Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PERDAS NA COLHEITA DE GRÃOS Prof. Dr. Cristiano Márcio Alves de Souza Mecanização Agrícola Dourados – MS Março – 2005 INTRODUÇÃO Em se trabalhando com colheita um fator que devemos sempre estar preocupados é com as perdas ocasionadas no processo. As perdas na colheita são influenciadas por fatores inerentes à cultura que se trabalha e fatores relacionados com a colhedora. Os fatores relacionados com a cultura podem- se destacar a sua variedade, o teor de água de colheita, a população de plantas, o grau de infestação por plantas daninhas, a produção de massa verde, as características de preparo e conservação do solo, enfim, tudo aquilo que está ligado diretamente à planta e à sua volta. Os fatores relacionados com a colhedora são a velocidade de trabalho, a velocidade e a posição do molinete, a rotação do cilindro trilhador, a abertura entre cilindro-côncavo, as condições de funcionamento da barra de corte, a regulagem dos transportadores, a manutenção e a regulagem dos sistemas de transmissão, o fluxo de ar do ventilador e a velocidade de oscilação do saca-palhas e das peneiras. Os fatores relacionados com a máquina podem ser facilmente contornados pelos técnicos envolvidos no processo de colheita, enquanto aqueles relacionados com a cultura podem fugir um pouco do nosso controle. As perdas ocorridas durante a colheita de grãos são classificadas em quantitativas e qualitativas. As perdas quantitativas são caracterizadas pela quantidade de grãos que a máquina deixou de colher, geralmente expressa em massa de produto perdida por área (kg ha-1, g m2, t ha-1). As perdas qualitativas representam a perda de qualidade do grão ou da semente, caracterizadas por fatores tais como, purezas de sementes ou grãos, germinação, danos mecânicos, vigor de sementes, etc. PRODUTIVIDADE DA LAVOURA Para determinar a produtividade de uma lavoura, deve-se proceder a colheita de uma amostra composta de 100 m², dividindo essa em pequenas áreas de no mínimo 1 (arroz), 2 (milho, soja e feijão) e 30 (milho em espiga) m². Pese o material colhido em cada área em uma balança de precisão. Transforme a quantidade colhida em 100 m² para 1 ha. A produtividade da lavoura é dado pela relação: Produtividade = Peso da amostra x 100 (kg/ha). Exemplo: Suponha que a quantidade colhida nos 100 m², de determinado produto, tenha sido de 30 kg. Qual é a produtividade desta lavoura por hectare? )1(10000 10030 2 2 hamx mkg → → hakgamostradaPesoeodutividad /300010030100Pr =⋅=⋅= PERDAS QUANTITATIVAS As perdas quantitativas são dividas em perdas naturais (pré-colheita), perdas na plataforma de corte ou recolhimento, perdas nos mecanismos internos da colhedora e perdas totais. Perdas naturais ou de pré-colheita As perdas naturais geralmente são causadas por atraso na época adequada da colheita. Os ventos, as chuvas e granizos, também podem causar perdas, principalmente quando o produto já se encontra no ponto de colheita. Segundo HADLICH et al. (1980), também podem ocorrer perdas naturais devido ao acamamento das plantas, decorrente muitas vezes por excesso de adubação ou por número excessivo de plantas por área. Antes de iniciar a colheita, faça várias medições que supor suficiente em diferentes locais da área que se pretende colher. Coloque a armação (Figura 1) no sentido transversal ao plantio das linhas. Conte os grãos soltos e os que estiverem nas espigas ou vagens caídas encontrados dentro da armação. Pese o total de grãos encontrados nas medições, e some as áreas das armações, repita o cálculo realizado no item anterior, usando regra de três, para encontrar o peso da perda de pré-colheita por hectare. FIGURA 1 – Armação colocada para a colheita de pré-colheita. Perdas na plataforma de corte Tem-se sido observado que é na plataforma de corte ou de recolhimento onde tem havido maiores perdas de produto na colheita, podendo essas perdas alcançar 50% no recolhimento (SOUZA et al., 2001) e 80% no corte (HADLICH et al., 1981) do total perdido. Para determinar as perdas na plataforma colhe- se uma pequena área. Pare a colhedora e desligue os mecanismos da plataforma. Dê marcha-ré na colhedora a uma distância igual a metade de seu comprimento. Desligue o motor da máquina. Coloque a armação na parte colhida em frente à colhedora e recolha todos os grãos ali presentes, estando soltos ou dento das vagens ou espigas. Repita essa operação em áreas diferentes até completar as medições que julgar necessárias. As repetições são importantes para se ter um valor mais confiável das medições. Pese os grãos, repetindo os procedimentos de cálculos acima citados para se obter o peso dos grãos perdidos na plataforma por hectare. Lembre-se que se devem subtrair as perdas de pré-colheita das perdas na plataforma de corte, para se obter somente aquelas realmente perdidas pela plataforma, conforme segue: Perda real da plataforma = Perda na plataforma - Perdas naturais A Figura 2 apresenta um esquema de colocação da armação para coleta dos grãos perdidos na plataforma de corte. FIGURA 2 – Esquema de colocação da armação para medição das perdas na plataforma de corte. Perda total Na medição da perda total não há necessidade de parar a colhedora. Depois da passagem da máquina, coloque a armação atrás da colhedora, na parte colhida, e colete os grãos presentes nesse espaço, estando eles nas vagens ou espigas, ou não. Como para as perdas na plataforma de corte, repita está operação várias vezes, perfazendo medições que supor suficiente para expressar com significância as perdas. Pese os grãos coletados, repita os cálculos mostrados anteriormente para obtenção dos resultados em kg ha-1. A Figura 3 apresenta um esquema de colocação da armação para se determinar as perdas totais. FIGURA 3 – Esquema de colocação da armação para medição das perdas totais. Perdas nos mecanismos internos As perdas nos mecanismos internos da colhedora ocorrem nos sistemas de trilha, de separação e de limpeza. Para determinar as perdas nos mecanismos internos basta subtrair das perdas totais as perdas da plataforma de corte ou recolhimento. Para realizar o procedimento para determinar as perdas nos sistemas de trilha e separação e limpeza, é importante que o picador de palha esteja desligado. A perda nos mecanismos internos da colhedora é determinada pela seguinte relação: Perdas nos mecanismos internos = Perdas total - Perdas na plataforma - Perdas naturais Percentagem das perdas e eficiência É importante conhecer a percentagem de perdas, para se determinar a eficiência de colheita na máquina. Para se determinar a porcentagem de perdas da máquina utiliza-se a seguinte expressão: 100 Pr % ⋅= lavouradaeodutividad colhedoradatotalPerda perdas A título de exemplo, suponha que se obteve em campo uma perda total da colhedora de 100 kg ha-1 e produtividade igual a 3000 kg ha-1, pergunta-se qual a porcentagem de perdas e qual é a eficiência de colheita da máquina? %33,3100 3000 100% =⋅=perdas E a eficiência é: %67,9633,3100 =−=ef Assim podemos dizer que para uma produtividade de 3000 kg ha-1, uma perda de 100 kg ha-1 corresponde a 3,33% e a máquina teve uma eficiência de 96,67%. De acordo com GRIFFIN (1991) os valores resultados foram satisfatórios, pois o nível aceitável de perda na colheita mecânica se encontra no intervalo de 3 a 5%. PERDAS QUALITATIVAS Um fator a mais a ser considerado pelos agentes envolvidos no processo de colheita é a qualidade do produto colhido (SOUZA et al., 1998). Na colhedora, a injúria mecânica às sementes ocorre principalmente durante a debulha, ou seja, no momento em que forças consideráveis são aplicadas sobre a semente, a fim de separá-las da estrutura que as contém (ANDRADE, 1997).A injúria mecânica, juntamente com a mistura varietal, é apontada por CARVALHO & NAKAGAWA (1988), como um dos mais sérios problemas da produção de sementes. E segundo estes mesmos autores, a trilha mecânica trata-se de uma das mais importantes fontes de danificações dos grãos. Num sistema de produção de sementes é imprescindível a manutenção da identidade genética do cultivar em questão, onde se deve evitar qualquer tipo de contaminação ou mistura com outros cultivares e, ou espécies. A contaminação por outro cultivar pode comprometer o lote de sementes, pois não é possível a sua separação por máquinas de beneficiamento. O recomendado para se obter sucesso na produção de sementes é ter muito cuidado e acompanhamento durante o desenvolvimento da cultura, retirando as plantas dos cultivares diferentes da principal, limpeza criteriosa das máquinas ao traçar de cultivar, ao reiniciar a colheita colher uma área de bordadura ou eliminar os primeiros sacos destinando-os ao consumo e vistoriar e limpar caminhões, carretas, etc. A colheita das sementes deve ser realizada quando a planta atingiu sua maturidade fisiológica. No Quadro 1 são apresentados vários teores de água de algumas espécies recomendados para se iniciar a colheita mecânica, pois nesses níveis as sementes sofrem menos os efeitos de influência climática e da ação das máquinas. QUADRO 1 – Teor de água recomendado para a colheita Espécie Teor de água (% b.u.) Arroz 20-26 Feijão 16-18 Soja 12-15 Milho 13-20 Trigo 15-16 Dessa forma, quando mais o tempo passar, ou seja, o retardamento na colheita pode diminuir a viabilidade das sementes devido à deterioração ocasionada pelas intempéries climáticas. No Quadro 2 é apresentada a perda de qualidade de sementes de soja devido ao retardamento na época de colheita da mesma. QUADRO 2 – Perdas de qualidade de sementes de soja pelo retardamento na colheita da Data da colheita Precipitação (mm) Teor de água (%b.u.) Germinação (%) 10/3 - 14,9 90,1 12/3 24,6 13,8 85,5 15/3 0,0 13,5 84,3 17/3 18,4 16,2 76,2 19/3 26,2 14,3 61,8 22/3 0,0 13,1 59,8 24/3 11,9 11,9 56,4 Vários autores mostraram que o teor de água é um fator de grande influência na ocorrência de danos mecânicos, uma vez que quanto menor é esse teor maior é a susceptibilidade a danificações. Estudando danos mecânicos durante o processo de colheita do feijão, PICKETT (1973) mostrou que estes dependem principalmente do teor de água do produto e da velocidade do cilindro batedor. NEWBERY et al. (1980), pesquisando danos mecânicos em sementes de soja, concluíram que a porcentagem de trincas aumentou com a elevação da velocidade periférica do cilindro. Avaliando dados de índice de danos mecânicos, SOUZA et al. (2002) verificaram que esse índice decresceu com o aumentou da velocidade de deslocamento da máquina e número de linhas na leira (Figura 4). Segundo os autores, o aumento da taxa de alimentação da máquina, provavelmente, foi responsável pela redução no índice de danos mecânicos com o aumento da velocidade de deslocamento e aumento do número de linhas na leira, pois, quanto mais preenchido esteve o espaço entre o cilindro e o côncavo, menores devem ter sido os impactos provocados às sementes durante a debulha. A rotação do cilindro trilhador de 420 rpm apresentou menores valores de índice de danos mecânicos que a de 540 rpm. Quanto menor a rotação do cilindro trilhador, menor foi a energia transmitida às sementes, diminuindo, assim, o efeito do impacto nas mesmas. 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 Velocidade (km h-1) Ín di ce d e da no m ec ân ic o (% ) 4 Linhas - Experimental 4 Linhas - Estimado 7 Linhas - Experimental 7 Linhas - Estimado 10 Linhas - Experimental 10 Linhas - Estimado 0,0 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 Velocidade (km h-1) Ín di ce d e da no m ec ân ic o (% ) 4 Linhas - Experimental 4 Linhas - Estimado 7 Linhas - Experimental 7 Linhas - Estimado 10 Linhas - Experimental 10 Linhas - Estimado 0,0 FIGURA 4 - Índice de danos mecânicos, com sementes com 14,10% de teor de umidade, em função da velocidade de deslocamento da máquina, para as respectivas constituições de leiras, para as rotações do cilindro trilhador de 420 (A) e 540 rpm (B). Fonte: SOUZA et al. (2002). Quando os danos mecânicos são visíveis, com sementes partidas e com rupturas no tegumento, os grãos e sementes podem ser separados por máquinas de limpeza. Danos não visíveis, com ruptura de pequena proporção no tegumento, são difíceis de serem detectados e tornam as sementes susceptíveis a fungos e insetos, o que, juntamente com sua posterior propagação, diminuirá sua qualidade fisiológica (CHAVES et al., 1992). Agora, os danos latentes correspondem àqueles que irão se manifestar durante o armazenamento, com a queda da qualidade fisiológica da semente, sendo representados por trincas microscópicas e abrasões (COSTA et al., 1979). Além da pureza genética, umas das formas muito usadas de se estudar a qualidade das sementes, é realizar o teste de germinação, o de vigor e a determinação da porcentagem de impureza. Segundo ABRAHÃO (1971), os danos mecânicos, dentre outros fatores, influenciam consideravelmente o poder germinativo e o vigor. FERNANDES et al. (1993), trabalhando no desenvolvimento e avaliação de uma trilhadora de feijão, concluíram que a germinação das sementes trilhadas pelo protótipo praticamente não diferiram daquelas trilhadas sob batedura manual e que o vigor das sementes apresentou decréscimo à medida que os testes foram feitos com menor teor de umidade das sementes ou com maior velocidade periférica. Após sete meses de armazenamento, resultados superiores de germinação foram obtidos, independente do método de debulha das sementes. No Quadro 3 é apresentado o efeito do período de armazenamento, da velocidade de trabalho da colhedora, da rotação do cilindro trilhador, do número de linhas na leira e do teor de água de colheita sobre a germinação de sementes de feijão. A B QUADRO 3 - Germinação de sementes de feijão em função do período de armazenamento, velocidade de trabalho da colhedora, rotação do cilindro trilhador, número de linhas na leira e teor de água de colheita Teor de água de 10,6% 420 rpm 540 rpm 4 7 10 4 7 10 Tempo (dias) V (km h-1) --------------------------------------------- linhas -------------------------------------------- 4 83,0 85,0 87,0 80,0 75,0 86,5 7 88,5 86,5 90,5 80,0 87,5 88,5 Zero 10 86,5 90,0 92,5 81,5 84,0 88,5 4 80,4 82,4 86,6 76,7 74,5 84,7 7 85,8 83,8 89,8 82,6 85,7 86,7 180 10 83,5 87,2 92,2 84,7 83,6 86,3 Teor de água de 14,1% 420 rpm 540 rpm 4 7 10 4 7 10 --------------------------------------------- linhas -------------------------------------------- 4 81,5 88,5 84,0 82,0 78,0 84,5 7 87,0 88,5 88,5 84,0 88,5 89,0 Zero 10 88,5 93,0 93,5 89,0 93,0 92,5 4 79,8 86,7 85,3 81,6 85,5 84,2 7 85,2 86,7 88,7 83,6 84,9 87,7 180 10 86,7 91,1 92,8 86,0 90,1 91,8 Fonte: SOUZA et al. (2002). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAHÃO, J.T.M. Contribuição do estudo de efeito de danificações mecânicas em sementes de feijão. Piracicaba, SP: ESALQ, 1971. 112p. (Tese Doutorado) ANDRADE, E.T. Efeito imediato e latente de danos mecânicos sobre a qualidade de sementes de feijão submetidas a diferentes velocidades de impacto. Viçosa, MG: UFV, 1997. 49p. (Tese Mestrado) CARVALHO, N.M. & NAKAGAWA, J. Injúria mecânica. Sementes, Ciência, Tecnologia e Produção. 3ªed. Campinas, SP: Fundação Cargil, 1988. 424p. CHAVES, M.A.; MOREIRA, S.M.C. ALVARENGA, L.C. et al. Efeitos de múltiplos impactos na germinação de três cultivares de sementes de soja. Revista Brasileira de Armazenamento. v.17, n.1/2, p.2-9, 1992. COSTA, N.P.; MESQUITA, C.M. & HENNING; A.A. Avaliação de perdas e dos efeitos da colheitamecânica sobre a qualidade fisiológica e a incidência de patógenos em sementes de soja. Revista Brasileira de Sementes. v.1, n.3, p.59-70, 1979. FERNANDES, H.C.; ARAÚJO, E.F.; MARTYN, P.J. & QUEIROZ, D.M. Influência da máquina trilhadora UFV-H na qualidade das sementes de feijão. Engenharia na Agricultura. v.2, n.3, 1993. 7p. FRANÇA NETO, J.B. O teste de tetrazólio em sementes de soja. In: VIEIRA, R.D.; CARVALHO, N.M. Testes de vigor em sementes. Jaboticabal: Funep/Unesp, 1994. p.87-102. GRIFFIN, G.A. Combine harvesting: Operating maintaining and improving efficiency of combines. 4 ed. Fundamentals of Machine Operation. Illinois: John Deere & Company/Malone. 1991. 207p. HADLICH, E.; SCHIMITT, S.H.; MESQUITA, C.M.; QUEIROZ, E.F. & COSTA, N.P. Não perca soja na colheita. Curitiba: ACARPA/EMBRAPA, 1980. 25p. ______________ Não perca soja na colheita: manual do produtor. Campo Grande: EMPAER, 1981. 26p. NEWBERY, R. S., PAULSEN, M. R., NAVE, W. R. Soybean quality with rotary and conventional threshing. Transactions of the ASAE, v.23, n.2, p.303-308, 1980. PICKETT, L. K. Mechanical damage and processing loss during navy bean harvesting. Transactions of the ASAE, v.16, n.6, p.1047-1050, 1973. SOUZA, C.M.A.; PINTO, F.A.C.; MANTOVANI, E.C.; QUEIROZ, D.M. Simulação e análise do processo de trilha mecânica do milho-pipoca. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, PB, v.2, n.2, p212- 218, 1998. SOUZA, C.M.A.; QUEIROZ, D.M.; CECON, P.R. & MANTOVANI, E.C. Avaliação de perdas em uma colhedora de fluxo axial para feijão. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.5, n.3, p.530-537, 2001. SOUZA, C.M.A.; QUEIROZ, D.M.; MANTOVANI, E.C.; CECON, P.R. Efeito da colheita mecanizada sobre a qualidade de sementes de feijão (Phaseolus vulgaris L.). Revista Brasileira de Armazenamento, Viçosa, v.27, n.1, p.21-29. 2002.
Compartilhar