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Materiais de ConstruçãoMateriais de Construção Curso de Engenharia Civil Prof. Fernando Pelisser Concreto: Definição e Concreto: Definição e PropriedadesPropriedades Concreto: DefiniçãoConcreto: Definição Concreto de cimento Portland é o produto resultante do endurecimento de uma mistura de cimento Portland, agregado miúdo, agregado graúdo e água, adequadamente proporcionada. A esse materiais básicos, podem ser acrescentados aditivos, adições, fibras, etc, em situações específicas em que se deseja alterar alguma de suas propriedades, seja no estado fresco e/ou endurecido. Concreto: DefiniçãoConcreto: Definição Material utilizado para construir estruturas, que pode ser considerado um material compósito, formado por duas partes principais, uma contínua formada peloprincipais, uma contínua formada pelo cimento hidratado (aglomerante) e uma descontínua formada pelos agregados (areias e britas). Há ainda uma terceira fase, entre os agregados e pasta, chamada de zona de transição. Concreto: aonde estamos !Concreto: aonde estamos ! Concreto: Função das fasesConcreto: Função das fases Funções da pasta (cimento + água) Dar impermeabilidade ao concreto Dar trabalhabilidade ao concreto Envolver os grãos Preencher os vazios entre os grãosPreencher os vazios entre os grãos Conferir resistência mecânica ao concreto. Funções dos agregados Reduzir o custo do concreto Reduzir as variações de volume (diminuir as retrações) Contribuir com grãos capazes de resistir aos esforços solicitantes (terão que ter resistência superior a da pasta) TrabalhabilidadeTrabalhabilidade ImportânciaImportância →As primeiras 48 horas são muito importante para qualidade do concreto estrutural; Propriedades como retração, influência→Propriedades como retração, influência na resistência, módulo de elasticidade e durabilidade são definidas neste período. Prof. Kennetch (CBC, 2011) Propriedades Propriedades –– primeiras horasprimeiras horas →Trabalhabilidade – consistência; →Perda de trabalhabilidade – abatimento; →Segregação – exsudação;→Segregação – exsudação; →Retração plástica; →Tempo de pega; →Temperatura. TrabalhabilidadeTrabalhabilidade Definição: É a propriedade do concreto fresco que identifica sua maior ou menor aptidão para ser empregado com determinada finalidade, sem perda de sua homogeneidade. →Não é uma propriedade fundamental doNão é uma propriedade fundamental do concreto; →Função das condições, equipamentos, tipo de concreto, mistura; →Mistura seca, por exemplo, trabalhabilidade pobre para bombeamento, mas boa trabalhabilidade quando colocados em uma esteira rolante (concreto massa). TrabalhabilidadeTrabalhabilidade Dependerá da: �Relação a/c (quantidade de água ÷ quantidade de cimento); �Quantidade e características dos agregados; �Tipo de cimento (depende “pouco”); �Uso de aditivos (defloculantes – chamados de�Uso de aditivos (defloculantes – chamados de plastificantes) e tipos (depende “muito”). � Resumindo, da composição e dos materiais constituíntes do concreto, somado as condições ambientais. TrabalhabilidadeTrabalhabilidade Fatores externos que afetam a trabalhabilidade: Finalidade e condições de contorno: → tipo de misturador;→ tipo de misturador; → forma de lançamento e adensamento; → dimensões e densidade da armadura da peça a ser concretada. TrabalhabilidadeTrabalhabilidade Consistência (oposto da fluidez): �Função principalmente da quantidade de água adicionada ao concreto ou da presença de alguns tipos de aditivos (plastificantes e superplastificantes). Esta propriedade simplesmente indica quão “duro” (seco) ou “mole” está o concreto; Coesão (oposto de segregação): �Propriedade que reflete a capacidade do concreto de manter sua homegeneidade durante o processo de adensamento. É função fundamentalmente da quantidade de finos presente na mistura bem como da granulometria dos agregados gráudo e miúdo e da proporção relativa entre eles. TrabalhabilidadeTrabalhabilidade Principais fatores que afetam a consistência e/ou coesão de um concreto: � Quantidade de água (relação água/materiais secos): quanto maior a quantidade de água, menor serão a consistência e coesão de um concreto. � Quantidade, tipo e finura do cimento: Cimentos mais finos aumentam a demanda de água de um concreto para umaaumentam a demanda de água de um concreto para uma dada consistência como também aumentarão a coesão do concreto. Traços mais ricos em cimento mostrarão a mesma tendência. Cimentos contendo partículas mais arredondadas (cinza volante) podem aumentar a fluidez de um concreto, quando mantém constante a quantidade de água adicionada. � Proporção relativa entre cimento e agregados: concretos mais argamassados tendem a ser mais coesos e exigir mais água para a mesma consistência. TrabalhabilidadeTrabalhabilidade Principais fatores que afetam a consistência e/ou coesão de um concreto: � Granulometria e forma dos agregados: agregados com granulometria contínua, desde que não muito grossos, tendem a aumentar a coesão e fluidez para uma dada quantidade de água adicionada. Agregados muito grossos diminuem a consistência e coesão ao passo que os muitodiminuem a consistência e coesão ao passo que os muito finos tem a tendência inversa (desde que a granulometria não seja totamente uniforme). Quanto à forma, grãos arredondados aumentam a fluidez e grãos lamelares a diminuem. � Presença de material pulverulento: a presença de pó nos agregados melhora a coesão do concreto mas aumenta sua consistência. � Uso de aditivos: certos aditivos (plastificantes, superplastificantes, incorporadores de ar) podem alterar significativamente a consistência e coesão dos concretos. TrabalhabilidadeTrabalhabilidade A maioria dos métodos conhecidos restringe-se praticamente a medir consistência e baseiam-se em uma das seguintes proposições: � Medida da deformação causada a uma massa de concreto fresco, pela aplicação de força ou energiaconcreto fresco, pela aplicação de força ou energia determinada; � Medida do esforço necessário para gerar na massa do concreto fresco, uma deformação pré- estabelecida. Ensaio de abatimentoEnsaio de abatimento Abatimento do tronco de cone (NBR NM 67/1998): � O ensaio consiste em encher-se uma forma metálica tronco cônica de diâmetro superior de 10 cm, inferior de 20 cm e altura de 30 cm, com uma massa de concreto, em três camadas de alturasmassa de concreto, em três camadas de alturas aproximadamente iguais, adensadas cada uma com 25 golpes com uma barra de 16mm de diâmetro; � Logo após, retira-se lentamente o molde (5 a 10s), verticalmente, e determina-se a diferença entre a altura do molde e da massa de concreto, após assentada. Ensaio de abatimentoEnsaio de abatimento Ensaio de abatimentoEnsaio de abatimento Ensaio de abatimentoEnsaio de abatimento SlumpSlump teste teste –– 12 cm12 cm Exemplo: estaca hélice = 20 cm Exemplo: estaca hélice = 20 cm requeridorequerido TrabalhabilidadeTrabalhabilidade Sua falta causa segregação e defeitos Sua falta causa segregação e defeitos na na concretagemconcretagem --VIGAVIGA Sua falta causa segregação e defeitos na Sua falta causa segregação e defeitos na concretagemconcretagem -- PILARPILAR Sua falta causa segregação e defeitos Sua falta causa segregação e defeitos na na concretagemconcretagem -- ESCADAESCADA Ensaio de abatimentoEnsaio de abatimento Abatimento mínimo de 50 mm – plástico ! Ensaio de abatimentoEnsaio de abatimento Observações: �O ensaio de abatimento pode ser utilizado para verificar-se o bom proporcionamento da mistura: �Se a superfície do concreto apresenta excesso ou falta de argamassaou falta de argamassa �Quando o concreto é abatido por pancadas na base do equipamento adjacentes à tronco de cone formado, se estiver mal proporcionado (falta de coesão), a mistura desagrega. �O ensaio possui limitações de precisão. Um operador bem treinado pode fazer o abatimento de um concreto variar de até 3cm, dependendo de sua consistência, em função da formacomo é adensado o concreto e de como é retirado o molde. Classes de consistência: NBR 7212, Classes de consistência: NBR 7212, Concreto dosado em centralConcreto dosado em central Ensaio Ensaio VebêVebê �Uma massa de concreto é moldada num recipiente idêntico ao do Slump Test, colocado dentro de um recipiente cilíndrico de grande diâmetro e baixa altura que é posicionado sobre uma mesa de flow. O ensaio mede o tempo necessário para que a massa tronco-cônica transforme-se em cilíndrica. �Este ensaio é normalizado na Grã-Bretanha e é apropriado para concretos fracamente plásticos. É um ensaiopara concretos fracamente plásticos. É um ensaio laboratorial. Mesa de espalhamento (mesa de Mesa de espalhamento (mesa de Graf)Graf) �Este ensaio é utilizado na Alemanha e atualmente já está normalizado no Brasil (NBR NM 68). Usa-se uma fôrma tronco-cônica de dimensões de 13 a 20cm de diâmetro e 20cm de altura. É realizado sobre uma mesa de 70X70cm, articulada em uma de suas extremidades. A extremidade oposta é livre para provocar uma queda de 4cm. �O ensaio consiste em encher-se a forma tronco-cônica com o concreto e, após sua retirada, submeter a mistura a 15 quedas da mesa determinando-se então o diâmetro médio da massa espalhada. �Este ensaio é indicado para concretos medianamente e fortemente plásticos. Mesa de espalhamento (mesa de Mesa de espalhamento (mesa de Graf)Graf) Fator de compactaçãoFator de compactação � Relação de densidade após escoamento por dois funis, considerando uma amostra de referência, compactada. Relação entre as medidasRelação entre as medidas → Onde se aplica !? Obra “convencional” Concreto Concreto autoadensávelautoadensável → Onde se aplica !? Estrutura pré-moldada Concreto Concreto autoadensávelautoadensável Definição: → Concreto que é capaz de fluir, autoadensar pelo seu peso próprio, preencher a forma e passar por embutidos (armaduras, dutos e insertos), enquanto mantém sua Concreto Concreto autoadensávelautoadensável (CAA)(CAA) insertos), enquanto mantém sua homogeneidade (ausência de segregação) nas etapas de mistura, transporte, lançamento e adensamento (NBR 15823, 2010). Concreto Concreto autoadensávelautoadensável �Fluxo no cone de Abrams (Slump flow): A base que deve ter pelo menos 80cm de aresta e possuir uma circunferência marcada de 50cm de diâmetro. Na retirada do molde, anota-se dois parâmetros: tempo para que o concreto atinja os 50cm de diâmetro e diâmetro máximo de espalhamento (para um concreto autoadensável estes parâmetros devem estar respectivamente na faixa de 2 a 6 segundos e 60 a 80cm). Concreto Concreto autoadensávelautoadensável CAA com adições de “Metacaulim + Cinza Volante” (traço 1:6): (a) slump flow test e (b) detalhe (Vieira, 2010) Concreto Concreto autoadensávelautoadensável �Caixa L: Avalia propriedades como fluidez e tendência a bloqueamento e a segregação de forma similar a de uma concretagem real pois o concreto e forçado a fluir entre barras de aço com pequeno espaçamento. No ensaio, marcam-se os tempos para o concreto fluir até a marca de 200 e 400mm (T20 e T40) e as alturas H1 e H2. O concreto é considerado autoadensável se T20 e T40 forem respectivamente menores que 1,5 e 3,5segundos e H2/H1 estiver entre 0,80 e 0,85. Concreto Concreto autoadensávelautoadensável CAA com adição de Metacaulim (traço 1:3): (a) ensaio caixa L - (b) slump flow test (Vieira, 2011) Concreto Concreto autoadensávelautoadensável � Funil em V: Preenche-se com concreto o funil com as características dimensionais apresentadas na Figura abaixo. Após 1 minuto de repouso, abre-se a portinhola existente na parte inferior do equipamento e mede-se o tempo de escoamento da mistura. CAA: ClassificaçãoCAA: Classificação CAA: ClassificaçãoCAA: Classificação CAA: ExemploCAA: Exemplo Causas: � hidratação do cimento (formação de etringita primária); � Perda da eficiência de aditivos plastificantes (quando usados); �Absorção dos agregados; Perda de plasticidadePerda de plasticidade �Evaporação. Correção: �Apesar da norma brasileira permitir em alguns casos a correção com água (2,5cm), não deve ser usada; �Correção com aditivo superplastificante. Perda de plasticidadePerda de plasticidade Ocorre devido a hidratação do cimento e evaporação da água. Os aditivos plastificantes podem provocar maior variabilidade. 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 C o n s is tê n c ia ( c m ) 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 0,00 0,75 1,50 2,50 Tempo (horas) C o n s is tê n c ia ( c m ) Perda de plasticidadePerda de plasticidade Concreto misturado na obra – não é um problema. Concreto produzido em central – deve ser considerado! NBR 7212/2012 (Concreto dosado em central) – Adição de água: �Antes do início da descarga, ao verificar que o concreto apresenta abatimento dentro da classe de consistência especificada, não se admite adição suplementar de água (em relação a prevista na dosagem); Perda de plasticidadePerda de plasticidade suplementar de água (em relação a prevista na dosagem); �Qualquer adição de água exigida pela contratante exime a empresa de serviços de concretagem de qualquer responsabilidade quanto às características do concreto constantes no pedido. Este fato deve ser registrado no documento de entrega. NBR 7212/2012 – Adição de aditivo: �Caso o concreto apresente abatimento inferior a classe de consistência especificada, admite-se adição suplementar de aditivo superplastificante antes do início da descarga, desde que a consistência final não ultrapasse a classe especificada; Perda de plasticidadePerda de plasticidade a classe especificada; �Esta deve ser uma decisção técnica definida pela empresa de serviços de concretagem e mantém a sua responsabilidade pelas propriedades constantes no pedido. �A massa específica do concreto no estado fresco pode ser um parâmetro importante para, entre outras coisas, avaliar indiretamente o teor de ar incorporado/aprisionado no material. Este teor, se elevado, pode levar a reduções significativas na resistência do concreto. Massa específica (estado fresco)Massa específica (estado fresco) resistência do concreto. Considerado separação das fases do concreto: �Processo natural no concreto, ainda que em baixa intensidade:materiais diferentes!, densidades diferentes! �Descida da fase mais pesada e subida da mais leve. Segregação e ExsudaçãoSegregação e Exsudação Considerado separação das fases do concreto: �Processo natural no concreto, ainda que em baixa intensidade:materiais diferentes!, densidades diferentes! �Descida da fase mais pesada e subida da mais leve. Segregação e ExsudaçãoSegregação e Exsudação Exsudação é uma forma particular de segregação, em que a água da mistura tende a elevar-se à superfície do concreto recentemente lançado. Esse fenômeno é provocado pela impossibilidade dos constituintes sólidos fixarem toda a água da mistura e depende, em grande escala, das propriedades do cimento. ExsudaçãoExsudação Consequências: �Enfraquecimento da aderência pasta-agregado e pasta armadura, em alguns pontos; �Aumento da permeabilidade; �Formação de nata de cimento sobre a superfície do concreto que precisará ser removida quando ocorrer concretagem de uma nova etapa. Exsudação do concreto após concretagem: Segregação e ExsudaçãoSegregação e Exsudação Cuidados para evitar: �Não utilizar agregados miúdos sem uma parcela conveniente de finos; �Utilizar cimentos de maior finura (Ex: Pozolânicos e de Alto- forno); �Utilizar aditivos plastificantes. Segregação e ExsudaçãoSegregação e Exsudação �Utilizar aditivos plastificantes. Retração plástica e por secagem: redução do volume do concreto devido a perda de água para o meio ambiente e pela hidratação do cimento, e, são influenciadas: �Pela temperatura do concreto; RetraçãoRetração �Pela temperatura do concreto; �Pela temperatura ambiente; �Pela umidade relativa; �Pela velocidade do vento �Fatores que influencia a taxa de evaporação de água do concreto. Retração:ábaco do ACI Retração: ábaco do ACI Retração devido a hidratação do cimento, sem troca de umidade com o ambiente externo: �Depende do tipo de cimento e da relação água/cimento; �Influencia as retrações plástica e por secagem. Vol C3S + 1,32Vol H20 →→→→ 1,57 C-S-H + 0,59 CH Retração autógenaRetração autógena Vol C3S + 1,32Vol H20 →→→→ 1,57 C-S-H + 0,59 CH 2,32 cm3 →→→→ 2,16 cm3 Retração:∆∆∆∆Vol = 0,16 ÷÷÷÷ 2,32 = 7 % O volume dos compostos hidratados é menor do que a soma dos compostos anidros mais água. �Sua prevenção é difícil a não ser que sejam utilizados cimentos ou aditivos especiais compensadores de retração ou cura interna. Retração: exemploRetração: exemplo Retração: exemploRetração: exemplo Retração: exemploRetração: exemplo Retração: exemploRetração: exemplo Retração: pesquisaRetração: pesquisa Retração: pesquisaRetração: pesquisa Plastic Shrinkage Cracking of Polypropylene Fiber Reinforced Concrete (p<0,1555) L e n g th o f th e c ra c k s ( c m ) 70 80 90 100 Fiber volume fraction (%) L e n g th o f th e c ra c k s ( c m ) 20 30 40 50 60 0,05% 0,10% 0,15% Retração: pesquisaRetração: pesquisa �A massa específica do concreto é um parâmetro que define a carga devido ao peso próprio que a estrutura de concreto estará sujeita, uma vez conhecidas as suas características geométricas; �Varia principalmente com o tipo de agregado empregado e teor de armadura; Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: massa específicamassa específica teor de armadura; �Como valores usuais costuma-se tomar: Concretos não-armados: 2300 kg/m3 Concretos armados: 2500 kg/m3 Concretos leves: até 1800 kg/m3 Concretos pesados: até 3700kg/m3 �Alguns fatores que afetam: �A) Relação água-cimento �B) Idade �C) Forma e graduação dos agregados �D)Tipo de cimento �E) Forma e dimensões do corpo de prova Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica �E) Forma e dimensões do corpo de prova �F)Velocidade de aplicação de carga de ensaio �G) Duração da carga A) Relação água/cimento: Diz-se que a resistência do concreto é inversamente proporcional à relação água-cimento. Esta relação não é linear e pode normalmente ser expressão pela função: Lei de Abrams - Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica f cj A B a c = / Lei de Abrams - Na realidade, a relação água/cimento determina a resistência do concreto porque o excesso de água nele adicionado para promover uma consistência necessária ao processo de mistura, lançamento e adensamento deixa, após o endurecimento, vazios na pasta de cimento. Quanto maior for o volume de vazios, menor será a resistência do material. cj B a c/ �Considerando modelos relacionando porosidade e resistência, a máxima resistência à compressão – com porosidade zero – seria de 234 MPa (MEHTA e MONTEIRO); �O principal parâmetro de composição é a relação água/cimento. Importância da relação água/cimentoImportância da relação água/cimento B) Idade: Como estimadores da resistência à compressão, pode-se citar: fc28 = 1,20 a 1,5 fc7 fc28 = 1,70 a 2,50 fc3 fc90 = 1,05 a 1,20 fc28 fc365 = 1,10 a 1,35 fc28 Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica fc365 = 1,10 a 1,35 fc28 Como regra, pode-se dizer que o coeficiente decresce com o aumento da resistência, isto é, para concretos menos resistentes (Ex: fc28 = 15MPa) pode-se assumir os limites superiores e para os mais resistentes (20<fc28<30MPa), os limites inferiores; Para concretos de elevada resistência ou para aqueles confeccionados com cimentos puros muito finos, os coeficientes apresentados são elevados. B) Idade: A resistência do concreto aumenta com a idade porque o processo de hidratação do cimento vai criando cristais que, ao ocupar os vazios entre grãos, diminui progressivamente a sua porosidade; No início, o ganho de resistência é maior porque tem-se mais superfície de cimento para reagir; A velocidade de ganho depende do tipo de cimento e da Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica A velocidade de ganho depende do tipo de cimento e da relação água/cimento; O ganho de resistência cessa quando não há mais cimento para reagir e/ou quando acaba a água de reação; A idade de referência é usualmente 28 dias mais relações com outras idades (3 e 7 dias) é importante para estimativas. C) Forma e graduação dos agregados: �Em igualdade de relação água/cimento, diz-se que os concretos confeccionados com seixos tendem a ser menos resistentes do que aqueles confeccionados com pedra britada (menor aderência pasta/agregado). Esse efeito só é significativo para concretos de elevada resistência. Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica britada (menor aderência pasta/agregado). Esse efeito só é significativo para concretos de elevada resistência. �Concretos executados com britas de menor diâmetro tendem a gerar concretos mais resistentes, mantida a relação água/cimento (Maior região de interface pasta/agregado além da maior possibilidade dos agregados de maior diâmetro possuirem falhas internas decorrentes do processo de britagem). C) Forma e graduação dos agregados: �Tanto concretos executados com seixos ou com britas de maior diâmetro produzem concretos, para uma dada trabalhabilidade, com menor exigência de água baixando, desta forma, a relação água/cimento da mistura. �Normalmente este efeito é muito mais significativo que o anterior, principalmente para o caso do diâmetro maior Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica �Normalmente este efeito é muito mais significativo que o anterior, principalmente para o caso do diâmetro maior dos agregados, em se tratando de concretos de resistência usual ou baixa (abaixo de 40MPa). �Para concretos de alta resistência, esta tendência pode se inverter. D)Tipo e finura do cimento: �Composição química do clínquer: relação entre C3S e C2S; �Finura do cimento: distribuição granulométria, área superficial (blaine); Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica superficial (blaine); �Presença de adições: tipo e finura. E) Forma, dimensão, condição de preparo e cura dos corpos de prova: �O corpo de prova para ensaio de resistência à compressão do concreto normalisado no Brasil é o cilíndrico de relação altura/diâmetro igual a 2; �O de 15cm de diâmetro por 30cm de altura era o mais empregado até recentemente mas o de 10cm de diâmetro Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica �O de 15cm de diâmetro por 30cm de altura era o mais empregado até recentemente mas o de 10cm de diâmetro por 20cm de altura vem ganhando espaço pelo crescente uso de agregados graúdos com dimensão máxima característica limitada a 19mm; �Em muitos paises europeus, entretanto, o corpo de prova normalizado é o cúbico de 10 ou 15cm de aresta. E) Forma, dimensão, condição de preparo e cura dos corpos de prova: �A resistência obtida em ensaios com cubos de concreto é mais alta do que aquela obtida em corpos de prova cilíndricos (h/d=2) (cilindro aproximadamente igual a 80% da resistência do cubo); �Essa diferença é causada pelo efeito de confinamento Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica �Essa diferença é causada pelo efeito de confinamento dos pratos das prensas, mais pronunciado para corpos de prova com baixa relação altura/área de contato; �Quanto maiores as dimensões do cilindro (mantida a relação h/d=2), menores são as resistências obtidas. Isso ocorre por um efeito probabilísticomaior de ocorrência de falhas nos corpos de prova maiores, lembrando-se que é a propagação das falhas durante o carregamento que gera a ruptura do material. E) Forma, dimensão, condição de preparo e cura dos corpos de prova: ensaio. Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica E) Forma, dimensão, condição de preparo e cura dos corpos de prova: ruptura por cisalhamento. Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica E) Forma, dimensão, condição de preparo e cura dos corpos de prova: ensaio. Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica E) Forma, dimensão, condição de preparo e cura dos corpos de prova: efeito do tamanho. Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica E) Forma, dimensão, condição de preparo e cura dos corpos de prova: efeito de L/D. Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica E) Forma, dimensão, condição de preparo e cura dos corpos de prova: �Os corpos de prova cilíndricos 10x20cm devem ser moldados em duas camadas de altura similar, adensadas cada uma com 12 golpes com a mesma haste empregada no ensaio de abatimento; �Após o adensamento, o topo deve ser regularizado com Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica �Após o adensamento, o topo deve ser regularizado com colher de pedreiro e concreto deve ser mantido na forma por 24 horas à sombra, com o topo protegido, quando deve ser desmoldado evitando-se choques. �Obs: �Identificação para quem controla mas não para quem ensaia. �Prazo para coleta? �Cuidados no transporte e manuseio �Quando começa a cura? �Cura: Submerso x câmara úmida - Temperatura E) Forma, dimensão, condição de preparo e cura dos corpos de prova - Preparo dos topos (capeamento): �Os corpos de prova devem ser fresados. �Pode ser usado capeamento de enxofre, pasta de cimento ou neoprene Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica cimento ou neoprene E) Forma, dimensão, condição de preparo e cura dos corpos de prova - Preparo dos topos (capeamento): Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica E) Forma, dimensão, condição de preparo e cura dos corpos de prova - Preparo dos topos (capeamento): Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica 31 32 33 34 35 R e s is tê n c ia à C o m p re s s ã o ( M P a ) Idade (dias) 7 Idade (dias) 14 Cimento Enxofre Neoprene1 Neoprene2 Tipo de Regularização 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 R e s is tê n c ia à C o m p re s s ã o ( M P a ) E) Forma, dimensão, condição de preparo e cura dos corpos de prova - Condições da prensa: �Calibração,Velocidade de aplicação de carga, Rótula. Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica F)Velocidade de aplicação da carga: �Maiores velocidades tendem a gerar valores de resistência mais elevados �Isto ocorre porque em velocidades mais baixas existe um tempo maior para a propagação de fissuras que ocorrem durante o carregamento, levando assim o corpo de prova ao colapso em níveis de carga inferiores �Por isso a velocidade é normalisada. No Brasil é de 0,3 a Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica �Por isso a velocidade é normalisada. No Brasil é de 0,3 a 0,8 MPa/s (530 a 1410 kgf/s para corpos de prova 15x30 e 235 a 630kgf/s para corpos de prova 10x20). F) Duração da carga: �Para cargas de curta duração, o concreto resiste maiores níveis de carga. Como o principal carregamento de uma estrutura é o seu peso próprio, que é uma carga permanente, não se pode conceber estruturas submetidas a tensões muito próximas à obtida no ensaio normalisado. �A partir de 50% da tensão de ruptura, o concreto começa a apresentar um quadro progressivo de fissuração Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência mecânicaResistência mecânica começa a apresentar um quadro progressivo de fissuração interna. Essa fissuração promove uma redistribuição de tensões e, se o nível de carregamento for mantido, o material se estabiliza estruturalmente sem maiores riscos. �Quando as tensões estão próximas de sua ruptura por um período prolongado, a propagação das fissuras prossegue ou seja, o material não consegue mais redistribuir as tensões e se estabilizar estruturalmente. Isso leva a sua ruptura com o tempo, mesmo sem atingir a tensão máxima obtida no ensaio. Tração: �É uma propriedade de difícil determinação direta. Sua importância está ligada a alguns tipos de aplicação como é o caso de pavimentos de concreto uma vez que a resistência à tração é geralmente desprezada para efeito de cálculo. Pode ser determinada de dois modos: �Compressão diametral ou tração na flexão: Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência à traçãoResistência à tração h.d. P.2 f t π = 3tf a L.P f = Tração: Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência à traçãoResistência à tração Tração: �Na falta de determinação, a NBR 6118-2014 permite que sejam adotados os seguintes valores: �fct,m = 0,3fck2/3 , onde fct,m é a resistência à tração média esperada e fck a resistência característica à compressão do concreto �fctk,inf = 0,7 fct,m onde fctk,inf é a resistência à tração característica estimada Propriedades no estado endurecido: Propriedades no estado endurecido: Resistência à traçãoResistência à tração �fctk,inf = 0,7 fct,m onde fctk,inf é a resistência à tração característica estimada Módulo de Elasticidade: �O módulo de elasticidade de um concreto é obtido pela razão entre o gradiente de tensão aplicado e o respectivo gradiente de deformação específica; �Como o concreto não é um material perfeitamente elástico, na determinação do módulo de elasticidade convencionou-se determinar esses gradientes em dois níveis de tensão pré-definidos: 0,5MPa e 30% da tensão Propriedades no estado endurecido:Propriedades no estado endurecido: níveis de tensão pré-definidos: 0,5MPa e 30% da tensão média de ruptura do material (módulo tangente); �Existem expressões que correlacionam a resistência à compressão do concreto com seu módulo de elasticidade pois sabe-se que são propriedades que caminham em mesma direção. Módulo de Elasticidade: �Entretanto, a adoção dessas expressões deve ser feita com muita cautela pois o módulo de elasticidade depende também do módulo de elasticidade de seus materiais constituintes e do traço adotado; �Por isso, cada vez mais os calculistas tem especificado em seus projetos que o módulo de elasticidade deva ser obtido em ensaios laboratoriais específicos, a partir de Propriedades no estado endurecido:Propriedades no estado endurecido: obtido em ensaios laboratoriais específicos, a partir de amostras do concreto que será efetivamente utilizado na estrutura. Permeabilidade e absorção: �O concreto é um material que, por sua própria constituição, é poroso. As razões da porosidade são: �É quase sempre necessário utilizar uma quantidade de água superior a que se precisa para hidratar o aglomerante e esta água, ao evaporar, deixa vazios. Propriedades no estado endurecido:Propriedades no estado endurecido: aglomerante e esta água, ao evaporar, deixa vazios. �Com a combinação química diminuem os volumes absolutos do cimento e água que entram na reação. �Inevitavelmente, durante o amassamento do concreto, incorpora-se ar na massa. Permeabilidade e absorção: Quando se deseja obter concretoscom baixa absorção e permeabilidade, deve-se assim proceder: �Utilizar baixas relações água/cimento, pela utilização de aditivos redutores de água (plastificantes, superplastificantes e incorporadores de ar). Propriedades no estado endurecido:Propriedades no estado endurecido: superplastificantes e incorporadores de ar). �Substituição parcial do cimento por pozolanas (cinzas volantes, cinza da casca do arroz ou microssílica). �Utilização de agregados com um teor maior de finos, desde que estes não sejam de natureza argilosa.
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