as afirmativas. A seguir, reescreva as erradas de modo que se tornem certas. 1. ( ) Resumo é uma forma de registro de ideias que apresenta, de maneira seletiva e coerente, as informações mais importantes do texto original. _______________________________________________________________________________________ 2. ( ) Para ser eficiente, o resumo deve apresentar fidelidade às ideias do texto original, frases objetivas e inteligibilidade. _______________________________________________________________________________________ 3. ( ) Na elaboração do resumo, é importante realizar várias leituras. _______________________________________________________________________________________ 4. ( ) Como se trata de resumo, as abreviaturas e os símbolos são empregados como recurso. _______________________________________________________________________________________ 5. ( ) As ideias secundárias de um texto tornam o resumo mais bem elaborado. _______________________________________________________________________________________ II – Faça o que se pede do texto seguinte. COPACABANA Copacabana é o nome de uma praia do Brasil que goza de fama internacional, pois é considerada, com justiça, a mais linda do mundo. 80 Módulo 4 Praia ensolarada, com vasta extensão de areia branca batida pelo mar aberto, está situada na mais bela curva do litoral oceânico do Estado do Rio de Janeiro. Uma larga avenida cheia de arranha-céus, que provam o valor da engenharia brasileira, de hotéis que oferecem conforto moderno, de casas de diversões, de lojas elegantes, estende-se ao longo de toda a praia. É a avenida Atlântica. Copacabana tem sido cantada em prosa e verso. São numerosas as canções populares que falam das areias claras da praia, do azul do mar, de sua gente morena, tostada de sol, de seus hábitos e costumes. 1. Leia o texto ininterruptamente e diga do que ele trata. ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 2. Leia novamente o texto para compreendê-lo melhor. Caso desconheça alguma palavra, recorra ao dicionário. Observe, também, o encadeamento, entre os parágrafos, feito pelo autor. 3. Volte ao texto para numerar os parágrafos e sublinhar, em cada um, sua ideia principal. 4. Reescreva as ideias sublinhadas. ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 5. Agora, que você está com os dados necessários, resuma o texto proposto. ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 6. Diferencie resumo de resenha. ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ Você é o autor Pense num filme de que você tenha gostado muito. Lembre de seu tema, seu(s) autor(es) e ator(es) e escreva uma resenha sobre ele. Reveja suas respostas I – 1. (C) 2. (C) 3. (C) 4. (E) Abreviaturas e símbolos não devem ser usados em resumos. 5. (E) O resumo é formado pelas ideias principais do texto. Só devemos registrar as secundárias que forem indispensáveis ao entendimento das ideias principais. II – 1. O texto trata de uma praia do Brasil chamada Copacabana. 81Módulo 4 2. Questão pessoal. Esta leitura é importante para você compreender melhor o significado de alguma palavra que desconheça e para perceber como as ideias do texto estão relacionadas entre os parágrafos, formando um todo uniforme. 3. COPACABANA 1o Copacabana é o nome de uma praia do Brasil que goza de fama internacional, pois é considerada, com justiça, a mais linda do mundo. 2o Praia ensolarada, com vasta extensão de areia branca batida pelo mar aberto, está situada na mais bela curva do litoral oceânico do Estado do Rio de Janeiro. 3o Uma larga avenida cheia de arranha-céus, que provam o valor da engenharia brasileira, de hotéis que oferecem conforto moderno, de casas de diversões, de lojas elegantes, estende-se ao longo de toda a praia. É a avenida Atlântica. 4o Copacabana tem sido cantada em prosa e verso. São numerosas as canções populares que falam das areias claras da praia, do azul do mar, de sua gente morena, tostada de sol, de seus hábitos e costumes. 4. 1o Copacabana é o nome de uma praia do Brasil que goza de fama internacional. 2o Está situada na mais bela curva do litoral oceânico do Estado do Rio de Janeiro. 3o Uma larga avenida estende-se ao longo de toda a praia. É a avenida Atlântica. 4o Copacabana tem sido cantada em prosa e verso. 5. Copacabana é uma praia do Brasil, de fama internacional, situada na curva do litoral oceânico do Rio de Janeiro. A larga avenida Atlântica estende-se ao longo de toda a praia. Por sua beleza, Copacabana tem sido cantada em prosa e verso. 6. Resumo é a síntese de um texto. Resenha é a síntese opinativadeum texto. Capítulo 3 – Quadro Sinótico Objetivos: Conceituar e elaborar quadro sinótico. Conceituação O quadro sinótico apresenta os dados essenciais de um texto em uma disposição determinada. O modelo mais usado é o quadro em colunas, formado por linhas de fechamento em cima e embaixo, aberto nos lados, como exemplificamos a seguir. TÍTULO CABEÇA DA COLUNA CABEÇA DA COLUNA Esse quadro apresenta a visão sintética de uma situação proposta em um texto. Será muito útil nos contextos temporais, como, por exemplo, nos assuntos que visam estabelecer as divisões do tempo e a fixação de datas. O tipo mais didático de quadro sinótico é o cronológico. É esse que vamos apresentar a você. Elaboração Para a elaboração desse quadro, devemos fazer o seguinte. • Primeiramente, traçamos o quadro em colunas. • Formado o quadro, selecionamos as informações mais importantes do texto. • Determinamos, então, a ordem em que elas devem figurar no conjunto, considerando sempre o sentido da esquerda para a direita. • Estabelecemos, então, as cabeças das colunas. 82 Módulo 4 • Finalmente, colocamos os dados dentro da respectiva coluna. Vejamos um exemplo. A LITERATURA BRASILEIRA Alceu Amoroso Lima divide os quatro séculos de nossa história literária em cinco escolas: a clássica, a romântica, a naturalista, a simbolista e a moderna ou modernista, e assim as situa: fase colonial, de 1550 a 1830, abrangendo o classicismo; fase imperial, de 1830 a 1890, com as escolas romântica, realista e parnasiana; fase moderna, de 1890 a nossos dias, representada pelas escolas simbolista, pré-modernista, modernista e neomodernista. A LITERATURA BRASILEIRA ANOS FASES ESCOLAS 1.550 a 1.830 Colonial Clássica 1.830 a 1.890 Imperial Romântica Realista Parnasiana 1.890 até nossos dias Moderna Simbolista Pré-Modernista Modernista Neomodernista Mais uma informação: os dados a serem colocados devem obedecer a uma progressão, a uma ordem cronológica. Iniciamos o quadro, obviamente, com data, fase, época ou período antigo, ficando os dados mais atuais no final do quadro. Exercícios Para realizar estes exercícios você deverá saber: • conceituar e caracterizar o quadro sinótico; • elaborar um quadro sinótico. Se tiver dúvidas, volte ao texto. I – Complete as frases a seguir, de modo que o conteúdo seja verdadeiro. 1. Quadro sinótico apresenta ____________________________________________________________________ . 2. A disposição mais usada é o quadro em colunas, formado por _____________________________________ . 3. Este tipo de quadro tem muita utilidade nos. ______________________________ por isso o tipo mais didático de quadro sinótico é o _______________________________________________________________________ . II – Cinco são os passos importantes para a elaboração do quadro sinótico. Cite-os. 1. ______________________________________________________________________________________________ 2. ______________________________________________________________________________________________ 3. ______________________________________________________________________________________________ 4. ______________________________________________________________________________________________ 5. ______________________________________________________________________________________________ 83Módulo 4 III – Elabore um quadro sinótico cronológico, baseando-se no texto a seguir. OS ÚLTIMOS PLANOS ECONÔMICOS Em apenas alguns anos, entre 1986 e 1994, o país assistiu a vários planos econômicos e a dezenas de ajustes, alterações e complementações nas políticas monetária, fiscal, salarial e cambial. Planos e medidas de todo tipo, com os mesmos objetivos: estabilização da economia por controle da inflação, renegociação da dívida externa e retomada do crescimento autossustentado. Veja os principais planos e seus pontos básicos. Plano Cruzado (1986) Programa considerado heterodoxo, isto é, combina medidas monetárias tradicionais (juros altos, por exemplo) com medidas intervencionistas (congelamento de preços e outras). O Cruzado combinou medidas de austeridade fiscal com a preocupação de elevar a renda real dos assalariados. Plano Bresser (1987) Choque econômico menos heterodoxo, voltado mais para o saneamento das contas públicas que para a retomada do crescimento. Plano Verão (1989) Uma volta ao receituário conservador: combater a explosão inflacionária pelo controle do déficit público e pela contração da demanda por meio da redução do salário real. Plano Collor (1990) Anunciado em março de 90, defendeu a teoria clássica do funcionamento da economia segundo as leis de mercado, com um mínimo de intervenção estatal na regulamentação da atividade produtiva ou nos investimentos de interesse social. O governo tentou o Plano Collor 2 em fins de janeiro de 1991, mas a apatia com que a população recebeu as novas medidas mostrou a perda de credibilidade dos choques e planos. Plano Real (1994) Fernando Henrique Cardoso, em 1993, reuniu um grupo de economistas para estabilizar a economia. Inicialmente, foi montado o Programa de Ação Imediata cujos resultados não tiveram nenhuma repercussão na economia. Já a segunda etapa do plano foi bem mais efetiva. Consistiu na criação da Unidade Real de Valor (URV), um indexador que passaria a corrigir diariamente os preços, salários e serviços, como uma espécie de moeda. A URV foi implantada em 1º de março de 1994. Finalmente, em 1º de julho de 1994, foi introduzida uma nova moeda, o real, com o valor de uma URV, também equiparada ao dólar. Reveja suas respostas I – 1. ... os dados essenciais de um texto em uma disposição determinada. 2. ... linhas de fechamento em cima e embaixo, aberto nos lados. 3. ... contextos temporais ... cronológico. II – 1. Fazer o quadro em colunas. 2. Selecionar as informações mais importantes do texto. 3. Determinar a ordem em que as informações devem figurar no conjunto, sempre da esquerda para a direita. 4. Estabelecer os títulos ou cabeças das colunas. 5. Colocar os dados dentro da respectiva coluna. 84 Módulo 4 III – OS ÚLTIMOS PLANOS ECONÔMICOS DATAS PLANOS PONTOS BÁSICOS 1986 Cruzado Combinou medidas de austeridade fiscal com a preocupação de elevar a renda real dos assalariados. 1987 Bresser Voltado mais para o saneamento das contas públicas que para a retomada do crescimento. 1989 Verão Combatia a explosão inflacionária pelo controle do déficit público e pela contração da demanda por meio da redução do salário real. 1990 Collor Defendeu a teoria clássica do funcionamento da economia segundo as leis do mercado, com um mínimo de intervenção estatal na regulamentação da atividade produtiva ou nos investimentos de interesse social. 1994 Real Visava a eliminar a inflação e a estabilizar a economia. Capítulo 4 – Como Registrar as Informações Objetivo: Registrar informações importantes de forma correta. O que você pensa disto? Os registros são úteis para consultas posteriores aos nossos estudos. Você utiliza esse recurso quando estuda? Apresentamos as técnicas de redução de textos com o intuito de auxiliá-lo em seus estudos. Agora, cabe a você utilizá-las de maneira correta e verificar como e onde registrar as ideias selecionadas, para que possa fazer uso delas posteriormente. Registro de informações Fazer anotações é muito importante. Implica três saberes: o que anotar, como anotar e onde anotar. Com as técnicas de redução, você já sabe o que anotar, pois aprendeu que não devemos tomar nota de tudo, apenas daquilo que possa interessar ao estudo em questão. Vejamos, então, como e onde anotar. É desaconselhável fazer anotações em folhas avulsas, porque o material coletado não fica em ordem e, muitas vezes, “desaparece”. Para que tais situações não ocorram, as anotações devem ser feitas em fichários, cadernos, blocos ou em fichas de cartolina ou da forma que você achar melhor. Embora pareça coisa do passado, as fichas podem ser extremamente úteis para o processo doestudo. Nelas, devemos indicar o assunto na cabeça da ficha, de maneira clara para facilitar sua ordenação. Se, em uma mesma ficha, não couberem todas as informações, passe para outra (não escreva no verso), numerando-a no ângulo superior direito. No fim das fichas, indique a fonte – autor, título da obra, editora, data, página(s). 85Módulo 4 Observe nossos exemplos. Texto 1 O RAIO O raio é uma faísca de grandes proporções. Apresenta-se principalmente de duas maneiras: em formato de zigue-zague ou com aspecto de uma bola de fogo. O raio em zigue-zague é o mais comum e pode ser muito perigoso – é o que vemos normalmente em noites de tempestade. O tipo bola de fogo é muito raro e jamais causa danos. Rola até explodir e desaparecer. O trovão provocado pelo raio não é perigoso, pois o estrondo nos chega sempre depois que o raio clareou o céu. Portanto, ao ouvirmos o barulho, podemos estar certos de que o perigo já passou. Antigamente, os homens inventavam todo tipo de histórias para explicar os relâmpagos; a maioria delas atribuía o relâmpago a um deus em cólera, lançando raios de fogo contra a Terra, e o trovão seria o ruído que eles faziam ao cair. Foi Benjamin Franklin quem descobriu que o raio não passa de uma grande centelha elétrica. Resumo anotado em ficha. O RAIO O raio é uma faísca de grandes proporções. O raio em zigue-zague é o mais comum e pode ser muito perigoso. O tipo bola de fogo é muito raro e jamais causa danos. O trovão provocado pelo raio não é perigoso, pois o estrondo nos chega sempre depois que o raio clareou o céu. Antigamente, os homens inventavam todo tipo de histórias para explicar os relâmpagos. Foi Benjamin Franklin quem descobriu que o raio não passa de uma grande centelha elétrica. Texto 2 86 Módulo 4 OS PEIXES Há várias espécies de peixes, no entanto, todos os peixes apresentam certas características comuns a todas as espécies. Todos os peixes são animais vertebrados que vivem na água, sendo, portanto, animais aquáticos, e respiram por guelras. Seus membros, para adaptarem- se ao nado, transformam-se em barbatanas e a cauda forma uma outra barbatana vertical. Em todos os peixes, os olhos são desprovidos de pálpebras e seus corpos são cobertos ou por uma pele fina ou por escamas. Esquema anotado em ficha. Características comuns aos peixes 1. Vertebrados 2. Aquáticos 3. Respiração por guelras 4. Membros transformados em barbatanas 5. Cauda formando barbatana vertical 6. Olhos desprovidos de pálpebras 7. Corpo coberto por pele fina ou escamas Texto 3 PELÉ Édson Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé, nasceu na cidade de Três Corações, em Minas Gerais, mas muito cedo mudou-se com a família para São Paulo. Depois de ser campeão paulista em 1956, Pelé foi convocado para a seleção brasileira, a fim de participar da Copa Roca, torneio entre o Brasil e a Argentina. Em 1958, na Suécia, sagrou-se campeão mundial, aos dezessete anos. Sua participação no jogo contra o País de Gales foi decisiva para a classificação do Brasil, que terminou por ganhar a copa do mundo daquele ano. Participou também das copas do mundo de 1962, no Chile, de 1966, na Inglaterra, e de 1970, no México, sendo o único jogador tricampeão mundial. Quadro sinótico anotado em ficha. PELÉ ANOS CAMPEONATOS 1956 Paulista 1962 Mundial, no Chile 1966 Mundial, na Inglaterra 1970 Mundial, no México 87Módulo 4 Uma vez que já temos as informações desejadas anotadas em fichas, onde guardá-las? A organização dessas fichas dependerá do modo pelo qual você preferir consultá-las. Você pode organizar seu fichário – conjunto de fichas – por ordem alfabética, por assunto etc. A escolha é sua. Documentação bibliográfica O registro das informações bibliográficas deve ser feito à medida que o estudante toma contato com o assunto de seu interesse. As fichas de documentação bibliográfica contêm, no cabeçalho, o(s) nome(s) do(s) autor(es), o título do texto (livro, artigo etc.) fichado, o local da publicação, o nome da editora e demais informações bibliográficas. Somente após a indicação desses dados é que tem início o registro que se deseja fazer. Esta forma de fazer apontamentos possibilita ao estudante formar a sua própria coleção de informações, agrupando a matéria que deve assimilar. O fato de elaborar pessoalmente a matéria, sem a preocupação obsessiva de decorá--la, possibilita reter e tornar mais personalizados os conhecimentos. Afinal, todas as formas de documentação pessoal, além de serem práticas e estarem sempre disponíveis, orientam o estudante em suas pesquisas e suprem sua necessidade de informações para a realização de seus trabalhos. Leitura complementar 10 dicas para estudar com fichas 1. ESCOLHA O TIPO CERTO DE CARTÃO. É fundamental que você escolha o tipo certo de cartão para não exagerar na quantidade ao incluir o seu conteúdo. Se você tiver muitas anotações, prefira os cartões maiores, eles vão permitir que você anote com mais organização e clareza. Já se o conteúdo for simples opte pelos pequenos, mais fáceis de manejar. 2. ESCREVA UMA IDEIA/UM TEMA/UM ASSUNTO POR CARTÃO. O ideal é que você divida um grande tema em pequenas partes e que cada uma delas caiba em um cartão frente e verso. Não tente incluir ideias contrastantes, aspas ou observações aleatórias nos seus cartões de estudo, dessa maneira você ficará perdido no meio de tantas informações. 3. REÚNA MAIS INFORMAÇÕES QUE O NECESSÁRIO. É claro que a ideia dos cartões é resumir toda a sua informação de maneira simples, mas sempre que possível procure incluir mais detalhes do que você acredita que vai precisar. Dessa maneira você pode enriquecer os seus estudos e consequentemente as suas respostas na hora da prova. Lembre-se apenas de não exagerar na quantidade, o que pode fazer com que você confunda os conceitos. 88 Módulo 4 4. DIMINUA AS SUAS FONTES. Não se trata de letras e sim de fontes de pesquisa. Embora seja importante conhecer todos os aspectos de um acontecimento, na hora de estudar dê preferência a apenas alguns deles – os que você ou seu professor consideram mais importantes. Quanto mais opiniões você possuir – sejam elas similares ou contrastantes –, mais complicado será para que você forme as suas próprias ideias. 5. COMECE COM ANTECEDÊNCIA. O seu processo pode ser facilitado se a cada nova unidade aprendida você se sentar e realizar o fichamento dela. Fique atento durante as aulas e anote os conceitos mais importantes, dessa maneira você não precisará reler todo um capítulo para realizar o seu fichamento. Conte também com a ajuda de um professor. Pergunte a ele o que é mais importante dentro de tudo o que você aprendeu e peça para que ele verifique os seus cartões à medida que eles ficam prontos. 6. SEJA DETALHISTA. Você precisa estar muito atento ao que vai incluir nos seus cartões, mas existem alguns detalhes que você não pode deixar de lado. Inclua nomes de autores, títulos dos capítulos e unidades, número de páginas e o seu próprio comentário. Podem parecer informações inúteis, mas em alguns casos simplesmente olhar para o nome de uma unidade já pode dar a você uma ideia do que será discutido a seguir. E ligações desse tipo são muito úteis durante as provas. 7. CRIE UM SISTEMA PRÓPRIO E SIGA-O. Para que o processo de estudo seja eficiente é importante que você crie um sistema pessoal. Você pode dividir os seus cartões por categorias, títulos ou até mesmo cores. Pense na maneira como você aprende melhor e procure formatar os seus cartões de acordo com esse estilo, para facilitar a sua compreensão. 8. SEJA PRECISO(A). Se você tem alguma dúvida sobre aquilo que está prestes a incluir no cartão, não o faça. Espere a próxima aula com o professor daquela matéria, reveja a questão que está te incomodando e só quando tiver certeza adicione a informação ao seu cartão de estudo. Informações erradas em um cartão de estudo podem arruinar uma boa nota. Só escreva aquilo que você pode afirmar com certeza.9. SE VOCÊ ACREDITA QUE SERÁ ÚTIL, ESCREVA. Nunca passe direto por uma informação que você acredita que será útil. Talvez ela não seja, talvez sim, você tem 50% de chances de estar certo. Entretanto, é fundamental que você tenha critério e entenda que embora todo o assunto discutido no capítulo seja importante, apenas alguns pontos se destacam. Do contrário você vai precisar de uma folha de fichamento e não apenas um cartão. 10. EVITE ABREVIAÇÕES E CÓDIGOS. É claro que criar o seu próprio sistema, como já foi sugerido, pode envolver a criação de certos códigos ou abreviações. Essa prática não é condenável, mas pode prejudicá-lo na hora de estudar. Não entender um código ou abreviação pode comprometer todo o seu processo de aprendizagem, portanto, prefira a exatidão de uma palavra completa. 89Módulo 4 Exercícios Para realizar estes exercícios você deverá saber: • registrar ideias e informações importantes de um texto/uma obra. Se tiver dúvidas, retorne ao texto. I – Escreva, nos parênteses, V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 1. ( ) As anotações pessoais dispensam normas. 2. ( ) As anotações ficam mais ordenadas se feitas em cadernos. 3. ( ) Feitas geralmente em cartolina, as fichas são utilizadas para anotações. 4. ( ) As fichas dispensam títulos, mas não as referências bibliográficas. 5. ( ) Se as anotações não couberem na frente da ficha, usa-se o seu verso. 6. ( ) A escolha da melhor forma de organizar um fichário cabe a um especialista. 7. ( ) A organização do fichário pode ser feita por ordem alfabética, por assunto etc. II – Registre as informações propostas, em ficha, utilizando o esquema em chave. ROBÔ Um homem mecânico, com as mãos de metal, um sistema visual composto de câmeras de televisão e um raio “laser”, rodas no lugar dos pés e um cérebro computadorizado, programado com milhares de instruções. Esse foi o primeiro visitante terrestre ao planeta Marte. A Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) aperfeiçoou esse robô de meia tonelada, inicialmente planejado para explorações espaciais, mas que também “poderá substituir o homem em trabalhos perigosos ou monótonos”. O custo do projeto é calculado em milhões de dólares. Reveja suas respostas I – 1. (F) As anotações são pessoais, entretanto certas normas devem ser seguidas para que se alcancem os objetivos. 2. (F) As anotações ficam mais ordenadas se feitas em fichas. 3. (V); 4. (F) As fichas não dispensam títulos (ajudam na ordenação) e devem conter referências bibliográficas (auxiliam consultas futuras). 5. (F) No caso de as anotações não caberem na frente da ficha, deve-se usar outra, mas nunca o seu verso. 6. (F) A escolha da melhor forma de organizar um fichário cabe ao seu organizador. 7. (V). II – Homem mecânico Características Função: substituto do homem Câmeras de TV Raio laser Pesquisas espaciais Trabalhos perigosos ou monótonos Rodas no lugar dos pés Cérebro computadorizado Meia tonelada de peso Mãos de metal Sistema Visual ROBÔ MÓDULO 5 Capítulo 1 – Leitura de Quadros, Tabelas e Gráficos Objetivo: Interpretar quadros, tabelas e gráficos. Podemos dizer que quadros, tabelas e gráficos são representações visuais de dados sobre fenômenos físicos, econômicos, sociais, entre outros. Essas representações nos permitem a percepção rápida e fácil de um todo. A leitura de quadros, de tabelas e de gráficos ocupa um lugar de destaque no estudo, pois tais elementos complementam as informações de livros didáticos, jornais, revistas e facilitam a aproximação da teoria com a realidade. Às vezes, durante a leitura de um texto, encontramos quadros, tabelas e gráficos que precisamos interpretar. Como fazer isso? Quadro O quadro é formado por linhas horizontais e verticais, portanto, é “fechado”. Normalmente é utilizado para apresentar resultados qualitativos (textos), mas nada impede que apresente resulltados de pesquisa. QUADRO 1 – DEGRADAÇÃO DA NATUREZA CAUSAS EFEITOS • Desmatamento provocado por queimadas • Derrubada indiscriminada de árvores degradação do meio ambiente • Inexistência de saneamento básico contaminação do solo • Uso de agrotóxicos na agricultura • Utilização de produtos químicos nas indústrias contaminação química do solo • Uso inadequado do lixo urbano proliferação de insetos causadores de doenças Comecemos a nossa análises pelo título, para sabermos do que trata o quadro. O assunto refere-se a ações que prejudicam a natureza. Na coluna à esquerda, as causas, as ações realizadas pelo homem contra o meio ambiente; na coluna à direita, as consequências nefastas dessas ações. Diante desses dados, a que conclusamos podemos chegar? Constatamos que as ações que agridem o meio ambiente nos trazem consequências sérias. Tabela A tabela é formada apenas por linhas horizontais, portanto, é “aberta”. Normalmetne é utilizada para apresentar resultados quantitativos (números). UNIDADE V QUADROS, TABELAS E GRÁFICOS 92 Módulo 5 Vamos observar a seguinte tabela. MEDALHAS – OLIMPÍADAS 2012 Fonte: <http://olimpiadas.uol.com.br/quadro-de-medalhas/>. País Medalhas Ouro Prata Bronze Total 1o Estados Unidos 46 29 29 104 2o China 38 27 23 88 3o Reino Unido 29 17 19 65 4o Rússia 24 26 32 82 5o Coréia do Sul 13 8 7 44 Analisemos primeiramente o título para saber do que trata a tabela. O assunto refere-se às medalhas recebidas por países, nas Olimpíadas de 2012. Passemos à parte superior da tabela. Identificamos o tipo de medalhas oferecidas – Ouro, Prata, Bronze – e o seu total. Na primeira coluna, à esquerda, temos os cinco países e a colocação que obtiveram na classificação geral. Na segunda, terceira e quarta colunas, o número de medalhas recebidas e, na quinta coluna, o seu total. A que conclusão podemos chegar? Verificamos que os Estados Unidos tiveram um número total maior de medalhas de ouro, ficando, por isso, em 1o lugar. Às vezes, ocorre de um país obter um número total maior de medalhas e não conseguir a melhor colocação. Foi o que aconteceu com a Rússia; que obteve 82 medalhas no total, mas ficou em posição inferior a do Reino Unido, com apenas 65. Isso acontece porque a referência maior são as medalhas de ouro. Observe que essa tabela não está completa, pois foram incluídos apenas os cinco países e não foram apenas esses que participaram das Olimpíadas. Com 3 medalhas de ouro, o Brasil ficou com 22a colocação. Gráfico Para interpretar gráficos, devemos, assim como nas tabelas, ler o título para conhecer o assunto. Depois, se houver legenda, vamos observá-la para compreender o que está sendo mostrado no gráfico. Passemos, agora, ao estudo do gráfico referente à tabela que acabamos de analisar. Medalhas de Ouro 46 38 29 24 13 Medalhas de Prata 29 27 17 26 8 Medalhas de Bronze 29 33 19 32 7 Total 104 88 65 82 44 Legenda Estados Unidos China Reino Unido Rússia Coreia do Sul MEDALHAS – OLIMPÍADAS 2012 Fonte: www.olimpiadas.uol.com.br Cada país é representado por uma cor. Portanto, cada barra do gráfico mostra a situação do país somente pela cor, não sendo necessário repetir o nome de cada um para entender o gráfico. 93Módulo 5 Analisemos os outros elementos que nele se encontram. Observando atentamente o gráfico em estudo, concluímos que as mesmas informações que se encontram na tabela estão representadas no gráfico com retângulos horizontais. Aliás, é sempre assim. Para elaborar um gráfico, você sempre se baseia em dados organizados, normalmente no formato de tabela. Esse tipo de gráfico denomina-se Gráfico em Barras. Observação! Os elementos de um gráfico em barras podem ser colocados em colunas (Gráfico em Colunas), em que os retângulos estão dispostos verticalmetne. Vejamos o gráfico sobre animais em período de extinção. 6000 ANIMAIS EM PERÍODO DE EXTINÇÃO 2020 Adaptado de: <www.Online HTML Editor>. 0 (z er o) 0 (z er o) 1500 6000 50 10 300 2009 20104000 0 (z er o) 210 0 (z er o) Baleia Lince Tigre Urso Pardo Temos, ainda, os Gráficos Pictóricos ou Pictogramas, que são construídos por meio de desenho. Adaptado de: FAO(Food and Agricultural Organization), 2010. LI TR O S /D IA ( PO R V AC A) ÍNDIA BRASIL ARGENTINA ALEMANHA JAPÃO ESTADOS UNIDOS 20 25 15 10 5 0 25 PAÍS PRODUÇÃO LEITURA DO BRASIL E DE ALGUNS PAÍSES CRIADORES 3 4 12 18 20 25 A leitura é simples. Tem a vantagem de utilizar figuras, o que dá um certo realismo e sentido à mensagem. Observando o gráfico, temos o seguinte. O gráfico compara a produtividade brasileira diária de leite com a de outros países. A pecuária bovina nacional apresenta baixa produtividade de carne e leite em relação à de países como a França, a Alemanha, a Argentina e o Uruguai. Passemos ao estudo de outro tipo de gráfico. Observe-o atentamente! Adaptado de: Observatório Econômico <http://oered.org/index.php?option=com_co ntent&view=article&id=36:brasil-&catid=2:noticia&itemid=2&lang=pt>. EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES D EZ 0 7 JA N 0 8 FE V 08 M AR 0 8 AB R 0 8 M AI O 0 8 JU N 0 8 JU L 08 AG O 0 8 S ET 0 8 N O V 08 D EZ 0 8 O U T 08 JA N 0 9 FE V 09 M AR 0 9 AB R 0 9 M AI O 0 9 200 180 170 190 160 150 140 130 120 Nesse gráfico, denominado Linear ou de Curvas, temos representada a comparação entre o valor das exportações e das importações brasileiras, de dezembro de 2007 a maio de 2009. A sua parte inferior representa os períodos pesquisados. Cada ponto que se encontra na linha lateral à esquerda representa os valores, em milhões de dólares, resultantes das transações. A subida das linhas indica aumento dos dólares recebidos ou pagos por meio delas; a descida, por sua vez, revela diminuição desses valores. 94 Módulo 5 Seguindo o traçado das linhas, podemos constatar que houve queda das exportações e importações, a partir de janeiro de 2009. Vamos ver se você entendeu o gráfico. Quantos milhões de dólares, aproximadamente, foram obtidos com a exportação de produtos em maio de 2008? Se você respondeu 170 milhões, aproximadamente, você acertou. OS CINQUENTÕES SÃO EM MAIOR NÚMERO (FAIXAS DE IDADE DOS CORREDORES DE RUA EM SÃO PAULO E NO RIO DE JANEIRO) 20% 35% 11% 34% 16 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 49 anos 50 anos ou mais Outro tipo de gráfico muito utilizado, o Gráfico em Setor, também chamado Gráfico em Pizza ou em Círculo. Consta de um círculo dividido em partes angulares a que chamamos setores. Interpretando-o, podemos dizer que em São Paulo e no Rio de Janeiro os corredores de rua com 50 anos ou mais são em maior número (35%), seguidos dos que têm de 35 a 49 anos (34%), 25 a 34 anos (20%) e, por último, dos que têm de 16 a 24 anos (11%) Agora você está apto para entender tabelas e gráficos em suas leituras. Esses novos conhecimentos, certamente facilitarão seus estudos. Exercícios Para realizar os exercícios, você deverá saber: • reconhecer quadro e tabela; • interpretar tabelas e gráficos. Se tiver dúvidas, retorne ao texto. Leia, atentamente, os gráficos propostos e responda ao que se pede. A. Pirâmide etária do Brasil Adaptado de: IBGE (Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 2010. IDADE (EM ANOS) 80 OU MAIS HOMENS MULHERES 75 a 79 70 a 74 65 a 69 60 a 64 55 a 59 50 a 54 45 a 49 40 a 44 35 a 39 30 a 34 25 a 29 20 a 24 15 a 19 10 a 14 5 a 9 0 a 4 IDOSOS ADULTOS JOVENS CORPO: É A PARTE INTERMEDIÁRIA DA PIRÂMIDE; REPRESENTA A POPULAÇÃO ADULTA, ENTRE 20 A 59 ANOS BASE: É A PARTE INFERIOR DA PIRÂMIDE; REPRESENTA A POPULAÇÃO JOVEM, ENTRE 0 A 19 ANOS ÁPICE: É A PARTE SUPERIOR DA PIRÂMIDE; REPRESENTA A POPULAÇÃO IDOSA, COM 60 ANOS OU MAIS MILHÕES DE HABITANTES 10 8 6 4 2 0 0 2 4 6 8 10 95Módulo 5 1. Qual o tipo de gráfico apresentado? ___________________________________________________________________________________________ 2. Que informações adicionais o gráfico mostra? ___________________________________________________________________________________________ 3. O que o gráfico está representando? ___________________________________________________________________________________________ 4. O que é possível observar em relação à proporção de homens e mulheres? ___________________________________________________________________________________________ 5. Compare as principais partes da pirâmide e discuta com seus colegas sobre a estrutura da população brasileira. ___________________________________________________________________________________________ B. Cidades mais populosas do País São Paulo Rio de Janeiro Salvador Brasília Fortaleza Belo Horizonte 11.037.593 6.186.710 2.998.056 2.606.885 2.505.552 2.452.617 10.000.000 8.000.000 6.000.000 4.000.000 2.000.000 0 12.000.000 População Adaptado de: IBGE, 2010. 1. Qual o tipo de gráfico apresentado? ___________________________________________________________________________________________ 2. Qual o assunto geral tratado pelos gráficos? ___________________________________________________________________________________________ 3. De quantos milhões é a diferença entre a população da cidade de São Paulo e a de Belo Horizonte? ___________________________________________________________________________________________ C. Aquecimento global 205 310 375 510 780 1900 1950 2000 2050* 2100* *ESTIMATIVAS ANOS 100 0 200 700 600 500 400 300 800 Adaptado de: IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Changel). Disponível em: <www. ipcc.ch/publications_and_data/publications_and_data_reports.shtml>.Acesso em: 14 mar. 2012. 96 Módulo 5 AUMENTO DA TEMEPRATURA MÉDIA DA TERRA (GRÁFICO 2) Adaptado de: IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Changel). Disponível em: <www.ipcc.ch/ publications_and_data/publications_and_data_tecnical_papers.shtml#.T2CSnLKGhgE>. Acesso em: 14 mar. 2012. 2100*2050*200019501900 13,7o 13,8o 14,4o 15,6o 17,0o 20o 18o 16o 14o 12o 10o TE M PE R AT U R A (E M C o) Estimativas* 1. Qual o tipo de gráficos apresentados? ___________________________________________________________________________________________ 2. Qual o assunto geral tratado pelos gráficos? ___________________________________________________________________________________________ 3. De que trata o gráfico 1? _____________________________________________________________________ De que trata o gráfico 2? _____________________________________________________________________ 4. Qual a relação mostrada pelos gráficos? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ D. Preço das exportações brasileiras BÁSICOS SEMIMANUFATURADOS MANUFATURADOS JA N 0 7 M AR 0 7 M AI O 0 7 JU L 07 S ET 0 7 N O V 07 JA N 0 8 M AR 0 8 M AI O 0 8 JU L 08 S ET 0 8 N O V 08 JA N 0 9 M AR 0 9 M AI O 0 9 200 180 170 190 160 150 140 130 120 110 100 0 Fonte: Observatório Econômico <http://oered.org/index.php?option=com_content& view=article&id=36:brasil-&catid=2:noticias&itemid=2&lang=pt>. 1. Qual é o tipo de gráfico apresentado? ___________________________________________________________________________________________ 2. Qual foi o período de tempo pesquisado? ___________________________________________________________________________________________ 3. Em que datas os preços das exportações brasileiras foram mais altos? ___________________________________________________________________________________________ 97Módulo 5 4. Quais foram os produtos que alcançaram maiores preços durante todo o período pesquisado? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________5. Quais produtos tiveram os mais baixos preços em maio de 2009? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ Reveja suas respostas A - 1. Gráfico de Barras. 2. As partes da pirâmide (base, corpo e ápice). 3. A distribuição da população por idade e sexo. 4. A proporção de homens e mulheres está equilibrada. 5. Resposta pessoal. B - 1. Gráfico de Colunas. 2. O gráfico nos apresenta, em números, as cinco cidades mais populosas do Brasil. 3. A diferença entre a população da cidade de São Paulo e a cidade de Belo Horizonte é de 8.584.976. C - 1. Gráfico Pictórico 2. Aquecimento global 3. Concentração de CO2 na atmosfera / Aumento da temperatura média da Terra 4. A relação entre o aumento da poluição atmosférica e a elevação da temperatura D – 1. Gráfico Linear. 2. O período de tempo pesquisado foi de janeiro de 2007 a maio de 2009. 3. Os preços das exportações brasileiras foram mais altas de julho a setembro de 2008. 4. Os produtos que alcançaram maiores preços durante todo o período pesquisado foram os Produtos Básicos. 5. Os produtos que tiveram os mais baixos preços em maio de 2009 foram os Produtos Semimanufaturados. Capítulo 2 – Leitura de Mapas Objetivo: Conceituar, identificar e interpretar mapas. O que você pensa disto? Qual a importância da leitura dos mapas? 98 Módulo 5 Mapas - história, definição, elementos essenciais e importância Histórico Desde a Antiguidade, o ser humano teve necessidade de se localizar e conhecer os locais, as rotas e o que havia nelas. Era essencial saber voltar ali e divulgar para outras pessoas o intinerário, facilitando a localização posteriormente. Nem sempre foi fácil representar a Terra, em mapas antigos notamos as mais variadas visões de mundo e a incerteza de que a Terra era “redonda”. Das grandes navegações até as novas tecnologias, como as imagens aéreas e as de satélite, foi um longo caminho de aperfeiçoamento. Hoje os mapas estão por toda parte. É possível visualizá-los praticamente em tempo real pelos atuais satélites, pelas tecnologias, como os GPS, que possibilitam uma localização exata, pelas técnicas de impressão e softwares sofisticados que nos deixa ainda melhor. Mas, um mapa não inclui só tecnologias. Ele é uma visão de mundo. É uma escolha de como e por que representar determinados fenômenos e ocorrências. Definição Mapa é uma representação geométrica plana, simplificada e convencional, do todo ou de parte da superfície terrestre,numa relação de similitude conveniente denominada escala. Simplificando, mapa é uma representação do espaço terrestre numa superfície plana. Para ser eficiente, deve ser de fácil leitura. A percepção deve ser a mais instantânea possível, de modo que em um tempo curto seja possível lê-lo e entendê-lo. Elementos essenciais de um mapa Alguns elementos de um mapa são considerados essenciais, para a leitura do mesmo. A própria cartografia é uma linguagem, por isso se exprime por meio do emprego de elementos e signos formando uma linguagem universal e atingindo o objetivo de comunicação. Título – mostra de forma clara e objetiva qual será o assunto do mapa, o que ele representa. Legenda – um conjunto de símbolos que devem ser reconhecidos com facilidade e representam um fenômeno ou uma ocorrência na superfície real. Uma relação entre significante e significado (convenções geográficas). Escala – é a relação entre as distância do mapa e a distância real do terreno cartografado. Por meio dela conseguimos saber a distância entre um lugar e outro. Os mapas podem ser planos, de relevo e mudos. Os mapas planos são os mais comuns e podem ser: • físicos os que representam acidentes geográficos; • políticos os que representam fatos de Geografia Humana, como fronteiras nacionais, localização de cidades, rodovias e estradas de ferro etc.; • físico-políticos os que apresentam aspectos físicos e características políticas; 99Módulo 5 • meteorológicos os que se referem a chuvas, ventos e climas; • econômicos os que mostram a localização das zonas de produção econômica: regiões agrícolas, de mineração, industriais; • hipsométricos os que registram elevações topográficas; • sociopolíticos os que representam grupos étnicos, religiosos etc. Os mapas de relevo procuram representar as irregularidades geográficas da superfície terrestre, suas montanhas, seus rios, seus vales, suas planícies etc., de forma tridimensional, isto é, em três dimensões (comprimento, largura e profundidade). Os mapas mudos indicam somente os contornos de uma determinada área geográfica, sem indicação dos nomes dos acidentes ou mesmo sem representação deles. É um excelente instrumento para fixação de conteúdo e verificação da aprendizagem, sendo, por isso, muito usado em exercícios e provas. Links Consulte um Atlas para visualizar os tipos de mapas citados. Leitura de mapas A leitura de mapas é uma tarefa relativamente simples, mas requer do leitor o domínio de alguns conhe- cimentos, já que, na sua confecção, se utilizam símbolos, cores e espaços que não têm semelhança visual com aquilo que se representa. As convenções cartográficas A necessidade de representar com fidelidade no mapa as características de determinadas áreas da superfície terrestre levou os cartógrafos a desenvolver uma série de símbolos gráficos (desenhos, cores, números e letras, pontos, linhas ou hachuras) aceitos internacionalmente na forma de convenção. Por isso, um mapa, em geral, pode ser compreendido independentemente do país em que foi produzido. Entre as convenções cartográficas, podemos citar os seguintes exemplos: corpos d’água, como rios, lagos, mares e oceanos devem ser representados na cor azul; florestas e matas, na cor verde; rodovias, com linhas e traços. Os significados desses símbolos/convenções são explicados no mapa por meio da legenda. O quadro, a seguir, traz alguns exemplos de símbolos que você poderá encontrar na legenda de mapas de diversos atlas, livros, jornais, entre outros. Exemplos de convenções cartográficas. 100 Módulo 5 Observe como essas convenções se apresentam nos mapas. PRINCIPAIS VIAS DE TRANSPORTE NA REGIÃO NORDESTE Adaptado de: ATLAS GEOGRÁFICO ESCOLAR, 5. ed. Rio de Janeiro IBGE, 2009. Vamos à leitura/interpretação do mapa. Daremos, a seguir, um roteiro, capaz de auxiliá-lo na tarefa de interpretar mapa. 1o Leia o título do mapa – ele nos informa o que o mapa representa. 2o Veja qual é a escala utilizada. Você deve ter reparado que todo mapa apresenta uma escala. Escala é a medida de comparação que se usa entre o tamanho real e o tamanho do desenho representado. Como é impossível desenhar uma cidade, por exemplo, no seu tamanho real, temos de reduzir milhões de vezes a representação que dela se faz. Só por meio dessa redução, preservando-se as devidas proporções, é que se pode ter uma ideia do espaço que ela ocupa no país, no continente, na Terra. Observe. 1 250 500 750 1 000km Escala 1: 25.000.000 Em um mapa que apresenta a escala acima, cada 1 centímetro do desenho equivale a 25.000.000 centímetros do tamanho real, ou seja, o terreno foi reduzido 25.000.000 vezes e a relação numérica entre o desenho do mapa e a extensão do terreno é de 1 centímetro para 250 quilômetros. Repare que a extensão 1:250 corresponde à dimensão de 250 quilômetros. 101Módulo 5 3o Interprete o que as cores indicam no mapa a seguir. TAXA DE JOVENS MORTOS POR 100 MIL HABITANTES Adaptado de: <http://www.cenpec.org.br/noticias/ler/Assassinatos-entre-jovens-crescem-375-por-centro-em-30-anos,aponta-pesquisa>. Veja que cada elemento da legenda indica a taxa de jovens mortos por 100 mil habitantes. Observe que o estado de Alagoas tem a maior taxa de homicídios de pessoas com mais de 20 anos. Fonte: EditoraçãoEletrônica do CETEB. N S NN S-ESESOS-SO NEN-NEN-NONO L-SES-SO L-NE0-N0 ROSA DOS VENTOSO referencial de localização em um mapa é geralmente dado pela presença da Rosa dos Ventos, que indica a posição dos pontos cardeais e colaterais (e, às vezes, também, os subcolaterais). Para finalizar este assunto, lembramos que, como recurso facilitador do estudo, você viu neste Caderno a importância do computador e suas inúmeras formas de uso. A multiplicidade de recursos oferecidos pela internet inclui a pesquisa e a visualização de mapas com detalhes surpreendentes. Basta efetuar uma pesquisa citando o tipo do mapa, seu nome ou outra informação e, certamente, você terá acesso a uma versão atual e dinâmica, podendo, assim, complementar seus estudos. Exercícios Para resolver os exercícios, você deverá saber: • reconhecer mapas; • interpretar mapas. Se tiver dúvidas, retorne ao texto 102 Módulo 5 I – Complete as lacunas com as palavras contidas no retângulo. de relevo – planos – mudos 1. Os mapas ______________________________ são os mais comuns e podem ser físicos, políticos, econômicos etc. 2. Indicando somente contornos de uma determinada área, os mapas ______________________________ não apresentam nomes acidentes geográficos. 3. Os mapas que procuram representar as irregularidades geográficas da superfície terrestre, de forma tridimensional, recebem o nome de mapas ______________________________. II – Observe o mapa das principais vias de transporte na Região Nordeste e responda ao que se pede. 1. Quantos e quais são os estados da região Nordeste? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 2. Cite o nome das capitais e de algumas cidades importantes de cada estado. ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 3. Quantos são e onde estão localizados os principais portos e aeroportos dessa região? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 4. Em que parte da região Nordeste está a maior parte das ferrovias? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ III – Observe o mapa de uma região do estado de São Paulo. BAIXADAS E BACIAS SEDIMENTARES PLANALTO CRISTALINO OU ORIENTAL VALE DO PARAÍBA DEPRESSÃO PERIFÉRICA PLANALTO CRISTALINO OU ORIENTAL ROCHAS ERUPTIVAS VALE DO PARAÍBA 1. O que indicam as legendas? ___________________________________________________________________________________________ 2. Que região de São Paulo está sendo representada? ___________________________________________________________________________________________ 103Módulo 5 3. Que tipo de relevo predomina nessa região? ___________________________________________________________________________________________ 4. O mapa possui escala? ___________________________________________________________________________________________ IV – O que significa a escala a seguir? 200 Escala 1: 40 000.000 400 600 800 1 000 1 500 2 00Okm ________________________________________________________________________________________________ Reveja suas respostas I – 1. Os mapas planos são os mais comuns e podem ser físicos, políticos, econômicos etc. 2. Indicando somente contornos de uma determinada área, os mapas mudos não apresentam nomes de acidentes geográficos. 3. Os mapas que procuram representar as irregularidades geográficas da superfície, de forma tridimensional, recebem o nome de mapas de relevo. II – Compare suas respostas consultando o mapa em questão. III – 1. Indicam os tipos de relevo de uma região do estado de São Paulo. 2. Vale do Paraíba. 3. Planalto Sedimentar 4. Não. IV – Significa que a relação numérica entre o desenho e a extensão real do terreno é de 1 centímetro para 400 quilômetros, ou 40.000.000 centímetros, ou seja, o desenho foi reduzido 40.000.000 vezes. Leitura complementar Técnicas de estudo eficientes A recomendação para você se sair bem em seus estudos é simples: personalização! Tão importante quanto ouvir técnicas de pessoas experientes é testar o que está sendo dito e ver se realmente funciona para você. Há técnicas que funcionam para todos (motivação, otimização do tempo) e outras, apenas para alguns. Por exemplo, há quem renda mais ouvindo; outro copiando; outro assistindo. Há quem renda mais durante a manhã e outros, à noite. Cada um tem sua compleição e não adianta forçar. Descubra como você rende melhor e que técnicas são mais úteis. E lembre-se: algumas coisas funcionam para todo mundo, como organização, dedicação, muito treino, fazer revisões periódicas da matéria e estudar com silêncio ou música clássica – jamais com outras músicas, com pressa ou pensando em outras tarefas. Teste as diversas técncias e, se funcionarem, elas passarão a ser as suas técnicas. Também não tente ficar seguindo mil técnicas ao mesmo tempo. Vá devagar, melhorando aos poucos. A direção correta é mais importante que a velocidade. 104 Módulo 5 Outra técnica que funciona é estudar de uma hora e meia a duas horas e descansar por volta de 15 minutos (sua resistência aumenta com o tempo, mas faça sempre os intervalos). E, claro, prestar atenção nas aulas e nas dicas dos professores e fazer muitos exercícios. Conselho errôneo muito comum: “a pessoa que não estudar tantas horas não passa”. Está incorreto porque o estudo vale mais pela qualidade do que pela quantidade e porque, com revisões periódicas apropriadas de memorização, a pessoa que tem menos tempo para estudar também consegue aprender e passar. Não adianta ficar exausto de estudar e não conseguir apreender nenhum conhecimento. Existem duas coisas que farão muita diferença em seus estudos. 1o – Para render mais no estudo, você precisa estar “presente” naquilo que está fazendo. 2o – Quando você está descansando ou fazendo outras atividades, seja de lazer ou dormir, você não está estudando, mas isso pode aumentar sua produtividade no estudo. A fixação da memória ocorre durante o sono profundo. Por isso é importante ter um bom sono. Relaxar e... dormir! Nada de ficar repensando em todas as coisas que aconteceram ou deixaram de acontecer ao longo do dia; nada de ficar pensando, na véspera, na matéria e na prova. Também não vale ficar zapeando a TV até cansar. Hora de dormir é hora de dormir. Claro que você não pode usar a importância do sono como uma desculpa para dormir demais, mas não dormir o mínimo necessário vai, com certeza, prejudicar o aprendizado. Os momentos de lazer fazem a pessoa recuperar suas energias, relaxar, “recarregar a pilha”. Eles também não devem ter carga horária exagerada, mas são essenciais. Um bom lazer é a atividade física já que exercícios aumentam a oxigenação do cérebro, a disposição e melhoram o humor. O conteúdo da prova não reprova ninguém! Isso mesmo! O que reprova é a incapacidade de organização e de ter método de estudo, ou seja, quem reprova você é você! Se listar as coisas que mais atrapalham seu estudo, você verá que as dificuldades pessoais, como preguiça, medo e desorganização, e circunstanciais, como as relacionadas aos amigos, à família e ao trabalho são o que realmente atrapalham na hora do estudo. A pessoa que aprende a administrar seu tempo, suas amizades, seus telefonemas, lazer e ansiedade irá conseguirá estudar bem. Estudo é uma questão de organização, qualidade e administração do tempo. Aprenda a fazer isso e você não será reprovado. Por fim, é preciso saber a matéria, claro, mas também é preciso saber transmitira matéria para a prova! Muitos são aqueles que estudam e aprendem, mas, como não treinam fazendo exercícios, não sabem passar o conhecimento para o papel. E, se você não passar o que sabe para o professor, ele vai achar que você não sabe. Imagine uma pessoa com um caminhão-pipa cheio de água para matar a sede de uma multidão, mas com apenas um canudinho para tirá-la de lá. Não adianta ter a matéria toda na cabeça e não ter treinado sobre como aplicar o conhecimento. O melhor jeito de aprender as técnicas é fazer exercícios. Que esta leitura tenha servido de alerta para atitudes que podem estar prejudicando seus estudos e que você passe a investir mais em técnicas. Texto adaptado de: <http://economia.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/william-douglas/2014/10/28/conheca-4-tecnicas-de-estudo-incomuns-e-eficientes.htm>. REFERÊNCIAS CARRINHO, Fernanda. Métodos e técnicas de estudo. Portugal: Editorial Presença, 2005. CASALI, Caroline. Gêneros, subgêneros e formato da mídia impressa no Brasil. Disponível em: <http://encipecom.G%c3%aaneros,-subg%C%aaneros_e_formatos-da+m%C3%midia-imprensa- revista-noBrasil>. Aceso em: 4 ago. 2009. DURAND, Marie-Fraçoise. Atlas da mundialização: compreender o espaço mundial contemporâneo [trad. Carlos Roberto Sanchez Milani] São Paulo: Saraiva, 2009. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ter: em três artigos que se completam. Rio de Janeiro: Guanabara Roogan, 2001. FROTA, Áurea; MEDEIROS, Celso. Estudar é mais fácil do que você pensa. Disponível em: <http:// orbita. starmedia.com/~vithorhps/tec-estudo3.htm>. Acesso em: 10 set. 2009. FROY, Ron. Como estudar melhor. Estados Unido: Cengage Learning, 2010. MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. São Paulo: Atlas, 2000. RIBEIRO, Marco Aurélio de P. Técnicas de aprender: conteúdos e habilidades. Petrópolis: Vozes, 2012. ROCK, I.; Elias, V. M. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006. TIERNO, Bernabe. As melhores técnicas de estudo. São Paulo: Martins Fortes 2003. WIKIPÉDIA, a inciclopédia livre. Leitura. Disponível em: <http://pt.wikipédia.org/wiki/Leitura>. Acesso em: 13 jan. 2010.