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ÚNICO
 CETEB – Centro de Ensino Tecnológico de Brasília
TÉCNICAS DE ESTUDO
EDUCAÇÃO DE 
JOVENS E ADULTOS
Caderno
ENSINO MÉDIO
DOCUMENTO DE PROPRIEDADE DO CETEB
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Nos termos da legislação sobre direitos autorais, é proibida a reprodução total ou 
parcial deste documento, por qualquer forma ou meio – eletrônico ou mecânico, 
inclusive por processos xerográficos de fotocópia e de gravação – sem a permissão 
expressa e por escrito do CETEB.
Elaboração E Compilação dE TExTos:
Equipe Técnica do CETEB
CoordEnação E avaliação:
Maria Teresa Caballero Brügger
Colaboração E rEvisão linguísTiCa:
Ana Paula Porfirio
Edir Tourinho de Bittencourt Pereira
Magda Maria de Freitas Querino
Maria Teresa Caballero Brügger
EdiToração ElETrôniCa:
Alinne Paula da Silva
Divaneia Paula do Nascimento
Jorim Caetano Ferreira
dEsEnho EduCaCional:
Alinne Paula da Silva
Divaneia Paula do Nascimento
Jorim Caetano Ferreira
ilusTração/TraTamEnTo dE imagEns:
Alinne Paula da Silva
Divaneia Paula do Nascimento
Jorim Caetano Ferreira
dEsign EdiTorial:
Alinne Paula da Silva
Divaneia Paula do Nascimento
Jorim Caetano Ferreira
rEalização:
EQUIPE TÉCNICA DO CETEB
ÚNICO
Técnica de 
Estudos
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ....................................7
MÓDULO 1 ............................................9
ESTUDAR PARA APRENDER .............................................................. 9
Capítulo 1 – Estudo e Aprendizagem ........................................................................9
Capítulo 2 – Leitura ..............................................................................................18
MÓDULO 2 ..........................................25
TEXTOS ......................................................................................... 25
Capítulo Único – Leitura do Texto ...........................................................................25
MÓDULO 3 ..........................................41
RECURSOS DIDÁTICOS .................................................................. 41
Capítulo 1 – Livro .................................................................................................41
Capítulo 2 – Dicionário .........................................................................................49
Capítulo 3 – Caderno de Estudos ...........................................................................56
Capítulo 4 – Outros Recursos para o Estudo ...........................................................59
MÓDULO 4 ..........................................67
TÉCNICAS DE REDUÇÃO DE TEXTO ................................................. 67
Capítulo 1 – Esquema ..........................................................................................67
6 Técnicas de Estudo
Capítulo 2 – Resumo e Resenha ............................................................................76
Capítulo 3 – Quadro Sinótico .................................................................................81
Capítulo 4 – Como Registrar as Informações ...........................................................84
MÓDULO 5 ..........................................91
QUADROS,TABELAS E GRÁFICOS ................................................... 91
Capítulo 1 – Leitura de Quadros, Tabelas e Gráficos .................................................91
Capítulo 2 – Leitura de Mapas ...............................................................................97
REFERÊNCIAS ...................................105
O CURSO
Apresentação
Você deve estar se perguntando o que vem a ser Técnicas de Estudo. Afinal, sempre pensou que, 
para estudar, não fosse preciso algo especial.
Não se assuste; não é nada complicado. Este Caderno inicia sua caminhada nos próximos estudos. 
Nele você vai aprender regras simples, mas muito im portantes para tornar seu estudo mais proveitoso, 
isto é, para que você realmente aprenda.
Explicando melhor: estudar não é o mesmo que aprender. Podemos estudar muito, durante horas e 
horas, passar noites em claro, fazer um esforço muito grande e não aprender quase nada. Isso acontece 
porque estudar de maneira inteligente não é simplesmente ler, decorar conteúdos passivamente, nem 
procurar aprender partes isoladas de conhecimentos.
Estudar é bem diferente. Significa compreender o que se lê, organizar mentalmente as informações 
recolhidas, refletir sobre seus pontos principais, reter o fundamental.
Estudar exige uma postura de investigação que proporcione habilidade e compreensão e todo um 
processo de construção e reconstrução de conceitos, de análise reflexiva dos conteúdos e incorporação 
de significados, de requisitos essenciais para uma aprendizagem mais profunda e duradoura.
É essencial, portanto, escolher, além da hora certa e do lugar certo, a maneira e a técnica certa 
de fazê-lo.
Afinal, o que é técnica? É a maneira, o jeito ou a habilidade especial de executar, de fazer algo. Mas 
como se faz uso da técnica? Cada unidade desta disciplina vai ensinar-lhe algo a respeito do estudo 
e a melhor maneira de realizá-lo. Ao final, você terá conhecimento de um conjunto de técnicas úteis 
para fazer seu estudo render mais.
Estude com atenção e não deixe de fazer todas as atividades. 
Objetivos
• Aplicar técnicas que facilitem a aprendizagem.
• Utilizar recursos didáticos capazes de tornar o estudo eficiente, com economia de tempo e esforço.
Organização da Disciplina
A disciplina apresentada neste Caderno está estruturada em cinco unidades e cada unidade em 
um ou mais capítulos, apresentados pedagogicamente para serem atraentes e dinâmicos, visando 
a prepará-lo para o alcance de um estudo eficiente.
8 Módulo 1
As unidades têm uma sequência, pois a compreensão de uma delas é fundamental para o bom 
desempenho nas seguintes.
O conteúdo da disciplina reúne diferentes recursos didáticos. Ao final de cada capítulo, você realizará 
exercícios para checar seu aprendizado.
Para isso lhe serão apresentadas técnicas adequadas e específicas de estudo que devem ser utilizadas, 
favorecendo sua confiança, motivação e aprendizagem.
Você conhecerá a diferença entre estudar e aprender e analisará tipos e técnicas de leitura que 
concorrem para a obtenção do êxito na sua compreensão. Analisará considerações gerais sobre a 
leitura de textos, incluindo o texto didático.
Entre os recursos didáticos que lhe serão apresentados, você verá a importância do Livro Didático, 
sua história, seus componentes, do Dicionário, como precioso auxiliar de quem estuda, do Caderno 
de Estudos, como tipo especial de material didático e, ainda, dos Recursos Audiovisuais, como 
meios que favorecem a durabilidade da aprendizagem.
As novas tecnologias poderão tornar seu estudo uma atividade produtiva a partir da informação 
automática que substitui o seu tratamento manual, processando-a por intermédio de ferramentas 
do computador.
Estude para aprender. O conhecimento é um fator de economia e sucesso na sua vida.
MÓDULO
1
Capítulo 1 – Estudo e Aprendizagem
Objetivos: Diferenciar “estudar” de “aprender”; identificar condições favoráveis ao estudo eficiente, 
à aprendizagem significativa.
Fonte: Editoração Eletrônica do CETEB.
Quantas vezes estudamos durante muitas horas, porém, 
algum tempo depois, ao precisarmos aplicar esses 
conhecimentos em outras situações, não conseguimos 
nos lembrar das informações lidas. Deduzimos, pois, 
que nosso estudo não foi eficiente, isto é, estudamos, 
mas não assimilamos o suficiente, não aprendemos. 
Significa que estudar e aprender não caminham juntos. 
Afinal, o que é estudar? 
Existem diferentes formas de estudar. Vejamos a diferença 
entre o estudo inteligente e o estudo mecânico.
Estudar de maneira inteligente é buscar com empenho, 
dedicação e perseverança alguma coisa. É ter curiosidade, 
vontade ou necessidade de encontrar uma resposta para 
um problema.
Não é simplesmente decorar conteúdos, passivamente, 
para reproduzi-los. Quando isso acontece, não há o 
desenvolvimentode competências e habilidades e nós 
permanecemos no estado passivo de expectador.
Como não há compreensão, não conseguimos utilizar nossos conhecimentos para solucionar problemas 
que necessitam de sua aplicação.
Estudar é concentrar nossa atenção e nossos recursos pessoais para entender e assimilar um assunto. 
Estudar é um processo.
Como estudamos? Estamos estudando quando lemos um texto, um mapa, um gráfico, uma lista 
com nomes de instrumentos; observamos um fenômeno; ouvimos instruções; aplicamos técnicas 
adequadas à resolução de um problema; seguimos passos de um roteiro para a construção de um 
kit. Estudamos quando nos colocamos alerta para observar o material do estudo, interpretá-lo e 
compreendê-lo.
E o que é aprender? 
Aprender é buscar, comparar, pesquisar, produzir. Não é receber tudo pronto, mas, sim, ir atrás de 
novos caminhos, produzir novas sínteses, buscar as informações que necessitamos, e compreendê-
las em sua totalidade.
UNIDADE I
ESTUDAR PARA APRENDER
10 Módulo 1
Nesse sentido, para que uma aprendizagem aconteça, ela necessita de um sentido dinâmico, motivador, 
de ser vista como a compreensão de significados, relacionando-os com os conhecimentos prévios 
de quem aprende.
Para que ela seja significativa, viva, enriquecedora, deve incorporar informações e reflexões e ainda 
fazer pontes entre o que se aprende intelectualmente e as situações reais, experimentais, ligadas aos 
estudos, contribuindo para a utilização do que é aprendido em diferentes situações.
Assim, a habilidade e a capacidade de estudar e aprender estão muito relacionadas.
O estudo puramente mecânico consiste em procurar aprender partes isoladas de conhecimentos. 
Essas frações de conhecimentos, por serem estudadas isoladamente, tornam-se sem sentido. 
Diferente do estudo inteligente, que consiste em organizar os conhecimentos em unidades, com 
sentido, relacionando-os com os conhecimentos já existentes em nossa estrutura cognitiva.
Para nos convencermos de que aprendemos e recordamos mais facilmente o que tem sentido, vamos 
realizar uma experiência. Leia três vezes as sílabas sem sentido apresentadas a seguir; depois, feche 
este Caderno e veja quantas sílabas você é capaz de escrever.
bep fev rib cuj jid paf seb zin fix mui leb ruz
Leia, agora, três vezes as dez palavras seguintes, com a intenção de decorá-las, e tente depois 
reproduzi-las oralmente.
bebida café campo casa xícara nadar pato pires ponte regato
Notou como obteve melhores resultados com a lista de palavras do que com a lista sem sentido? 
Isso é devido à familiaridade das palavras usadas. 
Podemos facilitar ainda mais a aprendizagem e a memorização se utilizarmos cadeias de associações, 
se as relacionarmos às experiências prévias e às nossas vivências pessoais. Quando isso não acontece, 
a aprendizagem torna-se mecânica, incorporando isoladamente o conteúdo.
Vejamos uma possibilidade de reunião das seguintes palavras.
1. casa campo ponte regato nadar pato
Você observou como as palavras do grupo acima relacionam-se a campo?
2. café bebida xícara pires
No segundo grupo, reunimos palavras que se associam à bebida.
Poderemos, ainda, organizá-las em frases que as incluam na ordem em que se apresentam, e a 
retenção será ainda melhor:
1. A casa fica no campo.
2. Há uma ponte sobre um regato onde nada um pato.
3. Café é uma bebida servida numa xícara sobre um pires.
Com essa pequena experiência, compreen demos que deveríamos sempre tentar agrupar os dados 
em sistemas de ideias, para recordá-los.
11Módulo 1
Quanto mais associações fizermos, maior será a possibilidade de que algumas venham a atuar no 
momento da recordação.
Se estivermos estudando Geografia, por exemplo, poderemos relacionar o assunto a lugares onde 
já estivemos.
Então, podemos afirmar que o estudo é mais proveitoso quando temos consciência do que estamos 
estudando.
Quando nosso estudo é eficiente, podemos dizer que aprendemos. Entretanto, isso só não basta. 
Precisamos, também, garantir que, no futuro, poderemos aplicar novamente o que já aprendemos. 
Para isso, é necessário incorporar as informações ao nosso conhecimento e não utilizar somente a 
memorização.
Precisamos saber o que é memória. Memória é a capacidade de recordar, em outras ocasiões, algo 
que aprendemos antes.
Podemos aperfeiçoar nossa capacidade de recordar utilizando proce dimentos, como:
• manter a vivacidade e a concentração (um enorme desejo de aprender);
• recitar o que foi estudado;
• fazer associações entre o que aprendemos e o que já sabemos (associar data histórica a aniversário 
de parente);
• aplicar o que aprendemos (em exercícios, conversas, situações novas);
• registrar o que aprendemos (fazendo anotações).
Dado o esforço mental despendido durante uma leitura para estudo, é necessário que sejam levados 
em conta alguns fatores indispensáveis a um bom rendimento.
Como o nosso conhecimento é, em grande parte, resultado de nossos esforços no sentido 
de aprender e adquirir novas informações, veremos alguns procedimentos de estudo que 
demonstraram aumentar a rapidez e a permanência da fixação e da retenção. São eles: planejar 
o estudo, estabelecer horário e local fixos, realizar movimentos oculares corretos, ter postura 
adequada, participar ativamente, distribuir racionalmente os períodos de estudo, estudar buscando 
a compreensão, ter atenção e concentração.
Planejar o estudo
Geralmente, existe muito a ser feito em pouco tempo. Todos os dias, temos uma série de tarefas a 
realizar: obrigações domésticas, profissionais, diversões e, para os estudantes, também o estudo. 
Como conseguir realizar, nas 24 horas do dia, tudo isso? A resposta está em planejar a nossa vida 
diária, propondo-nos horários.
Muitas pessoas têm prevenção contra horários, dizem que eles inibem a criatividade e a espontaneidade, 
que tornam as tarefas mecânicas e desinteressantes. Mas não é bem assim. Todas as pessoas que 
têm inúmeros compromissos diários, com horários exatos, sabem da importância da previsão do que 
precisam fazer, para que possam realizar tudo a tempo. Além disso, planejar não é propor planos 
rígidos; é elaborar uma proposta de uso racional e eficiente do tempo disponível.
Na verdade, quem pensa que deve trabalhar ou estudar apenas quando tem vontade parece 
desconhecer que viver impõe prazos, como o dia de entregar um trabalho, o horário do ônibus ou 
do médico, a hora do almoço, a data de pagamento da luz, da água ou do carnê de prestação. Ao 
desconhecer que certas tarefas requerem mais tempo que outras, acumula-as e, ao final, descobre 
que, por mais que se esforce, não haverá tempo para concluí-las.
12 Módulo 1
O planejamento é uma necessidade para quem tem muitos afazeres. Ajuda a formar hábitos de 
trabalho e a obter como resultado eficiência, economia de tempo e de esforço e maior tempo livre.
Planejar é decidir, antecipadamente, o que, como e quando fazer. Mas, não é suficiente planejar o 
estudo para horas determinadas. É preciso ter certeza que o tempo será bem utilizado para resolver 
o que fazer; precisamos conhecer as tarefas que temos a cumprir, ou seja, os objetivos de nosso 
trabalho ou estudo.
Você não deverá planejar mais atividades do que será capaz de executar.
Reserve o tempo que necessitará para realizar suas atividades de aprendizagem e só, então, planeje 
atividades extras.
Reserve, também, uma pausa para descanso. Estudar fatigado é “antieconômico”. Alguns poucos 
minutos de descanso conduzirão você a utilizar com maior eficiência as horas de estudo que se seguirão.
Decidir como fazer significa conhecer os recursos necessários para o trabalho e escolher o método 
de fazê-lo.
Recursos são os instrumentos necessários à realização de uma tarefa. Para que você não perca 
tempo procurando localizá-los, faça sempre uma previsão e não deixe de ter sempre à mão lápis ou 
caneta, papel de rascunho, dicionário, atlas...
Faça uso também do computador como uma ferramenta que vai agilizar seus estudos. Com o recurso 
tecnológico, talcomo um programa de processamento de textos, você deixará de fazer rascunhos em 
que terá de escrever e reescrever e, assim, terá ampliado seu rendimento nos estudos, reduzindo sua 
carga de trabalho, facilitando suas ações ou substituindo determinadas tarefas. Com o computador, 
você também poderá utilizar dicionários, processadores de texto, planilhas eletrônicas, gerenciadores 
de banco de dados, atlas e outros recursos disponíveis na Internet.
Método é a maneira de realizar a tarefa. Existem vários métodos. Cada pessoa escolhe o que for melhor 
para si. Porém, todo método precisa ser eficiente, isto é, alcançar o objetivo proposto inicialmente, 
resultando em aprendizagem. Estamos indicando-lhe uma série de procedimentos de estudo, ou 
seja, sugerindo-lhe um método de estudo que deve ser eficiente para que você consiga aprender 
o que lhe é proposto. Você pode segui-lo ou, de acordo com seus hábitos, restringi-lo ou ampliá-lo.
Temos que considerar que o aprendizado de qualquer tópico de estudos somente é eficaz quando, 
durante o processo de fazer, ocorre também o de pensar o que se faz. Isso é alcançado quando 
se relacionam a teoria apresentada a exemplos ou a exercícios que concorrem para o alcance dos 
objetivos propostos no estudo.
Um método é eficiente quando resulta no alcance desses objetivos. Para isso, deve ser adequado ao 
que vai ser feito e a quem o fará, bem como deve ser o mais simples e direto possível.
Por fim, definir quando fazer significa determinar o momento adequado para iniciar a tarefa e por 
quanto tempo nos dedicaremos a ela.
Para determinar esse aspecto, você tem que considerar dois fatores: o seu ritmo próprio de trabalho 
intelectual e o tempo que cada tarefa requer. Então, para distribuir as tarefas no tempo, terá que fazer 
um levantamento de seus afazeres, para saber quais são, e quanto tempo gastará para realizá-los.
Estabelecer horário e local fixos
A organização de um horário é útil para criar hábitos regulares de estudo e utilizar, ao máximo, seu 
tempo e energia.
13Módulo 1
Sempre que possível, deve estudar em um local que lhe permita dedicar toda a atenção ao texto em 
estudo, que lhe garanta ler sem interrupções e ter todo o material disponível.
Mesmo tendo um horário, isso não significa ainda que você vai conseguir aproveitar todo o tempo 
proposto. Às vezes, uma hora de trabalho não rende uma hora verdadeiramente, nem trinta minutos 
de estudo correspondem a trinta minutos de aprendizagem.
Ocorre, muitas vezes, que desperdiçamos tempo em preparativos e distrações e, de cada hora de 
atividades, só aproveitamos alguns minutos. Se isso acontece com você, seguem algumas sugestões.
• Procure um lugar que evite distrações e que permita o uso dele todos os recursos necessários 
ao estudo ou trabalho: lápis, caneta, borracha, cadernos, módulos, dicionário, e, se possível, um 
computador.
• Organize esses recursos, de modo a saber exatamente onde se encontram quando precisar deles 
e poder localizá-los rapi damente. Aqueles que você costuma usar com mais frequência devem 
estar próximos. Cadernos, módulos e livros de determinada disciplina devem estar juntos e ser 
facilmente diferenciados dos demais.
• Estude ou trabalhe desde o primeiro momento, pois você fez um horário e sabe que terá tempo 
depois para descansar, tomar café, conversar, passear.
• Faça esquemas, gráficos, mapas, resumos quando o conteúdo a ser estudado for muito extenso.
Em relação ao local de estudo, precisamos, ainda, destacar outro elemento importante: a iluminação. 
A iluminação ideal recai sobre o texto sem sombreá-lo, evitando, assim, cansaço e desinteresse.
Realizar movimentos oculares corretos
Ao ler, devemos mover os olhos, procurando enxergar o maior número de palavras de uma só vez, 
porque somente um grupo de palavras pode formar uma ideia completa.
Precisamos evitar ler em voz alta, acompanhar a leitura silenciosa com movimentos dos lábios, dos 
dedos ou da cabeça, pois essas ações retardam a leitura, dificultando a compreensão do texto.
Ter postura adequada
O ideal para quem estuda é sentar-se comodamente, com o tronco ereto, para não sentir sono nem 
dores no corpo. Se nos sentarmos assim em frente a uma mesa onde possamos colocar o material 
para consulta e fazer anotações, teremos uma condição favorável ao estudo eficiente.
Participar ativamente
Participar ativamente no estudo significa estabelecer os mais variados tipos de contato com o 
material. A aprendizagem requer a participação de vários sentidos. Ela se processa, com nossa 
profunda participação, sobre o que vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experienciamos, lemos 
e compartilhamos. A pesquisa de novos caminhos de integração do humano e da tecnologia e os 
variados tipos de contato com o material facilitam a reprodução da matéria, integrando o humano e 
o tecnológico, o presencial e o virtual, o sensorial, o emocional e o racional.
A procura por informações, a pesquisa na Internet, em livros ou em contato com experiências 
significativas, com pessoas ligadas ao tema, e o uso de recursos, como atlas para localizar lugares, 
dicionário para conhecer o sentido das palavras desconhecidas. O uso de recursos tecnológicos, 
meios digitais, como a multimídia, a telemática, são importantes e, muitas vezes, imprescindíveis.
14 Módulo 1
Podemos, ainda, usar técnicas que facilitem nossa aprendizagem, como as associações e os resumos. 
Consultar tabelas e gráficos, seja em livros, seja no computador, tem enorme importância. Muitas 
vezes eles valem mais do que várias páginas de um texto explicativo e facilitam nossa assimilação, 
retenção e, em consequência, nossa aprendizagem.
Distribuir racionalmente os períodos de estudo
Se estudarmos durante um longo período de tempo, Matemática, por exemplo, ao final do estudo, 
provavelmente, pouco do que foi lido foi compreendido e assimilado. Além disso, estaremos física e 
mentalmente exaustos.
Precisamos, portanto, organizar nosso programa de estudos, alternando as disciplinas de acordo com 
as atividades a serem realizadas (ler, escrever, resolver problemas).
Se tivermos uma lista de coletivos a memorizar, obteremos melhores resultados se a repetirmos em 
intervalos de uma hora do que durante uma tarde, sem realizar outra atividade.
Estudar buscando a compreensão
Como vimos no início deste capítulo, estudar, de maneira inteligente, não é simplesmente ler, decorar 
conteúdos, passivamente, nem procurar aprender partes isoladas de conhecimentos, que, por isso, 
tornam-se sem sentido.
É incorporar habilidades e capacidades para criar e formar nossas próprias impressões, buscar novas 
informações, novos caminhos, analisar ideias, avaliá-las, refletir sobre elas, isto é, compreendê-las, 
para que possamos compor novos conceitos e desenvolver autonomia. Compreensão e aprendizagem 
significam, portanto, construir significados, transformando-nos progressivamente em sujeitos de nossa 
própria aprendizagem.
É participar ativamente do estudo, firmando os mais diversos contatos com o material a ser estudado. 
Com a associação dos vários sentidos, que nos permitem participar do que estamos vendo, ouvindo, 
tocando, experimentando e lendo, ocorre a aprendizagem.
Não é raro alguns estudantes dizerem que, quando não entendem a matéria, decoram o contéudo. 
Mas não é bem assim. Se não entendemos o que lemos, dificilmente conseguiremos, depois de 
algum tempo, repetir o que foi lido.
Dessa maneira, pense sobre o que está fazendo, resolva todos os exercícios sugeridos, procure outros 
em livros ou no computador, resolva-os e, também, crie os seus.
Quando vemos significado na aprendizagem, quando vamos observando e aplicando o que 
aprendemos, nossa memorização acontece sem esforço, integrando o novo com o que já conhecemos, 
estusiasmando-nos pelo assunto. Quando percebemos a aplicação do que aprendemos em nossa 
vida diária, nossa facilidade para aprender aumenta.
Por isso, a “boa” leitura, leva-nos a compreender o que lemos, a ponderar os pontos principais epredominantes, a perceber a linha argumentativa, a indicar relações entre suas partes, a guardar o 
essencial e a interagir com o texto de forma dinâmica, ativa e progressiva.
Ao lermos, ao analisarmos o conteúdo, ao elaborarmos mentalmente conexões, conferimos-lhes 
um significado particular. Para atender nossos objetivos, recolhemos e traduzimos as informações 
em consonância com nossas vivências, nossa motivação e nossos conhecimentos sobre o tema, 
15Módulo 1
relacionando-os à informação que está sendo lida, a fim de atribuir-lhe significado. Ler bem é, portanto, 
fundamental, para o estudo eficiente.
Nesse sentido, a compreensão resulta não só de nossas capacidades cognitivas, mas também 
de nossos conhecimentos anteriores a respeito da língua e dos temas abordados no texto. Pelos 
conceitos que já adicionamos à nossa compreensão, vamos interagir com o que lemos, interpretar 
seu conteúdo, conferindo-lhe um significado próprio. Vamos correlacionar, comentar, conferir, ajustar 
e transformar nossas representações da realidade, que se relacionam e se influenciam mutuamente, 
incrementando nosso processo de compreensão e de desenvolvimento.
Por tudo isso, um estudo bem compreendido e a incorporação de habilidades requerem tempo maior 
do que o de uma simples leitura e seus resultados são mais profundos e estáveis. 
Se, ainda assim, você encontrar um tema que não entende, deve pesquisar em livro indicado em seu 
Caderno de Estudos ou na Internet e, sobretudo, discutir com seu professor para que ele o oriente.
Ter atenção e concentração
Atenção e concentração são importantes para quem estuda. Quanto mais nos concentramos em 
uma única tarefa, maior é a possibilidade de aprendermos o que estamos fazendo e de recordá-lo 
mais tarde. Isso varia, naturalmente, de uma pessoa para outra; algumas conseguem se concentrar 
durante um tempo mais longo; outras, em intervalos mais curtos.
Faça sempre uma coisa de cada vez. Procurar concentrar-se em várias tarefas simultâneas produz 
erros, perda de tempo e deficiência no aprendizado. 
A dificuldade de concentração, ou seja, a impossibilidade de manter o pensamento voltado apenas 
para o estudo, é um dos problemas mais comuns dos estudantes. Como consequência da falta de 
concentração, temos de estudar durante maior número de horas e o produto final – a aprendizagem 
– é muito pequeno.
É possível eliminar, pelo menos, as causas externas de perturbação da concentração, e, ao mesmo 
tempo, reduzir as dificuldades internas por meio de treinamento. No primeiro caso, podemos evitar, 
enquanto estivermos estudando, visitas, telefonemas e acesso a redes sociais, por exemplo.
Difícil mesmo é vencer os fatores internos de distração. O que são esses fatores? São preocupações 
de ordem afetiva ou não, que tornam difícil a concentração no estudo. Se verificarmos que nossas 
dificuldades de estudar estão nesse campo, não devemos hesitar em deixar por alguns momentos o 
estudo e tentar solucionar as dificuldades antes de retomá-lo.
É provável que, para pôr em prática os procedimentos aqui sugeridos, você demore algum tempo. 
Mas se tiver interesse, empenho, dedicação, entusiasmo, confiança e persistência, imprescindíveis 
em seus estudos e em tudo o que se dispõe a fazer, você alcançará êxito.
 Para refletir
Diante do que foi apresentado, você pode dizer que estuda de maneira inteligente?
16 Módulo 1
 Exercícios
Para realizar estes exercícios, você deverá saber:
• distinguir “estudar” de “aprender”;
• identificar condições favoráveis ao estudo eficiente.
Se tiver dúvidas, volte ao texto.
 I – Complete as lacunas, escolhendo, no retângulo, as palavras ou expressões que se referem às 
seguintes definições.
Estudar mecanicamente – Planejar – Aprender – Memorizar – Ler – Estudar – Estudar inteligentemente
 1. Concentrar toda a atenção e todos os recursos pessoais para entender e assimilar um assunto.
 ___________________________________________________________________________________________
 2. Agrupar os conteúdos em unidades com sentido.
 ___________________________________________________________________________________________
 3. Buscar, comparar, pesquisar, produzir.
 ___________________________________________________________________________________________
 II – Preencha os espaços, indicando as condições favoráveis ao estudo eficiente.
1. ______________________________________________________________________________________________
2. _____________________________________________________________________________________________
3. _____________________________________________________________________________________________
4. ______________________________________________________________________________________________
 5. _____________________________________________________________________________________________
6. ______________________________________________________________________________________________
7. ______________________________________________________________________________________________
8. ______________________________________________________________________________________________
 III – Assinale, com um X, as afirmações corretas.
 1. ( ) Planejar é decidir antecipadamente o que, como e quando fazer, o que possibilita economia de tempo 
e esforço.
 2. ( ) O planejamento impõe planos rigorosos a serem cumpridos em prazos determinados.
 3. ( ) Um método é eficiente quando permite o alcance dos objetivos no menor tempo possível.
 4. ( ) Quando estabelecemos um horário de estudo, conseguimos sempre aproveitar o tempo proposto.
 5. ( ) A aquisição de bons hábitos de leitura facilita o estudo eficiente.
 6. ( ) Devemos ler em voz alta, acompanhar a leitura silenciosa com movimentos dos lábios, dos dedos ou da 
cabeça.
 7. ( ) Por ser mais cômodo e confortável, devemos ler deitados.
 8. ( ) A participação ativa no estudo permite-nos chegar melhor à compreensão do assunto lido.
 9. ( ) A distribuição racional dos períodos de estudo evita a fadiga.
17Módulo 1
 10. ( ) Atenção e concentração facilitam a aprendizagem.
 11. ( ) A utilização de uma cadeia de associações, relacionando-as às nossas experiências prévias facilita a 
aprendizagem.
 IV – Responda.
 1. Podemos aperfeiçoar nossa capacidade de recordar de diversas maneiras. Que estratégia(s) você costuma 
utilizar?
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 2. Ela(s) é/são eficiente(s) para sua aprendizagem?
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 Reveja suas respostas
 I – 1. Estudar
 2. Estudar inteligentemente
 3. Aprender
 II – Em qualquer ordem, você deve ter indicado as condições a seguir: planejar o estudo; estabelecer horário e local fixos; realizar 
movimentos oculares corretos; ter postura adequada; participar ativamente; distribuir racionalmente os períodos de estudo; 
estudar buscando a compreensão; ter atenção e concentração.
 III – 1. (X)
 2. (X) O planejamento propõe uma distribuição de tarefas de acordo com o tempo disponível; deve ser flexível e adequado à 
execução de tais tarefas.
 3. (X)
 4. (X) Nem sempre conseguimos utilizar todo o tempo previsto para o estudo, pois ocorrem interferências como a chegada 
de pessoas, comunicações telefônicas etc.
 5. (X)6. (X) Não devemos agir assim, pois esses hábitos retardam a leitura, dificultando a compreensão do texto.
 7. (X) O ideal para quem estuda é sentar-se em frente de uma mesa, com o tronco ereto para não sentir sono nem dores no 
corpo.
 8. (X)
 9. (X)
 10. (X)
 11. (X)
 IV – Respostas pessoais.
18 Módulo 1
Capítulo 2 – Leitura
Objetivos: Conceituar leitura; distinguir atividades que envolvem o processo da leitura; identificar 
tipos de leitura e diferenciar suas características.
Diariamente, deparamo-nos com a necessidade de leitura 
de jornais, revistas, avisos, comunicados, textos didáticos, 
cartas, placas, cartazes e até mesmo de realizar pesquisas no 
computador em busca de fatos, situações, expressões, imagens 
e muitos outros tipos de informações.
O que é saber ler? Será que saber ler é saber decifrar? É, 
simplesmente, ser capaz de transformar uma mensagem escrita 
noutra sonora? Saber ler é muito mais do que isso.
A leitura exige habilidade e compreensão e todo um processo 
de construção e reconstrução de conceitos e incorporação de 
significados, requisitos essenciais para a aprendizagem. Ela é 
a combinação da apreensão visual, na percepção das palavras 
ou dos elementos, com a compreensão que deles se tem; é 
o trabalho conjunto dos olhos e da mente que conduz a uma 
“boa leitura”. À medida que se reconhecem as palavras escritas, 
passa-se à fase de interpretar o pensamento do autor.
Ler é um ato de opção, percepção, seleção, tradução, interpretação e compreensão, que exige distinção 
entre os elementos mais importantes e os que não o são, para se escolher os mais representativos 
e os mais sugestivos.
Sobre esse ponto de vista, verificamos que não é suficiente aprender a ler. Ler não é, simplesmente, 
um ato mecânico de juntar letras e formar palavras, mas um diálogo de coparticipação entre quem 
lê e o autor do texto. É necessário interpretar os conteúdos, conferindo-lhes significados, para que a 
leitura, enquanto atividade de inteligência, desempenhe seu papel.
Uma leitura proveitosa pressupõe, portanto, não só o conhecimento linguístico com a identificação 
dos signos que compõem a linguagem escrita e a compreensão do seu significado, como também um 
conjunto de informações exteriores ao texto, que se costuma chamar de conhecimento de mundo, 
ou conhecimentos prévios.
 O que você pensa disto?
É imprescindível que seja substituída a postura de decorar conteúdos por outra investigativa, 
prática e de observação, que nos leve a compreender o sentido do que lemos.
Há necessidade de se aprender com o que se lê, observando todos os ângulos, interpretando os 
conteúdos, tentanto descobrir novas perspectivas e relações e atribuindo-lhes significado, para que 
a leitura, enquanto exercício de inteligência, cumpra o seu papel.
Adaptado de: <mauricio.amormino.com.br>.
19Módulo 1
Tipos de leitura
Assim como há diversas coisas para se ler, há diversas maneiras de se ler, definidas de acordo com 
a finalidade da leitura. Vejamos, a seguir, algumas delas.
1. Leitura recreativa – É a que proporciona prazer, diversão. Um exemplo de leitura recreativa é a 
que normalmente se faz de revistas de histórias em quadrinhos ou de romances, quando o objetivo 
é apenas a distração.
2. Leitura exploratória – É a leitura rápida que se faz para se encontrar determinado assunto ou 
elemento. Quando se procura um endereço na lista telefônica, por exemplo, ou se folheia o jornal, 
faz-se uma leitura exploratória.
3. Leitura compreensiva – É a leitura que se faz quando se quer entender, sem a preocupação de 
assimilação, o assunto do texto. Como exemplo podemos citar a leitura que se faz de comunicados 
em quadros de avisos.
4. Leitura assimilativa – É a que o leitor procura aprender, esforça-se para aceitar o que lê e para 
assimilar ao máximo a leitura. Por isso, leitura assimilativa e estudo são sinônimos. Como exemplo 
podemos citar a leitura que normalmente se faz de textos didáticos.
5. Leitura crítica – É a que se faz buscando afirmar ou negar os argumentos contidos no texto. 
Assim, avalia-se o pensamento do autor e posiciona-se em relação a ele. É dessa forma que se 
leem, ou que se devem ler, editoriais de jornais, por exemplo.
Como vimos, há diversas maneiras de se ler. A leitura tem sempre um alvo, um objetivo. A principal 
finalidade da leitura para um aluno é, sem dúvida, estudar, assimilar, aprender aquilo que leu.
Por esse motivo, vamos nos aprofundar mais no estudo da leitura assimilativa.
 Links
Para fazer leituras virtuais, você pode adquirir o aparelho eletrônico, chamado Kindle, e 
assessar o site <www.amazon.com.br>, para visualizar e selecionar os livros.
Leitura assimilativa
Conceito
Já dissemos que, normalmente, quando se lê um texto didático, a finalidade é o estudo, ou seja, a 
leitura assimilativa.
Leitura assimilativa é a que objetiva a aquisição de novos conhecimentos, que serão reordenados 
de maneira pessoal e utilizados quando for oportuno.
Tudo isso só será possível se fizermos uma leitura eficiente seguindo algumas etapas.
20 Módulo 1
Etapas da leitura assimilativa
Quando se lê, deve-se seguir determinados passos para que o conteúdo seja bem assimilado. Esses 
passos são mentais, sequenciais e, às vezes, torna-se difícil delimitá-los.
Toda leitura que se faz para estudo apresenta cinco etapas hierarquizadas, indispensáveis à assimilação.
1a – Reconhecimento das palavras ou dos vocábulos do texto
Dominar o vocabulário do texto é a primeira exigência que se faz ao leitor. Isso porque quanto maior 
for a quantidade de palavras conhecidas maior será a facilidade de leitura.
O que fazer, então, quando você não reconhece as palavras do texto? Interrompa a leitura e recorra 
ao dicionário.
Mas será que é preciso consultar o dicionário a cada palavra desconhecida?
Não. Isso seria um trabalho muito extenso. Às vezes, não sabemos bem o sentido de uma palavra, 
mas a frase ou o restante do texto esclarecem-nos, dão-nos pistas para que a compreendamos, não 
precisamos recorrer ao dicionário.
2a – Compreensão das ideias do autor
Compreender um texto é compreender as ideias do autor. E, para compreendê-las, é preciso que 
tenhamos conhecimento de outros textos, entendidos como quaisquer conjuntos de informações, orais 
ou escritas, com que entramos em contato – na família, na escola, nas conversas com os amigos, 
nas leituras – durante nossa vida.
3a – Interpretação das ideias do autor
Interpretamos as ideias do autor quando, uma vez compreendidas, passamos a inferir, a tirar conclusões 
sobre elas. É uma etapa, portanto, de superação, em que, por meio de deduções, se vai além do 
conteúdo exposto.
4a – Retenção e reprodução das ideias mais importantes
Devemos nos acostumar a, ao final de uma leitura, escrever um resumo contendo as principais 
informações sobre o texto. Uma vez relacionadas de forma breve, elas poderão ser, a qualquer tempo, 
reativadas. Além disso, quando reconstituímos e ordenamos os dados, organizando-os a partir de um 
critério pessoal, fixamos melhor o conteúdo aprendido.
5a – Aplicação das ideias em situações novas
Todo conhecimento adquirido não deve ficar só na teoria. Se quisermos aprimorá-lo, devemos, sempre, 
aplicá-lo a problemas do dia a dia.
É claro que essas etapas de assimilação são cumpridas de forma mais ou menos rápida, de acordo 
com a prática de leitura de cada um. No entanto, guarde bem:
aquele que lê para estudar não pode dar seu trabalho por pronto com apenas uma leitura.
Por isso, habitue-se a ler várias vezes um texto. Somente assim poderá assimilar bem os conhecimentos 
que quer adquirir.
21Módulo 1
Causas da má leitura
Muitas vezes não obtemos êxito na leitura por não conseguirmos identificar a(s) causa(s) que pode(m) 
estar comprometendo o aprendizado. Vejamos algumas delas.
• Má disposição para a leitura
 A leitura não é proveitosa quando se está cansado, com sono, maldisposto, preocupado ou doente.
• Prevenção contra a leitura
 Pensar na extensão ou na dificuldade de compreensãodaquilo que se lê antes do início da leitura 
também compromete o entendimento do texto.
• Leitura apressada
 A pressa pode prejudicar a concentração, fazendo com que pulemos palavras, frases, parágrafos 
inteiros, ou, até mesmo, com que leiamos a mesma linha duas vezes.
• Vista fraca
 Olhos ardendo, dor de cabeça, enjoo com pouco tempo de leitura podem ser sinais de problemas 
visuais. A solução é procurar um especialista o quanto antes.
• Posição inadequada
 Deve-se evitar ler deitado ou em posições desconfortáveis que causam cansaço e dores no corpo.
• Vocabulário pobre
 Ter um vocabulário pobre é outro motivo comprometedor da leitura, pois torna-a mais difícil e lenta.
 Para refletir
Você se identificou com alguma(s) causa(s) que compromete(m) a leitura eficiente? Planeja 
eliminá-la(s)? Como?
 Exercícios
Para realizar estes exercícios, você deverá saber:
• conceituar leitura e distinguir as atividades que envolvem seu processo;
• identificar os tipos de leitura e diferenciar suas características;
• entender o processo da leitura assimilativa.
Se tiver dúvidas, volte ao texto.
 I – Assinale, com um (X), a resposta certa.
 1. “Saber ler” é saber
 a. ( ) decorar a ideia principal do texto.
 b. ( ) reconhecer o texto.
 c. ( ) recitar de memória o texto.
 d. ( ) compreender e interpretar o texto.
 2. A leitura proveitosa exige essencialmente:
22 Módulo 1
 a. ( ) habilidade e compreensão.
 b. ( ) memorização mecânica de regras gramaticais.
 c. ( ) que se decifre o texto, juntando letras para formar palavras.
 d. ( ) que se transforme uma mensagem escrita em uma sonora.
 II – Escreva, nos parênteses, a letra correspondente ao tipo de leitura.
(A) Leitura crítica
(B) Leitura compreensiva
(C) Leitura assimilativa
(D) Leitura exploratória
(E) Leitura recreativa 
 1. ( ) O objetivo da leitura é o estudo.
 2. ( ) O objetivo da leitura é a diversão.
 3. ( ) O objetivo da leitura é fornecer elementos para discussões.
 4. ( ) O objetivo da leitura é fornecer rápidas informações para se encontrar determinado assunto.
 5. ( ) O objetivo da leitura é entender a mensagem sem a preocupação de assimilação.
 III – Conceitue leitura assimilativa.
 ________________________________________________________________________________________________
 ________________________________________________________________________________________________
 ________________________________________________________________________________________________
 ________________________________________________________________________________________________
 ________________________________________________________________________________________________
 IV – Escreva V ou F, nos parênteses, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmativas.
 1. ( ) Para ler é preciso reconhecer as palavras do texto.
 2. ( ) Para ler é preciso procurar todas as palavras no dicionário.
 3. ( ) Saber ler é saber decorar todo o texto.
 4. ( ) Na leitura, é necessário entender o que o autor quer dizer.
 5. ( ) As aquisições mais importantes na leitura não precisam ser utilizadas em momento algum de nossas 
vidas.
 V – Cite três razões que levam a uma leitura mal-feita.
1. ______________________________________________________________________________________________
 ________________________________________________________________________________________________
2. ______________________________________________________________________________________________
 ________________________________________________________________________________________________
3. ______________________________________________________________________________________________
 ________________________________________________________________________________________________
 Reveja suas respostas
 I – 1. d. (X)
 2. a. (X)
23Módulo 1
 II – 1. (C)
 2. (E)
 3. (A)
 4. (D)
 5. (B)
 III – Leitura assimilativa é a que objetiva a aquisição de novos conhecimentos, que serão reordenados de maneira pessoal e utilizados 
quando preciso.
 Você pode dizer isso com outras palavras. O que importa é que o faça corretamente.
 IV – 1. (V)
 2. (F) Muitas vezes compreendemos o sentido de palavras desconhecidas pelo contexto.
 3. (F) “Saber ler” é saber compreender o texto.
 4. (V)
 5. (F) As ideias mais importantes adquiridas pela leitura devem sempre ser aplicadas a situações do nosso dia a dia.
 V – Você deve ter colocado três das seguintes razões.
Má disposição para a leitura.
Prevenção contra a leitura.
Leitura apressada.
Vista fraca.
Posição inadequada.
Vocabulário pobre.
MÓDULO
2
Capítulo Único – Leitura do Texto
Objetivos: Definir texto; conhecer elementos indispensáveis à compreensão, organização e estrutura; 
distinguir o texto didático e suas características para melhor aproveitamento de seus estudos.
 O que você pensa disto?
A boa leitura baseia-se no texto como um todo. O que isso significa?
Fonte: <www.colegioweb.com.br>.
Quando se fala de leitura, o material básico é o texto.
Texto é um conjunto de elementos significativos 
que, ordenados segundo um critério, formam 
um todo, uma unidade, e transmitem uma 
mensagem.
Mensagem é o conteúdo de um texto; pode 
ser uma informação, um comunicado, uma 
opinião, uma história.
Vê-se, pela definição acima, que o conceito de texto 
não se limita a textos escritos. Qualquer conjunto de 
elementos significativos ordenados segundo um critério, como, por exemplo, uma pintura, uma 
fotografia, um desenho, pode ser considerado texto.
Destaca-se na definição a ideia conjunto ordenado de elementos significativos.
Se considerarmos, por exemplo, o conjunto de uma frase, as palavras serão os elementos significativos 
que deverão estar ordenados para que tenhamos um texto. Já em um parágrafo, as frases serão 
os elementos significativos que deverão obedecer a um critério de ordenamento. Sendo o texto um 
livro, uma notícia de jornal, um capítulo, uma carta, os parágrafos serão os elementos significativos 
do todo, que deverão estar organizados para que compreendamos a mensagem. E assim por diante.
Para entender textos, precisamos levar em consideração alguns dados relevantes.
UNIDADE II
TEXTOS
26 Módulo 2
Elementos indispensáveis à compreensão de um texto
O texto compõe-se de frases inter-relacionadas. Apresenta uma organização constituída de tal modo 
que as frases não têm significado sozinhas, pois o sentido de uma é dado pela ligação que ela mantém 
com as demais. Na busca de sua compreensão, devemos nos basear, portanto, no texto como um 
todo e não em fragmentos isolados.
A compreensão de um texto depende fundamentalmente do vocabulário e da experiência de quem 
o lê (leitor). Muitas vezes, para um melhor esclarecimento do assunto, um texto faz referência a 
outro(s) texto(s).
O texto traz a opinião de quem o produziu (o autor), oferecendo o seu posicionamento, isto é, o que 
ele pensa sobre o assunto apresentado (visão de mundo). As ideias da sociedade e da época em 
que foi escrito são apresentadas direta ou indiretamente, pois o texto reproduz, discute ou nega os 
fatos contemporâneos. E para despertar o interesse do leitor, seu assunto deve ser atual. Mas como 
pode ser atraente uma obra escrita há 300 anos? Pode, sim. Não devemos nos esquecer de que, 
em todas as épocas, existe um interesse geral por política, economia, liberdade, amor.
Levando em conta essas considerações, podemos dizer que uma boa leitura baseia-se no texto como 
um todo, pois as frases que o compõem se encontram inter-relacionadas; o leitor deve procurar 
estabelecer relações entre as citações e o texto que está sendo lido; deve perceber a intenção do 
autor e, ainda, captar as ideias da época em que o texto foi escrito.
Ao escrever, os autores possuem um objetivo, por isso pode variar a maneira como abordam um 
mesmo assunto.
Há textos baseados na realidade. Têm a função única de informar. São objetivos (admitem apenas 
uma interpretação) e apresentam, predominantemente, linguagem formal(correta) e/ou específica 
(própria do assunto). É o caso dos textos didáticos, científicos e jornalísticos.
Existem aqueles que traduzem as opiniões, os sentimentos e a imaginação das pessoas. São textos 
subjetivos (admitem, às vezes, mais de uma interpretação), geralmente escritos de forma mais 
elegante. Nesse grupo, encontramos poemas, crônicas, romances.
Outros objetivam influir no comportamento de quem os lê, por meio de um apelo, uma ordem ou 
uma sugestão. São os textos publicitários.
Seja qual for o objetivo do autor, o texto precisa ser bem escrito para ser compreendido e apreciado.
Mostramos alguns elementos necessários à boa compreensão de um texto. A exercitação de nossos 
ensinamentos, em suas leituras diárias, ajudará você a se tornar um bom leitor e, consequentemente, 
um bom estudante.
Prosseguindo nossos estudos, vejamos como se organiza e se estrutura o texto.
Organização de um texto
Parágrafos
Seja qual for o texto, o autor distribui suas ideias em grupos chamados parágrafos, que são frases 
ordenadas para constituir uma unidade.
E por que as frases são agrupadas em parágrafos? Porque os parágrafos correspondem a momentos 
dentro do texto. Existe, no texto, um momento para cada coisa: para apresentar uma personagem, para 
descrever uma casa, para relatar um acontecimento. Há, também, o momento de cada personagem 
27Módulo 2
falar e, nesse caso, cada um fala em sua vez, ou em seu momento, ou em seu parágrafo.
O parágrafo caracteriza-se, graficamente, por começar com um pequeno afastamento da margem 
esquerda e letra maiúscula e por terminar por ponto-final, após o qual fica o restante da linha em 
branco, conhecido como branco paragráfico.
Atualmente, no entanto, aceita-se o parágrafo em forma de blocos, sem o pequeno afastamento da 
margem esquerda, que passa a existir entre os blocos, e termina também por um ponto-final. É o 
tipo de parágrafo que você está vendo nos nossos Cadernos de Estudos.
Observe o texto a seguir.
O TRABALHO
Dado que vivemos em comunidade, cada um deve contribuir com o seu trabalho para o bem 
comum.
O trabalho não deve ser visto apenas como obrigação ou como meio de sobrevivência. Devemos 
considerá-lo também como um motivo de satisfação pessoal e como utilidade para a sociedade. 
Precisamos sentir que aquilo que realizamos é útil para nós e para os outros.
Como podemos constatar, esse texto é composto de dois parágrafos. O primeiro começa em “Dado 
que vivemos”... e termina em ...“bem comum”. O segundo começa em “O trabalho não deve”... e 
termina em ...“para os outros”.
O parágrafo, portanto, é uma parte do texto formada por uma ou várias frases relacionadas pelo 
sentido, podendo ser curto ou longo, conforme a conveniência. É composto de uma ideia principal 
e de ideias secundárias em número bastante variável. A ideia principal é aquela que representa a 
declaração mais importante do parágrafo. As ideias secundárias são as que comprovam, explicam 
ou exemplificam a ideia principal, sendo, pois, importantes no texto.
Vamos mostrar isso no exemplo a seguir.
Finalmente, vamos ter mesmo a nossa indústria do lixo. Capitais brasileiras fizeram a experiência 
com os melhores resultados. Com isso, teremos um incremento na produção de fertilizantes; 
surgirão mais empregos e contaremos com mais uma grande indústria.
• Qual é a declaração mais importante desse parágrafo?
“Finalmente, vamos ter mesmo a nossa indústria do lixo.”
Essa frase representa a ideia principal do parágrafo em questão.
• Que outras ideias explicam o que foi declarado?
“Capitais brasileiras fizeram a experiência com os melhores resultados. Com isso, teremos um 
incremento na produção de fertilizantes; surgirão mais empregos e contaremos com mais uma 
grande indústria.”
Temos aí as frases que representam as ideias secundárias que compõem o desenvolvimento e a 
conclusão do referido parágrafo.
• Repare que o título é uma pista que o autor nos fornece para a compreensão do tema. Em textos 
pequenos o título é dispensável.
Vejamos.
Finalmente, vamos ter mesmo a nossa indústria do lixo. – introdução
28 Módulo 2
Capitais brasileiras fizeram a experiência com os melhores resultados. – desenvolvimento
Com isso, teremos um incremento na produção de fertilizantes; surgirão mais empregos e 
contaremos com mais uma grande indústria. – conclusão
As ideias com as quais acabamos de trabalhar formam o que denominamos de parágrafo-padrão, ou 
seja, formam a introdução, o desenvolvimento e a conclusão das ideias contidas no parágrafo. 
A introdução é representada pela ideia principal (apresentação do assunto), o desenvolvimento e a 
conclusão pelas ideias secundárias (explicação e conclusão do assunto).
Posição da ideia principal
Em geral, os parágrafos escritos em português apresentam a ideia principal em uma frase inicial, 
representada na maioria dos casos por um ou dois períodos curtos, em que se expressa de maneira 
sumária a ideia-núcleo ou o tópico frasal.
A maioria dos autores prefere o tópico frasal inicial, porque ele leva a um processo de raciocínio dedutivo, 
ou seja, parte-se da generalização (ideia principal) para as especificações (ideias secundárias).
Às vezes, o parágrafo possui sua estrutura completa, mas em outra ordem. Veja a alteração sofrida 
pelo parágrafo que acabamos de estudar.
Capitais brasileiras fizeram a experiência com os melhores resultados. Com isso, teremos um 
incremento na produção de fertilizantes; surgirão mais empregos e contaremos com mais uma 
grande indústria. Finalmente, vamos ter mesmo a nossa indústria do lixo.
Nesse caso, ao fazermos a identificação da sua estrutura, precisamos de mais atenção, pois a 
sequência das ideias está alterada. Observe que a ideia principal é a última frase do texto.
Analisemos, agora, o seguinte texto.
A PELE
O corpo humano é revestido pela pele.
A pele é um revestimento que tem qualidades excepcionais: ela não se deixa atravessar pelas 
substâncias do ambiente; defende o organismo contra os micróbios; protege o corpo contra o 
aquecimento e o resfriamento.
A pele compreende uma parte externa, formada por tecido epitelial – a epiderme – e uma outra, 
situada por baixo, constituída por tecido conjuntivo – a derme.
A pele é um órgão que reveste externamente o corpo humano.
O texto está dividido em quatro grupos de ideias, que correspondem a quatro parágrafos 
não padronizados.
1o O corpo humano é revestido pela pele.
 Aqui há somente uma declaração, que corresponde à ideia principal; representa, portanto, apenas 
a introdução do parágrafo.
2o A pele é um revestimento que tem qualidades excepcionais: ela não se deixa atravessar pelas 
substâncias do ambiente, defende o organismo contra os micróbios, protege o corpo contra o 
aquecimento e o resfriamento.
 Ideia principal – “A pele é um revestimento que tem qualidades excepcionais”... Representa a 
introdução do parágrafo.
 Ideias secundárias – (...) “ela não se deixa atravessar pelas substâncias do ambiente; defende o 
29Módulo 2
organismo contra os micróbios; protege o corpo contra o aquecimento e o resfriamento.” Representa 
o desenvolvimento do parágrafo. 
3o A pele compreende uma parte externa, formada por tecido epitelial – a epiderme – e uma outra, 
situada por baixo, constituída por tecido conjuntivo – a derme.
 Ideia principal – “A pele compreende uma parte externa (...) – a epiderme – e uma outra, situada 
por baixo (...) – a derme.” Representa apenas a introdução do parágrafo.
 Ideias secundárias – ... “formada por tecido epitelial (...) constituída por tecido conjuntivo”... 
Representa o desenvolvimento do parágrafo.
 Um detalhe a ser percebido nesse parágrafo: a ideia principal aparece intercalada pelas ideias 
secundárias.
4o A pele é um órgão que reveste externamente o corpo humano.
 Nesse parágrafo, também, só há uma ideia: a ideia principal. Representa a introdução do parágrafo.
Já conhecemos um pouco da organização do parágrafo, o que nos facilita a compreensão da estrutura 
do texto, nosso próximoobjetivo.
 Você é o autor
Escreva um parágrafo padrão a respeito de um tema do seu interesse.
Estrutura de um texto
Os textos geralmente apresentam a mesma estrutura de um parágrafo: introdução, desenvolvimento 
e conclusão.
Observemos no texto, a seguir, essa organização.
Este texto é composto de três parágrafos. Como é pequeno, cada parágrafo corresponde a um 
momento do texto.
1o Parágrafo A televisão, apesar de nos trazer uma imagem concreta, não fornece uma reprodução fiel da realidade.
2o Parágrafo
Uma reportagem de tevê é o resultado de vários pontos de vista: 
do realizador, que controla e seleciona imagens num monitor; do 
produtor, que efetua cortes arbitrários; do câmara, que seleciona 
ângulos de filmagens e, finalmente, de todos aqueles que intervêm 
no processo de transmissão.
3o Parágrafo Dessa forma, o veículo impõe ao receptor a sua maneira especialíssima de ver o real.
O primeiro parágrafo corresponde ao primeiro momento do texto, ou seja, a sua introdução: a televisão 
não fornece uma reprodução fiel da realidade.
30 Módulo 2
O segundo parágrafo corresponde ao segundo momento do texto, seu desenvolvimento: a imagem 
fornecida pela televisão é o resultado de vários pontos de vista.
O terceiro parágrafo corresponde ao terceiro momento do texto, a conclusão: a televisão impõe ao 
receptor uma realidade deturpada.
Percebeu como os parágrafos funcionam no texto? Eles são a sua essência, a sua própria estrutura.
Estudamos um pequeno texto e vimos que cada parágrafo correspondeu a um momento do texto. 
Mas, se o texto for maior, como dividi-lo?
Vamos a um novo texto.
1o Parágrafo
Quatro funções básicas têm sido convencionalmente atribuídas aos 
meios de comunicação de massa: informar, divertir, persuadir e 
ensinar.
2o Parágrafo
A primeira diz respeito à divulgação de notícias, relatos, comentários 
sobre a realidade, acompanhada ou não de interpretações ou 
explicações.
3o Parágrafo A segunda função atende à procura de distração, de evasão, de divertimento, por parte do público.
4o Parágrafo
Uma terceira função é persuadir o indivíduo – convencê-lo a adquirir 
determinado produto, a votar em certo candidato, a se comportar 
de acordo com os desejos do anunciante.
5o Parágrafo
A quarta função – ensinar – é realizada de modo direto ou indireto, 
intencional ou não, por meio de material que contribui para a 
formação do indivíduo ou para ampliar seu acervo de conhecimento, 
planos, destrezas etc.
6o Parágrafo Diante de tantas funções, só nos resta concluir que os meios de comunicação de massa são necessários à nossa vida.
O primeiro parágrafo corresponde ao seu primeiro momento, a introdução: atribui quatro funções 
básicas aos meios de comunicação de massa.
O segundo, o terceiro, o quarto e o quinto parágrafos correspondem ao segundo momento, o 
desenvolvimento: explica as funções dos meios de comunicação.
O sexto parágrafo corresponde ao terceiro momento, a conclusão: reconhece a importância dos 
meios de comunicação de massa.
Os elementos que acabamos de estudar facilitam o entendimento de qualquer texto. Mas há, ainda, 
uma importante informação a ser vista sobre texto.
Assim como o parágrafo tem uma ideia principal, o texto tem uma ideia central, ideia que é 
desenvolvida para o texto todo. Para encontrá-la, basta perguntar do que trata o texto. 
Se fizermos essa pergunta sobre os dois textos que acabamos de ver, teremos as seguintes ideias 
centrais, respectivamente:
• A reprodução da realidade pela televisão.
• As funções básicas dos meios de comunicação. 
Se você aplicar em suas leituras as informações aqui sugeridas, com certeza obterá bons resultados.
31Módulo 2
 Exercícios
Para responder estes exercícios você deverá saber:
• definir texto;
• identificar os elementos indispensáveis à sua compreensão e organização;
• conhecer a estrutura do parágrafo.
Se tiver dúvidas, volte ao texto.
 I – Responda.
Que fatores devem ser observados na realização de uma boa leitura?
 ________________________________________________________________________________________________
 ________________________________________________________________________________________________
 II – Assinale, com um X, as alternativas cujo conteúdo é verdadeiro.
 1. ( ) Os textos possuem sempre os mesmos objetivos.
 2. ( ) Os textos científicos têm como função principal a informação.
 3. ( ) Os textos literários são subjetivos e escritos de forma elegante.
 4. ( ) Os textos publicitários procuram influenciar seus leitores.
 III – Escreva V ou F nos parênteses, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmativas.
 1. ( ) O parágrafo é constituído por uma ou mais frases, ordenadas segundo um critério qualquer.
 2. ( ) Um parágrafo pode ser formado por uma única frase ou palavra.
 3. ( ) Os parágrafos correspondem a explicações de um texto.
 4. ( ) Um texto cujas ideias estão desordenadas é mais fácil de ser entendido.
 IV – Verifique se o parágrafo seguinte pode ser considerado padrão e justifique sua resposta.
As plantas verdes, dotadas de clorofila, possuem a propriedade de combinar a água com o gás carbônico, para 
formar as substâncias orgânicas de que necessitam para crescer. Essa função recebe o nome de função clorofiliana 
e, por realizar-se somente em presença da luz solar, também é conhecida como fotossíntese.
 ________________________________________________________________________________________________
 ________________________________________________________________________________________________
 V – Faça o que se pede, baseando-se no texto proposto.
Nos últimos dez anos do século passado, todo o litoral brasileiro já estava ligado pelo telégrafo. A floresta Amazônica, 
no entanto, era um obstáculo para a extensão dos fios ao Norte e ao Oeste.
Um descendente de índios – o mato-grossense Cândido Rondon – tomou a si a tarefa de colocar a atual área de 
Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Amazonas em contato com o resto do país. Enfrentou todos 
os perigos, colocou milhares de postes entre árvores gigantescas.
Enquanto trabalhava, ia conquistando a amizade dos índios que viviam na região. Rondon deixou, em frase que 
sempre repetia, uma grande lição para todos os brasileiros: “ Morrer, se for preciso; matar nunca”.
Em sua barraca, numa região de condições de vida das mais difíceis, Rondon, com seus auxiliares, ajudava o 
Brasil a dar os primeiros passos no caminho da verdadeira integração nacional. 
 1. Esse texto é composto de quatro parágrafos. Indique onde começam e onde terminam, transcrevendo as 
expressões que iniciam e finalizam cada um.
32 Módulo 2
1o parágrafo 
Começa em: ____________________________________________________________________________
Termina em: _____________________________________________________________________________
2o parágrafo 
Começa em: ____________________________________________________________________________
Termina em: _____________________________________________________________________________
3o parágrafo 
Começa em: ____________________________________________________________________________
Termina em: _____________________________________________________________________________
4o parágrafo 
Começa em: ____________________________________________________________________________
Termina em: _____________________________________________________________________________
 2. Responda à pergunta a seguir.
 Qual é o parágrafo formado somente por uma frase?
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 3. Transcreva a ideia principal do terceiro parágrafo.
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 4. Transcreva a ideia secundária do segundo parágrafo.
 ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
 5. Apresente, com suas palavras, as ideias principais de cada parágrafo.
1o parágrafo: ______________________________________________________________________________
2o parágrafo: ______________________________________________________________________________
3o parágrafo: ______________________________________________________________________________
4o parágrafo: ______________________________________________________________________________
 6. Indique os parágrafos que correspondem à estrutura do texto.
Introdução: ________________________________________________________________________________
Desenvolvimento: __________________________________________________________________________
Conclusão: ________________________________________________________________________________
 Reveja suas respostas
 I – Os fatores que contribuem para a realização de uma boa leitura são: basear-se no texto como um todo e não em fragmentos 
isolados; relacionar corretamente suas citações; procurar perceber a intenção do autor; captar as ideias da época em que foi 
escrito.
33Módulo 2
 II – 1. ( ) Todos os textos possuem objetivos, mas não os mesmos.
 2. (X)
 3. (X)
 4. (X)
 III – 1. (F)
 2. (F)
 3. (V) 
 4. (V) 
 IV – O parágrafo não é padrão porque não possui a estrutura devida. A ideia principal (1ª frase) representa a introdução do parágrafo. 
A ideia secundária (2ª frase) representa seu desenvolvimento. Portanto está faltando a conclusão deste parágrafo.
 V – 1. 1o parágrafo
 Começa em: “Nos últimos dez anos”...
 Termina em: ...“ao Oeste.”
 2o parágrafo
 Começa em: “Um descendente de índios”...
 Termina em: ...“árvores gigantescas.”
 3o parágrafo
 Começa em: “Enquanto trabalhava”...
 Termina em: ...“matar nunca”.
 4o parágrafo
 Começa em: “Em sua barraca”...
 Termina em: ...“integração nacional.”
 Observe que transcrevemos expressões e não palavras isoladas, o que facilita sua localização no texto.
 2. O quarto, ou o último parágrafo, é formado por apenas uma frase.
 3. “Enquanto trabalhava, ia conquistando a amizade dos índios que viviam na região.”
 4. “Enfrentou todos os perigos, colocou milhares de postes entre árvores gigantescas.”
 5. 1o parágrafo: A floresta Amazônica foi um obstáculo à extensão dos fios telegráficos ao Norte e ao Oeste.
 2o parágrafo: Cândido Rondon muito fez para colocar Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Amazonas em 
contato com o resto do país.
 3o parágrafo: Conquistou a amizade dos índios durante sua luta ou trabalho.
 4o parágrafo: Colaborou com o início da integração nacional.
 6. Introdução: 1o parágrafo
 Desenvolvimento: 2o e 3o parágrafos
 Conclusão: 4o parágrafo
Momentos do texto
Ordem das ideias: início/meio/fim
Atualmente, aceita-se que não há extensão para um texto. Desde que se faça a comunicação da 
mensagem, diz-se texto. Um texto pode ser formado por uma única palavra. Como exemplo podemos 
citar uma mensagem de texto enviada para comunicar o resultado de uma partida de futebol em que 
se diz: Vencemos!
Normalmente, porém, associamos a palavra texto a um comunicado com vários parágrafos.
Nesses textos maiores, em que a divisão em frases ou parágrafos não é suficiente, precisamos, 
também, de divisões maiores.
Como fazer, então, para dividi-los em momentos maiores que um parágrafo?
É fácil: vamos agrupar vários parágrafos, ou vários momentos pequenos, e formar o
1o momento maior ou início do texto.
Depois, faremos a mesma coisa com mais alguns parágrafos, juntando-os para que formem o
2o momento maior ou meio do texto.
E, finalmente, o resto do texto formará o
3o momento maior ou fim do texto.
34 Módulo 2
Mas quando é que termina um momento e começa outro?
Preste atenção ao texto seguinte. Nele vamos aprender a dividir um texto em momentos maiores. 
Havendo dúvida em relação a qualquer palavra, consulte o dicionário.
Fonte: <www.tocadacotia.com>
O canário
Carlos Drummond de Andrade
Pr
in
cí
pi
o 
do
 te
xt
o
 1o – Casara-se havia duas semanas. E por isso, em casa dos sogros, a 
família resolveu que ele é que daria cabo do canário:
 2o – Você compreende. Nenhum de nós teria coragem de sacrificar o 
pobrezinho, que nos deu tanta alegria. Todos somos muito ligados a 
ele, seria uma barbaridade. Você é diferente, ainda não teve tempo 
de afeiçoar-se ao bichinho. Vai ver que nem reparou nele durante o 
noivado. 
 3o – Mas eu também tenho coração, ora essa. Como é que vou matar um 
pássaro só porque o conheço há menos tempo do que vocês? 
 4o – Porque não tem cura, o médico já disse. Pensa que não tentamos tudo? 
É para ele não sofrer mais e não aumentar o nosso sofrimento. Seja 
bom; vai.
 5o – O sogro, a sogra apelaram no mesmo tom. Os olhos claros de sua mulher 
pediram-lhe com doçura: 
 6o – Vai, meu bem.
35Módulo 2
M
ei
o 
do
 t
ex
to
 7o – Com repugnância pela obra de misericórdia que ia praticar, ele aproximou-se 
da gaiola. O canário nem abriu o olho. Jazia a um canto arrepiado, morto-vivo. 
É, esse está mesmo na última lona e dói ver a lenta agonia de um ser tão 
gracioso, que viveu para cantar.
 8o – Primeiro me tragam um vidro de éter e algodão. Assim ele não sentirá o horror 
da coisa.
 9o – Embebeu de éter a bolinha de algodão, tirou o canário para fora com infinita 
delicadeza, aconchegou-o na palma da mão esquerda e, olhando para outro 
lado, aplicou-lhe a bolinha no bico. Sempre sem olhar para a vítima, deu-lhe 
uma torcida rápida e leve, com dois dedos, no pescoço.
10o – E saiu para a rua, pequenino por dentro, angustiado, achando a condição 
humana uma droga. As pessoas da casa não quiseram se aproximar do cadáver. 
Coube à cozinheira recolher a gaiola, para que sua vista não despertasse 
saudade e remorso em ninguém. Não havendo jardim para sepultar o corpo, 
depositou-o na lata de lixo.
11o – Chegou a hora de jantar, mas quem é que tinha fome naquela casa enlutada? 
O sacrificador ficara rondando por aí, e seu desejo seria não voltar para casa 
nem para dentro de si mesmo.
Fi
m
 d
o 
te
xt
o
12o – No dia seguinte, pela manhã, a cozinheira foi ajeitar a lata de lixo para o 
caminhão e recebeu uma bicada voraz, no dedo.
13o – Ui!
14o – Não é que o canário tinha ressuscitado, perdão, reluzia vivinho da silva, com 
uma fome danada?
15oo – Ele estava precisando mesmo era de éter – concluiu o estrangulador, que se 
sentiu ressuscitado por sua vez.
A divisão em três momentos maiores é a seguinte.
1o – início O marido é convencido pela família a matar o canário. (até o 6o parágrafo)
2o – meio O marido mata (ou pensa que mata) o canário e sofre com isso. (do 7o ao 11o parágrafo)
3o – fim O canário “ressuscita”, e o marido reanima-se. (do 12o parágrafo em diante) 
Por que dividimos assim o texto? Acompanhe a explicação.
Até o 6o parágrafo, ainda não se sabe o que o marido vai fazer: se vai ou não aceitar a tarefa de matar 
o canário. Estamos ainda no princípio do texto.
Do 7o ao 11o parágrafo, o fato mais importante acontece: a “morte” do canário. Colocamos a palavra 
morte entre aspas, porque já se sabe que, afinal, o canário não tinha morrido. 
Nos quatro últimos parágrafos (repare que contamos a exclamação “– Ui!” como parágrafo), fica-se, 
então, sabendo que o canário não morreu. Chegamos ao fim do texto.
A compreensão da divisão do texto em princípio, meio e fim é necessária para que possamos entender 
a ordem em que os fatos acontecem. Quando um autor conta uma história, ele vai distribuindo os 
parágrafos de acordo com um certo critério, para que o leitor possa compreendê-la mais facilmente.
Guarde bem isto:
A ordem das ideias no texto é muito importante para que se compreenda o que o autor quer 
mostrar.
36 Módulo 2
Texto didático
Dissemos, anteriormente, que, conforme os objetivos dos autores, surgem textos didáticos, científicos, 
jornalísticos, poéticos, literários, publicitários, entre outros. No entanto,o texto que, no nosso caso, 
merece atenção especial é o didático.
O que vem a ser um texto didático? Os textos didáticos tratam de assuntos para estudo, ou seja, 
textos que têm como finalidade maior a transmissão de conhecimentos específicos. Aqui, o texto 
constitui o instrumento básico de que se serve o aluno.
Vamos conhecer alguns elementos que o caracterizam. O texto didático apresenta:
• parágrafos curtos, preferencialmente, pois é preocupação de seus autores dividir o assunto em 
pequenas informações, para que haja maior facilidade na leitura;
• conteúdos bem explicados, sem deixar informação incompleta;
• conteúdos que tenham a ver com a realidade dos alunos;
• vocabulário específico, ou seja, próprio de cada disciplina (daí a necessidade de o aluno dominá-
lo; caso contrário, sentirá dificuldade na interpretação do texto).
Além disso, exige uma leitura mais atenta, concentrada, ou seja, uma leitura assimilativa. Nós já 
lhe apresentamos o conceito de leitura assimilativa e as etapas para a sua assimilação.
Critérios de ordenação
Já sabemos que em um texto os elementos significativos devem obedecer a um critério de ordenamento, 
para que compreendamos a mensagem.
Mas que critério seria este?
Em um texto, os elementos significativos podem estar ordenados segundo critérios cronológicos 
ou lógicos, os mais comuns, entre outros.
Ordenação cronológica
Uma das formas mais comuns de ordenação é a cronológica.
Ordenação cronológica é a exposição dos fatos segundo a ordem em que acontece no tempo: 
primeiro, o que acontece antes; depois, o que acontece em seguida.
Vamos ver um exemplo.
– Coitado! O leão dormiu na jaula!
De repente, ouviu-se alguém dizer:
O palhaço tinha gritado, de brincadeira:
Houve um desfile grande, mostrando as feras, os trapezistas, os palhaços e os cães 
amestrados.
– Cuidado! O leão fugiu da jaula!
Mais tarde, depois que tudo ficou calmo, descobriu-se a verdade.
As pessoas que assistiam ao desfile correram assustadas.
O circo chegou à cidade.
37Módulo 2
Assim como está, o texto não pode ser compreendido, porque as frases não estão obedecendo a um 
critério de ordenamento. Entretanto, organizando-as cronologicamente ganham sentido. Observe.
O circo chegou à cidade.
Houve um desfile grande, mostrando as feras, os trapezistas, os palhaços e os cães 
amestrados.
De repente, ouviu-se alguém dizer:
– Cuidado! O leão fugiu da jaula!
As pessoas que assistiam ao desfile correram assustadas.
Mais tarde, depois que tudo ficou calmo, descobriu-se a verdade.
O palhaço tinha gritado, de brincadeira:
– Coitado! O leão dormiu na jaula!
Ordenação lógica
A ordenação lógica é a que segue o encadeamento dos componentes da frase pela associação de 
ideias.
Esse encadeamento implica substancialmente um processo de raciocínio dedutivo ou indutivo.
• O raciocínio dedutivo parte da generalização para os fatos ou detalhes que a fundamentam, ou 
seja, parte de uma ideia básica para, em seguida, desenvolver o que foi exposto.
Exemplo.
O homem transformou seu meio ambiente para torná-lo adequado às suas necessidades. 
Dominou a natureza, mas, ao fazê-lo, escravizou-se ao ambiente que construiu.
O homem condenou-se a viver em cidades, trabalhando em escritórios e em fábricas. O 
trabalho urbano é fisicamente mais fácil do que o rural: cultivar a terra, cuidar do gado e 
de animais domésticos. É menos cansativo do que a caça, a pesca ou a colheita de raízes 
e frutos comestíveis. Menos difícil e menos árduo, o trabalho urbano é, no entanto, mais 
monótono. A caça era certamente perigosa e o alimento assim obtido mais precário do 
que o que obtemos atualmente com a agricultura mecanizada. Mas espalhar inseticidas 
é menos excitante do que dar tiros ou preparar armadilhas para mamutes e mastodontes, 
ou arpoar baleias. Podemos notar que as pessoas que têm tempo e dinheiro disponíveis 
dedicam-se à caça e à pesca por esporte. Sentem a nostalgia de seu passado pré-histórico, 
quando caça e pesca eram ocupações normais.
(Arnold Toynbee)
• O raciocínio indutivo parte dos detalhes (especificação) para se chegar à conclusão, ou seja, vai 
da análise para a ideia básica.
Exemplo.
A mosca deu longo voo e pousou sobre a mesa. O menino, com muito cuidado, levantou 
a mão para apanhá-la, mas a mosca voou imediatamente. O garoto ficou pensando: 
“Se a mosca não me viu, pois eu estava por detrás dela, por que voou quando eu fiz um 
movimento para pegá-la?”
38 Módulo 2
Isso acontece porque a mosca, assim como outros insetos, vê, simultaneamente, à frente, 
atrás, ao alto, abaixo e dos lados.
(Revista Novo Conhecer) 
 Exercícios
Para realizar este exercício, você deverá saber o que é:
• reconhecer os momentos que compõem o texto;
• identificar o texto didático.
• ordem cronológica;
• ordem lógica;
• raciocínio indutivo;
• raciocímio dedutivo.
Se tiver dúvidas, volte ao texto.
 I – Identifique os momentos apresentados no texto a seguir.
1o – Luís saiu de casa, acompanhado de Maria. Quando chegou à rua, parou, olhando para o céu.
2o – Acho que vai chover, disse ele.
3o – Bobagem! Exclamou Maria. É melhor irmos andando: já estamos atrasados.
4o – Não, teimou Luís, vou voltar e apanhar o guarda-chuva.
5o – Entrou rapidamente em casa, deixando Maria à espera. Ela estava impaciente e pensava: “Luís é um bobo, 
vive pensando no que ainda vai acontecer”.
6o – Luís voltou com o guarda-chuva no braço.
7o – Ao chegarem à esquina, começou a chover. Maria ficou calada, mas enfiou-se embaixo do guarda-chuva de 
Luís. Ele também não disse nada, mas havia um sorrisozinho de satisfação em seus lábios.
 II – Escolha, entre as alternativas, após o texto, aquela que poderia ser utilizada para mudar o final 
da história.
Fagundes saiu de casa pela manhã muito mal-humorado. Não sabia por que, mas há dias estava assim: acordava “com 
o pé esquerdo”, como dizia sua mãe.
Primeiramente, ao chegar ao ponto de ônibus, tomou um banho de lama: um carro passara rente à calçada e 
deixara-lhe o terno claro todo sujo.
“Não há de ser nada”, pensou Fagundes. “Chego ao escritório e dou um jeito de limpar o terno.”
Mas quem disse que ele conseguia chegar ao escritório? O ônibus enguiçou no meio do caminho e levou mais de 
meia hora para ser consertado.
Fagundes chegou ao trabalho bastante atrasado, sujo e irritado.
Vendo-o naquele estado, os colegas começaram a rir.
Então Fagundes parou, pensou um pouco e viu que não valia a pena se desesperar à toa. Afinal, pode haver 
sempre um lado engraçado em tudo o que acontece. E caiu na gargalhada.
 1. ( ) Então Fagundes olhou para sua mulher e disse-lhe que estava muito cansado.
 2. ( ) Então Fagundes começou a brigar com seus colegas. O chefe do escritório chegou e, ao presenciar a 
discussão, chamou-lhe a atenção.
 3. ( ) Então Fagundes disse a seus filhos que parassem de rir, pois ele estava de muito mau-humor.
39Módulo 2
 III – Faça o que se pede. 
 1. Conceitue texto didático.
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 2. Como devem ser os parágrafos do texto didático?
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 3. Apresente duas outras características de um texto didático.
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 IV – Escreva nos parênteses a letra correspondente.
(A) Ordem lógica 
(B) Ordem cronológica 
(C) Raciocínio dedutivo
(D) Raciocínio indutivo
 1. ( ) Os fatos são expostos segundo a ordem em que acontecem no tempo.
 2. ( ) Parte-se da generalização para fatos ou detalhes que a fundamentam.
 3. ( ) Segue-se o encadeamento dos componentes da frase pela associação 
de ideias.4. ( ) Parte-se da especificação para se chegar à conclusão.
 V – Escreva um pequeno texto usando um dos raciocínios: indutivo ou dedutivo.
 ________________________________________________________________________________________________
 ________________________________________________________________________________________________
 Reveja suas respostas
 I – Nesse pequeno texto, identificam-se diversos momentos.
 Primeiro momento corresponde à saída de casa. É o primeiro parágrafo e nele há duas frases.
 Segundo momento é o momento em que Luís fala. Você deve ter notado que cada vez que um(a) personagem fala 
muda-se de linha, porque cada um(a) fala em seu momento.
 Terceiro momento é o momento em que Maria fala.
 Quarto momento corresponde à resposta de Luís para Maria.
 Quinto momento Luís entra em casa e Maria fica à espera.
 Sexto momento corresponde à volta de Luís.
 Sétimo momento é o último parágrafo do texto e também o maior. Corresponde ao começo da chuva.
 II – 2. (X)
 III – 1. Texto didático é aquele que tem como finalidade a transmissão de conhecimentos específicos.
 2. Devem ser curtos para que o assunto seja dividido em pequenas informações, apresentando maior facilidade na leitura.
 3. Devem ter vocabulário específico dominado pelo aluno e conteúdo que tenha a ver com a sua realidade. 
 IV – 1. (B)
 2. (C)
 3. (A)
 4. (D)
 V – Resposta pessoal.
MÓDULO
3
Capítulo 1 – Livro
Objetivo: Identificar as principais partes do livro e suas finalidades.
Desde cedo, fazemos uso do livro, mesmo não tendo consciência de sua importância na nossa 
vida. Mas, mesmo depois de alfabetizados, continu amos a manusear o livro sem saber quase nada 
sobre ele. Então, vamos conhecer, um pouco melhor, esse personagem que nos acompanha desde 
a infância.
Sabemos que existem livros para todas as áreas e atividades – informativos, didáticos, de poesia, de 
culinária, de lazer, enfim, livros para todos os momentos.
Do ponto de vista técnico, livro é uma reunião de páginas de papel, em geral, retangulares, e protegidas, 
na frente, nas costas e no dorso, por capa de material durável. Do ponto de vista funcional, livro é 
um conjunto de comunicações gráficas, contendo ideias, descrições ou alusões a vários assuntos, 
com o propósito de divulgar conhecimentos ou de garantir o registro de fatos de qualquer natureza.
 O que você pensa disto?
É importante, para a leitura, conhecermos os elementos que fazem parte do livro?
História do livro
O livro tem, aproximadamente, 6 mil anos de história, que 
constitui uma página voltada para a evolução da escrita, 
desde as primeiras gravações feitas pelos homens até a 
revolução tecnológica dos dias de hoje.
Antes de existir o papel, eram vários os materiais de 
que se serviam os homens para confeccionar os seus 
livros. Primitivamente, utilizaram-se pedras, lâminas de 
madeira ou de vegetal, como cortiças e folhas. Já na 
Antiguidade Clássica, papiros e pergaminhos foram os 
principais materiais empregados. Finalmente, por volta 
do ano 123 a.C., passou-se a utilizar o papel, invenção 
atribuída aos chineses, da qual não poderia abrir mão o 
homem moderno.
UNIDADE III
RECURSOS DIDÁTICOS
Fonte: <biblioideias.blogspot.com>.
42 Módulo 3
Quanto à forma, apresentaram-se inicialmente em rolo que chegava a ter 20 metros de comprimento, 
uso que se conservou na Idade Média para colecionar os atos judiciários. Na época de Augusto, 
teve-se a ideia de dobrar o pergaminho em folhas, dobrá-las e costurá-las em cadernos, para dar 
ao livro, ou códice (como o chamavam os romanos), o aspecto retangular, que se conserva desde 
então até a atualidade.
Na Idade Média, em consequência do extraordinário fervor religioso, ele foi apreciado como um 
objeto de salvação. Nesse período, surgem os monges copistas, que reproduziam as obras e 
conservavam a cultura da Antiguidade. Surgem, nessa época, os textos didáticos voltados para 
a formação religiosa.
No limite da Idade Média, no século XIV, foi desenvolvida a xilografia, impressão com matriz de madeira, 
e a metalografia, com matriz de metal. Mas, a qualidade final era tão ruim que a inovação virou letra 
morta, ou seja, sem valia. Tal qual os chineses, a Europa já conhecia, no princípio do século XV, o papel, 
a tinta e a matriz. Faltava apenas uma ideia “luminosa” que juntasse isso tudo num equipamento.
Em 1405, surgiu, na China, com Pi Sheng, a máquina impressora de tipos móveis.
Em 1455, Johannes Gutenberg, um ourives culto e curioso, nascido na Alemanha, a princípio 
imprimiu várias imagens de São Cristóvão, e, após muita dedicação, inventou a imprensa com tipos 
móveis reutilizáveis, a tipografia, imprimindo seu primeiro livro – a Bíblia, em latim, popularizando 
definitivamente o livro, tornando-o mais acessível pela redução de seus custos e possibilitando a 
impressão de exemplares em grande quantidade.
De lá para cá, múltiplos aprimoramentos técnicos da arte de fazer livros transformaram, completamente, 
a indústria do livro, tendo-se hoje, no mundo, uma produção anual considerável.
Com características diferentes, surgiu, no final do século XX, e vem ganhando espaço, o livro eletrônico, 
ou seja, livro em suporte eletrônico. Pesquisas vêm sendo feitas no sentido de aperfeiçoar a sua 
visualização.
Embora mais moderno, mais acessível, o livro eletrônico tem uma desvantagem em relação ao livro 
comum – a população nem sempre pode ter acesso a ele por razões econômicas ou por se encontrar 
em locais de difícil acesso. Já o livro comum é fácil de ser encontrado em escolas, bibliotecas, por 
empréstimo, não necessitando de tecnologia avançada para sua leitura.
Para melhor conhecer o livro, vamos estudá-lo em suas partes externas e internas.
Partes de um livro
Partes externas
Das partes externas do livro, a que deve mos obser var com maior atenção é a orelha. A orelha do livro 
é um prolongamento da capa e da contracapa, dobrado para dentro. É usa da para prestar informações 
sobre o autor, a obra ou o editor. Por isso, é bom consultarmos a orelha antes de iniciarmos a leitura 
de um livro, pois teremos, assim, uma rápida visão da obra ou do autor.
O dorso, ou lombada, também é um elemen to a ser considerado. É a parte que une a ca pa da frente 
a das costas. É a face visível do livro quando está corretamente colocado na estante. Nela costumam 
estar reproduzidos o nome da obra, do autor e da editora, o que facilita sua localização.
43Módulo 3
A capa é a proteção externa do livro que serve 
como apresentação da obra. Nela estão registrados, 
normalmente em dizeres chamativos, o nome do autor, 
o título do livro e o nome da editora. A contracapa é 
a parte interna da capa. Não apresenta qualquer dizer.
Partes internas
O livro, em sua estrutura interna, contém várias partes 
ou seções, cada uma com finalidades específicas.
Vejamos cada uma das partes e sua respectiva 
finalidade.
A folha de anterrosto aparece logo no início do livro. Pode conter o título da obra ou vir simplesmente 
em branco. Chama-se, assim, porque vem antes da folha de rosto.
A folha de rosto tem por finalidade prestar informações que permitam identificar a obra, tais como:
• título e subtítulo da obra;
• nome do autor, com ou sem os títulos profis sionais que ele possui;
• nome do tradutor (se a obra for de origem estrangeira);
• nome do ilustrador ou do revisor, ou de outro profissional que tenha participado da produção do livro;
• número da edição (muitas obras são editadas mais de uma vez);
• local e data da publicação.
Alguns desses dados, como local e data, podem vir apresentados no verso da folha de rosto. Ainda, no 
verso da folha de rosto, podem ser relacionadas outras obras do autor, bem como outras informações 
sobre a obra, o autor ou o editor.
Em edições mais recentes, usa-se apresentar, no verso da folha de rosto, a ficha catalográfica do 
livro. Essa ficha apresenta todos os dados referentes à obra, com o fim de permitir seu registro em 
bibliotecas.
FOLHA DEROSTO
CELSO CUNHA
LUÍS F . L INDLEY C INTRA
N O V A
G R A M Á T I C A
D O P O R T U G U Ê S
C O N T E M P O R Â N E O
3a EDIÇÃO / 28a IMPRESSÃO
EDITORA
NOVA
FRONTEIRA
 
Celso Ferreira da Cunha e Luís Filipe Lindkey Cintra
Direitos de edição da obra em Língua Portuguesa no 
Brasil, adquiridos pela
EDITORA NOVA FRONTEIRA
Rua Bambina, no 25 – CEP 22251 – Botafogo
Endereço telegráfico: NEOFRONT – Telex: 34695 ENFS BR
Rio de Janeiro, RJ
Revisão tipográfica
OSCAR LOPES
HENRIQUE TRNAPOLSKY
PAULO GUANAES
CIP – Brasil. Catalogação na fonte 
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ
 Cunha, Celso
C977n Nova gramática do Português contemporâneo/
Celso
Cunha e Luís F. Lindley Cintra. – Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira
 Bibliografia
 1. Português – Gramática I. Cintra, Luís F. Lindley II. Título
85-0258 CDD – 469.5
VERSO DA FOLHA DE ROSTO
ORELHACONTRACAPA
CONTRACAPA
DORSO
CAPA
ORELHA
CAPA
DORSO
A. SOUTO MAIOR
HISTÓRIA 
GERAL
Fonte: Editoração Eletrônica do CETEB.
44 Módulo 3
As folhas complementares apresentam-se no início do livro, após a folha de rosto, contendo 
dedicatória, prefácio, introdução, sumário ou, ao seu final, trazendo apêndice, bibliografia etc.
Às vezes, as folhas complementares recebem numeração romana, ao contrário das folhas de texto 
propriamente ditas, que recebem numeração arábica.
Vejamos alguns exemplos.
Dedicatória – Apresentada, em geral, após a folha de rosto, a dedicatória tem por finalidade expressar 
o agradecimento do autor a uma ou mais pessoas que o apoiaram ou contribuíram para a concepção 
da obra. Observe o exemplo a seguir.
À memória de Serafim da Silva 
Neto,
amigo comum e mestre da
Filologia Portuguesa.
A Joseph M. Piel,
Jacinto do Prado Coelho,
José V. de Pina Martins,
companheiros e amigos.
Prefácio ou prólogo – Escrito pelo autor, pelo editor ou por um crítico, é a parte inicial da obra que 
tem como finalidade básica apresentar os objetivos, as observações preliminares e as circunstâncias 
em que foi concebida. O prefácio, quando escrito pelo próprio autor, pode substituir a introdução.
Veja um exemplo de prefácio elaborado por outro escritor que não o autor do livro.
PREFÁCIO
Vimos acompanhando há muito tempo o trabalho 
do Prof. Rebouças Macambira no campo da Linguística 
Aplicada, com tanto maior interesse quanto sabemos a 
oportunidade dos seus estudos, ante a carência de obras 
linguísticas concernentes à morfologia e à sintaxe do nosso 
idioma pelo menos sob o influxo da Linguística Moderna.
Na direção do Centro de Cultura Portuguesa fa-
cilitamos tudo para que se mimeografassem as suas 
pesquisas, que tantos aplausos têm merecido no Ceará 
e noutros Estados brasileiros. A Classificação dos Vo-
cábulos, A Língua pela Língua, A Estrutura da Oração 
Interrogativa e A Forma Simples do Verbo nasceram e 
cresceram ao calor do Centro de Cultura Portuguesa 
conforme o declara frequentemente o próprio autor.
Já na Pró-Reitoria de Extensão, colaboramos com a 
Faculdade de Letras e a Inspetoria Seccional de Fortaleza 
para a realização do 3º Seminário de Português e dois 
Cursos de Extensão Universitária, um em janeiro e o outro 
em julho de 1970. Restava-nos a publicação de A Estru-
tura Morfo-Sintática do Português, que recomendamos a 
quantos estudam e cultivam a nossa língua, de tão longa 
tradição e de tanta glória.
Prof. Carlos D'Alge
Pró-Reitor de Extensão
Introdução – Denominada também de apresentação ou advertência, antecede ainda o texto do 
livro, sendo, às vezes, considerada como o primeiro capítulo. Sua finalidade é apresentar ao leitor a 
estrutura da obra, familiarizá-lo com as abreviaturas e os termos técnicos usados.
45Módulo 3
Sumário – O sumário ou índice geral é um elemento que complementa a identificação do livro. Em 
geral, vem no início da obra e tem por finalidade apresentar suas diversas partes, com as respectivas 
páginas, na ordem em que nele se apresentam.
Observe que no sumário consta toda a estrutura da obra, desde a introdução até a bibliografia, 
passando por todos os capítulos, bem como pelo apêndice e anexo.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................... 13
2. A TEORIA DO LUGAR CENTRAL 
SEGUNDO WALTER CHRISTALLER ........ 21
3. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES À TEORIA 
DO LUGAR CENTRAL .......................... 63
4. TENTATIVAS DE COMPROVAÇÃO
 EMPÍRICA ......................................... 99
5. ALGUNS ASPECTOS DA INFLUÊNCIA 
 DA ÁREA DE MERCADO NA 
 INDÚSTRIA SOBRE O SISTEMA 
 DE CIDADES .................................... 145
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................... 187
7. BIBLIOGRAFIA ................................... 209
Apêndice e anexo – São suplementos da obra. Neles o autor apresenta assuntos relacionados com 
a obra, mas que não puderam fazer parte do seu corpo. Colocados, ao final do livro, entre o corpo 
propriamente dito e a bibliografia, o apêndice e o anexo têm por objetivo fundamentar e complementar 
o raciocínio do autor, mas sem prejudicar o núcleo do trabalho. São exemplos: listas de palavras, 
exercícios práticos.
A diferença existente entre eles é que o apêndice é elaborado pelo próprio autor do livro, enquanto 
o anexo é extraído de outras obras.
Referências – Geralmente colocada ao final do livro, é uma relação de livros apresentada ao leitor 
com a finalidade de oferecer-lhe uma ideia geral de toda a documentação consultada pelo autor para 
a execução da obra, possibilitando-lhe, assim, condições para uma consulta mais aprofundada sobre 
o assunto, quando precisar.
Referências
CEREJA, William Roberto et 
al. Texto e interação: uma 
proposta de produção de texto 
a partir de gêneros e projetos. 
São Paulo: Atual, 2000.
KATZ, Laurence C. et al . 
Mantenha o seu cérebro vivo. 
Tradução de Patrícia Lehmann. 
Rio de Janeiro: Sextante, 2000.
PROENÇA, Graça. História da 
Arte. São Paulo: Ática, 2004.
WEIL, Pierre. TOMPAKOW, 
Roland. O corpo fala ; a 
l inguagem s i lenc iosa da 
comunicação não verbal. 
10.ed. Petrópolis: Vozes, 1980.
46 Módulo 3
Das partes internas do livro, resta-nos ver apenas aquela que compõe o núcleo: o capítulo.
Capítulo é cada subdivisão da matéria do livro com a finalidade de separá-la de acordo com os 
assuntos, o que torna mais fácil seu entendimento e assimilação por parte do leitor.
Os capítulos são formados de textos escritos e podem apresentar ilustrações, se necessárias.
Ilustrações são recursos visuais utilizados pelo autor para auxiliar a leitura ou despertar o 
interesse do leitor. Constituem ilustrações: estampas, fotografias, desenhos, tabelas, gráficos, 
mapas, diagramas etc.
Embora a palavra seja um dos mais eficazes meios de comunicação, às vezes, a utilização de materiais 
ilustrativos leva-nos a uma compreensão mais rápida. Por isso, nunca deixe uma ilustração de lado, 
observe-a com atenção. Ela pode ser-lhe muito útil.
As ilustrações normalmente são acompanhadas de legendas. Legendas são trechos curtos que indicam 
o significado da ilustração ou explicam os símbolos usados.
Outro recurso comum nos capítulos de livros são as notas de rodapé ou notas de pé de página. 
Essas notas são explicações apresentadas na parte inferior da página, normalmente impressas em 
letra diferente (menor) da do texto.
As finalidades das notas de rodapé são:
• indicar o autor de um trecho citado, bem como a obra de onde foi copiado;
• prestar esclarecimentos que não cabem no corpo do trabalho;
• comentar palavras ou expressões do texto; 
• recomendar ao leitor a consulta a outros capítulos da mesma obra ou a outras obras.
As notas de rodapé podem ser feitas pelo autor do texto, pelo tradutor (em obras estrangeiras) ou 
pelo próprio editor. Para assinalá-las, coloca-se, acima da palavra ou ao final do trecho sobre o qual 
se tem comentário a fazer, um pequeno número ou um asterisco, que é repetido no pé da página, 
antes da nota. Asterisco é o sinal (*). Seu nome quer dizer “estrelinha” devido àforma que tem.
Quando no texto existem outras notas além das do autor, são usadas as seguintes abreviaturas: 
N. do T. (nota do tradutor), N. do A. (nota do autor), N. do E. (nota do editor), N. da R. (nota da 
redação). Entretanto, se as notas existentes forem só as do autor, não é necessário o uso da 
abreviatura N. do A.
Falaremos, agora, de uma folha complementar que, algumas vezes, acompanha o livro: a errata.
Errata é uma lista em que se corrigem os erros de impressão ocorridos no livro e percebidos somente 
após sua publicação.
Apresentada em folha solta dentro do livro ou, então, presa ao final dele, antes da capa, a errata é 
constituída da seguinte forma:
• apresentação dos dados da obra;
• indicação do(s) erro(s) verificado(s) e da(s) respectiva(s) página(s);
• correção do erro.
47Módulo 3
Exemplo de errata.
ERRATA
PÁGINA
07 – rodapé
08
10 – XXXI
 – XXXV
12 – LXXIII
14 – XXIX
 a)
15 – Art. 8o - II
ONDE SE LÊ 
... visando à 
TÍTULO III
... a lei pessoal do de cujos 
a lei excluirá...
... histórico e cultural, fincado 
o autor,
... anos após e extinção do 
contrato;
é vedada a criação de uma...
LEIA-SE
... visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.
TÍTULO II
... a lei pessoal dqo de cujus. 
a lei não excluirá...
histórico e cultural, ficando o autor,
... anos após a extinção do contrato;
é vedada a criação de mais de uma
 Para refletir
Você pode dizer que explora todas as informações contidas no livro que lê?
 Exercícios
Para realizar estes exercícios, você deverá saber:
• identificar as principais partes de um livro e suas finalidades.
Se tiver dúvidas, volte ao texto.
 I – Escreva, nos espaços, os nomes das partes do livro referentes aos seguintes conceitos.
 1. _________________________. Prolongamento da capa no qual são prestadas informações sobre o autor, a 
obra ou o próprio editor.
 2. _________________________. Folha que apresenta título do livro, nome do autor, editora, número e ano da 
edição, local e data da publicação.
 3. _________________________. Ficha, geralmente impressa no verso da folha de rosto, contendo todos os 
dados sobre a obra, para auxiliar seu registro em bibliotecas.
 4. _________________________. Parte em que o autor, ou o editor, ou o crítico, apresenta a obra, seus objetivos, 
a história de sua elaboração, bem como agradecimentos a colaboradores.
48 Módulo 3
 II – Relacione as colunas de modo a identificar algumas partes do livro, escrevendo nos parênteses, 
a letra adequada.
(A) Capítulo
(B) Sumário
(C) Nota de rodapé
(D) Introdução
(E) Ilustração
 1. ( ) Parte introdutória que informa ao leitor sobre a estrutura da obra, 
como deve ser lida, abreviaturas e termos específicos empregados.
 2. ( ) Relação dos assuntos na ordem em que são apresentados, com a 
indicação das páginas onde começam.
 3. ( ) Cada subdivisão da matéria da obra.
 4. ( ) Recurso visual que auxilia na leitura.
 5. ( ) Explicação impressa na parte inferior da página.
 III – Complete, corretamente, as lacunas com a palavra ou expressão escolhida entre os parênteses.
 1. Relação de livros que o autor pesquisou para redigir sua obra.
 ___________________________________________________________________________________________
 (Bibliografia/Sumário)
 2. Suplemento da obra.
 ___________________________________________________________________________________________
 (Apêndice/Folha de Rosto)
 3. Lista em que se corrigem os erros verificados somente após a impressão do livro.
 ___________________________________________________________________________________________
 (Nota de Rodapé/Errata)
 Você é o autor
Você acabou de escrever um livro e precisa escrever as folhas complementares de sua 
obra. Como apresentaria as partes: dedicatória, prefácio e introdução?
 Diário
Registre seus textos no Diário.
 Reveja suas respostas
 I – 1. Orelha
 2. Folha de rosto
 3. Ficha catalográfica
 4. Prefácio ou prólogo
 II – A sequência correta é:
 1. (D)
 2. (B)
49Módulo 3
 3. (A)
 4. (E)
 5. (C)
 III – 1. Bibliografia
 2. Apêndice
 3. Errata
Capítulo 2 – Dicionário
Objetivo: Demonstrar competência para consultar um dicionário.
 O que você pensa disto?
O dicionário pode ser dispensado em uma leitura?
Conceito
Algumas vezes, durante a leitura de nossos textos, encontramos palavras cujo sentido des conhecemos. 
O que fazer então? Existe um pre cioso auxiliar de todo estudante: o dicionário.
Mas o que é e para que serve um dicionário?
Dicionário. [Do lat. medieval dictionariu]. S.m. Conjunto de vocábulos duma língua ou de termos 
próprios duma ciência ou arte, dispostos alfabeticamente, e com o respectivo significado, ou a 
sua versão em outra língua. [Sin. (bras., pop.): pai-dos-burros.] [Cf. dicionario, do v. dicionariar]. 
Dicionário vivo. Pessoa de largos conhecimentos, de muito saber.
Essa é a definição do vocábulo dicionário, na forma como se encontra no Novo Dicionário da Língua 
Portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Tipos
Há vários tipos de dicionários:
• os comuns, que registram o(s) significado(s) da palavra na língua;
• os especializados, que, como o próprio nome indica, tratam de assuntos específicos relacionados 
a várias áreas do conhecimento (dicionários de sinônimos e antônimos, dicionários de termos 
técnicos ou científicos, dicionários de termos jurídicos etc.);
• os dicionários bilíngues, que traduzem os termos de uma língua para outra, como um dicionário 
de francês-português, por exemplo.
Vimos apenas alguns tipos de dicionários, mas existem muitos outros.
Os dicionários podem ter vários tamanhos. Os pequenos dicionários de mil páginas são os mais 
indicados para os estudantes porque se apresentam em um só volume, o que facilita a consulta.
50 Módulo 3
Uma vez que já sabemos o que é um dicionário, é interessante saber também para que serve.
Finalidade
O dicionário, além do significado das palavras, fornece-nos a classificação delas quanto à classe 
gramatical (substantivo, verbo, adjetivo...), quanto à pronúncia correta, quanto à origem (latim, grego, 
francês...), entre outros.
No entanto, antes de usá-lo, é preciso ler os prefácios e as notas prévias, que esclarecem a intenção 
do dicionarista ao confeccioná-lo. Tão im portante quanto o prefácio e a nota prévia é a re lação de 
abreviaturas, siglas e sinais mais usados, que vem apresentada na introdução do dicionário. 
Adaptado de: <www.livrarialoyola.com.br>.
Veja algumas abreviaturas, siglas e sinais.
adj. = adjetivo
AM = Amazonas
p = Antecede elemento de composição
Se você observar um dicionário, verá que a relação de 
abreviaturas e siglas vem em ordem alfabética e os sinais, logo 
após ela.
Assim, querendo saber mais sobre um vocábulo, você terá de 
prestar atenção, também, às abreviaturas e aos sinais que 
aparecem no verbete. Verbete é o conjunto de significados 
e exemplos referentes a um vocábulo que se encontra em 
dicionário, glossário, enciclopédia.
Vejamos como compreender os verbetes, utilizando para isso o 
da palavra dicionário, referida na página anterior.
Observe:
a. [Do lat. medieval dictionariu]. Dicionário é uma palavra que tem sua origem no latim medieval.
b. S.m. É um substantivo masculino.
c. Conjunto de vocábulos duma língua ou de termos próprios duma ciência ou arte, dispostos 
alfabeticamente, e com o respectivo significado ou a sua versão em outra língua. Essa é a explicação 
do vocábulo dicionário.
d. [Sin.(bras.,pop.): pai-dos-burros]. Em linguagem popular brasileira, é sinônimo de pai dos burros.
e. [Cf. dicionario do v. dicionariar]. Compara (confronta) a palavra dicionário com a palavra dicionario 
(sem acento) que pertence ao verbo dicionariar.
f.  Dicionário vivo. Pessoa de largos conhecimentos, de muito saber.
 (O vocábulo dicionário forma uma expressão ao ser usado com a palavra vivo).
Para que não haja dúvidas, observemos outro exemplo.
Trabalho. [Dev.de trabalhar] S.m. 1. Aplicação das forças e faculdades humanas para 
alcançarum determinado fim: O trabalho permite ao homem certo domínio sobre a 
natureza; Divide bem o tempo entre o trabalho e o lazer. 2. Atividade coordenada, de 
caráter físico e/ou intelectual, necessária à realização de qualquer tarefa, serviço ou 
empreendimento: trabalho especializado; trabalho de responsabilidade. 3. O exercício 
dessa atividade como ocupação, ofício, profissão etc.: trabalho de uma dona de casa, 
de uma costureira, de um advogado.
51Módulo 3
Considerando que o verbete do vocábulo trabalho é muito maior, apresentamos apenas uma parte, 
para estudá-la com você. Note:
a. [Dev. de trabalhar.] A palavra trabalho é derivada do verbo trabalhar.
b. S.m. É um substantivo masculino.
c. 1. Aplicação das forças e das faculdades humanas para alcançar um determinado fim: O trabalho 
per mite ao homem certo domínio sobre a na tureza. Divide bem o tempo entre o trabalho e o 
lazer. Veja como, após cada significado, há exem plos do uso da palavra, isto é, frases em que se 
emprega o vocábulo com o sentido indicado.
Como consultar
Consultar um dicionário é muito simples, mas pode tornar-se um grande problema para pessoas que 
desconhecem o método, ou seja, a maneira adequada de utilizá-lo.
Vejamos, então, como fazê-lo.
A – B – C – D – E – F – G – H – I – J – K – L – M – N – O – P – Q – R – S – T – U – V – W – X – Y – Z
(Observe que as letras k, w e y foram introduzidas em nosso alfabeto pelo Acordo Ortográfico da 
Língua Portuguesa, em vigor, a partir de 2009).
As palavras estão relacionadas, no dicionário, em ordem alfabética. Por ordem alfabética entende-se 
a sequência de palavras de acordo com a ordem em que aparecem no alfabeto.
A ordem alfabética é adotada nos dicionários para facilitar a consulta. Mas ela não é usada somente 
em dicionários. Normalmente, todas as listagens de nomes seguem essa ordem como, por exemplo, 
a lista telefônica.
Num dicionário ou numa lista de palavras em ordem alfabética, aparecem primeiro todas as palavras 
começadas por a, seguidas pelas começadas por b, c, d e, assim, sucessivamente, até a letra z.
Atenção! A ordem alfabética não diz respeito só à primeira letra da palavra; ela se estende às demais 
letras.
Observe o exemplo seguinte.
5a letra 6a letra
comum m –
comunhão n h
comunicação n i
comutativo t a
Note que as primeiras letras das palavras dadas como exemplo são iguais – comu. É a partir da quinta 
letra que começa a diferença.
Examinando o quadro em que são mostradas a quinta e a sexta letras das palavras, podemos verificar 
como funciona a ordem alfabética. Veja que o m vem antes do n e o n antes do t. Mas, na segunda 
e na terceira palavras, temos de ir além e verificar a sexta letra, já que as duas têm como quinta letra 
o n. Como o h vem antes do i, comunhão vem antes de comunicação.
52 Módulo 3
Sendo os dicionários livros volumosos, é melhor adotarmos um método prático para localizar com 
maior rapidez as palavras que procuramos. Assim, se imaginarmos o dicionário dividido em três partes 
(começo, meio e fim), nossa busca será bem mais rápida.
Veja como é simples.
começo A - B - C - D
meio E - F - G - H - I - J - K - L - M - N - O
fim P - Q - R - S - T - U - V - W - X - Y - Z
Basta abrirmos o dicionário na parte desejada, conforme a letra inicial da palavra. Por exemplo, se 
a palavra que buscamos for diamante, devemos abrir o dicionário na primeira parte, ou seja, no 
começo, e buscar as palavras iniciadas pela letra d. Se a palavra for maluco, então, abriremos o 
dicionário na parte do meio. Se a palavra for quintal, abriremos o dicionário na parte final.
Não ficou bem mais fácil? Mas ainda há um dado que nos ajuda muito a encontrar as palavras no 
dicionário: são as chamadas palavras-guias. Palavras-guias são duas palavras que aparecem na 
parte superior de cada página do dicionário, uma à direita e outra à esquerda, indicando a primeira 
e a última palavras de cada página.
Vejamos um exemplo para ficar mais claro.
Se formos procurar a palavra maluco, devemos agir da seguinte forma.
• Abrir o dicionário na parte do meio, onde encontraremos as palavras iniciadas pela letra m.
• Observar as palavras-guias, na parte superior das páginas, e aplicar o método da ordem alfabética. A 
palavra “maluco” deverá estar entre aquelas que se iniciam pelas suas três primeiras letras — mal.
 Por exemplo, no Dicionário Houaiss – guia da Língua Portuguesa, as palavras são latifundiário e 
latitude.
 Então, “latim” estará em algum lugar, entre elas.
• Por fim, aplicar novamente a ordem alfabética para localizá-la na página.
 Bem, agora sabemos consultar um dicionário, pois já conhecemos um método para utilizá-lo.
O que não se encontra no dicionário – como procurar?
Você deve ter percebido que nem todas as palavras aparecem no dicionário. Então, como fazer para 
localizar uma palavra que esteja no feminino ou no plural, o nome de uma pessoa, de uma cidade 
ou de um país?
É muito simples. Se o dicionário tem a palavra bondoso, por exemplo, e nos diz o que significa, não 
é necessário que tenha bondosa ou bon dosos, porque o significado é o mesmo. Varia apenas a 
forma da palavra no plural e no feminino. Os substantivos e adjetivos, portanto, aparecem sempre 
no masculino e no singular.
Também com os verbos acontece o mesmo. Em “Os meninos divertem-se muito”, se quisermos saber 
o significado da palavra “divertem”, como se trata de um verbo, temos que procurar o nome do verbo 
53Módulo 3
no infinitivo – divertir. Os verbos, portanto, encontram-se sempre no infinitivo.
Quanto aos nomes próprios de pessoas, de cidades ou de países, é melhor termos em mão uma 
enciclopédia. No entanto, algumas vezes, o próprio dicionário pode nos ajudar.
Se estivermos lendo um artigo de jornal e encontrarmos o nome Freud, como saberemos o que 
significa? Precisamos verificar no dicionário se existem palavras semelhantes à que estamos procurando 
ou que pareçam ter sido formadas a partir dela. Para isso, devemos seguir o método aprendido para 
consultar um dicionário.
Vamos, então, segui-lo passo a passo.
• Primeiro abrimos o dicionário na parte do meio, porque a palavra Freud inicia-se pela letra F.
• Depois observamos as palavras-guias na parte superior da página.
• E, por fim, procuramos, na ordem alfabética, uma palavra que se pareça com a palavra Freud.
Encontramos a palavra freudiano.
Vejamos o seu significado.
Freudiano (frói). Adj. 1. Pertencente ou relativo a Sigmund Freud, neuropsiquiatra austríaco (1856-
1939), ou próprio dele. 2. Que é partidário do freudismo. l S.m. 3. Partidário do freudismo.
Foi bem proveitosa essa pesquisa. Observe quantas informações adquirimos sobre Freud:
• seu primeiro nome era Sigmund;
• sua nacionalidade era austríaca;
• sua formação era neuropsiquiatria;
• nasceu em 1856 e morreu em 1939.
Observe que (frói) se refere à pronúncia do verbete “freudiano”.
Caso não encontre o nome desejado no dicionário, busque-o na enciclopédia.
Concluindo essa leitura sobre o dicionário, não se esqueça de que ele é um instrumento muito 
importante para qualquer tipo de estudo.
54 Módulo 3
 Exercícios
Para realizar estes exercícios, você deverá saber:
• consultar um dicionário.
• Se tiver dúvidas, volte ao texto.
Confira suas respostas na chave de correção.
 I – Leia os verbetes e responda ao que se pede.
 1.
 
Fortificar. [Do lat. fortificare.] V.t.d. 1. Tornar forte; fortalecer. 2. Guarnecer de fortes ou 
fortalezas; dar meios, condições de defesa, a: fortificar uma cidade. 3. Auxiliar, coadjuvar. 
4. Corroborar; animar. 5. Tornar-se forte; fortalecer-se. 6. Manter-se firme. [Conjuga-se 
como trancar.].
 
 a. De que língua se originou a palavra fortificar?
 _________________________________________________________________________________________
 _________________________________________________________________________________________
 _________________________________________________________________________________________
 b. Quais são os sinônimos da palavra?
 __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
 _________________________________________________________________________________________
 c. Qual foi o exemplo dado? 
 _________________________________________________________________________________________
 _________________________________________________________________________________________
 _________________________________________________________________________________________
 d. O que significa a abreviatura V.t.d.? (Consulte a lista de abreviaturas do seu dicionário.)
 _________________________________________________________________________________________
 _________________________________________________________________________________________
 _________________________________________________________________________________________
 2.
 
Estranheza (ê). S.f. 1. Qualidade de estranho. 2. Pasmo, surpresa, espanto. 3. Esquivança.
 a. Qual é a origem da palavra?
 _________________________________________________________________________________________
 _________________________________________________________________________________________
 _________________________________________________________________________________________
 b. A que se dá o nome de paisagem?
 _________________________________________________________________________________________
 _________________________________________________________________________________________
 _________________________________________________________________________________________
55Módulo 3
 3.
 
Paisagem. [Do fr. paysage.] S.f. 1. Espaço de terreno que se abrange num lance de 
vista. 2. Pintura, gravura ou desenho que representa uma paisagem natural ou urbana: 
As paisagens de Ruysdael descortinam vastos horizontes.
 a. Quais são os sinônimos apresentados no verbete?
 _________________________________________________________________________________________
 b. O que significa (ê)?
 _________________________________________________________________________________________
 II – Coloque em ordem alfabética as seguintes palavras.
parede – paralelo – paraibano – parasitar – para-lama – paralisia – parcial – paralisar – para-raios – pardal – virada 
– abricó – inclinar – enfezar – complemento – parcelar – parecer – paralela – geral – paralelepípedo – bucha – 
quatrocentos – parapeito – paranormal – lancha – parcela – parceiro – nação – parceria – parar
 ________________________________________________________________________________________________
 ________________________________________________________________________________________________
 ________________________________________________________________________________________________
 ________________________________________________________________________________________________
 III – As seguintes formas não aparecem no dicionário. Indique que outra palavra você deveria 
procurar.
 1. impetuosamente
 ___________________________________________________________________________________________
 2. extinguindo
 ___________________________________________________________________________________________
 3. reiteraria
 ___________________________________________________________________________________________
 4. majestosas
 ___________________________________________________________________________________________
 5. altaneiros
 ___________________________________________________________________________________________
 6. “fazer um cavalo de batalha”
 ___________________________________________________________________________________________
 7. Pirenópolis
 ___________________________________________________________________________________________
 Reveja suas respostas
 I – 1. a) Do latim. b) Tornar forte; fortalecer. Guarnecer de fortes ou fortalezas; dar meios, condições de defesa. Auxiliar, coadjuvar. 
Corroborar; animar. Tornar-se forte; fortalecer-se. Manter-se firme. c) Fortificar uma cidade. d) Verbo transitivo direto.
 2. a) Do francês. b) A um espaço de terreno, a uma pintura, gravura ou um desenho que representa uma paisagem.
 3. a) Pasmo, surpresa, espanto, esquivança. b. Significa que a vogal e da palavra estranheza deve ser pronunciada fechada.
56 Módulo 3
 II – abricó – bucha – complemento – enfezar – geral – inclinar – lancha – nação – paraibano – para-lama – paralela – paralelepípedo – 
paralelo – paralisar – paralisia – paranormal – parapeito – parar – para-raios – parasitar – parceiro – parcela – parcelar – parceria 
– parcial – pardal – parecer – parede – quatrocentos – virada
 III – O dicionário não registra advérbios terminados em – mente, verbos flexionados, vocábulos no feminino ou no plural, nomes 
próprios de pessoas e lugares, nem expressões. Para procurá-los, devemos buscar palavras semelhantes, as formas masculinas 
e singulares, os verbos no infinitivo. Portanto:
 1. impetuoso – palavra sem a terminação mente
 2. extinguir – infinitivo de verbo
 3. reiterar – infinitivo de verbo
 4. majestoso – forma masculina e singular
 5. altaneiro – forma masculina e singular
 6. cavalo – procuramos a palavra mais específica da expressão
 7. pirenopolino – palavra formada de Pirenópolis
Capítulo 3 – Caderno de Estudos
Objetivo: Reconhecer a importância do Caderno de Estudos.
 O que você pensa disto?
Existe diferença entre um Livro Didático e um Caderno de Estudos?
O Caderno de Estudos é um material didático específico, que vem sendo utilizado com frequência, 
por atender às necessidades mais urgentes dos alunos e facilitar sua aprendizagem.
Características do Caderno de Estudos
O Caderno diz claramente o que você, cursista, vai estudar (assunto) e, 
consequentemente, as competências que precisa demonstrar em cada unidade 
(habilidades).
Assim como para viajarmos de carro, por exem plo, necessitamos saber que estrada(s) percorrer para 
chegar onde pretendemos, também para estudar e aprender, precisamos saber o caminho a seguir. 
E estudar por Cadernos é seguir um caminho objetivo, sabendo exatamente onde vamos chegar.
Por isso, em todos os Cadernos, você encontrará em destaque, logo no início de cada uni dade, uma 
parte do conteúdo da disciplina em estudo, ou seja, o assunto.
Os Cadernos apresentam conteúdos por área de conhecimentos.
Os conteúdos são ordenados dos mais simples para os mais complexos. Assim, o cursista segue passo 
a passo, na disciplina, e tem que dominar bem o conteúdo de cada Caderno, pois só será aprovado 
nele se obtiver o rendimento mínimo de 50 pontos na avaliação.
57Módulo 3
Os conteúdos são apresentados em pequenos textos e, sempre que necessário, 
ilustrados.
Aprende-se melhor e mais depressa se houver motivação e atitude ativa em relação ao assunto a 
estudar. É necessário que se selecionem as informações relevantes, organizando-as para que possam 
ser aprendidas.
Capítulo 1 – Estudo e Aprendizagem
Objetivos: Diferenciar “estudar” de “aprender” 
e identificar condições favoráveis ao estudo 
eficiente, à aprendizagem significativa.
Quantas vezes estudamos durante muitas horas, porém, 
algum tempo depois, ao precisarmos aplicar esses 
conhecimentos em outras situações, não conseguimos 
nos lembrar das informações lidas. Deduzimos, pois, 
que nosso estudo não foi eficiente, isto é, estudamos, 
mas não assimilamos o suficiente, não aprendemos. 
Signiifca que estudar e aprender não caminham juntos. 
Afinal, o que é estudar? 
Existem diferentes formas de estudar. Vejamos a 
diferença entre o estudo inteligente e o estudo 
mecânico.
Estudar de maneira inteligente é buscar com 
empenho, dedicação e perseverança alguma coisa. É ter 
curiosidade, ou vontade, ou necessidade de encontrar 
uma resposta para um problema.
Não é simplesmente decorar conteúdos, passivamente, para reproduzi-los.
Quando isso acontece, não há o desenvolvimento de competências e habilidades e nós permanecemos 
no estado passivo de expectador.
Como não há compreensão, não conseguimosutilizar nossos conhecimentos para solucionar problemas 
que necessitam de sua aplicação.
Estudar é concentrar nossa atenção e nossos recursos pessoais para entender e assimilar um assunto. 
Estudar é um processo.
Como estudamos? Estamos estudando quando lemos um texto, um mapa, um gráfico, uma lista com 
nomes de instrumentos; observamos um fenômeno; ouvimos instruções; aplicamos técnicas adequadas 
à resolução de um problema; seguimos passos de um roteiro para a construção de um kit. Estudamos 
quando nos colocamos alerta para observar o material do estudo, interpretá-lo e compreendê-lo.
E o que é aprender? 
Aprender é buscar, comparar, pesquisar, produzir. Não é receber tudo pronto, mas, sim, ir atrás de 
novos caminhos, produzir novas sínteses, buscar as informações que necessitamos, e compreendê-
las em sua totalidade.
Estudo Eficiente
Programa Correção de Fluxo – Técnicas de Estudo Unidade I
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Unidade
Assunto
Objetivo
Fonte: Editoração Eletrônica do CETEB.
Seguindo essa teoria, o Caderno é estruturado 
em unidades e estas em capítulos. Cada um 
dos capítulos analisa um aspecto do conteúdo 
e é sempre seguido de exercícios. Você estuda 
um capítulo e aplica o que aprendeu.
Ao estudar utilizando o Caderno de Estudos, você 
deve ler os textos das unidades, sublinhando, no 
próprio texto, as informações mais importantes 
e anotando-as em um caderno; observar 
gravuras e gráficos; consultar dicionários, atlas, 
enciclopédias, livros; pesquisar no computador, 
sempre que necessário; realizar cálculos e ex-
perimentações; resolver os exercícios propostos 
e conferir suas respostas com as indicadas 
no Caderno. Você realiza, pois, uma série de 
atividades. Mas não deixe de procurar ajuda do 
professor sempre que tiver dúvidas.
Você, cursista, é o autor de sua 
aprendizagem.
Aprendizagem é uma mudança no comporta men to das pessoas e pode acontecer das mais variadas 
formas: vendo alguma coisa, ouvindo al guma informação, realizando alguma experi ência. No entanto, 
só podemos dizer que apren de mos realmente, se somos capazes de aplicar o que aprendemos. 
Aprende-se fazendo. O Caderno, por tanto, exige uma atitude ativa sua, cur sista, autor de sua própria 
aprendizagem.
O Caderno sempre lhe oferece exercícios para que você avalie se aprendeu, se 
domina todos os objetivos e se pode, então, submeter-se à avaliação.
O ensino pelo Caderno de Estudos é chamado de “en sino para a competência”, ensino para que 
a aprendizagem ocorra verdadeiramente. Se a meta é aprender, a aprovação é uma consequência 
direta da aprendizagem.
Assim, se você não conseguir o mínimo exi gido na avaliação, 50 pontos, reestude a parte ou partes do 
Caderno em que teve dificuldades, refaça os exercícios e tire suas dúvidas com o professor. Responda, 
depois, a uma nova avaliação em que você deverá obter também 50 pontos. Esses procedimentos 
devem ser sempre seguidos por você.
58 Módulo 3
 Exercícios
Para realizar os exercícios você deverá saber:
• caracterizar o Caderno de Estudos.
Se tiver dúvidas, volte ao texto.
 I – Complete adequadamente as lacunas com as palavras que se encontram no retângulo a 
seguir.
Avaliação – Atividades – Objetivos – Unidades
 1. Divisões do conteúdo do Caderno constituídas de textos e exercícios.
 ___________________________________________________________________________________________
 2. Conjunto de habilidades ou capacidades que o cursista deve adquirir com o estudo do Caderno.
 ___________________________________________________________________________________________
 3. Conjunto de ações que o cursista realiza para atingir os objetivos do Caderno de Estudos.
 ___________________________________________________________________________________________
 4. Teste que o cursista resolve após o estudo do Caderno de Estudos e no qual deve obter, no mínimo, 50 
pontos.
 ___________________________________________________________________________________________
 II – Escreva (V) ou (F) nos parênteses, conforme as afirmativas sejam verdadeiras ou falsas.
 1. ( ) Os instrumentos de ensino personalizado são livros didáticos especialmente elaborados para se estudar 
sem professor.
 2. ( ) Uma característica dos instrumentos de ensino personalizado é a definição clara do assunto a ser estudado 
e daquilo que o estudante deve ser capaz de fazer após o estudo.
 3. ( ) Os instrumentos de ensino personalizado apresentam exercícios que permitem ao estudante verificar se 
aprendeu.
 4. ( ) Estudar um assunto em pequenas partes é uma das características do ensino utilizando Caderno de 
Estudos.
 5. ( ) O desempenho mínimo para que o cursista seja considerado eficiente na avaliação é 50 pontos.
 Reveja suas respostas
 I – As palavras que completam corretamente os espaços são, respectivamente:
 1. Unidades
 2. Objetivos
 3. Atividades
 4. Avaliação
 II – Se você escreveu V em todas as afirmativas, acertou.
59Módulo 3
Capítulo 4 – Outros Recursos para o Estudo
Objetivo: Identificar recursos facilitadores do estudo.
 O que você pensa disto?
Os recursos disponíveis (de metacognição) são importantes para a aprendizagem?
Para não ficarmos defasados, necessitamos acompanhar as mudanças da atualidade. Para realizarmos 
pesquisas de aprofundamento e atualização de conteúdos, precisamos buscar, cada vez mais, outras 
informações além das fornecidas pelo material didático de que dispomos. O que fazer, então? Devemos 
nos lembrar de que existem alguns meios de comunicação que podem nos auxiliar nessas tarefas.
Nessa perspectiva de otimização do ensino e da aprendizagem, destaca-se o incremento daquilo que 
se convencionou chamar de material ilustrativo ou recursos audiovisuais. Recursos audiovisuais são 
meios, de caráter instrumental, que procuram aproximar o ensino da experiência direta, dirigindo-se, 
inicialmente, aos órgãos sensoriais.
Ressalte-se, na definição acima, a expressão “inicialmente”, pois não devemos pensar nesses recursos 
apenas como apelativos aos órgãos sensoriais, como se fosse possível uma aprendizagem puramente 
sensorial, que não chegasse à mobilização de esquemas mentais elevados.
Uma pesquisa psicológica demonstra que, com o emprego de audiovisuais, a aprendizagem aumenta 
35% e permanece na memória por um período maior de tempo.
Segundo investigação da UNESCO*,1a memorização efetua-se nas seguintes proporções:
30% do que se ouve;
40% do que se vê;
50% do que se ouve e se vê;
70% do que se faz diretamente.
Ou seja, quando apenas ouvimos, retemos na memória 30% do que foi dito; quando apenas vemos, 
40%; quando vemos e ouvimos, 50% e quando participamos diretamente do que estamos vendo e 
ouvindo, como, por exemplo, realizando exercícios, retemos cerca de 70% do aprendido.
Assim:
Os recursos audiovisuais aumentam a durabilidade da aprendizagem e estimulam a imaginação 
e a capacidade de abstração do indivíduo.
Mas quais são os recursos audiovisuais?
Os recursos audiovisuais podem ser visuais, auditivos ou audiovisuais.
Como exemplos de recursos visuais temos quadro de giz, slide (dispositivo), cartaz, diagrama, 
gráfico, mapa. Dos recursos puramente auditivos temos rádio, disco (CD), fita magnética e vídeos.
Dos recursos audiovisuais propriamente ditos, que são, por excelência, uma reunião dos estímulos 
visuais e auditivos, damos, como exemplos, o diapositivo e a diafilme com som, o cinema sonoro, a 
televisão, o rádio, o microputador, com seus inumeráveis recursos de multimídia.
*UNESCO quer dizer Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. Dessa organização, com sede em Paris, fazem parte inúmeros 
países, entre eles o Brasil.
60 Módulo 3
Abordaremos, a seguir, em linhas gerais, os seguintes: o computador, o jornal, a revista, o rádio, a 
televisão e o telefone.
O computador
Desde a Antiguidade, o homem fabrica ferramentas, domestica animais e constrói máquinas que o 
ajudam a vencer o mundo que o rodeia. Na sequência de intervençõesque tiveram lugar, desde o 
aparecimento do ábaco, da máquina de calcular, até o computador de hoje, que surge como uma 
descoberta significativa da era moderna, a evolução tem sido considerável.
Como havia ocorrido antes, com o aparecimento e a generalização do livro, vivemos na era da 
informação, do desenvolvimento de ideias novas, em um mundo globalizado em que se desenvolvem 
profundas alterações tecnológicas, que estruturam, facilitam e ampliam nossas ações, o que implica 
novas mentalidades, novas destrezas e novas exigências.
Elas causam alterações não só no que fazemos, mas também em nosso comportamento, na forma 
como elaboramos conhecimentos e no nosso relacionamento com o mundo, tornando a aprendizagem 
mais motivadora e interessante.
Uma multiplicidade de recursos pedagógicos são oferecidos aos estudantes, com novas tecnologias e 
técnicas de ensino, estimulando-os a utilizar sua capacidade intelectual, num ritmo acelerado e num 
ambiente altamente agradável, constituindo-se em uma ótima opção para quem tem alguma dificuldade 
no estudo e na aprendizagem de alguma disciplina, e, permitindo que o estudo e a aprendizagem se 
desenvolvam não só no prédio físico da escola, mas em casa, no escritório de trabalho, em qualquer 
lugar onde se possa ter acesso às informações.
Na atualidade em que temos como suporte do processo de ensino e aprendizagem uma grande 
diversidade de equipamentos, ninguém mais duvida que o computador é coisa do presente. O 
que parecia futuro há pouco tempo, já é realidade em nossos estudos. Não podemos dizer que 
ele é um “cérebro eletrônico” capaz de conhecer todas as coisas, de fazer tudo sozinho, de 
fazer milagres. Ele é uma ferramenta que nos apoia no processo de reflexão e de construção do 
conhecimento, destacando-se a sua aplicação na educação presencial, na educação a distância 
e na autoaprendizagem. No entanto, a mais rica utilidade do computador está na produção e no 
tratamento de informações. Ele permite que se mecanize seu processamento, tornando-o mais 
rápido, barato, completo e confiável.
Por isso, vem adquirindo cada vez mais relevância no cenário educacional, como instrumento de 
apoio às matérias e aos conteúdos estudados, sendo capaz de realizar uma grande variedade de 
tarefas, como distribuir sons, imagens e textos, armazenar enorme quantidade de informações e 
manipulá-las, disponibilizando-as para todos. Como estamos no século XXI, na Pós-Modernidade, sua 
utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vêm aumentando de forma 
rápida como apoio às matérias e aos conteúdos que temos de estudar, dando oportunidade para 
a aquisição de novos conhecimentos, servindo de 
complemento aos conteúdos escolares, concorrendo 
para o desenvolvimento integral do estudante.
Em uma sociedade em que o saber firmado 
simplesmente na memorização e na assimilação 
de técnicas repetitivas, na “decoreba”, vai-se 
desvalorizando, o computador incrementa um 
certo grau de responsabilidade do estudante pela 
sua educação, contribuindo para a motivação, a 
autonomia e a valorização pessoal, estimulando a 
Fonte: <www.hiperativo.com>.
61Módulo 3
imaginação e criatividade, permitindo que ele se envolva na formação do seu próprio conhecimento, 
aprendendo, descobrindo, examinando, produzindo, solucionando problemas, lançando hipóteses, 
experimentando erros e corrigindo-os.
Estimula o gosto pela pesquisa e pelo aprendizado, a elaboração e a compreensão de textos, de 
gráficos, de quadros, a descoberta e a aprendizagem nas mais diversas áreas do saber. Facilita a 
manipulação de imagens e informações, trazendo-as para as salas de aula, obtendo dados atualizados, 
disseminando experiências e uma quantidade progressiva de conhecimentos, incentivando a 
aprendizagem de novas formas de ler, de escrever, e, portanto, de pensar e de agir.
O potencial pedagógico da Informática começou a ser explorado com ilimitadas possibilidades. A cada 
dia surge um novo aspecto de seu emprego. Por seu intermédio, os estudantes passam de receptores 
passivos da mensagem a agentes ativos e participativos da comunicação, exercitam a capacidade de 
procurar e selecionar informação, resolver problemas e aprender independentemente. Sua criatividade 
é privilegiada, seus estudos, aprofundados, suas experiências difundidas e uma interação eficaz com 
o mundo que o rodeia é incentivada.
Seu efeito positivo é, portanto, revelado nas estimulações e nos recursos que oferece quando propicia 
uma estrutura de capacitação e armazenamento de informações e uma capacidade enorme de 
veiculação do conhecimento, quando facilita uma aprendizagem mais autônoma, quando a informação 
é processada de maneira crítica e reflexiva, ou mesmo quando se utiliza o computador para lazer.
Adaptado de: <www.dgequipment.com>.
Trabalhar com o computador 
Usar o computador é o primeiro passo para aprender a 
fazer isso. Uma vez que ele é um equipamento eletrônico 
que dispõe, avalia, calcula, experimenta, pesquisa e 
edita dados e informações, dirigido por um conjunto de 
instruções norteadas, com um mínimo de participação 
humana, até os não especialistas o utilizam facilmente, 
pois isso requer cada vez menos conhecimentos 
técnicos em informática.
Precisamos primeiro descobrir o que ele pode fazer, para 
depois saber o que fazer com ele. Isso não significa que 
precisamos conhecer todos os mecanismos desse equipamento. No princípio, há necessidade, pelo 
menos, de nos familiarizarmos com os recursos mais frequentemente usados no editor de textos, 
porque tudo o mais vamos aprendendo aos poucos, com a prática. Além disso, saber receber e enviar 
e-mails e saber navegar na Internet são condições indispensáveis para quem quer usar o computador 
em seus estudos.
A oferta de cursos virtuais é grande na rede. Basta ter acesso à Internet e vontade de aprender. E 
cada vez mais instituições de renome exploram essa ferramenta.
Se tiver interesse, busque mais infirmações sobre 
este recurso de estudo tão atual.
O jornal
O jornal é um grande divulgador de notícias nacionais 
e internacionais, sendo, por isso, um instrumento 
precioso na formação de nossa “bagagem” cultural. 
Suas reportagens abrangem assuntos de política, 
economia, ciência, esporte, entretenimento, 
entre outros, mantendo-nos bem informados.
Adaptado de: <www.bibliotecaescolardojk.blogspot.com>.
62 Módulo 3
Atualmente, existem versões online, acompanhando as mudanças culturais que têm ocorrido com 
as informações. O acesso às notícias de qualquer lugar do mundo quase em tempo real está ficando 
mais fácil e rápido para as pessoas que utilizam a Internet.
São colocados ainda à disposição dos internautas textos de literatura, científicos, documentais e 
diferentes oportunidades de ler o que está acontecendo no mundo.
Por toda essa variedade, podemos recorrer a ele na hora de pesquisar sobre algum assunto.
A revista
Adaptado de: <www.antares.com.br>.
A revista também é uma grande divulgadora de 
informações indispensáveis à nossa vida, 
constituindo-se maneira prática de nos manter 
informados. Mas, como há um grande leque 
de opções, especializando-se cada uma em 
determinado assunto, o leitor deve buscar 
aquela que supra suas necessidades.
A revista constitui-se, de acordo com a 
sua periodicidade, em um conjunto de 
informações relevantes e aprofundadas, que 
contribuem para o esclarecimento de fatos 
ocorridos próximos à data de sua emissão. 
Por isso, ela é oportuna para quem não tem tempo e oportunidade de ler, diariamente, o noticiário 
dos jornais.
Muitas revistas, como o jornal, colocam à disposição, na Internet, uma versão online, que, apesar 
de reduzida, oferece uma ideia de seu conteúdo total.
Ao ler uma revista, você deve procurar sua área de maior interesse, unindo o útil ao agradável, a 
informação ao prazer. 
Observe o quadro a seguir. Ele se refere ao mapeamento realizado por Caroline CASALI em que são 
classificados os gêneros, subgêneros e formatos da mídia impressa revista no Brasil.CATEGORIZAÇÃO DA MÍDIA IMPRESSA REVISTA NO BRASIL DE ACORDO COM 
GÊNEROS, SUBGÊNEROS E FORMATOS
GÊNEROS SUBGÊNEROS FORMATOS
REFERENCIAL
Masculina Playboy, Vip, PHT, Um etc.
Feminina Nova, Capricho, Uma, Ouse, Cláudia etc.
Infanto-juvenil Witch, Atrevidinha, Smack, Teenmania etc.
Étnica Raça Brasil etc.
Científica National Geographic, Ciência Rural etc.
Noticiosa Veja, Época, Carta Capital etc.
Temática Casa & Jardim, Bizz, Crochê, Escola etc.
Artística-Cultural Bravo, Aplauso etc.
FICCIONAL
Fotonovela Love Story, Grande Hotel etc.
HQ Cebolinha, Mônica, Pato Donald, Superman etc.
CREDUAL
Astrológica Guia Astral, Horóscopo etc.
Religiosa Família Cristã, Diálogo, Eclésia etc.
EXPOSICIONAL Fofocagem Contigo, Caras, Conta Mais etc.
63Módulo 3
LÚDICO
Desenho Pinte Legal, Pinte e Brinque etc.
Jogo Coquetel Sudoku, Cross Words, Letrão etc.
Fonte: CASALI, Caroline (2007).
O rádio
Adaptado de: <diariocatarinense.clicrbs.com.br>.
O rádio tornou-se importantíssimo na difusão de ensino 
a distância. É o meio de comunicação que envolve 
menos gastos, tanto na aquisição do aparelho quanto 
na sua manutenção, e sua comunicação atinge locais 
de difícil acesso.
Assim, ele democratiza a educação, tornando os 
conteúdos de mais fácil compreensão, tendo por isso 
maior poder de motivação para as pessoas com menor 
grau de escolaridade, podendo ser usado para lazer, para 
obter informações, atingindo os menos favorecidos e 
isolados geograficamente.
No Brasil, a Presidência da República – PR, por meio 
de sua Secretaria de Comunicação Social – Secom, 
tem implementado um programa de rádio que traz 
benefícios para a população dos locais mais afastados 
e de difícil acesso. São divulgadas matérias sobre 
saúde, aleitamento materno, vacinação das crianças, 
orientações sobre os alimentos regionais e prevenção 
de certas doenças.
Em pesquisa feita pela Fundação Nacional da Saúde – Funasa, constata-se que várias doenças estão 
sendo eliminadas, sendo o programa de rádio um dos grandes responsáveis por esse feito.
Adaptado de: <diariocatarinense.clicrbs.com.br>.
A televisão
A televisão, atualmente, é um recurso de 
comunicação muito importante no meio 
educativo. Como o problema de instruir 
grandes massas humanas tornou-se 
urgente, passou-se a utilizar a televisão 
que, junto de sua programação jornalística 
e de lazer, apresenta programas 
educacionais, como os telecursos de 
Ensino Fundamental e Médio e de 
língua estrangeira; os documentários 
geográficos, históricos e científicos.
As aulas dadas por meio da televisão são 
minuciosamente planejadas e primorosamente ilustradas, o que desperta e mantém o interesse do 
estudante. A utilização desse moderno auxiliar do ensino tem sido um verdadeiro sucesso. Do ponto de 
vista di dático, já foi demonstrado que os alunos a prendem tão bem por meio da TV como assistindo 
às aulas com a presença do professor.
64 Módulo 3
Entre seus aspectos positivos, podemos dizer que a televisão apresenta acontecimentos reais e 
atuais no local e no momento em que ocorrem (por exemplo, a descida do homem na Lua); amplia 
ou reduz uma imagem para apresentá-la no tamanho mais adequado à sua observação; apressa 
ou retarda um processo, para que ele possa ser bem compreendido (por exemplo, o desabrochar de 
uma flor ou o voo de um pássaro); recons titui fatos passados, mediante documentários, minisséries 
e telenovelas; mostra paisagens dis tan tes; apresenta usos e costumes de outros povos.
A televisão é chamada “síntese audiovisual”, pois, por seu intermédio, recebemos vários recursos 
audiovisuais como som, imagem, cor etc.
Em 2007, na cidade de São Paulo, foi realizada a primeira transmissão terrestre em sinal digital da TV 
aberta no Brasil. É a nova tecnoloiga – A TV DIGITAL – que possibilita a transmissão da programação 
com melhor qualidade de som e imagem. As emissoras também poderão utilizar novos recursos, como 
interatividade, exibição de informações sobre a programação, transmissão para aparelhos móveis como 
celulares e notebooks. Há também a possibilidade de transmitir até seus programas simultaneamente 
ou exibir um mesmo programa de vários ângulos – é a multiprogramação.
Adaptado de: <blogconectajovem.blogspot.com>.
O telefone / celular
O telefone é outro importante auxiliar de nossas pesquisas. 
Além de podermos sanar dúvidas com outras pessoas, já 
existem serviços que nos socorrem quando encontramos 
dificuldades no uso da Língua Portuguesa.
 Exercícios
Para realizar estes exercícios seguintes, você deverá saber:
• identificar os recursos facilitadores do estudo.
Se tiver dúvidas, volte ao texto.
 I – Explique a frase a seguir.
 1. Na busca de conhecimentos, o material didático deve ser enriquecido.
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 II – Responda.
 1. Quais são os principais meios de comunicação enriquecedores do material didático?
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 2. Por que o jornal é um instrumento precioso na formação de nossa bagagem cultural?
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
65Módulo 3
 III – Faça o que se pede.
 1. Cite três gêneros de revistas brasileiras.
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 2. Apresente os dois fatores que contribuem para a importância do rádio. 
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 3. Indique dois aspectos positivos da televisão como recurso educativo.
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 4. Cite duas vantagens do uso do computador como recurso educacional.
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 Reveja suas respostas
 I – 1. A resposta é pessoal, mas você deve ter escrito sobre a constante mudança que ocorre na atualidade, obrigando-nos a 
buscar, cada vez mais, informações fora do material didático de que dispomos.
 II – 1. Os principais meios de comunicação enriquecedores do material didático são: jornal, revista, rádio, televisão, telefone e 
computador.
 2. O jornal é um instrumento precioso na formação de nossa bagagem cultural porque, nos mantém bem informados e 
atualizados.
 III – 1. Você pode ter citado dois gêneros entre os especificados no quadro exposto nesta unidade.Confira: referencial, ficcional, 
credual, exposicional, lúdico.
 2. O rádio é um meio de comunicação de baixo custo e alcança locais de difícil acesso.
 3. Veja se citou dois dos seguintes aspectos registrados ao final desta unidade: a televisão apresenta acontecimentos reais e 
atuais no local e no momento em que ocorrem; amplia ou reduz uma imagem para apresentá-la no tamanho mais adequado 
à sua observação; apressa ou retarda um processo para que ele possa ser bem compreendido; reconstitui fatos passados; 
mostra paisagens distantes; apresenta usos e costumes de outros povos.
 4. São muitas as vantagens do uso do computador como recurso educacional. Verifiquese você respondeu duas delas: torna 
a aprendizagem mais motivadora e interessante; as novas tecnologias e técnicas de ensino estimulam o aluno a utilizar sua 
capacidade intelectual, num ritmo acelerado e num ambiente altamente agradável; é ferramenta importante de pesquisa; 
facilita a elaboração de textos, gráficos, quadros, entre outros; permite trazer imagens e informações distantes para as 
salas de aula: permite obter dados atualizados; possibilita a obtenção de mapas e imagens detalhados; estimula o gosto 
pela pesquisa e pelo aprendizado.
MÓDULO
4
Capítulo 1 – Esquema
Objetivos: Identificar e elaborar esquemas.
 O que você pensa disto?
Esquematizar é uma forma de registrar ideias que precisam ser memorizadas.
Você utiliza esse recurso em seus estudos?
Esquema é a forma simplificada de registro das ideias de um texto, que nos permite compreender a 
relação existente entre elas: ideia central (assunto), ideias principais e secundárias.
O esquema tem por objetivo facilitar o entendimento do conteúdo e possibilitar a rápida recordação 
da leitura no caso de consultas futuras. Por isso, um esquema bem feito deve ter as características 
seguintes.
• Ser fiel ao texto original.
Conter as ideias do autor, sem alteração, mesmo quando usarmos as próprias palavras para 
reproduzir as do autor.
• Obedecer a estrutura lógica do assunto.
De posse de todas as ideias do texto, é possível organizá--las a partir das mais importantes.
• Ser funcional.
O esquema tem de ser expresso de forma que, numa simples olhada, possamos ter uma visão 
clara e precisa do conteúdo de nossa leitura, assim como do relacionamento entre as ideias.
• Possuir cunho pessoal ou estilo pessoal.
Cada um esquematiza a seu modo, desde que observadas as normas necessárias.
Fazer um esquema é, então, subdividir as ideias contidas no texto, sem alterá-las. Devemos ordená-
las, partindo das de sentido mais amplo para as de sentido restrito, evitando os pormenores.
Formas de organização de um esquema
Várias são as formas de organização das ideias do texto em um esquema. Entre as mais importantes, 
destacamos: os esquemas em chave, em numeração progressiva e em gráfico. Seja qual for a 
escolhida, devemos seguir a estrutura básica: título (ideia central) e corpo (ideias principais e 
secundárias distribuídas).
UNIDADE IV
TÉCNICAS DE REDUÇÃO 
DE TEXTO
68 Módulo 4
Esquema em chave
O esquema em chave é um dos mais utilizados. Como todo esquema, apresenta título, que expressa 
a ideia central (o assunto do texto).
A ordenação de suas ideias obedece à seguinte distribuição: as ideias de sentido mais amplo ficam 
à esquerda das de sentido menos amplo; as ideias que têm o mesmo tipo de relação ficam umas 
sob as outras. Abre-se chave à medida que as ideias vão sendo encontradas.
Veja esse tipo de esquema aplicado a um texto de Geografia.
Meios de transporte são os meios que o homem utiliza para se locomover de um lugar para outro. 
Os meios de transporte são de três tipos: terrestres, por meio de ferrovias e rodovias; 
aquáticos, que podem ser lacustres, fluviais e marítimos. Os marítimos podem ser costeiros e 
transoceânicos. O outro tipo de meio de transporte é o aéreo, que é considerado o mais rápido.
O texto está dividido em dois parágrafos.
1. Meios de transporte são os meios que o homem utiliza para se locomover de um lugar para outro.
Essa, além de ser a única ideia do primeiro parágrafo, a ideia principal, é também a ideia central 
do texto.
2. Os meios de transporte são de três tipos: terrestres, por meio de ferrovias e rodovias; 
aquáticos, que podem ser lacustres, fluviais e marítimos. Os marítimos podem ser costeiros 
e transoceânicos. O outro tipo de meio de transporte é o aéreo, que é considerado o mais 
rápido.
Ideia principal Os meios de transporte são de três tipos: terrestres, aquáticos e aéreos.
Ideias secundárias por meio de ferrovias e rodovias; que podem ser lacustres, fluviais e 
marítimos. Os marítimos podem ser costeiros e transoceânicos e o aéreo é considerado o mais 
rápido.
Ao pensar sobre essas ideias, notamos que elas se relacionam com a ideia central – meios de 
transporte –, ora indicando o conceito, ora indicando os tipos de meios de transporte. Logo, a nossa 
estrutura de esquema já está pronta.
Título: Meios de transporte
Meios de transporte: conceito
 e
 tipos
Devemos continuar o esquema, procurando palavras ou expressões que completem palavras, conceito 
e tipos.
Conceito: meios de locomoção utilizados pelo homem
Tipos: terrestres, aquáticos e aéreos
 
Completando essa estrutura com as ideias do texto, temos, finalmente:
Meios de transporte
Conceito: meios de locomoção utilizados pelo homem
Tipos
Terrestres
Aquáticos
Aéreos
69Módulo 4
De acordo com o texto apresentado, o esquema não está completo, pois faltam, ainda, as ideias 
secundárias, que irão explicar e exemplificar as palavras já organizadas no esquema.
Vamos, então, completar o esquema, incluindo nele todos os dados obtidos do texto.
Título: Meios de transporte
Meios de transporte
Conceito: meios de locomoção utilizados pelo homem
Tipos
Aéreos
Ferrovias
Rodovias
Terrestres
Costeiros
Transoceânicos
Marítimos
Lacustres
FluviaisAquáticos
O esquema em chave não é um esquema minucioso. Ele objetiva, sobretudo, a visualização da 
estrutura das ideias do texto e da forma como as ideias se relacionam.
Esquema em numeração progressiva
Como o próprio nome sugere, no esquema em numeração progressiva, utilizam-se números para 
hierarquizar (colocar em ordem de importância) as ideias tratadas em um texto.
Esses números são dispostos conforme as prioridades das ideias. Observe o esquema abaixo para 
uma melhor compreensão.
TÍTULO 
1. (Representa a primeira ideia principal.)
1.1. (Representa uma ideia secundária da principal 1.)
1.1.1. (Representa uma subdivisão da ideia secundária 1.1.)
1.1.2. (Representa outra subdivisão da ideia secundária 1.1.)
1.2. (Representa outra ideia secundária da principal 1.)
1.2.1. (Representa uma subdivisão da ideia secundária 1.2.)
1.2.2. (Representa outra subdivisão da ideia secundária 1. 2.)
1.2.3. (Representa mais uma subdivisão da ideia secundária 1.2.)
 1.3. (Representa mais uma ideia secundária da principal 1.)
 1.3.1. (Representa uma subdivisão da ideia secundária 1.3.)
 1.3.2. (Representa outra subdivisão da ideia secundária 1.3.)
 1.3.3. (Representa mais uma subdivisão da ideia secundária 1.3.)
.......................................................................................................................................... *1
Vejamos como esquematizar, dessa forma, um texto de História.
*A linha pontilhada significa que o texto foi interrompido, ou seja, tem continuação. 
70 Módulo 4
FASES DA FORMAÇÃO TERRITORIAL E ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
Descoberto e incorporado às colônias portuguesas a partir de 1500, o Brasil 
passou por várias fases, na formação de seu território e organização de 
sua forma de governo.
Essas fases podem ser assim resumidas:
• Colonial — de 1500 a 1807 — quando ocorreu a grande expansão 
territorial para oeste do meridiano de Tordesilhas e regularizou-se esse 
crescimento pelos tratados de limites.
• De Transição — de 1808 a 1821 — quando a Família Real Portuguesa, 
aqui sediada, inverteu as relações (de colônia – metrópole) entre o 
Brasil e Portugal. O Brasil ocupou o território da Guiana Francesa e 
incorporou o Uruguai, com o nome de Província Cisplatina.
• De Independência — a partir de 1822. O Brasil passou a contar com 
governo autônomo, primeiro sob o regime monárquico (1822 - 1889), 
depois sob o republicano (1889 até hoje). Nessa fase, ocorreram a 
perda da Cisplatina (1828) e a anexação do Acre (1903).
 ............................................................................................................
FASES DA FORMAÇÃO TERRITORIAL E ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
1. Desde sua descoberta, em 1500, o Brasil passou por várias fases em sua formação territorial e 
organização política.1.1. A fase colonial foi de 1500 a 1807.
1.1.1. Nessa fase, houve grande expansão territorial.
1.1.2. O crescimento territorial foi regularizado pelos tratados de limites.
1.2. A fase de transição foi de 1808 a 1821.
1.2.1. Inverteram-se as relações entre Brasil e Portugal, com a vinda da Família Real.
1.2.2. Houve a ocupação da Guiana Francesa.
1.2.3. O Uruguai foi incorporado ao Brasil.
1.3. A fase de independência teve início em 1822.
1.3.1. O governo passou a ser autônomo.
1.3.2. Houve a perda do Uruguai, em 1828.
1.3.3. Ocorreu a anexação do território do Acre, em 1903.
O esquema que acabamos de ler se presta a uma redução mais minuciosa do texto, que é praticamente 
escrito de novo, mas sob um visual que facilita a compreensão memorização.
Muitas vezes, encontramos esquemas organizados por algarismos romanos, letras maiúsculas, 
algarismos arábicos e letras minúsculas.
71Módulo 4
TÍTULO
 I – (Utilizam-se algarismos romanos para as divisões principais.)
A. (Letras maiúsculas designam as subdivisões.)
1. (Algarismos arábicos indicam itens das subdivisões.)
a. (Letras minúsculas para qualquer outra especificação.)
b.
c.
2.
3.
B.
1.
2.
II –
A.
B.
.............................................................................................................................................
Observe, agora, um texto em que aplicamos essa ordem.
O CORPO HUMANO
O corpo humano divide-se em cabeça, tronco e membros. Na cabeça, temos o crânio e a face; 
o tronco subdivide-se em pescoço, tórax e abdômen; os membros são superiores e inferiores. 
Os superiores compõem-se de cintura escapular, braço, antebraço e mão; e os inferiores 
subdividem-se em cintura pélvica, coxa, perna e pé.
..................................................................................................................................
.............................................................................................................................................
O CORPO HUMANO
 I – Partes do corpo humano
A. Cabeça
1. Crânio
2. Face
B. Tronco
1. Pescoço
2. Tórax
3. Abdômen
C. Membros
1. Superiores
a. Cintura escapular
b. Braço
c. Antebraço
d. Mão
72 Módulo 4
2. Inferiores
a. Cintura pélvica
b. Coxa
c. Perna
d. Pé
.............................................................................................................................................
Esquema em gráfico
O esquema em gráfico obedece ao mesmo princípio dos outros: as ideias reduzidas devem ser dispostas 
logicamente, segundo o seu relacionamento no texto.
A apresentação desse esquema é inteiramente pessoal. Podemos usar: setas, quadros, triângulos, 
círculos, desenhos...
Não nos esqueçamos, no entanto, de que tudo deve ser bem organizado.
Leia um texto de Português e veja como foi esquematizado graficamente.
OS TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
As frases que possuem verbo ou locução verbal são geralmente estruturadas a partir de dois elementos 
essenciais: sujeito e predicado.
Sujeito é o ser de quem se declara algo, o tema do que se vai comunicar. Concorda com o verbo em número 
e pessoa.
Os sujeitos das orações podem ser determinados ou indeterminados. Determinados são os sujeitos que podemos 
identificar com precisão. Podem ser simples (quando possuem um só núcleo) ou compostos (quando possuem 
mais de um núcleo). Indeterminados são os sujeitos que não podemos identificar.
Predicado é tudo aquilo que se atribui ao sujeito.
Os predicados podem ser verbais (têm como núcleo um verbo), nominais (têm como núcleo um nome) ou 
verbo-nominais (têm como núcleos um verbo e um nome ao mesmo tempo).
1 NÚCLEO
2 OU MAIS NÚCLEOS
NOME
VERBO
VERBO + NOME
SIMPLES
COMPOSTO
VERBO-NOMINAL
NOMINAL
VERBAL
INDETERMINADO
DETERMINADO
SUJEITO
PREDICADO
TERMOS 
ESSENCIAIS
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
Os desenhos utilizados nesse tipo de esquema podem ser geométricos ou não, desde que consigam 
relacionar corretamente as ideias do texto.
Vejamos, a seguir, um texto de Ciências, em gráfico muito sugestivo, pois empregamos o desenho 
da própria árvore a ser esquematizada.
AS UTILIDADES DA CARNAUBEIRA
A carnaubeira, chamada pelos nordestinos de árvore da Providência, possui muita utilidade, 
pois, obtemos produtos derivados de todas as suas partes.
73Módulo 4
De suas raízes, obtém-se um suco medicinal; do caule, fazem-se pilares para pontes, 
postes telegráficos, barrotes para a construção de casas; seus talos são utilizados para 
fazer vassouras, escovas e samburás; da polpa do fruto, faz-se doce e, de suas sementes, 
extrai-se um óleo.
CERA
ISOLANTE DE ELETRICIDADE
FABRICAÇÃO DE VELAS
PREPARO DE COURO E DE LUBRIFICANTES
CONFECÇÃO DE FILMES E DISCOS
Polpa doce
Semente óleo
Vassouras
Escovas
Samburás
Pilares
Postes telegráficos
Barrotes
Suco medicional
UTILIDADES DA CARNAUBEIRA
Mas são suas folhas que nos 
fornecem o principal produto 
da carnaubeira — a cera, que 
tem diversas e importantes 
aplicações: como isolante de 
eletricidade, na fabricação 
de velas, no preparo de 
couro e de lubrificantes e na 
confecção de filmes e discos.
Ao estudarmos os esquemas 
aqui apresentados, você deve ter 
observado que, para representar 
as ideias mais importantes dos 
textos originais, usamos palavras, 
expressões e até sentenças (frases), 
o que determina se o esquema será 
por tópicos ou por sentenças.
O esquema por tópicos é 
representado por palavras ou 
expressões. A primeira palavra de 
cada item deve ser iniciada por letra 
maiúscula. Devemos evitar o uso de verbos, porém, se necessários, só podem aparecer na forma 
impessoal (gerúndio, particípio e infinitivo).
ROCHAS
1. Tipos de rochas
1.1. Magmáticas: originárias do magma
1.1.1. Granito
1.1.2. Basalto
O esquema por sentenças é representado por frases verbais (com verbos), ou seja, períodos 
completos, iniciados por letra maiúscula e concluídos por ponto. Aqui os verbos devem aparecer na 
forma pessoal (que não esteja no gerúndio, particípio ou infinitivo).
ROCHAS
1. As rochas podem ser classificadas em: magmáticas, sedimentares e metamórficas.
1.1. As rochas magmáticas são originárias do magma, tais como: granito e basalto.
74 Módulo 4
Concluindo nosso estudo sobre esquemas, seguem mais estes dados: os esquemas em chave e em 
gráfico servem melhor a uma visualização do texto, sem entrar em detalhes; já os esquemas em 
numeração progressiva se prestam a uma redução rica em pormenores. Quanto ao uso de tópicos 
ou sentenças no esquema, é uma questão de gosto pessoal. No entanto, saiba que não devemos 
misturá-los: se o esquema é por tópicos, não use sentenças e vice-versa.
 Exercícios
Para realizar estes exercícios você deverá saber:
• elaborar esquemas;
• identificar os tipos de esquema.
Se tiver dúvidas, volte ao texto.
 I – Responda às questões a seguir.
 1. O que é um esquema?
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 2. Que vantagens o esquema oferece?
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 3. Quais os elementos que caracterizam o esquema?
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 II – Complete corretamente as frases que se seguem.
 1. Quanto à sua organização, o esquema classifica-se: ___________________________, __________________________ 
e ___________________________.
 2. Quanto à sua redação, o esquema podeser por _________________________ e por _________________________.
 III – Faça o que se pede dos textos seguintes.
 1. Um esquema em chaves, por tópicos.
OS BATRÁQUIOS
Os batráquios, animais entre os quais se inclui o sapo, apresentam uma série de características. São animais 
vertebrados, de pele nua, que vivem tanto na água como na terra, isto é, são anfíbios. Têm quatro membros, 
sendo que os dedos não apresentam unhas. Durante sua vida, os batráquios sofrem metamorfoses, isto é, 
transformações que compreendem três fases: na primeira fase, apresentam o corpo desprovido de membros, 
guelras desenvolvidas e pulmões elementares; na segunda, dá-se o aparecimento dos membros e os pulmões 
se desenvolvem; na terceira fase, a respiração é aérea.
 2. Um esquema em numeração progressiva, por sentenças.
75Módulo 4
A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA
Com a proclamação da República a 15 de novembro de 1889, foi preciso redigir nova Constituição para o 
país. Ela entrou em vigor no dia 24 de fevereiro de 1891, instituindo três poderes: o Executivo, o Legislativo 
e o Judiciário. Transformou as províncias em estados com grande autonomia. Instituiu a República Federativa 
e denominou nosso país Estados Unidos do Brasil.
Em 1926, a Constituição Republicana sofreu reformulação parcial e vigorou até 24 de outubro de 1930. Nessa 
data, foi abolida pela revolução que levou Getúlio Vargas ao poder.
 ...........................................................................................................................................................
 IV – Elabore um parágrafo, baseando-se no esquema gráfico a seguir
46%
RENDA FAMILIAR DE ATÉ R$1.356
16%
R$2.034 a R$3.390
20%
R$1.356 a R$2.034
 1% R$13.560 a R$33.900
 4% R6.780 a R$13.560
 9% R3.390 a R$6.780
Adaptado de: Datafolha/nov. 2013
 ________________________________________________________________________________________________
 ________________________________________________________________________________________________
 V – Responda, com base nos dados apresentados na questão anterior.
 1. Podemos concluir que o Brasil é um país pobre? Por quê?
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 2. Em que porcentagem você ou sua família se encontram?
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 Reveja suas respostas
 I – 1. Esquema é uma forma simplificada de registrar as ideias de um texto, estabelecendo a relação existente entre elas.
 2. As vantagens oferecidas pelo esquema são as de facilitar o entendimento do conteúdo e possibilitar a rápida recuperação 
das ideias sem a necessidade de lermos novamente o texto.
 3. O esquema é caracterizado pela fidelidade ao texto original, estrutura lógica do assunto, funcionalidade e pelo estilo (cunho 
pessoal).
76 Módulo 4
 II – 1. ... em chave, em numeração progressiva e em gráfico.
 2. ... tópicos ... sentenças.
 III – 1. OS BATRÁQUIOS
Características dos batráquios
Vertebrados
Pele nua
Anfíbios
Quatro membros
Metamorfose
1a fase
2a fase
3a fase Respiração aérea
Corpo desprovido de membros
Gueiras desenvolvidas
Pulmões elementares
Aparecimento de membros
Pulmões em desenvolvimento
 2. A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA
1. Com a proclamação da República, nova Constituição foi redigida.
1.1. Entrou em vigor em 24 de fevereiro de 1891.
1.2. Estabeleceu três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
1.3. Transformou as províncias em Estados com grande autonomia.
1.4. Instituiu a República Federativa e denominou o nosso país Estados Unidos do Brasil.
1.5. Sofreu reformulação parcial em 1926.
1.6. Foi abolida em 1930.
 ..................................................................................................................................................................
 IV – Resposta pessoal. Verifique se o texto escrito contém os dados especificados no esquema gráfico.
 V – 1. Sim . Porque
 2. Resposta pessoal.
 Seus esquemas não precisam estar iguais aos apresentados, mas devem coincidir com as orientações.
Capítulo 2 – Resumo e Resenha
Objetivos: Conceituar; caracterizar e elaborar resumo.
 O que você pensa disto?
Por que o resumo e a resenha são recursos importantes quando estudamos?
Resumo
Conceituação
Resumo é a condensação fiel de ideias ou fatos contidos em um texto. Resumir significa reduzir o 
texto às informações mais importantes sem perder de vista:
a) cada uma das suas partes essenciais;
b) o encadeamento que ele estabelece entre cada uma dessas partes.
Como o resumo deve servir de substituto do texto original, precisamos ser fiéis a ele, ou seja, não 
podemos modificar as ideias nele apresentadas. Para isso, utilizamos parágrafos compostos de frases 
objetivas e inteligíveis, isto é, de boa compreensão.
O resumo é especialmente útil quando necessitamos, numa rápida leitura, recordar o mais importante 
77Módulo 4
do que estudamos, pois o resumo é formado pelas ideias principais do texto. Só devemos registrar 
as ideias secundárias que forem indispensáveis à compreensão das principais.
Precisamos, também, evitar, tanto quanto possível, a repetição de frases do texto original. Apresentamos 
suas ideias fundamentais em poucas palavras e encadeadas em sequência, não utilizando símbolos, 
abreviaturas e palavras soltas. Caso haja necessidade absoluta de transcrições (cópias de trechos 
originais), elas devem ser colocadas entre aspas.
O resumo pode oferecer todos os elementos necessários à consulta ao material original. Nesse caso, 
deve ser precedido da respectiva referência bibliográfica.
São vários os tipos de resumo, mas, em se tratando de estudo, só nos interessa saber sobre o resumo 
informativo. Trata-se do tipo de resumo que dispensa uma nova leitura do texto, porque oferece o 
essencial do que está contido no original.
Elaboração
Já de posse dessas informações, passemos à elaboração propriamente dita de um resumo.
Para fazer um resumo, aconselhamos as seguintes etapas.
1. Ler o texto ininterruptamente. A primeira leitura deve ser feita do começo ao fim, com uma única 
intenção: a de verificar do que trata o texto.
3. Numerar os parágrafos dos textos e destacar suas ideias principais.
4. Reproduzir as ideias destacadas sem emitir opiniões. Devemos, entretanto, usar nossas próprias 
palavras e manter a relação entre as ideias, estabelecida pelo autor.
Vamos à prática? Observe essas etapas no texto proposto.
O PAPEL
1o Antes de conhecer o papel, o homem já escrevia. Escrevia em cascas de árvores, em argila mole, 
em peles de animais.
2o Foram os chineses que inventaram o papel. Durante muito tempo, somente eles conheciam a 
técnica de fabricação de papel.
3o Os árabes foram os responsáveis pela divulgação dessa invenção na Europa e no Oriente Médio, 
depois de terem dominado uma cidade onde haviam encontrado uma fábrica de papel.
4o Havia inicialmente dois tipos de papel: o papel de trapos (partindo de tecidos de algodão ou linho) 
e o papel de madeira (a partir da casca da amoreira).
5o Nos dias atuais, o papel comum é feito de madeira (geralmente resinosa, como o pinho), mas o 
melhor papel ainda é fabricado com trapos. Há também papéis especiais fabricados em segredo 
para evitar falsificação.
6o A invenção da máquina de fazer papel, em 1799, por Louis Robert, possibilitou o aumento da 
produção de livros e facilitou a expansão da cultura.
Veja como ficou o resumo desse texto.
O PAPEL
O homem começou a escrever antes mesmo de conhecer o papel.
78 Módulo 4
O papel foi inventado pelos chineses, mas divulgado pelos árabes, na Europa e no Oriente 
Médio.
No início, havia dois tipos de papel: de trapos e de madeira. Este mais usado atualmente, 
apesar de a qualidade melhor ser do de trapo.
A máquina de fazerpapel trouxe progresso para a produção de livros e para a cultura.
As orientações dadas facilitaram nossa tarefa, não é mesmo? Siga-as sempre que for 
preciso.
E não se esqueça das vantagens do resumo: facilidade na revisão e recapitulação do estudo; 
redução do texto, mantendo sua essência; realce dos elementos significativos.
Resenha
Diferença entre resumo e resenha
Resumo é a síntese de um texto, em que as ideias principais são apresentadas de forma compacta, 
direta e objetiva.
Resenha é uma síntese um pouco diferente; trata-se de um texto opinativo. Além de apresentar 
os fatos seletivos de um texto ou uma obra, apresenta também um conteúdo crítico-analítico, ou 
seja, traz as impressões do autor sobre aquele material, bem como uma variedade de dados e 
informações que possibilitem ao leitor estabelecer uma relação correta entre o objeto analisado e 
suas características.
Simplificamente:
 A resenha traz em si o resumo mais um conteúdo crítico.
Elaboração
Antes de começar a escrever sua resenha, certifique-se de ter feito uma boa leitura do texto ou da 
obra, identificando o seguinte.
 – Qual o tema tratado pelo autor?
 – Qual o problema que ele coloca?
 – Qual a posição defendida pelo autor em relação a esse problema?
 – Quais os argumentos centrais e complementares utilizados pelo autor para defender sua 
posição? 
No entanto, para se fazer uma resenha, ainda falta sua análise sobre o texto ou a obra.
Análise é a capacidade de relacionar os elementos do texto lido com outros textos, outros autores e 
outras ideias sobre o tema em questão, contextualizando o texto que está sendo analisado.
Para tanto, observe o seguinte.
• Informações sobre o autor, suas obras e sua relação com outros autores.
• Elementos para contribuir com um debate acerca do tema em questão.
• Condições de escrever um texto coerente e em organicidade.
Agora, você pode escrever sua resenha que, em linhas gerais, deve se apresentar assim.
79Módulo 4
1. NOS PARÁGRAFOS INICIAIS, UMA INTRODUÇÃO À OBRA RESENHADA, APRESENTANDO:
a. o assunto/tema;
b. o problema elaborado pelo autor;
c. a posição do autor diante deste autor.
2. NO DESENVOLVIMENTO, A APRESENTAÇÃO DO CONTEÚDO DA OBRA, ENFATIZANDO:
a. as ideias centrais do texto;
b. os argumentos e as ideias secundárias.
3. NA CONCLUSÃO, APRESENTANDO UMA CRÍTICA PESSOAL:
a. uma avaliação das ideias do autor frente a outros textos e autores;
b. uma avaliação da qualidade do texto (coerência, validade, originalidade, profundidade...).
Seguindo as orientações apresentadas, certamente você escreverá uma ótima resenha. 
 Exercícios
Para realizar estes exercícios você deverá saber:
• elaborar um resumo;
• elaborar uma resenha.
Se tiver dúvidas, volte ao texto.
 I – Escreva C (certo) ou E (errado), nos parênteses, conforme as afirmativas. A seguir, reescreva as 
erradas de modo que se tornem certas.
 1. ( ) Resumo é uma forma de registro de ideias que apresenta, de maneira seletiva e coerente, as informações 
mais importantes do texto original.
 _______________________________________________________________________________________
 2. ( ) Para ser eficiente, o resumo deve apresentar fidelidade às ideias do texto original, frases objetivas e 
inteligibilidade.
 _______________________________________________________________________________________
 3. ( ) Na elaboração do resumo, é importante realizar várias leituras.
 _______________________________________________________________________________________
 4. ( ) Como se trata de resumo, as abreviaturas e os símbolos são empregados como recurso.
 _______________________________________________________________________________________
 5. ( ) As ideias secundárias de um texto tornam o resumo mais bem elaborado.
 _______________________________________________________________________________________
 II – Faça o que se pede do texto seguinte.
COPACABANA
Copacabana é o nome de uma praia do Brasil que goza de fama internacional, pois é considerada, com justiça, 
a mais linda do mundo.
80 Módulo 4
Praia ensolarada, com vasta extensão de areia branca batida pelo mar aberto, está situada na mais bela 
curva do litoral oceânico do Estado do Rio de Janeiro.
Uma larga avenida cheia de arranha-céus, que provam o valor da engenharia brasileira, de hotéis que oferecem 
conforto moderno, de casas de diversões, de lojas elegantes, estende-se ao longo de toda a praia. É a avenida 
Atlântica.
Copacabana tem sido cantada em prosa e verso. São numerosas as canções populares que falam das areias claras 
da praia, do azul do mar, de sua gente morena, tostada de sol, de seus hábitos e costumes.
 1. Leia o texto ininterruptamente e diga do que ele trata.
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 2. Leia novamente o texto para compreendê-lo melhor. Caso desconheça alguma palavra, recorra ao dicionário. 
Observe, também, o encadeamento, entre os parágrafos, feito pelo autor.
 3. Volte ao texto para numerar os parágrafos e sublinhar, em cada um, sua ideia principal.
 4. Reescreva as ideias sublinhadas.
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 5. Agora, que você está com os dados necessários, resuma o texto proposto.
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 6. Diferencie resumo de resenha.
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 Você é o autor
Pense num filme de que você tenha gostado muito. Lembre de seu tema, seu(s) autor(es) 
e ator(es) e escreva uma resenha sobre ele.
 Reveja suas respostas
 I – 1. (C)
 2. (C)
 3. (C)
 4. (E) Abreviaturas e símbolos não devem ser usados em resumos.
 5. (E) O resumo é formado pelas ideias principais do texto. Só devemos registrar as secundárias que forem indispensáveis 
ao entendimento das ideias principais.
 II – 1. O texto trata de uma praia do Brasil chamada Copacabana.
81Módulo 4
 2. Questão pessoal. Esta leitura é importante para você compreender melhor o significado de alguma palavra que desconheça 
e para perceber como as ideias do texto estão relacionadas entre os parágrafos, formando um todo uniforme.
 3. COPACABANA
 1o Copacabana é o nome de uma praia do Brasil que goza de fama internacional, pois é considerada, com justiça, a mais 
linda do mundo.
 2o Praia ensolarada, com vasta extensão de areia branca batida pelo mar aberto, está situada na mais bela curva do 
litoral oceânico do Estado do Rio de Janeiro.
 3o Uma larga avenida cheia de arranha-céus, que provam o valor da engenharia brasileira, de hotéis que oferecem conforto 
moderno, de casas de diversões, de lojas elegantes, estende-se ao longo de toda a praia. É a avenida Atlântica.
 4o Copacabana tem sido cantada em prosa e verso. São numerosas as canções populares que falam das areias claras da 
praia, do azul do mar, de sua gente morena, tostada de sol, de seus hábitos e costumes.
 4. 1o Copacabana é o nome de uma praia do Brasil que goza de fama internacional.
 2o Está situada na mais bela curva do litoral oceânico do Estado do Rio de Janeiro.
 3o Uma larga avenida estende-se ao longo de toda a praia. É a avenida Atlântica.
 4o Copacabana tem sido cantada em prosa e verso.
 5. Copacabana é uma praia do Brasil, de fama internacional, situada na curva do litoral oceânico do Rio de Janeiro.
 A larga avenida Atlântica estende-se ao longo de toda a praia. Por sua beleza, Copacabana tem sido cantada em prosa e 
verso.
 6. Resumo é a síntese de um texto.
 Resenha é a síntese opinativadeum texto.
Capítulo 3 – Quadro Sinótico
Objetivos: Conceituar e elaborar quadro sinótico. 
Conceituação
O quadro sinótico apresenta os dados essenciais de um texto em uma disposição determinada. O 
modelo mais usado é o quadro em colunas, formado por linhas de fechamento em cima e embaixo, 
aberto nos lados, como exemplificamos a seguir.
TÍTULO
CABEÇA DA COLUNA CABEÇA DA COLUNA
Esse quadro apresenta a visão sintética de uma situação proposta em um texto. Será muito útil nos 
contextos temporais, como, por exemplo, nos assuntos que visam estabelecer as divisões do tempo 
e a fixação de datas. O tipo mais didático de quadro sinótico é o cronológico. É esse que vamos 
apresentar a você.
Elaboração
Para a elaboração desse quadro, devemos fazer o seguinte.
• Primeiramente, traçamos o quadro em colunas.
• Formado o quadro, selecionamos as informações mais importantes do texto.
• Determinamos, então, a ordem em que elas devem figurar no conjunto, considerando sempre o 
sentido da esquerda para a direita.
• Estabelecemos, então, as cabeças das colunas.
82 Módulo 4
• Finalmente, colocamos os dados dentro da respectiva coluna.
Vejamos um exemplo.
A LITERATURA BRASILEIRA
Alceu Amoroso Lima divide os quatro séculos de nossa história literária em cinco escolas: 
a clássica, a romântica, a naturalista, a simbolista e a moderna ou modernista, e assim as 
situa: fase colonial, de 1550 a 1830, abrangendo o classicismo; fase imperial, de 1830 a 
1890, com as escolas romântica, realista e parnasiana; fase moderna, de 1890 a nossos 
dias, representada pelas escolas simbolista, pré-modernista, modernista e neomodernista.
A LITERATURA BRASILEIRA
ANOS FASES ESCOLAS
1.550 a 1.830 Colonial Clássica
1.830 a 1.890 Imperial
Romântica
Realista
Parnasiana
1.890 até nossos dias Moderna
Simbolista
Pré-Modernista
Modernista
Neomodernista
Mais uma informação: os dados a serem colocados devem obedecer a uma progressão, a uma ordem 
cronológica. Iniciamos o quadro, obviamente, com data, fase, época ou período antigo, ficando os 
dados mais atuais no final do quadro.
 Exercícios
Para realizar estes exercícios você deverá saber:
• conceituar e caracterizar o quadro sinótico;
• elaborar um quadro sinótico.
Se tiver dúvidas, volte ao texto.
 I – Complete as frases a seguir, de modo que o conteúdo seja verdadeiro.
 1. Quadro sinótico apresenta ____________________________________________________________________ .
 2. A disposição mais usada é o quadro em colunas, formado por _____________________________________ .
 3. Este tipo de quadro tem muita utilidade nos. ______________________________ por isso o tipo mais didático 
de quadro sinótico é o _______________________________________________________________________ .
 II – Cinco são os passos importantes para a elaboração do quadro sinótico. Cite-os.
1. ______________________________________________________________________________________________
2. ______________________________________________________________________________________________
3. ______________________________________________________________________________________________
4. ______________________________________________________________________________________________
5. ______________________________________________________________________________________________
83Módulo 4
 III – Elabore um quadro sinótico cronológico, baseando-se no texto a seguir.
OS ÚLTIMOS PLANOS ECONÔMICOS
Em apenas alguns anos, entre 1986 e 1994, o país assistiu a vários planos econômicos e a dezenas de ajustes, 
alterações e complementações nas políticas monetária, fiscal, salarial e cambial. Planos e medidas de todo tipo, 
com os mesmos objetivos: estabilização da economia por controle da inflação, renegociação da dívida externa e 
retomada do crescimento autossustentado.
Veja os principais planos e seus pontos básicos.
Plano Cruzado (1986)
Programa considerado heterodoxo, isto é, combina medidas monetárias tradicionais (juros altos, por exemplo) 
com medidas intervencionistas (congelamento de preços e outras). O Cruzado combinou medidas de austeridade 
fiscal com a preocupação de elevar a renda real dos assalariados.
Plano Bresser (1987)
Choque econômico menos heterodoxo, voltado mais para o saneamento das contas públicas que para a retomada 
do crescimento.
Plano Verão (1989)
Uma volta ao receituário conservador: combater a explosão inflacionária pelo controle do déficit público e pela 
contração da demanda por meio da redução do salário real.
Plano Collor (1990)
Anunciado em março de 90, defendeu a teoria clássica do funcionamento da economia segundo as leis de 
mercado, com um mínimo de intervenção estatal na regulamentação da atividade produtiva ou nos investimentos 
de interesse social.
O governo tentou o Plano Collor 2 em fins de janeiro de 1991, mas a apatia com que a população recebeu as 
novas medidas mostrou a perda de credibilidade dos choques e planos.
Plano Real (1994)
Fernando Henrique Cardoso, em 1993, reuniu um grupo de economistas para estabilizar a economia. Inicialmente, 
foi montado o Programa de Ação Imediata cujos resultados não tiveram nenhuma repercussão na economia. 
Já a segunda etapa do plano foi bem mais efetiva. Consistiu na criação da Unidade Real de Valor (URV), um 
indexador que passaria a corrigir diariamente os preços, salários e serviços, como uma espécie de moeda. A URV 
foi implantada em 1º de março de 1994.
Finalmente, em 1º de julho de 1994, foi introduzida uma nova moeda, o real, com o valor de uma URV, também 
equiparada ao dólar.
 Reveja suas respostas
 I – 1. ... os dados essenciais de um texto em uma disposição determinada.
 2. ... linhas de fechamento em cima e embaixo, aberto nos lados.
 3. ... contextos temporais ... cronológico.
 II – 1. Fazer o quadro em colunas.
 2. Selecionar as informações mais importantes do texto.
 3. Determinar a ordem em que as informações devem figurar no conjunto, sempre da esquerda para a direita.
 4. Estabelecer os títulos ou cabeças das colunas.
 5. Colocar os dados dentro da respectiva coluna.
 
84 Módulo 4
III – OS ÚLTIMOS PLANOS ECONÔMICOS
DATAS PLANOS PONTOS BÁSICOS
1986 Cruzado Combinou medidas de austeridade fiscal com a preocupação de elevar a renda real dos assalariados.
1987 Bresser Voltado mais para o saneamento das contas públicas que para a retomada do crescimento.
1989 Verão
Combatia a explosão inflacionária pelo controle do déficit público e pela contração da demanda 
por meio da redução do salário real.
1990 Collor
Defendeu a teoria clássica do funcionamento da economia segundo as leis do mercado, com um 
mínimo de intervenção estatal na regulamentação da atividade produtiva ou nos investimentos de 
interesse social.
1994 Real Visava a eliminar a inflação e a estabilizar a economia.
Capítulo 4 – Como Registrar as Informações
Objetivo: Registrar informações importantes de forma correta.
 O que você pensa disto?
Os registros são úteis para consultas posteriores aos nossos estudos. Você utiliza esse 
recurso quando estuda?
Apresentamos as técnicas de redução de textos com o intuito de auxiliá-lo em seus estudos. Agora, 
cabe a você utilizá-las de maneira correta e verificar como e onde registrar as ideias selecionadas, 
para que possa fazer uso delas posteriormente.
Registro de informações
Fazer anotações é muito importante. Implica três saberes: o que anotar, como anotar e onde anotar. 
Com as técnicas de redução, você já sabe o que anotar, pois aprendeu que não devemos tomar 
nota de tudo, apenas daquilo que possa interessar ao estudo em questão. Vejamos, então, como 
e onde anotar.
É desaconselhável fazer anotações em folhas avulsas, porque o material coletado não fica em ordem 
e, muitas vezes, “desaparece”. Para que tais situações não ocorram, as anotações devem ser feitas 
em fichários, cadernos, blocos ou em fichas de cartolina ou da forma que você achar melhor. 
Embora pareça coisa do passado, as fichas podem ser extremamente úteis para o processo doestudo.
Nelas, devemos indicar o assunto na cabeça da ficha, de maneira clara para facilitar sua ordenação. 
Se, em uma mesma ficha, não couberem todas as informações, passe para outra (não escreva no 
verso), numerando-a no ângulo superior direito. No fim das fichas, indique a fonte – autor, título da 
obra, editora, data, página(s).
85Módulo 4
Observe nossos exemplos.
Texto 1
O RAIO
O raio é uma faísca de grandes proporções. Apresenta-se principalmente de duas maneiras: 
em formato de zigue-zague ou com aspecto de uma bola de fogo.
O raio em zigue-zague é o mais comum e pode ser muito perigoso – é o que vemos 
normalmente em noites de tempestade.
O tipo bola de fogo é muito raro e jamais causa danos. Rola até explodir e desaparecer.
O trovão provocado pelo raio não é perigoso, pois o estrondo nos chega sempre depois que 
o raio clareou o céu. Portanto, ao ouvirmos o barulho, podemos estar certos de que o perigo 
já passou.
Antigamente, os homens inventavam todo tipo de histórias para explicar os relâmpagos; a 
maioria delas atribuía o relâmpago a um deus em cólera, lançando raios de fogo contra a 
Terra, e o trovão seria o ruído que eles faziam ao cair.
Foi Benjamin Franklin quem descobriu que o raio não passa de uma grande centelha elétrica.
Resumo anotado em ficha.
O RAIO
O raio é uma faísca de grandes proporções.
O raio em zigue-zague é o mais comum e pode ser muito perigoso.
O tipo bola de fogo é muito raro e jamais causa danos.
O trovão provocado pelo raio não é perigoso, pois o estrondo nos chega sempre depois que 
o raio clareou o céu.
Antigamente, os homens inventavam todo tipo de histórias para explicar os relâmpagos.
Foi Benjamin Franklin quem descobriu que o raio não passa de uma grande centelha elétrica.
Texto 2
86 Módulo 4
OS PEIXES
Há várias espécies de peixes, no entanto, todos os peixes apresentam certas características 
comuns a todas as espécies. Todos os peixes são animais vertebrados que vivem na água, 
sendo, portanto, animais aquáticos, e respiram por guelras. Seus membros, para adaptarem-
se ao nado, transformam-se em barbatanas e a cauda forma uma outra barbatana vertical. 
Em todos os peixes, os olhos são desprovidos de pálpebras e seus corpos são cobertos ou 
por uma pele fina ou por escamas.
Esquema anotado em ficha.
Características 
comuns aos peixes
1. Vertebrados
2. Aquáticos
3. Respiração por guelras
4. Membros transformados em barbatanas
5. Cauda formando barbatana vertical
6. Olhos desprovidos de pálpebras
7. Corpo coberto por pele fina ou escamas
Texto 3
PELÉ
Édson Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé, nasceu na cidade de Três Corações, 
em Minas Gerais, mas muito cedo mudou-se com a família para São Paulo.
Depois de ser campeão paulista em 1956, Pelé foi convocado para a seleção brasileira, a 
fim de participar da Copa Roca, torneio entre o Brasil e a Argentina.
Em 1958, na Suécia, sagrou-se campeão mundial, aos dezessete anos. Sua participação 
no jogo contra o País de Gales foi decisiva para a classificação do Brasil, que terminou por 
ganhar a copa do mundo daquele ano.
Participou também das copas do mundo de 1962, no Chile, de 1966, na Inglaterra, e de 
1970, no México, sendo o único jogador tricampeão mundial.
Quadro sinótico anotado em ficha.
PELÉ
ANOS CAMPEONATOS
1956 Paulista
1962 Mundial, no Chile
1966 Mundial, na Inglaterra
1970 Mundial, no México
87Módulo 4
Uma vez que já temos as informações desejadas anotadas em fichas, onde guardá-las? A organização 
dessas fichas dependerá do modo pelo qual você preferir consultá-las. Você pode organizar seu 
fichário – conjunto de fichas – por ordem alfabética, por assunto etc. A escolha é sua.
Documentação bibliográfica
O registro das informações bibliográficas deve ser feito à medida que o estudante toma contato com 
o assunto de seu interesse.
As fichas de documentação bibliográfica contêm, no cabeçalho, o(s) nome(s) do(s) autor(es), 
o título do texto (livro, artigo etc.) fichado, o local da publicação, o nome da editora e demais 
informações bibliográficas. Somente após a indicação desses dados é que tem início o registro 
que se deseja fazer.
Esta forma de fazer apontamentos possibilita ao estudante formar a sua própria coleção de 
informações, agrupando a matéria que deve assimilar. O fato de elaborar pessoalmente a matéria, 
sem a preocupação obsessiva de decorá--la, possibilita reter e tornar mais personalizados os 
conhecimentos. Afinal, todas as formas de documentação pessoal, além de serem práticas e 
estarem sempre disponíveis, orientam o estudante em suas pesquisas e suprem sua necessidade 
de informações para a realização de seus trabalhos.
 Leitura complementar
10 dicas para estudar com fichas
1. ESCOLHA O TIPO CERTO DE CARTÃO.
É fundamental que você escolha o tipo certo de cartão para não exagerar na quantidade 
ao incluir o seu conteúdo. Se você tiver muitas anotações, prefira os cartões maiores, 
eles vão permitir que você anote com mais organização e clareza. Já se o conteúdo for 
simples opte pelos pequenos, mais fáceis de manejar. 
2. ESCREVA UMA IDEIA/UM TEMA/UM ASSUNTO POR CARTÃO.
O ideal é que você divida um grande tema em pequenas partes e que cada uma delas 
caiba em um cartão frente e verso. Não tente incluir ideias contrastantes, aspas ou 
observações aleatórias nos seus cartões de estudo, dessa maneira você ficará perdido no 
meio de tantas informações. 
3. REÚNA MAIS INFORMAÇÕES QUE O NECESSÁRIO.
É claro que a ideia dos cartões é resumir toda a sua informação de maneira simples, mas 
sempre que possível procure incluir mais detalhes do que você acredita que vai precisar. 
Dessa maneira você pode enriquecer os seus estudos e consequentemente as suas 
respostas na hora da prova. Lembre-se apenas de não exagerar na quantidade, o que 
pode fazer com que você confunda os conceitos. 
88 Módulo 4
4. DIMINUA AS SUAS FONTES.
Não se trata de letras e sim de fontes de pesquisa. Embora seja importante conhecer 
todos os aspectos de um acontecimento, na hora de estudar dê preferência a apenas 
alguns deles – os que você ou seu professor consideram mais importantes. Quanto mais 
opiniões você possuir – sejam elas similares ou contrastantes –, mais complicado será 
para que você forme as suas próprias ideias. 
5. COMECE COM ANTECEDÊNCIA.
O seu processo pode ser facilitado se a cada nova unidade aprendida você se sentar 
e realizar o fichamento dela. Fique atento durante as aulas e anote os conceitos mais 
importantes, dessa maneira você não precisará reler todo um capítulo para realizar o seu 
fichamento. Conte também com a ajuda de um professor. Pergunte a ele o que é mais 
importante dentro de tudo o que você aprendeu e peça para que ele verifique os seus 
cartões à medida que eles ficam prontos. 
6. SEJA DETALHISTA.
Você precisa estar muito atento ao que vai incluir nos seus cartões, mas existem alguns 
detalhes que você não pode deixar de lado. Inclua nomes de autores, títulos dos capítulos 
e unidades, número de páginas e o seu próprio comentário. Podem parecer informações 
inúteis, mas em alguns casos simplesmente olhar para o nome de uma unidade já pode 
dar a você uma ideia do que será discutido a seguir. E ligações desse tipo são muito úteis 
durante as provas. 
7. CRIE UM SISTEMA PRÓPRIO E SIGA-O.
Para que o processo de estudo seja eficiente é importante que você crie um sistema pessoal. 
Você pode dividir os seus cartões por categorias, títulos ou até mesmo cores. Pense na 
maneira como você aprende melhor e procure formatar os seus cartões de acordo com 
esse estilo, para facilitar a sua compreensão. 
8. SEJA PRECISO(A).
Se você tem alguma dúvida sobre aquilo que está prestes a incluir no cartão, não o faça. 
Espere a próxima aula com o professor daquela matéria, reveja a questão que está te 
incomodando e só quando tiver certeza adicione a informação ao seu cartão de estudo. 
Informações erradas em um cartão de estudo podem arruinar uma boa nota. Só escreva 
aquilo que você pode afirmar com certeza.9. SE VOCÊ ACREDITA QUE SERÁ ÚTIL, ESCREVA.
Nunca passe direto por uma informação que você acredita que será útil. Talvez ela não 
seja, talvez sim, você tem 50% de chances de estar certo. Entretanto, é fundamental 
que você tenha critério e entenda que embora todo o assunto discutido no capítulo seja 
importante, apenas alguns pontos se destacam. Do contrário você vai precisar de uma 
folha de fichamento e não apenas um cartão. 
10. EVITE ABREVIAÇÕES E CÓDIGOS.
É claro que criar o seu próprio sistema, como já foi sugerido, pode envolver a criação de 
certos códigos ou abreviações. Essa prática não é condenável, mas pode prejudicá-lo na 
hora de estudar. Não entender um código ou abreviação pode comprometer todo o seu 
processo de aprendizagem, portanto, prefira a exatidão de uma palavra completa. 
89Módulo 4
 Exercícios
Para realizar estes exercícios você deverá saber:
• registrar ideias e informações importantes de um texto/uma obra.
Se tiver dúvidas, retorne ao texto.
 I – Escreva, nos parênteses, V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
 1. ( ) As anotações pessoais dispensam normas.
 2. ( ) As anotações ficam mais ordenadas se feitas em cadernos.
 3. ( ) Feitas geralmente em cartolina, as fichas são utilizadas para anotações.
 4. ( ) As fichas dispensam títulos, mas não as referências bibliográficas.
 5. ( ) Se as anotações não couberem na frente da ficha, usa-se o seu verso.
 6. ( ) A escolha da melhor forma de organizar um fichário cabe a um especialista.
 7. ( ) A organização do fichário pode ser feita por ordem alfabética, por assunto etc.
 II – Registre as informações propostas, em ficha, utilizando o esquema em chave.
ROBÔ
Um homem mecânico, com as mãos de metal, um sistema visual composto de câmeras de televisão e um raio 
“laser”, rodas no lugar dos pés e um cérebro computadorizado, programado com milhares de instruções. Esse foi 
o primeiro visitante terrestre ao planeta Marte. A Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados 
Unidos (NASA) aperfeiçoou esse robô de meia tonelada, inicialmente planejado para explorações espaciais, mas 
que também “poderá substituir o homem em trabalhos perigosos ou monótonos”. O custo do projeto é calculado 
em milhões de dólares.
 Reveja suas respostas
 I – 1. (F) As anotações são pessoais, entretanto certas normas devem ser seguidas para que se alcancem os objetivos.
 2. (F) As anotações ficam mais ordenadas se feitas em fichas.
 3. (V);
 4. (F) As fichas não dispensam títulos (ajudam na ordenação) e devem conter referências bibliográficas (auxiliam consultas 
futuras).
 5. (F) No caso de as anotações não caberem na frente da ficha, deve-se usar outra, mas nunca o seu verso.
 6. (F) A escolha da melhor forma de organizar um fichário cabe ao seu organizador.
 7. (V).
 II – 
Homem mecânico 
Características
Função: substituto do homem
Câmeras de TV
Raio laser
Pesquisas espaciais
Trabalhos perigosos ou monótonos
Rodas no lugar dos pés
Cérebro computadorizado
Meia tonelada de peso
Mãos de metal
Sistema Visual
ROBÔ
MÓDULO
5
Capítulo 1 – Leitura de Quadros, Tabelas e Gráficos
Objetivo: Interpretar quadros, tabelas e gráficos.
Podemos dizer que quadros, tabelas e gráficos são representações visuais de dados sobre fenômenos 
físicos, econômicos, sociais, entre outros. Essas representações nos permitem a percepção rápida 
e fácil de um todo.
A leitura de quadros, de tabelas e de gráficos ocupa um lugar de destaque no estudo, pois tais 
elementos complementam as informações de livros didáticos, jornais, revistas e facilitam a aproximação 
da teoria com a realidade.
Às vezes, durante a leitura de um texto, encontramos quadros, tabelas e gráficos que precisamos 
interpretar. Como fazer isso?
Quadro
O quadro é formado por linhas horizontais e verticais, portanto, é “fechado”. Normalmente é utilizado 
para apresentar resultados qualitativos (textos), mas nada impede que apresente resulltados de 
pesquisa.
QUADRO 1 – DEGRADAÇÃO DA NATUREZA
CAUSAS EFEITOS
• Desmatamento provocado por queimadas
• Derrubada indiscriminada de árvores degradação do meio ambiente
• Inexistência de saneamento básico contaminação do solo
• Uso de agrotóxicos na agricultura
• Utilização de produtos químicos nas indústrias contaminação química do solo
• Uso inadequado do lixo urbano proliferação de insetos causadores de doenças
Comecemos a nossa análises pelo título, para sabermos do que trata o quadro. O assunto refere-se 
a ações que prejudicam a natureza.
Na coluna à esquerda, as causas, as ações realizadas pelo homem contra o meio ambiente; na coluna 
à direita, as consequências nefastas dessas ações.
Diante desses dados, a que conclusamos podemos chegar?
Constatamos que as ações que agridem o meio ambiente nos trazem consequências sérias.
Tabela
A tabela é formada apenas por linhas horizontais, portanto, é “aberta”. Normalmetne é utilizada para 
apresentar resultados quantitativos (números).
UNIDADE V
QUADROS, TABELAS 
E GRÁFICOS
92 Módulo 5
Vamos observar a seguinte tabela.
MEDALHAS – OLIMPÍADAS 2012
Fonte: <http://olimpiadas.uol.com.br/quadro-de-medalhas/>.
País
Medalhas
Ouro Prata Bronze Total
1o Estados Unidos 46 29 29 104
2o China 38 27 23 88
3o Reino Unido 29 17 19 65
4o Rússia 24 26 32 82
5o Coréia do Sul 13 8 7 44
Analisemos primeiramente o título para 
saber do que trata a tabela. O assunto 
refere-se às medalhas recebidas por 
países, nas Olimpíadas de 2012. 
Passemos à parte superior da tabela. 
Identificamos o tipo de medalhas oferecidas 
– Ouro, Prata, Bronze – e o seu total.
Na primeira coluna, à esquerda, temos os 
cinco países e a colocação que obtiveram 
na classificação geral. Na segunda, terceira e quarta colunas, o número de medalhas recebidas e, 
na quinta coluna, o seu total.
A que conclusão podemos chegar?
Verificamos que os Estados Unidos tiveram um número total maior de medalhas de ouro, ficando, 
por isso, em 1o lugar. Às vezes, ocorre de um país obter um número total maior de medalhas e não 
conseguir a melhor colocação. Foi o que aconteceu com a Rússia; que obteve 82 medalhas no total, 
mas ficou em posição inferior a do Reino Unido, com apenas 65. Isso acontece porque a referência 
maior são as medalhas de ouro.
Observe que essa tabela não está completa, pois foram incluídos apenas os cinco países e não foram 
apenas esses que participaram das Olimpíadas. Com 3 medalhas de ouro, o Brasil ficou com 22a 
colocação.
Gráfico
Para interpretar gráficos, devemos, assim como nas tabelas, ler o título para conhecer o assunto. Depois, 
se houver legenda, vamos observá-la para compreender o que está sendo mostrado no gráfico. 
Passemos, agora, ao estudo do gráfico referente à tabela que acabamos de analisar.
Medalhas de Ouro 46
 38
 29
 24
 13
Medalhas de Prata 29
 27
 17
 26
 8
Medalhas de Bronze 29
 33
 19
 32
 7
Total 104
 88
 65
 82
 44
Legenda
 Estados Unidos
 China
 Reino Unido
 Rússia
 Coreia do Sul
MEDALHAS – OLIMPÍADAS 2012
Fonte: www.olimpiadas.uol.com.br
Cada país é representado por uma cor. Portanto, cada barra do gráfico mostra a situação do país 
somente pela cor, não sendo necessário repetir o nome de cada um para entender o gráfico.
93Módulo 5
Analisemos os outros elementos que nele se encontram. Observando atentamente o gráfico em 
estudo, concluímos que as mesmas informações que se encontram na tabela estão representadas 
no gráfico com retângulos horizontais. 
Aliás, é sempre assim. Para elaborar um gráfico, você sempre se baseia em dados organizados, 
normalmente no formato de tabela.
Esse tipo de gráfico denomina-se Gráfico em Barras.
Observação! Os elementos de um gráfico em barras podem ser colocados em colunas (Gráfico em 
Colunas), em que os retângulos estão dispostos verticalmetne. 
Vejamos o gráfico sobre animais em período de extinção.
6000
ANIMAIS EM PERÍODO DE EXTINÇÃO
2020
Adaptado de: <www.Online HTML Editor>.
0 
(z
er
o)
0 
(z
er
o)
1500
6000
50
10
300
2009 20104000
0 
(z
er
o)
210
0 
(z
er
o)
Baleia
Lince
Tigre
Urso Pardo
Temos, ainda, os Gráficos Pictóricos ou Pictogramas, que são construídos por meio de desenho.
Adaptado de: FAO(Food and Agricultural Organization), 2010.
LI
TR
O
S
/D
IA
 (
PO
R
 V
AC
A)
ÍNDIA BRASIL ARGENTINA ALEMANHA JAPÃO ESTADOS 
UNIDOS
20
25
15
10
5
0
25
PAÍS
PRODUÇÃO LEITURA DO BRASIL E DE ALGUNS PAÍSES CRIADORES
3 4 12 18 20 25
A leitura é simples. Tem a vantagem 
de utilizar figuras, o que dá um certo 
realismo e sentido à mensagem.
Observando o gráfico, temos o 
seguinte.
O gráfico compara a produtividade 
brasileira diária de leite com a de 
outros países.
A pecuária bovina nacional apresenta 
baixa produtividade de carne e leite em relação à de países como a França, a Alemanha, a Argentina 
e o Uruguai.
Passemos ao estudo de outro tipo de gráfico. Observe-o atentamente!
Adaptado de: Observatório Econômico <http://oered.org/index.php?option=com_co
ntent&view=article&id=36:brasil-&catid=2:noticia&itemid=2&lang=pt>.
EXPORTAÇÕES 
IMPORTAÇÕES 
D
EZ
 0
7 
JA
N
 0
8 
FE
V 
08
 
M
AR
 0
8 
AB
R
 0
8 
M
AI
O
 0
8 
JU
N
 0
8 
JU
L 
08
 
AG
O
 0
8 
S
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 0
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N
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D
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 0
8 
O
U
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08
 
JA
N
 0
9 
FE
V 
09
 
M
AR
 0
9 
AB
R
 0
9 
M
AI
O
 0
9 
200
180 
170 
190 
160 
150 
140 
130 
120 
Nesse gráfico, denominado Linear ou de Curvas, temos 
representada a comparação entre o valor das exportações 
e das importações brasileiras, de dezembro de 2007 a 
maio de 2009.
A sua parte inferior representa os períodos pesquisados. 
Cada ponto que se encontra na linha lateral à esquerda 
representa os valores, em milhões de dólares, resultantes 
das transações. A subida das linhas indica aumento dos 
dólares recebidos ou pagos por meio delas; a descida, 
por sua vez, revela diminuição desses valores.
94 Módulo 5
Seguindo o traçado das linhas, podemos constatar que houve queda das exportações e importações, 
a partir de janeiro de 2009.
Vamos ver se você entendeu o gráfico. Quantos milhões de dólares, aproximadamente, foram obtidos 
com a exportação de produtos em maio de 2008?
Se você respondeu 170 milhões, aproximadamente, você acertou.
OS CINQUENTÕES SÃO EM MAIOR NÚMERO
(FAIXAS DE IDADE DOS CORREDORES DE RUA EM SÃO 
PAULO E NO RIO DE JANEIRO)
20%
35%
11%
34%
 16 a 24 anos
 25 a 34 anos
 35 a 49 anos
 50 anos ou mais
Outro tipo de gráfico muito utilizado, o Gráfico em 
Setor, também chamado Gráfico em Pizza ou em 
Círculo. Consta de um círculo dividido em partes 
angulares a que chamamos setores.
Interpretando-o, podemos dizer que em São Paulo e no 
Rio de Janeiro os corredores de rua com 50 anos ou 
mais são em maior número (35%), seguidos dos que 
têm de 35 a 49 anos (34%), 25 a 34 anos (20%) e, 
por último, dos que têm de 16 a 24 anos (11%)
Agora você está apto para entender tabelas e gráficos em suas leituras. Esses novos conhecimentos, 
certamente facilitarão seus estudos.
 Exercícios
Para realizar os exercícios, você deverá saber:
• reconhecer quadro e tabela;
• interpretar tabelas e gráficos.
Se tiver dúvidas, retorne ao texto.
 Leia, atentamente, os gráficos propostos e responda ao que se pede.
 A. Pirâmide etária do Brasil
Adaptado de: IBGE (Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 2010.
IDADE (EM ANOS)
80 OU 
MAIS
HOMENS MULHERES
75 a 79
70 a 74
65 a 69
60 a 64
55 a 59
50 a 54
45 a 49
40 a 44
35 a 39
30 a 34
25 a 29
20 a 24
15 a 19
10 a 14
5 a 9
0 a 4
 IDOSOS
 ADULTOS
 JOVENS
CORPO: É A PARTE 
INTERMEDIÁRIA 
DA PIRÂMIDE; 
REPRESENTA A 
POPULAÇÃO ADULTA, 
ENTRE 20 A 59 ANOS
BASE: É A PARTE 
INFERIOR DA PIRÂMIDE; 
REPRESENTA A 
POPULAÇÃO JOVEM, 
ENTRE 0 A 19 ANOS
ÁPICE: É A PARTE 
SUPERIOR DA PIRÂMIDE; 
REPRESENTA A 
POPULAÇÃO IDOSA, COM 
60 ANOS OU MAIS
MILHÕES DE HABITANTES
10 8 6 4 2 0 0 2 4 6 8 10
95Módulo 5
 1. Qual o tipo de gráfico apresentado?
 ___________________________________________________________________________________________
 2. Que informações adicionais o gráfico mostra?
 ___________________________________________________________________________________________
 3. O que o gráfico está representando?
 ___________________________________________________________________________________________
 4. O que é possível observar em relação à proporção de homens e mulheres?
 ___________________________________________________________________________________________
 5. Compare as principais partes da pirâmide e discuta com seus colegas sobre a estrutura da população brasileira.
 ___________________________________________________________________________________________
 B. Cidades mais populosas do País
São Paulo Rio de 
Janeiro
Salvador Brasília Fortaleza
Belo 
Horizonte
11.037.593
6.186.710
2.998.056 2.606.885 2.505.552 2.452.617
10.000.000
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
0
12.000.000
 População
Adaptado de: IBGE, 2010.
 1. Qual o tipo de gráfico apresentado?
 ___________________________________________________________________________________________
 2. Qual o assunto geral tratado pelos gráficos?
 ___________________________________________________________________________________________
 3. De quantos milhões é a diferença entre a população da cidade de São Paulo e a de Belo Horizonte?
 ___________________________________________________________________________________________
 C. Aquecimento global
205 310
375
510
780
1900 1950 2000 2050* 2100*
*ESTIMATIVAS
ANOS
100
0
200
700
600
500
400
300
800
Adaptado de: IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Changel). Disponível em: <www.
ipcc.ch/publications_and_data/publications_and_data_reports.shtml>.Acesso em: 14 
mar. 2012.
96 Módulo 5
AUMENTO DA TEMEPRATURA MÉDIA DA TERRA (GRÁFICO 2)
Adaptado de: IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Changel). Disponível em: <www.ipcc.ch/
publications_and_data/publications_and_data_tecnical_papers.shtml#.T2CSnLKGhgE>. Acesso em: 14 
mar. 2012.
2100*2050*200019501900
13,7o 13,8o
14,4o
15,6o
17,0o
20o
18o
16o
14o
12o
10o
TE
M
PE
R
AT
U
R
A
(E
M
 C
o)
Estimativas*
 
 1. Qual o tipo de gráficos apresentados?
 ___________________________________________________________________________________________
 2. Qual o assunto geral tratado pelos gráficos?
 ___________________________________________________________________________________________
 3. De que trata o gráfico 1? _____________________________________________________________________
 De que trata o gráfico 2? _____________________________________________________________________
 4. Qual a relação mostrada pelos gráficos?
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 D. Preço das exportações brasileiras
 BÁSICOS
 SEMIMANUFATURADOS
 MANUFATURADOS
JA
N
 0
7 
M
AR
 0
7 
M
AI
O
 0
7 
JU
L 
07
 
S
ET
 0
7 
N
O
V 
07
 
JA
N
 0
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 0
8 
M
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O
 0
8 
JU
L 
08
 
S
ET
 0
8 
N
O
V 
08
 
JA
N
 0
9 
M
AR
 0
9 
M
AI
O
 0
9 
200
180 
170 
190 
160 
150 
140 
130 
120 
110 
100 
0
Fonte: Observatório Econômico <http://oered.org/index.php?option=com_content&
view=article&id=36:brasil-&catid=2:noticias&itemid=2&lang=pt>.
 1. Qual é o tipo de gráfico apresentado?
 ___________________________________________________________________________________________
 2. Qual foi o período de tempo pesquisado?
 ___________________________________________________________________________________________
 3. Em que datas os preços das exportações brasileiras foram mais altos? 
 ___________________________________________________________________________________________
97Módulo 5
 4. Quais foram os produtos que alcançaram maiores preços durante todo o período pesquisado?
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________5. Quais produtos tiveram os mais baixos preços em maio de 2009?
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 Reveja suas respostas
 A - 1. Gráfico de Barras.
 2. As partes da pirâmide (base, corpo e ápice).
 3. A distribuição da população por idade e sexo.
 4. A proporção de homens e mulheres está equilibrada. 
 5. Resposta pessoal. 
 B - 1. Gráfico de Colunas.
 2. O gráfico nos apresenta, em números, as cinco cidades mais populosas do Brasil.
 3. A diferença entre a população da cidade de São Paulo e a cidade de Belo Horizonte é de 8.584.976.
 C - 1. Gráfico Pictórico
 2. Aquecimento global
 3. Concentração de CO2 na atmosfera / Aumento da temperatura média da Terra
 4. A relação entre o aumento da poluição atmosférica e a elevação da temperatura
 D – 1. Gráfico Linear.
 2. O período de tempo pesquisado foi de janeiro de 2007 a maio de 2009.
 3. Os preços das exportações brasileiras foram mais altas de julho a setembro de 2008.
 4. Os produtos que alcançaram maiores preços durante todo o período pesquisado foram os Produtos Básicos.
 5. Os produtos que tiveram os mais baixos preços em maio de 2009 foram os Produtos Semimanufaturados.
Capítulo 2 – Leitura de Mapas
Objetivo: Conceituar, identificar e interpretar mapas.
 O que você pensa disto?
Qual a importância da leitura dos mapas?
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Mapas - história, definição, elementos essenciais e importância 
Histórico
Desde a Antiguidade, o ser humano teve necessidade de se localizar e conhecer os locais, as rotas 
e o que havia nelas. Era essencial saber voltar ali e divulgar para outras pessoas o intinerário, 
facilitando a localização posteriormente. Nem sempre foi fácil representar a Terra, em mapas 
antigos notamos as mais variadas visões de mundo e a incerteza de que a Terra era “redonda”. 
Das grandes navegações até as novas tecnologias, como as imagens aéreas e as de satélite, foi 
um longo caminho de aperfeiçoamento.
Hoje os mapas estão por toda parte. É possível visualizá-los praticamente em tempo real pelos atuais 
satélites, pelas tecnologias, como os GPS, que possibilitam uma localização exata, pelas técnicas de 
impressão e softwares sofisticados que nos deixa ainda melhor.
Mas, um mapa não inclui só tecnologias. Ele é uma visão de mundo. É uma escolha de como e por 
que representar determinados fenômenos e ocorrências. 
Definição
Mapa é uma representação geométrica plana, simplificada e convencional, do todo ou de parte da 
superfície terrestre,numa relação de similitude conveniente denominada escala. Simplificando, mapa 
é uma representação do espaço terrestre numa superfície plana. Para ser eficiente, deve ser de fácil 
leitura. A percepção deve ser a mais instantânea possível, de modo que em um tempo curto seja 
possível lê-lo e entendê-lo.
Elementos essenciais de um mapa
Alguns elementos de um mapa são considerados essenciais, para a leitura do mesmo.
A própria cartografia é uma linguagem, por isso se exprime por meio do emprego de elementos e 
signos formando uma linguagem universal e atingindo o objetivo de comunicação. 
Título – mostra de forma clara e objetiva qual será o assunto do mapa, o que ele representa.
Legenda – um conjunto de símbolos que devem ser reconhecidos com facilidade e representam 
um fenômeno ou uma ocorrência na superfície real. Uma relação entre significante e significado 
(convenções geográficas).
Escala – é a relação entre as distância do mapa e a distância real do terreno cartografado. Por meio 
dela conseguimos saber a distância entre um lugar e outro.
Os mapas podem ser planos, de relevo e mudos.
Os mapas planos são os mais comuns e podem ser:
• físicos os que representam acidentes geográficos;
• políticos os que representam fatos de Geografia Humana, como fronteiras nacionais, 
localização de cidades, rodovias e estradas de ferro etc.;
• físico-políticos os que apresentam aspectos físicos e características políticas;
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• meteorológicos os que se referem a chuvas, ventos e climas;
• econômicos os que mostram a localização das zonas de produção econômica: regiões 
agrícolas, de mineração, industriais;
• hipsométricos os que registram elevações topográficas;
• sociopolíticos os que representam grupos étnicos, religiosos etc.
Os mapas de relevo procuram representar as irregularidades geográficas da superfície terrestre, 
suas montanhas, seus rios, seus vales, suas planícies etc., de forma tridimensional, isto é, em três 
dimensões (comprimento, largura e profundidade).
Os mapas mudos indicam somente os contornos de uma determinada área geográfica, sem indicação 
dos nomes dos acidentes ou mesmo sem representação deles.
É um excelente instrumento para fixação de conteúdo e verificação da aprendizagem, sendo, por 
isso, muito usado em exercícios e provas.
 Links
Consulte um Atlas para visualizar os tipos de mapas citados.
Leitura de mapas
A leitura de mapas é uma tarefa relativamente simples, mas requer do leitor o domínio de alguns conhe-
cimentos, já que, na sua confecção, se utilizam símbolos, cores e espaços que não têm semelhança visual 
com aquilo que se representa.
As convenções cartográficas
A necessidade de representar com fidelidade no mapa as características de determinadas áreas da 
superfície terrestre levou os cartógrafos a desenvolver uma série de símbolos gráficos (desenhos, 
cores, números e letras, pontos, linhas ou hachuras) aceitos internacionalmente na forma de 
convenção. Por isso, um mapa, em geral, pode ser compreendido independentemente do país em 
que foi produzido.
Entre as convenções cartográficas, podemos citar os seguintes exemplos: corpos d’água, como 
rios, lagos, mares e oceanos devem ser representados na cor azul; florestas e matas, na cor verde; 
rodovias, com linhas e traços. Os significados desses símbolos/convenções são explicados no mapa 
por meio da legenda.
O quadro, a seguir, traz alguns exemplos de símbolos que você poderá encontrar na legenda de mapas 
de diversos atlas, livros, jornais, entre outros.
Exemplos de convenções cartográficas.
100 Módulo 5
Observe como essas convenções se apresentam nos mapas.
PRINCIPAIS VIAS DE TRANSPORTE NA REGIÃO NORDESTE
 Adaptado de: ATLAS GEOGRÁFICO ESCOLAR, 5. ed. Rio de Janeiro IBGE, 2009. 
Vamos à leitura/interpretação do mapa.
Daremos, a seguir, um roteiro, capaz de auxiliá-lo na tarefa de interpretar mapa.
1o Leia o título do mapa – ele nos informa o que o mapa representa.
2o Veja qual é a escala utilizada. Você deve ter reparado que todo mapa apresenta uma escala.
Escala é a medida de comparação que se usa entre o tamanho real e o tamanho do 
desenho representado.
Como é impossível desenhar uma cidade, por exemplo, no seu tamanho real, temos de reduzir milhões 
de vezes a representação que dela se faz. Só por meio dessa redução, preservando-se as devidas 
proporções, é que se pode ter uma ideia do espaço que ela ocupa no país, no continente, na Terra. 
Observe.
1 250 500 750 1 000km
Escala 1: 25.000.000
Em um mapa que apresenta a escala acima, cada 1 centímetro do desenho equivale a 25.000.000 
centímetros do tamanho real, ou seja, o terreno foi reduzido 25.000.000 vezes e a relação numérica 
entre o desenho do mapa e a extensão do terreno é de 1 centímetro para 250 quilômetros. Repare 
que a extensão 1:250 corresponde à dimensão de 250 quilômetros.
101Módulo 5
3o Interprete o que as cores indicam no mapa a seguir.
TAXA DE JOVENS MORTOS POR 100 MIL HABITANTES
 Adaptado de: <http://www.cenpec.org.br/noticias/ler/Assassinatos-entre-jovens-crescem-375-por-centro-em-30-anos,aponta-pesquisa>.
Veja que cada elemento da legenda indica a taxa de jovens mortos por 100 mil habitantes.
Observe que o estado de Alagoas tem a maior taxa de homicídios de pessoas com mais de 20 anos.
Fonte: EditoraçãoEletrônica do CETEB.
N
S
NN
S-ESESOS-SO
NEN-NEN-NONO
L-SES-SO
L-NE0-N0
ROSA DOS VENTOSO referencial de localização em um mapa é geralmente dado pela 
presença da Rosa dos Ventos, que indica a posição dos pontos cardeais 
e colaterais (e, às vezes, também, os subcolaterais). 
Para finalizar este assunto, lembramos que, como recurso facilitador 
do estudo, você viu neste Caderno a importância do computador e 
suas inúmeras formas de uso. A multiplicidade de recursos oferecidos 
pela internet inclui a pesquisa e a visualização de mapas com detalhes 
surpreendentes. Basta efetuar uma pesquisa citando o tipo do mapa, 
seu nome ou outra informação e, certamente, você terá acesso a 
uma versão atual e dinâmica, podendo, assim, complementar seus 
estudos.
 Exercícios
Para resolver os exercícios, você deverá saber:
• reconhecer mapas;
• interpretar mapas.
Se tiver dúvidas, retorne ao texto
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 I – Complete as lacunas com as palavras contidas no retângulo.
de relevo – planos – mudos
 1. Os mapas ______________________________ são os mais comuns e podem ser físicos, políticos, econômicos 
etc.
 2. Indicando somente contornos de uma determinada área, os mapas ______________________________ não 
apresentam nomes acidentes geográficos.
 3. Os mapas que procuram representar as irregularidades geográficas da superfície terrestre, de forma 
tridimensional, recebem o nome de mapas ______________________________.
 II – Observe o mapa das principais vias de transporte na Região Nordeste e responda ao que se 
pede.
 1. Quantos e quais são os estados da região Nordeste?
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 2. Cite o nome das capitais e de algumas cidades importantes de cada estado.
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 3. Quantos são e onde estão localizados os principais portos e aeroportos dessa região?
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 4. Em que parte da região Nordeste está a maior parte das ferrovias?
 ___________________________________________________________________________________________
 ___________________________________________________________________________________________
 III – Observe o mapa de uma região do estado de São Paulo.
BAIXADAS E BACIAS SEDIMENTARES
PLANALTO CRISTALINO OU ORIENTAL VALE DO PARAÍBA
DEPRESSÃO PERIFÉRICA
PLANALTO CRISTALINO OU ORIENTAL
ROCHAS ERUPTIVAS
VALE DO PARAÍBA
 1. O que indicam as legendas?
 ___________________________________________________________________________________________
 2. Que região de São Paulo está sendo representada?
 ___________________________________________________________________________________________
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 3. Que tipo de relevo predomina nessa região?
 ___________________________________________________________________________________________
 4. O mapa possui escala?
 ___________________________________________________________________________________________
 IV – O que significa a escala a seguir?
200
Escala 1: 40 000.000
400 600 800 1 000 1 500 2 00Okm
 ________________________________________________________________________________________________
 Reveja suas respostas
 I – 1. Os mapas planos são os mais comuns e podem ser físicos, políticos, econômicos etc.
 2. Indicando somente contornos de uma determinada área, os mapas mudos não apresentam nomes de acidentes geográficos.
 3. Os mapas que procuram representar as irregularidades geográficas da superfície, de forma tridimensional, recebem o nome 
de mapas de relevo.
 II – Compare suas respostas consultando o mapa em questão.
 III – 1. Indicam os tipos de relevo de uma região do estado de São Paulo.
 2. Vale do Paraíba.
 3. Planalto Sedimentar
 4. Não.
 IV – Significa que a relação numérica entre o desenho e a extensão real do terreno é de 1 centímetro para 400 quilômetros, ou 
40.000.000 centímetros, ou seja, o desenho foi reduzido 40.000.000 vezes.
 Leitura complementar
Técnicas de estudo eficientes
A recomendação para você se sair bem em seus estudos é simples: personalização! Tão 
importante quanto ouvir técnicas de pessoas experientes é testar o que está sendo dito e 
ver se realmente funciona para você. Há técnicas que funcionam para todos (motivação, 
otimização do tempo) e outras, apenas para alguns. Por exemplo, há quem renda mais 
ouvindo; outro copiando; outro assistindo. Há quem renda mais durante a manhã e outros, 
à noite. Cada um tem sua compleição e não adianta forçar. Descubra como você rende 
melhor e que técnicas são mais úteis. E lembre-se: algumas coisas funcionam para todo 
mundo, como organização, dedicação, muito treino, fazer revisões periódicas da matéria 
e estudar com silêncio ou música clássica – jamais com outras músicas, com pressa ou 
pensando em outras tarefas.
Teste as diversas técncias e, se funcionarem, elas passarão a ser as suas técnicas. 
Também não tente ficar seguindo mil técnicas ao mesmo tempo. Vá devagar, melhorando 
aos poucos. A direção correta é mais importante que a velocidade.
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Outra técnica que funciona é estudar de uma hora e meia a duas horas e descansar por 
volta de 15 minutos (sua resistência aumenta com o tempo, mas faça sempre os intervalos). 
E, claro, prestar atenção nas aulas e nas dicas dos professores e fazer muitos exercícios.
Conselho errôneo muito comum: “a pessoa que não estudar tantas horas não passa”. 
Está incorreto porque o estudo vale mais pela qualidade do que pela quantidade e porque, 
com revisões periódicas apropriadas de memorização, a pessoa que tem menos tempo 
para estudar também consegue aprender e passar. Não adianta ficar exausto de estudar 
e não conseguir apreender nenhum conhecimento.
Existem duas coisas que farão muita diferença em seus estudos.
1o – Para render mais no estudo, você precisa estar “presente” naquilo que está fazendo.
2o – Quando você está descansando ou fazendo outras atividades, seja de lazer ou dormir, 
você não está estudando, mas isso pode aumentar sua produtividade no estudo.
A fixação da memória ocorre durante o sono profundo. Por isso é importante ter um bom 
sono. Relaxar e... dormir! Nada de ficar repensando em todas as coisas que aconteceram 
ou deixaram de acontecer ao longo do dia; nada de ficar pensando, na véspera, na matéria 
e na prova. Também não vale ficar zapeando a TV até cansar. Hora de dormir é hora de 
dormir. Claro que você não pode usar a importância do sono como uma desculpa para dormir 
demais, mas não dormir o mínimo necessário vai, com certeza, prejudicar o aprendizado.
Os momentos de lazer fazem a pessoa recuperar suas energias, relaxar, “recarregar a pilha”. 
Eles também não devem ter carga horária exagerada, mas são essenciais. Um bom lazer 
é a atividade física já que exercícios aumentam a oxigenação do cérebro, a disposição e 
melhoram o humor.
O conteúdo da prova não reprova ninguém! Isso mesmo! O que reprova é a incapacidade 
de organização e de ter método de estudo, ou seja, quem reprova você é você!
Se listar as coisas que mais atrapalham seu estudo, você verá que as dificuldades pessoais, 
como preguiça, medo e desorganização, e circunstanciais, como as relacionadas aos 
amigos, à família e ao trabalho são o que realmente atrapalham na hora do estudo. A 
pessoa que aprende a administrar seu tempo, suas amizades, seus telefonemas, lazer e 
ansiedade irá conseguirá estudar bem. Estudo é uma questão de organização, qualidade 
e administração do tempo. Aprenda a fazer isso e você não será reprovado.
Por fim, é preciso saber a matéria, claro, mas também é preciso saber transmitira matéria 
para a prova! Muitos são aqueles que estudam e aprendem, mas, como não treinam 
fazendo exercícios, não sabem passar o conhecimento para o papel. E, se você não passar 
o que sabe para o professor, ele vai achar que você não sabe.
Imagine uma pessoa com um caminhão-pipa cheio de água para matar a sede de uma 
multidão, mas com apenas um canudinho para tirá-la de lá. Não adianta ter a matéria 
toda na cabeça e não ter treinado sobre como aplicar o conhecimento. O melhor jeito de 
aprender as técnicas é fazer exercícios.
Que esta leitura tenha servido de alerta para atitudes que podem estar prejudicando seus 
estudos e que você passe a investir mais em técnicas.
Texto adaptado de: <http://economia.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/william-douglas/2014/10/28/conheca-4-tecnicas-de-estudo-incomuns-e-eficientes.htm>.
REFERÊNCIAS
CARRINHO, Fernanda. Métodos e técnicas de estudo. Portugal: Editorial Presença, 2005.
CASALI, Caroline. Gêneros, subgêneros e formato da mídia impressa no Brasil. Disponível em: 
<http://encipecom.G%c3%aaneros,-subg%C%aaneros_e_formatos-da+m%C3%midia-imprensa-
revista-noBrasil>. Aceso em: 4 ago. 2009.
DURAND, Marie-Fraçoise. Atlas da mundialização: compreender o espaço mundial contemporâneo 
[trad. Carlos Roberto Sanchez Milani] São Paulo: Saraiva, 2009.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ter: em três artigos que se completam. Rio de Janeiro: 
Guanabara Roogan, 2001.
FROTA, Áurea; MEDEIROS, Celso. Estudar é mais fácil do que você pensa. Disponível em: <http://
orbita. starmedia.com/~vithorhps/tec-estudo3.htm>. Acesso em: 10 set. 2009.
FROY, Ron. Como estudar melhor. Estados Unido: Cengage Learning, 2010.
MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. São 
Paulo: Atlas, 2000.
RIBEIRO, Marco Aurélio de P. Técnicas de aprender: conteúdos e habilidades. Petrópolis: Vozes, 2012.
ROCK, I.; Elias, V. M. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006.
TIERNO, Bernabe. As melhores técnicas de estudo. São Paulo: Martins Fortes 2003.
WIKIPÉDIA, a inciclopédia livre. Leitura. Disponível em: <http://pt.wikipédia.org/wiki/Leitura>. Acesso 
em: 13 jan. 2010.

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