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Aula 3 1-RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS SOLOS https://www.youtube.com/watch?v=C5l7Om3A89Y https://www.youtube.com/watch?v=Z0RZkQoyjZI https://www.youtube.com/watch?v=C5l7Om3A89Y https://www.youtube.com/watch?v=Z0RZkQoyjZI Quais são as forças envolvidas num maciço de solo ??????? Quais são as forças envolvidas num maciço de terra ? Quais são as forças envolvidas num maciço de terra ? σhτ σ - Sigma τ - Tal σv Quais são as forças envolvidas num maciço de terra ? στ σ - Sigma τ - Tal Resistência ao cisalhamento dos solos 1 Introdução • Vários materiais sólidos empregados em construção normalmente resistem bem as tensões de compressão, porém têm uma capacidade bastante limitada de suportar tensões de tração e de cisalhamento. • Geralmente são considerados apenas os casos de solicitação por cisalhamento, pois as deformações em um maciço de terra são devidas a deslocamentos relativos entre as partículas constituintes do maciço. 1 Introdução Resistência ao cisalhamento dos solos Figura 10.1 – Ilustração de rompimento de talude 1 Introdução Resistência ao cisalhamento dos solos Figura 10.2 – Ilustração de rompimento de talude 1 Introdução Resistência ao cisalhamento dos solos Figura 10.3 – Ilustração de rompimento de talude Resistência ao cisalhamento dos solos 1 Introdução • Resistência ao cisalhamento de uma massa de solo é a resistência interna por área específica que essa massa pode oferecer para resistir a ruptura e deslizamentos ao longo de qualquer plano em seu interior. Resistência ao cisalhamento dos solos 1 Introdução É preciso conhecer a natureza da resistência ao cisalhamento para que seja possível analisar os problemas de estabilidade de solo:, tais como pressão lateral em estruturas de contenção de terra (empuxos sobre muros de arrimo). Resistência ao cisalhamento dos solos 1 Introdução Estabilidade de encostas naturais e taludes de corte e aterro Estabilidade de barragens Resistência ao cisalhamento dos solos 1 Introdução Estabilidade de aterros sobre solos moles Capacidade de carga de fundações Resistência ao cisalhamento dos solos 1 Introdução • Serão considerados os seguintes itens: a. Parâmetros de resistência ao cisalhamento de solo; b. Ensaios de laboratório para estimar estes parâmetros; c. Efeito da variação da resistência ao cisalhamento dependendo da direção da aplicação de carga; 1 Introdução Resistência ao cisalhamento dos solos Figura 10.4 – Ilustração de ruptura por cisalhamento 2 Estado de tensões Resistência ao cisalhamento dos solos O solo está submetido a esforços devido ao peso próprio + cargas externas aplicadas = que geram tensões em pontos do maciço do solo. Tensões normais (σ) tensões na direção perpendicular ao plano Tensões cisalhantes (τ) tensões nas direções paralelas ao plano 2 Estado de tensões Resistência ao cisalhamento dos solos Em qualquer ponto da massa do solo existem três planos ortogonais onde as tensões cisalhantes são nulas. Estes planos são chamados “planos principais de tensões”. Portanto as tensões normais recebem o nome de tensões principais, onde a maior das tensões atuantes é chamada tensão principal maior (σ1), a menor é chamada tensão principal menor (σ3), e a terceira é a tensão principal intermediária (σ2) 2 Estado de tensões Resistência ao cisalhamento dos solos - Tensões principais - Planos principais de tensões – planos ortogonais entre si onde as tensões cisalhantes são nulas. - Tensões principais – tensões normais atuantes nos planos principais. 3 Círculo de Mohr Resistência ao cisalhamento dos solos 3 Círculo de Mohr Resistência ao cisalhamento dos solos O estado de tensões em todos os planos passando por um ponto podem ser representados graficamente em um sistema de coordenadas em que as abcissas são as tensões normais (σ) e as ordenadas são as tensões de cisalhamento (τ). O círculo de Mohr tem seu centro no eixo das abcissas. Desta forma, ele pode ser construído quando se conhecem as duas tensões principais, ou as tensões normais e de cisalhamento em dois planos quaisquer. 3 Círculo de Mohr Resistência ao cisalhamento dos solos Conhecendo-se σ1 eσ3 traça-se o círculo de Mohr. A inclinação α do plano principal maior (PPM), permite determinar o ponto P, traçando-se por σ1 uma reta com esta inclinação. Procedimento idêntico pode ser utilizado traçando-se por σ3 uma paralela ao plano principal menor (ppm). Qualquer linha reta traçada através do polo ou origem dos planos (ponto P) intersecionará o círculo em um ponto que representa as tensões sobre um plano inclinado de mesma direção desta linha. 3 Círculo de Mohr Resistência ao cisalhamento dos solos O círculo de tensões efetivas se situa deslocado para a esquerda em relação ao círculo de tensões totais de um valor igual à tensão neutra (u). Tal fato é decorrente da tensão neutra atuar hidrostaticamente (igual em todas as direções), reduzindo as tensões normais totais em todos os planos de igual valor. No caso de tensões neutras negativas, o deslocamento do círculo é para a direita. TENSÕES TOTAIS, EFETIVAS E NEUTRAS Exercício 1) Dado o estado de tensões apresentado abaixo, determine as tensões que atuam no plano bb. Resistência ao cisalhamento dos solos Exercício Resistência ao cisalhamento dos solos Solução: Traçe o círculo de Mohr e determine o polo P ( lembre-se que as tensões normais de compressão são positivas, bem como as tensões cisalhantes com direção no sentido anti-horário. Traçe uma linha paralela ao plano “bb” passando pelo polo. O ponto A em que esta linha intercepta o círculo de Mohr corresponde às tensões atuantes no plano “bb”. Exercício Resistência ao cisalhamento dos solos Exercício 2) Sendo 100kPa e 240kPa as tensões principais de um elemento de solo, determine: a) As tensões que atuam num plano que determina um ângulo de 30⁰ com o plano principal maior. b) A inclinação do plano em que a tensão normal é de 200kPa, e a tensão de cisalhamento nesse plano; c) Os planos em que ocorre a tensão cisalhante de 35kPa e as tensões normais nesse plano; d) A máxima tensão de cisalhamento, o plano em que ela ocorre e a tensão normal neste plano. Resistência ao cisalhamento dos solos Exercício Resistência ao cisalhamento dos solos Exercício 3) Sendo dadas as tensões no solo conforme a figura, determine as tensões normal e de cisalhamento que atuam num plano que faz um ângulo de 35⁰ com o plano principal. Resistência ao cisalhamento dos solos 5kN 3kN 1kN 1kN 4 Conceitos Resistência ao cisalhamento dos solos Resistência ao cisalhamento dos solos: é o estudo da análise do estado de tensões que provoca ruptura de um solo. Ou a Tensão cisalhante máxima que este solo pode suportar sem sofrer ruptura. Ruptura em solos: é o excessivo movimento relativo de partículas. O solo não mais suporta acréscimo de carga. O plano onde as tensões cisalhantes superam a resistência ao cisalhamento recebe o nome de plano de ruptura. A ruptura pode ser de: • a) Forma brusca : material se desintegra quando atingida certa tensão ou deformação • b) Forma Plástica : vai se deformando indefinidamente sob uma tensão constante 5 Ruptura Resistência ao cisalhamento dos solos O solo tem comportamento elástico quando a curva de descarregamento coincide com a de carregamento. a) Quando essa curva é uma reta, o comportamento do solo é elástico linear b) Na maioria das vezes o solo tem comportamento elástico plástico, ou seja, se comporta de forma elástica até um certo valor da tensão, a partir do qual toda deformação não elástica permanece. c) Certos casos assume-se que o solo tem comportamento totalmente plástico, ou seja, em qualquer nível de tensão resulta deformações permanentes 6 Resistência ao cisalhamento Resistência ao cisalhamento dos solos No caso a ruptura em um solo é definida a partir de um máximo de deformação admissível. A resistência ao cisalhamento é definida como a tensão do solo para um nível suficiente grande de deformação quepermite caracterizar condições de ruptura. Portanto as componentes de resistência ao cisalhamento dos solos são: 1 Atrito (representado pelo ângulo de atrito interno do solo) 2 Coesão (representada pela coesão do solo) 6.1 Resistência por atrito Resistência ao cisalhamento dos solos A resistência por atrito entre partículas de solo tem como analogia, o problema do deslizamento de um corpo sólido sobre uma superfície plana. O coeficiente de atrito entre o corpo e a superfície (μ) definirá a ocorrência do deslizamento do bloco sobre o plano. O mesmo acontece com os solos. 6.1 Resistência por atrito Resistência ao cisalhamento dos solos A explicação física para a relação proporcional entre Tmáx e N (ou entre Ƭ e σ) é o aumento na área de contato entre partículas com o aumento no esforço (ou tensão) normal. • A resistência ao cisalhamento de um solo (Ƭ) é, portanto, a máxima tensão cisalhante interna que o solo pode suportar sem romper. •Ângulo de atrito interno (φ): É uma medida de resistência ao cisalhamento dos solos decorrente do atrito interno entre partículas. •Resistência ao cisalhamento não drenada: é a resistência ao cisalhamento de um solo quando este é cisalhado a volume constante )sem drenagem). •Resistência ao cisalhamento drenada: é a resistência ao cisalhamento de um solo quando este é cisalhado com variação de volume (com drenagem). 6.2 Coesão Resistência ao cisalhamento dos solos Coesão é uma medida de resistência decorrente da ação de forças cimentantes presentes entre as partículas dos solos. Parcela de resistência ao cisalhamento de um solo que independe das tensões normais aplicadas. Origem: • Atração química entre partículas argilosas (atração iônica) • Cimentação entre partículas; • Tensões superficiais geradas pelos meniscos capilares; • Tensões residuais da rocha de origem; A atração iônica ocorre pelas cargas presentes na superfície dos argilominerais. 6.2 Coesão Resistência ao cisalhamento dos solos 6.2 Coesão Resistência ao cisalhamento dos solos 7 Equação de Coulomb Resistência ao cisalhamento dos solos • A equação de Coulomb – composição da parcela de atrito e coesão: 8 Critérios de ruptura Resistência ao cisalhamento dos solos • Critérios de ruptura – são formulações que procuram refletir as condições em que ocorre a ruptura dos materiais, expressa matematicamente a envoltória de ruptura. • Envoltória de ruptura – separa a zona de estados de tensão possíveis da zona de estados de tensões impossíveis de se obter para o solo. • Para cada material deve se utilizar de um critério de ruptura que melhor se adapte ao seu comportamento. Solos – critério de ruptura de Mohr – Coulomb. • Critério de ruptura de Mohr-Coulomb (Mohr-1900) – a ruptura se dá quando a tensão cisalhante no plano de ruptura alcança o valor da tensão cisalhante de ruptura do material - função da tensão normal neste plano e independente da tensão principal intermediária (estado plano de tensões). Os pontos correspondentes às tensões nos planos de ruptura em cada círculo de Mohr estão sobre a chamada envoltória de resistência ( ou envoltória de ruptura ou envoltória de Mohr). Resistência ao cisalhamento dos solos 8 Critérios de ruptura Resistência ao cisalhamento dos solos Definida uma reta, para um certo nível de tensões, a resistência ao cisalhamento do solo pode ser expresso por duas parcelas: 1) Uma decorrente do parâmetro c e 2) A outra, devido ao atrito entre partículas (φ). Pelo fato do parâmetro c, neste caso, ser apenas um coeficiente da equação da reta, expressando a resistência em função da tensão normal, ele é chamado intercepto de coesão ou intercepto coesivo. Pois, de fato, a coesão depende apenas das forças eletroquímicas existentes entre as partículas, e não da tensão normal aplicada. 8 Critérios de ruptura Resistência ao cisalhamento dos solos Pelo critério de ruptura: • Quando o círculo de Mohr tangencia a envoltória – situação de ruptura iminente; • para que um estado de tensões seja possível em um determinado ponto do solo – o círculo de Mohr tem de estar contido na envoltória de resistência; • Não é fisicamente concebível um estado de tensões representado por um círculo de Mohr secante a envoltória; • O ponto de tangencia define o plano de ruptura e as tensões sobre ele. A resistência ao cisalhamento do solo será igual a tensão cisalhante no ponto. • O plano de ruptura faz um ângulo ϴr com o plano principal maior e a tangente a envoltória no ponto de contato faz um ângulo φ com o eixo das abcissas. 8 Critérios de ruptura Resistência ao cisalhamento dos solos 8 Critérios de ruptura 9 Equação de Coulomb para argilas e areias Resistência ao cisalhamento dos solos Equação fundamental proposta pelo engenheiro francês em 1776: Obs.: 1) Para argilas puras: 2) Para areias puras: Portanto, a coesão é igual à resistência ao cisalhamento para tensão normal nula no plano de ruptura Exercício Discuta sobre os seguintes conceitos: Resistência ao cisalhamento do solo O que vem a ser ruptura Plano de ruptura Resistência ao cisalhamento dos solos 10 Ensaio de cisalhamento Resistência ao cisalhamento dos solos 10.1 Ensaio de cisalhamento direto Resistência ao cisalhamento dos solos 10.1 Ensaio de cisalhamento direto Resistência ao cisalhamento dos solos 10.1 Ensaio de cisalhamento direto Resistência ao cisalhamento dos solos 10.1 Ensaio de cisalhamento direto Resistência ao cisalhamento dos solos 10.1 Ensaio de cisalhamento direto Resistência ao cisalhamento dos solos 10.1 Ensaio de cisalhamento direto Resistência ao cisalhamento dos solos 10.2 Ensaio de compressão simples Resistência ao cisalhamento dos solos 10.2 Ensaio de compressão simples Resistência ao cisalhamento dos solos 10.3 Ensaio de compressão Triaxial Resistência ao cisalhamento dos solos 10.3 Ensaio de compressão Triaxial Resistência ao cisalhamento dos solos 10.3 Ensaio de compressão Triaxial Resistência ao cisalhamento dos solos 10.3 Ensaio de compressão Triaxial Resistência ao cisalhamento dos solos 11 Análise do estado de tensões no plano de ruptura O plano de ruptura forma o ângulo α com o plano principal maior. Se do centro do círculo de Mohr (ponto D), traçar-se uma paralela à envoltória de resistência, constata- se que o ângulo 2α é igual ao ângulo φ mais 90⁰. Geometricamente, chega-se à expressão: Resistência ao cisalhamento dos solos 11 Análise do estado de tensões no plano de ruptura Da figura, pode-se extrair também, a partir do triângulo ACD, as seguintes expressões: Resistência ao cisalhamento dos solos 12 Exercício 1) Calcular a resistência ao cisalhamento da amostra indicada no perfil abaixo, sabendo que num ensaio triaxial foram obtidos os seguintes valores para: Resistência ao cisalhamento dos solos 12 Exercício 1) Um ensaio triaxial adensado drenado foi realizado em uma argilante Resistência ao cisalhamento dos solos 12 Exercício Resistência ao cisalhamento dos solos 1) Em uma caixa de cisalhamento direto, com 36,0 cm2 de área, forma obtidos os valores a seguir, durante os ensaios de uma amostra indeformada de argila arenosa. • Força Vertical (kg) 9,0 18,0 27,0 36,0 45,0 • Força de Cisalhamento Máxima (kg) 12,5 15,5 18,5 22,5 25,5 Determinar a coesão e o ângulo de atrito interno dos solo ? Sugestão: Desenhe o gráfico de tensões 12 Exercício Resistência ao cisalhamento dos solos 2) Em uma amostra de areia submetida a um ensaio de compressão triaxial rompeu quando as tensões principais eram 1,5 kgf/cm² e 5,6 kgf/cm². Utilizando o diagrama de Mohr, determine o ângulo de atrito interno e o ângulo α do plano de ruptura com a direção da tensão principal menor. Resp.: φ = 35⁰ e α = 62,5⁰
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