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ÚNICO CETEB – Centro de Ensino Tecnológico de Brasília TÉCNICAS DE ESTUDO EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Caderno ENSINO MÉDIO DOCUMENTO DE PROPRIEDADE DO CETEB TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Nos termos da legislação sobre direitos autorais, é proibida a reprodução total ou parcial deste documento, por qualquer forma ou meio – eletrônico ou mecânico, inclusive por processos xerográficos de fotocópia e de gravação – sem a permissão expressa e por escrito do CETEB. Elaboração E Compilação dE TExTos: Equipe Técnica do CETEB CoordEnação E avaliação: Maria Teresa Caballero Brügger Colaboração E rEvisão linguísTiCa: Ana Paula Porfirio Edir Tourinho de Bittencourt Pereira Magda Maria de Freitas Querino Maria Teresa Caballero Brügger EdiToração ElETrôniCa: Alinne Paula da Silva Divaneia Paula do Nascimento Jorim Caetano Ferreira dEsEnho EduCaCional: Alinne Paula da Silva Divaneia Paula do Nascimento Jorim Caetano Ferreira ilusTração/TraTamEnTo dE imagEns: Alinne Paula da Silva Divaneia Paula do Nascimento Jorim Caetano Ferreira dEsign EdiTorial: Alinne Paula da Silva Divaneia Paula do Nascimento Jorim Caetano Ferreira rEalização: EQUIPE TÉCNICA DO CETEB ÚNICO Técnica de Estudos SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ....................................7 MÓDULO 1 ............................................9 ESTUDAR PARA APRENDER .............................................................. 9 Capítulo 1 – Estudo e Aprendizagem ........................................................................9 Capítulo 2 – Leitura ..............................................................................................18 MÓDULO 2 ..........................................25 TEXTOS ......................................................................................... 25 Capítulo Único – Leitura do Texto ...........................................................................25 MÓDULO 3 ..........................................41 RECURSOS DIDÁTICOS .................................................................. 41 Capítulo 1 – Livro .................................................................................................41 Capítulo 2 – Dicionário .........................................................................................49 Capítulo 3 – Caderno de Estudos ...........................................................................56 Capítulo 4 – Outros Recursos para o Estudo ...........................................................59 MÓDULO 4 ..........................................67 TÉCNICAS DE REDUÇÃO DE TEXTO ................................................. 67 Capítulo 1 – Esquema ..........................................................................................67 6 Técnicas de Estudo Capítulo 2 – Resumo e Resenha ............................................................................76 Capítulo 3 – Quadro Sinótico .................................................................................81 Capítulo 4 – Como Registrar as Informações ...........................................................84 MÓDULO 5 ..........................................91 QUADROS,TABELAS E GRÁFICOS ................................................... 91 Capítulo 1 – Leitura de Quadros, Tabelas e Gráficos .................................................91 Capítulo 2 – Leitura de Mapas ...............................................................................97 REFERÊNCIAS ...................................105 O CURSO Apresentação Você deve estar se perguntando o que vem a ser Técnicas de Estudo. Afinal, sempre pensou que, para estudar, não fosse preciso algo especial. Não se assuste; não é nada complicado. Este Caderno inicia sua caminhada nos próximos estudos. Nele você vai aprender regras simples, mas muito im portantes para tornar seu estudo mais proveitoso, isto é, para que você realmente aprenda. Explicando melhor: estudar não é o mesmo que aprender. Podemos estudar muito, durante horas e horas, passar noites em claro, fazer um esforço muito grande e não aprender quase nada. Isso acontece porque estudar de maneira inteligente não é simplesmente ler, decorar conteúdos passivamente, nem procurar aprender partes isoladas de conhecimentos. Estudar é bem diferente. Significa compreender o que se lê, organizar mentalmente as informações recolhidas, refletir sobre seus pontos principais, reter o fundamental. Estudar exige uma postura de investigação que proporcione habilidade e compreensão e todo um processo de construção e reconstrução de conceitos, de análise reflexiva dos conteúdos e incorporação de significados, de requisitos essenciais para uma aprendizagem mais profunda e duradoura. É essencial, portanto, escolher, além da hora certa e do lugar certo, a maneira e a técnica certa de fazê-lo. Afinal, o que é técnica? É a maneira, o jeito ou a habilidade especial de executar, de fazer algo. Mas como se faz uso da técnica? Cada unidade desta disciplina vai ensinar-lhe algo a respeito do estudo e a melhor maneira de realizá-lo. Ao final, você terá conhecimento de um conjunto de técnicas úteis para fazer seu estudo render mais. Estude com atenção e não deixe de fazer todas as atividades. Objetivos • Aplicar técnicas que facilitem a aprendizagem. • Utilizar recursos didáticos capazes de tornar o estudo eficiente, com economia de tempo e esforço. Organização da Disciplina A disciplina apresentada neste Caderno está estruturada em cinco unidades e cada unidade em um ou mais capítulos, apresentados pedagogicamente para serem atraentes e dinâmicos, visando a prepará-lo para o alcance de um estudo eficiente. 8 Módulo 1 As unidades têm uma sequência, pois a compreensão de uma delas é fundamental para o bom desempenho nas seguintes. O conteúdo da disciplina reúne diferentes recursos didáticos. Ao final de cada capítulo, você realizará exercícios para checar seu aprendizado. Para isso lhe serão apresentadas técnicas adequadas e específicas de estudo que devem ser utilizadas, favorecendo sua confiança, motivação e aprendizagem. Você conhecerá a diferença entre estudar e aprender e analisará tipos e técnicas de leitura que concorrem para a obtenção do êxito na sua compreensão. Analisará considerações gerais sobre a leitura de textos, incluindo o texto didático. Entre os recursos didáticos que lhe serão apresentados, você verá a importância do Livro Didático, sua história, seus componentes, do Dicionário, como precioso auxiliar de quem estuda, do Caderno de Estudos, como tipo especial de material didático e, ainda, dos Recursos Audiovisuais, como meios que favorecem a durabilidade da aprendizagem. As novas tecnologias poderão tornar seu estudo uma atividade produtiva a partir da informação automática que substitui o seu tratamento manual, processando-a por intermédio de ferramentas do computador. Estude para aprender. O conhecimento é um fator de economia e sucesso na sua vida. MÓDULO 1 Capítulo 1 – Estudo e Aprendizagem Objetivos: Diferenciar “estudar” de “aprender”; identificar condições favoráveis ao estudo eficiente, à aprendizagem significativa. Fonte: Editoração Eletrônica do CETEB. Quantas vezes estudamos durante muitas horas, porém, algum tempo depois, ao precisarmos aplicar esses conhecimentos em outras situações, não conseguimos nos lembrar das informações lidas. Deduzimos, pois, que nosso estudo não foi eficiente, isto é, estudamos, mas não assimilamos o suficiente, não aprendemos. Significa que estudar e aprender não caminham juntos. Afinal, o que é estudar? Existem diferentes formas de estudar. Vejamos a diferença entre o estudo inteligente e o estudo mecânico. Estudar de maneira inteligente é buscar com empenho, dedicação e perseverança alguma coisa. É ter curiosidade, vontade ou necessidade de encontrar uma resposta para um problema. Não é simplesmente decorar conteúdos, passivamente, para reproduzi-los. Quando isso acontece, não há o desenvolvimentode competências e habilidades e nós permanecemos no estado passivo de expectador. Como não há compreensão, não conseguimos utilizar nossos conhecimentos para solucionar problemas que necessitam de sua aplicação. Estudar é concentrar nossa atenção e nossos recursos pessoais para entender e assimilar um assunto. Estudar é um processo. Como estudamos? Estamos estudando quando lemos um texto, um mapa, um gráfico, uma lista com nomes de instrumentos; observamos um fenômeno; ouvimos instruções; aplicamos técnicas adequadas à resolução de um problema; seguimos passos de um roteiro para a construção de um kit. Estudamos quando nos colocamos alerta para observar o material do estudo, interpretá-lo e compreendê-lo. E o que é aprender? Aprender é buscar, comparar, pesquisar, produzir. Não é receber tudo pronto, mas, sim, ir atrás de novos caminhos, produzir novas sínteses, buscar as informações que necessitamos, e compreendê- las em sua totalidade. UNIDADE I ESTUDAR PARA APRENDER 10 Módulo 1 Nesse sentido, para que uma aprendizagem aconteça, ela necessita de um sentido dinâmico, motivador, de ser vista como a compreensão de significados, relacionando-os com os conhecimentos prévios de quem aprende. Para que ela seja significativa, viva, enriquecedora, deve incorporar informações e reflexões e ainda fazer pontes entre o que se aprende intelectualmente e as situações reais, experimentais, ligadas aos estudos, contribuindo para a utilização do que é aprendido em diferentes situações. Assim, a habilidade e a capacidade de estudar e aprender estão muito relacionadas. O estudo puramente mecânico consiste em procurar aprender partes isoladas de conhecimentos. Essas frações de conhecimentos, por serem estudadas isoladamente, tornam-se sem sentido. Diferente do estudo inteligente, que consiste em organizar os conhecimentos em unidades, com sentido, relacionando-os com os conhecimentos já existentes em nossa estrutura cognitiva. Para nos convencermos de que aprendemos e recordamos mais facilmente o que tem sentido, vamos realizar uma experiência. Leia três vezes as sílabas sem sentido apresentadas a seguir; depois, feche este Caderno e veja quantas sílabas você é capaz de escrever. bep fev rib cuj jid paf seb zin fix mui leb ruz Leia, agora, três vezes as dez palavras seguintes, com a intenção de decorá-las, e tente depois reproduzi-las oralmente. bebida café campo casa xícara nadar pato pires ponte regato Notou como obteve melhores resultados com a lista de palavras do que com a lista sem sentido? Isso é devido à familiaridade das palavras usadas. Podemos facilitar ainda mais a aprendizagem e a memorização se utilizarmos cadeias de associações, se as relacionarmos às experiências prévias e às nossas vivências pessoais. Quando isso não acontece, a aprendizagem torna-se mecânica, incorporando isoladamente o conteúdo. Vejamos uma possibilidade de reunião das seguintes palavras. 1. casa campo ponte regato nadar pato Você observou como as palavras do grupo acima relacionam-se a campo? 2. café bebida xícara pires No segundo grupo, reunimos palavras que se associam à bebida. Poderemos, ainda, organizá-las em frases que as incluam na ordem em que se apresentam, e a retenção será ainda melhor: 1. A casa fica no campo. 2. Há uma ponte sobre um regato onde nada um pato. 3. Café é uma bebida servida numa xícara sobre um pires. Com essa pequena experiência, compreen demos que deveríamos sempre tentar agrupar os dados em sistemas de ideias, para recordá-los. 11Módulo 1 Quanto mais associações fizermos, maior será a possibilidade de que algumas venham a atuar no momento da recordação. Se estivermos estudando Geografia, por exemplo, poderemos relacionar o assunto a lugares onde já estivemos. Então, podemos afirmar que o estudo é mais proveitoso quando temos consciência do que estamos estudando. Quando nosso estudo é eficiente, podemos dizer que aprendemos. Entretanto, isso só não basta. Precisamos, também, garantir que, no futuro, poderemos aplicar novamente o que já aprendemos. Para isso, é necessário incorporar as informações ao nosso conhecimento e não utilizar somente a memorização. Precisamos saber o que é memória. Memória é a capacidade de recordar, em outras ocasiões, algo que aprendemos antes. Podemos aperfeiçoar nossa capacidade de recordar utilizando proce dimentos, como: • manter a vivacidade e a concentração (um enorme desejo de aprender); • recitar o que foi estudado; • fazer associações entre o que aprendemos e o que já sabemos (associar data histórica a aniversário de parente); • aplicar o que aprendemos (em exercícios, conversas, situações novas); • registrar o que aprendemos (fazendo anotações). Dado o esforço mental despendido durante uma leitura para estudo, é necessário que sejam levados em conta alguns fatores indispensáveis a um bom rendimento. Como o nosso conhecimento é, em grande parte, resultado de nossos esforços no sentido de aprender e adquirir novas informações, veremos alguns procedimentos de estudo que demonstraram aumentar a rapidez e a permanência da fixação e da retenção. São eles: planejar o estudo, estabelecer horário e local fixos, realizar movimentos oculares corretos, ter postura adequada, participar ativamente, distribuir racionalmente os períodos de estudo, estudar buscando a compreensão, ter atenção e concentração. Planejar o estudo Geralmente, existe muito a ser feito em pouco tempo. Todos os dias, temos uma série de tarefas a realizar: obrigações domésticas, profissionais, diversões e, para os estudantes, também o estudo. Como conseguir realizar, nas 24 horas do dia, tudo isso? A resposta está em planejar a nossa vida diária, propondo-nos horários. Muitas pessoas têm prevenção contra horários, dizem que eles inibem a criatividade e a espontaneidade, que tornam as tarefas mecânicas e desinteressantes. Mas não é bem assim. Todas as pessoas que têm inúmeros compromissos diários, com horários exatos, sabem da importância da previsão do que precisam fazer, para que possam realizar tudo a tempo. Além disso, planejar não é propor planos rígidos; é elaborar uma proposta de uso racional e eficiente do tempo disponível. Na verdade, quem pensa que deve trabalhar ou estudar apenas quando tem vontade parece desconhecer que viver impõe prazos, como o dia de entregar um trabalho, o horário do ônibus ou do médico, a hora do almoço, a data de pagamento da luz, da água ou do carnê de prestação. Ao desconhecer que certas tarefas requerem mais tempo que outras, acumula-as e, ao final, descobre que, por mais que se esforce, não haverá tempo para concluí-las. 12 Módulo 1 O planejamento é uma necessidade para quem tem muitos afazeres. Ajuda a formar hábitos de trabalho e a obter como resultado eficiência, economia de tempo e de esforço e maior tempo livre. Planejar é decidir, antecipadamente, o que, como e quando fazer. Mas, não é suficiente planejar o estudo para horas determinadas. É preciso ter certeza que o tempo será bem utilizado para resolver o que fazer; precisamos conhecer as tarefas que temos a cumprir, ou seja, os objetivos de nosso trabalho ou estudo. Você não deverá planejar mais atividades do que será capaz de executar. Reserve o tempo que necessitará para realizar suas atividades de aprendizagem e só, então, planeje atividades extras. Reserve, também, uma pausa para descanso. Estudar fatigado é “antieconômico”. Alguns poucos minutos de descanso conduzirão você a utilizar com maior eficiência as horas de estudo que se seguirão. Decidir como fazer significa conhecer os recursos necessários para o trabalho e escolher o método de fazê-lo. Recursos são os instrumentos necessários à realização de uma tarefa. Para que você não perca tempo procurando localizá-los, faça sempre uma previsão e não deixe de ter sempre à mão lápis ou caneta, papel de rascunho, dicionário, atlas... Faça uso também do computador como uma ferramenta que vai agilizar seus estudos. Com o recurso tecnológico, talcomo um programa de processamento de textos, você deixará de fazer rascunhos em que terá de escrever e reescrever e, assim, terá ampliado seu rendimento nos estudos, reduzindo sua carga de trabalho, facilitando suas ações ou substituindo determinadas tarefas. Com o computador, você também poderá utilizar dicionários, processadores de texto, planilhas eletrônicas, gerenciadores de banco de dados, atlas e outros recursos disponíveis na Internet. Método é a maneira de realizar a tarefa. Existem vários métodos. Cada pessoa escolhe o que for melhor para si. Porém, todo método precisa ser eficiente, isto é, alcançar o objetivo proposto inicialmente, resultando em aprendizagem. Estamos indicando-lhe uma série de procedimentos de estudo, ou seja, sugerindo-lhe um método de estudo que deve ser eficiente para que você consiga aprender o que lhe é proposto. Você pode segui-lo ou, de acordo com seus hábitos, restringi-lo ou ampliá-lo. Temos que considerar que o aprendizado de qualquer tópico de estudos somente é eficaz quando, durante o processo de fazer, ocorre também o de pensar o que se faz. Isso é alcançado quando se relacionam a teoria apresentada a exemplos ou a exercícios que concorrem para o alcance dos objetivos propostos no estudo. Um método é eficiente quando resulta no alcance desses objetivos. Para isso, deve ser adequado ao que vai ser feito e a quem o fará, bem como deve ser o mais simples e direto possível. Por fim, definir quando fazer significa determinar o momento adequado para iniciar a tarefa e por quanto tempo nos dedicaremos a ela. Para determinar esse aspecto, você tem que considerar dois fatores: o seu ritmo próprio de trabalho intelectual e o tempo que cada tarefa requer. Então, para distribuir as tarefas no tempo, terá que fazer um levantamento de seus afazeres, para saber quais são, e quanto tempo gastará para realizá-los. Estabelecer horário e local fixos A organização de um horário é útil para criar hábitos regulares de estudo e utilizar, ao máximo, seu tempo e energia. 13Módulo 1 Sempre que possível, deve estudar em um local que lhe permita dedicar toda a atenção ao texto em estudo, que lhe garanta ler sem interrupções e ter todo o material disponível. Mesmo tendo um horário, isso não significa ainda que você vai conseguir aproveitar todo o tempo proposto. Às vezes, uma hora de trabalho não rende uma hora verdadeiramente, nem trinta minutos de estudo correspondem a trinta minutos de aprendizagem. Ocorre, muitas vezes, que desperdiçamos tempo em preparativos e distrações e, de cada hora de atividades, só aproveitamos alguns minutos. Se isso acontece com você, seguem algumas sugestões. • Procure um lugar que evite distrações e que permita o uso dele todos os recursos necessários ao estudo ou trabalho: lápis, caneta, borracha, cadernos, módulos, dicionário, e, se possível, um computador. • Organize esses recursos, de modo a saber exatamente onde se encontram quando precisar deles e poder localizá-los rapi damente. Aqueles que você costuma usar com mais frequência devem estar próximos. Cadernos, módulos e livros de determinada disciplina devem estar juntos e ser facilmente diferenciados dos demais. • Estude ou trabalhe desde o primeiro momento, pois você fez um horário e sabe que terá tempo depois para descansar, tomar café, conversar, passear. • Faça esquemas, gráficos, mapas, resumos quando o conteúdo a ser estudado for muito extenso. Em relação ao local de estudo, precisamos, ainda, destacar outro elemento importante: a iluminação. A iluminação ideal recai sobre o texto sem sombreá-lo, evitando, assim, cansaço e desinteresse. Realizar movimentos oculares corretos Ao ler, devemos mover os olhos, procurando enxergar o maior número de palavras de uma só vez, porque somente um grupo de palavras pode formar uma ideia completa. Precisamos evitar ler em voz alta, acompanhar a leitura silenciosa com movimentos dos lábios, dos dedos ou da cabeça, pois essas ações retardam a leitura, dificultando a compreensão do texto. Ter postura adequada O ideal para quem estuda é sentar-se comodamente, com o tronco ereto, para não sentir sono nem dores no corpo. Se nos sentarmos assim em frente a uma mesa onde possamos colocar o material para consulta e fazer anotações, teremos uma condição favorável ao estudo eficiente. Participar ativamente Participar ativamente no estudo significa estabelecer os mais variados tipos de contato com o material. A aprendizagem requer a participação de vários sentidos. Ela se processa, com nossa profunda participação, sobre o que vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experienciamos, lemos e compartilhamos. A pesquisa de novos caminhos de integração do humano e da tecnologia e os variados tipos de contato com o material facilitam a reprodução da matéria, integrando o humano e o tecnológico, o presencial e o virtual, o sensorial, o emocional e o racional. A procura por informações, a pesquisa na Internet, em livros ou em contato com experiências significativas, com pessoas ligadas ao tema, e o uso de recursos, como atlas para localizar lugares, dicionário para conhecer o sentido das palavras desconhecidas. O uso de recursos tecnológicos, meios digitais, como a multimídia, a telemática, são importantes e, muitas vezes, imprescindíveis. 14 Módulo 1 Podemos, ainda, usar técnicas que facilitem nossa aprendizagem, como as associações e os resumos. Consultar tabelas e gráficos, seja em livros, seja no computador, tem enorme importância. Muitas vezes eles valem mais do que várias páginas de um texto explicativo e facilitam nossa assimilação, retenção e, em consequência, nossa aprendizagem. Distribuir racionalmente os períodos de estudo Se estudarmos durante um longo período de tempo, Matemática, por exemplo, ao final do estudo, provavelmente, pouco do que foi lido foi compreendido e assimilado. Além disso, estaremos física e mentalmente exaustos. Precisamos, portanto, organizar nosso programa de estudos, alternando as disciplinas de acordo com as atividades a serem realizadas (ler, escrever, resolver problemas). Se tivermos uma lista de coletivos a memorizar, obteremos melhores resultados se a repetirmos em intervalos de uma hora do que durante uma tarde, sem realizar outra atividade. Estudar buscando a compreensão Como vimos no início deste capítulo, estudar, de maneira inteligente, não é simplesmente ler, decorar conteúdos, passivamente, nem procurar aprender partes isoladas de conhecimentos, que, por isso, tornam-se sem sentido. É incorporar habilidades e capacidades para criar e formar nossas próprias impressões, buscar novas informações, novos caminhos, analisar ideias, avaliá-las, refletir sobre elas, isto é, compreendê-las, para que possamos compor novos conceitos e desenvolver autonomia. Compreensão e aprendizagem significam, portanto, construir significados, transformando-nos progressivamente em sujeitos de nossa própria aprendizagem. É participar ativamente do estudo, firmando os mais diversos contatos com o material a ser estudado. Com a associação dos vários sentidos, que nos permitem participar do que estamos vendo, ouvindo, tocando, experimentando e lendo, ocorre a aprendizagem. Não é raro alguns estudantes dizerem que, quando não entendem a matéria, decoram o contéudo. Mas não é bem assim. Se não entendemos o que lemos, dificilmente conseguiremos, depois de algum tempo, repetir o que foi lido. Dessa maneira, pense sobre o que está fazendo, resolva todos os exercícios sugeridos, procure outros em livros ou no computador, resolva-os e, também, crie os seus. Quando vemos significado na aprendizagem, quando vamos observando e aplicando o que aprendemos, nossa memorização acontece sem esforço, integrando o novo com o que já conhecemos, estusiasmando-nos pelo assunto. Quando percebemos a aplicação do que aprendemos em nossa vida diária, nossa facilidade para aprender aumenta. Por isso, a “boa” leitura, leva-nos a compreender o que lemos, a ponderar os pontos principais epredominantes, a perceber a linha argumentativa, a indicar relações entre suas partes, a guardar o essencial e a interagir com o texto de forma dinâmica, ativa e progressiva. Ao lermos, ao analisarmos o conteúdo, ao elaborarmos mentalmente conexões, conferimos-lhes um significado particular. Para atender nossos objetivos, recolhemos e traduzimos as informações em consonância com nossas vivências, nossa motivação e nossos conhecimentos sobre o tema, 15Módulo 1 relacionando-os à informação que está sendo lida, a fim de atribuir-lhe significado. Ler bem é, portanto, fundamental, para o estudo eficiente. Nesse sentido, a compreensão resulta não só de nossas capacidades cognitivas, mas também de nossos conhecimentos anteriores a respeito da língua e dos temas abordados no texto. Pelos conceitos que já adicionamos à nossa compreensão, vamos interagir com o que lemos, interpretar seu conteúdo, conferindo-lhe um significado próprio. Vamos correlacionar, comentar, conferir, ajustar e transformar nossas representações da realidade, que se relacionam e se influenciam mutuamente, incrementando nosso processo de compreensão e de desenvolvimento. Por tudo isso, um estudo bem compreendido e a incorporação de habilidades requerem tempo maior do que o de uma simples leitura e seus resultados são mais profundos e estáveis. Se, ainda assim, você encontrar um tema que não entende, deve pesquisar em livro indicado em seu Caderno de Estudos ou na Internet e, sobretudo, discutir com seu professor para que ele o oriente. Ter atenção e concentração Atenção e concentração são importantes para quem estuda. Quanto mais nos concentramos em uma única tarefa, maior é a possibilidade de aprendermos o que estamos fazendo e de recordá-lo mais tarde. Isso varia, naturalmente, de uma pessoa para outra; algumas conseguem se concentrar durante um tempo mais longo; outras, em intervalos mais curtos. Faça sempre uma coisa de cada vez. Procurar concentrar-se em várias tarefas simultâneas produz erros, perda de tempo e deficiência no aprendizado. A dificuldade de concentração, ou seja, a impossibilidade de manter o pensamento voltado apenas para o estudo, é um dos problemas mais comuns dos estudantes. Como consequência da falta de concentração, temos de estudar durante maior número de horas e o produto final – a aprendizagem – é muito pequeno. É possível eliminar, pelo menos, as causas externas de perturbação da concentração, e, ao mesmo tempo, reduzir as dificuldades internas por meio de treinamento. No primeiro caso, podemos evitar, enquanto estivermos estudando, visitas, telefonemas e acesso a redes sociais, por exemplo. Difícil mesmo é vencer os fatores internos de distração. O que são esses fatores? São preocupações de ordem afetiva ou não, que tornam difícil a concentração no estudo. Se verificarmos que nossas dificuldades de estudar estão nesse campo, não devemos hesitar em deixar por alguns momentos o estudo e tentar solucionar as dificuldades antes de retomá-lo. É provável que, para pôr em prática os procedimentos aqui sugeridos, você demore algum tempo. Mas se tiver interesse, empenho, dedicação, entusiasmo, confiança e persistência, imprescindíveis em seus estudos e em tudo o que se dispõe a fazer, você alcançará êxito. Para refletir Diante do que foi apresentado, você pode dizer que estuda de maneira inteligente? 16 Módulo 1 Exercícios Para realizar estes exercícios, você deverá saber: • distinguir “estudar” de “aprender”; • identificar condições favoráveis ao estudo eficiente. Se tiver dúvidas, volte ao texto. I – Complete as lacunas, escolhendo, no retângulo, as palavras ou expressões que se referem às seguintes definições. Estudar mecanicamente – Planejar – Aprender – Memorizar – Ler – Estudar – Estudar inteligentemente 1. Concentrar toda a atenção e todos os recursos pessoais para entender e assimilar um assunto. ___________________________________________________________________________________________ 2. Agrupar os conteúdos em unidades com sentido. ___________________________________________________________________________________________ 3. Buscar, comparar, pesquisar, produzir. ___________________________________________________________________________________________ II – Preencha os espaços, indicando as condições favoráveis ao estudo eficiente. 1. ______________________________________________________________________________________________ 2. _____________________________________________________________________________________________ 3. _____________________________________________________________________________________________ 4. ______________________________________________________________________________________________ 5. _____________________________________________________________________________________________ 6. ______________________________________________________________________________________________ 7. ______________________________________________________________________________________________ 8. ______________________________________________________________________________________________ III – Assinale, com um X, as afirmações corretas. 1. ( ) Planejar é decidir antecipadamente o que, como e quando fazer, o que possibilita economia de tempo e esforço. 2. ( ) O planejamento impõe planos rigorosos a serem cumpridos em prazos determinados. 3. ( ) Um método é eficiente quando permite o alcance dos objetivos no menor tempo possível. 4. ( ) Quando estabelecemos um horário de estudo, conseguimos sempre aproveitar o tempo proposto. 5. ( ) A aquisição de bons hábitos de leitura facilita o estudo eficiente. 6. ( ) Devemos ler em voz alta, acompanhar a leitura silenciosa com movimentos dos lábios, dos dedos ou da cabeça. 7. ( ) Por ser mais cômodo e confortável, devemos ler deitados. 8. ( ) A participação ativa no estudo permite-nos chegar melhor à compreensão do assunto lido. 9. ( ) A distribuição racional dos períodos de estudo evita a fadiga. 17Módulo 1 10. ( ) Atenção e concentração facilitam a aprendizagem. 11. ( ) A utilização de uma cadeia de associações, relacionando-as às nossas experiências prévias facilita a aprendizagem. IV – Responda. 1. Podemos aperfeiçoar nossa capacidade de recordar de diversas maneiras. Que estratégia(s) você costuma utilizar? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 2. Ela(s) é/são eficiente(s) para sua aprendizagem? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ Reveja suas respostas I – 1. Estudar 2. Estudar inteligentemente 3. Aprender II – Em qualquer ordem, você deve ter indicado as condições a seguir: planejar o estudo; estabelecer horário e local fixos; realizar movimentos oculares corretos; ter postura adequada; participar ativamente; distribuir racionalmente os períodos de estudo; estudar buscando a compreensão; ter atenção e concentração. III – 1. (X) 2. (X) O planejamento propõe uma distribuição de tarefas de acordo com o tempo disponível; deve ser flexível e adequado à execução de tais tarefas. 3. (X) 4. (X) Nem sempre conseguimos utilizar todo o tempo previsto para o estudo, pois ocorrem interferências como a chegada de pessoas, comunicações telefônicas etc. 5. (X)6. (X) Não devemos agir assim, pois esses hábitos retardam a leitura, dificultando a compreensão do texto. 7. (X) O ideal para quem estuda é sentar-se em frente de uma mesa, com o tronco ereto para não sentir sono nem dores no corpo. 8. (X) 9. (X) 10. (X) 11. (X) IV – Respostas pessoais. 18 Módulo 1 Capítulo 2 – Leitura Objetivos: Conceituar leitura; distinguir atividades que envolvem o processo da leitura; identificar tipos de leitura e diferenciar suas características. Diariamente, deparamo-nos com a necessidade de leitura de jornais, revistas, avisos, comunicados, textos didáticos, cartas, placas, cartazes e até mesmo de realizar pesquisas no computador em busca de fatos, situações, expressões, imagens e muitos outros tipos de informações. O que é saber ler? Será que saber ler é saber decifrar? É, simplesmente, ser capaz de transformar uma mensagem escrita noutra sonora? Saber ler é muito mais do que isso. A leitura exige habilidade e compreensão e todo um processo de construção e reconstrução de conceitos e incorporação de significados, requisitos essenciais para a aprendizagem. Ela é a combinação da apreensão visual, na percepção das palavras ou dos elementos, com a compreensão que deles se tem; é o trabalho conjunto dos olhos e da mente que conduz a uma “boa leitura”. À medida que se reconhecem as palavras escritas, passa-se à fase de interpretar o pensamento do autor. Ler é um ato de opção, percepção, seleção, tradução, interpretação e compreensão, que exige distinção entre os elementos mais importantes e os que não o são, para se escolher os mais representativos e os mais sugestivos. Sobre esse ponto de vista, verificamos que não é suficiente aprender a ler. Ler não é, simplesmente, um ato mecânico de juntar letras e formar palavras, mas um diálogo de coparticipação entre quem lê e o autor do texto. É necessário interpretar os conteúdos, conferindo-lhes significados, para que a leitura, enquanto atividade de inteligência, desempenhe seu papel. Uma leitura proveitosa pressupõe, portanto, não só o conhecimento linguístico com a identificação dos signos que compõem a linguagem escrita e a compreensão do seu significado, como também um conjunto de informações exteriores ao texto, que se costuma chamar de conhecimento de mundo, ou conhecimentos prévios. O que você pensa disto? É imprescindível que seja substituída a postura de decorar conteúdos por outra investigativa, prática e de observação, que nos leve a compreender o sentido do que lemos. Há necessidade de se aprender com o que se lê, observando todos os ângulos, interpretando os conteúdos, tentanto descobrir novas perspectivas e relações e atribuindo-lhes significado, para que a leitura, enquanto exercício de inteligência, cumpra o seu papel. Adaptado de: <mauricio.amormino.com.br>. 19Módulo 1 Tipos de leitura Assim como há diversas coisas para se ler, há diversas maneiras de se ler, definidas de acordo com a finalidade da leitura. Vejamos, a seguir, algumas delas. 1. Leitura recreativa – É a que proporciona prazer, diversão. Um exemplo de leitura recreativa é a que normalmente se faz de revistas de histórias em quadrinhos ou de romances, quando o objetivo é apenas a distração. 2. Leitura exploratória – É a leitura rápida que se faz para se encontrar determinado assunto ou elemento. Quando se procura um endereço na lista telefônica, por exemplo, ou se folheia o jornal, faz-se uma leitura exploratória. 3. Leitura compreensiva – É a leitura que se faz quando se quer entender, sem a preocupação de assimilação, o assunto do texto. Como exemplo podemos citar a leitura que se faz de comunicados em quadros de avisos. 4. Leitura assimilativa – É a que o leitor procura aprender, esforça-se para aceitar o que lê e para assimilar ao máximo a leitura. Por isso, leitura assimilativa e estudo são sinônimos. Como exemplo podemos citar a leitura que normalmente se faz de textos didáticos. 5. Leitura crítica – É a que se faz buscando afirmar ou negar os argumentos contidos no texto. Assim, avalia-se o pensamento do autor e posiciona-se em relação a ele. É dessa forma que se leem, ou que se devem ler, editoriais de jornais, por exemplo. Como vimos, há diversas maneiras de se ler. A leitura tem sempre um alvo, um objetivo. A principal finalidade da leitura para um aluno é, sem dúvida, estudar, assimilar, aprender aquilo que leu. Por esse motivo, vamos nos aprofundar mais no estudo da leitura assimilativa. Links Para fazer leituras virtuais, você pode adquirir o aparelho eletrônico, chamado Kindle, e assessar o site <www.amazon.com.br>, para visualizar e selecionar os livros. Leitura assimilativa Conceito Já dissemos que, normalmente, quando se lê um texto didático, a finalidade é o estudo, ou seja, a leitura assimilativa. Leitura assimilativa é a que objetiva a aquisição de novos conhecimentos, que serão reordenados de maneira pessoal e utilizados quando for oportuno. Tudo isso só será possível se fizermos uma leitura eficiente seguindo algumas etapas. 20 Módulo 1 Etapas da leitura assimilativa Quando se lê, deve-se seguir determinados passos para que o conteúdo seja bem assimilado. Esses passos são mentais, sequenciais e, às vezes, torna-se difícil delimitá-los. Toda leitura que se faz para estudo apresenta cinco etapas hierarquizadas, indispensáveis à assimilação. 1a – Reconhecimento das palavras ou dos vocábulos do texto Dominar o vocabulário do texto é a primeira exigência que se faz ao leitor. Isso porque quanto maior for a quantidade de palavras conhecidas maior será a facilidade de leitura. O que fazer, então, quando você não reconhece as palavras do texto? Interrompa a leitura e recorra ao dicionário. Mas será que é preciso consultar o dicionário a cada palavra desconhecida? Não. Isso seria um trabalho muito extenso. Às vezes, não sabemos bem o sentido de uma palavra, mas a frase ou o restante do texto esclarecem-nos, dão-nos pistas para que a compreendamos, não precisamos recorrer ao dicionário. 2a – Compreensão das ideias do autor Compreender um texto é compreender as ideias do autor. E, para compreendê-las, é preciso que tenhamos conhecimento de outros textos, entendidos como quaisquer conjuntos de informações, orais ou escritas, com que entramos em contato – na família, na escola, nas conversas com os amigos, nas leituras – durante nossa vida. 3a – Interpretação das ideias do autor Interpretamos as ideias do autor quando, uma vez compreendidas, passamos a inferir, a tirar conclusões sobre elas. É uma etapa, portanto, de superação, em que, por meio de deduções, se vai além do conteúdo exposto. 4a – Retenção e reprodução das ideias mais importantes Devemos nos acostumar a, ao final de uma leitura, escrever um resumo contendo as principais informações sobre o texto. Uma vez relacionadas de forma breve, elas poderão ser, a qualquer tempo, reativadas. Além disso, quando reconstituímos e ordenamos os dados, organizando-os a partir de um critério pessoal, fixamos melhor o conteúdo aprendido. 5a – Aplicação das ideias em situações novas Todo conhecimento adquirido não deve ficar só na teoria. Se quisermos aprimorá-lo, devemos, sempre, aplicá-lo a problemas do dia a dia. É claro que essas etapas de assimilação são cumpridas de forma mais ou menos rápida, de acordo com a prática de leitura de cada um. No entanto, guarde bem: aquele que lê para estudar não pode dar seu trabalho por pronto com apenas uma leitura. Por isso, habitue-se a ler várias vezes um texto. Somente assim poderá assimilar bem os conhecimentos que quer adquirir. 21Módulo 1 Causas da má leitura Muitas vezes não obtemos êxito na leitura por não conseguirmos identificar a(s) causa(s) que pode(m) estar comprometendo o aprendizado. Vejamos algumas delas. • Má disposição para a leitura A leitura não é proveitosa quando se está cansado, com sono, maldisposto, preocupado ou doente. • Prevenção contra a leitura Pensar na extensão ou na dificuldade de compreensãodaquilo que se lê antes do início da leitura também compromete o entendimento do texto. • Leitura apressada A pressa pode prejudicar a concentração, fazendo com que pulemos palavras, frases, parágrafos inteiros, ou, até mesmo, com que leiamos a mesma linha duas vezes. • Vista fraca Olhos ardendo, dor de cabeça, enjoo com pouco tempo de leitura podem ser sinais de problemas visuais. A solução é procurar um especialista o quanto antes. • Posição inadequada Deve-se evitar ler deitado ou em posições desconfortáveis que causam cansaço e dores no corpo. • Vocabulário pobre Ter um vocabulário pobre é outro motivo comprometedor da leitura, pois torna-a mais difícil e lenta. Para refletir Você se identificou com alguma(s) causa(s) que compromete(m) a leitura eficiente? Planeja eliminá-la(s)? Como? Exercícios Para realizar estes exercícios, você deverá saber: • conceituar leitura e distinguir as atividades que envolvem seu processo; • identificar os tipos de leitura e diferenciar suas características; • entender o processo da leitura assimilativa. Se tiver dúvidas, volte ao texto. I – Assinale, com um (X), a resposta certa. 1. “Saber ler” é saber a. ( ) decorar a ideia principal do texto. b. ( ) reconhecer o texto. c. ( ) recitar de memória o texto. d. ( ) compreender e interpretar o texto. 2. A leitura proveitosa exige essencialmente: 22 Módulo 1 a. ( ) habilidade e compreensão. b. ( ) memorização mecânica de regras gramaticais. c. ( ) que se decifre o texto, juntando letras para formar palavras. d. ( ) que se transforme uma mensagem escrita em uma sonora. II – Escreva, nos parênteses, a letra correspondente ao tipo de leitura. (A) Leitura crítica (B) Leitura compreensiva (C) Leitura assimilativa (D) Leitura exploratória (E) Leitura recreativa 1. ( ) O objetivo da leitura é o estudo. 2. ( ) O objetivo da leitura é a diversão. 3. ( ) O objetivo da leitura é fornecer elementos para discussões. 4. ( ) O objetivo da leitura é fornecer rápidas informações para se encontrar determinado assunto. 5. ( ) O objetivo da leitura é entender a mensagem sem a preocupação de assimilação. III – Conceitue leitura assimilativa. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ IV – Escreva V ou F, nos parênteses, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmativas. 1. ( ) Para ler é preciso reconhecer as palavras do texto. 2. ( ) Para ler é preciso procurar todas as palavras no dicionário. 3. ( ) Saber ler é saber decorar todo o texto. 4. ( ) Na leitura, é necessário entender o que o autor quer dizer. 5. ( ) As aquisições mais importantes na leitura não precisam ser utilizadas em momento algum de nossas vidas. V – Cite três razões que levam a uma leitura mal-feita. 1. ______________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 2. ______________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 3. ______________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ Reveja suas respostas I – 1. d. (X) 2. a. (X) 23Módulo 1 II – 1. (C) 2. (E) 3. (A) 4. (D) 5. (B) III – Leitura assimilativa é a que objetiva a aquisição de novos conhecimentos, que serão reordenados de maneira pessoal e utilizados quando preciso. Você pode dizer isso com outras palavras. O que importa é que o faça corretamente. IV – 1. (V) 2. (F) Muitas vezes compreendemos o sentido de palavras desconhecidas pelo contexto. 3. (F) “Saber ler” é saber compreender o texto. 4. (V) 5. (F) As ideias mais importantes adquiridas pela leitura devem sempre ser aplicadas a situações do nosso dia a dia. V – Você deve ter colocado três das seguintes razões. Má disposição para a leitura. Prevenção contra a leitura. Leitura apressada. Vista fraca. Posição inadequada. Vocabulário pobre. MÓDULO 2 Capítulo Único – Leitura do Texto Objetivos: Definir texto; conhecer elementos indispensáveis à compreensão, organização e estrutura; distinguir o texto didático e suas características para melhor aproveitamento de seus estudos. O que você pensa disto? A boa leitura baseia-se no texto como um todo. O que isso significa? Fonte: <www.colegioweb.com.br>. Quando se fala de leitura, o material básico é o texto. Texto é um conjunto de elementos significativos que, ordenados segundo um critério, formam um todo, uma unidade, e transmitem uma mensagem. Mensagem é o conteúdo de um texto; pode ser uma informação, um comunicado, uma opinião, uma história. Vê-se, pela definição acima, que o conceito de texto não se limita a textos escritos. Qualquer conjunto de elementos significativos ordenados segundo um critério, como, por exemplo, uma pintura, uma fotografia, um desenho, pode ser considerado texto. Destaca-se na definição a ideia conjunto ordenado de elementos significativos. Se considerarmos, por exemplo, o conjunto de uma frase, as palavras serão os elementos significativos que deverão estar ordenados para que tenhamos um texto. Já em um parágrafo, as frases serão os elementos significativos que deverão obedecer a um critério de ordenamento. Sendo o texto um livro, uma notícia de jornal, um capítulo, uma carta, os parágrafos serão os elementos significativos do todo, que deverão estar organizados para que compreendamos a mensagem. E assim por diante. Para entender textos, precisamos levar em consideração alguns dados relevantes. UNIDADE II TEXTOS 26 Módulo 2 Elementos indispensáveis à compreensão de um texto O texto compõe-se de frases inter-relacionadas. Apresenta uma organização constituída de tal modo que as frases não têm significado sozinhas, pois o sentido de uma é dado pela ligação que ela mantém com as demais. Na busca de sua compreensão, devemos nos basear, portanto, no texto como um todo e não em fragmentos isolados. A compreensão de um texto depende fundamentalmente do vocabulário e da experiência de quem o lê (leitor). Muitas vezes, para um melhor esclarecimento do assunto, um texto faz referência a outro(s) texto(s). O texto traz a opinião de quem o produziu (o autor), oferecendo o seu posicionamento, isto é, o que ele pensa sobre o assunto apresentado (visão de mundo). As ideias da sociedade e da época em que foi escrito são apresentadas direta ou indiretamente, pois o texto reproduz, discute ou nega os fatos contemporâneos. E para despertar o interesse do leitor, seu assunto deve ser atual. Mas como pode ser atraente uma obra escrita há 300 anos? Pode, sim. Não devemos nos esquecer de que, em todas as épocas, existe um interesse geral por política, economia, liberdade, amor. Levando em conta essas considerações, podemos dizer que uma boa leitura baseia-se no texto como um todo, pois as frases que o compõem se encontram inter-relacionadas; o leitor deve procurar estabelecer relações entre as citações e o texto que está sendo lido; deve perceber a intenção do autor e, ainda, captar as ideias da época em que o texto foi escrito. Ao escrever, os autores possuem um objetivo, por isso pode variar a maneira como abordam um mesmo assunto. Há textos baseados na realidade. Têm a função única de informar. São objetivos (admitem apenas uma interpretação) e apresentam, predominantemente, linguagem formal(correta) e/ou específica (própria do assunto). É o caso dos textos didáticos, científicos e jornalísticos. Existem aqueles que traduzem as opiniões, os sentimentos e a imaginação das pessoas. São textos subjetivos (admitem, às vezes, mais de uma interpretação), geralmente escritos de forma mais elegante. Nesse grupo, encontramos poemas, crônicas, romances. Outros objetivam influir no comportamento de quem os lê, por meio de um apelo, uma ordem ou uma sugestão. São os textos publicitários. Seja qual for o objetivo do autor, o texto precisa ser bem escrito para ser compreendido e apreciado. Mostramos alguns elementos necessários à boa compreensão de um texto. A exercitação de nossos ensinamentos, em suas leituras diárias, ajudará você a se tornar um bom leitor e, consequentemente, um bom estudante. Prosseguindo nossos estudos, vejamos como se organiza e se estrutura o texto. Organização de um texto Parágrafos Seja qual for o texto, o autor distribui suas ideias em grupos chamados parágrafos, que são frases ordenadas para constituir uma unidade. E por que as frases são agrupadas em parágrafos? Porque os parágrafos correspondem a momentos dentro do texto. Existe, no texto, um momento para cada coisa: para apresentar uma personagem, para descrever uma casa, para relatar um acontecimento. Há, também, o momento de cada personagem 27Módulo 2 falar e, nesse caso, cada um fala em sua vez, ou em seu momento, ou em seu parágrafo. O parágrafo caracteriza-se, graficamente, por começar com um pequeno afastamento da margem esquerda e letra maiúscula e por terminar por ponto-final, após o qual fica o restante da linha em branco, conhecido como branco paragráfico. Atualmente, no entanto, aceita-se o parágrafo em forma de blocos, sem o pequeno afastamento da margem esquerda, que passa a existir entre os blocos, e termina também por um ponto-final. É o tipo de parágrafo que você está vendo nos nossos Cadernos de Estudos. Observe o texto a seguir. O TRABALHO Dado que vivemos em comunidade, cada um deve contribuir com o seu trabalho para o bem comum. O trabalho não deve ser visto apenas como obrigação ou como meio de sobrevivência. Devemos considerá-lo também como um motivo de satisfação pessoal e como utilidade para a sociedade. Precisamos sentir que aquilo que realizamos é útil para nós e para os outros. Como podemos constatar, esse texto é composto de dois parágrafos. O primeiro começa em “Dado que vivemos”... e termina em ...“bem comum”. O segundo começa em “O trabalho não deve”... e termina em ...“para os outros”. O parágrafo, portanto, é uma parte do texto formada por uma ou várias frases relacionadas pelo sentido, podendo ser curto ou longo, conforme a conveniência. É composto de uma ideia principal e de ideias secundárias em número bastante variável. A ideia principal é aquela que representa a declaração mais importante do parágrafo. As ideias secundárias são as que comprovam, explicam ou exemplificam a ideia principal, sendo, pois, importantes no texto. Vamos mostrar isso no exemplo a seguir. Finalmente, vamos ter mesmo a nossa indústria do lixo. Capitais brasileiras fizeram a experiência com os melhores resultados. Com isso, teremos um incremento na produção de fertilizantes; surgirão mais empregos e contaremos com mais uma grande indústria. • Qual é a declaração mais importante desse parágrafo? “Finalmente, vamos ter mesmo a nossa indústria do lixo.” Essa frase representa a ideia principal do parágrafo em questão. • Que outras ideias explicam o que foi declarado? “Capitais brasileiras fizeram a experiência com os melhores resultados. Com isso, teremos um incremento na produção de fertilizantes; surgirão mais empregos e contaremos com mais uma grande indústria.” Temos aí as frases que representam as ideias secundárias que compõem o desenvolvimento e a conclusão do referido parágrafo. • Repare que o título é uma pista que o autor nos fornece para a compreensão do tema. Em textos pequenos o título é dispensável. Vejamos. Finalmente, vamos ter mesmo a nossa indústria do lixo. – introdução 28 Módulo 2 Capitais brasileiras fizeram a experiência com os melhores resultados. – desenvolvimento Com isso, teremos um incremento na produção de fertilizantes; surgirão mais empregos e contaremos com mais uma grande indústria. – conclusão As ideias com as quais acabamos de trabalhar formam o que denominamos de parágrafo-padrão, ou seja, formam a introdução, o desenvolvimento e a conclusão das ideias contidas no parágrafo. A introdução é representada pela ideia principal (apresentação do assunto), o desenvolvimento e a conclusão pelas ideias secundárias (explicação e conclusão do assunto). Posição da ideia principal Em geral, os parágrafos escritos em português apresentam a ideia principal em uma frase inicial, representada na maioria dos casos por um ou dois períodos curtos, em que se expressa de maneira sumária a ideia-núcleo ou o tópico frasal. A maioria dos autores prefere o tópico frasal inicial, porque ele leva a um processo de raciocínio dedutivo, ou seja, parte-se da generalização (ideia principal) para as especificações (ideias secundárias). Às vezes, o parágrafo possui sua estrutura completa, mas em outra ordem. Veja a alteração sofrida pelo parágrafo que acabamos de estudar. Capitais brasileiras fizeram a experiência com os melhores resultados. Com isso, teremos um incremento na produção de fertilizantes; surgirão mais empregos e contaremos com mais uma grande indústria. Finalmente, vamos ter mesmo a nossa indústria do lixo. Nesse caso, ao fazermos a identificação da sua estrutura, precisamos de mais atenção, pois a sequência das ideias está alterada. Observe que a ideia principal é a última frase do texto. Analisemos, agora, o seguinte texto. A PELE O corpo humano é revestido pela pele. A pele é um revestimento que tem qualidades excepcionais: ela não se deixa atravessar pelas substâncias do ambiente; defende o organismo contra os micróbios; protege o corpo contra o aquecimento e o resfriamento. A pele compreende uma parte externa, formada por tecido epitelial – a epiderme – e uma outra, situada por baixo, constituída por tecido conjuntivo – a derme. A pele é um órgão que reveste externamente o corpo humano. O texto está dividido em quatro grupos de ideias, que correspondem a quatro parágrafos não padronizados. 1o O corpo humano é revestido pela pele. Aqui há somente uma declaração, que corresponde à ideia principal; representa, portanto, apenas a introdução do parágrafo. 2o A pele é um revestimento que tem qualidades excepcionais: ela não se deixa atravessar pelas substâncias do ambiente, defende o organismo contra os micróbios, protege o corpo contra o aquecimento e o resfriamento. Ideia principal – “A pele é um revestimento que tem qualidades excepcionais”... Representa a introdução do parágrafo. Ideias secundárias – (...) “ela não se deixa atravessar pelas substâncias do ambiente; defende o 29Módulo 2 organismo contra os micróbios; protege o corpo contra o aquecimento e o resfriamento.” Representa o desenvolvimento do parágrafo. 3o A pele compreende uma parte externa, formada por tecido epitelial – a epiderme – e uma outra, situada por baixo, constituída por tecido conjuntivo – a derme. Ideia principal – “A pele compreende uma parte externa (...) – a epiderme – e uma outra, situada por baixo (...) – a derme.” Representa apenas a introdução do parágrafo. Ideias secundárias – ... “formada por tecido epitelial (...) constituída por tecido conjuntivo”... Representa o desenvolvimento do parágrafo. Um detalhe a ser percebido nesse parágrafo: a ideia principal aparece intercalada pelas ideias secundárias. 4o A pele é um órgão que reveste externamente o corpo humano. Nesse parágrafo, também, só há uma ideia: a ideia principal. Representa a introdução do parágrafo. Já conhecemos um pouco da organização do parágrafo, o que nos facilita a compreensão da estrutura do texto, nosso próximoobjetivo. Você é o autor Escreva um parágrafo padrão a respeito de um tema do seu interesse. Estrutura de um texto Os textos geralmente apresentam a mesma estrutura de um parágrafo: introdução, desenvolvimento e conclusão. Observemos no texto, a seguir, essa organização. Este texto é composto de três parágrafos. Como é pequeno, cada parágrafo corresponde a um momento do texto. 1o Parágrafo A televisão, apesar de nos trazer uma imagem concreta, não fornece uma reprodução fiel da realidade. 2o Parágrafo Uma reportagem de tevê é o resultado de vários pontos de vista: do realizador, que controla e seleciona imagens num monitor; do produtor, que efetua cortes arbitrários; do câmara, que seleciona ângulos de filmagens e, finalmente, de todos aqueles que intervêm no processo de transmissão. 3o Parágrafo Dessa forma, o veículo impõe ao receptor a sua maneira especialíssima de ver o real. O primeiro parágrafo corresponde ao primeiro momento do texto, ou seja, a sua introdução: a televisão não fornece uma reprodução fiel da realidade. 30 Módulo 2 O segundo parágrafo corresponde ao segundo momento do texto, seu desenvolvimento: a imagem fornecida pela televisão é o resultado de vários pontos de vista. O terceiro parágrafo corresponde ao terceiro momento do texto, a conclusão: a televisão impõe ao receptor uma realidade deturpada. Percebeu como os parágrafos funcionam no texto? Eles são a sua essência, a sua própria estrutura. Estudamos um pequeno texto e vimos que cada parágrafo correspondeu a um momento do texto. Mas, se o texto for maior, como dividi-lo? Vamos a um novo texto. 1o Parágrafo Quatro funções básicas têm sido convencionalmente atribuídas aos meios de comunicação de massa: informar, divertir, persuadir e ensinar. 2o Parágrafo A primeira diz respeito à divulgação de notícias, relatos, comentários sobre a realidade, acompanhada ou não de interpretações ou explicações. 3o Parágrafo A segunda função atende à procura de distração, de evasão, de divertimento, por parte do público. 4o Parágrafo Uma terceira função é persuadir o indivíduo – convencê-lo a adquirir determinado produto, a votar em certo candidato, a se comportar de acordo com os desejos do anunciante. 5o Parágrafo A quarta função – ensinar – é realizada de modo direto ou indireto, intencional ou não, por meio de material que contribui para a formação do indivíduo ou para ampliar seu acervo de conhecimento, planos, destrezas etc. 6o Parágrafo Diante de tantas funções, só nos resta concluir que os meios de comunicação de massa são necessários à nossa vida. O primeiro parágrafo corresponde ao seu primeiro momento, a introdução: atribui quatro funções básicas aos meios de comunicação de massa. O segundo, o terceiro, o quarto e o quinto parágrafos correspondem ao segundo momento, o desenvolvimento: explica as funções dos meios de comunicação. O sexto parágrafo corresponde ao terceiro momento, a conclusão: reconhece a importância dos meios de comunicação de massa. Os elementos que acabamos de estudar facilitam o entendimento de qualquer texto. Mas há, ainda, uma importante informação a ser vista sobre texto. Assim como o parágrafo tem uma ideia principal, o texto tem uma ideia central, ideia que é desenvolvida para o texto todo. Para encontrá-la, basta perguntar do que trata o texto. Se fizermos essa pergunta sobre os dois textos que acabamos de ver, teremos as seguintes ideias centrais, respectivamente: • A reprodução da realidade pela televisão. • As funções básicas dos meios de comunicação. Se você aplicar em suas leituras as informações aqui sugeridas, com certeza obterá bons resultados. 31Módulo 2 Exercícios Para responder estes exercícios você deverá saber: • definir texto; • identificar os elementos indispensáveis à sua compreensão e organização; • conhecer a estrutura do parágrafo. Se tiver dúvidas, volte ao texto. I – Responda. Que fatores devem ser observados na realização de uma boa leitura? ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ II – Assinale, com um X, as alternativas cujo conteúdo é verdadeiro. 1. ( ) Os textos possuem sempre os mesmos objetivos. 2. ( ) Os textos científicos têm como função principal a informação. 3. ( ) Os textos literários são subjetivos e escritos de forma elegante. 4. ( ) Os textos publicitários procuram influenciar seus leitores. III – Escreva V ou F nos parênteses, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmativas. 1. ( ) O parágrafo é constituído por uma ou mais frases, ordenadas segundo um critério qualquer. 2. ( ) Um parágrafo pode ser formado por uma única frase ou palavra. 3. ( ) Os parágrafos correspondem a explicações de um texto. 4. ( ) Um texto cujas ideias estão desordenadas é mais fácil de ser entendido. IV – Verifique se o parágrafo seguinte pode ser considerado padrão e justifique sua resposta. As plantas verdes, dotadas de clorofila, possuem a propriedade de combinar a água com o gás carbônico, para formar as substâncias orgânicas de que necessitam para crescer. Essa função recebe o nome de função clorofiliana e, por realizar-se somente em presença da luz solar, também é conhecida como fotossíntese. ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ V – Faça o que se pede, baseando-se no texto proposto. Nos últimos dez anos do século passado, todo o litoral brasileiro já estava ligado pelo telégrafo. A floresta Amazônica, no entanto, era um obstáculo para a extensão dos fios ao Norte e ao Oeste. Um descendente de índios – o mato-grossense Cândido Rondon – tomou a si a tarefa de colocar a atual área de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Amazonas em contato com o resto do país. Enfrentou todos os perigos, colocou milhares de postes entre árvores gigantescas. Enquanto trabalhava, ia conquistando a amizade dos índios que viviam na região. Rondon deixou, em frase que sempre repetia, uma grande lição para todos os brasileiros: “ Morrer, se for preciso; matar nunca”. Em sua barraca, numa região de condições de vida das mais difíceis, Rondon, com seus auxiliares, ajudava o Brasil a dar os primeiros passos no caminho da verdadeira integração nacional. 1. Esse texto é composto de quatro parágrafos. Indique onde começam e onde terminam, transcrevendo as expressões que iniciam e finalizam cada um. 32 Módulo 2 1o parágrafo Começa em: ____________________________________________________________________________ Termina em: _____________________________________________________________________________ 2o parágrafo Começa em: ____________________________________________________________________________ Termina em: _____________________________________________________________________________ 3o parágrafo Começa em: ____________________________________________________________________________ Termina em: _____________________________________________________________________________ 4o parágrafo Começa em: ____________________________________________________________________________ Termina em: _____________________________________________________________________________ 2. Responda à pergunta a seguir. Qual é o parágrafo formado somente por uma frase? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 3. Transcreva a ideia principal do terceiro parágrafo. ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 4. Transcreva a ideia secundária do segundo parágrafo. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 5. Apresente, com suas palavras, as ideias principais de cada parágrafo. 1o parágrafo: ______________________________________________________________________________ 2o parágrafo: ______________________________________________________________________________ 3o parágrafo: ______________________________________________________________________________ 4o parágrafo: ______________________________________________________________________________ 6. Indique os parágrafos que correspondem à estrutura do texto. Introdução: ________________________________________________________________________________ Desenvolvimento: __________________________________________________________________________ Conclusão: ________________________________________________________________________________ Reveja suas respostas I – Os fatores que contribuem para a realização de uma boa leitura são: basear-se no texto como um todo e não em fragmentos isolados; relacionar corretamente suas citações; procurar perceber a intenção do autor; captar as ideias da época em que foi escrito. 33Módulo 2 II – 1. ( ) Todos os textos possuem objetivos, mas não os mesmos. 2. (X) 3. (X) 4. (X) III – 1. (F) 2. (F) 3. (V) 4. (V) IV – O parágrafo não é padrão porque não possui a estrutura devida. A ideia principal (1ª frase) representa a introdução do parágrafo. A ideia secundária (2ª frase) representa seu desenvolvimento. Portanto está faltando a conclusão deste parágrafo. V – 1. 1o parágrafo Começa em: “Nos últimos dez anos”... Termina em: ...“ao Oeste.” 2o parágrafo Começa em: “Um descendente de índios”... Termina em: ...“árvores gigantescas.” 3o parágrafo Começa em: “Enquanto trabalhava”... Termina em: ...“matar nunca”. 4o parágrafo Começa em: “Em sua barraca”... Termina em: ...“integração nacional.” Observe que transcrevemos expressões e não palavras isoladas, o que facilita sua localização no texto. 2. O quarto, ou o último parágrafo, é formado por apenas uma frase. 3. “Enquanto trabalhava, ia conquistando a amizade dos índios que viviam na região.” 4. “Enfrentou todos os perigos, colocou milhares de postes entre árvores gigantescas.” 5. 1o parágrafo: A floresta Amazônica foi um obstáculo à extensão dos fios telegráficos ao Norte e ao Oeste. 2o parágrafo: Cândido Rondon muito fez para colocar Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Amazonas em contato com o resto do país. 3o parágrafo: Conquistou a amizade dos índios durante sua luta ou trabalho. 4o parágrafo: Colaborou com o início da integração nacional. 6. Introdução: 1o parágrafo Desenvolvimento: 2o e 3o parágrafos Conclusão: 4o parágrafo Momentos do texto Ordem das ideias: início/meio/fim Atualmente, aceita-se que não há extensão para um texto. Desde que se faça a comunicação da mensagem, diz-se texto. Um texto pode ser formado por uma única palavra. Como exemplo podemos citar uma mensagem de texto enviada para comunicar o resultado de uma partida de futebol em que se diz: Vencemos! Normalmente, porém, associamos a palavra texto a um comunicado com vários parágrafos. Nesses textos maiores, em que a divisão em frases ou parágrafos não é suficiente, precisamos, também, de divisões maiores. Como fazer, então, para dividi-los em momentos maiores que um parágrafo? É fácil: vamos agrupar vários parágrafos, ou vários momentos pequenos, e formar o 1o momento maior ou início do texto. Depois, faremos a mesma coisa com mais alguns parágrafos, juntando-os para que formem o 2o momento maior ou meio do texto. E, finalmente, o resto do texto formará o 3o momento maior ou fim do texto. 34 Módulo 2 Mas quando é que termina um momento e começa outro? Preste atenção ao texto seguinte. Nele vamos aprender a dividir um texto em momentos maiores. Havendo dúvida em relação a qualquer palavra, consulte o dicionário. Fonte: <www.tocadacotia.com> O canário Carlos Drummond de Andrade Pr in cí pi o do te xt o 1o – Casara-se havia duas semanas. E por isso, em casa dos sogros, a família resolveu que ele é que daria cabo do canário: 2o – Você compreende. Nenhum de nós teria coragem de sacrificar o pobrezinho, que nos deu tanta alegria. Todos somos muito ligados a ele, seria uma barbaridade. Você é diferente, ainda não teve tempo de afeiçoar-se ao bichinho. Vai ver que nem reparou nele durante o noivado. 3o – Mas eu também tenho coração, ora essa. Como é que vou matar um pássaro só porque o conheço há menos tempo do que vocês? 4o – Porque não tem cura, o médico já disse. Pensa que não tentamos tudo? É para ele não sofrer mais e não aumentar o nosso sofrimento. Seja bom; vai. 5o – O sogro, a sogra apelaram no mesmo tom. Os olhos claros de sua mulher pediram-lhe com doçura: 6o – Vai, meu bem. 35Módulo 2 M ei o do t ex to 7o – Com repugnância pela obra de misericórdia que ia praticar, ele aproximou-se da gaiola. O canário nem abriu o olho. Jazia a um canto arrepiado, morto-vivo. É, esse está mesmo na última lona e dói ver a lenta agonia de um ser tão gracioso, que viveu para cantar. 8o – Primeiro me tragam um vidro de éter e algodão. Assim ele não sentirá o horror da coisa. 9o – Embebeu de éter a bolinha de algodão, tirou o canário para fora com infinita delicadeza, aconchegou-o na palma da mão esquerda e, olhando para outro lado, aplicou-lhe a bolinha no bico. Sempre sem olhar para a vítima, deu-lhe uma torcida rápida e leve, com dois dedos, no pescoço. 10o – E saiu para a rua, pequenino por dentro, angustiado, achando a condição humana uma droga. As pessoas da casa não quiseram se aproximar do cadáver. Coube à cozinheira recolher a gaiola, para que sua vista não despertasse saudade e remorso em ninguém. Não havendo jardim para sepultar o corpo, depositou-o na lata de lixo. 11o – Chegou a hora de jantar, mas quem é que tinha fome naquela casa enlutada? O sacrificador ficara rondando por aí, e seu desejo seria não voltar para casa nem para dentro de si mesmo. Fi m d o te xt o 12o – No dia seguinte, pela manhã, a cozinheira foi ajeitar a lata de lixo para o caminhão e recebeu uma bicada voraz, no dedo. 13o – Ui! 14o – Não é que o canário tinha ressuscitado, perdão, reluzia vivinho da silva, com uma fome danada? 15oo – Ele estava precisando mesmo era de éter – concluiu o estrangulador, que se sentiu ressuscitado por sua vez. A divisão em três momentos maiores é a seguinte. 1o – início O marido é convencido pela família a matar o canário. (até o 6o parágrafo) 2o – meio O marido mata (ou pensa que mata) o canário e sofre com isso. (do 7o ao 11o parágrafo) 3o – fim O canário “ressuscita”, e o marido reanima-se. (do 12o parágrafo em diante) Por que dividimos assim o texto? Acompanhe a explicação. Até o 6o parágrafo, ainda não se sabe o que o marido vai fazer: se vai ou não aceitar a tarefa de matar o canário. Estamos ainda no princípio do texto. Do 7o ao 11o parágrafo, o fato mais importante acontece: a “morte” do canário. Colocamos a palavra morte entre aspas, porque já se sabe que, afinal, o canário não tinha morrido. Nos quatro últimos parágrafos (repare que contamos a exclamação “– Ui!” como parágrafo), fica-se, então, sabendo que o canário não morreu. Chegamos ao fim do texto. A compreensão da divisão do texto em princípio, meio e fim é necessária para que possamos entender a ordem em que os fatos acontecem. Quando um autor conta uma história, ele vai distribuindo os parágrafos de acordo com um certo critério, para que o leitor possa compreendê-la mais facilmente. Guarde bem isto: A ordem das ideias no texto é muito importante para que se compreenda o que o autor quer mostrar. 36 Módulo 2 Texto didático Dissemos, anteriormente, que, conforme os objetivos dos autores, surgem textos didáticos, científicos, jornalísticos, poéticos, literários, publicitários, entre outros. No entanto,o texto que, no nosso caso, merece atenção especial é o didático. O que vem a ser um texto didático? Os textos didáticos tratam de assuntos para estudo, ou seja, textos que têm como finalidade maior a transmissão de conhecimentos específicos. Aqui, o texto constitui o instrumento básico de que se serve o aluno. Vamos conhecer alguns elementos que o caracterizam. O texto didático apresenta: • parágrafos curtos, preferencialmente, pois é preocupação de seus autores dividir o assunto em pequenas informações, para que haja maior facilidade na leitura; • conteúdos bem explicados, sem deixar informação incompleta; • conteúdos que tenham a ver com a realidade dos alunos; • vocabulário específico, ou seja, próprio de cada disciplina (daí a necessidade de o aluno dominá- lo; caso contrário, sentirá dificuldade na interpretação do texto). Além disso, exige uma leitura mais atenta, concentrada, ou seja, uma leitura assimilativa. Nós já lhe apresentamos o conceito de leitura assimilativa e as etapas para a sua assimilação. Critérios de ordenação Já sabemos que em um texto os elementos significativos devem obedecer a um critério de ordenamento, para que compreendamos a mensagem. Mas que critério seria este? Em um texto, os elementos significativos podem estar ordenados segundo critérios cronológicos ou lógicos, os mais comuns, entre outros. Ordenação cronológica Uma das formas mais comuns de ordenação é a cronológica. Ordenação cronológica é a exposição dos fatos segundo a ordem em que acontece no tempo: primeiro, o que acontece antes; depois, o que acontece em seguida. Vamos ver um exemplo. – Coitado! O leão dormiu na jaula! De repente, ouviu-se alguém dizer: O palhaço tinha gritado, de brincadeira: Houve um desfile grande, mostrando as feras, os trapezistas, os palhaços e os cães amestrados. – Cuidado! O leão fugiu da jaula! Mais tarde, depois que tudo ficou calmo, descobriu-se a verdade. As pessoas que assistiam ao desfile correram assustadas. O circo chegou à cidade. 37Módulo 2 Assim como está, o texto não pode ser compreendido, porque as frases não estão obedecendo a um critério de ordenamento. Entretanto, organizando-as cronologicamente ganham sentido. Observe. O circo chegou à cidade. Houve um desfile grande, mostrando as feras, os trapezistas, os palhaços e os cães amestrados. De repente, ouviu-se alguém dizer: – Cuidado! O leão fugiu da jaula! As pessoas que assistiam ao desfile correram assustadas. Mais tarde, depois que tudo ficou calmo, descobriu-se a verdade. O palhaço tinha gritado, de brincadeira: – Coitado! O leão dormiu na jaula! Ordenação lógica A ordenação lógica é a que segue o encadeamento dos componentes da frase pela associação de ideias. Esse encadeamento implica substancialmente um processo de raciocínio dedutivo ou indutivo. • O raciocínio dedutivo parte da generalização para os fatos ou detalhes que a fundamentam, ou seja, parte de uma ideia básica para, em seguida, desenvolver o que foi exposto. Exemplo. O homem transformou seu meio ambiente para torná-lo adequado às suas necessidades. Dominou a natureza, mas, ao fazê-lo, escravizou-se ao ambiente que construiu. O homem condenou-se a viver em cidades, trabalhando em escritórios e em fábricas. O trabalho urbano é fisicamente mais fácil do que o rural: cultivar a terra, cuidar do gado e de animais domésticos. É menos cansativo do que a caça, a pesca ou a colheita de raízes e frutos comestíveis. Menos difícil e menos árduo, o trabalho urbano é, no entanto, mais monótono. A caça era certamente perigosa e o alimento assim obtido mais precário do que o que obtemos atualmente com a agricultura mecanizada. Mas espalhar inseticidas é menos excitante do que dar tiros ou preparar armadilhas para mamutes e mastodontes, ou arpoar baleias. Podemos notar que as pessoas que têm tempo e dinheiro disponíveis dedicam-se à caça e à pesca por esporte. Sentem a nostalgia de seu passado pré-histórico, quando caça e pesca eram ocupações normais. (Arnold Toynbee) • O raciocínio indutivo parte dos detalhes (especificação) para se chegar à conclusão, ou seja, vai da análise para a ideia básica. Exemplo. A mosca deu longo voo e pousou sobre a mesa. O menino, com muito cuidado, levantou a mão para apanhá-la, mas a mosca voou imediatamente. O garoto ficou pensando: “Se a mosca não me viu, pois eu estava por detrás dela, por que voou quando eu fiz um movimento para pegá-la?” 38 Módulo 2 Isso acontece porque a mosca, assim como outros insetos, vê, simultaneamente, à frente, atrás, ao alto, abaixo e dos lados. (Revista Novo Conhecer) Exercícios Para realizar este exercício, você deverá saber o que é: • reconhecer os momentos que compõem o texto; • identificar o texto didático. • ordem cronológica; • ordem lógica; • raciocínio indutivo; • raciocímio dedutivo. Se tiver dúvidas, volte ao texto. I – Identifique os momentos apresentados no texto a seguir. 1o – Luís saiu de casa, acompanhado de Maria. Quando chegou à rua, parou, olhando para o céu. 2o – Acho que vai chover, disse ele. 3o – Bobagem! Exclamou Maria. É melhor irmos andando: já estamos atrasados. 4o – Não, teimou Luís, vou voltar e apanhar o guarda-chuva. 5o – Entrou rapidamente em casa, deixando Maria à espera. Ela estava impaciente e pensava: “Luís é um bobo, vive pensando no que ainda vai acontecer”. 6o – Luís voltou com o guarda-chuva no braço. 7o – Ao chegarem à esquina, começou a chover. Maria ficou calada, mas enfiou-se embaixo do guarda-chuva de Luís. Ele também não disse nada, mas havia um sorrisozinho de satisfação em seus lábios. II – Escolha, entre as alternativas, após o texto, aquela que poderia ser utilizada para mudar o final da história. Fagundes saiu de casa pela manhã muito mal-humorado. Não sabia por que, mas há dias estava assim: acordava “com o pé esquerdo”, como dizia sua mãe. Primeiramente, ao chegar ao ponto de ônibus, tomou um banho de lama: um carro passara rente à calçada e deixara-lhe o terno claro todo sujo. “Não há de ser nada”, pensou Fagundes. “Chego ao escritório e dou um jeito de limpar o terno.” Mas quem disse que ele conseguia chegar ao escritório? O ônibus enguiçou no meio do caminho e levou mais de meia hora para ser consertado. Fagundes chegou ao trabalho bastante atrasado, sujo e irritado. Vendo-o naquele estado, os colegas começaram a rir. Então Fagundes parou, pensou um pouco e viu que não valia a pena se desesperar à toa. Afinal, pode haver sempre um lado engraçado em tudo o que acontece. E caiu na gargalhada. 1. ( ) Então Fagundes olhou para sua mulher e disse-lhe que estava muito cansado. 2. ( ) Então Fagundes começou a brigar com seus colegas. O chefe do escritório chegou e, ao presenciar a discussão, chamou-lhe a atenção. 3. ( ) Então Fagundes disse a seus filhos que parassem de rir, pois ele estava de muito mau-humor. 39Módulo 2 III – Faça o que se pede. 1. Conceitue texto didático. ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 2. Como devem ser os parágrafos do texto didático? ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ 3. Apresente duas outras características de um texto didático. ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ IV – Escreva nos parênteses a letra correspondente. (A) Ordem lógica (B) Ordem cronológica (C) Raciocínio dedutivo (D) Raciocínio indutivo 1. ( ) Os fatos são expostos segundo a ordem em que acontecem no tempo. 2. ( ) Parte-se da generalização para fatos ou detalhes que a fundamentam. 3. ( ) Segue-se o encadeamento dos componentes da frase pela associação de ideias.
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